CORRELAÇÃO DA DIABETES MELLITUS COM AS SÍNDROMES DEMENCIAIS NA POPULAÇÃO IDOSA

CORRELATION OF DIABETES MELLITUS WITH DEMENTIA SYNDROMES IN THE ELDERLY

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10155720


Bruna Caroline Ribeiro Beltrão1
Karla Emília Lima da Silveira1
Maria Fernanda Araujo de Miranda1
Thiago de Souza Lopes Araújo2


RESUMO

Introdução: O envelhecimento pode ser estudado através dos prismas da senescência e senilidade; este último corresponde a condições que acometem o indivíduo no decorrer da vida, ocasionado por processos fisiopatológicos como o diabetes mellitus (DM). Segundo dados de 2021 da Federação Internacional de Diabetes (IDF), cerca de 537 milhões de adultos entre 20 e 79 anos vivem com DM. Esta condição foi associada pelo The World Alzheimer Report (WAR) ao risco de várias formas de demência. Objetivos: O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática da literatura, a fim de compreender a correlação entre o DM e o aparecimento das síndromes demenciais na população idosa. Metodologia: Realizou-se a busca por publicações através da combinação dos descritores “diabetes mellitus”, “demência” e “idoso” com o operador booleano AND, no intervalo de tempo de 2017 a 2022. Resultados e discussão: Os artigos avaliados encontraram uma associação entre o DM e o desenvolvimento de demência e/ou um pior funcionamento cognitivo com o decorrer da idade, estando associados ou não a outras doenças como hipertensão. Conclusão: Os danos associados à progressão da demência no cérebro e as anormalidades na sinalização insulínica parecem estar intimamente conectadas com a formação de placas senis, demonstrando que qualquer desbalanço na atividade insulínica pode acarretar danos cerebrais e desencadear processos neurodegenerativos.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus; Demência; Idoso.

Abstract

Introduction: Aging can be studied through the perspectives of senescence and senility; the latter corresponds to conditions that affect individuals throughout their lives, caused by pathophysiological processes such as diabetes mellitus (DM). According to 2021 data from the International Diabetes Federation (IDF), around 537 million adults aged 20 to 79 live with DM. This condition has been associated by The World Alzheimer Report (WAR) with the risk of several forms of dementia. Objectives: The objective of this study was to carry out a systematic review of the literature, in order to understand the correlation between DM and the appearance of dementia syndromes in the elderly population. Methodology: A search for publications was carried out by combining the descriptors “diabetes mellitus”, “dementia” and “elderly” with the boolean operator AND, in the time range from 2017 to 2022. Results: The articles evaluated found an association between DM and the development of dementia and/or worse cognitive functioning with age, whether or not associated with other diseases such as hypertension. Conclusion: The damage associated with the progression of dementia in the brain and abnormalities in insulin signaling appear to be closely connected with the formation of senile plaques, demonstrating that any imbalance in insulin activity can lead to brain damage and trigger neurodegenerative processes.

Keywords: Diabetes Mellitus; Insanity; Elderly.

INTRODUÇÃO

A expectativa de vida dos brasileiros teve um aumento significativo na última década. Segundo dados do IBGE (2018) a população com mais de 60 anos era de 25,4 milhões no ano de 2012 e em cinco anos houve um incremento de 4,8 milhões de novos idosos, um crescimento de 18% neste grupo etário, que tem se tornado cada vez mais representativo no Brasil. Ademais, as mulheres são maioria expressiva nesse grupo, com 16,9 milhões (56%), enquanto os homens são 13,3 milhões (44%).1 O processo de envelhecimento é construído pelo prisma da história a partir de crenças, atitudes e valores socioculturais de uma sociedade. No entanto, ainda é relacionado às perspectivas negativas, como incapacidade e dependência, anulando o valor do sujeito.2

O processo de envelhecimento pode ser estudado por meio de dois conceitos bastante abordados na atualidade: senescência e senilidade. O primeiro está ligado a todas as mudanças que ocorrem no organismo humano no decorrer do tempo, sem estar relacionado a patologias, correspondendo às alterações fisiológicas naturais do envelhecimento. A exemplo da senescência tem-se o surgimento de cabelos brancos ou sua queda, a perda da elasticidade da pele, o aparecimento de rugas, perda de massa muscular e diminuição da estatura. Já o segundo conceito é definido como condições que acometem o indivíduo no decorrer da vida, ocasionado por processos fisiopatológicos, tais como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus (DM), insuficiência renal, insuficiência cardíaca e outras.2

O aumento da expectativa de vida reflete no crescimento das doenças crônicas e degenerativas que afetam principalmente os idosos, como DM e síndromes demenciais, e, diante do aumento dessas doenças, haverá um grande desafio para o sistema de saúde pública nacional, visto que, com o decorrer da idade maior é a necessidade de cuidados especializados e consequente redução da participação social, podendo afetar negativamente o período de senescência. Com isso, é necessária maior atenção por parte dos Órgãos Públicos, sobretudo, no que tange Atenção Primária à Saúde, a fim de estabelecer estratégias para monitorar doenças que podem acometer os idosos de forma frequente e tornar o atendimento mais ágil e inclusivo.2

Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF), cerca de 537 milhões de adultos entre 20 e 79 anos vivem com DM, numa proporção de 1 em cada 10 pessoas. A estimativa é que esse número se eleve para 643 milhões no ano de 2030 e 783 milhões em 2045.3 O cálculo do total de portadores de DM (20-79 anos) no Brasil em 2017 era de 12,5 milhões, o equivalente a quase 6% da população brasileira. Na comunidade idosa, a prevalência de DM é de 16,1%. O aumento da prevalência do diabetes no Brasil e no mundo deriva de fatores diversos, como a rápida urbanização, transição nutricional, estilo de vida sedentário, excesso de peso, crescimento e envelhecimento populacional, bem como a maior sobrevida de indivíduos com DM. Dessa maneira, com a maior quantidade de indivíduos diabéticos tem-se uma associação com a elevação de taxas de hospitalizações e utilização dos serviços de saúde, bem como maior incidência de doenças e eventos cerebrovasculares, cegueira, insuficiência renal e amputações de membros inferiores, proporcionando maior sobrecarga aos serviços de saúde.4

Em 2014, o The World Alzheimer Report (WAR) concluiu que o DM em idade avançada, e possivelmente meia-idade, está associado a um risco aumentado de várias formas de demência. Esta, por sua vez, afetou 47 milhões de pessoas em todo o mundo em 2015, 60% das quais em países de baixa e média renda. Em 2030, estima-se que esse número chegará a 75 milhões. Embora a demência seja mais comum em pessoas idosas, ela não é uma parte natural do processo de envelhecimento.5

A demência é uma doença caracterizada pelo declínio cognitivo envolvendo um ou mais domínios (linguagem, aprendizagem, cognição social, função físico-perceptivo-motora, concentração e memória). O déficit deve representar um declínio de um nível anterior de funcionamento e ser grave o suficiente para interferir na performance diária e na independência do ser humano. A demência mais comum entre os idosos é a decorrente da doença de Alzheimer (DA), que responde por 60 a 80% dos casos. A porcentagem geral de demência está aumentando à medida que a população envelhece. Com o envelhecimento populacional e o aumento da conscientização sobre a DA e outras síndromes demenciais de início tardio, os profissionais da saúde devem estar preparados para avaliar o comprometimento cognitivo da população e questionar sobre o declínio funcional de cada pessoa para evitar falhas no reconhecimento das demências.6

Assim, observa-se uma relação entre DM e demência, que logo podem ser vistas como acometimentos que atingem grande parcela da população, principalmente os idosos. As disfunções características do DM como fator de risco para o comprometimento cognitivo em indivíduos idosos, representam uma lacuna potencial no campo científico, já que, as pesquisas sobre esse tema assumem uma postura dicotômica. Portanto, objetiva-se com esse estudo analisar a correlação entre o Diabetes Mellitus e o aparecimento das síndromes demenciais na população idosa, bem como suas possíveis complicações.

METODOLOGIA

Este trabalho configura-se como uma revisão integrativa qualitativa de caráter explicativo. Segundo Marconi (2022), a revisão bibliográfica é essencial para delimitar a linha limítrofe da pesquisa que se pretende desenvolver, considerando uma visão científica. Elaborada de acordo com o material já produzido como artigos, livros, e teses, a pesquisa bibliográfica possui aspecto exploratório, uma vez que proporciona uma maior proximidade com o assunto, aprimoramento de ideias ou descoberta de intuições.7 Nesse viés, é preciso retratar os tópicos principais, autores, palavras, periódicos e fontes de dados preliminares.

Realizou-se a busca por publicações através da combinação dos descritores “diabetes mellitus”, “demência” e “idoso” com o operador booleano AND, no intervalo de tempo de 2017 a 2022. Foram preferidas as referências obtidas em bases de dados científicas como: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), PUBMED, Google Acadêmico, bem como o uso de literaturas clássicas, como livros e documentações oficiais do Ministério da Saúde.

Desse modo, após a leitura dos títulos dos trabalhos e aplicação dos critérios de elegibilidade, conforme a Figura 1, foi realizada a seleção dos artigos que melhor se aplicam ao problema estudado. Após essa etapa foi feita a leitura dos resumos e escolhidos artigos que correspondem ao tema pretendido neste trabalho.

Figura 1 – Fluxograma e critérios de seleção e inclusão dos trabalhos.

Fonte: Autoria própria

RESULTADOS

Após a seleção dos artigos incluídos na avaliação, esses foram os principais resultados obtidos:

Tabela 1 – Demonstrativo dos artigos que integram a revisão sistemática

#NDataTítuloAutoresPeriódicoObjetivosResultados
012021Prevalência de comprometimento cognitivo leve em pacientes com diabetes mellitus tipo 2: uma revisão sistemática e meta-análise
Yue You, Zhizhen Liu, Yannan Chen, Ying Xu, Jiawei Qin, Shuai Guo, Jia Huang, Jing TaoActa DiabetolEstimar a prevalência de MCI em pacientes com DM2 (T2DM-MCI) por meio da realização de uma revisão sistemática e meta-análise de estudos observacionais.A prevalência combinada de MCI em pacientes com DM2 foi estimada em 45,0% (95% CI=36,0, 54,0). Não houve heterogeneidade significativa através de meta-regressão e análise de sensibilidade. No geral, a Europa (n=2, r=36,6%, 95% CI=26,3, 46,9, I 2 =82,3%) teve uma prevalência menor do que a Ásia (n=10, r=46,4%, 95% CI=36,2, 56,6 , I 2 =98%). A prevalência geral em pacientes do sexo feminino (n=14, r=46,9%, 95% CI=34, 59,8, I 2 =98,3%) foi maior do que em pacientes do sexo masculino (n=14, r=38,8%, 95% CI =27, 50,7, I 2=98%). A análise de subgrupo com base na idade demonstrou uma prevalência menor em pacientes com mais de 60 anos (n=9, r=44,3%, IC 95%=33,1, 55,6, I 2 =98,3%) do que pacientes com menos de 60 anos (n= 3 , r=46,4%, IC 95%=33,3, 59,5, I 2 =91,2%).
022020Diabetes Mellitus aumenta o risco de demência incidente em portadores de APOEɛ4: uma meta-análise
Lily li, Marina Cavuoto, Karen Biddiscombe, Kerryn E PikeJ Alzheimers DisInvestigar a contribuição do diabetes para o risco de demência incidente em pessoas com ɛ4 e, com base na neuropatologia vascular relacionada ao diabetes, se a combinação desses fatores aumenta o risco de demência vascular versus doença de AlzheimerConsiderado simultaneamente, o diabetes aumentou o risco de demência incidente em 35% adicionais para aqueles com ɛ4 (RR = 1,35, 95% CI = 1,13-1,63). Padrões semelhantes foram observados para DA e demência vascular.
032022Declínio cognitivo e diabetes: uma revisão sistemática dos correlatos neuropatológicos responsáveis ​​pela cognição na morte
Gina Hadley, Jiali Zhang, Eva Harris-Skillman, Zoi Alexopoulou, Gabriele C DeLuca, Sarah T. PendleburyJ Neurol Neurosurg PsychiatryCorrelacionar achados neuropatológicos responsáveis pela perda da cognição pós morte em indivíduos diabéticos.Onze estudos (n=6 coortes prospectivas, n=5 séries post-mortem retrospectivas, total n=6330) preencheram os critérios de inclusão. Todos os 11 estudos quantificaram as alterações da DA e 10/11 mediram a doença cerebrovascular: lesões macroscópicas (n=9), microinfartos (n=8), angiopatia amiloide cerebral (CAA, n=7), lacunas (n=6), doença da substância branca (n=5), hemorragias (n=4), microhemorragias (n=1), microvasculatura hipocampal (n=1). Outra patologia foi examinada com pouca frequência. Nenhum estudo relatou aumento da patologia da DA no DM, três estudos mostraram uma diminuição (n=872) e quatro (n=4018) não mostraram diferença, após ajuste para cognição no momento da morte. Nenhum estudo relatou patologia cerebrovascular reduzida em DM. Três estudos (n=2345) relataram um aumento de grandes infartos, lacunas e microinfartos. Um estudo encontrou pontuações cognitivas mais baixas em DM em comparação com indivíduos não DM, apesar da carga semelhante de patologia cerebrovascular e DA, sugerindo contribuições de outros processos neuropatológicos. Em conclusão, a falta de associação entre DM e neuropatologia relacionada à DA foi consistente entre os estudos, independentemente da metodologia. Em contraste com a DA, o DM foi associado ao aumento da doença de grandes e pequenos vasos. Faltavam dados sobre outras patologias, como neurodegeneração não-DA e quebra da barreira hematoencefálica. Mais estudos avaliando as contribuições relativas de diferentes neuropatologias para o risco excessivo de DM são necessários.
042020A associação entre diabetes e alterações cognitivas durante o envelhecimento
Sanna Papunen, Anna Mustakallio-Könönen, Juha Auvinen, Markku Timonen, Sirkka Keinänen-Kiukaanniemi, Sylvain SebertScand J Prim Health CareAvaliar os efeitos do metabolismo defeituoso da glicose na predisposição a desempenhos cognitivos piores e declínio mais rápido na velhice11 de 17 estudos encontraram um declínio estatisticamente significativo na cognição entre os indivíduos que tinham DM2 ou pré-diabetes em comparação com seus colegas não diabéticos. A associação entre diabetes e declínio cognitivo nem sempre foi clara, e a extensão dos testes cognitivos usados ​​parece ter o maior efeito nos resultados.
052019Fatores de risco modificáveis ​​na meia-idade para demência: uma revisão sistemática e meta-análise de 34 estudos de coorte prospectivos
Xiao Ying Li, MinZhang, Wei Xu, Jie Qiong Li, Xi Peng Cao, Jin-Tai Yu, Lan TanCurr Alzheimer ResAvaliar a associação entre os fatores de risco da meia-idade e a demência.Trinta e quatro estudos de coorte prospectivos foram incluídos, entre os quais 24 foram elegíveis para metanálise. Um total de 159.594 adultos não dementes foram incluídos no início do estudo antes dos 65 anos e 13.540 pessoas foram diagnosticadas com demência após o acompanhamento. Os resultados agrupados revelaram que cinco fatores podem aumentar significativamente o risco de demência em 41 a 78%, incluindo obesidade (RR, 1,78; 95% CI: 1,31-2,41), diabetes mellitus (RR, 1,69; 95% CI: 1,38-2,07) , tabagismo atual (RR, 1,61; 95%, IC: 1,32-1,95), hipercolesterolemia (RR, 1,57; IC 95%: 1,19-2,07) e hipertensão (pressão arterial limítrofe RR, 1,41; IC 95%: 1,23-1,62 e alta RR da Pressão Arterial Sistólica (PAS), 1,72; IC 95%: 1,25-2,37). No entanto, as análises de sensibilidade constataram que os resultados de hipercolesterolemia e PAS elevada não eram confiáveis, que precisam ser confirmados por mais estudos de alta qualidade. Nenhuma influência devido ao viés de publicação foi revelada. Na revisão sistemática, outros três fatores (hiper-homocisteinemia, estresse psicológico e consumo excessivo de álcool) foram associados ao risco elevado de demência. Além disso, exercícios físicos, dieta saudável e terapia hormonal na meia-idade foram associados à redução do risco de demência.
062022Fenótipos metabólicos explicam a relação entre disglicemia e fragilidade em idosos com diabetes tipo 2
AH Abdelhafiz, AJ SinclairJournal of diabetes and its complications
Revisar as características dos pacientes frágeis incluídos em estudos clínicos que relataram associação entre disglicemia e fragilidade, a fim de explorar se existem diferenças metabólicas no perfil desses pacientes.Quatro estudos investigaram o risco de fragilidade associado à baixa glicemia. Dois estudos mostraram que a hipoglicemia aumentou o risco de fragilidade em 44% (HR 1,60, IC 95% 1,14 a 2,42) e previu maior nível de dependência (p < 0,001), respectivamente. Os outros dois estudos relataram que a HbA1c se correlacionou inversamente com a escala clínica de fragilidade (r = -0,31, p < 0,01) e a HbA1c < 6,0% foi associada ao aumento do risco de incapacidade (3,45, 1,02 a 11,6), respectivamente. Em comparação com pacientes não frágeis, aqueles com fragilidade tendem a ter menor peso corporal ou índice de massa corporal (IMC), apresentam características de desnutrição, como baixa albumina sérica ou baixo colesterol total e sofrem de mais comorbidades, incluindo demência. Quatro estudos exploraram a associação de glicemia alta com fragilidade. Maior HbA1c previu fragilidade (OR 1,43, IC 95% 1,045 a 1,97) e se correlacionou positivamente com o escore de fragilidade de Edmonton (r = 0,44, p < 0,001), respectivamente em dois estudos. Os outros dois estudos descobriram que indivíduos com HbA1c ≥ 6,5% tinham a maior prevalência de fragilidade (70,3%) e indivíduos com HbA1c mais alta no início do estudo tinham um nível de fragilidade mais alto ao longo da vida, respectivamente. Em comparação com pacientes não frágeis, aqueles com fragilidade tendem a ter maior peso corporal, circunferência da cintura e IMC. Eles também têm menos atividade física, maior nível de colesterol e têm mais comorbidades. 5% tiveram a maior prevalência de fragilidade (70,3%) e indivíduos com maior HbA1c na linha de base para ter um maior nível de fragilidade ao longo da vida, respectivamente. Em comparação com pacientes não frágeis, aqueles com fragilidade tendem a ter maior peso corporal, circunferência da cintura e IMC. Eles também têm menos atividade física, maior nível de colesterol e têm mais comorbidades. 5% tiveram a maior prevalência de fragilidade (70,3%) e indivíduos com maior HbA1c na linha de base para ter um maior nível de fragilidade ao longo da vida, respectivamente. Em comparação com pacientes não frágeis, aqueles com fragilidade tendem a ter maior peso corporal, circunferência da cintura e IMC. Eles também têm menos atividade física, maior nível de colesterol e têm mais comorbidades.
072018Decréscimos cognitivos e de marcha entre idosos não dementes com diabetes tipo 2 ou hipertensão: uma revisão sistemática
Madison E NiermeyerThe Clinical neuropsychologist
Avaliar o impacto do DM2 e da hipertensão na cognição e na marcha e a associação entre a cognição e a marcha no contexto do DM2 e da hipertensão.Na maioria dos estudos revisados ​​(n = 17), tanto o DM2 quanto o estado de hipertensão foram associados a pior funcionamento cognitivo e/ou da marcha (8 de 10 estudos). Além disso, em 10 dos 11 estudos, a cognição foi associada de forma confiável à marcha. Para variáveis ​​contínuas, pressão arterial sistólica mais alta (medida com métodos ambulatoriais) foi consistentemente relacionada a cognição pior e marcha mais lenta, mas outras variáveis ​​contínuas (por exemplo, HbA1C) foram estudadas de forma inconsistente com resultados inconclusivos.
082023Modelos prognósticos de múltiplos domínios usados ​​em adultos de meia-idade sem comprometimento cognitivo conhecido para prever demência subsequente
Gopisankar Mohanannair Geethadevi, Terry J Quinn, johnson george, Kaarin J Anstey, J Simon Bell, Muhammad Rehan Sarwar, Amanda J CruzThe Cochrane database of systematic reviews
Identificar modelos prognósticos multidomínio usados ​​em adultos de meia-idade (45 a 65 anos) para prever demência ou comprometimento cognitivoIdentificamos 14 modelos prognósticos multidomínio exclusivos usados ​​em adultos de meia-idade para prever a demência subsequente. Diabetes, hipertensão, obesidade e tabagismo foram os fatores de risco modificáveis ​​mais comuns usados ​​como preditores nos modelos. Realizamos metanálises de estatísticas C para um modelo (CAIDE), mas os valores resumidos não eram confiáveis. Devido à falta de dados, não foi possível meta-analisar as medidas de calibração do CAIDE. Esta revisão destaca a necessidade de validações externas robustas de modelos de prognóstico multidomínio para prever o risco futuro de demência em adultos de meia-idade.
092017A Hipertensão, O Diabetes e a Obesidade Estão Associados ao Menor Desempenho Cognitivo Em Idosos Residentes Na Comunidade: Dados Do Estudo Fibra
Monalisa Fernanda Bocchi de Oliveira; Mônica Sanches Yassuda; Ivan Aprahamian; Anita Liberalesso Neri; Maria Elena GuarientoDementia & NeuropsychologiaAvaliar a associação entre HAS, DM e OA sobre o desempenho cognitivo de idosos sem comprometimento cognitivo significativo. Na amostra de 2.593 idosos, 321 (12,38%) foram identificados como tendo HAS, DM e OA simultaneamente (Grupo I) e 421 (16,23%) não tinham nenhuma das três (Grupo II). O Grupo I evidenciou proporção maior de mulheres, idosos com 70-74 anos, analfabetos e renda mais baixa. O Grupo I apresentou número maior de participantes com baixo desempenho cognitivo (28,04% vs. 17,58% no grupo II). As variáveis associadas com baixo desempenho cognitivo foram: sexo feminino (razão de chances, OR: 2,43, p < 0,001); baixa escolaridade (OR: 0,410, p < 0,001). A concomitância das três doenças e a idade não foram significativas no modelo ajustado para escolaridade.


DISCUSSÃO

O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão sistemática da literatura, a fim de compreender a correlação entre o Diabetes Mellitus e o aparecimento das síndromes demenciais na população idosa, bem como as consequências decorrentes dessa associação.

O envelhecimento populacional ocorre de modo acelerado no Brasil e com esse aumento da expectativa de vida, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como a DM e a demência, evidenciam-se como importante obstáculo para a saúde pública, no que tange a sua relação com a alta morbidade que originam. Essas enfermidades podem causar sérios graus de inaptidão que impactam tanto os hábitos de vida como o bem-estar do sujeito. Números acerca da morbimortalidade por DM manifestam a relevância da doença como um obstáculo de saúde pública na sociedade brasileira, sendo que cerca de 20% da população idosa possui DM, apresentando altas taxas de morte prematura, incapacidade funcional, perda muscular acelerada e patologias coexistentes.8

Ainda, em 2002, as DCNT foram responsáveis por quase 60% das mortes. Cerca de 80% dos idosos têm pelo menos uma doença crônica e 50% têm duas ou mais. Dentre as doenças não transmissíveis relacionadas ao envelhecimento, a demência se destaca como a principal causa de disfunção e qualidade da vida em idosos. Segundo a OMS, mais de 35 milhões de pessoas em todo o mundo sofriam de alguma forma de demência, em 2012, e esse número pode triplicar e alcançar mais de 115 milhões até 2050.8

Segundo Louis et al. a demência é caracterizada por um declínio na inteligência, que pode ser acompanhado por um declínio na independência e no funcionamento social ou ocupacional diário. Vários domínios cognitivos podem ser afetados, principalmente, em diferentes tipos de demência, incluindo memória, orientação, abstração, capacidade de aprendizado, percepção visuoespacial, função da linguagem, prática construtiva e funções executivas superiores, como planejamento, organização e sequenciamento de atividades. Porém, a demência muitas vezes não é diagnosticada na presença de dano de domínio único, exigindo danos significativos em pelo menos dois domínios e um declínio significativo na execução de tarefas em casa ou no trabalho.9

Desse modo, a classificação mais útil da demência atualmente é baseada na patogênese da doença. Por meio de correlações clínico-patológicas, hoje é possível estabelecer um diagnóstico específico ao longo da vida de um indivíduo com acurácia de 75% a 85%. É importante reconhecer que mesmo com uma excelente história clínica, exame e estudos auxiliares, a patogênese no diagnóstico clínico de demência não terá sensibilidade ou especificidade perfeitas. As demências são melhores categorizadas em etiologia como endócrinas, metabólicas, cerebrovasculares, inflamatórias, infecciosas, estruturais ou neurodegenerativas. A última categoria é caracterizada pela ausência das etiologias supracitadas. A causa mais comum de demência entre idosos é a doença neurodegenerativa. Eles incluem a doença de Alzheimer, demência com corpos de Lewy, demência frontotemporal e demência vascular.9

Primeiramente, a doença de Alzheimer, com perda de forma proeminente da memória e da linguagem, constitui a forma mais frequente de demência no indivíduo idoso, por cerca de 80% do número total de pacientes em séries de necropsia, clínicas ou populacionais. Na concepção estrutural, essa afecção caracteriza-se por dano temporal e parietal. Em nível molecular, configura-se como “amiloidopatia”, já que a particularidade mais específica consiste em depósitos anormais de β-amiloide em placas, além da proteína tau hiperfosforilada menos específica, evidente em emaranhados neurofibrilares.9

Já a demência com corpos de Lewy constitui a segunda causa mais frequente de demência no indivíduo idoso. Ela é caracterizada, clinicamente, pela presença de corpos de Lewy tanto em regiões corticais como em áreas subcorticais do encéfalo. A sua sintomatologia inclui: declínio cognitivo progressivo, alucinações visuais recorrentes, flutuação no estado cognitivo e sinais parkinsonianos.20 Observa-se maior sensibilidade a efeitos indesejáveis de medicamentos neurolépticos e a resposta a medicações inibidoras da acetilcolinesterase é geralmente boa. Do ponto de vista patológico, a presença de corpos de Lewy com composição molecular principalmente de alfassinucleína levou ao termo sinucleinopatia.9,18

Ademais, em alguns cérebros de pacientes com demência com corpos de Levy, corpos de Lewy podem coexistir com placas senis e emaranhados neurofibrilares, estruturas que são abundantes na doença de Alzheimer, e nos cérebros de pacientes mais velhos sem demência.21 No entanto, a descoberta dos corpos de Levy não se limita à demência com corpos de Levy: podemos observá-los em menor grau no processo de senescência e na doença de Alzheimer. Ela também é encontrada nos encéfalos de demência com corpos de Lewy: perda regional de neurônios; microvacuolação (alterações semelhantes a esponjas); perda de sinapses; anormalidades neuroquímicas; e deficiências de neurotransmissores.9,19

Já as demências frontotemporais representam um grupo molecularmente heterogêneo de doenças degenerativas caracterizadas pela degeneração dos lobos frontal e temporal. A degeneração frontotemporal geralmente se apresenta na década de 50 e é responsável por 5 a 10 por cento dos casos. Em casos típicos, as manifestações incluem distúrbios comportamentais do tipo frontal (desinibição, apatia, inconveniência social, transtorno obsessivo-compulsivo) e distúrbios de linguagem.22 A patologia molecular deste grupo de doenças pode ser amplamente dividida entre aquelas envolvendo a proteína tau e aquelas envolvendo a proteína TDP-43 (TAR 43 DNA-binding protein), com papéis menores para as proteínas FUS, CHMP3 ou VCP.9

E ainda, doença cerebrovascular é atualmente considerada uma das principais causas de demência. Síndromes de demência de infarto estratégico, demência de múltiplos infartos, doença isquêmica grave da substância branca (doença de Binswanger ou demência arteriosclerótica subcortical) e encefalopatia hemorrágica podem causar demência.23 O AVC agudo é uma causa comum de comprometimento cognitivo, mas não se manifesta como demência progressiva; de fato, os déficits cognitivos são acompanhados por déficits neurológicos focais agudos, ou podem ser seguidos por um curso contínuo com lesões marcadas e incapacidade.9

Além disso, vale ressaltar que, a predominância de DM é estimulada por uma complexa relação de fatores socioeconômicos, demográficos, ambientais, genéticos e comportamentais. Elevações progressivas na adesão de modos de vida pouco saudáveis e a crescente urbanização respondem de forma relevante pelo crescimento da incidência e prevalência do diabetes no Brasil. Complicações crônicas podem expressar nos pacientes com diabetes, sobretudo nos idosos, já no momento do diagnóstico.10

Convém lembrar que, o processo de envelhecimento, sobretudo, a senilidade está acompanhada de patologias que aumentam esse processo de degeneração do organismo. A exemplo disso, tem-se a DM2, a qual está muito relacionada a um risco maior de morte prematura, a maior associação com outras comorbidades e, principalmente, com as grandes síndromes geriátricas, sendo importante salientar os prejuízos em relação à capacidade funcional, autonomia e qualidade de vida, o que a configura como uma afecção de alto impacto, com repercussões sobre o sistema de saúde, família e o próprio idoso acometido.11

Enquanto isso, a diabetes tipo 2 é responsável por 90 a 95% de todos os casos de diabetes no mundo. Os fatores de risco associados são obesidade, hipertensão arterial e dislipidemia, sedentarismo, diagnóstico precoce de diabetes ou diabetes gestacional, histórico familiar e o aumento da idade. Na maioria das vezes, a doença é assintomática ou oligossintomática, por um longo período e situações como a cetoacidose diabética, que pode ser comum na DM1 em indivíduos não diagnosticados, raramente ocorre na DM2, pois ainda há produção de insulina, mesmo que sua ação seja diminuída. Dessa forma, nos estágios iniciais da doença o paciente pode não perceber os sintomas clássicos, permitindo que a doença siga seu curso. No entanto, uma vez instaurada a hiperglicemia os pacientes correm o risco de desenvolver complicações crônicas.3,4

Logo, as principais complicações relacionadas ao diabetes são categorizadas em distúrbios micro e macrovasculares, os quais resultam em retinopatia, nefropatia, neuropatia periférica, doenças coronarianas e cerebrovasculares e doença arterial periférica. Além disso, a incidência de outras doenças crônicas, como a hipertensão arterial, aumenta em indivíduos diabéticos.21

Para tanto, o alto risco no desenvolvimento da DM2 em idosos advém da combinação da influência genética, estilo de vida e envelhecimento, os quais contribuem para a hiperglicemia através da diminuição da capacidade secretória das células β e da já citada intolerância periférica à insulina. Esses fatores são característicos do envelhecimento por si só, mas a exposição crônica à hiperglicemia e a toxicidade glicêmica pioram a resistência à insulina e prejudicam mais ainda as células pancreáticas.12,16

Além disso, pacientes idosos frequentemente sofrem de outras comorbidades geriátricas que contribuem para um aumento da fragilidade. A diabetes, que, isoladamente, constitui alto fator de risco cardiovascular e cerebrovascular, acrescenta um peso a mais a esta conta, podendo provocar graves limitações como artropatias, cegueira e a possibilidade de amputações nos membros inferiores. Ademais, o idoso diabético, em comparação com o não diabético, está mais sujeito à polifarmácia, doença renal crônica, perda funcional (fraqueza muscular, debilidade de marcha, fraturas, ferimentos graves, etc.) problemas cognitivos e queda, desgastando a saúde física e mental do indivíduo.13

Nesse ínterim, a ADA (2021), traz algumas das condições geriátricas mais comuns que podem ser agravadas pelo diabetes, entre elas a sarcopenia, depressão e disfunção cognitiva.14 A sarcopenia, caracterizada pela perda de massa muscular própria do avanço da idade é acelerada no quadro de DM, tornando o paciente mais propenso a quedas e fraturas, impondo uma modificação de seu estilo de vida e maior dependência. Esse quadro está intimamente ligado ao desenvolvimento de depressão, comprometimento cognitivo e um risco 1,6 maior de demência futura. 12,14

Assim, conforme uma meta-análise realizada por Gudala e colaboradores acerca do risco de demência em indivíduos com diabetes, houve um aumento de 73% no risco de todos os tipos de demência, 56% em Alzheimer e 127% em demências vasculares, correlacionado ao risco inerente de doenças cerebrovasculares causadas pelo DM. Alguns dos mecanismos mencionados foram os efeitos tóxicos da hiperglicemia, resistência à insulina do cérebro, formação de produtos finais de glicação avançada (AGE) e competição pela enzima degradante de insulina (IDE) resultando em degradação reduzida de β amilóide.15,17

Dessa forma, como mostrado nos dados supracitados, a DM e a demência são patologias que fazem parte do processo de senilidade humana, levando-se a observar uma notória associação destas e suas consequências a curto e longo prazo para o paciente, com prejuízos de cunho fisiológico, social e familiar.

CONCLUSÃO

O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão sistemática qualitativa de caráter explicativo a fim de analisar a correlação entre o diabetes Mellitus e a demência na população idosa, esclarecendo ao público sobre as complicações neurológicas dos pacientes com diabetes. Tal revisão foi elaborada por meio da leitura dos títulos dos trabalhos e aplicados os critérios de inclusão e exclusão, selecionando os artigos que melhor se aplicam ao problema estudado. 

Muitos fatores contribuem para a disfunção neurocognitiva, os danos associados à progressão da demência no cérebro, as anormalidades na sinalização insulínica, a resistência à insulina e as alterações metabólicas parecem estar intimamente conectadas com a formação de Placas Senis a partir do acúmulo de β-amilóide e de emaranhados neurofibrilares provenientes da hiperfosforilação da proteína Tau, acarretando em inflamação, lesão neurológica, alterações estruturais e declínio cognitivo, uma vez que a insulina, além de atuar no metabolismo da glicose cerebral e mobilização de GLUT4 para captação de glicose, é capaz de modificar a plasticidade sináptica, facilitar o crescimento de neuritos, ter efeitos neuroprotetores e é responsável pela modulação cognitiva. Portanto, qualquer desbalanceamento na atividade da insulina pode acarretar uma complicação nos mecanismos de reparação, crescimento e diferenciação celulares e, tendo como consequência, desencadeamento dos processos neurodegenerativos. 

Os estudos envolvendo a correlação entre DM2 e demência são recentes, e mais estudos são necessários com a finalidade de aprofundar o conhecimento desta condição. Nesse viés, um melhor entendimento da fisiopatologia pode oferecer uma oportunidade de gerar terapias que previnem a progressão da doença e melhoram a qualidade de vida dos pacientes.

REFERÊNCIAS

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1 Acadêmica do Curso de Graduação em Medicina pelo Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba (IESVAP), Parnaíba, Piauí.

2 Professor, Doutor do Curso de Graduação em Medicina pelo Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba (IESVAP), Parnaíba, Piauí.