CONTROLE DE QUALIDADE E PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS EM PETSHOPS EM MANAUS

QUALITY CONTROL AND MICROBIOLOGICAL PARAMETERS IN PET SHOPS IN MANAUS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202409221216


Francalacci, Paula Martins1
Martins, Márcio de Macedo2
Danin, Amanda Paula Ferreira3
Souza, Samara Silva de4


RESUMO

Atualmente, os animais são frequentemente tratados como membros da família, o que leva os tutores a buscar cada vez mais os serviços dos pet shops (banho e tosa), em virtude disso tem-se a preocupação com a proliferação de micro-organismos nestes ambientes. O meandro da pesquisa visou identificar a presença de micro-organismos patogênicos, assim como avaliar a importância da higienização e desinfecção das tesouras, secadores, máquinas de tosa, mesa de tosa e a baia dos animais, alertando aos usuários e aos proprietários dos pet shops, para a higienização e desinfecção inadequada. A pesquisa foi realizada na cidade de Manaus, em três pet shops, em zonas distintas, a metodologia aplicada foi a de coleta e observação dos micro-organismos, através do swab estéril, essa que perdurou por três dias, onde avaliou-se que dos cinco itens analisados três apresentaram resultados positivos para a proliferação dos micro-organismo, e dois negativos para a presença desses. Ao concluir a pesquisa notou-se que a higienização e a desinfecção inadequada geram a proliferação dos micro-organismos, possibilitando assim uma análise para uma melhor implementação e controle sobre a limpeza dos equipamentos e espaços dos pet shops.

Palavras-chave: Desinfecção. Higienização. Micro-organismos. Pet Shops.

ABSTRACT

Currently, animals are often treated as members of the family, which leads owners to increasingly seek the services of pet shops (bathing and grooming), as a result of which there is concern about the proliferation of microorganisms in these environments. . The intricacy of the research aimed to identify the presence of pathogenic microorganisms, as well as evaluate the importance of cleaning and disinfecting scissors, dryers, grooming machines, grooming tables and the animal stall, alerting users and owners of pet shops , for inadequate hygiene and disinfection. The research was carried out in the city of Manaus, in three pet shops, in different areas, the methodology applied was the collection and observation of microorganisms, through sterile swab, which lasted for three days, where it was assessed that of the five items analyzed, three showed positive results for the proliferation of microorganisms, and two negative results for their presence. Upon completing the research, it was noted that inadequate hygiene and disinfection generate the proliferation of microorganisms, thus enabling an analysis for better implementation and control over the cleaning of equipment and spaces in pet shops.

Keywords: Disinfection. Microorganisms. Sanitization. Pet Shops.

1. INTRODUÇÃO

A relação entre humanos e animais tem evoluído significativamente ao longo dos anos, refletindo mudanças notáveis no papel que os animais de estimação desempenham na vida cotidiana e na sociedade. Para Abrão (2023), a relação entre as pessoas e os animais de estimação, na sua convivência diária, vem tornando-se cada vez mais estreita, e com o aumento desta proximidade, a saúde humana e animal, passaram a estar intimamente ligadas e tornam-se cada vez mais interdependentes. 

Atualmente, cães e gatos estão cada vez mais presentes nos lares e nas vidas das pessoas, percebe-se na atualidade que os animais ganharam um importante espaço na vida dos seres humano (Ali, 2022). Essa relação, foi sofrendo alterações, aproximando cada vez mais o pet das relações humanas, culminando com a sua progressiva e atual inclusão no âmbito familiar (Delarissa, 2003).

Com o crescimento do número de animais de estimação nas famílias, a preocupação dos proprietários com a saúde de seus pets tem se intensificado, especialmente, em relação às doenças que podem ser transmitidas em ambientes de banho e tosa. Para Morotti (2023), “A ida regular ao veterinário e a preocupação com os hábitos de higiene, tanto pessoal quanto do animal e do ambiente, são essenciais para evitar a transmissão e a contaminação por doenças. 

De acordo com Paiva (2013), o hábito de dar banho nos animais de estimação em pet shops, é bastante comum, porém exige-se certos cuidados, pois existe o risco de contrair certas doenças e determinados parasitas, causando assim sofrimento aos pets. Ter uma infraestrutura adequada e profissionais qualificados é essencial, mas isso não é suficiente se os equipamentos utilizados estiverem contaminados.

Na visão de Machado et al. (2004), as micoses como as dermatofitoses, malassezioses e candidoses, são consideradas como causas mais comuns, no que referem-se a infecções cutâneas nos animais, e a maioria dessas micoses são contraídas no ambientes de pet shops, clínicas e hospitais veterinários, quando os atendimentos realizados nestes ambientes, segundo a autora.

A presente pesquisa teve como objetivo identificar a presença de micro-organismos patogênicos, consequentemente avaliar a importância da higienização e desinfecção dos utensílios (tesouras, secadores e máquinas de tosa), assim como os ambientes (mesa de tosa e a baia dos animais), adequada desses equipamentos para prevenir a disseminação de doenças em animais. E alertar a população que utiliza os serviços de pet shops e os proprietários sobre os riscos associados à higienização e desinfecção inadequada.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 A importância de uma boa higienização no ambiente dos animais

O estudo da contaminação em animais abrange diversos campos de pesquisa, incluindo a análise da contaminação em ambientes públicos, como praças e parques destinados a pets, bem como em ambientes domésticos e privados, como pet shop e creches. É importante frisar as formas de contaminação que são a física, química, biológica e cruzada.  Dentre elas, podemos destacar nesta pesquisa, a cruzada que pode ocorrer por meio do contato de um equipamento infectado e a biológica, por meio de vírus, protozoários e bactérias, segundo Setlhare et al. (2014) “[…] a transmissão geralmente ocorre quando patógenos microbianos são dispensados de um animal infectado para outro animal vulnerável por meio de salivação, lambeduras, espirros, latidos entre outros”.

Nesse sentido, a pesquisa foi desenvolvida em pet shops com o objetivo de realizar a análise microbiológica em equipamentos de banho e tosa, pois nesse tipo de ambiente há uma grande circulação de animais e microrganismos, o que pode acarretar em contaminações. Com base no que diz Andrade (2008), “Os utensílios e equipamentos mal higienizados são vetores que proporcionam um meio propício para a propagação de enfermidades”.

Com isso, a má higienização ou a falta dela, torna-se um ambiente propício para a disseminação de doenças, diante dessa situação temos a contribuição de Kasnowski et al. (2010), ressalta que a higienização dos aparelhos e utensílios utilizados nos procedimentos de banho e tosa, mesmo após a higienização ainda é possível haver aglomerados de bactérias, o que pode ocasionar o estímulo ao processo de formação de biofilmes como uma forma de sobrevivência. Fazendo com que elas tornem-se mais resistentes a sanitização e a desinfecção.

Realizar a higienização e a desinfecção dos instrumentos e superfícies utilizadas no ambiente do banho e tosa, são de suma importância para evitar e reduzir a contaminação cruzada e biológica, bem como a proliferação de doenças que podem ocorrer nos animais de pequeno porte que realizam serviços nos pet shops. Assim, os utensílios e equipamentos mal higienizados são vetores que proporcionam um meio propício para a propagação de enfermidades (ANDRADE, 2008).

1.2 Os micro-organismos nos pet shops

Na pesquisa, foi possível identificar que o grande volume de atendimento, e o tempo limitado para realização da higienização adequada, o compartilhamento frequente dos instrumentos para atender os animais contribuem para a proliferação dos micro-organismos vetores de doenças.

No que tange a contaminação microbiológica de superfícies, grande parte dos atendimentos feitos nas clínicas veterinárias corresponde às dermatopatias, sendo as micoses consideradas a terceira causa mais comum de infecções cutâneas em animais de estimação. Sendo assim, as micoses cutâneas diagnosticadas são dermatofitose, malasseziose e candidose (MACHADO et al., 2004).

Causa comum de doenças bacterianas em animais de companhia são as infecções de lesões de pele, que possuem como agentes principais S. aureus, Streptococcus spp., e Pseudomonas spp. (LAMBERT et al., 2020) e tornam-se mais complexas com doenças de pele concomitantes, como a dermatite atópica e a seborreia (Guardabassi et al. 2004). Os Staphylococcus não formam esporos, mas são extremamente resilientes e conseguem sobreviver por longos períodos em ambientes inóspitos e em equipamentos que não foram limpos adequadamente. Essa capacidade de sobrevivência permite que as bactérias permaneçam nos ambientes onde estão os hospedeiros, facilitando a propagação das infecções bacterianas.

Os autores Murray, Rosenthal e Pfaller ( 2014) enriquecem o aporte teórico ao afirmarem que: “Os microrganismos são seres microscópicos, com ampla distribuição, podendo ser encontrados em diferentes localidades, fazendo parte da nossa microbiota normal de forma residente ou transitória. Existem diferentes tipos de microrganismos com características particulares”. Neste contexto temos como exemplo as bactérias, fungos, e protozoários, cada qual com propriedades e graus de virulência especifico.

O resultado da pesquisa indicou que na tesoura, máquina de tosa e baia do animal foram encontradas as seguintes bactérias: Staphylococcus Aureus, Enterococcus Faecalis e Staphylococcus Epidermidis. Essas bactérias são agentes causadores de diversas doenças, que serão melhor discutidas posteriormente no item 4.

A maioria das contaminações estão diretamente relacionadas a má higiene e o manejo incorreto dos utensílios utilizados no banho e tosa. Para que seja possível o controle dos utensílios em relação à microbiota é necessário que após a higienização e sanitização do local, realizar análise minuciosa da contaminação. Esse manejo é determinante para o controle do microbiano (GALETTI; AZEVEDO; AZEVEDO, 2005).

Além disso, Setlhare et al. (2014) ressalta que “esses microrganismos têm o potencial de impactar a saúde dos funcionários e clientes da loja, além de poderem causar surtos de doenças entre os animais de estimação”. Ou seja, a preocupação em ter um ambiente seguro é imprescindível para a saúde humana e do animal.

2. METODOLOGIA

Inicialmente, foi realizada uma reunião com os proprietários dos pet shops da cidade de Manaus, para informar sobre os propósitos da pesquisa e solicitar a autorização para a coleta de amostras dos instrumentos utilizados nos serviços de banho e tosa. Após o consentimento dos proprietários, partiu-se para uma análise bibliográfica sobre os diversos autores da área de abordagem da pesquisa, uma vez que a pesquisa bibliográfica torna-se necessária para ser o meandro norteador para o esclarecimento sobre o entendimento dos autores sobre a temática da abordada na pesquisa.

Para uma melhor compressão e entendimento sobre a pesquisa bibliográfica temos a contribuição de Pereira (2018), que ressalta que independente da metodologia a ser aplicada em uma pesquisa, a bibliográfica vem como parâmetro para o levantamento de dados das diversas obras, que abordem sobre o tema investigativo da pesquisa. Sendo assim nota-se a necessidade de um levantamento cuidadoso para o procedimento a ser seguido, que venha a sustentar as preposições desenvolvidas ao longo da pesquisa.

Após o levamento da bibliográfica que julgou-se necessária, foram adquiridos os materiais necessários para a realização da coleta, com o intuito de garantir da melhor forma possível a integridade das amostras para o levantamento dos dados necessários. Vale ressaltar que a pesquisa foi realizada em 03 (três) distintos pet shops da cidade de Manaus, aos quais vamos aqui denominar pet shops I, II e III, pet shops situados nas zonas Leste, Centro Sul e Norte da cidade de Manaus.

Foram coletadas 05 (cinco) amostras por pet shop, totalizando assim 15 (quinze) amostras, as datas das coletas iniciaram-se no dia 20 de julho de 2024, e dias 21, 22 e 23 de julho de 2024, foram realizadas as análises observacionais dos crescimentos de micro-organismos. Os equipamentos analisados foram: tesouras, secadores, máquinas de tosa, mesas de tosa e das baias dos animais (local de abrigo para animais de estimação, como os quartos de um canil, ou a um espaço para banho e tosa).

A técnica utilizada para a coleta foi o swab estéril, pelo fator segurança. Uma vez que este é um equipamento estéril, tendo como a sua principal finalidade a coleta de amostras, para testes de materiais microbiológicos, para análises clínicas ou de pesquisas. Segundo a CMS (2021), “Este tipo de produto deve ser fabricado com precisão e eficiência para garantir a esterilidade até o seu uso final”.

Conforme descrito pelo, percebe-se que o swab estéril é indicado para o tipo de coleta para a realização da pesquisa, sendo que o tubo swab, contém fluoreto de sódio com EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético). Tendo em vista que o EDTA, sendo este o anticoagulante mais na coleta de sangue à vácuo, possuindo a função de inibidor da coagulação através da remoção do cálcio do sangue por complexação. Pois ele preserva a morfologia celular Goossens, W., et al. (2008).

Para a realização do início da pesquisa, usou-se os seguintes procedimentos, cada superfície foi esfregada com o swab, que foi então colocado em um tubo estéril (cada tudo continha fluoreto de sódio) com o acondicionamento adequado para preservar a amostra durante o transporte para o laboratório. A seguir temos a descrição dos procedimentos conforme a figura 01.

Figura 1: Imagens ilustrativas das coletas in loco.

Fonte: Autores da pesquisa. 2024.

O primeiro procedimento para coleta foi realizado na superfície das baias referente a Letra A (figura 1) – onde foi escolhida uma baia que estava vazia, para assim realizar a coleta da amostra, que foi colhida das suas partes externas e internas, para e seguida ser acondicionada no tubo estéril. Ressalta-se que após os procedimentos de coletas, todos os swabs passaram pelo mesmo processo de acondicionamento.

A coleta seguinte referente a Letra B (figura 1) – foi com as máquinas de tosas, para este procedimento utilizou-se o swab em uma máquina que encontrava-se armazenada em sua bancada, e após a escolha da máquina para a realização da coleta, utilizou-se o uso da haste para a coleta das amostras da sua parte exterior, do encaixe das lâminas e de uma das lâminas utilizada para a tosa dos animais.

O terceiro procedimento para a coleta das amostras ocorreu com as mesas de tosa Letra C (figura 1) – para a coleta desta amostra utilizou-se o swab esfregando-o sob e sobre a superfície das mesas, para em seguida acondicionar a amostra coletada. O quarto utensílio a ser utilizado para a coleta foram os secadores referente a Letra D (figura 1) – que são usados no pós banho dos animais, a sua coleta ocorreu utilizando o swab estéril, onde coletou-se as amostras das partes interna, externa e do cabo do secador.

E o quinto e utensílio a ser coletado as amostras foram as tesouras referente a Letra E (figura 1) – que encontravam-se guardadas na prateleira, onde foi escolhida uma aleatoriamente para a realização da coleta, o swab foi passado ao longo das lâminas para assim ser acondicionada no tubo estéril. Ressalta-se que após o procedimento de coleta, todos os swabs pelo mesmo processo de acondicionamento.

Ressalta-se que os procedimentos adotados para a coleta do material, seguiu os critérios regulares de acordo com a instrução do fabricante para as coletas de superfície devidos à suavidade do material (algodão), conforme o FIRSTLAB (2022), observou-se a integridade do pacote, para em seguida remover o swab do tubo (sem tocar na ponta com os dedos), verificando a integridade  do produto para que não houvesse alteração das amostras coletadas contendo as informações necessárias para serem encaminhadas ao laboratório.

Após a coleta das amostras por meio do swab estéril, essas foram incubadas em cultura específicas para isolamento e identificação bacteriana. Onde utilizou-se os seguintes meios aqui descritos. As amostras foram incubadas em meios de cultura específicos para isolamento e identificação bacteriana. Os meios utilizados incluíram como métodos: Ágar EMB (Eosin Methylene Blue) que segundo Câmara (2013) é utilizado na diferenciação ligeiramente seletiva para o isolamento de bacilo entéricos gram-negativos (enterobactérias e outros bastonetes gram-negativos) provenientes de amostras clínicas. Ágar EMB é composto por corantes eosina e azul de metileno que inibem as bactérias gram-positivas num determinado grau. Os corantes funcionam também como indicadores de diferenciação em resposta à fermentação da lactose e/ou sacarose por micro-organismos.

Dando prosseguimento para a realização das análises clinicas, optou-se por utilizar o meio de cultura Agar MacConkey também conhecido como MacConkey Agar with 0,15% Bile Salts, CV and NaCl, que segundo pesquisas junto ao laboratório PROLAB (2024), possuiu como características o isolamento e identificação da Enterobacteriaceae encontrada em diversas superfícies, sendo ele um meio de cultura muito utilizado para diferenciar coliformes de cepas enterobactérias patogênicas não fermentadoras de lactose.

Outro meio de cultura utilizado para a realização das análises foi o Àgar Sangue, tendo em vista que é um meio de cultural que segundo a PROBAC do BRASIL (2023), é recomendado para cultivo de microrganismos fastidiosos com atividade hemolítica, que geralmente são encontrados nas amostras de fluídos biológicos e demais amostras clínicas. Outro fator importante é que o sangue de Carneiro uma vez desfibrinado é incorporado ao meio, proporcionando fatores de crescimento para uma ampla variedade de gêneros de interesse clínico.

Ressalta-se que as amostras colhidas seguiram critérios rigorosos, sendo que a coleta de amostras é um dos processos mais relevantes na prática clínica e nos diagnósticos de doenças. Segundo o LACEN (2023), “A qualidade das amostras coletadas desempenha um papel crítico na precisão dos resultados dos testes laboratoriais. […] as técnicas apropriadas de coleta de amostras biológicas e as considerações necessárias para garantir resultados confiáveis”.

Na busca de garantir uma melhor precisão verificou-se a necessidade da utilização das técnicas necessárias e adequadas para o resultado da pesquisa, onde utilizou-se da esterilização correta das mãos, manuseio cuidadoso dos materiais utilizados na coleta das amostras, com o intuito de garantir a maior confiabilidade possível no resultado final das amostras colhidas. Após este processo passou-se para a incubação, que tiveram o seguinte procedimento, descrito a seguir.

As colônias bacterianas ficaram incubadas por 03 (três) dias, o que resultou em 72 (setenta e duas) horas de observação do crescimento, para assim realizar a coloração de gram, que após a coloração visualizou-se no microscópio a verificação de gram positivo ou gram negativo.

Após a verificação dos grams, realizou-se os testes de Catalase, Coagulas e DNASE, sendo estes testes bioquímicos auxiliares na identificação das bactérias que constatou-se nos resultados, como análise final percebeu-se que todas constaram ser gram positivo. Ressalta-se estas análises foram realizadas laboratório Patoclinvet, localizado na cidade de Manaus, laboratório especializado em análise animais. Os resultados das análises serão demostrados no tópico a seguir.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES DOS DADOS

Os resultados revelaram uma variedade de bactérias nas superfícies analisadas, evidenciando a complexidade e os desafios do ambiente de um pet shop. As superfícies que entram em contato direto com os animais, como tesouras e máquinas de tosa, apresentam bactérias típicas da flora cutânea dos animais, além de possíveis patógenos. Isso ressalta a importância de manter cuidados rigorosos para evitar a formação de ambientes úmidos que possam favorecer o crescimento bacteriano.

Observa-se com a contribuição de MPIRES (2019), os ambientes como os pet shops, clínicas, hospitais veterinários, são ambientes propícios para a presença e proliferação dos diversos agentes patogênicos. E, para garantir um ambiente saudável e seguro tanto para os animais, com para os seres humanos que ali atuam, torna-se relevante que seja realizada uma boa limpeza, para que assim seja capaz de eliminar os esporos bacterianos, os fungos, os vírus e as bactérias, ali existentes.

Como pode-se perceber a adequada higienização, prevalece não somente para a saúde do animal em si, mas também para as pessoas que ali frequentam, com isto pode-se afirmar que uma boa limpeza é de suma relevância para manter-se a higienização adequada do ambiente do pet shop. Assim como, o resultado demonstra que, independente das zonas distintas na cidade de Manaus, as mesmas bactérias estavam presentes na tesoura, máquina de tosa e na baia do animal, já no secador e mesa de tosa não foram identificados crescimento bacteriano. Conforme tabulação dos dados a seguir

Tabela 1: Presença ou ausência de micro-organismos (placas MC, EMB, Sangue)

Fonte: Laboratório Patoclinvet (2024).

Tabela 2: Presença ou ausência de micro-organismos (placas MC, EMB, Sangue)

Fonte: Laboratório Patoclinvet (2024).

Tabela 3: Presença ou ausência de micro-organismos (placas MC, EMB, Sangue)

Fonte: Laboratório Patoclinvet (2024).

Tabela 4: Presença ou ausência de micro-organismos (placas MC, EMB, Sangue)

Tabela 5: Presença ou ausência de micro-organismos (placas MC, EMB, Sangue)

Fonte: Laboratório Patoclinvet (2024).

4.1 Análises dos Micro-organismos:

Staphylococcus Aureus:

Descrição: Bactéria gram-positiva, esférica, que geralmente forma cachos. É conhecida por causar infecções em feridas, abscessos e também pode produzir toxinas que levam a intoxicações alimentares.

Ambientes Comuns: Pele, narinas, ambientes hospitalares.

Enterococcus Faecalis

Descrição: Bactéria gram-positiva, cocobacilo, parte da flora intestinal normal. Pode causar infecções urinárias, endocardite e infecções associadas a dispositivos médicos.

Ambientes Comuns: Trato gastrointestinal, ambientes hospitalares.

Staphylococcus Epidermidis

Descrição: Bactéria gram-positiva, esférica, que forma cachos pequenos. Parte da flora normal da pele, mas pode causar infecções associadas a dispositivos médicos especialmente em pacientes imunocomprometidos.

Ambientes Comuns: Pele, dispositivos médicos.

A seguir estar-se-á apresentando conforme as figuras 2, 3 e 4, o crescimento dos micro-organismos durante o período de observação, que decorreu durante os 3 (três) de análises.

Figura 2: Placas com o crescimento dos micro-organismos, após 1 dia observação na estufa.

Fonte: Laboratório Patoclinvet (2024).

Figura 3: Placas com o crescimento dos micro-organismos, após 2 dias observação na estufa.

Fonte: Laboratório Patoclinvet (2024).

Figura 4: Placas com o crescimento dos micro-organismos, após 3 dias observação na estufa.

Fonte: Laboratório Patoclinvet (2024).

Os resultados indicam uma variedade de bactérias presentes nas superfícies analisadas, no caso das máquinas de tosa, das tesouras e das baias dos animais, refletindo a complexidade e os desafios de manter o ambiente de um petshop esterilizado sem que tenha contaminações. Seguindo a premissa de Andrade, 2008; Coelho et al., 2010 “Máquinas de tosa, banheiras, toalhas e esponjas que retêm líquidos, microrganismos e ácaros podem transmitir doenças de um animal para outro se não forem limpos corretamente e com frequência”.

Máquina de Tosa: Ao analisar a superfície da máquina de tosa dos três petshops por meio de cultura ágar MC, verificou- se que houve crescimento de microrganismos na placa do petshop I, II e III. A presença de bactérias foi identificada em 100% das amostras, sendo que as bactérias observadas apresentaram a forma de cachos.

Figura 5: Análise de crescimento das bactérias na Máquina de Tosa do Pet I

Fonte: Laboratório Patoclinvet (2024).

Figura 6: Análise de crescimento das bactérias na Máquina de Tosa do Pet II

Fonte: Laboratório Patoclinvet (2024).

Figura 7: Análise de crescimento das bactérias na Máquina de Tosa do Pet III

Fonte: Laboratório Patoclinvet (2024).

Nas placas ágar de sangue, foi constatado o crescimento de bactérias gram-positivas esféricas nos três petshops, sendo apresentado os mesmos resultados em todas as amostras. Nas placas de ágar EMB, foi possível analisar o crescimento de bactérias gram-positivas do tipo Staphylococcus Aureus nos petshops I, II e III. Sendo detectada em todas as provas.

Como pode-se perceber a evolução dos micro-organismos ocorreram de forma gradativa, conforme observados nas figuras 5, 6 e 7, sendo que a figura 5 refere-se ao pet shop I, a figura 6 ao pet shop II e a figura 7 ao pet shop III, onde o utensílio analisado foi a máquina de tosa. Nota-se que no decorrer das observações de forma gradativa foi-se elevando a proliferação das bactérias que encontravam-se nas máquinas de tosa que foram utilizadas para análise. Ressalta-se que estas observações foram realizadas durante 3 dias.

Sendo assim percebe-se que uma higienização adequada nas lâminas de tosa é crucial para garantir a eliminação de possíveis agentes infectantes e evitar que os parasitas de um animal infectem os que serão tosados em seguida, “A cada tosa, a lâmina e os pentes devem ser retirados da máquina tosadora para realizar a limpeza”. (OSTER, 2024).

Para iniciar o processo de limpeza, é recomendável a utilização do limpador específico para lâminas de tosa ou desinfetante à base de amônia quaternária. As lâminas devem ser imersas na solução por um tempo de 15 minutos para garantir uma limpeza eficaz. Recomenda-se que este processo seja realizado pelo menos uma vez por semana, e nas situações em que a máquina de tosa tenha sido utilizada em animais com doença de pele, a desinfecção deve ser feita logo em seguida.

Para MPIRES (201), os procedimentos a serem adotados para o processo de limpeza, devem ser a desinfecção e a esterilização, onde a diferenciação está na gama de eliminação de micro-organismos que são eliminados. A esterilização é eficaz contra as bactérias, vírus e fungos, podendo atingir também os poros. Outro ponto relevante são as áreas de abrangências, uma vez que a esterilização não pode ser feita em determinados ambientes (pisos, paredes, tetos, baias entre outros), pois ela é destinada a objetos (alicates, tesouras, pinças). Sendo assim os locais que são inalcançáveis opta-se por proceder a desinfecção dos ambientes.

Nota-se que o processo de higienização decorrer do utensílio ou ambiente a ser higienizado, conforme descrito por MPIRES, os locais que são inalcançáveis para a realização de uma esterilização, no caso da máquina de tosa, onde algumas das suas partes são composta de aço e plástico, o que as partes de aço devem ser esterilizadas, porém as partes plásticas, tornam inviáveis pelo fato de danificar a parte plásticas ou até mesmo derretê-la. Dentro deste contexto deve-se desinfectar as partes plásticas da máquina de tosa.

Baia dos Animais: Ao analisar a superfície da baia do animal nos três petshops no meio de cultivo ágar MC, verificou-se o crescimento de microrganismos na placa do pet shop I, II e III. A presença de bactéria em forma de cocobacilo foi observada em 100% das provas. Nas placas de ágar de sangue, foi constatado o crescimento de bactérias do tipo Enterococcus Faecalis nos petshops I, II e III. Sendo observada em todas as amostras. Nas placas EMB, foi possível analisar o crescimento das bactérias gram-positivas nos três petshops. Sendo observada em 100% das amostras. Conforme demonstrados nas figuras a seguir:

Figura 8: Análise de crescimento das bactérias na Baia dos Animais do Pet I

Fonte: Laboratório Patoclinvet (2024).

Figura 9: Análise de crescimento das bactérias na Baia dos Animais do Pet II

Fonte: Laboratório Patoclinvet (2024).

Figura 10: Análise de crescimento das bactérias na Baia dos Animais do Pet III

Fonte: Laboratório Patoclinvet (2024).

Ao realizar uma análise sobre a evolução das bactérias nas baias dos animais nos três pet shops pesquisados, onde a figura 8 refere-se ao pet shop I, a figura 9 ao pet shop II e a figura 10 ao pet shop III, respectivamente, observa-se que as baias são locais de fácil infestação de micro-organismo, uma que as baias são locais onde os animais ao chegarem no pet shop, para internação ou tosa, é o local onde o animal permanece por um determinado até ser atendido, o que pode proliferar uma maior nível de infestação de micro-organismos.

Segundo Galvão (2023), os micro-organismos estão presentes em todas as partes, e mesmo nos locais onde imagina-se não haver micro-organismos eles estão presentes, sendo assim não é diferente com os animais e principalmente junto as baias onde eles ficam acomodados. Quiçá por este motivo nota-se por este motivo que o nível de proliferação de micro-organismos ocorreu de forma significativa ao analisar as baias. Para que seja possível amenizar está situação, é necessário seguir algumas recomendações, que segundo a Resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), nº 1.275/2019, “Baias, boxes ou outras acomodações individuais compatíveis com os pacientes a serem internados, de fácil higienização, obedecidas as normas sanitárias vigentes”.

As baias dos animais  devem possuir metragem que possibilite o bem estar do animal, o compartimento interno da baia, deve ser revestido com material impermeável como azulejos que proporciona facilidade no manejo da limpeza e desinfecção, sem presença de trincas, mofo e infiltrações, com boa ventilação e iluminação, é importante também que a baia tenha um sistema de drenagem que possibilite a remoção da água de forma eficaz para impedir o acúmulo de umidade, evitando assim o crescimento de fungos e bactérias.

Segundo a THERMOMATIC, empresa que atua no ramo de Desumidificadores de pet shops, ressalta que a grande rotatividade de animais, nos pets, exige-se que este seja um ambiente seguro, pois a umidade existente no ar, ocasiona a proliferação de fungos e bactérias. E nesse caso se um animal estiver com imunidade baixa ou já contaminado por alergias a fungos, pode ocorrer a contaminação dos demais animais. Sem contar que o ambiente úmido pode provocar a sobrevivência de ovos de pulgas e carrapatos já existentes no ambiente.

No que refere-se baia dos animais, pode-se notar que por ser um local de alta rotatividade dos animais que frequentam o pet shop, uma higienização (desinfecção) de forma inadequada por ocasionar o surgimento de bactérias (Streptococcus Faecalis), como visto nos resultados dos três pet shops analisados, pois a umidade também pode ser um dos fatores de proliferação das bactérias.

Mesa de Tosa: Ao realizar a análise da superfície da mesa de tosa no meio de cultivo ágar MC, ágar de sangue e ágar EMB, verificou-se que não houve crescimento bacteriano durante os três dias nos petshops I, II e III. Neste contexto, a não proliferação das bactérias, pode ser dado ao fato da higienização (desinfecção), conforme observado in loco, ter sido realizada através do desinfetante à base de Amônia Quaternária, altamente efetivo contra bactérias Gram positivas e Gram negativas, como por exemplo, Staphylococcus Aureus, Streptococcus Faecalis entre outras. Neste sentido temos a contribuição de Silva sobrea a higienização, que deve-se seguir em duas etapas: limpeza e sanitização. Na sanitização e realizada a redução da carga microbiana nos níveis satisfatórios, promovendo a eliminação dos micro-organismos patógenos. No processo de limpeza busca-se promover a remoção dos resíduos orgânicos e minerais presentes nas superfícies.

Pode-se perceber que este procedimento deve ser realizado de forma rigorosa seguindo as orientações recomendadas pelas autoridades sanitárias e descritas pelos fabricantes dos produtos. O produto utilizado foi o da fabricante Herbal Vinsil, com fabricação em 2023. A desinfecção deve seguir alguns procedimentos para que se tenha um resultado satisfatório.

Tesoura: Ao examinar a superfície da tesoura dos três petshops no meio de cultivo ágar MC, verificou que houve crescimento bacteriano na placa dos petshops I, II e III, bactérias em forma de pequenos cachos, sendo observada em 100% das amostras. Nas placas ágar de Sangue foi possível verificar o crescimento de bactérias gram-positivas esféricas nos petshops I, II e III, sendo observada em 100% das amostras. Nas placas de ágar EMB, foi possível observar o crescimento de microrganismos do tipo Staphylococcus Epidermidis nos três petshops. Também sendo observada em todas as amostras. Conforme demonstrados nas figuras  a seguir:

Figura 11: Análise de crescimento das bactérias na Tesoura do Pet I

Fonte: Laboratório Patoclinvet (2024).

Figura 12: Análise de crescimento das bactérias na Tesoura do Pet II

Fonte: Laboratório Patoclinvet (2024).

Figura 13: Análise de crescimento das bactérias na Tesoura do Pet III

Fonte: Laboratório Patoclinvet (2024).

As superfícies que entram em contato direto com os animais, como a tesoura mostram a presença de bactérias comumente associadas à flora cutânea dos animais e possíveis patógenos. Na visão de Panagopoulou et al. (2002), uma das causas de maior contaminação no utensílio analisado, pode ser pelo fator da grande variação de micro-organismos, por causa do grande trânsito de animais nos pets shop, e devido as condições do hospedeiro (animal) já está contaminado, elevando assim a cadeia de transmissão, uma vez que a desinfecção da tesoura é realizada de forma incorreta.

Neste sentido a situação clínica do hospedeiro, junto a cadeia de transmissão dos pets shop e a presença de microrganismos podem ser fatores determinantes o desenvolvimento do Staphylococcus na tesoura, sendo este um utensílio usado de forma contínua para a tosa dos animais. Outros fatores podem ser determinantes para tal proliferação dos micro-organismos, como por exemplo, os resquícios de pelo, produtos químicos inadequados, umidade do ambiente entre outros, podem ser agentes que infectam as lâminas da tesoura.

Ao realizar uma consulta da literatura sobre o assunto, o PET SPA (2024), indica que a higienização adequada é essencial para a manutenção e limpezas do instrumento perfuro cortante, dessa forma é recomendado remover os pelos da tesoura, em seguida borrifar com spray desinfetante nas lâminas. Após a limpeza, é importante secar bem as lâminas para garantir que nenhum resíduo de umidade fique na tesoura, outro fator importante é sempre verificar se o produto químico utilizado é compatível com a ferramenta. Para assim evitar a proliferação de micro-organismos no utensílio higienizado.

Secador: Ao se analisar a superfície do secador no meio de cultivo ágar MC, ágar de sangue e ágar EMB, verificou-se que não houve crescimento bacteriano durante os três dias nos petshops I, II e III.

Um dos fatores que podem contribuir para a ausência do crescimento bacteriano nas amostras é a capacidade de aquecimento do secador que pode variar entre 80 a 100 ºC, segundo a especialista Machado (2014) a maioria dos secadores utilizados no Brasil possuem este nível de temperatura. Conforme o Manual de Boas Práticas de Manipulação em Serviços (BRASIL, 2015), temperaturas acima de 60 ºC, eleva a possibilidade de proliferação dos micro-organismos, o Manual ressalta que o ideal seria acima dos 70 ºC, e como pode-se perceber o secador atinge acima dos 80 ºC.

Com base nas análises descritas, observa-se que devida a alta temperatura dos secadores, acabam tornando o ambiente desfavorável para a sobrevivência bacteriana, outro fator determinante é a higienização externa do secador realizada com desinfetante à base de Amônia Quaternária, altamente eficaz contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativas.

Nesse sentido, segundo Falvey e Streifel (2007), a presença microrganismos no ambiente podem estar diretamente relacionada a diversos fatores, tais como: número de pacientes, circulação de pessoas, intensidade das trocas de ar e limpeza e desinfecção ambiental.

5. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa proporcionou uma visão geral das bactérias presentes em superfícies comuns em petshops, uma vez que a identificação e a análise dos microrganismos detectados são fundamentais para a implementação de medidas de controle eficazes tendo como finalidade garantir um ambiente mais seguro para os animais e funcionários.

Além de servir como uma base de conhecimento, este estudo é especialmente valioso para os proprietários de petshops, que devem se preocupar com a higienização dos equipamentos de banho e tosa. Ademais, os petshops que tem um ambiente higienizado e seguro para o animal podem se destacar como um diferencial competitivo no mercado. Assim como, serve de ferramenta informativa para que os tutores possam entender e exigir práticas adequadas de higiene. Os donos de petshops e os profissionais que atuam com banho e tosa têm a responsabilidade crucial de zelar pelo bem-estar dos animais, ou seja, são responsáveis por vidas.

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1Discente do Curso Superior de Medicina Veterinária do Centro Universitário FAMETRO Unidade 5 (Constantino Nery). email: pfrancalacci@gmail.com

2Discente do Curso Superior de Medicina Veterinária do Centro Universitário FAMETRO Unidade 5 (Constantino Nery). email: marciommartins84@gmail.com

3Coorientadora do Curso Superior de Medicina Veterinária do Centro Universitário FAMETRO Unidade 5 (Constantino Nery). email: amanda.danin@fametro.edu.br

4Orientadora do Curso Superior de Medicina Veterinária do Centro Universitário FAMETRO Unidade 5 (Constantino Nery). email: samara.souza@fametro.edu.br