COPROCESSAMENTO DE RESÍDUOS NA INDÚSTRIA CIMENTEIRA BRASILEIRA: PANORAMA, TECNOLOGIAS E PERSPECTIVAS

CO-PROCESSING OF WASTE IN THE BRAZILIAN CEMENT INDUSTRY: OVERVIEW, TECHNOLOGIES AND PERSPECTIVES

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202505271957


Lucas Gabriel de Oliveira
Matheus Henrique Oliveira da Conceição
Rafael Aparecido Gonçalves Lopes
Renata Lima


Resumo 

O coprocessamento na indústria cimenteira é uma alternativa sustentável para o destino de  resíduos, em que a substituição de combustíveis fósseis é a principal prática para amenizar o  destino de resíduos e tornar o processo mais sustentável, além de novas tecnologias aliadas a  substituição de materiais tem se apresentado como pontos chave para este processo. Embora  esta atividade seja consolidada em diversos países, o Brasil ainda está no início do caminho,  porém a utilização de resíduos como combustíveis alternativos passou a ser comum nas últimas  décadas, impulsionada por avanços normativos, ganhos ambientais e pressões por  descarbonização. Este artigo apresenta uma revisão da literatura sobre este tema e procurou  abordar conceitos, fundamentação legal, evolução histórica, tecnologias envolvidas, panorama  mundial e a posição do Brasil na atualidade. Alternativas e desafios, assim como as perspectivas  para o avanço do coprocessamento no país também são discutidas. A metodologia utilizada  consistiu em revisão bibliográfica sistemática em bases científicas e documentos técnicos. Os  resultados mostram que, embora o Brasil esteja entre os países com maior potencial para a  ampliação, ainda existe um longo caminho a ser seguido, como a solução de entraves  operacionais, estruturais e aplicação de novas tecnologias, para que no futuro esta área se torne  mais sustentável. 

Palavras-chave: valorização energética, resíduos sólidos, indústria cimenteira, economia circular, substituição térmica.

Introdução 

A gestão de resíduos sólidos e o impacto ambiental da indústria de cimento são desafios globais  urgentes, entre as soluções existentes, o coprocessamento de resíduos se destaca como uma  solução que além de auxiliar no descarte de resíduos, também colabora para a reciclagem de  materiais. Na grande maioria as soluções estão voltadas para a alternativas como recuperação  de descartes ao uso de combustíveis fósseis, sendo utilizados combustíveis sólidos recuperados  a partir de resíduos urbanos e comerciais mistos que cumprem rígidos padrões ambientais,  porém esta solução é uma solução parcial de reciclagem e recuperação de energia (Sarc &  Viczek, 2023). 

Esta prática envolve o uso de resíduos como fonte alternativa de energia térmica e matéria prima na produção de clínquer, limitando assim a dependência de combustíveis fósseis e  minimizando as emissões de CO₂, assim como refreia os custos de produção e os passivos  ambientais (Lamas et al., 2013; Ghedjatti et al., 2017). 

Sabemos que os resíduos sólidos urbanos (RSU) são gerados em uma taxa de 2,01 bilhões de  toneladas métricas anualmente, a conversão deste em combustível derivado de lixo (CDR) para  uso em fornos de cimento é uma excelente saída, oferecendo um método sustentável para  gerenciar resíduos e diminuir o impacto ambiental (Tihin et al., 2023). Em relação aos resíduos  industriais, não perigosos, como cinzas de carvão, embora inicialmente visto com preconceito,  apresentam uma oportunidade significativa para integração de resíduos, como demonstrada por  Baidya et al. (2015) na Índia, onde provaram ser um processo eficaz de descarte de resíduos  que necessitam de requisitos tecnológicos auxiliares mínimos.  

A utilização de combustíveis alternativos derivados de biomassa e resíduos industriais, como  serragem e resíduos plásticos, mantém a qualidade do produto intermediário e contém as  emissões, embora uma seleção e mistura cuidadosas sejam necessárias para atender a critérios  específicos (Sasso et al., 2024). Os benefícios ambientais resultado da redução no consumo de  carvão e diminuição nas emissões de gases de efeito estufa também devem ser considerados, a  exemplo da indústria cimenteira ucraniana onde o consumo de carvão antracite foi limitado em  até 262 kt/a e as emissões de CO2 em 284 ktCO2 eq/a (Kleshchov et al., 2019). 

Em relação ao gerenciamento de resíduos perigosos, foi demonstrado que esta prática atende  aos critérios de sustentabilidade, proporcionando benefícios econômicos, aceitabilidade social  e conformidade com os padrões ambientais (Fakri et al., 2024). No entanto, foi observado que  o processo aumenta ligeiramente o consumo de energia e as emissões de CO2, como visto na China, onde o consumo de energia e as emissões de CO2 por tonelada de clínquer de cimento  aumentaram 3,6% e 0,8%, respectivamente (Worrell, 2014), logo deve ser visto com cautela. 

No geral, a reciclagem energética de resíduos em fornos de cimento representa um caminho  viável para o gerenciamento sustentável de resíduos e a redução do impacto na indústria de  cimento. Porém, apesar de seu potencial, a adoção generalizada da prática enfrenta barreiras  regulatórias, como legislação inconsistentes e pouco claras para que resultem em uma atividade segura, o que consequentemente leva a uma falta de aceitação pública, que podem ser mitigadas  por meio de medidas estratégicas ( Akomea-Frimpong et al., 2023). Embora o coprocessamento  ofereça um caminho importante para o gerenciamento sustentável de resíduos e a economia  circular, superar essas barreiras requer esforços coordenados nos domínios técnico, econômico  e regulatório (Sarc & Viczek, 2023). 

A indústria de cimento do Brasil, apesar de substancial capacidade instalada e avanços  regulatórios, ainda não capitalizou totalmente o potencial de reciclar de resíduos, apresentando  atualmente taxas de substituição térmica de 32% (ABCP, 2024), significativamente menores do  que os mais de 70% observados em países como Alemanha e Suíça (Stafford et al., 2014). Até  o ano de 2023, em Minas Gerais, por exemplo, embora existissem 10 fornos operacionais  capazes de reciclar, ainda eram descartados de forma inadequada aproximadamente 40,2% dos  resíduos sólidos urbanos (Torres et al., 2023). 

Logo, os desafios permanecem, incluindo riscos ambientais e de saúde associados à co incineração de resíduos perigosos, necessitando de melhores capacidades institucionais e do  discurso público sobre gestão de resíduos (Milanez et al., 2009). Assim, embora o Brasil tenha  a infraestrutura e o potencial para aprimorar o reaproveitamento de resíduos, barreiras  significativas impedem seu progresso em comparação com regiões mais avançadas. 

O objetivo deste trabalho foi apresentar um panorama atualizado sobre o coprocessamento de  resíduos na indústria cimenteira, em especial a brasileira, incluindo conceitos, fundamentos  legais, evolução histórica, panorama atual, tecnologias disponíveis e perspectivas futuras, sendo  baseado em revisão de bibliografias, com levantamento de artigos científicos e documentos  técnicos e normativos, emitidos por instituições como Associação Brasileira de Cimento  Portland (ABCP), Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), Ministério do Meio  Ambiente (MMA) e entidades internacionais como a CEMBUREAU e a International Energy  Agency (IEA). 

Entre as bases de dados consultadas se incluem SciELO, Google Scholar, Periódicos CAPES e  NCBI, além de fontes institucionais oficiais. Os critérios de inclusão priorizaram publicações  com dados empíricos, abordagens normativas, análises de tecnologias e estudos de caso  nacionais e internacionais relacionados a esta atividade aplicada na indústria cimenteira.  Adicionalmente, são discutidos os principais desafios enfrentados no processo de consolidação  dessa atividade no país.  

Revisão Bibliográfica  

Produção de cimento e sustentabilidade 

A produção de cimento (Figura 1) é um processo crítico para a infraestrutura urbana e industrial,  caracterizado por sua natureza intensiva em energia o que leva a impactos ambientais, pois  envolve várias etapas para sua produção, como a extração e trituração de matérias-primas  (calcário e argila), seguidas de pré-aquecimento em uma torre de ciclone, calcinação em fornos  rotativos, resfriamento e moagem (Hans et al., 1993; Baisubengaa et al., 1994). Dados de  Worrell (2012) mostraram que todo o processo consome mais de 2% da energia global e  contribui com aproximadamente 5% das emissões de CO2, com estimativas sugerindo que 0,65  a 0,92 toneladas de CO2 são emitidas por tonelada de cimento produzida.  

Figura 1: Processo produtivo de cimento (Adaptado de Cimpor).

A produção global de cimento atingiu 4,1 gigatoneladas em 2019, impulsionada por países  como a China (Soomro et al., 2022), e contribui significativamente para as emissões globais de  CO₂, devido à decomposição do calcário e à combustão de combustíveis fósseis para obter calor  durante a produção de clínquer. No ano de 2022, as emissões do processo da produção de  produto intermediário atingiram cerca de 1,6 Gt de CO₂, enquanto as emissões da combustão  de combustíveis fósseis adicionaram mais 1,0 Gt CO₂ e o consumo médio de energia neste setor  é de cerca de 3,3 GJ por tonelada de matéria-prima calcinada, indicando uma forte dependência  de fontes de energia térmica, tradicionalmente provenientes de coque de petróleo e carvão  (Andrew, 2023). Devido a isto, existe um movimento para a exploração de combustíveis  alternativos por meio de reaproveitamento, o que pode mitigar as emissões e reprime a  dependência de combustíveis fósseis (Andrew, 2021). 

De acordo com os dados mais recentes, a indústria de cimento do Brasil tem uma capacidade  de produção instalada de 94 milhões de toneladas por ano, apoiada por 91 fábricas de cimento  (Figura 2) em todo o país (Rêgo et al., 2023). Essa capacidade reflete o papel da indústria na  economia brasileira, onde o cimento é um componente crítico na construção, contribuindo para  o PIB e o desenvolvimento da infraestrutura do país (Souza et al., 2022). 

Figura 2: Mapa brasileiro da distribuição das fábricas de cimento existentes no Brasil (Baseado em  Rêgo et al., 2023; Panorama do Coprocessamento – Brasil 2024)

A indústria vem se modernizando para lidar com questões ambientais, como emissões de CO2,  incorporando cimento Portland misturado, que envolve a substituição de uma parte do produto de cimento por materiais de mistura como escória, pozolana e calcário (Yamamoto et al., 1997). Essa abordagem diminui as emissões e aumenta a sustentabilidade da produção de cimento.  Além disso, somente o estado de Minas Gerais tem uma capacidade de produção de 18,8  milhões de toneladas por ano, destacando a concentração regional de instalações de produção  de cimento (Torres et al., 2023). 

No ano de 2020 a Global Cement and Concrete Association propôs aos líderes do setor se  comprometerem a produzir concreto neutro em carbono até 2050, sendo este um compromisso  coletivo que envolve as principais empresas de concreto do mundo na intenção de construir um  mundo sustentável. Sendo os principais pontos questionados a eficiência térmica, mistura  otimizadas e descarbonização (GACA- Global Cement and Concrete Association).  

A indústria brasileira de cimento também está explorando o uso de combustíveis e materiais  alternativos para contribuir para a eficiência energética (Torres et al., 2023). Apesar desses  avanços, o consumo de cimento do Brasil permanece relativamente baixo em comparação a  média global, sugerindo potencial de crescimento futuro na capacidade de produção para  atender à crescente demanda interna e se posicionar para o crescimento e inovação (Barbalho  et al., 2019; Rêgo et al., 2023; Yamamoto et al., 1997).  

É possível observar que o setor tem sido proativo na exploração de novas alternativas, com  estudos indicando um potencial melhora na economia de energia e redução de emissões por  meio do uso de materiais cimentícios e combustíveis alternativos (Soares & Tolmasquim, 2000;  Beguedou et al., 2023). Apesar desses avanços, os desafios permanecem, particularmente na  integração desses combustíveis alternativos nos processos de produção existentes, que muitas  vezes exigem ajustes técnicos e investimentos em novas tecnologias (Beguedou et al., 2023). No entanto, os esforços do setor estão alinhados com as tendências globais de sustentabilidade  e eficiência energética, conforme evidenciado pelo crescente número de pesquisas e  desenvolvimento de substitutos do cimento e alternativas para combustíveis (Villamizar Delgado et al., 2019; Beguedou et al., 2023). 

De uma maneira geral, a abordagem da indústria brasileira de cimento para aumentar as taxas  de substituição térmica reflete um compromisso com o ambiente e a eficiência econômica,  posicionando-a como líder no movimento global em direção a métodos de construção mais  ecológicas (Silva et al., 2019; Santos, 2011). Essa mudança é crucial para as metas climáticas globais e melhora do perfil brasileiro de sustentabilidade do setor, uma análise do perfil ao  longo dos anos mostra o crescimento desta mudança. 

As metas climáticas têm como principais referência o acordo de Paris 2015, que delimita o  aquecimento global abaixo de 2%, a Net Zero Emissions by 2050, que propõe levar a redução  liquida de emissões de carbono a zero até 2050 e a Science Based Targets Initiative (SBTi), a  qual determina que os setores industriais devem definir metas específicas de descarbonização  com base científica, que exigem compromisso de redução radical das emissões de CO2 em todos  os setores. Desta maneira, a abordagem de reaproveitamento na produção de cimento não  apenas fornece uma solução viável para o descarte de resíduos, mas também apoia a economia  circular ao converter resíduos em combustíveis e matérias-primas alternativas (Coutinho et al.,  2023; Sarc & Viczek, 2023). 

Este fato provavelmente foi impulsionado pelos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável  (ODS), que apresenta conexão com o tema nos seguintes objetivos: ODS 11 – Cidades e  comunidades sustentáveis, devido a redução de resíduos urbanos em aterros; a ODS 12 – Consumo e produção responsáveis, devido a busca de uma gestão segura e sustentável de  resíduos; ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima, pela redução de GEE por  substituição de combustíveis fósseis; ODS 9 – Indústria, inovação e infraestrutura, promovendo  as tecnologias industriais limpas e ODS 3 – Saúde e bem-estar, pois estas práticas evitam a  exposição humana a resíduos tóxicos mal geridos. 

Do ponto de vista conceitual, o coprocessamento evoluiu de atividade de incineração para um  modelo de valorização energética e mineral, compatível com a economia circular, sendo seu  uso considerado uma ferramenta estratégica para a descarbonização industrial e a mitigação de  impactos ambientais (Torres & Lange, 2022). No Brasil, a abordagem de reaproveitamento de  materiais foi implementada em várias fábricas de cimento, assim como em cimenteiras na  indonésia, que gerencia quantidades significativas de resíduos perigosos, alcançando reduções  substanciais nos custos de combustível e nas emissões de CO₂ (Fakri et al., 2024; Kadel et al.,  2014). 

Panorama histórico e comparativo internacional 

O coprocessamento foi incorporado ao setor cimenteiro brasileiro nos anos 1990 (Figura 2),  com a Votorantim Cimentos como pioneira (Rêgo et al., 2023). A técnica já era utilizada na Europa desde os anos 1970, especialmente na Alemanha e Suíça, em resposta à escassez  energética e à necessidade de gestão de resíduos (IEA, 2009). 

Enquanto a Europa consolidava este processo, o Brasil avançava gradualmente com base em  adaptações legais e tecnológicas (Torres & Lange, 2022). Mais recentemente, com o  fortalecimento dos marcos regulatórios e exigências ambientais, o setor brasileiro acelerou sua  adoção (ABCP, 2024).  

Quando comparamos o Brasil com países emergentes como Índia, África do Sul, observamos  que este desempenho é intermediário, pois o Brasil possui infraestrutura consolidada, mas  enfrenta entraves logísticos, normativos e de padronização técnica. Estudos mostram que  políticas públicas mais agressivas têm impulsionado índices superiores de substituição térmica,  como é o caso de países asiáticos. O Brasil atingiu 30% de desempenho em 2022, antecipando  a meta prevista para 2025, mas ainda está aquém de países como Alemanha, Holanda e Áustria,  que superam 70%. O desempenho do Brasil mediante as principais regiões do mundo foi  discutido por, mostrando que o Brasil apresentava um nível médio com tendência a melhorar  quando comparado aos demais pontos observados (Tabela 1) (Cheng et al., 2023; ABCP, 2024).

Tabela 1 – Tabela de desempenho e atividades adotadas em algumas regiões, com base nas tecnologias  e estratégias utilizadas para reduzir as emissões de CO₂ na indústria cimenteira (Cheng et al., 2023).

Os resíduos utilizados no coprocessamento 

Embora a forma mais utilizada de resíduos na indústria cimenteira seja o uso como combustível alternativo, a incorporação dos resíduos no processo de clinquerização também vem ganhando  espaço devido ao seu potencial de aumentar a sustentabilidade e diminuir impactos ambientais  (Martínez-Martínez et al., 2022; Oliveira et al., 2019). Vários tipos de resíduos industriais,  como resíduos sólidos urbanos, farinha de carne e ossos, lodo de esgoto, biomassa e pneus em  fim de vida útil, foram estudados quanto à sua viabilidade como combustíveis e matérias-primas  alternativas na produção de cimento (Usón et al., 2013).

Esta incorporação é fortemente condicionada pelas propriedades físico-químicas dos materiais  e pela viabilidade técnica de sua integração ao processo de clinquerização. Alguns estudos  demonstram que diversos resíduos, como pozolanas artificiais provenientes de resíduos  cerâmicos, resíduos da construção civil e subprodutos industriais, podem atuar como substitutos  parciais do clínquer, contribuindo para a melhoria das propriedades mecânicas e durabilidade  do cimento (Naceri et al., 2009; Barthel et al., 2016). Os resíduos mais utilizados atualmente  são pneus inutilizados, resíduos industriais e biomassa (Figura 4), estes serão abordados a  seguir. 

Figura 3: Percentuais de distribuição dos tipos de resíduos utilizados no coprocessamento da indústria  cimenteira.

Sílica e silício

A cinza de silício é utilizada como substituta parcial do cimento, assim como a sílica ativa ela melhora o desempenho mecânico das argamassas devido às reações pozolânicas que ocorrem  entre os componentes silicosos do resíduo e o hidróxido de cálcio liberado durante a hidratação  do cimento. A sílica ativa, um subproduto da produção de silício metálico e ligas, é  particularmente eficaz devido à sua alta atividade pozolânica e tamanho de partícula fina, o que  permite que ela reaja rapidamente com o hidróxido de cálcio para formar hidrato de silicato de  cálcio (C-S-H), um composto que melhora significativamente a resistência e durabilidade do  concreto e aumenta as propriedades mecânicas e a durabilidade dos sistemas cimentícios (Abera  & Raj, 2020; Hamza et al., 2016; Al-Fakih et al., 2023; Furlani et al., 2024). 

Os níveis ideais de reposição para a sílica ativa é em torno de 9%, o que pode levar a melhorias  significativas nos parâmetros de resistência em comparação com o concreto de controle  (Shawkat & Dawood, 2020). No geral, a integração de cinzas de silício e materiais pozolânicos  similares em sistemas cimentícios oferece uma abordagem sustentável para melhorar o  desempenho do concreto e, ao mesmo tempo, abrandar o impacto ambiental associado à  produção de cimento Portland (Sandoval & Nicolás, 2015; Ouypornprasert et al., 2015). 

Resíduos de Tijolos e material de construção 

A associação de resíduos de tijolos demonstrou melhorar a trabalhabilidade e durabilidade do  cimento, enquanto os resíduos da construção civil demonstraram um desempenho comparável  ao cimento Portland convencional (Costa & Ribeiro, 2021). Adicionalmente, a reatividade  destes materiais, classificados como inertes, hidráulicos latentes ou pozolânicos, desempenha  um papel crucial na sua eficácia como materiais cimentícios suplementares (SCMs) (Barthel et  al., 2016). Ao longo dos anos esta atividade se tornou mais comum, sendo o Brasil um dos  países que têm empregado na indústria cimenteira (Tabela 2). 

Tabela 2: Utilização de Resíduos de Tijolos ou Material de Construção na Indústria

Pneus inutilizados 

Os pneus inutilizáveis são usados como substituto térmico em processos industriais e oferecem  vários impactos na eficiência energética. Uma das principais vantagens é a redução nos custos  de produção, onde estes pneus substituem o carvão e o coque, levando a uma diminuição no  consumo de coque de 18 kg/ton para zero e a uma diminuição no consumo de energia em  aproximadamente 10% (Joulazadeh, 2008). 

Especialmente no Brasil este representa um material de alto poder calorifico variando de 6.500  a 8.000 kcal/kg, atribuído à sua composição rica em carbono e hidrocarboneto. Este é  processado antes de seu uso em fornos garantindo um tamanho de grão adequado, facilitando a  combustão eficiente, no ano de 2006, aproximadamente 240,62 mil toneladas de pneus  inservíveis foram recicladas, com o reaproveitamento de matéria-prima calcinada representando 35,73% desse total (Lagarinhos & Tenório, 2008). 

Além disso, a integração de migalhas de pneus em sistemas de armazenamento de energia  térmica mostrou potencial para aumentar a capacidade de armazenamento de materiais como  concreto e seixos, contribuindo assim para uma economia circular e promovendo processos  sustentáveis de energia (Al-Kayiem et al., 2022). A reutilização de pneus usados também é uma  solução para problemas de descarte, evitando que se tornem riscos ambientais em aterros  sanitários (Machin et al., 2017; Bueno et al., 2024).  

A integração do combustível derivado de pneus (TDF) tem aplicações industriais, demonstra  sua viabilidade como fonte alternativa de energia, embora exija um manuseio cuidadoso para  evitar desafios operacionais (Tillman & Harding, 2003; Mainier et al., 2012). Em resumo, o uso  de pneus inutilizáveis como substituto térmico não só oferece benefícios econômicos e de  eficiência energética, mas também apoia a sustentabilidade ao mitigar os desafios associados  ao descarte de resíduos de pneus. 

Resíduos industriais líquidos e pastosos 

A conexão entre resíduos industriais líquidos e pastosos e a integração de resíduos na indústria  brasileira de cimento é centrada na utilização desses resíduos como combustíveis e matérias primas alternativas para a produção de cimento, o que oferece benefícios ambientais e  econômicos. O uso de material reciclado em fornos de cimento permite o descarte seguro de  resíduos perigosos, como solventes orgânicos líquidos usados pela indústria farmacêutica,  aproveitando seu valor calorífico para substituir os combustíveis fósseis tradicionais sem afetar  adversamente a produção de cimento (Balakrishna & Pervez, 2018; Bernartt et al., 2020). 

As altas temperaturas nos fornos de cimento facilitam a degradação completa dos compostos  tóxicos, tornando-os adequados para o processamento de diversos tipos de resíduos, incluindo  os da indústria do alumínio (Stafford et al., 2014). No entanto, o reaproveitamento de materiais não está isento de desafios; as preocupações com os impactos ambientais e na saúde persistem, particularmente em regiões com vulnerabilidades institucionais, necessitando de melhores  estruturas regulatórias e engajamento das partes interessadas (Milanez et al., 2009). 

Técnicas como homogeneização, análise laboratorial e vários métodos de extração, incluindo  centrifugação e biorremediação, são essenciais para diminuição da toxicidade e aumentar a  reciclabilidade do lodo oleoso (Nurlankyzy et al., 2022; Islam, 2014). Além disso, sistemas de  tratamento conjunto que combinam diferentes tipos de resíduos, como lodo industrial e escória  de emulsão, foram desenvolvidos para melhorar a eficiência e minimizar o impacto ambiental  (Wan et al., 2017).  

De uma forma geral, a integração de resíduos industriais líquidos e pastosos na estrutura de  coprocessamento industrial brasileira de cimento exemplifica uma abordagem estratégica para  o gerenciamento de resíduos que contribui para as metas globais de sustentabilidade, ao mesmo  tempo em que atende às necessidades ambientais e econômicas locais. 

Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) 

Abordagens inovadoras que visam sanar problemas ambientais e aumentar a sustentabilidade  procuram dar um destino sustentável aos resíduos sólidos urbanos, um dos métodos utilizados  é a incorporação de cinzas de incineração de resíduos sólidos municipais (MSWI) na produção  de cimento e concreto, o que ajuda a mitigar os problemas associados ao gerenciamento de  resíduos e às indústrias de construção (Li, 2021). 

A utilização de cinzas de fundo de incinerador (IBA) e agregados de concreto reciclado (RCAs)  de resíduos de construção e demolição foram explorados com o tratamento de cimento se  mostrando eficaz na estabilização de metais pesados e na redução do impacto ambiental (Xuan  et al., 2020). Resíduos sólidos urbanos também podem ser processados em combustível  derivado de lixo para uso na indústria de cimento, embora sua contribuição para as necessidades  de energia seja limitada, necessitando de fontes suplementares (Sagala et al., 2018). 

Materiais cimentícios alternativos (ACMs) derivados de vários fluxos de resíduos, como cinzas  volantes e escória, estão sendo pesquisados por seu potencial de diminuir a pegada de carbono  da produção de cimento (Gupta & Acharya, 2024). 

O desenvolvimento de cimentos ativados por álcalis utilizando resíduos urbanos e industriais  exemplifica ainda mais a mudança da indústria em direção a processos sustentáveis (Rivera et  al., 2021). Além disso, sistemas foram desenvolvidos para utilizar resíduos urbanos e industriais na produção de cimento sulfoaluminato, que envolve processos como homogeneização,  descalinização e calcinação em alta temperatura (Wenlong et al., 2017; Changliang et al., 2017). 

Em especial a conversão de RSU em combustível derivado de lixo (RDF) para reciclagem na  indústria de cimento apresenta oportunidades e desafios, particularmente nas áreas  metropolitanas do Brasil, onde a geração de resíduos é alta. O processo envolve várias etapas  críticas, incluindo triagem, secagem e compactação, para lidar com a heterogeneidade inerente  do MSW, que consiste em materiais orgânicos e vários contaminantes, como plásticos com alto  teor de cloro. Diante disto, este pré-tratamento eficaz é essencial para melhorar a qualidade do  RDF, garantindo que ele atenda aos padrões rigorosos de valor de aquecimento e composição  química (Tihin et al., 2023; Yuliang et al., 2005). 

Avanços recentes em processos termoquímicos, como torrefação e carbonização a seco, têm se  mostrado melhores no potencial de recuperação de energia do MSW (Tihin et al., 2023). Além  disso, integrar o RSU em materiais de construção sustentáveis pode mitigar ainda mais os  problemas de resíduos do setor de construção (Alam et al., 2024).  

Biomassa 

A biomassa derivada de resíduos agrícolas e florestais, como bagaço de cana-de-açúcar, cascas  de arroz, serragem e aparas de madeira, é cada vez mais reconhecida como uma alternativa  ambientalmente vantajosa aos combustíveis fósseis devido à sua natureza renovável e menor  teor de enxofre e metais pesados. Esses materiais, na sua maioria os lignocelulósicos, são  abundantes e econômicos, tornando-os adequados para a produção de energia por meio de  várias tecnologias, como combustão direta, gaseificação e pirólise (Awasthi et al., 2023;  Panpatte & Jhala, 2018). 

O conteúdo energético dessas fontes de biomassa varia de 3.500 a 4.500 kcal/kg, o que é  comparável ao carvão, tornando-as suplementos viáveis aos combustíveis tradicionais na  geração de energia (Wardani, 2023). A utilização da biomassa não só limita o desperdício, mas  também contribui para o desenvolvimento econômico e a criação de empregos, particularmente  nas áreas rurais onde esses materiais são originados (Awasthi et al., 2023).  

Apesar dos benefícios, a produção de energia de biomassa enfrenta desafios como emissões e  a necessidade de tecnologias de conversão eficientes (Amezcua-Allieri et al., 2018; Mendoza  et al., 2023). No entanto, os avanços nos sistemas de manuseio e conversão de biomassa, como a gaseificação de ciclo misto de alta eficiência, estão melhorando a viabilidade e o impacto  ambiental da biomassa como fonte de energia renovável (Wardani, 2023; Mendoza et al., 2023).  No geral, a biomassa representa uma alternativa energética sustentável que pode ajudar a  mitigar os impactos ambientais do uso de combustíveis fósseis e, ao mesmo tempo, apoiar o  desenvolvimento econômico e social (Mendoza et al., 2023). 

Polímeros e plásticos não recicláveis 

A valorização energética de polímeros e plásticos não recicláveis, como plásticos multicamadas  e filmes laminados, na indústria de cimento apresenta uma solução viável para o gerenciamento  desses materiais devido ao seu alto poder calorífico, superior a 5.000 kcal/kg, no entanto,  controlar o teor de cloro e metais halogenados é crucial para evitar emissões indesejadas durante  esse processo. O processamento hidrotérmico (HTP) e a liquefação hidrotérmica (HTL)  surgiram como métodos que valorizam os plásticos não recicláveis, em especial o HTP pode  decompor com eficácia filmes multicamadas complexos, como aqueles que contêm polietileno  de baixa densidade (LDPE) e poliamida (PA), possibilitando a recuperação de compostos  valiosos como monômeros de caprolactama, que podem ser processados posteriormente por  meio de pirólise ou reciclagem mecânica (Darzi et al., 2023).  

Ainda em relação ao processamento hidrotérmico, foi demonstrado que este recupera  quantidades significativas de ácido tereftálico e etilenoglicol das camadas de polietileno  tereftalato (PET), enquanto converte o polietileno (PE) que não reagiu em produtos valiosos  ricos em hidrocarbonetos (Tito et al., 2023). Apesar desses avanços, os desafios permanecem,  incluindo limitações tecnológicas, altos custos e variabilidade de matéria-prima, que exigem  pesquisa e desenvolvimento contínuos para aprimorar as tecnologias de reciclagem química  (Martínez-Narro et al., 2024). 

Além disso, a estrutura complexa dos filmes laminados, muitas vezes composta por vários  polímeros e metais, apresenta desafios de reciclagem, exigindo soluções inovadoras de  engenharia e desenvolvimento de políticas para melhorar a reciclabilidade e redução do impacto  ambiental (Lakhan, 2024).  

Logo, existem diferentes resíduos que são utilizados na indústria cimenteira visando maior  sustentabilidade, um resumo dos principais resíduos é mostrado na Tabela 3.

Tabela 3: Principais resíduos utilizados e seus parâmetros relevantes (fonte)

Regulamentações e viabilidade técnica 

O coprocessamento na indústria brasileira de cimento é regulamentado em geral por meio de  padrões ambientais e técnicos que garantem o uso seguro e eficiente de resíduos como  combustíveis e matérias-primas alternativas. O marco regulatório é orientado pela resolução №  264 de 1999 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que fornece diretrizes para  o reaproveitamento de resíduos em fornos de cimento, garantindo a segurança ambiental. Essa  regulamentação é importante porque permite o uso de resíduos perigosos, como o revestimento  usado pela indústria de alumínio, aproveitando as altas temperaturas nos fornos de cimento para  degradar com segurança compostos tóxicos (; Stafford et al., 2014).  

O arcabouço legal brasileiro ainda inclui a Lei nº 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos  Sólidos), a Resolução SIMA nº 145/2021 (SP) e diretrizes da CETESB sobre caracterização e  uso de resíduos como combustível alternativo no Estado de São Paulo. Estes instrumentos  estabelecem os critérios técnicos e ambientais para o licenciamento e operação segura. A  Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) também desempenha um papel importante  ao classificar os tipos de resíduos e garantir que os materiais coprocessados atendam a padrões  específicos de segurança e qualidade, como a ABNT-NBR 10004, que classifica os resíduos  com base em sua natureza perigosa (ABNT, 2024; BRASIL, 2010; SÃO PAULO, 2021). 

Outro parâmetro avaliado é a sua sustentabilidade, considerando benefícios econômicos,  aceitabilidade social e conformidade ambiental, incluindo a adesão aos padrões de qualidade  do ar e a adequação dos tipos de resíduos. De acordo com Fakri et al. (2024), em estudo  realizado na Indonésia, duas cimenteiras do país processam milhares de toneladas de resíduos  anualmente e demonstraram capacidade de gerenciar quantidades significativas de resíduos perigosos, oferecendo também benefícios econômicos ao diminuir custos e criar oportunidades  de emprego. 

Além disso, a Iniciativa de Sustentabilidade do Cimento (CSI) projeta que, até 2030, a  substituição de combustíveis fósseis por resíduos na América Latina, incluindo o Brasil,  chegará a 25 a 35%, alinhando-se aos padrões europeus (Stafford et al., 2014). Essa estrutura  regulatória e operacional garante que o Brasil tanto aborda os desafios do gerenciamento de  resíduos, como também contribui para o desenvolvimento sustentável, limitando a dependência  de recursos não renováveis e minimizando o impacto ambiental (Stafford et al., 2014; Garcia  et al., 2014). 

Considerações e perspectivas 

Estudo como o de Prado et al. (2022) mostrou que além dos ganhos ambientais, o  coprocessamento gera economia na aquisição de combustíveis fósseis e limita a dependência  de aterros. Estima-se que a substituição de 30% do coque de petróleo por resíduos alternativos  possa conter em até 13,4% às emissões de CO₂ por tonelada de combustível, além de representar  significativa economia financeira para cimenteiras com capacidade superior a 1000 t/dia  (Verdiani et al., 2025). Em síntese, o reaproveitar integra os pilares da sustentabilidade  industrial ao combinar eficiência energética, gestão adequada de resíduos e responsabilidade  ambiental, existindo uma emergência em relação a utilização de processos sustentáveis. 

Também se destaca a ausência de uma política pública nacional específica para valorização  energética de resíduos, o que contrasta com a abordagem de países como Alemanha e Vietnã,  onde há metas claras de substituição térmica e incentivos fiscais diretos. No Brasil, embora  existam diretrizes regulatórias como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº  12.305/2010) e normas estaduais como a Resolução SIMA nº 145/2021, ainda falta um  alinhamento federativo para padronizar exigências técnicas e procedimentos de licenciamento  ambiental, o que pode levar a insegurança para investidores. 

Apesar dos avanços registrados no setor cimenteiro brasileiro, ainda existem diversos desafios  que limitam seu crescimento. Entre os principais obstáculos estão questões logísticas, como a  dificuldade de obtenção contínua de resíduos com especificações técnicas adequadas, a  escassez de infraestrutura de triagem e preparação de CDR, e os altos custos de transporte,  especialmente em regiões afastadas dos centros industriais. Esses fatores dificultam o acesso a materiais compatíveis com o processo de queima e comprometem a viabilidade econômica  desta atividade. 

O limitado conhecimento técnico sobre a reutilização dos diferentes materiais ainda é um fato  que pode dificultar as práticas em relação ao tema abordado, assim como, a ausência de  campanhas educativas e de transparência nas auditorias ambientais também pode ser  considerado um fator agravante. Mas estes fatores estão sendo revisados e o avanço  tecnológico, aliado ao amadurecimento normativo e a crescente pressão por metas de  descarbonização, cria um ambiente propício para a ampliação do coprocessamento. Também é  possível observar o fortalecimento de políticas públicas voltadas à economia circular, bem  como a implementação de instrumentos econômicos, podendo impulsionar de forma decisiva o  coprocessamento. 

A integração entre a gestão de resíduos urbanos e industriais, a ampliação da cadeia de  fornecimento de CDR de qualidade e o estímulo a parcerias público-privadas também são  apontados como caminhos estratégicos. A adoção de metas nacionais de substituição térmica,  alinhadas aos compromissos internacionais de redução de emissões, poderá colocar o Brasil em  posição de liderança entre os países em desenvolvimento no uso sustentável de resíduos. Nesse  contexto, o coprocessamento de material não deve ser visto apenas como uma solução para a  destinação de resíduos, mas como parte essencial de uma política industrial e ambiental  articulada, com potencial de gerar ganhos econômicos, sociais e ambientais de longo prazo. 

A consolidação do coprocessamento no Brasil reflete uma trajetória de avanços regulatórios,  amadurecimento tecnológico e maior aceitação social. Dados do Panorama do  Coprocessamento (ABCP, 2024) mostram que o índice de substituição térmica na indústria  cimenteira brasileira alcançou 32% em 2023, superando a meta estabelecida para 2025. Esse  percentual indica progresso expressivo quando comparado à média histórica, que por muitos  anos oscilou abaixo de 20%. 

Em suma, o futuro do coprocessamento no Brasil reside na capacidade de transformar desafios  em oportunidades, integrando inovação tecnológica, políticas públicas eficazes e uma visão  compartilhada de desenvolvimento sustentável e economia circular. A indústria cimenteira tem  potencial para não apenas otimizar suas operações, mas também para se consolidar como um  agente central na solução para a gestão de resíduos no país.

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