CORRELAÇÃO ENTRE A FISIOTERAPIA NO AMBIENTE ESCOLAR E A POSTURA DE ESTUDANTES: UMA REVISÃO DE LITERATURA  

CORRELATION BETWEEN PHYSIOTHERAPY IN THE SCHOOL ENVIRONMENT  AND THE POSTURE OF STUDENTS: A LITERATURE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8403737


Marcos Adriano Silva Moura
Maria Leonilla Leonardo dos Santos
Fabrícia Andresa Vasconcelos Neves
Orientador: Prof. Ailton Mota do Nascimento Galvão


RESUMO 

O presente tem como objetivo analisar a correlação entre a aplicação de  procedimentos fisioterapêuticas no ambiente escolar e a postura dos estudantes.  Para tal, utilizou-se a metodologia de revisão de literatura com caráter  exploratório. A coleta de pesquisa foi por meio das bases de dados: BVS, LILACS  e REDALYC. Ante ao exposto, conclui-se que a correlação entre a fisioterapia no  ambiente escolar e a postura dos estudantes revela uma conexão significativa  entre esses dois elementos. Através desta revisão de literatura, fica evidente que  a intervenção da fisioterapia pode desempenhar um papel crucial na promoção  de posturas saudáveis entre os estudantes, contribuindo para a prevenção de  problemas posturais e suas consequências a longo prazo. As evidências  destacam a importância da conscientização, educação e exercícios físicos  direcionados, oferecidos pela fisioterapia, para melhorar a postura dos  estudantes e, por consequência, influenciar positivamente sua saúde e bem-estar  geral. Portanto, a incorporação da fisioterapia no ambiente escolar é uma  abordagem promissora para cultivar hábitos posturais adequados desde a  juventude, impactando positivamente a qualidade de vida futura dos estudantes.

Palavras-chave: Postura. Estudantes. Fisioterapia. Ergonomia. 

ABSTRACT 

The present objective is to analyze the correlation between the application of  physiotherapeutic procedures in the school environment and the posture of  students. To this end, the literature review methodology was used with an  exploratory nature. The research was collected through the databases: VHL,  LILACS and REDALYC. In view of the above, it is concluded that the correlation  between physiotherapy in the school environment and students’ posture reveals  a significant connection between these two elements. Through this literature  review, it is evident that physiotherapy intervention can play a crucial role in  promoting healthy postures among students, contributing to the prevention of  postural problems and their long-term consequences. The evidence highlights the  importance of awareness, education and targeted physical exercises, offered by physiotherapy, to improve students’ posture and, consequently, positively influence their health and general well-being. Therefore, incorporating  physiotherapy into the school environment is a promising approach to cultivating adequate postural habits from a young age, positively impacting students’ future  quality of life. 

Keywords: Posture: Students. Physiotherapy. Ergonomics. 

1 INTRODUÇÃO

A promoção da saúde no âmbito escolar emerge como uma inquietação  constante no horizonte dos profissionais que atuam no campo da Fisioterapia na  Saúde Escolar. Conforme destacado por Casas e Camargo (2016), a Fisioterapia  desempenha um papel de extrema relevância nesse contexto, pois seus praticantes  são devidamente capacitados para fomentar a promoção da saúde, prevenir  enfermidades e restaurar a funcionalidade, em uma abordagem colaborativa com  outros especialistas da área. 

Uma característica que todos os estudantes têm em comum é a necessidade  de passar longos períodos sentados, frequentemente em posições desconfortáveis  para suas costas. A maioria desses alunos lida com um ambiente e móveis  inadequados para suportar longas horas de assento (ZAPATER et al., 2004). É agora  amplamente reconhecido que essa fase escolar pode resultar em danos significativos,  uma vez que as instituições nem sempre consideram os princípios ergonômicos ao  criar um ambiente de aprendizado adequado para os alunos (MOTTA et al., 2012).  

Dessa forma, os problemas posturais adquiridos por estudantes podem ter  impactos negativos ao longo de suas vidas e também afetar o próprio processo de  aprendizagem. A postura corporal pode ser descrita como a habilidade de manter a  disposição das estruturas do corpo por meio do equilíbrio entre músculos e ossos. Ela  desempenha um papel crucial na proteção do corpo contra lesões, seja quando  estamos em pé, deitados ou sentados. Além disso, envolve o alinhamento do corpo  em relação ao ambiente, por meio de uma constante adaptação das partes do corpo,  principalmente dos músculos esqueléticos, em resposta aos estímulos provenientes  do ambiente (NUNES et al., 2017). 

Nesse contexto, Jesus et al., (2023) salientam que a instituição escolar assume  um papel de destaque como um locus essencial para a assimilação de conceitos e  comportamentos associados à saúde. Esses elementos exercem uma influência  significativa, podendo moldar e orientar o desenvolvimento e as trajetórias futuras dos  jovens. Assim, a escola se configura como um ambiente propício para a veiculação de  práticas educativas voltadas à saúde, visando a construção de conhecimentos  capazes de efetuar transformações em padrões inadequados, facultando aos  educandos a oportunidade de se tornarem agentes ativos na modificação de sua  própria condição de saúde. 

Compreende-se a educação em saúde na escola como um veículo para a alteração de comportamentos e práticas prejudiciais, que colabora para o  desenvolvimento de mentalidades e alterações benéficas no modo como as pessoas  se relacionam com seus corpos e bem-estar (Jesus et sl.,). Diante da influência  potencial da fisioterapia no ambiente escolar sobre a postura dos estudantes,  questiona-se: Qual é a correlação entre a implementação de práticas fisioterapêuticas  nas escolas e a melhoria da postura dos estudantes? 

Parte-se da premissa de que a incorporação de intervenções fisioterapêuticas  nas instituições de ensino pode resultar em uma melhoria significativa na postura dos  estudantes, contribuindo para a promoção de sua saúde física e bem-estar geral.  

O objetivo geral deste estudo é analisar a correlação entre a aplicação de  procedimentos fisioterapêuticos no ambiente escolar e a postura dos estudantes. E os  objetivos Específicos: investigar as práticas fisioterapêuticas atualmente utilizadas nas  escolas para promover a melhoria da postura dos alunos; avaliar os efeitos das  intervenções fisioterapêuticas na postura dos estudantes, considerando variáveis  como idade, sexo e nível de atividade física; identificar os benefícios adicionais da  fisioterapia no ambiente escolar, além da melhoria da postura, como a prevenção de  dores musculoesqueléticas e o estímulo a hábitos saudáveis.  

2 METODOLOGIA

O presente estudo consiste em uma revisão de literatura qualitativa exploratória, focada na influência da ergonomia no ambiente escolar e seus efeitos  sobre os estudantes. Para conduzir essa revisão, foram realizadas buscas em bases  de dados eletrônicas, explorando a relação entre os conceitos de “postura”,  “estudantes”, “fisioterapia” e “ergonomia”, utilizando o operador booleano AND. A  seleção dos estudos para análise seguiu critérios específicos de inclusão. Foram  considerados estudos publicados entre 2019 e 2023, disponíveis gratuitamente em  formato eletrônico, nos idiomas português e inglês. Além disso, os estudos foram  obtidos das bases de dados da Redalyc, BVS e LILACS.  

No processo de seleção, também foram aplicados critérios de exclusão. Foram  descartados artigos que não estavam relacionados ao tema em questão, bem como  aqueles em formato de revisão. Além disso, foram excluídos artigos que não estavam  nos idiomas desejados ou não ofereciam contribuições relevantes para a resolução  do problema de pesquisa. 

A primeira fase compreendeu a exploração das bases de dados online,  empregando os termos de saúde especificados. Posteriormente, os resumos dos  artigos identificados foram avaliados a fim de eliminar aqueles que não estavam  alinhados com o escopo do estudo. Esse processo resultou na inclusão dos artigos  pertinentes. Em seguida, uma análise mais minuciosa dos resumos foi conduzida,  levando a inclusões adicionais, e após uma análise aprofundada, os artigos finais  foram selecionados para incorporação à revisão. Para extrair os dados dos artigos  incorporados à revisão, foi empregado um instrumento validado por Ursi (2005). Esse  instrumento abrangeu a identificação do artigo original, as características  metodológicas do estudo, a avaliação do rigor metodológico e os resultados obtidos.  

Quanto à análise dos resultados, utilizou-se um quadro sinóptico também  validado por Ursi (2005) e adaptado para este estudo. Esse quadro abarcou o título  da pesquisa, o tipo de publicação, os detalhes metodológicos e os principais  resultados encontrados. 

3 DESENVOLVIMENTO

Após a conclusão da pesquisa nas bases de dados, o processo de inclusão dos  artigos identificados foi executado seguindo os critérios predefinidos. A representação  visual do sequenciamento até a formação da amostra para o presente estudo é  ilustrada no fluxograma a seguir:

A seguir, encontra-se o quadro sinóptico validado por Ursi (2005) e modificado  para se adequar a esta revisão de literatura. O quadro inclui informações sobre o nome  da pesquisa, tipo de publicação, detalhamento metodológico e principais resultados:

Quadro 1: Sintese dos materiais selecionados

TÍTULOAUTOR/ANOMETODOLOGIAPRINCIPAIS RESULTADOS
Postural  
changes and  chronic  
lumbar pain  in university  students:  
original study
MARINHO  et al.,  
(2022)
Estudo  
Transversal
Elevada frequência de maus  hábitos posturais. Foi  
identificada uma relação  
positiva entre a incidência de  dores lombares e a duração do  tempo em que se permanece  sentado(a) na mesma postura.
Musculoskele tal pain index  and quality of life  
assessment  in university  students in  
western Pará
HORA et  
al., (2022)
Quali-quantiativoQuando maior o tempo na  postura sentada, maior a  incidência de dor
Avaliação da  prevalência  de escoliose  e dor nas  
costas em  
alunos do 9º  ano de uma  escola de  
polícia militar  do estado de  Goiás
FERREIRA  et al.,  
(2021
Estudo transversaA taxa de ocorrência da  
escoliose foi de 24,3%, sendo  mais elevada em indivíduos  obesos e estudantes que  permaneciam sentados por  períodos prolongados.
A importância  da educação  postural em  alunos de  
uma escola  do município  de Presidente  
Kennedy – 
ES

PASSABÃO  (2020)Experimental  
longitudinal
Evitar submeter a coluna a  posições inadequadas durante  extensos períodos pode  
contribuir para a prevenção de  mudanças na postura e a  manifestação de desconfortos  dolorosos relacionados.
Padrões  
dimensionais  da NBR  
14006:  
análise  
comparativa  entre as  
normas e o  
mobiliário  
escolar e  
seus  
usuários.
TIEPERMA NN (2019)Análise das  
medidas do  
mobiliário escolar  e comparação com  as normas da NBR  14006
Algumas características do  mobiliário que foram consideradas, como a altura e  profundidade do assento, a  altura da mesa e a inclinação  do encosto-assento, não estão  em conformidade com as  medidas antropométricas dos  estudantes
School  
physiotherap y  
programme:  Improving  
literacy  
regarding  
postures  
adopted at  
home and in  school in  
adolescents  living in the  
south of  
Portugal

MINGHELLI  (2020)Estudo 
correlacional  
transversal
Os valores obtidos na prova  teórica antes e após a intervenção variaram de 1-13  (7,70±2,47) e 5-13  
(10,83±2,27), respectivamente  (p≤0,001) e, na prova prática,  antes e depois variou de 0-10  (4,14±2,21) e 6-15  (11,8±2,28), respectivamente  (p≤0,001).
Inserção do  acadêmico de  fisioterapia  
no ambiente  escolar
TAVARES 
et al.,
(2019)
Relato de  
Experiência
As ações desenvolvidas no  ambiente escolar tem uma boa receptividade, a cada encontro  ocorre uma troca de saberes  muito valioso entre os  
acadêmicos e os alunos das  escolas, esses trazem vários  questionamentos, fato que fica  claro a necessidade da inserção de profissionais da  saúde no ambiente escolar  trabalhando em conjunto com  os professores da rede.
Chronic  
disease in  
childhood  
and  
adolescence:  continuity of  care in the  
Health Care  Network
SILVA et al.,  (2020)Pesquisa  
qualitativa  
realizada entre  
fevereiro e outubro  de 2013 com 12  familiares, seis gestores e 14  
profissionais de  saúde de diferentes serviços  da rede de saúde  de um município paraibano,  
utilizando técnicas  de grupo focal, entrevistas  
semiestruturadas e  consulta com  cartões. A  
triangulação dos  dados e a análise  temática apoiaram  a interpretação dos dados.
Foram construídas duas  
categorias: “Gestão da  
atenção à saúde” e  
“(Des)continuidade do  
cuidado”. Constataram-se  lacunas como a ausência de  cadastro para favorecer o  acompanhamento e nortear o  planejamento de ações;  
atendimento pontual e  
desarticulado entre os serviços  com fragilidade no fluxo de  informações, que obstaculizam o seguimento ao longo do tempo
Atuação da  equipe  
multiprofissio nal nas  
ações  
realizadas  
pelo  
Programa  
Saúde nas  
Escolas  
(PSE): uma  estratégia da  educação em  saúde
SILVA et al.,  (2019)Relato de  
Experiência
Constatou-se que a saúde na  escola de fundamental  
importância , através desse  relato se tornam perceptíveis  as mudanças e aceitação por  parte da comunidade escolar para essas ações educativas  em saúde. Há avanços  
notórios em relação a  
promoção e proteção da saúde  principalmente em jovens e  adolescentes que frequentam  à escola e vivem vulneráveis a  muitas patologias.
Fisioterapia na educaçãomem saúde: aspectos  
biopssicosociais na atenção à  
criança
ZOTZ (2020)Pesquisa de campo. Gincana escolarA avaliação da aprendizagem foi realizada por meio de  gincana. Os alunos obtiveram  uma pontuação total nas  estações de 32,34, sendo os  melhores resultados na  
estação de acidentes  
domésticos e a pior pontuação  na estação da higiene e alimentação. Por meio da pontuação obtida na gincana, verificou-se que as crianças conseguiram entender o contexto abordado, embora, fosse necessário mais tempo para a ação a fim de proporcionar mais vivências nos contextos abordados. Para os acadêmicos de fisioterapia,  
as ações proporcionaram  visão da importância da  
profissão para além da  
reabilitação.
Does Upper  Cervical  
Manual  
Therapy  
Provide  
Additional  
Benefit in  
Disability and  Mobility over  a  
Physiotherap y Primary  
Care  
Program for  Chronic  
Cervicalgia?  A
Randomized  Controlled  
Trial
GONZÁLE  Z-RUEDA,  et al.,  
(2020)
Setenta e oito  
pacientes com dor  cervical crônica e  rotação cervical  superior restrita  foram  
randomizados em  três grupos: grupo  de mobilização  
translatória  
cervical superior,  grupo de técnica  suboccipital  
inibitória ou grupo  controle.
Não houve diferenças  
estatisticamente significativas  entre os grupos no índice de  incapacidade do pescoço.  Todos os grupos  
apresentaram altos  
percentuais de testes de  flexorotação negativos.
Smartphone  addiction in  children:  
patterns of  
use and  
musculoskele tal discomfort  during the
COVID-19  
pandemic in  Iran
MOKHTA  
RINIA et al.,  (2022)
Os dados foram  coletados de pais  e alunos por meio  
da versão curta da  escala de vício em  smartphones’ on line (SAS-SV).
A taxa de prevalência de  dependência de smartphones  foi relativamente alta na  
amostra geral. Os  
participantes gastaram 6,85  horas por dia em seus  
smartphones, o que aumentou  53,86% em relação ao período
pré-pandêmico.
Prevalence of  text neck  
posture,  
smartphone  addiction,  
and its  
association  
with neck  
disorders  
among  
university  
students in  
the Kingdom  of Saudi  
Arabia during  the COVID 
19 pandemic
SIRAJUD  
EEN et al.,  2022
Participaram 313  estudantes  
universitários com  18 anos ou mais,  que possuíam  
smartphone e o  usaram durante os  12 meses  
anteriores  
participaram deste  estudo. Um  
questionário  
autoadministrado  foi usado para  
coletar dados e  
regressão logística  binária foi usada  para determinar a  associação entre a  prevalência de  
distúrbios do  
pescoço e postura  do pescoço de  
texto,  
dependência/uso  excessivo de  
smartphones e  
nível de atividade  física.
Os distúrbios do pescoço  foram mais prevalentes entre  os participantes que relataram  postura do pescoço de texto e  
categorizados como viciados  em smartphones/uso  
excessivo. Medidas para  promover a conscientização  sobre o uso saudável de  smartphones, incluindo  
educação postural, e para  diminuir seu tempo de tela,  são necessárias para reduzir  os distúrbios do pescoço.
Cervicalgia  
Inespecífica  em  
Estudantes  
de  
Fisioterapia  de uma  
Instituição  
Privada
TOURINH  
O;  
SANTANA  JUNIOR  
(2020)
Utilizou-se  
formulário  
construído por três  blocos, a saber  
informações  
sociodemográficas  dos estudantes, escala funcional de incapacidade do pescoço de Copenhagen e a  Escala Visual  
Analógica (EVA) para a  
categorização da dor
O estudo constatou que a  média de idade da amostra  estudada foi de ± 3anos, com  predominância do sexo  
feminino, onde 63,3% dos  estudantes apresentaram a  cervicalgia e a dor esteve  presente em 50% dos  
avaliados.
Fonte: Elaboração própria (2023).

Nos últimos anos, tem havido um crescente reconhecimento da importância da  saúde e bem-estar dos estudantes dentro do ambiente escolar. Um dos aspectos  cruciais desse cenário é a postura dos estudantes, que desempenha um papel  fundamental na prevenção de problemas de saúde a longo prazo, como dores nas  costas, lesões musculares e problemas ortopédicos. Nesse contexto, a fisioterapia  emerge como uma disciplina essencial para promover a conscientização sobre a  postura adequada e fornecer intervenções terapêuticas para os alunos.  

De acordo com a pesquisa de Tavares et al., (2019), a fisioterapia é  considerada uma disciplina da área de saúde que tem como principal enfoque o  movimento humano. Ela se dedica ao estudo, prevenção e tratamento de distúrbios  relacionados ao movimento em órgãos e sistemas do corpo humano, seja devido a  fatores genéticos, traumas ou doenças adquiridas, empregando abordagens  terapêuticas específicas. Embora a utilização de recursos físicos e elétricos para fins  terapêuticos tenha raízes antigas, a importância da fisioterapia tornou-se ainda mais  evidente devido ao grande número de sequelas físicas resultantes das duas guerras  mundiais, consolidando seu reconhecimento como uma disciplina de reabilitação. No  que diz respeito à prática fisioterapêutica voltada para crianças, geralmente ela está  relacionada a subespecialidades da fisioterapia, como neurológica, traumato ortopédica, reumatológica ou pneumologia.  

Na maioria dos casos, não existem programas de formação específicos para  essa área, levando os fisioterapeutas a adaptar modelos teóricos explicativos de  outras especialidades. Isso pode levar os profissionais a se questionarem sobre suas  ações e a qualidade de sua intervenção ao lidar com crianças que apresentam  características únicas, para as quais o planejamento e as abordagens de saúde muitas  vezes não são completamente adequados. A atuação do fisioterapeuta vai muito além  da reabilitação, pois ele desempenha um papel significativo em todo o processo de  prestação de cuidados de saúde. Muitos fisioterapeutas trabalham na atenção básica,  realizando atividades em grupo, ações preventivas e educação em saúde voltadas  para crianças, adolescentes, mulheres, homens e idosos. Isso demonstra que a  fisioterapia pode desempenhar um papel importante na promoção da saúde, incluindo  campanhas nas escolas para abordar problemas de postura que afetam muitas  crianças e adolescentes (SILVA et al., 2020). 

Passabão (2022) destaca que a má postura entre os estudantes tornou-se uma  preocupação relevante devido ao aumento do tempo gasto em atividades que envolvem posturas inadequadas, como uso excessivo de dispositivos eletrônicos,  horas prolongadas de estudo e má ergonomia em salas de aula. Esses fatores  contribuem para o desenvolvimento de problemas musculoesqueléticos precoces, impactando negativamente o desempenho acadêmico e a qualidade de vida dos  estudantes. 

No artigo de Silva et al. (2018), é destacado que os fisioterapeutas  desempenham um papel crucial na promoção da saúde corporal dos estudantes, com  um foco específico no desenvolvimento físico-motor e na correção da postura. Eles  também podem oferecer orientação valiosa aos educadores, cujo envolvimento é  fundamental para o êxito dessas iniciativas. O objetivo principal é reduzir a alta  incidência de problemas posturais na vida adulta, e isso requer um esforço amplo e  abrangente, principalmente na prevenção e na educação, visando a mudança de  hábitos prejudiciais. Para que qualquer programa de prevenção seja bem-sucedido, é  crucial realizar um trabalho educacional que destaque a importância da postura  corporal para crianças e adolescentes. Isso deve levar em consideração a  biomecânica da coluna vertebral e as influências que o ambiente exerce sobre os  comportamentos e hábitos das pessoas.  

Conforme mencionado por Zotz (2020), a atuação do fisioterapeuta na  promoção da saúde infantil geralmente se concentra na educação em saúde e na  promoção de práticas corporais saudáveis. Isso inclui experiências práticas, como  trabalhar com grupos de alunos da rede municipal de educação infantil, abordando de  maneira lúdica temas relacionados à atuação da Fisioterapia nos aspectos  biopsicossociais da atenção à saúde da criança. A estratégia de educação em saúde  nas escolas tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento de uma consciência  crítica nas crianças, com o resultado desejado sendo a aquisição de práticas que  promovam, mantenham e restaurem a saúde delas e da comunidade em que estão  inseridas. 

Em um estudo de natureza transversal com uma abordagem mista, conduzido  por Marinho et al., (2022), foram examinados 171 estudantes das áreas de Fisioterapia  e Psicologia da Universidade Estadual do Piauí (UFPI). O objetivo desse estudo era  investigar a incidência e a ligação entre lombalgia, hábitos posturais e  comportamentais nesses alunos. Os resultados indicaram uma taxa significativamente  alta de dor lombar nesse grupo, com uma prevalência de 80,7%. Além disso,  constatou-se também uma expressiva frequência de hábitos posturais e comportamentais inadequados entre esses indivíduos.  

Em um contexto similar, uma pesquisa de caráter experimental e longitudinal,  realizada por Passabão (2022), concentrou-se na faixa etária de 8 a 10 anos e  envolveu alunos de uma escola de ensino fundamental localizada na cidade de  Garibaldi, no estado do Rio Grande do Sul. O propósito desse estudo era avaliar os  impactos de um programa de educação postural. Os resultados revelaram que houve  uma mudança positiva na adoção de posturas adequadas tanto em sala de aula  quanto em atividades cotidianas como assistir televisão, dormir, apanhar objetos do  chão, ler e escrever. As conclusões das autoras ressaltam que a adoção de posturas  corretas, particularmente enquanto estão sentados, por parte dos estudantes, pode  desempenhar um papel na prevenção de desordens posturais e nos sintomas  dolorosos relacionados. 

No estudo conduzido por Hora et al. (2022), uma abordagem mista foi  empregada através da coleta de dados por meio de diários, com o propósito de  quantificar e caracterizar a duração da permanência na postura sentada entre alunos  universitários. A amostra consistiu de 47 participantes, revelando que esses  estudantes passaram extensos períodos adotando a posição sentada. Uma  observação relevante foi a presença de queixas relacionadas à inadequação do  mobiliário. Os participantes do estudo relataram a prevalência de dores na região da  cabeça, coluna cervical, ombros e lombar, com uma associação mais pronunciada  entre a dor e o aumento do tempo na postura sentada.  

Neste contexto, Hora et al., (2022) destacam que a fisioterapia desempenha  um papel vital na promoção da saúde postural dos estudantes por meio de várias  abordagens. Primeiramente, a conscientização sobre a importância da postura  adequada pode ser promovida por meio de palestras educativas, workshops e  campanhas de sensibilização. Os fisioterapeutas podem trabalhar em colaboração  com educadores e pais para implementar estratégias que encorajem os alunos a  adotar uma postura correta durante as atividades diárias, incluindo estudos, jogos e  uso de dispositivos eletrônicos.  

Além disso, a fisioterapia oferece intervenções específicas para corrigir e  melhorar a postura dos estudantes. Isso pode incluir exercícios de fortalecimento e  alongamento muscular direcionados para áreas afetadas, técnicas de reeducação  postural e terapias manuais. Os fisioterapeutas podem personalizar essas intervenções de acordo com as necessidades individuais de cada aluno, considerando fatores como idade, histórico médico e estilo de vida (HORA et al., 2022). Segundo Minghelli et al. (2020), em seu estudo, eles conduziram uma pesquisa  correlacional transversal com crianças de duas instituições de ensino, uma delas  pública e a outra privada. Durante o estudo, eles aplicaram o teste de caminhada de  seis minutos (TC6′) e mediram o pico de fluxo expiratório (PFE) para investigar como  essas medidas podem ser influenciadas por variáveis como sexo, idade e índice de  massa corporal (IMC).  

A pesquisa de Minghelli et al. (2020) revelou que questões de saúde e riscos  estão intimamente relacionados ao ambiente e ao estilo de vida. Com base nesse  entendimento, eles propuseram que esses problemas de saúde podem ser mitigados  ou mesmo prevenidos através do aumento da literacia em saúde. No âmbito desse  estudo, o objetivo principal foi avaliar a eficácia de um programa de fisioterapia escolar  no combate a posturas inadequadas adotadas por adolescentes, tanto na escola  quanto em casa. Os resultados indicaram melhorias significativas tanto no  conhecimento prático quanto no teórico dos adolescentes que participaram do  programa de fisioterapia escolar. Isso demonstrou que os programas de fisioterapia  podem desempenhar um papel útil na prevenção e na redução de distúrbios  musculoesqueléticos em adolescentes. 

Tierpeman (2019), por sua vez, realizou uma investigação em uma escola de  ensino fundamental localizada na cidade de São Carlos, São Paulo, com o objetivo de  avaliar as dimensões do mobiliário escolar utilizado por alunos do 1º ao 6º ano. O  estudo contou com a participação de 196 alunos. A pesquisa concluiu que diversas  dimensões do mobiliário analisado, tais como a altura e profundidade do assento,  altura da mesa e inclinação do encosto do assento, não eram adequadas às medidas  antropométricas dos estudantes. Os autores argumentam que o uso inadequado da  postura sentada por longos períodos, associado a um mobiliário inadequado, resulta  em alterações circulatórias que podem dificultar o fluxo venoso e aumentar a pressão  intradiscal em mais de 70%. 

Ferreira et al. (2021) conduziram uma pesquisa envolvendo 954 estudantes  matriculados do 1º ao 4º ano do ensino fundamental na rede municipal da cidade de  Santos. O propósito deste estudo era examinar a incidência de escoliose e identificar  os elementos de risco dentro dessa população. As conclusões das pesquisadoras  revelam que uma prevalência significativamente elevada de escoliose foi detectada  nesse grupo de alunos, alcançando uma taxa de 24,3%. Essa prevalência foi especialmente acentuada entre aqueles que mantinham uma postura sentada por  longos períodos, principalmente durante a atividade de assistir televisão. A variedade de idade permite concluir que, independentemente da faixa etária,  a postura prolongada ao sentar-se, quando combinada com móveis inadequados e  outros hábitos posturais errôneos durante as atividades cotidianas, acarreta  complicações na vida dos estudantes. Esse risco é particularmente acentuado durante  a infância e adolescência, período em que o esqueleto está em processo de  crescimento, tornando as estruturas musculoesqueléticas mais susceptíveis a  deformações (TIEPERMAN, 2019). A maioria dos estudos revisados nesta análise  estabelece uma conexão entre o uso de mobiliário inadequado na escola e mudanças  na postura (TIEPERMAN, 2019; HORA et al., 2022). 

Assim, chama-se atenção para a necessidade de pensar os aspectos  ergonômicos do ambiente escolar em relação as medidas antropométricas dos alunos.  O mobiliário escolar, desde que não leve em consideração as medidas  antropométricas, pode ser bastante prejudicial à saúde e a aprendizagem dos  estudantes. Sua qualidade e adequação influi diretamente num ambiente escolar  satisfatório, promove um bom desempenho do aluno, a segurança e o conforto, além  de ser útil na prevenção de alterações posturais, dores e possível instalação de  patologias (HORA et al., 2022). 

A incorporação da fisioterapia no ambiente escolar não apenas contribui para  a promoção da saúde postural, mas também oferece benefícios abrangentes para o  desenvolvimento global dos estudantes. Melhorar a postura pode resultar em maior  concentração, redução do estresse físico e mental, aumento da disposição para a  aprendizagem e prevenção de lesões a longo prazo. Além disso, a fisioterapia ajuda  os alunos a desenvolverem hábitos saudáveis desde cedo, capacitando-os a manter  um estilo de vida ativo e consciente ao longo de suas vidas.  

Para maximizar os resultados, a colaboração entre profissionais de saúde,  educadores e pais é fundamental. A implementação de programas de educação  postural contínua, a criação de espaços ergonômicos nas escolas e a promoção de  pausas ativas durante o dia letivo são apenas algumas das estratégias que podem ser  adotadas para promover a saúde postural dos estudantes (FERREIRA et al., 2021). 

Ferreira et al., (2021) afirma ainda que, o mobiliário escolar afeta diretamente  no comportamento dos alunos, pois ficar por horas sentado em um mobiliário  inadequado desenvolve a má postura e isso faz com que a atenção fique dispersa.

Por conta do mobiliário inadequado há o aumento da flexão da coluna cervical e  anteriorização da cabeça com a altura e com o tampo da mesa, como em muitos casos  o mobiliário não é adequado ao tamanho do aluno, este é obrigado a sentar na frente  para escrever, por exemplo, não utilizando o encosto, o que acaba provocando  maiores alterações posturais  

Tieperman et al., (2019) ressaltam ainda que a dificuldade em produzir  mobiliários ergonômicos advém do fato de não se ter dados antroprométricos da  população brasileira, forçando a utilização de padrões estrangeiros. Na sua pesquisa,  concluiram que algumas dimensões do mobiliário avaliado como altura e profundidade  do assento, altura da mesa e inclinação do encosto-assento são inadequadas as  medidas antropométricas dos estudantes, propondo que deveria haver a possibilidade  de adaptação desse mobiliário, principalmente porque os usuários estão em fase de  desenvolvimento.  

Ferreira et al., (2021) com o objetivo de avaliar a prevalência da escoliose em  alunos do ensino fundamental, contou com um amostra de 954 alunos, na qual a  prevalência foi de 24,3%, com maior evidência em obesos e naqueles que adotavam  a postura sentada por longo período de tempo. Em ambos os estudos há uma alta  prevalência da escoliose com forte associação com uma má postura sentada. A  escoliose é uma alteração postural grave, que pode ser causada por uma má postura,  é caracterizado por desvio lateral e distorção de partes individuais da coluna, devido  as suas implicações pode gerar problemas emocionais, já que altera a estética do  individuo, e também causa dor e até problemas pulmonares. 

Um estudo presente nessa revisão relaciona, entre outros fatores, a má postura  sentada ao surgimento da lombalgia, dor localizada na borda das últimas costelas.  Marinho et al., (2022) identificaram uma alta prevalência de dor em acadêmicos de  Fisioterapia e Psicologia em decorrência de hábitos posturais inadequados, como por  exemplo passar longos períodos sentados, tanto na sala de aula, como utilizando o  computador. A postura inadequada, a longo prazo, pode interferir estruturalmente no  corpo humano, ocasionando dores, desconforto pessoal, incapacidade e diminuição  da qualidade de vida. Soma-se a isso o fato de que essas dores geram despesas  econômicas que a maioria da população brasileira não pode arcar. 

A maneira como os alunos se sentam pode ter diversos impactos em sua  qualidade de vida, afetando não apenas sua postura, mas também causando  desconforto e mudanças no corpo. Isso é evidenciado por diversas questões, como as alterações nas estruturas músculo-esqueléticas da coluna lombar. A postura  sentada, por exemplo, aumenta a pressão interna no núcleo do disco intervertebral  em cerca de 35%, contribuindo para problemas. Além disso, essa postura inadequada  pode resultar na redução da circulação sanguínea nos membros inferiores, levando a  inchaço nos pés e tornozelos, desconforto no pescoço e nos membros superiores. A  manutenção prolongada dessa postura sentada, especialmente quando feita de forma  incorreta, pode elevar a pressão intradiscal em mais de 70%. Isso não apenas  intensifica o desconforto e a dor, mas também pode desencadear processos  degenerativos, incluindo a formação de hérnias de disco (PASSABÃO, 2020).  

A maioria dos estudos ressalta a importância de implementar programas de  educação postural nas instituições de ensino. Passabão (2022) destaca que sessões  de educação postural com alunos de 8 a 10 anos não só promovem conhecimento,  mas também resultam em mudanças nos hábitos posturais. Além de orientar sobre a  postura adequada, é igualmente vital adaptar o mobiliário às características dos  alunos. Tieperman (2019) salienta a relevância de uma abordagem preventiva por  parte das escolas, especialmente para crianças e adolescentes em fase de  crescimento, visando orientar hábitos posturais adequados. Hora et al., (2022)  complementam essa perspectiva sugerindo a presença de fisioterapeutas nas  escolas, capazes de intervir e prevenir alterações posturais, bem como promover  educação nessa área. 

Portanto, nota-se que a fisioterapia desempenha um papel crucial na promoção  da saúde postural e no bem-estar geral dos estudantes no ambiente escolar. Ao  conscientizar os alunos sobre a importância da postura adequada e fornecer  intervenções terapêuticas específicas, os fisioterapeutas contribuem para a formação  de hábitos saudáveis que terão impactos positivos ao longo da vida dos estudantes.  Através dessa abordagem holística, a fisioterapia ajuda a criar um ambiente escolar  mais saudável, produtivo e propício ao aprendizado. 

Destaca-se ainda que, estudos nessa área são importantes para que esses  alunos sejam observados e orientados o mais cedo possível, para prevenir futuras  complicações. O Fisioterapeuta irá orientar para que haja essa prevenção, e ajudar  no tratamento de quem já possui. 

4 CONCLUSÃO

Com base nas informações apresentadas no decorrer desta pesquisa, nota-se  que a correlação entre a fisioterapia no ambiente escolar e a postura dos estudantes  é um tema de extrema relevância e complexidade, pois aborda não apenas a saúde  física dos alunos, mas também seu desempenho acadêmico e bem-estar geral. A  postura inadequada durante as atividades escolares pode resultar em uma série de  problemas musculoesqueléticos, afetando não apenas a qualidade de vida dos  estudantes, mas também a eficácia do processo educacional.  

Ao longo dos anos, tem havido uma crescente conscientização sobre a  importância da ergonomia e da postura correta no ambiente escolar. A fisioterapia  desempenha um papel fundamental nesse contexto, uma vez que os fisioterapeutas  têm o conhecimento necessário para avaliar e tratar problemas posturais, prevenindo  complicações futuras. A abordagem preventiva da fisioterapia pode ser extremamente  eficaz na identificação precoce de problemas posturais e na implementação de  intervenções adequadas, como exercícios de fortalecimento, alongamento e  orientações ergonômicas.  

Estudos têm demonstrado que uma postura adequada está diretamente ligada  ao desempenho cognitivo e emocional dos alunos. Uma postura correta pode  melhorar o fluxo sanguíneo para o cérebro, aumentar a concentração e reduzir a  fadiga, contribuindo assim para um ambiente de aprendizado mais eficaz e produtivo.  Além disso, a promoção da consciência corporal e da postura adequada desde a  infância pode ter efeitos positivos a longo prazo na prevenção de distúrbios  musculoesqueléticos e no desenvolvimento saudável dos indivíduos.  

Em conclusão, a fisioterapia desempenha um papel fundamental na  identificação, prevenção e tratamento de problemas posturais, contribuindo assim  para a formação de indivíduos saudáveis e conscientes de sua própria saúde. A  colaboração entre profissionais de saúde, educadores e famílias é essencial para criar  um ambiente educacional que priorize a postura adequada e, por consequência, o  desenvolvimento integral dos estudantes. Portanto, investir na integração da  fisioterapia no ambiente escolar é um passo crucial em direção a um futuro mais  saudável e bem-sucedido para as gerações vindouras. 

REFERÊNCIAS 

CASAS, Aminta; PATIÑO, María; CAMARGO, Diana. Association between the sitting  posture and back pain in college students. Revista de la Universidad Industrial de  Santander. Salud, v. 48, n. 4, p. 446-454, 2016.  

FERREIRA, D. A.; FEITOSA, S. O.; DE SOUZA, R. R. M.; NOLL, M. Avaliação da  prevalência de escoliose e dor nas costas em alunos do 9º ano de uma escola de  polícia militar do estado de Goiás / Evaluation of the prevalence of scoliosis and back  pain in 9th grade students of a military police school in the state of Goiás. Brazilian  Journal of Development, [S. l.], v. 7, n. 8, p. 79104–79118, 2021. 

GONZÁLEZ-RUEDA, Vanessa; GARCÍA, César Hidalgo; SANZ, Jacobo Rodríguez;  GRACIA, Elena Bueno; BELLMUNT, Albert Pérez; RUBIO, Pere Ramón Rodríguez;  CELIS, Carlos López de. Does Upper Cervical Manual Therapy Provide Additional  Benefit in Disability and Mobility over a Physiotherapy Primary Care Program for  Chronic Cervicalgia? A Randomized Controlled Trial. International Journal of  Environmental Research and Public Health, v. 17, n. 22, p. 8334, 11 nov. 2020. 

HORA, A. L. F.; NUNES, H. A. S. .; PORTELA, R. P. Musculoskeletal pain index and  quality of life assessment in university students in western Pará. Research, Society  and Development, [S. l.], v. 11, n. 16, p. e456111638561, 2022. 

JESUS, Cleane Ferreira de; OLIVEIRA, Hellen Lisandra Nunes; FARIAS, Nadrielle  Ribeiro. Alterações posturais na coluna cervical dos estudantes pelo uso  excessivo do smartphone. Nº 22 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso  de Bacharelado em Fisioterapia). Faculdade AGES. Jacobina, BA, 2023. 

MARINHO, M. F. S.; LUCENA, L. C. DE. Postural changes and chronic lumbar pain in  university students: original study. Coluna/Columna, v. 21, n. 4, 2022. 

MINGHELLI. Beatriz. “School physiotherapy programme: Improving literacy  regarding postures adopted at home and in school in adolescents living in the  south of Portugal.” Work (Reading, Mass.) vol. 67,1 p. 95-102. 2020. 

MOKHTARINIA, Hamid Reza; TORKAMANI, Maryam Heydari; FARMANI, Ozra;  BIGLARIAN, Akbar; GABEL, Charles Philip. Smartphone addiction in children: patterns  of use and musculoskeletal discomfort during the COVID-19 pandemic in Iran. BMC  Pediatrics, v. 22, n. 1, 26 nov. 2022. 

MOTTA, Ana Carolina de Souza; FERNANDES, Fábio Luis Figueiredo; CORTEZ,  Paulo José Oliveira. Percepção por professores de aspectos ergonômicos de escolas de município do Sul de Minas Gerais, Brasil. Arquivos Brasileiros de  Ciências da Saúde, v. 37, n. 1, 2012. 

NUNES, Fernanda; TEIXEIRA, Lilian Pinto; LARA, Simone. Perfil postural de  estudantes de escolas urbanas e rurais: um estudo comparativo. Revista Brasileira  de Ciência e Movimento, v. 25, n. 1, p. 90-98, 2017. 

PASSABÃO, Marceline Ferreira. A importância da educação postural em alunos  de uma escola do município de Presidente Kennedy – ES. Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado Profissional em Ciência, Tecnologia e  Educação da Faculdade Vale do Cricaré (Mestre em Ciência, Tecnologia e Educação).  São Matheus, 2020. 

SILVA, Francilene Maciel Ferreira. et al. Atuação Da Equipe Multiprofissionais Nas  Ações Realizadas Pelo Programa Saúde nas Escolas (PSE): Uma Estratégia da  Educação em Saúde. III Conbracis. 2019.  

SILVA, M. E. D. A.; REICHERT, A. P. D. S.; SOUZA, S. A. F. D.; PIMENTA, E. A. G.;  COLLET, N. Doença crônica na infância e adolescência: vínculos da família na rede  de atenção à saúde. Texto & Contexto-Enfermagem, 2020. Disponível em:  http://dx.doi.org/10.1590/S1980-220X2016042503226. Acesso em: 10 set. 2023. 

SIRAJUDEEN, Mohamed Sherif, ALZHRANI Msaad, ALANAZI Ahmad, ALQAHTANI  Mazen, WALY Mohamed, UNNIKRISHNAN Radhakrishnan. Prevalence of text neck  posture, smartphone addiction, and its association with neck disorders among  university students in the Kingdom of Saudi Arabia during the COVID-19 pandemic.  PeerJ, v. 10, p. e14443, 15 dez. 2022. 

TAVARES, Eliane Soares. et al. Inserção Do Acadêmico De Fisioterapia No Ambiente  Escolar. Cadernos de educação, saúde e fisioterapia, v. 6, n. 12, 2019. 

TIEPERMANN, Edineia Aparecida Neves. Padrões dimensionais da NBR 14006:  análise comparativa entre as normas e o mobiliário escolar e seus usuários. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura Interdisciplinar em Ciências  Naturais) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa, 2019. 

TOURINHO, Claudya Rayanna Rocha Prado; SANTANA JUNIOR, Virgílio. Cervicalgia  Inespecífica em Estudantes de Fisioterapia de uma Instituição Privada. Revista de  Psicologia, v. 14, n. 53, p. 535–542, 28 dez. 2020. 

URSI, Elizabeth Silva. Prevenção de lesão de pele no perioperatório: uma revisão  integrativa. 130f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem), Universidade de São  Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, 2005. 

ZAPATER, André Rocha et al. Postura sentada: a eficácia de um programa de  educação para escolares. Ciência & Saúde Coletiva, v. 9, p. 191-199, 2004. ZOTZ, Talita et al. Fisioterapia na educação em saúde: aspectos biopsicossociais na  atenção à criança. Revista Ciência em Extensão, v. 16, p. 223-234, 2020. 


1 Orientador