DEFEITO ÓSSEO DE STAFNE: REVISÃO DE LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202411141852


Tiago de Souza Costa1, Diego Santos de Araújo2, Mariana Alvares de Araújo3, Juliana Liberal Guerra Galdino4, Eliclaudio Alves da Silva Júnior5, William Chaves Neto6, Rafaela Miranda Porto Chaves7


RESUMO

O Defeito Ósseo de Stafne (DOF), ou depressão lingual mandibular, é uma condição caracterizada por uma cavidade radiolúcida, descrita pela primeira vez em 1942 por Edward Stafne. O DOF geralmente é assintomático e descoberto incidentalmente em exames radiográficos de rotina. A condição, predominantemente masculina, ocorre mais frequentemente em homens na quinta e sextas décadas de vida, com localização típica na região posterior da mandíbula, abaixo do canal do nervo alveolar inferior. A metodologia consistiu em uma busca sistemática nas bases de dados PubMed, Cochrane e literatura cinzenta, utilizando termos MeSH como “Stafne bone defect”. Foram incluídos apenas relatos de casos em pacientes vivos, excluindo estudos em cadáveres. Resultados – foi encontrado que a maioria dos casos de Defeito Ósseo de Stafne (DOF) ocorre na região posterior da mandíbula, com predileção masculina e incidência entre 0,1% e 0,48%. A etiologia mais aceita é a compressão glandular, levando à reabsorção óssea. A conclusão destaca a importância da colaboração entre dentistas e radiologistas para o diagnóstico preciso e manejo adequado do Defeito Ósseo de Stafne.

Palavras-chave: Defeito Ósseo de Stafne, diagnóstico radiográfico, compressão glandular.

ABSTRACT

Stafne’s Bone Defect (SBD), or mandibular lingual depression, is a condition characterized by a radiolucent cavity, first described in 1942 by Edward Stafne. SBD is usually asymptomatic and discovered incidentally on routine radiographic examinations. The condition, predominantly male, occurs most frequently in men in the fifth and sixth decades of life, with a typical location in the posterior region of the mandible, below the inferior alveolar nerve canal. The methodology consisted of a systematic search in the PubMed, Cochrane and gray literature databases, using MeSH terms such as “Stafne bone defect”. Only case reports in living patients were included, excluding studies on cadavers. Results – it was found that most cases of Stafne’s Bone Defect (SBD) occur in the posterior region of the mandible, with a male predilection and an incidence between 0.1% and 0.48%. The most accepted etiology is glandular compression, leading to bone resorption. The conclusion highlights the importance of collaboration between dentists and radiologists for accurate diagnosis and appropriate management of Stafne’s Bone Defect.

Keywords: Stafne’s Bone Defect, radiographic diagnosis, glandular compression.

INTRODUÇÃO

O defeito ósseo de Stafne (DOF), também conhecido como depressão lingual mandibular, é uma cavidade radiolúcida descrita pela primeira vez em 1942 por Edward Stafne. O DOF é geralmente considerado uma impressão anatômica que se desenvolve devido à proliferação ou ao deslocamento de estruturas vizinhas, como glândulas salivares e outros tecidos moles. Os estudos indicam que a incidência dessa condição varia entre 0,1% e 0,48%. Contudo, é possível que a frequência real seja ainda maior, já que muitos pacientes não apresentam sintomas evidentes (SISMAN, et., 2012).

Geralmente, essa condição está situada abaixo do canal do nervo alveolar inferior e ligeiramente acima da borda inferior da mandíbula. É mais frequentemente observada na sexta década de vida (APS, et., 2020), embora com baixa incidência, no ângulo mandibular em homens adultos (QUESADA, et., 2013). A maioria dos casos é detectada acidentalmente durante exames radiográficos realizados em tratamentos dentários.

O diagnóstico geralmente é feito apenas com radiografias simples, mas para casos atípicos, é necessário recorrer a métodos de imagem mais precisos, como tomografia computadorizada (TC), tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) e ressonância magnética (RM) (CHEN, et., 2019). O defeito ósseo de Stafne é uma condição rara e frequentemente assintomática, que pode ser incidentalmente descoberta em exames radiográficos. Devido à sua raridade e à falta de sintomas clínicos evidentes, há uma escassez de informações detalhadas e padronizadas sobre suas características clínicas, radiográficas e epidemiológicas.

A variabilidade na apresentação e a ausência de consenso sobre os critérios diagnósticos e de manejo clínico dificultam a compreensão completa desta condição. É necessário realizar uma revisão abrangente da literatura existente para consolidar o conhecimento atual, identificar lacunas e propor diretrizes para o diagnóstico e tratamento do defeito ósseo de Stafne. (NEVILLE, et., 2016). Como o conhecimento atualizado sobre o defeito ósseo de Stafne pode contribuir para o diagnóstico diferencial preciso e evitar intervenções clínicas desnecessárias em casos de lesões mandibulares detectadas por exames de imagem? Portanto, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão da literatura de forma sistemática sobre o defeito ósseo de Stafne, com o intuito de compilar e analisar as características clínicas, radiográficas e epidemiológicas identificando padrões de apresentação, métodos diagnósticos, implicações clínicas, além de discutir as variações anatômicas e a relevância para a prática odontológica. 

METODOLOGIA

Uma busca sistemática, com limites de tempo e idioma, foi realizada usando PubMed, Cochrane e literatura cinzenta. Os MeSHterm usados para buscas de títulos de artigo foram Stafne bone defect AND stafne AND stafne defect.s. Foi utilizado o fluxograma PRISMA para seleção dos estudos (MOHER, et al., 2009). Os artigos foram revisados para encontrar casos de defeito ósseo de Stafne e informações sobre esses achados serão buscadas dentro do texto. Todos os relatos de casos de defeito ósseo de Stafne em pacientes vivos foram incluídos, enquanto estudos em cadáveres foram excluídos do presente estudo.

REVISÃO DE LITERATURA
Defeito ósseo de stafne

O defeito ósseo de Stafne (DOF), também denominado depressão lingual mandibular, refere-se a uma cavidade radiolúcida inicialmente descrita por Edward Stafne em 1942. Este defeito é comumente interpretado como uma alteração anatômica causada pela proliferação ou deslocamento de estruturas adjacentes, como as glândulas salivares e outros tecidos moles. A incidência do DOF varia de 0,1% a 0,48%, embora a prevalência real possa ser maior, considerando que muitos pacientes permanecem assintomáticos (SISMAN, et al., 2012).

Diagnóstico

O diagnóstico é normalmente realizado por meio de radiografias simples, mas em casos atípicos, é necessário utilizar métodos de imagem mais avançados, como tomografia computadorizada (TC), tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) e ressonância magnética (RM) (CHEN, et al., 2019).

Essa condição geralmente localiza-se abaixo do canal do nervo alveolar inferior e um pouco acima da borda inferior da mandíbula. É mais comumente identificada em indivíduos na sexta década de vida (APS, et al., 2020), embora, com menor frequência, também ocorra no ângulo mandibular de homens adultos (QUESADA, et al., 2013). A maioria dos casos é descoberta de forma incidental durante exames radiográficos feitos para tratamentos odontológicos.

Aspecto radiográfico e diagnóstico diferencial

O defeito é predominantemente unilateral, sendo rara sua apresentação bilateral. Nas radiografias, observa-se uma área radiolúcida unilocular, com contornos bem definidos e formato geralmente redondo ou oval, localizada com frequência no ângulo da mandíbula (FIGURA 1). No entanto, pode ocasionalmente ocorrer na região anterior da mandíbula, embora seja incomum (FIGURA 2). O diagnóstico diferencial principal inclui lesões císticas, que podem ser de origem odontogênica ou não odontogênica (NEVILLE, et al.,

FIGURA 1: Defeito de Stafne. Lesão radiolúcida na região posterior da mandíbula, abaixo do canal mandibular

FONTE: Neville et al., 2016, p. 25

Prognóstico e tratamento

Embora se suponha que o DOF tenha uma origem relacionada ao desenvolvimento, ele não está presente ao nascimento, desenvolvendo-se ao longo da vida. Apesar de ser considerado uma lesão benigna e estável, é fundamental excluir qualquer possibilidade de malignidade. A cirurgia só é indicada quando o diagnóstico de DOF não pode ser confirmado ou se o aumento do defeito representar um risco elevado de fratura mandibular (NEVILLE, et al., 2016).

RESULTADOS

A pesquisa foi realizada por meio da base de dados PUBMED, Cochrane e literatura cinzenta, foram pesquisados artigos publicados na língua inglesa, entre período de 2019 a 2024 por meio de MeSHterms: Stafne bone defect AND stafne AND stafne defect. Após a aplicação dos MeSHterms foram encontrados 116 estudos, aplicando o recorte temporal foram encontrados 29 artigos. Após a leitura completa dos artigos, apenas 14 artigos foram selecionados para este estudo (figura 3). Dentre os 14 casos, foram 11 homens e 3 mulheres.

Os pacientes avaliados tinham idades entre 22 e 83 anos. O diagnóstico das lesões foi realizado por meio de exame de rotina complementar como a radiografia panorâmica complementada ou não com TC, TCFC e ou RM. Não houve diferença entre o lado de ocorrência do defeito ósseo de Stafne (7 lados direito e 7 lados esquerdo).  9 casos ocorreram na região posterior da mandíbula e 5 na região anterior mandibular. Todos os casos clínicos a lesão apresentou de forma assintomática e não foi requerido tratamento.

Foi relatado reabsorção apical e deslocamento dental em um estudo em virtude da lesão de Stafne.  3 casos clínicos apresentaram dupla manifestação do defeito ósseo de Stafne, sendo 2 casos com ocorrência unilateral e outro de manifestação bilateral (Tabela 1).

Figura 3. Fluxograma da Busca na literatura (MOHER, et al., 2009)

Tabela 1 Casos clínicos  – Defeito ósseo de Stafne

DISCUSSÃO

O defeito ósseo de Stafne é uma lesão assintomática, radiolúcida, unilocular frequentemente abaixo do canal mandibular e próximo ao ângulo da mandíbula. Poucos casos relatados na litera apresenta algum tipo de sintomatologia (SOARES, et., 2023). Há uma ocorrência preferencial para a região posterior da mandíbula 0,10% – 0,48% dos casos, embora raro, pode ocorrer também na região anterior da mandíbula (ASGARY, et., 2020).

Em uma revisão sistemática avaliando 385 imagens radiológicas, 243 imagens a localização da lesão era na região posterior da mandíbula. A etiologia é incerta, a hipótese mais aceita é de origem glandular (Chen, et., 2019) na qual ocorre uma compressão na região lingual da mandíbula através da glândula submandibular ou sublingual o que provoca uma reabsorção da cortical lingual levando ao surgimento da depressão óssea ou defeito ósseo (Philipsen, et., 2002; Schneider, et al., 2014).

O DOE mostrou predileção masculina neste estudo, essa predileção é frequentemente relatada na literatura (SOARES, et., 2023). Este achado concorda com dados da literatura, que afirmam uma proporção de homens para mulheres de 4 para 1 (DA SILVA, et.,2018; WG, HE, et., 2019; MORE, et., 2015). Como observado por Minowa et al. (2003) e Smith et al. (2007).

A quinta e a sexta décadas de vida foram as mais frequentemente afetadas, o que é observado neste estudo.  Os casos relatados na literatura de DOE, a maior parte dos diagnósticos é realizado por exame complementares de rotina com radiografias panorâmica e também como meio complementar, a tomografia computadorizada de feixe cônico e a ressonância magnética. Raramente é necessário realizar exame histopatológico (SOARES, et., 2023). Nos pacientes que apresentam DOE geralmente não é necessário nenhum tratamento, apenas acompanhamento do caso (NEVILLE, et., 2016; SOARES, et., 2023).

CONCLUSÃO

A investigação das características da DOE é fundamental para que dentistas e radiologistas colaborem eficazmente no diagnóstico e manejo dessa condição. A integração de conhecimentos entre esses profissionais pode enriquecer a prática clínica, permitindo que lesões uniloculares bem definidas, especialmente na região posterior da mandíbula, sejam reconhecidas e tratadas adequadamente. Este trabalho conjunto não apenas melhora a precisão diagnóstica, mas também contribui para um atendimento mais seguro e eficaz aos pacientes, garantindo que a DOE seja considerada nas avaliações diagnósticas.

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1Odontologia, Universidade Federal De Pernambuco,
Tiago.Scosta@Ufpe.Br, Orcid: Https://Orcid.Org/0000-0002-8252-2720

2Odontologia, Universidade Federal De Pernambuco, Diego.Santosaraujo@Ufpe.Br

3Odontologia, Universidade Federal De Pernambuco, Mariana.Alvares@Ufpe.Br

4Odontologia, Universidade Federal De Pernambuco, Julianaguerradent@Gmail.Com

5Odontologia, Universidade Federal De Pernambuco, Dreliclaudioalves@Gmail.Com

6Odontologia, Uninassau, William_Cneto@Hotmail.Com

7Odontologia, Uninassau, Rafaela_Portoo@Hotmail.Com