NURSING CARE FOR WOMEN VICTIMS OF DOMESTIC VIOLENCE
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202411300724
Anderson Yoshiyuki Andrade Otani1, Frankstoni Farias de Oliveira1, Marcicleia Ferreira Hilário1, Mayckson Douglas de Souza viana1, Rayanne Pontes da Silva1, Thalia de Paula Almeida1, Orientador: Adriano do Santos Oliveira2
RESUMO
A violência doméstica contra a mulher é um problema de saúde que afeta a vida de incontáveis mulheres. A equipe de enfermagem em sua jornada de trabalho é capaz de detectar sinais que indiquem a violência contra essa população. O presente estudo tem como objetivo compreender como a atuação dos profissionais de enfermagem pode contribuir para a identificação, prevenção e suporte às vítimas de violência doméstica. O estudo foi realizado através da revisão integrativa da literatura para facilitar a organização dos estudos. A pesquisa evidenciou que a falta de tempo da equipe, a sobrecarga de trabalho e o desconhecimento da temática abordada contribuem para a subnotificação de casos de violência contra a mulher.
Palavras-chave: Violência doméstica. Cuidados de enfermagem. Mulher.
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Silva e Machado (2020) a enfermagem é uma profissão imprescindível e considerada fundamental na estrutura das profissões de saúde, no Brasil e no mundo. É uma categoria profissional que se organiza constituindo em sua estrutura interna 3 categorias: Enfermeiro, Técnico de Enfermagem e Auxiliar de Enfermagem.
Para Maffacciolli e Oliveira (2018) sendo utilizado como referência para a qualificação das habilidades técnicas e dos saberes científicos, o cuidado é conceito estruturante para a enfermagem, evidenciando entre seus fundamentos humanistas, a empatia, colaboração e solidariedade. Ao basear-se pelo agir solidário, a enfermagem respeita as razões socioculturais de cada indivíduo, compartilhando de experiências sofridas ou agradáveis que somente a convivência proporciona, contribuindo para gerar equilíbrio nas suas múltiplas atividades.
A agressão física contra a mulher para Moroskoski et al., (2021) constitui um grave problema de saúde pública, reconhecida como uma das principais violações dos direitos humanos, interferindo no direito à vida, à saúde e à integridade física. A violência por parceiro íntimo é definida por qualquer ato de violência na unidade doméstica ou em relação íntima de afeto, independentemente de coabitação.
As Nações Unidas (2014) classificaram a violência contra as mulheres como qualquer ato de violência de gênero que resulte ou possa resultar em danos ou sofrimentos físicos, sexuais ou mentais para as mulheres, podendo ser ameaças, coação ou privação arbitrária de liberdade, tanto em vida pública ou na privada.
Em sua publicação Carvalho et al., (2024) menciona como a enfermagem oferece um papel crucial na assistência a essas vítimas, além de identificar, documentar e encaminhá-las para serviços de apoio e justiça. E são os enfermeiros os primeiros profissionais de saúde que interagem com as vítimas tanto na atenção básica na procura dos serviços ou em emergências.
Apesar dos dados levantados, surge a indagação relacionado aos cuidados da enfermagem com as mulheres que sofrem com esse tipo de violência, como a atuação dos profissionais de enfermagem pode contribuir para a identificação, prevenção e suporte a vítimas de violência doméstica no contexto do sistema de saúde brasileiro?
Silva e Ribeiro (2020) em suas pesquisas, constataram que a atuação proativa de profissionais de enfermagem capacitados auxilia na identificação precoce e no suporte contínuo a vítimas de violência doméstica, podendo reduzir significativamente os impactos físicos e psicológicos sofridos por essas vítimas, sendo necessário que esse cuidado tenha um caráter interdisciplinar e intersetorial para que as reais necessidades dessas mulheres sejam atendidas.
Levando em consideração essa problemática, busca-se compreender a importância da assistência do enfermeiro no processo de cuidado as mulheres vítimas de violência doméstica. Procura-se também entender como é feito esse cuidado dos profissionais da área de enfermagem e sua efetividade para combater a violência de gênero.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Contextualização e Enfoque Teórico sobre a Violência Doméstica
A violência doméstica é um acontecimento de longa data, presente em diferentes culturas ao longo dos séculos. Em sociedades veneráveis tradicionais, as mulheres eram frequentemente vistas como pertencentes aos homens, sendo comum a aceitação da violência como forma de controle e disciplina.
Portanto, segundo Saffiot (2015), a violência trata-se de qualquer comportamento que vise a ruptura de qualquer forma de integridade da vítima, seja, física, psíquica, sexual ou moral, através do uso da força caracterizando assim o abuso. Sendo assim, as mulheres continuaram a ser vítimas de abusos físicos e psicológicos, sem amparo legal ou reconhecimento social.
Foi apenas a partir do século XIX, com o surgimento dos movimentos feministas e a luta pelos direitos das mulheres, que a violência doméstica começou a ser debatida e denunciada. No século XX, especialmente após as duas guerras mundiais, houve um progresso significativo nas leis e nas políticas públicas de proteção às mulheres, embora o caminho para a eliminação total da violência doméstica ainda seja longo.
Brasil (2006) estabelece que toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.
No Brasil, a criação da Lei Maria da Penha, em 2006, marcou um ponto crucial na luta contra a violência doméstica. A lei recebeu esse nome em homenagem a uma mulher que sofreu agressões físicas por parte do marido e batalhou por justiça, tornando-se um símbolo de resiliência e superação.
Após sua promulgação, surgiram delegacias especializadas, casas de acolhimento e centros de apoio multidisciplinar para atender as vítimas. Apesar desses avanços, a violência doméstica permanece como uma questão alarmante, exigindo políticas mais eficazes e maior conscientização da sociedade.
Dessa forma, o abuso doméstico traz em si um sentimento de impotência e baixa autoestima, o que agrava ainda mais o estado emocional da vítima. Sendo assim, mulheres em ambientes abusivos têm maior propensão a desenvolver comportamentos autodestrutivos, como automutilação e tentativas de suicídio.
De acordo com Figueira et. al. (2023), o impacto da violência doméstica estende-se para além da vítima individual e pode ter efeitos duradouros nas famílias, nas comunidades e na sociedade como um todo. E os enfermeiros desempenham um papel fundamental na identificação e ajuda de indivíduos vítimas de violência doméstica.
2.2 Contextualização dos cuidados de enfermagem às vítimas de Violência Doméstica
A violência doméstica sendo uma questão de saúde pública, requer uma abordagem abrangente e multidisciplinar. Na prática de enfermagem, o cuidado às vítimas deve considerar tanto os aspectos físicos, quanto os emocionais do abuso sofrido no ambiente familiar. Silva, et al. (2023) traz, que dentre as diversas formas de violência, a doméstica caracteriza-se por agressão e coação no ambiente familiar doméstico.
Diante disso, os profissionais de enfermagem têm um papel crucial na identificação e atendimento dessas vítimas, começando pela criação de um ambiente seguro e acolhedor. A triagem inicial é fundamental, envolvendo uma avaliação física detalhada e uma triagem psicológica adequada para detectar sinais desse abuso emocional.
Andrade et. al. (2024) diz que restauração da autoestima da saúde psicológica e a melhoria da qualidade de vida da vítima se dá através de um olhar holístico e longitudinal por meio de uma assistência humanizada integral individual. Com isso, a elaboração de um plano de cuidados personalizado é essencial para atender às necessidades específicas de cada vítima.
Levando em conta que a enfermagem deve estar preparada para educar a sociedade sobre a prevenção da violência doméstica, tendo em vista, que capacitação contínua dos profissionais é crucial para que estejam aptos a lidar com esses casos de forma assertiva, promovendo continuidade no acolhimento da vítima.
Victória et. al. (2023) aborda que com as mudanças nos padrões de comportamento diante ao problema nos últimos anos, e a forma com que é reproduzido nas relações, a violência doméstica passa a ser interpretada como uma questão de saúde.
Diante disso, a abordagem empática e humanizada é indispensável no cuidado às vítimas de violência doméstica, sendo importante que os profissionais estabeleçam uma relação de confiança com as pacientes, oferecendo toda essa rede de apoio, em articulação entre diferentes setores desse atendimento, para assegurar a proteção e recuperação das vítimas.
A sensibilização da sociedade e a educação sobre os efeitos do abuso doméstico são passos essenciais para a prevenção, bem como campanhas de conscientização e programas educativos que discutam abertamente a violência contra a mulher, pelo qual podem contribuir para uma mudança de atitudes e comportamentos.
3 METODOLOGIA
Estudo desenvolvido em uma etapa: revisão integrativa da literatura. Segundo Souza et al. (2010) a revisão integrativa é considerada a mais ampla em todas as abordagens metodológicas no que se refere as revisões, pois permite que seja incluído estudos experimentais e não-experimentais.
Foi utilizado o modelo de Ganong adaptado por Mendes, Silveira e Galvão
Figura 1: Os seis passos da Revisão Integrativa da Literatura
Fonte: Mendes; Silveira; Galvão (2008)
No Passo 1, foi o processo de formulação da pergunta norteadora, onde foi utilizado o modelo PICo, metodologia utilizada para pesquisas consideradas não-clínicas, onde o P se refere a população, I se refere ao interesse e o Co se refere ao contexto. Portanto a população é as mulheres vítimas de violência doméstica, o interesse é a atuação dos profissionais de enfermagem e o Co é a identificação, prevenção e suporte as vítimas. Resultando na pergunta norteadora: Como a atuação dos profissionais de enfermagem pode contribuir para identificação, prevenção e suporte a vítimas de violência doméstica no contexto do sistema de saúde brasileiro?
No Passo 2, trata-se da seleção da amostragem dos critérios de inclusão e exclusão. No critério de inclusão foram artigos originais, publicados nas bases de dados SCIELO, OPAS/OMS, REACS, publicados nos últimos 5 anos, nos idiomas de português e inglês. No critério de exclusão foram artigos que não estavam nos idiomas de português e inglês e que não foram publicados nos últimos 5 anos. O método de Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) foi utilizado para organizar o processo de seleção dos sete artigos incluídos, conforme visualizado no fluxograma (Figura 2)
Figura 2: Seleção dos estudos segundo PRISMA
Fonte: Elaborado pelo autor (2021)
No Passo 3 foi realizado a categorização dos estudos, com base nas leituras dos títulos e resumos e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão. Após a leitura integral dos artigos, foi realizada uma análise temática dos resultados.
No Passo 4 foi realizado a leitura detalhada dos artigos que foram incluídos na revisão, realizando os comparativos de achados de acordo com diferentes cenários e períodos da realização das pesquisas.
No Passo 5 foi realizado a discussão de informações obtidas, e comparativas dos estudos.
No passo 6 é a apresentação da revisão, após os estudos analisados a importância da assistência do enfermeiro no processo de cuidado das mulheres vítimas de violência doméstica, evidenciando como a capacitação e a formação contínua dos profissionais são fundamentais para efetividade no combate à violência.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados e discussões baseiam-se na seleção de 8 artigos científicos. Os dados extraídos desses artigos foram analisados e organizados em um quadro resumo, que inclui os seguintes elementos: título, autor, ano de publicação, base de dados, objetivo da pesquisa e principais ideias apresentadas.
Autor/ano | Título | Base de Dados | Objetivos |
FILHO et al., 2022 | Importância do papel da enfermagem no atendimento à mulher vítima de violência e violência doméstica | BVS | descrever perante a literária as ações da enfermagem no cuidado a mulheres vítimas de violência doméstica, identificando falhas nas práticas e dimensões do cuidar. |
NASCIMENTO e MEDEIROS, 2020 | papel do enfermeiro no atendimento à mulher em situação de violência doméstica: revisão da literatura | IESP | entender as estratégias e métodos que os enfermeiros podem utilizar para identificar, prevenir e atender esses casos, visando melhorar a qualidade do atendimento e apoio fornecido às vítimas. |
SILVA E. et al., 2023 | assistência de enfermagem às mulheres vítimas de violência doméstica: revisão de literatura | Contemporânea | Descrever acerca da assistência de enfermagem às mulheres vítimas de violência doméstica. |
SILVA, R. et al., 2023 | Assistência de enfermagem às mulheres vítimas de violência doméstica na atenção básica | Revista Eletrônica Acervo Saúde | Descrever quais condutas são realizadas pelo enfermeiro na Atenção Primária à Saúde no atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica. |
GALVÃO Et al., 2021 | Atuação dos profissionais de enfermagem frente às mulheres vítimas de violência doméstica | Revista Eletrônica Acervo Saúde | Analisar os resultados das produções científicas acerca da assistência de enfermagem em mulheres vítimas de violência doméstica e conhecer os principais fatores relacionados a esta violência. |
GOMES E OLIVEIRA 2020 | assistência de enfermagem frente às mulheres em situação de violência doméstica: dificuldades e estratégias para uma atenção integral e humanizada na aps | Revista Eletrônica Epitaya E-books | descrever o papel do enfermeiro na assistência frente a violência doméstica na APS, além de levantar as ações assistenciais, dificuldades e estratégias dos profissionais de enfermagem frente a violência doméstica. |
MEIRA Et al., 2024 | Conhecimento da equipe de enfermagem ao atendimento à mulher vítima de violência doméstica | Revista Eletrônica Acervo Saúde | Identificar na literatura o conhecimento e a capacitação do enfermeiro e estudantes de enfermagem para o atendimento à mulher vítima de violência doméstica. |
SOUZA Et al., 2021 | Cuidados de enfermagem em relação a mulher vítima de violência doméstica na atenção primária à saúde | Revista Enfermagem Atual In Derme | refletir sobre cuidados de enfermagem em relação a mulher vítima de violência doméstica na Atenção Primária à Saúde. |
Baseado nos resultados das pesquisas, compreende-se que a enfermagem é imprescindível no enfrentamento da violência doméstica. Frequentemente, as mulheres que vivenciam essas situações buscam inicialmente os serviços de saúde. Nesse sentido, a atuação da enfermagem é essencial, pois é necessário que os enfermeiros saibam identificar os sinais de violência e criar um vínculo durante todo o processo de acolhimento (SILVA E. et al., 2023) e (MEIRA Et al., 2024).
A atenção primária a saúde tem sido o maior destaque no contexto de identificação e atendimento para as mulheres que sofrem com a violência doméstica (SILVA, R. et al., 2023). É dito que na atenção básica é possível diagnosticar sinais de violência, seja física, mental ou social. A partir do acolhimento, uma assistência de enfermagem efetiva é capaz de encorajar a vítima a expor os ocorridos, facilitando para tomar as decisões cabíveis (SOUZA Et al., 2021) e (GOMES E OLIVEIRA 2020).
Muitas mulheres ao entrarem no serviço de saúde não buscam o atendimento visando relatar os ocorridos, somente o atendimento normal de saúde. Nesse sentido é essencial que os enfermeiros possam detectar os sinais que possam indicar a violência, atentando-se as suspeitas e auxiliando no processo do cuidado (SILVA, R. et al., 2023).
Destaca-se a importância de se realizar palestras, cursos de capacitação e oficinais ou atividades em grupo para que as mulheres que optam por manter em segredo sua situação percebam que o caso não é somente com elas, possibilitando um maior entendimento de sua situação atual e facilitando no cuidado pelos profissionais de saúde (NASCIMENTO e MEDEIROS, 2020).
Como profissionais da área de enfermagem devemos respeitar alguns preceitos fundamentais para que o atendimento ao cliente seja mais efetivo, como a privacidade e o sigilo com as informações pessoais do cliente. No momento da conversa com essas mulheres é de suma importância que seja orientado e capacitemos as vítimas do que deve e não ser feito, assim respeitando suas decisões e garantido a elas o direito da autonomia (NASCIMENTO e MEDEIROS, 2020).
Apesar desses pontos, o despreparo dos profissionais pode ser um dos fatores a se considerar que contribuem para a subnotificação dos casos de violência (MEIRA Et al., 2024), (SILVA E. et al., 2023). Fora a defasagem no conhecimento dos profissionais sobre a temática, tal fator pode ser evidenciado por conta da sobrecarga de trabalho nos serviços e a alta demanda, ocasionando uma redução no tempo de atendimento efetivo das vítimas, prejudicando a escuta e tempo para visitas (GOMES E OLIVEIRA 2020).
A notificação além de ser uma exigência legal por parte dos profissionais de saúde, serve também como uma ferramenta primordial para a promoção de ações de prevenção e combate à violência doméstica contra à mulher. Além disso, a notificação serve de respaldo legal da assistência prestada, bem como fornecer informações de quais são os tipos de violência mais comuns, quem comete o ato, em que lugares, e as características tanto do agressor quanto da vítima (SILVA, R. et al., 2023).
Com isso, é fundamental que os enfermeiros entendam a realidade individual de cada mulher que é atendida dentro das unidades, não somente da atenção básica e sim em todos os níveis de atenção em saúde. Evidenciando também a necessidade de investimento na capacitação dos profissionais de saúde para que situações de risco como a violência doméstica não acabe passando despercebido pela equipe (GALVÃO Et al., 2021) e (FILHO et al., 2022)
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa revela que a atuação dos profissionais de enfermagem contribui significativamente para a mitigação dos impactos físicos e psicológicos das vítimas causada pela violência doméstica, atrelada a uma abordagem interdisciplinar e intersetorial pelo qual, é essencial para atender às necessidades específicas das mulheres.
A sensibilização e educação da sociedade sobre abuso doméstico promovem a prevenção e mudança de comportamentos. O estudo aqui, atinge os objetivos ao compreender a importância da assistência de enfermagem e a efetividade de suas práticas no combate à violência de gênero.
As descobertas desta pesquisa ressaltam ainda, a relevância da enfermagem no cuidado integral às mulheres vítimas de violência doméstica. A aplicação de cuidados humanizados e empáticos, bem como a atuação da equipe multiprofissional de saúde, são essenciais para a identificação precoce e o suporte contínuo às vítimas.
Dessa forma, conclui-se que a enfermagem desempenha um papel fundamental não apenas no atendimento clínico, mas também na educação da sociedade e na promoção de campanhas de conscientização, pelo qual a capacitação contínua dos profissionais de enfermagem é imprescindível para garantir um cuidado preciso e acolhedor, capaz de oferecer uma rede de apoio robusta às vítimas. Portanto, os objetivos inicialmente propostos foram atingidos, demonstrando a importância de estratégias educativas e preventivas no combate à violência doméstica atrelada aos cuidados de enfermagem.
Ressaltamos que a atuação dos profissionais de enfermagem pode, sim, contribuir de maneira significativa para a identificação, prevenção e suporte às vítimas de violência doméstica. O estudo sugere que investimentos em formação continuada e a implementação de políticas públicas voltadas para a saúde e proteção das mulheres são caminhos promissores para a erradicação desse grave problema social.
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