CUIDADOS PALIATIVOS: ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO ALÍVIO DA DOR E SOFRIMENTO NA ÁREA DA ONCOLOGIA

PALLIATIVE CARE: NURSING TEAM’S ACTIVITY IN RELIEF OF PAIN AND SUFFERING IN THE AREA OF ONCOLOGY

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11590227


Ingrid Rebeca Texeira de Araújo; Maria Luana da Silva; Marcos Alberto da Silva Araújo; Orientadora: Cintia de Carvalho Silva


Resumo

Introdução: A prática de cuidados paliativos fundamenta-se em uma abordagem que tem como objetivo promover a qualidade de vida dos pacientes e dos seus familiares que enfrentam problemas associados às doenças que apresentam risco de vida. Atuando por meio da prevenção e alívio do sofrimento e dos sintomas, identificação precoce, avaliação e tratamento da dor. Objetivo: O presente trabalho consiste em uma revisão integrativa, na qual tem o objetivo de avaliar a importância da atuação da equipe de enfermagem na estabilidade da qualidade de vida e bem estar nos cuidados paliativos aos pacientes oncológicos, visando às contribuições relacionadas ao manejo da dor e sofrimento. Métodos: Tratou-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa, onde foram pesquisados dissertações e artigos científicos, selecionados através de buscas nas seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google acadêmico, no período de 2019 a 2024, nos idiomas de português e inglês. Resultados: O enfermeiro tem a aptidão de ouvir e interpretar as necessidades expostas, bem como, aquelas que permanecem subentendidas conforme cada situação, resultando que os profissionais enfermeiros passem a transmitir segurança ao paciente e a família com a criação de um laço de cuidado, facilitando assim, o trabalho com o intuito de torná-lo mais humanizado. Conclusões: Desse modo, o presente trabalho busca abordar sobre a importância da atuação da equipe de enfermagem em cuidados paliativos oncológicos no alívio da dor.

Palavras-chave: Cuidados paliativos; Equipe de enfermagem; Oncologia; Assistência terminal.

1. INTRODUÇÃO

No Brasil, o câncer é considerado um problema de saúde pública, sendo a segunda maior causa de morte por doenças não transmissíveis. Na atualidade, as neoplasias são compostas por mais de 100 doenças e sua principal característica é o desenvolvimento celular de forma desordenada, com alta capacidade de penetrar outros tecidos e órgãos além do de ponto de origem (Ralph et al. 2021), tornando-se altamente complexo o diagnóstico, tendo em vista que pode ser confundido com outras patologias. Conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no ano de 2020, a população brasileira foi acometida com aproximadamente 450 mil novos casos de câncer, em decorrência dessa grande diversidade da doença (INCA, 2020).

Em contrapartida, os cuidados paliativos em oncologia representam uma abordagem de assistência no alívio da dor e do sofrimento, melhorando a qualidade de vida dos pacientes que enfrentam doenças ameaçadoras da vida, como o câncer. Essa assistência envolve uma equipe interdisciplinar, centrada no paciente e em suas necessidades. Entretanto, apesar de ter surgido com a finalidade de tratamento para o paciente oncológico em fase terminal, também é indicada, atualmente, no diagnóstico de outras doenças graves, podendo, assim, ser associada aos cuidados curativos (INCA, 2022).

A priori, dentre os sintomas mais temidos no quadro do câncer, a dor é uma das piores, e está presente em cerca de 60% a 80% dos pacientes, acometendo-os em todas as fases do adoecimento. Seus sinais aparecerem desde o instante do diagnóstico, que transforma a vida e a rotina do paciente, até nas aplicações de procedimentos terapêuticos, que geralmente são altamente angustiantes e invasivos, em decorrência dos efeitos adversos do tratamento cirúrgico, quimioterápico e/ou radioterápico (Fonseca et al., 2023).

Dito isto, a dor oncológica é definida por qualquer sentimento em associação com a neoplasia, sendo capaz de estar envolvida a inúmeros aspectos do adoecimento, a começar do tumor propriamente dito, sintomas provenientes do tratamento e da proliferação da doença no organismo. Assim, é responsável, muitas vezes, por afetar as atividades funcionais dos pacientes, causando alterações no sono, sensação de fadiga, distúrbios de humor, depressão, ansiedade e isolamento social. Logo, interfere diretamente na qualidade de vida, essencialmente em estágios mais avançados da doença (Gomes et al., 2023).

Desta forma, considerando que esse sintoma está entre os maiores causadores de sofrimento e o mais prevalente entre os pacientes em cuidados paliativos, a assistência da equipe de enfermagem na atuação do manejo e do controle da dor é de extrema importância, pois gera grande contribuição para uma melhor qualidade no atendimento com eficácia, focado no paciente. Sendo assim, a necessidade da utilização de ferramenta padronizada no manejo da dor é fundamental na prática clínica, pois aborda a definição e a avaliação da dor aguda ao realizar uma anamnese (Rodrigues et al., 2020).

A posteriori, os cuidados paliativos ressaltam que a morte é um processo natural, não necessitando ser antecipada e nem postergada mas, sim, analisada, de modo a desejar-se por uma boa qualidade de vida até a sua finitude. Todavia, apesar desse entendimento, a sociedade tem evitado mencionar e/ou abordar esse assunto devido à perspectiva para manter a vida, independentemente de qualquer circunstância.

Em vista disso, na área oncológica, os cuidados paliativos da equipe de enfermagem para o alívio da dor e do sofrimento são essenciais, pois visam a estabilidade, a qualidade e o bem estar dos pacientes. Contudo, é de grande importância a aceitação que a medicina tem suas limitações e nem sempre a cura será algo possível de ser alcançada. Sendo necessário conduzir diálogos de maneira clara e objetiva junto aos pacientes e seus familiares (Rocha; Sousa, 2023).

Dessa forma, surgiu a seguinte pergunta norteadora: Como o profissional de enfermagem pode humanizar o tratamento e manejo da dor do paciente em cuidados paliativos?

2. METODOLOGIA

O estudo trata-se de uma revisão integrativa de literatura, cujo objetivo é sintetizar conhecimentos sobre o assunto, coletar, avaliar e concluir novos conhecimentos sobre a temática.

Na construção e desenvolvimento desta revisão integrativa, seguiram-se 6 etapas: 1 – Escolha da temática de acordo com o interesse dos membros. 2 – Através da problemática foi elaborada a pergunta para nortear a pesquisa. 3 – Escolha, divisão e organização das bases de dados para serem feitas as buscas. 4 – Escolha dos descritores, estratégias de buscas e critérios de inclusão e exclusão. 5 – Busca nas bases de dados e organização das informações para filtrar e auxiliar na seleção dos artigos. 6 – Análise e interpretação dos dados encontrados.

Em prol do desenvolvimento do estudo, realizou-se um levantamento bibliográfico entre os meses de abril a junho 2024, onde foram feitos pesquisas na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), contendo as seguintes bases de dados: 3 As buscas foram através dos descritores: Cuidados paliativos; Equipe de enfermagem; Oncologia; Assistência terminal, utilizando o operador booleano: AND.

Adotaram-se os seguintes critérios de inclusão: Artigos originais publicados entre 2019-2024, nos idiomas de português e inglês, que estivessem correlacionados com o tema abordado. Adotaram-se como critérios de exclusão: revisão de literatura, materiais que não estavam disponíveis na íntegra gratuitamente, artigos duplicados e artigos não relacionados ao tema.

A partir da busca nas bases de dados e das combinações de descritores, foi possível encontrar 2.461 artigos. Após a adição dos filtros, restaram 1.006 de artigos e teses, que foram analisados ​​por título e resumo, dos quais foram selecionados 18 artigos finais e os demais foram excluídos por falta de associação com o tema. A identificação, seleção e elegibilidade dos produtos para obtenção da amostra final podem ser visualizados por meio do fluxograma da Figura 1, apresentado na seção de resultados.

3.  RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.  Dos 2.461 estudos encontrados, foram excluídos aqueles que se repetiam nas bases de dados. Os que preenchiam os critérios de inclusão estão representados graficamente por meio do fluxograma de estratégias PRISMA, apresentadas na figura 1.

Figura 1 – Percurso realizado pelos autores para chegar na escolha final dos materiais

Fonte: Elaborado pelos autores, 2024

O quadro 1 apresenta os artigos selecionados para análise e discussão de acordo com: ano de publicação, autores, país, título do artigo e/ou tese, objetivo do trabalho e desfecho do estudo.

Quadro 1 – Síntese dos artigos publicados nas bases de dados conforme autor/ano/país, título do artigo, objetivo do estudo e desfecho do estudo, 2024.

IDAUTOR(ES)/ ANO DE PUBLICAÇÃO/ PAÍS    TÍTULO DO ARTIGOOBJETIVO DO ESTUDODESFECHO DO ESTUDO
01Nascimento, 2023 – BrasilHistória e origem dos cuidados paliativos no mundoObjetiva-se historicizar teoricamente sobre a história e origem dos Cuidados Paliativos de maneira breve no Mundo. Concluiu-se  a relevância dos Cuidados Paliativos que está para além do âmbito da saúde, mas contida em todas as ênfases da vida humana.
02Nardino; Olesiak; Quintana, 2021 – BrasilSignificações dos Cuidados Paliativos para Profissionais de um Serviço de Atenção DomiciliarCompreender as significações dos cuidados paliativos para os profissionais de uma equipe de atenção domiciliar, que configura uma das modalidades de assistência em que esses cuidados podem ocorrer.Nesse estudo destacaram-se questões referentes à importância do trabalho em equipe, aos fatores emocionais envolvidos nos cuidados paliativos e às repercussões do sofrimento presente nesse contexto.
03Kuse et al., 2022 – BrasilPapel do enfermeiro nos cuidados paliativosInvestigar através de revisão bibliográfica a compreensão dos profissionais de enfermagem sobre os cuidados paliativos.Conclui-se que se faz necessário a ampliação da discussão sobre os cuidados paliativos, desde a formação acadêmica visando que os profissionais possam aplicar assistência adequada e qualificada aos pacientes paliativos e família
04Rodrigues et al., 2023 – BrasilTratamento da dor oncológica: uma revisão sobre desafios, necessidades e tendências para o futuroObjetiva-se  avaliar,  por  meio  de  uma  revisão  narrativa  de  literatura,  as principais condutas associadas à cronicidade da dor oncológica.No presente estudo, foi evidenciado as principais opções de tratamento analisadas, destaca-se, sobretudo, a utilização demasiada de opioides, os quais, além dos benefícios para a dor,  trazem  consigo  diversos  efeitos  colaterais.
05Gomes et al., 2023 – BrasilDor total em pacientes oncológicos: Uma revisão integrativa da literaturaA presente pesquisa objetiva analisar a produção científica nacional e internacional sobre dor total em pacientes oncológicos.Conclui-se que, para a identificação e tratamento eficaz da dor de paciente em cuidados paliativos, ela deve ser considerada em sua integralidade.
06Oliveira; Roque; Maia, 2019 – BrasilA dor do paciente oncológico: as principais escalas de mensuraçãoAbordar  as principais escalas de mensuração da dor, enfatizando a melhor forma de atender o paciente oncológico e a construção de uma cartilha com as principais escalas para consulta dos profissionais da saúde.Verifica-se que  para  avaliar  a  dor  no paciente  oncológico,  é  preciso escalas específicas que norteiam   as   ações   dos   profissionais   da   saúde.
07Pereira; Barbosa; Lobão, 2023 – BrasilAbordagem multidisciplinar dos aspectos éticos nos cuidados paliativosObjetiva-se  a melhoria de sua qualidade de vida  e  minimização  do  sofrimento  de  seus  familiares.  Evidencia-se  que  todas  as  profissões  que  compõem  a  equipe multidisciplinar  no  cuidado  do  paciente  terminal  estão  amparadas  por  códigos  de  ética  e legislações  específicas,  que  asseguram  a  adoção  de  uma  conduta  paliativa  frente  ao  paciente sem perspectiva de vida.  
08  Souza et al., 2022 – BrasilReflexões de profissionais da enfermagem sobre cuidados paliativosEste estudo busca esclarecer os sentimentos de profissionais da enfermagem que atuam nos cuidados paliativos Observou-se sobrecarga emocional nos entrevistados e dificuldades em lidar com alguns sentimentos. Percebeu-se a carência de estratégias que amenizem estas sobrecargas no ambiente de trabalho e da abordagem da paliatividade nos currículos de saúde
09Silva et al., 2023 – BrasilGestão de cuidados paliativos em domicílio:Perspectivas de enfermeiros de um município do oeste do paraná    Objetiva-se  analisar  sobre  a  gestão  do  cuidado paliativo  em  domicílio  na  perspectiva  de  enfermeiros  de  um  município  do  oeste  do Paraná.  Evidenciou-se que os enfermeiros que atuam no Programa de Assistência e Internação Domiciliar são gestores dos cuidados paliativos no domicílio, tendo a equipe multiprofissional e a família como  aliados  e  suporte  em  seu  processo  de  trabalho direcionados  ao  indivíduo  em cuidados paliativos  
10Santos; Soeiro; Maués, 2020 – Brasil5.         Qualidade de Vida de Pacientes Oncológicos em Cuidados Paliativos Domiciliares e Desafios da Prática Médica diante da Finitude da Vida   Identificar os fatores que interferem na qualidade de vida  de pacientes em cuidados paliativos  domiciliares e discutir questões relacionadas à prática médica no cuidado em saúde.Verificou-se agravos clínicos e sociais, com destaque para a dor e as limitações econômicas, são fatores que interferem na qualidade de vida dos pacientes em atendimento domiciliar.
11Lucena; Albuquerque, 2021 – Brasil6.               Qualidade de vida em pacientes sob cuidados paliativos no prisma dos Direitos Humanos dos Pacientes  Analisar a aplicação do referencial dos Direitos Humanos dos Pacientes, particularmente o direito à privacidade, o direito de não ser submetido à tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos e degradantes, e o direito de não ser discriminado, como ferramenta para a promoção da qualidade de vida dos pacientes em paliaçãoEmpregar o referencial dos Direitos Humanos dos Pacientes implica prestar cuidados centrados no paciente, que se caracterizem como abrangentes e integrais, direcionados à qualidade de vida dos pacientes, indo ao encontro do objetivo dos cuidados paliativos
12Júnior et al., 2020 – Brasil7.               Avaliação da Qualidade de Vida de Pacientes Oncológicos em Cuidados Paliativos  Objetiva-se avaliar a qualidade de vida de pacientes oncológicos em cuidados paliativos.    Verificou-se  que a qualidade de vida deve ser avaliada diariamente, visto que os cuidados paliativos consideram, além dos sintomas, o conforto do próprio paciente durante o estado de doença que ameaça a vida e as intervenções efetivas de cuidados, permitindo assim o direcionamento da atuação da equipe multiprofissional.
13Oliveira et al., 2021 – BrasilQualidade de vida em cuidados paliativos: a estreita relação entre a saúde do corpo e da alma  O  artigo  tem  objetivo  de esclarecer as práticas dos cuidados paliativos e sua influência  na qualidade de vida dos pacientes  e familiares  Conclui-se que  a qualidade de vida aumentou em todos os casos em que houve a execução correta dos cuidados paliativos.  
14Soneghet, 2020 -BrasilFazendo  o  melhor  da  vida  na morte: Arranjos de Cuidado, Qualidade de Vida e Cuidados Paliativos  Analisar que a construção da “qualidade de vida” se desdobra em arranjos de cuidado em  torno  do  sujeito  em  processo  de  morrer.  Verificou-se  que  sua corporalidade  e  o  contexto  social  no  qual  se  encontra,  atravessado por desigualdades socioeconômicas e assimetrias de poder, marcam os limites da possibilidade de construção de uma vida com qualidade no processo do morrer.  
15Alves; Oliveira, 2022 – Brasil8.            Cuidados Paliativos para Profissionais de Saúde: Avanços e Dificuldades  Esta pesquisa exploratória e qualitativa analisou os discursos sobre cuidados paliativos de 23 profissionais de saúde atuantes num hospital especializado no tratamento em oncologiaMostram uma evolução no conhecimento do tema pelos profissionais, apontam a fragilidade na formação profissional para atuação em cuidados paliativos e a necessidade de mais investimentos para capacitar os profissionais que assistem doentes em paliação.
16Schaefer, 2020 – Brasil9.               A importância da implantação dos cuidados paliativos no Sistema Único de Saúde  O presente artigo pretende discutir os cuidados paliativos como um direito a ser garantido ao enfermo terminal, que, ao reconhecer a finitude da vida, busca em seus momentos finais conforto físico, mental e espiritual.Define-se o que é “normal” para o corpo adoecido, quem pode falar sobre ele, e quem é capaz de lidar com suas sensações e sintomas. Nas relações que circundam e atravessam o corpo adoecido, assimetrias de poder e desigualdades socioeconômicas modulam as possibilidades de se ter uma vida com qualidade rumo a uma “boa morte”.
17Pires et al., 2020 – BrasilConforto no final de vida na terapia intensiva: percepção da equipe multiprofissionalAnalisar a percepção da equipe multiprofissional sobre o conforto no final de vida na terapia intensiva.    Constata-se que o conforto foi o conceito da Teoria do Final de Vida Pacífico que se destacou na percepção da equipe multiprofissional, sendo promovido por todas as categorias na sua prática assistencial a pacientes em paliação, motivado pela identificação das necessidades básicas desses pacientes.
18Ferreira, 2019 – BrasilAssistência ao paciente em cuidados paliativos na fase final de vida: estudo com profissionais de enfermagem.Investigar a compreensão de profissionais de enfermagem sobre a finalidade da assistência ao paciente em cuidados paliativos; e identificar recursos adotados pelos participantes da pesquisa direcionados para o paciente na fase final de vida.Verificou-se  que a equipe de enfermagem reconhece a importância de se investir em recursos que atendam as necessidades que envolvem as dimensões físicas, psicossociais e espirituais na assistência do paciente para a promoção da qualidade de vida em cuidados paliativos.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2024.

3.1 Cuidados Paliativos

Cuidados paliativos são um conjunto de práticas que buscam melhorar a qualidade de vida, visando não apenas o tratamento da doença em si, mas também o bem-estar físico, emocional e espiritual do paciente e de seus familiares que se encontram diante de uma patologia ameaçadora da vida. Com isso, promove o alívio do sofrimento ao proporcionar conforto e dignidade que servem de auxílio para lidar com a situação de forma mais tranquila e acolhedora, em todas as fases do adoecimento: do diagnóstico até o fim da existência (INCA, 2022).

Dito isto, embora o conceito de cuidados paliativos tenha crescido com relevância com o passar dos anos, essa não é uma prática recente. Desde a antiguidade, o grego Hipócrates, também conhecido como “pai da medicina”, trazia a concepção de priorizar o conforto e tratar a doença, entretanto, não assegurava a probabilidade de cura (Nascimento, 2023). Segundo a  Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 56 milhões de pessoas no mundo carecem desses cuidados e cerca de 25,7 milhões estão em seu último ano de vida. Certamente, ao considerar o envelhecimento populacional e o número crescente de mortalidade na população por doenças crônicas, a prevalência da necessidade de cuidados paliativos aumenta a cada momento.

Diante disto, as práticas de cuidados paliativos começaram a ganhar maior destaque no Brasil, há cerca de vinte anos, após a criação da Política Nacional de Humanização (PNH), baseada em três princípios: 1- transversalidade, 2- indissociabilidade entre atenção e gestão e 3- protagonismo e a corresponsabilidade entre a autonomia dos sujeitos e dos coletivos, assim garantindo a humanização na assistência ao paciente. Entretanto, para isso, ainda existe um déficit na formação dos profissionais de saúde, havendo uma carência na grade curricular de disciplinas voltadas à temática da morte, culminando em profissionais despreparados para tomada de decisões no que diz respeito ao tratamento das doenças graves (Nardino; Olesiak; Quintana, 2021).

Paralelamente, no Brasil, ainda são poucas as unidades para cuidados paliativos, tendo em vista que não é regularizada a prática por lei, até o momento. Esse fato que aumenta a dificuldade para a abordagem junto aos profissionais da área da saúde pois, muitos deles possuem uma visão errônea acerca do tema ao associar a prática de cuidados paliativos à eutanásia (Kuse et al., 2022).

3.2 A dor oncológica

A dor representa um dos principais sintomas associados ao câncer, sendo capaz de estar presente em torno de 36% a 61% dos pacientes em estágios não avançados da doença. No entanto, em pacientes em quadros mais avançados, estima-se que em torno de 64% apresenta dor crônica, tendo sua intensidade variada conforme a localidade do tumor (Rodrigues et al., 2023). Esse sintoma surge associado a diversos fatores, como: tratamento invasivo e metástase, varia dentre os pacientes mas, em sua maioria, afeta o estilo de vida e o bem-estar, capaz de incapacitar a realização das atividades cotidianas (Gomes et al., 2023).

Deste modo, caso não seja avaliada de maneira correta, a dor pode alterar a rotina do paciente, trazendo limitações que interferem diretamente no seu tratamento. Por esse motivo, considerada como o quinto sinal vital, deve-se receber a mesma importância dos demais para garantir que seja amenizada. Dito isto, é de atribuição do profissional de enfermagem a sua avaliação correta e a administração dos analgésicos, sendo de grande importância o auxílio de algumas escalas para assistência no manejo da dor, tais como: Escala Visual Numérica (EVN), Escala Visual Analógica (EVA) e Escala de Descritores Verbais (EDV) (Oliveira; Roque; Maia, 2019).

Em vista disso, é certo que os impactos da dor física e emocional do câncer não podem ser subestimados. Logo, os cuidados paliativos em oncologia abordam questões psicossociais, oferecendo suporte emocional, aconselhamento e recursos para lidar com o estresse e a ansiedade, associados à doença, a fim de respeitar e abordar as necessidades específicas do paciente e contribuir significativamente para o seu bem-estar geral. Para isso, é necessário o planejamento antecipado dos cuidados, a discussão sobre os desejos e as preferências que  promovam as decisões compartilhadas para ajudar a garantir os cuidados contidos nas escolhas dos pacientes (INCA, 2022).

3.3 A assistência da enfermagem em cuidados paliativos

Os cuidados paliativos na enfermagem preconizam a atenção holística ao paciente para prevenir e controlar os sinais e os sintomas da doença e, além disso, abranger também os familiares que estão na linha de frente desse cuidado intensivo. Nesse cenário, a equipe de enfermagem é essencial na assistência ao paciente paliativo, tendo em vista que o cuidado integral à saúde é uma das principais funções dessa área profissional. Entretanto, se essa realidade já é tida como um desafio, existe, ainda, um déficit na formação de novos profissionais de enfermagem e isso reflete na qualidade da assistência prestada (Pereira; Barbosa; Lobão, 2023)

Para isso, essa prática deve englobar as múltiplas manifestações e as características diversas do tumor de forma universal, visto que, apesar de cada paciente oncológico ter sua especificidade, todos apresentam, de maneira geral, os mesmos aspectos a serem cuidados (Souza et al., 2022). Para isso, deve-se levar em consideração a assistência ao paciente como um todo e promover o controle adequado da situação referente ao quadro clínico e ao adoecimento, a fim de visar um menor desconforto.

A oferta de cuidado ao paciente se torna necessária para aliviar sintomas, tornando-se imprescindível conhecer o manejo do tratamento e das complicações do câncer, assim como a evolução da doença. A assistência humanizada necessita de vários fatores, internos ou externos, os quais a maior parte inclui o paciente a ser cuidado que em sua singularidade necessita de atenção especial. A assistência de enfermagem tem papel fundamental na humanização pois, a equipe que a integra,  passa grande parte do tempo ao lado do paciente, devendo atuar de forma integrada no acompanhamento de suas necessidades (Souza et al., 2022).

Ademais, os cuidados de enfermagem são partes essenciais na promoção da saúde ao paciente. Sua conduta vai além de intervenções técnicas, pois atua direcionando o zelo para o indivíduo e não para a doença, tanto no plano técnico terapêutico ou na gerência de cuidados, quanto na compreensão da natureza humana, com o direcionamento da atenção para as necessidades abrangentes do paciente. Por fim, essa comunicação se entrelaça diretamente com a humanização, possibilitando a equipe multiprofissional uma visão total do paciente, além de ter uma positiva troca de conhecimentos e experiências também com os familiares, cujo objetivo principal consiste em preservar a saúde física e mental para que o paciente esteja bem cuidado, estável e calmo, em prol de tornar esse momento o mais sereno possível (Silva et al., 2023).

3.4 Qualidade de vida nos cuidados paliativos

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os cuidados paliativos aborda de forma integral o paciente, levando em consideração as suas influências sociais, culturais, políticas e econômicas na condição de sua vida, em obtenção dos seus objetivos e expectativas, lhe ofertando oportunidades de escolhas, refletindo diretamente na sua autonomia e satisfação com a vida (Santos; Soeiro; Maués, 2020).

No entanto, com o avanço das práticas e das políticas, tem-se observado o aumento das doenças crônico-degenerativas, logo, visando à melhoria do conforto dos pacientes, destacando-se, nesse cenário, a obtenção dos cuidados paliativos como prática de assistência, respeitando os direitos dos pacientes em adoecimento, independente do seu prognóstico, preservando sua dignidade visando sua saúde. Assim, garantindo o direito ao cuidado no final da vida com  integridade e respeito, não sendo submetido à tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos e degradantes, assegurando seu direito a vida (Lucena; Albuquerque, 2021).

Contudo, os cuidados paliativos surgem com a abordagem que visa o bem-estar dos pacientes em estágio avançado sem possibilidades de terapêuticas curativas, onde o tratamento da doença se volta ao controle de sintomas, visando ofertar uma sobrevivência pelo maior tempo possível com conservação da sua qualidade de vida, se tornando um critério fundamental para esses pacientes obter o alívio da dor, do sofrimento, das frustrações e angústias, recebendo auxílio em todo âmbito do biopsicosocial como agente motivador que auxilia na proteção da depressão e desejo de antecipação da morte (Júnior et al., 2020).

Esta qualidade de vida é amparada pela correta avaliação do paciente, realizando o  diagnóstico e indicação do tratamento apropriado o mais breve possível, além da comunicação e controle de sintomas desempenhados corretamente pela equipe. Dessa forma, é essencial compreender a importância dos fatores socioecológicos, como a influência da família na qualidade de vida do paciente, tendo em vista que influenciam diretamente na comodidade do indivíduo, assegurando a preservação do paciente independente do tempo restante de vida, possibilitando se vê como parte de uma comunidade em que vive  (Oliveira et al., 2021).

3.5 Qualidade da morte nos cuidados paliativos

O cuidado integral ao paciente conta com toda a equipe multiprofissional, sobretudo diante do processo de morrer. Contra a morte hospitalar moderna, onde o paciente em processo de finitude pode se encontrar sozinho e sujeito a se deparar com a chamada “boa morte” onde de acordo com os cuidados paliativos, conduzido pela assistência adequada com o objetivo de promover uma qualidade no processo de morte. Sendo denominado um processo ao qual o indivíduo está bem assistido e adequado controle das dores e sintomas, prezando não desperdiçaria o seu tempo, sendo capaz de expressar suas emoções e desejos (Soneghet, 2020).

Nesse  lamiré, os cuidados paliativos exclusivos são concedidos quando a doença não responde mais aos tratamentos e o processo de morte se aproxima, visto que as terapêuticas que não apresentam benefícios são suspensas, e toda a equipe se promove em ações que proponham o bem-estar e à dignidade ao paciente até o momento da sua morte. Assim, proporciona a identificação das necessidades do doente e progride a práticas de cuidado multidimensional e humanizado, promovendo melhor qualidade de vida para o paciente durante o curso da patologia progressiva e limitadora, e se amplia à família após a morte do paciente. (Alves; Oliveira, 2022).

Neste cenário abrangendo o direito a não ser submetido a tratamentos desnecessários, respeitando seus limites, sem promessas ilusórias de cura. Logo,  reafirma a vida e vê a morte como um processo natural, assim promovendo um cuidado atendendo a individualidade de cada usuário, em cumprimento a suas escolhas, reconhecendo a terminalidade da vida, necessitando ser apresentado de diversas maneiras até ser compreendido. Deste modo, reconhecendo  os cuidados paliativos como parte integrante da assistência à saúde, oportunizando ao paciente o respeito e a sua autonomia no processo da própria morte (Schaefer, 2020).

Posto isso, o plano de qualidade ao final da vida deve ser discutido pela equipe multiprofissional juntamente com os familiares e o próprio paciente , em busca de ações para que seja inserido uma intensificação de conforto, dessa forma, nessa fase de cuidar, o paciente e a família se sentirão acolhidos. Proporcionando o máximo de dignidade, respeitando as preferências e desejos acerca dos cuidados , assim como o cuidado com os familiares e acolhimento no processo de luto  (Pires et al., 2020)

Desta forma, a atuação da assistência de enfermagem evidencia os parâmetros ofertando benefícios para à melhora da qualidade de vida e do conforto do paciente, obtendo a sua finitude com dignidade e assim seja, assistindo em sua singularidade, prestando a compreensão do conhecimento da equipe sobre a assistência e suas estratégias adotadas na promoção do cuidado na fase final da vida, respeitando os limites e desejos do usuário, gerando melhor adesão ao tratamento considerando a complexidade dos cuidados paliativos (Ferreira, 2019).

11. CONCLUSÃO

    Diante da pesquisa realizada, avaliou-se a importância da atuação da equipe de enfermagem nos cuidados paliativos e na estabilidade da qualidade de vida, propondo às contribuições relacionadas ao manejo da dor e sofrimento aos pacientes oncológicos. Desta forma,  a assistência ofertada pela equipe de enfermagem demanda de vários fatores, sejam internos ou externos, integrando o paciente, aos cuidados que em sua individualidade necessitam de atenção integral e humanizada. Observou-se que além das intervenções técnicas, os profissionais de enfermagem oferecem suporte emocional, conforto e qualidade de vida aos pacientes e suas famílias. Visto que, são responsáveis por garantir que o paciente esteja o mais confortável possível, controlando sintomas, administrando medicamentos e proporcionando cuidados holísticos. Finda-se, que a prática dos cuidados paliativos juntamente da atuação da equipe de enfermagem estão aliados e propõem a promoção da atenção integral à saúde do paciente e humanização, concedendo uma melhor qualidade de vida. Além de toda promoção de cuidados necessários, a equipe atribui de forma significativa como o entendimento e aceitação de diagnósticos, processos e convívio com a doença vivenciada pelos pacientes.

REFERÊNCIAS

ALVES, Railda; OLIVEIRA, Francisca.Cuidados Paliativos para Profissionais de Saúde: Avanços e Dificuldades. Psicologia: Ciência e Profissão, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1982-3703003238471. Acesso em: 18 out. 2023.

FERREIRA, MARIA. Assistência ao paciente em cuidados paliativos na fase final de vida: Estudos com profissionais de enfermagem. Repositório Institucional da UFPB, 2019. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/17444. Acesso em: 11 out. 2023

FONSECA, Lara et al. Assistência de enfermagem nos cuidados ao paciente oncológico em fase terminal. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, 2023. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i10.2023-024. Acesso em: 20 ago. 2023.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. A avaliação do paciente em cuidados paliativos.INCA, Rio de Janeiro, 2022. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/completo_serie_cuidados_paliativos_volume_1.pdf. Acesso em: 15 out. 2023.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Estimativa | 2020 Incidência de Câncer no Brasil. INCA, Rio de Janeiro, 2019. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2020-incidencia-de-cancer-no-brasil.pdf. Acesso em: 20 jul. 2023.

JÚNIOR , José et al. Avaliação da Qualidade de Vida de Pacientes Oncológicos em Cuidados Paliativos. Revista Brasileira de Cancerologia, 2020. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2020v66n3.1122. Acesso em: 25 out. 2023.

KUSE, Elisandra et al. Papel do enfermeiro nos cuidados paliativos. Ânima Educação , 2022. Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/25991. Acesso em: 19 ago. 2023.

LUCENA, Monique; ALBUQUERQUE, Aline. Qualidade de vida em pacientes sob cuidados paliativos no prisma dos Direitos Humanos dos Pacientes. Cadernos Ibero-Americanos de Direito Sanitário, 2021. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.17566/ciads.v10i1.620. Acesso em: 23 out. 2023.

MELO , Cynthia; GOMES, Alana.Dor total em pacientes oncológicos: Uma revisão integrativa da literatura. Psicologia em Estudo, 2023. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.4025/psicolestud.v28i0.53629. Acesso em: 18 jul. 2023.

NARDINO, Fernanda; OLESIAK, Luísa ; QUINTANA, Alberto . Significações dos Cuidados Paliativos para Profissionais de um Serviço de Atenção Domiciliar. Psicologia: Ciência e Profissão, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pcp/a/sHJ97Byydsgwx8SwMxV8cXj/?lang=pt#. Acesso em: 23 out. 2023.

NASCIMENTO, Emmanuel.História e origem dos cuidados paliativos no mundo. Revista Áquila, 2023. Disponível em: https://ojs.uva.br/index.php/revista-aquila/article/view/360. Acesso em: 25 ago. 2023.

OLIVEIRA, Daniele; ROQUE, Vanessa ; MAIA, Luiz. A dor do paciente oncológico: as principais escalas de mensuração. Revista Científica de Enfermagem, 2019. Disponível em: https://www.recien.com.br/index.php/Recien/article/view/192. Acesso em: 9 set. 2023.

OLIVEIRA, Matheus et al. Qualidade de vida em cuidados paliativos: a estreita relação entre a saúde do corpo e da alma. Brazilian Journal of Development, 2021. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv7n6-413. Acesso em: 19 out. 2023.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Cuidado paliativo.OMS, Genebra, 2020. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/palliative-care. Acesso em: 20 out. 2023.

PEREIRA, Conrado; BARBOSA, Kássia; LOBÃO, Lúcia . Abordagem multidisciplinar dos aspectos éticos nos cuidados paliativos. Revista Brasileira de Revisão de Saúde, 2023. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.34119/bjhrv6n4-042. Acesso em: 20 out. 2023.

PEREIRA, Lariane; ANDRADE, Sonia; THEOBALD, Melina. Cuidados paliativos: desafios para o ensino em saúde. Revista Bioética , 2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/bioet/a/HCRFrCcp7LvZy3ZzZgnQgQp/?lang=pt#. Acesso em: 10 out. 2023.

PIRES, Isabela; MENEZES, Tânia; CERQUEIRA, Bruna; ALBUQUERQUE, Rebeca; MOURA, Halanna; FREITAS, Raniela; SANTOS, Alana; OLIVEIRA, Emanuela. Conforto no final de vida na terapia intensiva: percepção da equipe multiprofissional. Revista Acta Paulista de Enfermagem, 2020. Disponível em: DOI:https://doi.org/10.37689/acta-ape/2020AO0148. Acesso em: 20 out. 2023.

RALPH, Rafaela et al. Funcionalidade, sintomas diversos e qualidade de vida de pacientes submetidos à quimioterapia paliativa. Revista Baiana de Saúde Pública, 2022. Disponível em: https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/3316/3078. Acesso em: 18 ago. 2023.

RODRIGUES, Murilo et al. Tratamento da dor oncológica: uma revisão sobre desafios, necessidades e tendências para o futuro. Brazilian Journal of Health Review, 2023. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.34119/bjhrv6n2-201. Acesso em: 20 out. 2023.

RODRIGUES, Jéssica et al. Cuidados de enfermagem no manejo da dor em pacientes adultos e idosos em cuidados paliativos. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, 2020. Disponível em: http://seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/3680. Acesso em: 8 set. 2023.

SANTOS, Vânia; SOEIRO, Ana ; MAUÉS, Cristiane .Qualidade de Vida de Pacientes Oncológicos em Cuidados Paliativos Domiciliares e Desafios da Prática Médica diante da Finitude da Vida. Revista Brasileira de Cancerologia , 2020. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2020v66n4.423. Acesso em: 20 out. 2023.

SCHAEFER, Fernanda. A importância da implantação dos cuidados paliativos no Sistema Único de Saúde. Revista De Direito Sanitário, 2020. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9044.v20i3p26-50. Acesso em: 14 set. 2023.

SILVA ,  Ezamilde et al. Gestão de cuidados paliativos em domicílio:Perspectivas de enfermeiros do oeste do Paraná. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, 2023. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i5.2023-074. Acesso em: 15 out. 2023.

SONEGHET, Lucas. Fazendo o melhor da vida na morte: qualidade de vida, processo de morrer e cuidados paliativos. Revista M. Estudos Sobre a Morte, Os Mortos E O Morrer, 2020. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.9789/2525-3050.2020.v5i10.357-382. Acesso em: 27 set. 2023.

SOUSA, Liliana ; ROCHA, Mara. Padrão Documental dos Cuidados de Enfermagem à Pessoa em Situação Paliativa. Instituto politécnico de Viana do Castelo , 2023. Disponível em: http://repositorio.ipvc.pt/handle/20.500.11960/3531. Acesso em: 28 ago. 2023.

SOUZA, Mônica et al. Reflexões de profissionais da enfermagem sobre cuidados paliativos. Revista Bioética, 2023. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1983-80422022301516PT. Acesso em: 25 out. 2023.