PALLIATIVE CARE: NURSING TEAM’S ACTIVITY IN RELIEF OF PAIN AND SUFFERING IN THE AREA OF ONCOLOGY
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11590227
Ingrid Rebeca Texeira de Araújo; Maria Luana da Silva; Marcos Alberto da Silva Araújo; Orientadora: Cintia de Carvalho Silva
Resumo
Introdução: A prática de cuidados paliativos fundamenta-se em uma abordagem que tem como objetivo promover a qualidade de vida dos pacientes e dos seus familiares que enfrentam problemas associados às doenças que apresentam risco de vida. Atuando por meio da prevenção e alívio do sofrimento e dos sintomas, identificação precoce, avaliação e tratamento da dor. Objetivo: O presente trabalho consiste em uma revisão integrativa, na qual tem o objetivo de avaliar a importância da atuação da equipe de enfermagem na estabilidade da qualidade de vida e bem estar nos cuidados paliativos aos pacientes oncológicos, visando às contribuições relacionadas ao manejo da dor e sofrimento. Métodos: Tratou-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa, onde foram pesquisados dissertações e artigos científicos, selecionados através de buscas nas seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google acadêmico, no período de 2019 a 2024, nos idiomas de português e inglês. Resultados: O enfermeiro tem a aptidão de ouvir e interpretar as necessidades expostas, bem como, aquelas que permanecem subentendidas conforme cada situação, resultando que os profissionais enfermeiros passem a transmitir segurança ao paciente e a família com a criação de um laço de cuidado, facilitando assim, o trabalho com o intuito de torná-lo mais humanizado. Conclusões: Desse modo, o presente trabalho busca abordar sobre a importância da atuação da equipe de enfermagem em cuidados paliativos oncológicos no alívio da dor.
Palavras-chave: Cuidados paliativos; Equipe de enfermagem; Oncologia; Assistência terminal.
1. INTRODUÇÃO
No Brasil, o câncer é considerado um problema de saúde pública, sendo a segunda maior causa de morte por doenças não transmissíveis. Na atualidade, as neoplasias são compostas por mais de 100 doenças e sua principal característica é o desenvolvimento celular de forma desordenada, com alta capacidade de penetrar outros tecidos e órgãos além do de ponto de origem (Ralph et al. 2021), tornando-se altamente complexo o diagnóstico, tendo em vista que pode ser confundido com outras patologias. Conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no ano de 2020, a população brasileira foi acometida com aproximadamente 450 mil novos casos de câncer, em decorrência dessa grande diversidade da doença (INCA, 2020).
Em contrapartida, os cuidados paliativos em oncologia representam uma abordagem de assistência no alívio da dor e do sofrimento, melhorando a qualidade de vida dos pacientes que enfrentam doenças ameaçadoras da vida, como o câncer. Essa assistência envolve uma equipe interdisciplinar, centrada no paciente e em suas necessidades. Entretanto, apesar de ter surgido com a finalidade de tratamento para o paciente oncológico em fase terminal, também é indicada, atualmente, no diagnóstico de outras doenças graves, podendo, assim, ser associada aos cuidados curativos (INCA, 2022).
A priori, dentre os sintomas mais temidos no quadro do câncer, a dor é uma das piores, e está presente em cerca de 60% a 80% dos pacientes, acometendo-os em todas as fases do adoecimento. Seus sinais aparecerem desde o instante do diagnóstico, que transforma a vida e a rotina do paciente, até nas aplicações de procedimentos terapêuticos, que geralmente são altamente angustiantes e invasivos, em decorrência dos efeitos adversos do tratamento cirúrgico, quimioterápico e/ou radioterápico (Fonseca et al., 2023).
Dito isto, a dor oncológica é definida por qualquer sentimento em associação com a neoplasia, sendo capaz de estar envolvida a inúmeros aspectos do adoecimento, a começar do tumor propriamente dito, sintomas provenientes do tratamento e da proliferação da doença no organismo. Assim, é responsável, muitas vezes, por afetar as atividades funcionais dos pacientes, causando alterações no sono, sensação de fadiga, distúrbios de humor, depressão, ansiedade e isolamento social. Logo, interfere diretamente na qualidade de vida, essencialmente em estágios mais avançados da doença (Gomes et al., 2023).
Desta forma, considerando que esse sintoma está entre os maiores causadores de sofrimento e o mais prevalente entre os pacientes em cuidados paliativos, a assistência da equipe de enfermagem na atuação do manejo e do controle da dor é de extrema importância, pois gera grande contribuição para uma melhor qualidade no atendimento com eficácia, focado no paciente. Sendo assim, a necessidade da utilização de ferramenta padronizada no manejo da dor é fundamental na prática clínica, pois aborda a definição e a avaliação da dor aguda ao realizar uma anamnese (Rodrigues et al., 2020).
A posteriori, os cuidados paliativos ressaltam que a morte é um processo natural, não necessitando ser antecipada e nem postergada mas, sim, analisada, de modo a desejar-se por uma boa qualidade de vida até a sua finitude. Todavia, apesar desse entendimento, a sociedade tem evitado mencionar e/ou abordar esse assunto devido à perspectiva para manter a vida, independentemente de qualquer circunstância.
Em vista disso, na área oncológica, os cuidados paliativos da equipe de enfermagem para o alívio da dor e do sofrimento são essenciais, pois visam a estabilidade, a qualidade e o bem estar dos pacientes. Contudo, é de grande importância a aceitação que a medicina tem suas limitações e nem sempre a cura será algo possível de ser alcançada. Sendo necessário conduzir diálogos de maneira clara e objetiva junto aos pacientes e seus familiares (Rocha; Sousa, 2023).
Dessa forma, surgiu a seguinte pergunta norteadora: Como o profissional de enfermagem pode humanizar o tratamento e manejo da dor do paciente em cuidados paliativos?
2. METODOLOGIA
O estudo trata-se de uma revisão integrativa de literatura, cujo objetivo é sintetizar conhecimentos sobre o assunto, coletar, avaliar e concluir novos conhecimentos sobre a temática.
Na construção e desenvolvimento desta revisão integrativa, seguiram-se 6 etapas: 1 – Escolha da temática de acordo com o interesse dos membros. 2 – Através da problemática foi elaborada a pergunta para nortear a pesquisa. 3 – Escolha, divisão e organização das bases de dados para serem feitas as buscas. 4 – Escolha dos descritores, estratégias de buscas e critérios de inclusão e exclusão. 5 – Busca nas bases de dados e organização das informações para filtrar e auxiliar na seleção dos artigos. 6 – Análise e interpretação dos dados encontrados.
Em prol do desenvolvimento do estudo, realizou-se um levantamento bibliográfico entre os meses de abril a junho 2024, onde foram feitos pesquisas na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), contendo as seguintes bases de dados: 3 As buscas foram através dos descritores: Cuidados paliativos; Equipe de enfermagem; Oncologia; Assistência terminal, utilizando o operador booleano: AND.
Adotaram-se os seguintes critérios de inclusão: Artigos originais publicados entre 2019-2024, nos idiomas de português e inglês, que estivessem correlacionados com o tema abordado. Adotaram-se como critérios de exclusão: revisão de literatura, materiais que não estavam disponíveis na íntegra gratuitamente, artigos duplicados e artigos não relacionados ao tema.
A partir da busca nas bases de dados e das combinações de descritores, foi possível encontrar 2.461 artigos. Após a adição dos filtros, restaram 1.006 de artigos e teses, que foram analisados por título e resumo, dos quais foram selecionados 18 artigos finais e os demais foram excluídos por falta de associação com o tema. A identificação, seleção e elegibilidade dos produtos para obtenção da amostra final podem ser visualizados por meio do fluxograma da Figura 1, apresentado na seção de resultados.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4. Dos 2.461 estudos encontrados, foram excluídos aqueles que se repetiam nas bases de dados. Os que preenchiam os critérios de inclusão estão representados graficamente por meio do fluxograma de estratégias PRISMA, apresentadas na figura 1.
Figura 1 – Percurso realizado pelos autores para chegar na escolha final dos materiais
O quadro 1 apresenta os artigos selecionados para análise e discussão de acordo com: ano de publicação, autores, país, título do artigo e/ou tese, objetivo do trabalho e desfecho do estudo.
Quadro 1 – Síntese dos artigos publicados nas bases de dados conforme autor/ano/país, título do artigo, objetivo do estudo e desfecho do estudo, 2024.
3.1 Cuidados Paliativos
Cuidados paliativos são um conjunto de práticas que buscam melhorar a qualidade de vida, visando não apenas o tratamento da doença em si, mas também o bem-estar físico, emocional e espiritual do paciente e de seus familiares que se encontram diante de uma patologia ameaçadora da vida. Com isso, promove o alívio do sofrimento ao proporcionar conforto e dignidade que servem de auxílio para lidar com a situação de forma mais tranquila e acolhedora, em todas as fases do adoecimento: do diagnóstico até o fim da existência (INCA, 2022).
Dito isto, embora o conceito de cuidados paliativos tenha crescido com relevância com o passar dos anos, essa não é uma prática recente. Desde a antiguidade, o grego Hipócrates, também conhecido como “pai da medicina”, trazia a concepção de priorizar o conforto e tratar a doença, entretanto, não assegurava a probabilidade de cura (Nascimento, 2023). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 56 milhões de pessoas no mundo carecem desses cuidados e cerca de 25,7 milhões estão em seu último ano de vida. Certamente, ao considerar o envelhecimento populacional e o número crescente de mortalidade na população por doenças crônicas, a prevalência da necessidade de cuidados paliativos aumenta a cada momento.
Diante disto, as práticas de cuidados paliativos começaram a ganhar maior destaque no Brasil, há cerca de vinte anos, após a criação da Política Nacional de Humanização (PNH), baseada em três princípios: 1- transversalidade, 2- indissociabilidade entre atenção e gestão e 3- protagonismo e a corresponsabilidade entre a autonomia dos sujeitos e dos coletivos, assim garantindo a humanização na assistência ao paciente. Entretanto, para isso, ainda existe um déficit na formação dos profissionais de saúde, havendo uma carência na grade curricular de disciplinas voltadas à temática da morte, culminando em profissionais despreparados para tomada de decisões no que diz respeito ao tratamento das doenças graves (Nardino; Olesiak; Quintana, 2021).
Paralelamente, no Brasil, ainda são poucas as unidades para cuidados paliativos, tendo em vista que não é regularizada a prática por lei, até o momento. Esse fato que aumenta a dificuldade para a abordagem junto aos profissionais da área da saúde pois, muitos deles possuem uma visão errônea acerca do tema ao associar a prática de cuidados paliativos à eutanásia (Kuse et al., 2022).
3.2 A dor oncológica
A dor representa um dos principais sintomas associados ao câncer, sendo capaz de estar presente em torno de 36% a 61% dos pacientes em estágios não avançados da doença. No entanto, em pacientes em quadros mais avançados, estima-se que em torno de 64% apresenta dor crônica, tendo sua intensidade variada conforme a localidade do tumor (Rodrigues et al., 2023). Esse sintoma surge associado a diversos fatores, como: tratamento invasivo e metástase, varia dentre os pacientes mas, em sua maioria, afeta o estilo de vida e o bem-estar, capaz de incapacitar a realização das atividades cotidianas (Gomes et al., 2023).
Deste modo, caso não seja avaliada de maneira correta, a dor pode alterar a rotina do paciente, trazendo limitações que interferem diretamente no seu tratamento. Por esse motivo, considerada como o quinto sinal vital, deve-se receber a mesma importância dos demais para garantir que seja amenizada. Dito isto, é de atribuição do profissional de enfermagem a sua avaliação correta e a administração dos analgésicos, sendo de grande importância o auxílio de algumas escalas para assistência no manejo da dor, tais como: Escala Visual Numérica (EVN), Escala Visual Analógica (EVA) e Escala de Descritores Verbais (EDV) (Oliveira; Roque; Maia, 2019).
Em vista disso, é certo que os impactos da dor física e emocional do câncer não podem ser subestimados. Logo, os cuidados paliativos em oncologia abordam questões psicossociais, oferecendo suporte emocional, aconselhamento e recursos para lidar com o estresse e a ansiedade, associados à doença, a fim de respeitar e abordar as necessidades específicas do paciente e contribuir significativamente para o seu bem-estar geral. Para isso, é necessário o planejamento antecipado dos cuidados, a discussão sobre os desejos e as preferências que promovam as decisões compartilhadas para ajudar a garantir os cuidados contidos nas escolhas dos pacientes (INCA, 2022).
3.3 A assistência da enfermagem em cuidados paliativos
Os cuidados paliativos na enfermagem preconizam a atenção holística ao paciente para prevenir e controlar os sinais e os sintomas da doença e, além disso, abranger também os familiares que estão na linha de frente desse cuidado intensivo. Nesse cenário, a equipe de enfermagem é essencial na assistência ao paciente paliativo, tendo em vista que o cuidado integral à saúde é uma das principais funções dessa área profissional. Entretanto, se essa realidade já é tida como um desafio, existe, ainda, um déficit na formação de novos profissionais de enfermagem e isso reflete na qualidade da assistência prestada (Pereira; Barbosa; Lobão, 2023)
Para isso, essa prática deve englobar as múltiplas manifestações e as características diversas do tumor de forma universal, visto que, apesar de cada paciente oncológico ter sua especificidade, todos apresentam, de maneira geral, os mesmos aspectos a serem cuidados (Souza et al., 2022). Para isso, deve-se levar em consideração a assistência ao paciente como um todo e promover o controle adequado da situação referente ao quadro clínico e ao adoecimento, a fim de visar um menor desconforto.
A oferta de cuidado ao paciente se torna necessária para aliviar sintomas, tornando-se imprescindível conhecer o manejo do tratamento e das complicações do câncer, assim como a evolução da doença. A assistência humanizada necessita de vários fatores, internos ou externos, os quais a maior parte inclui o paciente a ser cuidado que em sua singularidade necessita de atenção especial. A assistência de enfermagem tem papel fundamental na humanização pois, a equipe que a integra, passa grande parte do tempo ao lado do paciente, devendo atuar de forma integrada no acompanhamento de suas necessidades (Souza et al., 2022).
Ademais, os cuidados de enfermagem são partes essenciais na promoção da saúde ao paciente. Sua conduta vai além de intervenções técnicas, pois atua direcionando o zelo para o indivíduo e não para a doença, tanto no plano técnico terapêutico ou na gerência de cuidados, quanto na compreensão da natureza humana, com o direcionamento da atenção para as necessidades abrangentes do paciente. Por fim, essa comunicação se entrelaça diretamente com a humanização, possibilitando a equipe multiprofissional uma visão total do paciente, além de ter uma positiva troca de conhecimentos e experiências também com os familiares, cujo objetivo principal consiste em preservar a saúde física e mental para que o paciente esteja bem cuidado, estável e calmo, em prol de tornar esse momento o mais sereno possível (Silva et al., 2023).
3.4 Qualidade de vida nos cuidados paliativos
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os cuidados paliativos aborda de forma integral o paciente, levando em consideração as suas influências sociais, culturais, políticas e econômicas na condição de sua vida, em obtenção dos seus objetivos e expectativas, lhe ofertando oportunidades de escolhas, refletindo diretamente na sua autonomia e satisfação com a vida (Santos; Soeiro; Maués, 2020).
No entanto, com o avanço das práticas e das políticas, tem-se observado o aumento das doenças crônico-degenerativas, logo, visando à melhoria do conforto dos pacientes, destacando-se, nesse cenário, a obtenção dos cuidados paliativos como prática de assistência, respeitando os direitos dos pacientes em adoecimento, independente do seu prognóstico, preservando sua dignidade visando sua saúde. Assim, garantindo o direito ao cuidado no final da vida com integridade e respeito, não sendo submetido à tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos e degradantes, assegurando seu direito a vida (Lucena; Albuquerque, 2021).
Contudo, os cuidados paliativos surgem com a abordagem que visa o bem-estar dos pacientes em estágio avançado sem possibilidades de terapêuticas curativas, onde o tratamento da doença se volta ao controle de sintomas, visando ofertar uma sobrevivência pelo maior tempo possível com conservação da sua qualidade de vida, se tornando um critério fundamental para esses pacientes obter o alívio da dor, do sofrimento, das frustrações e angústias, recebendo auxílio em todo âmbito do biopsicosocial como agente motivador que auxilia na proteção da depressão e desejo de antecipação da morte (Júnior et al., 2020).
Esta qualidade de vida é amparada pela correta avaliação do paciente, realizando o diagnóstico e indicação do tratamento apropriado o mais breve possível, além da comunicação e controle de sintomas desempenhados corretamente pela equipe. Dessa forma, é essencial compreender a importância dos fatores socioecológicos, como a influência da família na qualidade de vida do paciente, tendo em vista que influenciam diretamente na comodidade do indivíduo, assegurando a preservação do paciente independente do tempo restante de vida, possibilitando se vê como parte de uma comunidade em que vive (Oliveira et al., 2021).
3.5 Qualidade da morte nos cuidados paliativos
O cuidado integral ao paciente conta com toda a equipe multiprofissional, sobretudo diante do processo de morrer. Contra a morte hospitalar moderna, onde o paciente em processo de finitude pode se encontrar sozinho e sujeito a se deparar com a chamada “boa morte” onde de acordo com os cuidados paliativos, conduzido pela assistência adequada com o objetivo de promover uma qualidade no processo de morte. Sendo denominado um processo ao qual o indivíduo está bem assistido e adequado controle das dores e sintomas, prezando não desperdiçaria o seu tempo, sendo capaz de expressar suas emoções e desejos (Soneghet, 2020).
Nesse lamiré, os cuidados paliativos exclusivos são concedidos quando a doença não responde mais aos tratamentos e o processo de morte se aproxima, visto que as terapêuticas que não apresentam benefícios são suspensas, e toda a equipe se promove em ações que proponham o bem-estar e à dignidade ao paciente até o momento da sua morte. Assim, proporciona a identificação das necessidades do doente e progride a práticas de cuidado multidimensional e humanizado, promovendo melhor qualidade de vida para o paciente durante o curso da patologia progressiva e limitadora, e se amplia à família após a morte do paciente. (Alves; Oliveira, 2022).
Neste cenário abrangendo o direito a não ser submetido a tratamentos desnecessários, respeitando seus limites, sem promessas ilusórias de cura. Logo, reafirma a vida e vê a morte como um processo natural, assim promovendo um cuidado atendendo a individualidade de cada usuário, em cumprimento a suas escolhas, reconhecendo a terminalidade da vida, necessitando ser apresentado de diversas maneiras até ser compreendido. Deste modo, reconhecendo os cuidados paliativos como parte integrante da assistência à saúde, oportunizando ao paciente o respeito e a sua autonomia no processo da própria morte (Schaefer, 2020).
Posto isso, o plano de qualidade ao final da vida deve ser discutido pela equipe multiprofissional juntamente com os familiares e o próprio paciente , em busca de ações para que seja inserido uma intensificação de conforto, dessa forma, nessa fase de cuidar, o paciente e a família se sentirão acolhidos. Proporcionando o máximo de dignidade, respeitando as preferências e desejos acerca dos cuidados , assim como o cuidado com os familiares e acolhimento no processo de luto (Pires et al., 2020)
Desta forma, a atuação da assistência de enfermagem evidencia os parâmetros ofertando benefícios para à melhora da qualidade de vida e do conforto do paciente, obtendo a sua finitude com dignidade e assim seja, assistindo em sua singularidade, prestando a compreensão do conhecimento da equipe sobre a assistência e suas estratégias adotadas na promoção do cuidado na fase final da vida, respeitando os limites e desejos do usuário, gerando melhor adesão ao tratamento considerando a complexidade dos cuidados paliativos (Ferreira, 2019).
11. CONCLUSÃO
Diante da pesquisa realizada, avaliou-se a importância da atuação da equipe de enfermagem nos cuidados paliativos e na estabilidade da qualidade de vida, propondo às contribuições relacionadas ao manejo da dor e sofrimento aos pacientes oncológicos. Desta forma, a assistência ofertada pela equipe de enfermagem demanda de vários fatores, sejam internos ou externos, integrando o paciente, aos cuidados que em sua individualidade necessitam de atenção integral e humanizada. Observou-se que além das intervenções técnicas, os profissionais de enfermagem oferecem suporte emocional, conforto e qualidade de vida aos pacientes e suas famílias. Visto que, são responsáveis por garantir que o paciente esteja o mais confortável possível, controlando sintomas, administrando medicamentos e proporcionando cuidados holísticos. Finda-se, que a prática dos cuidados paliativos juntamente da atuação da equipe de enfermagem estão aliados e propõem a promoção da atenção integral à saúde do paciente e humanização, concedendo uma melhor qualidade de vida. Além de toda promoção de cuidados necessários, a equipe atribui de forma significativa como o entendimento e aceitação de diagnósticos, processos e convívio com a doença vivenciada pelos pacientes.
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