REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10241111923
Thalyta De Souza Miranda1
Priscilla Lessa Machado2
Viviane Mukim de Moraes Mesquita3
Sabrina Silva de Oliveira4
Graziela Campos de Almeida5
Larissa Mariana Pereira dos Anjos6
Larissa Torres de Almeida7
Maria Eduarda Veloso Lima8
Danielle da Silva Galeno9
Steffany Almeida Santos10
RESUMO
O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) caracteriza-se pela desatenção, hiperatividade e Impulsividade. Os critérios diagnósticos desenvolvidos pela Associação Americana de Psiquiatria designam três tipos: (1) tipo combinado de déficit de atenção e hiperatividade, (2) tipo desatento predominante, e (3) tipo hiperativo/compulsivo predominante. (KRAUSE, 2013). Foi realizada uma revisão da literatura coletada nas bases de dados virtuais para verificar possíveis deficiências nutricionais nos indivíduos portadores do TDAH. Dentre elas estão deficiências nutricionais de magnésio, zinco, cobre e ferro. Assim como deficiência de ácidos graxos essenciais (AGE).
Palavras-chaves: TDAH, nutrição, nutrientes, tratamento, suplementação.
ABSTRACT
Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) is characterized by inattention, hyperactivity and impulsivity. Diagnostic criteria developed by the American Psychiatric Association designate three types: (1) combined attention deficit hyperactivity type, (2) predominant inattentive type, and (3) predominant hyperactive/compulsive type. (KRAUSE, 2013). A review of the literature collected from the virtual databases was carried out to verify possible nutritional deficiencies in individuals with ADHD. These include nutritional deficiencies of magnesium, zinc, copper and iron. As well as essential fatty acid (EFA) deficiency.
Keywords: ADHD, nutrition, nutrient, treatment, supplementation.
1 INTRODUÇÃO
De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), “o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Também é conhecido como Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA). Em inglês, é denominado ADD, ADHD ou AD/HD.”
O TDAH, com prevalência de 3 a 5% em crianças, é classificado como um transtorno neurobiológico, podendo apresentar etiologias genéticas e ambientais. Assim, afirma-se que o indivíduo nasce com o transtorno e o desenvolve na primeira infância, sendo frequentemente diagnosticado ao ingressar na escola, onde pode ser comparado com outras crianças da mesma faixa etária (ROOT; RESNICK, 2003).
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade caracteriza-se por alterações nos sistemas motores, perceptivos, cognitivos e comportamentais, com lesão cerebral mínima, comprometendo o processo de aprendizagem. As alterações são evidentes nos déficits de atenção e memória. Além disso, podem ocorrer quadros com características de desatenção, impulsividade, distúrbios emocionais e hiperatividade (SANTOS, 201
0). O TDAH requer uma abordagem multidisciplinar para seu tratamento, envolvendo diversas áreas da saúde, incluindo a Nutrição, sendo este o profissional capacitado para elaborar uma alimentação que forneça os nutrientes necessários para a redução dos sintomas do transtorno em um paciente.
Uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes essenciais, pode minimizar os sintomas correlacionados ao Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. Em contrapartida, o consumo de alimentos ultraprocessados e corantes alimentícios pode potencializar os sintomas, uma vez que o fluxo sanguíneo ideal para o cérebro requer diversos nutrientes, incluindo ácidos graxos ômega-3, tiamina (B1), piridoxina (B6) e ácido fólico (B9). Deficiências desses compostos podem contribuir para a piora dos sintomas do TDAH (ROSS et al., 2016).
Diante desse contexto, torna-se necessária a busca na literatura científica por possíveis demandas específicas de nutrientes no controle e tratamento dos sintomas relacionados ao TDAH.
2 METODOLOGIA
O presente trabalho tem como objetivo realizar um estudo de revisão da literatura, visando à compreensão aprofundada dos conceitos sobre as possíveis deficiências nutricionais associadas ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, conhecido popularmente como TDAH. Para tanto, foram realizadas buscas nos seguintes bancos de dados online: SciELO, PubMed e Google Acadêmico.
Os critérios de pesquisa adotados contemplaram a seleção de artigos publicados nos idiomas inglês, espanhol e português, preferencialmente nos últimos anos. A escolha dos artigos foi precedida de uma análise qualitativa, a fim de garantir a relevância e a adequação das informações, com a exclusão de textos que não atendiam aos critérios estabelecidos.
Os descritores utilizados na pesquisa incluíram: Transtorno de Déficit de Atenção, micronutrientes, prevalência do TDAH, crianças com TDAH, neurotransmissores, aspectos nutricionais, balanço GABA-glutamato, neurobiologia e nutrição no TDAH, tratamento TDAH, e suplementação.
As referências selecionadas foram examinadas em sua totalidade, com a extração sistemática de dados, incluindo autor, ano de publicação e tema abordado. Todo o material coletado foi considerado pertinente e alinhado aos objetivos deste estudo.
3 ETIOPATOGENIA
Hoje o TDAH é considerado um transtorno psiquiátrico multifatorial, baseado na predisposição genética e na desregulação neurobiológica. Isso leva a um déficit inibitório neuropsicológico que contribui para os prejuízos específicos típicos do TDAH (SCHMIDT, 2009).
Diversos estudos sobre funções neuronais foram realizados por FARAONE (2015, 2018) acerca deste transtorno que sugerem funções importantes desempenhadas pelos neurotransmissores e pelas estruturas cerebrais. Estes estudos em sua maioria se referem às funções da dopamina, noradrenalina (norepinefrina), bem à disfunção nas vias da serotonina.
As alterações nesses sistemas de neurotransmissores afetam a função de estruturas cerebrais que moderam a função executiva, a memória de trabalho, a regulação emocional e o processamento de recompensas.
(FARAONE, 2018)
(a) As regiões corticais (vista lateral) do cérebro têm um papel no transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH). O córtex pré-frontal dorsolateral está ligado à memória de trabalho, o córtex pré-frontal ventromedial à tomada de decisões complexas e ao planejamento estratégico, e o córtex parietal à orientação da atenção.
(b) TDAH envolve as estruturas subcorticais (visão medial) do cérebro. O córtex cingulado ventral anterior e o córtex cingulado anterior dorsal servem aos componentes afetivos e cognitivos do controle executivo. Juntamente com os gânglios da base (que compreendem o núcleo accumbens, o núcleo caudado e o putâmen), eles formam o circuito frontostriatal. Estudos de neuroimagem mostram anormalidades estruturais e funcionais em todas essas estruturas em pacientes com TDAH, estendendo-se para a amígdala e cerebelo.
(c) Circuitos de neurotransmissores no cérebro estão envolvidos no TDAH. O sistema
de dopamina desempenha um papel importante no planejamento e iniciação de respostas motoras, ativação, comutação, reação à novidade e processamento de recompensa. O sistema noradrenérgico influencia a modulação da excitação, as relações sinal-ruído em áreas corticais, os processos cognitivos dependentes do estado e a preparação cognitiva de estímulos urgentes.
(d) Redes de controle executivo são afetadas em pacientes com TDAH. O controle executivo e as redes córtico-cerebelares coordenam o funcionamento executivo (ou seja, planejamento, comportamento direcionado a objetivos, inibição, memória de trabalho e adaptação flexível ao contexto). Essas redes são subativadas e têm menor conectividade funcional interna em indivíduos com TDAH em comparação com indivíduos sem o transtorno.
(e) TDAH envolve a rede de recompensa. O córtex pré-frontal ventromedial, o córtex orbito frontal e o estriado ventral estão no centro da rede cerebral que responde a antecipação e recebimento de recompensa. Outras estruturas envolvidas são o tálamo, a amígdala e os corpos celulares dos neurônios dopaminérgicos da substância negra, que, conforme indicado pelas setas, interagem de maneira complexa. As respostas comportamentais e neurais à recompensa são anormais no TDAH.
(f) A rede de alerta é prejudicada no TDAH. As áreas corticais frontal e parietal e o tálamo interagem intensamente na rede de alerta (indicada pelas setas), que suporta o funcionamento atencional e é mais fraca em indivíduos com TDAH do que em controles.
(g) TDAH envolve a rede de modo padrão (DMN). O DMN consiste no córtex pré-frontal medial e no córtex cingulado posterior (visão medial), bem como no córtex parietal lateral e no lobo temporal medial (visão lateral). As flutuações da DMN estão 180° fora de fase com as flutuações nas redes que são ativadas durante tarefas orientadas externamente, presumivelmente refletindo a competição entre processos opostos por recursos de processamento. As correlações negativas entre o DMN e a rede de controle frontoparietal são mais fracas em pacientes com TDAH do que em pessoas que não têm o transtorno. (FARAONE, 2018).
Através dos estudos supracitados de Faraone (2018) podemos observar anormalidades estruturais e funcionais em regiões cerebrais relacionadas à memória de trabalho, à tomada de decisões complexas, ao planejamento estratégico, à orientação da atenção, aos componentes afetivos e cognitivos do controle executivo. Ademais, os circuitos de neurotransmissores dopaminérgico e noradrenérgico em desequilíbrio geram disfunções no que tangem às respostas motoras, ativação, substituição, reação à novidade e processamento de recompensa.
Os centros neurais superiores ao hipotálamo, também desempenham papéis importantes no controle da alimentação, particularmente, no controle do apetite. Esses centros incluem a amígdala e o córtex pré-frontal, intimamente acoplados ao hipotálamo. (GUYTON e HALL, 2011).
Devido a esta interação complexa de partes cerebrais como tálamo e amígdala dentre outras alterações estruturais e funcionais, depreende-se como sintomas intrínsecos a possível dificuldade no controle da alimentação/ apetite e processamento de recompensa nos indivíduos portadores do TDAH. Neste sentido faz-se mister o acompanhamento multidisciplinar abarcando médico, enfermeiro, nutricionista, educador físico, fonoaudiólogo, psicólogo e psicopedagogo.
3.1 Balanço Gaba / Glutamato
A dopamina e outros neuromoduladores exercem distintas ações regulatórias na transferência de informações através dos circuitos neuronais que conectam, entre outras estruturas, áreas corticais frontais com o estriado (o núcleo accumbens, o núcleo caudato e o putâmen), o pálido, o tálamo, a substância nigra e a área tegmental ventral (ALEXANDER et al., 1986). Os neurotransmissores são mensageiros responsáveis por passar as informações entre um neurônio e outro.
A perda seletiva das sinapses excitatórias ou inibitórias pode ocorrer durante o período inicial de formação e consolidação de sinapses ou mais tarde, no desenvolvimento, durante o refinamento da atividade-dependente de circuitos neuronais que podem envolver mutações em genes codificadores de canais de íons ou subunidades de receptores GABA; estes levariam a circuitos com atividade anormal e propensos a crises convulsivas (NOEBELS, 2003).
3.2 Glutamato
O glutamato é considerado o principal neurotransmissor excitatório do sistema nervoso central, atuando também no desenvolvimento neural, aprendizado e memória. Na ação do glutamato, destacam-se os receptores inotrópicos (iGluR) e metabotrópicos (mGluR). Ambos os tipos de receptores, iGluR e mGluR, estão amplamente distribuídos por todo o sistema nervoso central, incluindo áreas de interesse relacionadas ao TDAH (Lesch et al., 2013; Mukherjee & Manahan-Vaughan, 2013).
De acordo com Carrey et al. (2003) e MacMaster et al. (2003), imagens de ressonância magnética mostram um aumento do tônus glutamatérgico nas regiões frontais, no córtex pré-frontal e no estriado em crianças com TDAH, em comparação a crianças com desenvolvimento típico, o que pode ser corrigido com o fármaco Atomoxetina. Contudo, outros estudos descreveram uma redução no córtex cingulado anterior direito, nas regiões do mesencéfalo esquerdo e nos gânglios basais de adultos com TDAH quando comparados a controles (Perlov et al., 2007; Dramsdahl et al., 2011; Maltezos et al., 2014).
3.3 Ácido Gama-Aminobutírico (GABA)
Durante o período embrionário e perinatal, o neurotransmissor Ácido Gama-Aminobutírico (GABA) despolariza células-alvo e dispara influxo de cálcio, entretanto quando se refere ao cérebro maduro, esse neurotransmissor atua como transmissor inibitório, ou seja, controla a probabilidade de o neurônio disparar um potencial de ação.
É importante notar que interneurônios GABA, que são extremamente heterogêneos, controlam a geração de oscilações de rede comportamentalmente relevantes e os padrões de atividade em adultos, por meio de modos inibitórios múltiplos (Bragin et al. 1995; Freund and Buzsáki 1996; Parra et al. 1998).
Um estudo usando estimulação magnética cranial verificou uma redução da inibição intercortical curta (SICI) em crianças com TDAH quando comparadas com controles. Essa redução era correlacionada com a severidade dos sintomas e habilidades motoras (Gilbert et al. 2011). A SICI é mediada pela inibição dos receptores GABAA no córtex motor primário e é relevante para a inibição de tarefas motoras e expectativa de recompensa, como dificuldade de controle e com seleção de resposta, que são sintomas do TDAH. O decréscimo de SICI pode refletir um mecanismo crítico da fisiopatologia do comportamento hiperativo/impulsivo. Corroborando com esses achados, outro estudo revelou diminuição de concentrações de GABA no córtex motor e somatosensorial primário de crianças com o transtorno comparadas com crianças controles (Edden et al. 2012).
3.4 Deficiências Nutricionais
Deficiências nutricionais podem interferir no crescimento e desenvolvimento inicial e função do cérebro, muitas vezes por restringir a mielinização, arborização dendrítica e a conectividade sináptica que ocorrem no início da vida. Os níveis dos neurotransmissores (por exemplo: serotonina, dopamina, norepinefrina, acetilcolina) podem ser alterados, resultando em alterações neuroanatômicas, neuroquímicas ou neurometabólicas. As consequências funcionais dessas alterações variam, dependendo da deficiência nutricional específica e o momento da deficiência relativa para os processos de desenvolvimento neurológicos (Fernandes, 2007).
Os micronutrientes como vitaminas e minerais possuem funções importantes para o crescimento e desenvolvimento do organismo, por serem essenciais para replicação celular e desenvolvimento dos sistemas orgânicos (Macêdo et al., 2010), podendo estar sua carência envolvida no TDAH. Pelo processo de crescimento e desenvolvimento tem-se, nessa fase da vida, um metabolismo mais acelerado que requer maior quantidade de macronutrientes e micronutrientes. Em contrapartida, atualmente, observam-se carências nutricionais tanto por oferta de alimentos inadequados, altamente industrializados, ricos em corantes e conservantes, bem como por associação a doenças específicas (Bueno; Czepielewski, 2007).
Artigos científicos apontam principalmente deficiência de magnésio, vitamina B6, B9, B12, zinco, cobre, ferro e ácidos graxos essenciais nos pacientes com TDAH.
O magnésio é fundamental para a formação de serotonina, neurotransmissor representado quimicamente como 5-hidroxitriptamina (5-HT), sintetizado no organismo pela conversão do triptofano por meio da enzima hidroxilase que é dependente, principalmente, deste mineral. A serotonina é conhecida como hormônio do “bem-estar”, sendo suas concentrações baixas implicadas em alterações de humor, ansiedade, irritabilidade, nervosismo e hiperatividade.
O ferro e o cobre servem como cofatores na síntese dos neurotransmissores do cérebro, como dopamina, norepinefrina e serotonina, além de proteger as membranas celulares neuronais por suas capacidades antioxidantes. (Cortese et al., 2009; Marian; Murray-kolb; Beard, 2009; Mullen; Bowers, 2007; PicchiettiI, 2007).
O zinco executa funções importantes na estrutura e função do cérebro e atua junto com a vitamina B2, na conversão da piridoxina (vitamina B6) na sua forma ativa, a qual é necessária, bem como as vitaminas B9 e B12, para conversão do triptofano em serotonina, além de estar envolvido na produção e modulação de melatonina que é necessária para o metabolismo da dopamina, neurotransmissor de coordenação motora.
A cobalamina ou vitamina B12 é essencial no metabolismo de ácidos graxos, por ser substrato da enzima metilmalonil-CoAmutase que participa do metabolismo do ácido propiônico, interferindo na síntese normal de ácidos graxos e mielinização, sendo responsável por alterações neurológicas quando em níveis deficientes. (Black, 2008; Ryanharshman; Aldoori, 2008).
Os ácidos graxos essenciais (AGE) ômega 3 e 6 (ω-3 e ω-6), principalmente os ω-3, por possuírem ação em fases decisivas desse desenvolvimento, são fundamentais para prevenção de falhas no desenvolvimento do córtex pré-frontal, correlacionado com memória associativa e flexibilidade cognitiva (Benes, 2001; Fernandes, 2007).
Pesquisas avaliando a eficácia de AGE em crianças, adolescentes e modelos animais encontraram resultados significativos na diminuição de sintomas como hiperatividade e déficit de atenção, com a suplementação de ω- 3, ω-6, DHA e EPA (Colter; Cutler; Meckling, 2008; Fernandes, 2007; Gustafsson et al., 2010; Johnson et al., 2008).
Um estudo realizado por Huss et al. (2010) avaliou a suplementação de ω- 3 (400 mg de EPA, 40 mg de DHA) e ω-6 (60 mg de gama-linolênico-GLA) em associação com magnésio (80 mg – 21% da RDA) e zinco (5 mg – 50% da RDA) pelo uso de 2 cápsulas diárias por 12 semanas em crianças e adolescentes com TDAH e verificaram melhoras na concentração, afetividade, agressividade, hiperatividade e sono e corroboram com os resultados de outros estudos com metodologias do tipo duplo cego, controlados por placebo (Richardson; Montgomery, 2005; Sinn; Bryan, 2007).
4 DISCUSSÃO E RESULTADOS
4.1 Cenário Atual do TDAH
A proporção do transtorno dentre os sexos feminino e masculino se torna distinta, visto que determinado sexo apresenta maior prevalência de alguns sintomas, o que difere índice maior no sexo masculino. As meninas em média apresentam sintomas de ansiedade e humor, ao contrário dos meninos que apresentam sintomas relacionados a comportamento como, impulsividade e agressividade. Diante disto, as meninas se tornam subdiagnosticadas, pois tais sintomas causam menor impacto social.
4.2 No Brasil
Ximenes (2008) assevera que no Brasil o TDAH acomete de 3 a 6% das crianças em idade escolar, e, entre adolescentes de 12 a 14 anos, encontrou-se uma prevalência de 5,8%. Ademais, afirma que 30 a 70% das pessoas acometidas por TDAH apresentam persistência dos sintomas na fase adulta, e entre adultos jovens a estimativa de prevalência é de 0,3 a 3,5%, sendo assim apontado como um distúrbio crônico.
4.3 No Mundo
De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o número de casos de TDAH varia entre 5% e 8% a nível mundial. Estima-se que 70% das crianças com o transtorno apresentam outra comorbidade e pelo menos 10% apresentam três ou mais comorbidades.
Na tabela abaixo se encontram elencados os artigos selecionados neste trabalho através dos critérios de pesquisa com os seguintes descritores: Transtorno de déficit de Atenção; micronutrientes; prevalência TDAH; crianças TDAH; neurotransmissores; aspectos nutricionais; balanço Gaba-Glutamato; neurobiologia; nutrição no TDAH.
Tabela 1- Deficiências nutricionais no paciente no TDAH
ANO | AUTOR | TÍTULO | DELINEAMENTO | OBJETIVO | CONCLUSÃO |
2009 | MENEGASSI, Márcia | Ingestão alimentar e níveis séricos de ferro em crianças e adolescentes portadores do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade | Revisão Sistemática | Investigar as hematológicas relacionadas a deficiência de ferro | Marcadores periféricos do estado nutricional de ferro e a ingestão alimentar de ferro, necessitam de mais estudos avaliando os níveis de ferro na fisiopatologia do TDAH. |
2014 | VIUDES, Drielly. et al. | Nutrição no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) | Revisão Bibliográfica | Abordar a importância das quantidades adequadas de nutrientes e fitoterápicos no individuo com TDAH | O TDAH é complexo e crônico com prevalência em crianças. É de suma importância suprir necessidades nutricionais por meio na alimentação. |
2021 | GRANERO, Roser. et al. | The Role of Iron and Zinc in the Treatment of ADHD among Children and Adolescents: A Systematic Review of Randomized Clinical Trials | Revisão Sistemática | Relatar a importância dos minerais Ferro e Zinco no TDAH | Os resultados obtidos mostraram que o papel específico dos minerais no TDAH, ainda parece controverso. Este estudo deve ser interpretado levando em consideração certas limitações. Ainda há necessidade de estudos incluindo mais métodos de pesquisas distintos. |
2022 | LIMA, Wanessiane | O papel da Neuronutrição na prevenção dos sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). | Revisão Integrativa de Literatura. | Observar determinadas substâncias que se ligam diretamente com a potencialização ou a redução dos sintomas associados ao TDAH. | Constatou-se que a Nutrição tem um papel fundamental no tratamento e prevenção do TDAH, tal que a deficiência de vitaminas e minerais pode desencadear o transtorno. |
2022 | RYU, Su-a | Associações entre a ingestão e os escores do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) por medições repetidas em crianças em idade escolar. | Revisão Sistemática. | Investigar as relações entre as mudanças na ingestão dietética e prevalência do TDAH. | Foram observadas as correlações negativas entre a ingestão de ferro vegetal e zinco e os escores de TDAH. Crianças diagnosticadas com TDAH mais tarde, mostraram uma mudança maior na quantidade do que crianças cuja doença melhorou ao longo do tempo. |
4.4 Tratamento Medicamentoso
Atualmente, o tratamento do TDAH baseia-se em intervenções farmacoterapêuticas com o uso de medicamentos estimulantes (formulações de metilfenidato e anfetamina) e não estimulantes (agonistas alfa-2 adrenérgicos seletivos, como guanfacina e clonidina, e o inibidor seletivo da recaptação de norepinefrina, atomoxetina). Ambos provaram reduzir efetivamente a sintomatologia do TDAH em crianças e adolescentes (Pinto, 2022).
Além disso, Pinto (2022) afirma que os estimulantes estão associados a efeitos adversos de curto prazo, como diminuição do apetite, perda de peso, insônia, dor abdominal, dores de cabeça e ansiedade. Esses medicamentos também parecem diminuir a taxa de crescimento, especialmente em casos de doses mais altas e uso consistente, sem indicação de recuperação do crescimento. Quanto aos não estimulantes, a atomoxetina está associada a efeitos adversos, como dores de cabeça, dor abdominal, diminuição do apetite e sonolência em crianças; em adultos, os efeitos incluem náuseas, boca seca, diminuição do apetite e insônia. A atomoxetina também parece estar associada a pensamentos suicidas em algumas crianças, embora ainda não tenha sido encontrada uma relação confirmada entre seu uso e o aumento do risco de suicídio.’
4.5 Medicamento Fitoterápico Bacopa Monnieri
O estudo aberto teve como objetivo avaliar a eficácia do extrato padronizado de Bacopa monniere (SBME) em crianças de 6 a 12 anos com sintomas de Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH) que se manifestam antes dos sete anos, conforme os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico (DSM-IV). Durante seis meses, as crianças receberam SBME na dosagem de 225 mg/dia, fornecido pela BacoMind (M/s Natural Remedies, Bangalore, Índia).
Os investigadores utilizaram a Escala de Avaliação dos Pais para avaliar os sintomas de TDAH no início e no final dos seis meses. Exceto por questões sociais, o SBME reduziu drasticamente as classificações dos subtestes de sintomas de TDAH. O SBME resultou na redução dos escores de hiperatividade em 93% das crianças, na melhora da consciência em 89% e aliviou os sinais do distúrbio em 85% dos indivíduos. Da mesma forma, 78%, 67% e 52% do grupo apresentaram diminuições nos escores de traços para problemas de aprendizagem, impulsividade e problemas mentais, respectivamente (Dutta et al., 2022).
4.6 Tratamento Não Medicamentoso
Na perspectiva de intervenções multidisciplinares, a nutrição pode atuar como adjuvante no tratamento do TDAH. A necessidade de acompanhamento nutricional fica evidenciada em estudo que identificou estado nutricional comprometido em um terço das crianças no momento do diagnóstico de TDAH (Dura-Trave; Yoldi-Petri; Zardoya-Santos, 2011).
Mais recentemente, estudos têm se concentrado em padrões alimentares com uma abordagem mais holística, considerando que as opções de tratamento para o TDAH e as abordagens dietéticas mais promissoras envolvem padrões alimentares saudáveis, como a dieta mediterrânea e a dieta DASH (Pinto, 2022).
Segundo Pinto (2022), os padrões alimentares parecem desempenhar um papel importante no risco de TDAH. Padrões descritos como “junk food”, “processado”, “lanche”, “doce” e “tipo ocidental” estão positivamente associados a essa patologia, enquanto padrões alimentares saudáveis, como a dieta mediterrânea, estão inversamente associados ao TDAH. Esses dados apoiam a ideia de que, no TDAH, não apenas nutrientes específicos ou compostos químicos dos alimentos, mas toda a dieta deve ser considerada.
4.7 Macronutrientes e Micronutrientes
A prescrição dietética adequada em macronutrientes e micronutrientes é de fundamental importância no tratamento dos sintomas do TDAH. A oferta de um plano levemente hiperproteico pode fornecer aminoácidos essenciais para o desenvolvimento cerebral. O aminoácido lisina, por exemplo, é precursor da acetil L-carnitina, que transporta os ácidos graxos de cadeia longa para a mitocôndria, onde ocorre a produção de energia para o cérebro (Rodrigues; Padovan; Marchini, 2003).
Outros aminoácidos têm sido estudados por seu potencial na diminuição dos sintomas de hiperatividade e déficit de atenção, incluindo: GABA (Ácido gama-aminobutírico) e glicina que possuem efeito tranquilizante reduzindo hiperatividade e a ansiedade; L-teanina que acalma e melhora atenção por aumentar ondas alfa no cérebro; L-tirosina que é precursor de dopamina e norepinefrina; Taurina por seus efeitos tranquilizantes e redutores de ansiedade; 5-hidroxitriptofano (5-HTP) que aumenta a síntese de serotonina; e S-adenosil-L-metionina (SAMe) que possui ação antidepressiva por ser essencial para a síntese de neurotransmissores (Pellow, Solomon e Barnard, 2011).
Além dos aminoácidos, a inclusão de minerais como zinco e ferro na prescrição dietética é crucial. O zinco tem sido associado à melhora da função cognitiva e pode ajudar a regular os neurotransmissores, enquanto o ferro é fundamental para o oxigenação do cérebro e a produção de dopamina, neurotransmissor envolvido na regulação do comportamento e da atenção (Granero et al., 2021).
Os ácidos graxos ômega 3 e ômega 6 também desempenham papéis importantes na saúde cerebral. Os ômega 3, encontrados em peixes e algumas sementes, são conhecidos por suas propriedades anti-inflamatórias e pela capacidade de melhorar a função cognitiva. Por sua vez, os ômega 6, presentes em óleos vegetais, são essenciais, mas devem ser consumidos em equilíbrio com os ômega 3 para evitar inflamações (Sinn; Bryan, 2007).
Os carboidratos devem compor cerca de 55 a 65% do VET da dieta, evitando formas refinadas. Há evidências de que o consumo elevado de alimentos açucarados está associado ao comportamento hiperativo em indivíduos com TDAH. Essa relação pode ser explicada pela hipótese de que o açúcar pode levar a alterações na sinalização de dopamina e aumenta as concentrações plasmáticas de epinefrina e norepinefrina, contribuindo para os sintomas característicos do TDAH (CHANDRA; ANANDAKRISHNA; RAY, 2009; JOHNSON et al., 2011; LANGSETH; DOWD, 1978; WENDER; SOLANTO, 1991). Além disso, é importante ter cuidado com o uso de adoçantes, especialmente aspartame e sacarina, que podem agravar os sintomas de hiperatividade. (KANAREK, 1994; WENDER; SOLANTO, 1991).
As gorduras também desempenham um papel benéfico no metabolismo, ajudando na absorção de vitaminas e na síntese de energia necessária para que o corpo humano execute suas funções. Elas são classificadas como ácidos graxos insaturados (monoinsaturados e poli-insaturados) e saturados. (BOTHAM; MAYES, 2017).
4.8 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
4.8.1 Suplementação de zinco
Segundo Bilici et al. (2021), um estudo realizado com uma amostra de n=40 crianças com TDAH observou-se que o grupo que recebeu amostra de zinco com dose aproximada de 40 mg/dia obteve melhora em várias medidas como hiperatividade, impulsividade e sintomas de socialização, comparado com o grupo que recebeu amostra de placebo; os maiores sinais foram observados em 12 semanas de intervenção, porém a melhora foi obtida entre a 1ª a 4ª semana.
A suplementação do mineral zinco afeta na conversão da piridoxina para sua forma ativa, implícita no processo de conversão do triptofano em serotonina. Dessa forma, o Zinco contribuiria para o aumento de funções serotoninérgicas, o que diminuiria os sintomas relacionados à impulsividade, sintoma associado ao TDAH.
4.8.2 Suplementação de ferro
Konofal et al. (2008), conduziram um estudo com uma amostra de n=23 crianças anêmicas que atendiam aos critérios do TDAH, nas quais foram administradas 80 mg/dia de suplementação de Ferro (Sulfato Ferroso). Dentre os resultados, foi evidenciado melhoras significativas nos sintomas de impulsividade quando comparados com o grupo placebo após a suplementação. Em suas conclusões os autores sugeriram que a eficácia do Sulfato Ferroso poderia estar relacionada à fisiopatologia do TDAH, e evidenciou que o Ferro poderia aumentar a ação do tratamento farmacológico com Metilfenidato e a Anfetamina.
A hipótese de que a suplementação de Ferro contribui na melhoria dos sintomas do TDAH não é descartada dentre os autores, e poderia ser explicada pela capacidade desse elemento na densidade e atividade do transportador Dopamina.
4.8.3 SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA 3/ ÔMEGA 6
Embora todos os nutrientes sejam importantes para o desenvolvimento estrutural do Sistema Nervoso Central (SNC), os ácidos graxos essenciais (AGE) ômega-3 e ômega-6 (ω-3 e ω-6), especialmente os ω-3, são fundamentais durante a gestação e o início da vida para a prevenção de falhas no desenvolvimento do córtex pré-frontal. Esse nutriente, devido à sua ação em fases decisivas do desenvolvimento, está associado à memória associativa, flexibilidade cognitiva, estratégias e planejamento, funções que se desenvolvem lentamente até o final da adolescência (Benes, 2001; Fernandes, 2007).
Segundo Dopfner et al. (2021), um estudo controlado por placebo com 40 crianças em idade pré-escolar obteve resultados promissores. Os participantes foram tratados com duas cápsulas de ácido graxo ômega-3/ômega-6 duas vezes ao dia, totalizando uma dose diária de 372 mg de EPA, 116 mg de DHA e 40 mg de ácido gama-linolênico (GLA), ou com placebo, durante quatro meses. Após a análise, os resultados sugeriram efeitos moderados nos sintomas de desatenção/impulsividade avaliados pelos pais. No entanto, não houve efeito significativo nos sintomas gerais de TOD (Transtorno Desafiador Opositivo), embora tenham sido observados efeitos moderados em problemas de desatenção, reatividade emocional e ansiedade. Os autores acreditam que esses achados sugerem um leve efeito positivo dos ácidos graxos ômega-3/ômega-6 em crianças com TDAH, mas alertam para a necessidade de estudos adicionais com amostras maiores.
5 CONCLUSÃO
A partir deste estudo de revisão, verificou-se que no TDAH os padrões alimentares sugerem desempenhar um papel significativo no risco de desenvolver ou agravar os sintomas do mesmo, sendo os padrões não saudáveis os que possuem maior associação ao agravo dos sintomas no TDAH. Esse transtorno não possui cura, sendo uma condição de caráter crônico e requer tratamento multiprofissional para seu melhor manejo.
No entanto, há poucos estudos sobre a influência de intervenções dietéticas no TDAH. Por outro lado, o papel dos nutrientes na etiopatogenia do TDAH e de outros transtornos psicológicos tem tido mais destaque no campo das pesquisas na área da Psiquiatria Nutricional. Logo, é possível concluir que existem evidências suficientes de que alimentos e nutrientes influenciam tanto a etiopatogenia quanto na progressão e nas manifestações clínicas do TDAH, levando à possibilidade de tratamentos alternativos e adjuvantes para melhorar a qualidade de vida dos portadores de TDAH.
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1 Graduada em Nutrição pela Universidade Salgado de Oliveira e-mail: thalyta_nutri@hotmail.com
2 Graduada em Nutrição pela Universidade Salgado de Oliveira e-mail: lessa.priscilla@gmail.com
3 Graduada em Nutrição pela Universidade Salgado de Oliveira e-mail: viviane.mesquita@sg.universo.edu.br
4Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa Campus Viçosa e-mail: nutrioliveirasabrina@gmail.com
5 Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Goiás e-mail: grazielacamposnutri@gmail.com
6 Graduada em Nutrição pela Universidade Tiradentes Campus Farolândia e-mail: larissamariana1@gmail.com
7 Graduada em Nutrição pela Faculdade Bezerra de Araújo e-mail: larissatorresnutricao@gmail.com
8 Graduada em Nutrição pela Universidade Federal do Pará e-mail: meduardavelosolima@gmail.com
9 Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário Maurício de Nassau Campus Parnaíba e-mail:
danielleg.nutricionista@gmail.com
10Graduada em Nutrição pela Universidade Tiradentes Campus Farolândia e-mail: nutristeffanyalmeida@gmail.com