“CORDEL DO MEU CHÃO”, DE GIANO GUIMARÃES E UMA PROPOSTA DE LETRAMENTO LITERÁRIO PARA ALUNOS DO FUNDAMENTAL II

CORDEL DO MY CHÃO”, DE GIANO GUIMARÃES Y UNA PROPUESTA LITERARIA PARA ESTUDIANTES DE PRIMARIA II

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102411131016


LIMA, Lanai da Cruz Oliveira[1]  
OLIVEIRA, Mayara Landim[2]  


RESUMO

O uso da poesia de cordel como ferramenta educacional pode ser uma tática efetiva para discutir assuntos relacionados à diversidade linguística, musicalidade e métodos de ensino. Por meio dessa abordagem, os estudantes têm a chance de aprimorar suas habilidades de leitura e escrita, ao mesmo tempo em que ampliam seu entendimento sobre a cultura popular do Brasil. O presente trabalho possui o objetivo de compreender a relevância da Literatura de Cordel na sala de aula, exibir de forma concisa a história da origem do cordel, assim como as suas propriedades e características, bem como explanar sobre as suas contribuições para o aprimoramento da oralidade dos estudantes no Ensino Fundamental II, a partir de propostas pedagógicas desenvolvidas no contexto da obra Cordel do meu chão de Giano Guimarães. Este trabalho de conclusão de curso definido como pesquisa exploratória bibliográfica, que por sua vez teve como objetivo o de investigar e reunir informações pertinentes ao tema já expostos em vários sites que obtinham fundamentação teórica e científica relacionados à “Literatura de Cordel como incentivo à leitura no Ensino Fundamental II” e todas as características que se referem ao tema proposto. Diante da pesquisa realizada, conclui-se que literatura de cordel é de suma relevância para a educação, pois é uma literatura voltada para a realidade do povo brasileiro, e, nesse ponto de vista, sugere que os alunos expandem uma visão de mundo que pode ou não se assemelhar ao estilo de vida de cada um deles.

Palavras-Chaves: Leitura; Ensino; Aprendizado; Criatividade.

RESUMEN

Utilizar la poesía de cordel como herramienta educativa puede ser una táctica eficaz para discutir temas relacionados con la diversidad lingüística, la musicalidad y los métodos de enseñanza. A través de este enfoque, los estudiantes tienen la oportunidad de mejorar sus habilidades de lectura y escritura, al tiempo que amplían su comprensión de la cultura popular brasileña. El presente trabajo tiene como objetivo comprender la relevancia de la Literatura Cordel en el aula, mostrar de manera concisa la historia del origen del cordel, así como sus propiedades y características, así como explicar sus aportes al mejoramiento de la oralidad de los estudiantes de la Escuela Primaria II, a partir de propuestas pedagógicas desarrolladas en el contexto de la obra Cordel do meu piso de Giano Guimarães. Este trabajo de conclusión de curso se definió como una investigación bibliográfica exploratoria, que a su vez tuvo como objetivo investigar y recopilar información pertinente al tema ya expuesto en varios sitios web que obtuvieron fundamentos teóricos y científicos relacionados con “La literatura Cordel como incentivo a la lectura en la Educación Primaria II”. y todas las características que hacen referencia a la temática propuesta. A la vista de la investigación realizada, se concluye que la literatura de cordel es de suma relevancia para la educación, por ser literatura centrada en la realidad del pueblo brasileño y, desde este punto de vista, sugiere que los estudiantes amplíen una cosmovisión que puede o no parecerse al estilo de vida de cada uno de ellos.

 Palabras clave: Lectura; Enseñanza; Aprendizaje; Creatividad.

1  INTRODUÇÃO

A Literatura de Cordel merece ser mais valorizada nas aulas, considerando sua origem e características únicas. É essencial destacar a relevância desse gênero na educação, analisando seu potencial uso e os impactos positivos para os alunos, sobretudo no ensino fundamental II. Desde cedo, esse tipo de literatura deve ser explorado em sala de aula, pois auxilia no desenvolvimento cognitivo dos estudantes.

O processo de ensino de literatura no plano fundamental tem sido assunto de diversos debates, uma vez que, os grandes desafios que as escolas encaram em designar condições e táticas de atividades que ajudem no desenvolvimento da leitura e escrita dos alunos. Na maioria dos casos, os professores se prendem apenas às abordagens sugestões nos livros didáticos que se fundamentam na ideia de uma única e provável interpretação do texto, que consequentemente desconsidera os conhecimentos já alcançados pelos alunos, por conseguinte, não beneficiam a intercessão entre o texto e o leitor. Logo, é importante se pensar sobre esse tipo de prática em sala de aula, colocando em primeiro plano as atividades que procurem o desenvolvimento de leitores críticos e sobretudo, reflexivos.

Assim, levando em consideração que é na atmosfera escolar onde mais se pratica o ato de ler, a Literatura de Cordel pode se sobressair nesse espaço devido às suas inúmeras possibilidades de leitura e de explicação, nas quais o objetivo é possibilitar de maneira expressiva um desenvolvimento do conhecimento cogitativo, crítico e criador do aluno, colaborando dessa maneira, para que os estudantes tenham máximo contato com as raízes culturais e incentivando-os ao gosto pela leitura literária como um todo, principalmente a cordelista. 

O presente trabalho possui o objetivo de compreender a relevância da Literatura de Cordel na sala de aula, exibir de forma concisa a história da origem do cordel, assim como as suas propriedades e características, bem como explanar sobre as suas contribuições para o aprimoramento da oralidade dos estudantes no Ensino Fundamental II, a partir de propostas pedagógicas desenvolvidas no contexto da obra Cordel do meu chão de Giano Guimarães.

2  A ORIGEM DA LITERATURA DE CORDEL

De acordo com a história, vale ressaltar que a literatura de cordel foi criada em Portugal entre os séculos XI e XII pelos bardos medievais que disseminavam suas histórias por meio da declamação de letras, cantos e músicas, pelas cidades, haja vista que, neste momento, ainda não existia a popularização do papel e da caneta para toda a população. (PINHEIRO, 2007). Todavia, com o passar dos tempos, já no século XV e XVI, existe as primeiras exposições escritas desses panfletos, onde, em seguida, além de serem declamados, começaram a ser distribuídos nas praças e feiras livres de Portugal até se se difundirem para outras regiões e países (ARAÚJO, 2007). O que consequentemente o torneio mais conhecido e trabalhado.

Neste ponto de vista, Galvão (2000) menciona que, além de extensões portuguesas, os cordéis também oferecem referências africanas, indígenas e de países como a Itália, o México, o Chile e a Espanha, os quais foram designados de revistas panfletos, e consequentemente, disseminando com suas caratcerísticas.

É relevante ressaltar também que se encontram analogias entre os cordéis estrangeiros e os cordéis brasileiros, porque, nos países da Alemanha, Inglaterra e Holanda, os folhetos, assim como em nosso país, foram desenvolvidos por meio da xilogravura, a qual é descrita como um método de desenho na qual se utiliza a própria madeira para reproduzir a imagem gravada sobre o papel. Esculpe-se o desenho na madeira, aproveitando uma goiva, formão, faca, canivete ou buril, deixando em conceito as descrições da obra. Esse método foi trazido pelos portugueses para o Brasil e muito desenvolvido pela Literatura de Cordel (SOUZA, 2017).

Deste modo, entende-se que a xilogravura é uma das práticas mais remotas que se conhece para gravação de imagens, conforme ressalta Lopes:

[…] é uma arte criada por mãos cheias de calos, feito às vezes pela enxada, pela foice e o facão, de trabalhadores, artesãos e artistas autodidatas, o que não impede que a criação artística brote de forma brilhante nos sertanejos, muito pelo contrário, é a mais genuína expressão da arte (2012, p. 13).

Em seguida, tais folhetos se tornam, além de textos literários, uma forma de expressão de arte; a arte com desenhos. Logo, ela é e permanece sendo uma propriedade extremamente particular da composição de cordéis em todo o mundo, sobretudo da região Nordeste do país, a qual tem um amplo e rico fantasioso da cultura popular, por meio de temáticas religiosas, políticas e sociais, postas em madeira e canivetes, originando assim essa forma de expressão rica em cultura (ARAÚJO, 2007). Logo, entende-se que os cordéis proporcionam uma literatura clara, direta, que não se prende ao dicionário, na busca de encontrar palavras bonitas, mas preza pela história em seu começo, meio e fim.

2.1 A LITERATURA DE CORDEL NO BRASIL

A Literatura de Cordel possui a sua procedência na Europa e vem gradualmente solidificando-se como uma das mais extraordinárias manifestações da cultura popular em nosso país. Ele superou incontáveis fronteiras e foi sendo produzido e reproduzido em distintas regiões do continente europeu, sob diversas fontes, desenhos e exemplos literários (RODRIGUEZ, 2020). São marcados por serem textos escritos com métrica fixa e rimas que fazem a musicalidade dos versos e também pelas xilogravuras que elucidam as páginas dos poemas, enriquecendo ainda mais os folhetos.

Logo, conforme descreve Souza (2017), assim como aconteceu em outros países, a Literatura de Cordel foi introduzida na cultura brasileira também por intervenção dos portugueses, no momento do período Colonial, a qual ainda permanece se fazendo presente em nossa cultura regional, principalmente mais forte na região nordestina. Apesar disso, a literatura de cordel torna-se riqueza da cultura nordestina quando descreve as vivências habituais do povo, fazendo uma meditação acerca das dificuldades sociais, retratando de forma poética as experiências e saberes culturais do povo nordestino (SOUZA, 2017).

É importante destacar que, existem cordelistas importantes para a nossa cultura popular brasileira, que disseminam por meio de suas obras sentimentos, informações e costumes nordestinos para todo o território nacional. Entretanto, apesar de ser um estilo remoto, os estudos sobre esse gênero literário são novos, em consequência da discriminação suportada por muito tempo de alguns críticos prestigiados, no entanto, vale ressaltar que, ao se conhecer sobre a Literatura de

Cordel, nota-se que seus exemplos clássicos carregam uma historicidade extremamente sofrida, mas que traz um grande valor, um valor inegável à cultura nacional do nosso país (ABREU, 2001).  

Em seus estudos, Souza (2017) ainda explica que, é possível observar que as características básicas dos cordéis nordestinos são: a sua estrutura em forma de versos, a presença de rimas e ritmos musicais, o deboche e a ironia nas histórias, os varais de corda, legado herdado de Portugal, além de outros atributos marcantes.

Dessa forma, os poetas cordelistas descrevem desde narrativas de amor as experiências e aventuras de cangaceiros, e acontecimentos importantes, na tentativa de melhor vender sua mercadoria. Eles costumam ler em voz alta o conteúdo do livreto, para depois oferecê-lo aos possíveis compradores, por meio das rimas contidas nos versos.

Em seguida, quando falamos de Literatura de Cordel estamos falando de cultura popular, expressada através do dia a dia do nordestino, uma vez que, na maior parte das criações, os cordelistas aproveitam tópicos associados a ditados populares, artistas regionais e eventos históricos, descrevendo os causos acontecidos, como os episódios políticos, religiosos, artísticos e folclóricos ou pitorescos, mostrando, por meio dessa literatura, a vida no sertão como ela realmente é. A forma como são abordados os diferentes temas, a expressividade, a emoção, a rima, a métrica, a fantasia, o humor, e o cunho informativo e crítico, contando os acontecimentos do cotidiano do povo nordestino, como vivem, o que sentem, crenças, valores, cultura, hábitos, costumes e ensinamentos, fazem da poesia de cordel uma das manifestações culturais mais ricas e de um valor inestimável para a conservação da identidade do nosso povo. É sem dúvida um grande contribuinte para a formação intelectual, social, cultural e política do indivíduo e importantíssima para a continuação do folclore brasileiro. 

2.2 A ORALIDADE NA LITERATURA DE CORDEL

A leitura é um fenômeno que ajuda na formação e no desenvolvimento do ser humano, proporcionando-lhes, a partir dessa prática, variáveis benfeitorias para a produção de sentido e edificação do conhecimento. Assim, é a partir desse contexto é possível destacar que, a escrita e a oralidade marcham juntas para a metodologia de aprendizagem escolar, como descreve Lima:

A literatura de cordel em sala de aula é de grande importância, pois, além de contribuir para o desenvolvimento dos aspectos cognitivos e linguísticos, também proporciona aos alunos novos saberes sobre cultura, povos e lugares diferentes, experiências que refletem tanto na formação social. Através da leitura, o indivíduo se transporta de um lugar para outro, do mundo real para o mundo imaginário, mergulha em um universo no qual lhe é permitido fantasiar, criar novas histórias, aprender e vivenciar diferentes situações, experimentando novas emoções (Lima, 2020, p. 13).

A partir daí, fica manifesto que quem pratica a leitura como hábito diariamente, adquire a competência de pensar melhor sobre o mundo ao seu redor, de tal modo, ao se sugerir a leitura do cordel em sala de aula, os alunos terão a capacidade de conhecer um pouco mais sobre a cultura nordestina do nosso país, seus aspectos históricos, procedimentos linguísticos, bem como a sua realidade corroborada na arte do cordel.

Para que isso aconteça, “a escola deve promover atividades e maneiras que possibilitem aos alunos a prática da leitura e da oralidade, pois é algo bastante presente na sociedade e que precisa ser abordado de maneira permanente” (LIMA, 2015, p.12).

Nesta perspectiva, torna-se imprescindível trabalhar esse gênero no Ensino Fundamental II, haja visto que, ao trazer esse acervo cultural para a atmosfera escolar, os professores poderão promover um aprendizado significativo das nossas raízes. Nesse sentido, Sousa (2014) acredita que esse modelo de linguagem é essencial, pois a cultura popular tem vitalidade e riqueza de conhecimentos e privar os alunos do seu conhecimento é prejudicá-los ainda cada vez mais.

Em suas pesquisas, Cosson (2014) destaca que é necessário, basicamente, despertá-los para a leitura literária e, em seguida, para a obtenção do conhecimento literário. Para isso, os alunos devem ser incentivados à leitura de textos que estão mais próximos da sua realidade. Assim, a leitura oral e a leitura escrita estimulam o desenvolvimento dos estudantes de múltiplas habilidades e capacidades sociais, como: a oralidade, a reflexão da realidade, a argumentação e a criticidade.

3  CORDEL DO MEU CHÃO, DE GIANO GUIMARÃES

O livro “Cordel do Meu Chão” é uma obra que aborda a literatura de cordel, escrita pelo autor Giano Guimarães e lançada em 2022. Giano Carlos dos Santos Guimarães é poeta e cordelista, com aproximadamente 50 cordéis publicados. No mesmo ano, ele disponibilizou o livro “Poesia é Alívio” na plataforma da Amazon. Nascido em Tocantinópolis-TO, onde ainda reside, Giano é formado em Geografia pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e trabalha na Universidade Federal do Tocantins – UFT.

Nasci no Sertão do Norte / Meu lugar é o que eu verso / Sou Giano Guimarães / Poeta do universo / Do cordel um sonhador / Faço versos por amor / E jamais faço o inverso (GUIMARÃES, 2022, p. 59).

Neste livro estão reunidos 5 poemas de cordel que foram elaborados com a inspiração na região do Bico do Papagaio, localizada no extremo norte do Estado do Tocantins. Cada verso dos poemas reflete a riqueza natural, social e cultural desse lugar encantador.

O primeiro cordel O babaçu e as quebradeiras Fala sobre um fruto importante para muitas pessoas, pois é essencial para a subsistência delas. Essa planta nativa tem um papel fundamental nas tradições de áreas como Maranhão, Piauí, Ceará, Tocantins e Pará, onde seu crescimento é abundante. O babaçu é predominante em regiões de transição entre cerrado e Amazônia, principalmente no Maranhão. Ele desempenha um papel crucial na economia extrativista, ganhando cada vez mais espaço e sendo mais consumido em novos mercados. 

No Tocantins, onde moro / No Bico do Papagaio / O babaçu é poesia /Enchendo nosso balaio / De poemas naturais / Dos lindos babaçuais / Floridos no mês de maio (GUIMARÃES, 2022, p. 12).

Os povos tradicionais, especialmente as quebradeiras de coco, encontram no babaçu uma fonte de renda, trabalho e alimento. A árvore pode chegar a vinte metros de altura e produzir até seis cachos, o que resulta em prosperidade quando os cocos caem ao chão. O coco é composto por quatro partes: casca externa (epicarpo), parte comestível rica em amido (mesocarpo), camada dura internamente (endocarpo) e a semente oleaginosa (amêndoa), da qual se extrai o óleo. É uma dádiva da natureza que sustenta comunidades e preserva tradições.

O segundo cordel O menino e o cais é uma ilustração de como o cordel pode encantar e transmitir mensagens profundas por meio de suas histórias. Uma linda representação desse gênero literário é a história do menino que descobre um mundo encantado dentro do rio, com a presença da Mãe do Rio, Boto e Nego D’água. O verso final, “Menino, não fique aflito / Você carregará consigo / Este Rio “, traz uma mensagem de aprendizado e uma conexão com a natureza que são características dos cordéis. É uma história que nos faz pensar sobre o valor do cuidado com os rios e a água no mundo moderno. 

O terceiro cordel A peleja da boiuna contra a barragem de estreito narra a lenda da boiuna, uma enorme serpente que vive nos rios da área. Ela é conhecida como “Mãe do Rio” e “Cobra Grande”. Antes da construção de uma barragem no rio Tocantins, a Boiuna estava aberta para nadar acima e abaixo do rio, sendo observada por pescadores e habitantes da região.

No rio Tocantins / A cobra livre vivia / Ia pra cima e pra baixo / Sempre subia e descia / Era vista em todo canto / Estreito era seu recanto / Todo mundo sempre a via (GUIMARÃES, 2022, p. 32).

 No entanto, após a construção da barragem, ela ficou presa e sua melancolia se revelou. A vida das pessoas e dos animais às margens do rio foi prejudicada pela represa, que prejudicou o ecossistema. A Boiuna ficou furiosa e começou a atacar barcos e a bater na represa, causando tremores na terra. A natureza e a cobra lutaram.  Essa história mostra como a flora e a fauna foram afetadas pelo avanço humano. 

O quarto cordel Cordel da boca da noite: versos do meu chão esse cordel descreve a simplicidade e a beleza da vida em uma pequena cidade do interior.  O escritor descreve de que modo a calmaria, a natureza e a inspiração noturna o tocam profundamente.

Nas minhas veias circula / Sangue de simplicidade / Eu nasci no interior / Numa pequena cidade / Onde o tempo corre lento / E o maior dos movimentos / É mesmo a tranquilidade (GUIMARÃES, 2022, p. 41).

 A luz do luar, o rio que banha seus pensamentos e a escuridão estrelada da noite são elementos que lhe servem de musa para criar versões sobre a vida e a imensidão do universo. Trata-se de uma homenagem à tranquilidade e à ligação com o lar e a natureza.

O quinto cordel Um cordel para o rio Tocantins Com tamanha paixão e saudade, o escritor descreve o rio de sua infância. É surpreendente como essas águas transportam lembranças e emoções tão profundas. Sua conexão com o rio vai além do simples fluxo de água; ele representa um companheiro, um confidente, onde aprendeu a nadar observando os peixes e sorrindo a cada mergulho. 

Como quem fala a um amigo / Neste cordel vou falar / Da importância deste rio / De seu grandioso lugar / De dentro do meu peito / Palavras vou derramar: (GUIMARÃES, 2022, p. 51).

O rio serve como uma fonte de inspiração, um local onde navega nos barcos dos pensamentos, alimentado pelas origens daquele antigo povoado. E quando as rajadas do vento sopram ao meio-dia, formando ondas de poesia, ele relembra os tempos de menino com alegria. A visão de um barco navegando na curva do rio desperta sonhos e anseios.

4  O TRABALHO COM A LITERATURA DE CORDEL EM SALA DE AULA DO ENSINO FUNDAMENTAL

Sabe-se que a escola, enquanto instituição encarregada pelo desenvolvimento intelectivo e crítico do aluno, precisa trabalhar sempre de modo voltado para as indigências vigentes do alunado. Entretanto, existem em nosso ambiente escolar, espaços a serem preenchidos, dentre eles: déficit de aprendizagem, baixo percentual de alunos que desenvolvem a leitura, má formação tanto de professores quanto de alunos, entre tantas outras dificuldades as escolas vivenciam dia após dia. Perante isto, é importante compreender a partir deste de então que o ambiente educativo, enquanto instituição, tem por indispensável papel social formar seres críticos, dominadores de saberes (PINHEIRO, 2007).

Pode-se considerar que o trabalho com a literatura de cordel em sala de aula provoca a interação comunicação tanto oral quanto escrita dos alunos. Os cordéis são produtos culturais e têm características particulares, sua funcionalidade, formas e estilos colaboram para o desenvolvimento da identidade social e cultural dos alunos, tornando-se, assim, uma atividade humana que visa aprimorar as práticas comunicativas do sujeito, levando seu conteúdo de estudo o mais próximo possível da sua realidade (CANDIDO, 2012).

Mediante a tantas outras literaturas, o cordel se destaca por ter seus próprios atributos, começando pela sua confecção, pois são livros pequenos, com páginas reduzidas, contém ilustrações em xilogravura, são abertos a todos os públicos, exibem uma linguagem simples, trazem fatos do cotidiano que se assemelham com o modo de vida dos alunos, entre outros feitios (PINHEIRO, 2007).

O cordel é um gênero discursivo e levá-lo para sala de aula, principalmente do ensino fundamental, possibilita aos alunos a oportunidade de conhecer e vivenciar experiências culturais sólidas, em outras palavras, além de despertar nos alunos o gosto pela leitura, promove também a desenvoltura das crianças perante os colegas, e no futuro diante de um público maior. Estimular os alunos a fazerem leituras orais ajuda a exceder a dificuldade de ler o texto em voz alta e faz com que os alunos descubram por meio das obras, a beleza que tem essa literatura. Dessa forma, cooperará no aprendizado e na formação de um leitor crítico (CANDIDO, 2012).

4.1 O CORDEL NA ESCOLA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE ENSINO DA LEITURA LITERÁRIA

A literatura de cordel sugere a interação entre a arte e o professor, a escola, o aluno e a cultura popular de diferentes épocas até a contemporaneidade, possibilitando também o contato da linguagem popular com os acontecimentos reais de uma região. Este contato com elementos mais próximos da realidade do aluno e dos professores pode contribuir para o desenvolvimento da leitura e da escrita, pois o vocabulário usado na literatura de cordel é ou pode ser mais semelhante à linguagem cotidiana do aluno, tornando a compreensão de textos mais fácil. (NEGREIROS, 2016 p.1).

Logo, é sob este ponto de vista que se justifica e direciona-se os estudos acerca deste trabalho, com a leitura de cordéis nas aulas de literatura e suas colaborações pedagógicas para o desenvolvimento de leitores. 

É importante destacar que, mesmo não possuindo um bom mercado no Brasil, como nos anos 50, o poeta popular ainda conservar-se sendo o representante do povo, o jornalista dos episódios da vida, não lhe possuindo fronteiras de temas a serem pesquisados. Dessa forma, entre as expressões de cunho popular, a poesia e especialmente o cordel preenche entre nós um espaço de realce tanto pela sua forma dinâmica quanto pela sua força de expressão. Daí mais um dos pretextos pelos quais se deve verdadeiramente trabalhar o cordel no ensino regular (MOISÉS, 2012).

No que se refere a forma de trabalho com o cordel na sala de aula, Pinheiro (2007, p.41) menciona que:

A sala de aula nos parece o espaço bastante adequado para a vivência de leituras de folheto, uma vez que poderá ser transformada num lugar de experimentação de diferentes modos de realização oral. Pesquisas intervencionistas realizadas com folhetos de cordel (com aluno do ensino fundamental e médio) e com sextilhas isoladas (com crianças das primeiras séries do ensino fundamental) mostram que há um espaço para vivenciar os folhetos no espaço escolar, e que eles podem contribuir decididamente para a formação de leitores.

Em consequência disto, frente às dificuldades de ensino e de aprendizagem encontradas na sala de aula e ao desanimo dos alunos nas aulas de literatura, sobretudo no que diz respeito à prática da leitura literária, necessita-se desta nova proposta de trabalho com a linguagem: desenvolver atividades de leitura oral, escuta e/ou escrita a partir de textos da Poesia Popular de cordel. Assim, Pinheiro (2004, p.105) afirma que: “Nada de imposição. Para quem pensa em trabalhar a cultura popular na escola, a partir da experiência oral da criança isso nos parece de fundamental importância”.

5  METODOLOGIA DA PESQUISA/DISCUSSÃO

Este trabalho de conclusão de curso definido como pesquisa exploratória bibliográfica, que por sua vez teve como objetivo o de investigar e reunir informações pertinentes ao tema já expostos em vários sites que obtinham fundamentação teórica e científica relacionados à “Literatura de Cordel como incentivo à leitura no Ensino Fundamental II” e todas as características que se referem ao tema proposto, como descreve Gil (2002, p. 44): 

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas bibliográficas. As pesquisas sobre ideologias, bem como aquelas que se propõem à análise das diversas posições acerca de um problema, também costumam ser desenvolvidas quase exclusivamente mediante fontes bibliográficas. 

A pesquisa exploratória bibliográfica aborda uma atividade de localização e análise de distintas fontes de informações escritas para a coleta de informações ou sua especificidade relacionada de determinado tema, procurando esclarecer um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos, buscando conhecer e considerar os subsídios culturais ou cientificas existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema.

Para a coleta de dados foi realizada uma classificação bibliográfica da literatura científica especializada utilizando-se de material disponível em artigos e periódicos em bibliotecas universitárias e nos bancos de dados informatizados de plataformas digitais como SCIELO e revistas científicas que abrangeram o tema. 

Em seguida, foi realizado um trabalho contínuo de avaliação das escolhas dos artigos que mais colaboraram com a temática escolhida e abordada no trabalho aqui exposto. Para isso, foram descartados todos os documentos que fugiram do tema ou não apresentaram fontes renomadas e confiáveis. Segundo Gil (2002, p.61):

O levantamento bibliográfico preliminar depende de muitos fatores, tais como a complexidade do assunto e o nível de conhecimento que o estudante já dispõe a respeito. Não se pode definir de imediato que material deverá ser consultado. A experiência, porém, demonstra que é muito importante buscar esclarecer se acerca dos principais conceitos que envolvem o tema de pesquisa, procurar um contato com trabalhos de natureza teórica capazes de proporcionar explicações a respeito, bem como com pesquisas recentes que abordaram o assunto.

Por fim, após a análise de todos os documentos e seleção deles, foram separados os temas e tópicos que desenvolveram o trabalho de conclusão de curso acerca do tema abordado. 

6  ANÁLISE DE DADOS DA PESQUISA/DISCUSSÃO

No cenário destes debates, conforme Brasil (2001), o desenvolvimento destas competências e os grandes problemas no processo de aprendizagem dos estudantes se situam nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental I (problemas no domínio da escrita alfabética) e no 6º ano do Fundamental II (dificuldades relacionadas à não aquisição do uso eficaz da linguagem). 

De tal modo, foi perante esta realidade, segundo Souza (2018), que ao fim da década de 1980, em uma experiência em busca de aprimorar a educação pública em nosso país, determinaram dentre outras medidas, reconsiderar as clássicas práticas alfabetizadoras e principalmente o ensino de Língua Portuguesa. Logo, fica evidente  

Neste panorama, com a criação dos PCNs segundo Brasil (2007, p.5), inserem-se ao ensino de língua maternal alguns sinais de modificação, como por exemplo, “as metas de qualidade que ajudam o aluno a enfrentar o mundo atual como cidadão participativo, reflexivo e autônomo, conhecedor de seus direitos e deveres”. É neste aspecto, que compete à escola possibilitar aos seus alunos a promoção ao trabalho com a linguagem literária por meio de uma máxima distinção de textos, visto que, da perspectiva do ensino da língua materna, a capacidade linguística do aluno se torna, assim, um pré-requisito imprescindível ao exercício de sua cidadania completa.

Dessa forma, desenvolver métodos para trabalhar com a literatura de cordel em sala de aula é uma forma de pensar, em meio a outros pontos de vista, sobre as compreensões de leitura, literatura e ensino colocados em prática no dia a dia escolar. É uma maneira de estimular os alunos a observarem não só o que diz o texto em si, todavia também a afinidade entre o texto e eles, as linguagens que o texto carrega consigo, expandindo e desenvolvendo o horizonte de esperança do educando, ao adquirirem um texto literário para ler (MARINHO; PINHEIRO, 2012).

Quando levamos os folhetos para a sala de aula, lemos e conversamos sobre as narrativas e a literatura de cordel em geral; nos dias seguintes muitos alunos nos trazem folhetos para mostrar, contam histórias de cantadores, de emboladores, enfim, falam de sua experiência com a literatura popular. Esse clima de receptividade no espaço escolar necessita ser melhor trabalhado, isto é, precisamos, professores, poetas populares, divulgadores culturais conquistar mais espaço para literatura de cordel na escola (PINHEIRO; LÚCIO, 2001, p. 08).

Os autores Marinho e Pinheiro (2012) exibem algumas maneiras de trabalho com a literatura de cordel em sala de aula e destacam a relevância da comunidade escolar se inserir cada vez mais nesse projeto. Os autores recomendam como uma boa tática a realização de um evento, como uma feira de literatura de cordel, podendo compreender distintas atividades, como: folheteiros, comercializando seus folhetos; emboladores e violeiros cantando, improvisando desafios de forma repentina; exposição de xilogravuras e de folhetos remotos e/ou novos; painéis com registros sobre cordelistas e literatura de cordel, de modo geral, e conferências e oficinas de criação de poemas de cordel, criadas por poetas locais. Que consequentemente auxiliariam e estimulariam os estudantes a participarem cada vez mais e interagirem com o ambiente escolar.

Em suas pesquisas, Nascimento et al. (2015) menciona que todos esses exercícios abrangem abertamente a participação de toda a escola, estudantes, docentes, administração, até mesmo a secretaria de educação, ressaltando também que para que esse trabalho possa ser concretizado, a escola necessita ter uma biblioteca para que os alunos tenham acesso as múltiplas obras literárias. Desse modelo, os estudantes estarão cada vez mais em contato com a literatura de cordel, valorizando, preservando e reconhecendo como um patrimônio cultural.

Com isso, Jacinto (2016) assegura que trabalhar com o cordel em sala de aula, com alunos do ensino fundamental, de forma lúdica e criativa é de grande importância, uma vez que possibilita aos alunos o contato com esse estilo literário, os ajudando na leitura, na escrita, na elaboração textual, na concepção intelectual, crítica e na formação de sua personalidade. Nesse aspecto, é através do cordel, da poesia popular, que os estudantes vão analisar e compreender os aspectos da história do povo nordestino, notando quão rica é essa literatura, valorizando ainda mais a cultura nordestina. E assim, a literatura brasileira.

Lima (2020) destaca que o cordel é um gênero que necessitaria ser mais cultivado em sala de aula, pela sua dinâmica, pela ludicidade, e, por cooperar para uma meditação acerca dos costumes da língua e transformação linguística, pois a linguagem empregada nos folhetos foge do modelo arquétipo de escrita da Língua Portuguesa. Para isso, é importante que o professor seja um sabedor e apreciador da literatura de cordel, para conseguir desenvolver um trabalho que seja, sem equívoco, um grande contribuinte para a formação de alunos leitores.

Em suas pesquisas, Soares (2014) ao induzir para a sala de aula cordéis que tenham afinidade com a realidade dos alunos, faz com que eles se aproximem do texto, se interessem pela leitura, estimula neles a curiosidade em almejar saber mais sobre o conto e a cultura do povo nordestino. Nesse feitio, esse tipo de trabalho procura desenvolver nos alunos a fantasia e a criação, pois essa literatura permite distintas emoções e expande as visões de mundo do leitor, o que por conseguinte contribuirá para aperfeiçoar o desenvolvimento da oralidade, leitura, escrita e interpretação do texto, subsidiando na formação do aluno leitor.

Souza et al. (2017) também ressalta que é importante dizer, mesmo, que o cordel pode ser visto como uma passagem de entrada para textos mais complicados, não somente do ponto de vista temático, contudo estrutural. De tal modo, a partir dele, pode-se trabalhar com textos de Ariano Suassuna, Gil Vicente. Se iniciar com a ascendência e construção dos textos de cordel, pode-se analisar múltiplas possibilidades de trabalho. Se retornar para a questão temática, um novo leque de probabilidades surge que, se assentado de forma apropriada, nos consente debater assuntos de nosso tempo, de nossa sociedade e, ainda, da humanidade.

Para Araújo (2007), o trabalho com o Cordel introduz o aluno em afinidade com a historicidade de nossas genealogias e essa informação pode aumentar o desejo de ler mais, conhecer mais, enfatizando além do feitio identitário do leitor e sua tradição, o valor e o direito à literatura.

Assim, a leitura quando explorada de forma dinâmica, colabora para o desenvolvimento da oralidade, permite a influência mútua dos alunos com o texto, com os demais companheiros e com o professor, ao mesmo tempo, faz com que eles estudem em trabalhar em grupo, a participarem da aula de maneira expressiva.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da pesquisa realizada, conclui-se que literatura de cordel é de suma relevância para a educação, pois é uma literatura voltada para a realidade do povo brasileiro, e, nesse ponto de vista, sugere que os alunos expandem uma visão de mundo que pode ou não se assemelhar ao estilo de vida de cada um deles. Ainda, o trabalho com a literatura de cordel em sala de aula versa questões que colaboram para que se possa debater acerca da situação em que o país se encontra, seja no que se refere a sua posição social, política, econômica ou cultural, exibindo a necessidade que há de mudar esse quadro atual principalmente no que tange a educação, e que essa mudança só será possível mediante uma educação crítica fundamentada nas normas sociointeracionistas. 

Aceitar a literatura de cordel como uma solução pedagógica em sala de aula no ensino fundamental é extremamente proeminente, pois é um gênero que deve ser trabalhado desde cedo com as crianças, podendo ser levado em consideração como uma forma de oferecer aos alunos os múltiplos tipos de leitura. Dessa maneira, a leitura desse tipo de texto colabora para abrir os olhos dos alunos para a criatividade, a sensibilidade, estimula o interesse pela cultura, acentua o senso crítico, provoca a interação e concomitantemente expande o conhecimento de mundo, o repertório cultural a empatia e a criatividade textual.

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[1] Acadêmico de Letras Lanai da Cruz Oliveira Lima (UNITINS/Campus Araguatins). E-mail: lanaicruz@unitins.br 

[2] Graduação plena em Letras- Português e espanhol pela Universidade Estadual do Mato Grosso, Seguida de um Mestrado em Estudos Literários na Mesma Instituição. Docente do curso de Letras na Universidade Estadual do Tocantins. E-mail: mayaralandim3@gmail.com