CONTRIBUTIONS OF THE PHARMACEUTICAL PROFESSIONAL IN COPING SELF-MEDICATION AND THE IRRATIONAL USE OF MEDICINES: THE STATE OF THE ART IN BRAZIL
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7983035
Railma Lopes de Oliveira1
Mariana Borges Sodré Lopes2
Carla Leitão Alves3
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo descrever as atribuições do farmacêutico na prevenção da automedicação e do uso irracional de medicamento, à luz da arte no Brasil. Os resultados evidenciam que a automedicação e uso irregular de medicamentos configura-se como um importante problema de saúde pública no Brasil. Sendo praticadas frequentemente em virtude da dificuldade ou demora no atendimento médico na rede pública, dos altos custos das consultas médicas, pela facilidade em se adquirir medicamentos e, principalmente, pela a urgência de se aliviar sintomas. Nessa perspectiva, o farmacêutico torna-se uma importante ferramenta no enfrentamento a essas práticas. Uma vez que, o farmacêutico é o profissional habilitado no que se refere a produção, manejo e dispensação de medicamentos. Ao tempo que, também, atua como educador em saúde, por meio da atenção farmacêutica, onde promove orientações sobre os perigos da automedicação, promovendo o uso seguro e racional dos medicamentos.
Palavras-chave: Automedicação. Assistência farmacêutica. Uso indevido de medicamentos.
INTRODUÇÃO
A automedicação é o ato de fazer uso de medicamentos por conta própria, ou seja, por iniciativa do próprio enfermo ou de seu responsável, para que possa trazer benefícios no alivio de sintomas ou do tratamento de enfermidades, assim as prescrições e orientações médicas são supridos indevidamente por sugestões de medicamentos por uma pessoa não autorizada como familiar, amigos ou outros (DOMINGUES et al., 2016).
Os medicamentos apresentam função fundamental na proteção, recuperação e na manutenção da saúde, e promove melhorias na qualidade de vida. A ANVISA, por meio da Resolução (RDC) nº 84, de 19/03/2002 define medicamento como:
Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. É uma forma farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicos.
O uso de forma indiscriminado dos medicamentos isentos de prescrições é um grave problema de saúde pública no mundo. Visto que, a prática da automedicação é costume na sociedade em todo o mundo, assim a automedicação não se trata de uma prática restrita a países desenvolvidos ou em desenvolvimento, diversos países de primeiro mundo também praticam esta prática, contudo a sistematização usada pelos sistemas de saúde impede que a automedicação provoque mais malefícios que benefícios aos seus usuários (MARINHO, CARDOSO, FERREIRA, 2018).
Tais práticas, muitas vezes tida como uma solução para o alívio imediato de sintomas pode provocar graves consequências. De acordo com dados do Conselho Federal de Farmácia (2020), no Brasil existe uma farmácia (ou drogaria) para cada 3.300 habitantes e o país está entre os dez que mais consomem medicamentos no mundo (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA, 2020).
A ampla variedade de produtos fabricados pelas indústrias farmacêuticas, o acesso a farmácias e drogarias e facilidade na aquisição de medicamentos tem favorecido o aumento desta prática no Brasil. Soma-se a isso a má qualidade da oferta dos medicamentos, o não cumprimento da apresentação do receituário médico e a deficiência de informação e de instrução na população em geral, o que promove uma preocupação referente à eficácia terapêutica e uma possível intoxicação medicamentosa (OLIVEIRA NETTO et al., 2022).
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) todo medicamento proporciona riscos pertinentes ao seu consumo, devendo ser fundamentado na relação benefício-risco. Ou seja, os reais benefícios para os pacientes necessitam superar os riscos conexos ao uso do produto. Tal avaliação é feita a partir de critérios técnico-científicos, conforme o paciente e o conhecimento da enfermidade (ANVISA, 2021).
De acordo com Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) para o mercado farmacêutico, á luz da Pesquisa de Automedicação, em 2018 constatou-se que 79% da população brasileira realiza a prática de automedicação. Sendo este o maior percentual alcançado desde que esta pesquisa começou a ser feita no país, em 2014 e 2016 o percentual foi de 76,2% e 72%, respectivamente.
Em 2020 a ANVISA divulgou o 9º Boletim de Farmacovigilância sobre os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), onde abordou a importância do profissional farmacêutico nos serviços oferecidos à população na prevenção da automedicação e uso irregular de medicamentos. Segundo o documento, apesar de serem isentos de prescrição, os MIPs não são isentos de orientação para a sua utilização. Nessa acepção, reitera-se a importância do profissional farmacêutico na abordagem ao paciente, a fim de promover orientações e seguridade no consumo de medicamentos (ANVISA, 2020).
A responsabilidade do farmacêutico na instrução dos pacientes no ato da dispensação do medicamento é fundamental para evitar os efeitos indesejáveis, a ocultação de enfermidades e resistência medicamentosa dentre outros pontos que afetam diretamente a integridade dos pacientes ou da comunidade. A racionalização e a conscientização da utilização dos medicamentos tornam menos problemática à questão da automedicação, e representa um grande passo preventivo (OLIVEIRA NETTO et al., 2022). Nesta perspectiva, nota-se que a atuação dos profissionais farmacêuticos pode contribuir de forma efetiva frente a esta problemática. Visto que, o farmacêutico é um agente de saúde, uma ponte entre o médico e o paciente, de fácil acesso, presente nas farmácias e drogarias de todo o país.
Válido ressaltar que as consequências e os riscos da automedicação e do uso irracional de medicamentos podem levar a interações medicamentosas, a erros na administração, na dosagem do medicamento e na escolha incorreta da terapia. Podendo, de fato, mascarar uma enfermidade mais grave; além do risco de dependência e abuso.
Nesse ínterim, o presente estudo justifica-se pela necessidade de compreensão e discussão científica acerca desta importante problemática. Entender as causas e as consequências da automedicação e o uso irracional de medicamentos pode colaborar com o panorama de saúde pública e em compreensão da atuação dos farmacêuticos na prevenção dessas práticas. Dessa forma, tem-se como objetivo descrever as atribuições do farmacêutico na prevenção da automedicação e do uso irracional de medicamento.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo a partir da revisão da produção científica desenvolvida no Brasil, que tem como núcleo de interesse a contribuição do profissional farmacêutico para o enfrentamento da automedicação e uso irregular de medicamentos. A coleta de dados foi realizada durante os meses de maio de 2022 a março de 2023, através dos portais da Biblioteca Virtual em Saúde.
Para a elaboração deste estudo de revisão bibliográfica as seguintes etapas foram percorridas: 1) estabelecimento da hipótese e objetivos da revisão bibliográfica; 2) estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão de artigos (seleção da amostra); 3) definição das informações a serem extraídas dos artigos selecionados; 4) análise dos resultados; 5) discussão e apresentação dos resultados e a última etapa consistiu na apresentação da revisão. Para guiar este estudo, formulou-se a seguinte questão: quais as contribuições do farmacêutico no uso racional de medicamentos e automedicação?
Para pesquisa bibliográfica foram utilizadas as bases Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line (MEDLINE) e Scientific Electronic Library Online (SCIELO), para busca de artigos publicados em língua portuguesa e inglesa entre janeiro de 2017 a 2022. Os termos de busca utilizados foram obtidos através de consulta aos Descritores em Ciências da Saúde (decs.bvs.br).
Utilizou-se na busca dos artigos a combinação dos descritores “automedicação, assistência farmacêutica e uso indevido de medicamentos”, e também na língua inglesa “self-medication, pharmaceutical service e prescription drug misuse”, sendo localizado 59 artigos, destes 23 foram utilizados, por apresentar os resultados propostos pelos objetivos.
Os critérios de inclusão dos artigos definidos para a presente revisão bibliográfica foram: artigos publicados em português, inglês e espanhol, com os resumos disponíveis nas bases de dados selecionadas, no período compreendido de 2017 a 2022. Foram excluídos os estudos de abordagem qualitativa e os de cunho quantitativo que não apresentaram em seu resumo a temática em análise. Foram ainda excluídos os capítulos de livro, resumos de eventos, relatos de caso, editoriais, meta-análises e artigos de opinião.
Para análise e posterior síntese dos artigos que atenderam aos critérios de inclusão, foi construído quadros sinópticos, onde foram registradas informações concernentes ao título do estudo, nome dos autores, ano, objetivo e principais achados/recomendações.
A apresentação dos resultados e discussão dos dados obtidos foi feita de forma descritiva, possibilitando ao leitor a avaliação da aplicabilidade da revisão bibliográfica elaborada, de forma a atingir o objetivo desse método, ou seja, impactar positivamente na qualidade no uso racional de medicamentos a partir da assistência farmacêutica.
Por se tratar de uma revisão sistemática de literatura, este estudo não necessitou de avaliação e aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) ou do Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA), tendo em vista que todo o material utilizado para sua construção foi de proveniente de plataformas públicas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na presente revisão bibliográfica, analisou-se 23 artigos que atenderam aos critérios de inclusão previamente estabelecidos e, a seguir, apresentar-se-á um panorama geral dos artigos avaliados. Os Quadras 01 e 02 apresenta a síntese dos artigos incluídos na presente revisão bibliográfica.
Quadro 1: Distribuição dos estudos segundo título, autores, ano de publicação e principais achados e ou recomendações referentes a automedicação (2018-2022).
Título | Autores | Ano | Objetivo | Prevalência dos Principais achados/Recomendações |
Automedicação entre estudantes de graduação do interior do Amazonas | Lima et al | 2022 | Avaliar prevalência e fatores associados à automedicação. | Automedicação: 80,1%. Classe de fármaco: analgésicos. Motivos: problemas álgicos. |
Percepções e Práticas de Automedicação de Estudantes de Medicina e Farmácia na Sérvia | Petrović et al | 2022 | Definir prevalência e fatores predisponentes para à automedicação entre estudantes de medicina e farmácia. | Automedicação: 81,3%. Motivo: Sintomas de dor e resfriado. |
Práticas de automedicação com medicamentos convencionais e fitoterápicos entre pacientes com ouvido/nariz/garganta | Kıroğlu et al | 2022 | Avaliar as autopráticas com uso de drogas convencionais e fitoterápicas em pacientes ambulatoriais de ouvido, nariz e garganta. | Classe de fármaco: analgésicos e antibióticos. Motivo: resfriado comum e bem-estar geral. |
Práticas de automedicação e suas características entre universitários iranianos | Rahimisadegh et al | 2022 | Identificar os hábitos para o uso de drogas e da automedicação entre universitários. | Automedicação: 44,8% Classe de fármaco: antigripais e analgésicos |
Uma pesquisa transversal: conhecimentos, atitudes e práticas de automedicação em estudantes de medicina e farmácia | Alduraibi Altowayan | 2022 | Identificar o conhecimento, atitudes e práticas da automedicação entre estudantes de medicina e farmácia. | Automedicação: 63,9% Classe de fármaco: Analgésico e antitérmicos Motivo: dor (cefaleia) e febre. |
Prevalência da automedicação em acadêmicos de odontologia e enfermagem uma instituição pública brasileira | Araújo Júnior, et al | 2021 | Apontar prevalência da automedicação em estudantes de Odontologia/Enfermagem (Universidade Estadual Piauí), Parnaíba | Automedicação: 97,1% dos acadêmicos, Classe de fármaco: analgésicos |
Prática da automedicação de estudantes de enfermagem de Instituição de ensino superior | Bohomo; Andrade | 2020 | Indicar prevalência, medicamentos usados e os motivos da automedicação | Automedicação: 99,2% Classe de fármaco: analgésicos Motivo prevalente: alívio da dor |
Práticas de automedicação em comunidades ribeirinhas na Amazônia brasileira | Gama; Secoli | 2019 | Analisar automedicação e fatores associados na população ribeirinha da região do Médio Solimões – Amazonas. | Automedicação: 76,3%. Classe de fármaco: Analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos |
Acesso e implicações da automedicação em idosos na atenção primária à saúde | Silva et al | 2019 | Avaliar o acesso e a interferência no processo da automedicação em idosos | Automedicação: 66,7% Classe de fármaco: analgésicos. Motivo: febre e dor (cefaleia) |
Automedicação entre acadêmicos de medicina de Fernandópolis-SP | Tognoli et al | 2019 | Pesquisar a automedicação por acadêmicos de curso de graduação de Medicina. | Motivo: cefaleia e mialgia. Classe de fármaco: analgésicos e anti-inflamatórios |
Automedicação em adolescentes da rede estadual de ensino na cidade de Picos/Piauí | Pereira et al | 2019 | Avaliar prática de automedicação em adolescentes da rede estadual de ensino de Picos-PI. | Automedicação: 100% Motivo prevalente: febre Principal motivação: facilidade de aquisição de medicamentos |
Prática da automedicação entre estudantes de ensino médio | Santos, Andrade, Bohomol | 2019 | Determinar prevalência, classes medicamentosas e motivos da automedicação entre estudantes do ensino médio. | Automedicação: 86,2% Classe de fármaco: analgésicos, anti-inflamatórios Motivos: alívio de dores Fácil acesso aos medicamentos |
Automedicação em acadêmicos de Medicina | Moraes et al | 2018 | Definir incidência da automedicação em estudantes de Medicina. | Automedicação: 71,42% Classe de fármaco: analgésicos, anti-inflamatórios e antiácidos |
Automedicação entre participantes de uma Universidade Aberta à Terceira Idade e fatores associados | Santos, Nogueira, Bonja-Oliveira | 2018 | Avaliar prevalência de automedicação, classes, sintomas e fatores associados entre participantes da Universidade Aberta à Terceira Idade | Automedicação: 63% Classes de fármacos: analgésicos relaxantes musculares e anti-inflamatórios. Motivo: dores musculares e articulares, cefaleia, gripes e resfriados |
Fonte: pesquisa de campo do autor (2023)
De acordo com os dados apresentados, nota-se que a automedicação se configura como uma prática comum relata por muitos participantes das pesquisas, sendo observado valores que variam de 97,1% a 99,2%. A classe farmacológica mais utilizada foi a dos analgésicos, seguidos dos anti-inflamatórios. No que concerne ao motivo da automedicação, a principal causa evidenciada foi a presença de dores, com destaque a cefaleia.
Quadro 2: Distribuição dos estudos segundo título, autores, ano de publicação referente as contribuições dofarmacêutico no uso racional de medicamentos e automedicação. (2017-2022).
Título | Autores | Ano | Objetivo | Contribuição |
A atuação do profissional farmacêutico diante da automedicação – Intoxicação medicamentosa por AINES | Costa Alho et al | 2022 | Determinar a importância da assistência farmacêutica para a automedicação por AINES. | Auxilia na prática para o uso correto de medicamentos, aconselhando a melhor forma de uso medicamento e promovendo assistência terapêutica integral |
Automedicação: atuação do farmacêutico na prevenção a intoxicação medicamentosas | Souza, Andrade | 2021 | Apontar a importância do profissional farmacêutico para a prevenção a intoxicação medicamentosas | Inserido na equipe multidisciplinar o farmacêutico atua reparando e reduzindo os danos provocados por intoxicações medicamentosas. |
Automedicação e a importância da orientação farmacêutica durante a pandemia de Covid-19 | Silva et al | 2021 | Fazer levantamento bibliográfico sobre a importância da orientação farmacêutica na automedicação na pandemia de covid-19 | O farmacêutico tem papel essencial, em especial por ter contato direto com os pacientes, orientando sobre os perigos da automedicação, prevenindo as reações e ações adversas, propiciando bem-estar aos pacientes |
Atribuições do farmacêutico no uso racional de medicamentos e automedicação | Lima; Guedes | 2021 | Analisar a responsabilidade do farmacêutico para o uso racional de medicamentos. | A atuação do farmacêutico é imperativa no que se refere ao uso de fármacos, efetua a promoção do uso seguro e racional, institui e promove ações em prol da comunidade, reduzindo o uso indiscriminado de medicamentos. O papel ativo do farmacêutico é indispensável por ser o habilitado sobre o uso de medicamentos, sendo responsável pela produção, o controle de qualidade, conservação, a distribuição, eficácia terapêutica, pelo acompanhamento, promoção do uso seguro e racional instrução das ações em prol da comunidade. |
Envelhecimento populacional com foco no uso racional d medicamentos: o papel do farmacêutico | Conceição et al | 2019 | Descrever as atitudes do farmacêutico que contribuem para o uso racional dos medicamentos a idosos. | Realiza ações educativas com a população, promovendo assistência e acompanhamento dos idosos durante tratamento e uso de medicamentos, promovendo a conscientização do uso de medicamentos |
Estudo sobre automedicação, o uso irracional de medicamentos e o papel do farmacêutico na sua prevenção | Ferreira, Terra Júnior, | 2018 | Evidenciar o papel do farmacêutico frente a automedicação para o uso racional de medicamentos | O farmacêutico orienta sobre os efeitos dos fármacos e para o correto uso, traz maior qualidade de vida aos pacientes e reduz riscos do uso irracional de medicamentos e a automedicação, com foco de informações sobre aos riscos da interação medicamentosa, das reações adversas e intoxicação medicamentosa, conscientizado a população. |
Intervenções farmacêuticas em prescrições pediátricas: uma revisão narrativa | Becker, Bueno | 2018 | Fazer revisão narrativa para identificar e caracterizar os artigos disponíveis em periódicos científicos com relato de Intervenções farmacêuticas nas prescrições de medicamentos na população pediátrica | As intervenções farmacêuticas são um componente importante na atuação do farmacêutico, por meio da atenção farmacêutica para a prevenção dos eventos adversos à medicamentos, cooperando positivamente nos desfechos dos pacientes, traz benefícios por meio da identificação de potenciais eventos adversos na terapia medicamentosa e contribui para a segurança dos pacientes e um desfecho positivo |
O papel do farmacêutico enquanto promotor da saúde no uso racional de antibióticos. | Dos Santos, et al. | 2017 | Fazer uma revisão narrativa da literatura, para reunir o conhecimento científico sobre os aspectos do farmacêutico como promotor da saúde no uso racional de antibióticos | O farmacêutico aprimora-se das instruções fundamentais frente a segurança da população, realizando ações de educação sobre medicamentos, iniciativas de promoção de saúde e prevenção da doença, por meio da de instrução, orientação sobre a medicação e a importância do seu uso posologia, dos efeitos colaterais, reações adversas, combatendo a automedicação. |
A contribuição do farmacêutico para a promoção do acesso e uso racional de medicamentos essenciais no SUS | Melo; Castro | 2017 | Apontar o processo da inserção do farmacêutico na equipe de uma Unidade Básica de Saúde e os resultados na promoção do acesso e uso racional dos medicamentos | A atuação do farmacêutico apresentou resultados significativos para a melhora da qualidade da prescrição; redução do número de medicamentos prescritos entre os pacientes em seguimento farmacoterapêutico. O farmacêutico contribuiu de forma efetiva para o acesso e a promoção do uso racional de medicamentos |
Fonte: pesquisa de campo do autor (2023)
Fatores contribuintes para a prática da automedicação e uso irregular de medicamentos
Muitos são os fatores que induzem a prática de automedicação no Brasil, entre eles a condição financeira, social e cultural de quem opta por esta prática. Os MIPs também representam uma enorme influência para quem se automedica (FERNANDES; CEMBRANELLI, 2016).
Conforme Urbano et al (2017), muitos casos de automedicação são em virtude das prescrições antigas e por indicações de terceiros. Outro fator a esta prática é a presença de dores e desconfortos físicos que leva os pacientes a buscarem uma solução rápida, escolhendo a automedicação para resolver os sintomas. Outros aspectos relacionados a automedicação, está no não cumprimento da obrigatoriedade da prescrição no momento da compra do medicamento, o que favorece a automedicação que, legalmente, há exigência da apresentação da prescrição para a venda e dispensação.
A dificuldade ou demora no atendimento médico na rede pública brasileira, os custos de consultas médicas e/ou de planos de saúde, a urgência em aliviar sintomas, a angústia e o desespero por sintomas e a facilidade em adquirir os medicamentos no balcão da farmácia/drogaria (CARREGAL; SILVEIRA. 2014; DOMINGUES et al., 2016).
As informações sobre os medicamentos presentes na internet ou em outros meios de comunicação, a falta de regulamentação e de fiscalização daqueles que vendem e a falta de programas educativos acerca dos efeitos, por vezes irreparáveis da automedicação, são alguns dos motivos que induzem os indivíduos a utilizarem medicamento de forma irracional. As propagandas de medicamentos anunciam somente suas vantagens, e influenciam de forma negativa nas prescrições, incentivando o uso indiscriminado e com isso ampliam os quadros de intoxicações medicamentosas (URBANO et al., 2017).
Classe farmacêutica mais utilizadas na automedicação
De modo geral, a automedicação é rotineira e usada em larga escala como uma maneira de tratar ou de minimizar sinais e/ou sintomas de determinados problemas de saúde, e muitas vezes, percebidos como simples, almejando à cura, a melhoria ou o alívio (BARROS et al, 2019). Os resultados deste estudo apresentam uma expressiva taxa de automedicação entre a população brasileira, em consonância com os achados de Batista (2020) que, em seu estudo, também observou resultados expressivos, onde 98,1% de indivíduos afirmaram terem praticado automedicação, e essa prática tendo ocorrido nos últimos 15 dias à entrevista.
A classe farmacológica mais utilizada foi a dos analgésicos, seguidos dos anti-inflamatórios. Resultados semelhantes foram encontrados por Lima et al (2022), onde os medicamentos mais consumidos, foram os analgésicos, também seguidos dos anti-inflamatórios. Berrouet, Lince e Restrepo (2017) relatam que o uso elevado dos analgésicos pode estar relacionado ao fato desses fármacos serem isentos de prescrição médica, ao baixo custo e terem ação paliativa ao serem utilizados para o alívio das dores.
Os analgésicos são os fármacos mais presentes na automedicação, isso em adultos e crianças, e normalmente a principal motivação para a sua utilização é a presença de algum tipo de dor (SANTOS, FREITAS, 2015; OLIVEIRA, GOMES, SILVA, et al, 2015). Nos dados coletados por Domingues et al. (2016) mostram que os analgésicos, seguidos por anti-inflamatórios foram as classes mais envolvidas na automedicação.
Entre as classes farmacológicas mais utilizadas, no estudo de Arrais (2016), foram os analgésicos, sendo a dipirona o fármaco mais utilizado. De forma mais ampla, a maior parte dos medicamentos presentes na prática da automedicação são considerados isentos de prescrição, os MIPs. Em um outro estudo, das classes farmacológicas mais utilizadas na prática da automedicação, os analgésicos foram a principal escolha, em seguida os anti-inflamatórios e os antitérmicos (OLIVEIRA, BARBOSA, 2018).
Gama e Secoli (2019) em uma pesquisa realizada com estudantes de enfermagem os resultados descrevem que a automedicação foi prevalente nos casos de dor e na diminuição da temperatura, e que os medicamentos mais usados foram os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), que possibilitam o alívio da dor. Esses medicamentos concebem um meio rápido e prático para melhoria das queixas álgicas como, lombalgia e cefaleia, cólicas menstruais, que pode ocasionar a automedicação. Além de serem fármacos de venda livre e custos mais acessíveis para a toda a população (ZAJMI et al, 2017). Assim, é notório o aumento do consumo dos analgésicos e dos anti-inflamatórios, levando em consideração a ampla ação desses medicamentos para os tratamentos mais comuns de agravos à saúde.
Sintomas que levam ao uso irracional de medicamentos
Ponderando que os recursos terapêuticos são bens de consumo pertinentes ao alívio da sintomatologia dolorosa, é possível identificar que uma das motivações para a utilização de medicamentos sem a prescrição médica são os agravos à saúde mais comuns na população, como as dores, entre essas a dor de cabeça (cefaleia), como ficou prevalente na presente pesquisa, também houve destaque para as dores musculares e articulares, gripes e resfriados, conforme os autores presentes na pesquisa (SOUSA, OLIVEIRA, LEITE, 2016).
Há diferentes sinais e sintomas que fazem com que uma pessoa venha a se automedicar. Dentre eles, destacou-se a presença de dores, com ênfase a cefaleia. Corroborando a Colares et al. (2019) que avaliaram as taxas de automedicação entre estudantes e notaram que as queixas mais frequentes como motivos da automedicação foram as dores de cabeça. Diversos fatores causais foram esclarecidos e verificados na justificativa da automedicação, mas a dor foi o motivo mais presente (KARYNA, ALMEIDA, JORGE, 2016; FONTANELLA, GALATO, REMOR, 2015; LOPES et al, 2015, MORAES et al, 2018).
O uso dos medicamentos analgésicos foi mais comum nos casos de automedicação, (BARROS et al, 2019), utilizados em especial para o alívio da dor (MATOS et al, 2018). Ademais, o uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) como paracetamol e combinações (DOMINGUES et al, 2016) são frequentemente utilizados como relaxantes musculares (BARROS et al, .2019). Assim como, os anti-inflamatórios não esteroidais como ibuprofeno, diclofenaco e dipirona, foram os mais utilizados nos sintomas de dores (GAMA: SECOLI, 2019).
A dor de cabeça mostra-se um dos principais motivos para a presença da automedicação, isso pode indicar um problema de saúde muito, que merece cuidados específicos, sendo necessário que o farmacêutico esteja atento às possíveis queixas dos seus pacientes, para que seja promovido o uso racional dos medicamentos e o aconselhamento referente à necessidade da presença de um profissional especializado para o adequado tratamento da doença ou queixa (LOPES et al., 2015).
Conforme as considerações realizadas por Souza, Oliveira e Leite (2016) a prevalência da dor continua desencadeia de forma natural o uso de analgésicos e de anti-inflamatórios por conta própria entre as pessoas. O fácil acesso aos medicamentos isentos de prescrição, torna mais fácil a comercialização destes (GAMA: SECOLI, 2019).
A depender da frequência e da quantidade as consequências do uso a médio e longo prazo dos analgésicos e anti-inflamatórios incluem úlceras, gastrites, hepatites medicamentosas, nefropatias e perpetuação de dores (MORAES et al, 2018).
A automedicação demanda cuidados e atenção, por ser um potencial de risco para as interações medicamentosas, as reações adversas, toxicidade, diagnóstico tardio ou incorreto, pois o medicamento pode mascarar a patologia, o que resulta em uma resistência ao microrganismo (OLIVEIRA, 2017). Muitos são os perigos dessa automedicação como: auto diagnóstico incorreto, escolha inadequada de terapia; efeitos colaterais de medicamentos e atrasar a procura de aconselhamento médico (OSTROVSKI, et al, 2020).
Atribuições do farmacêutico na prevenção da automedicação e do uso irracional de medicamento
Os medicamentos são parte importante nos tratamentos de saúde que almejam o combate à doenças e outros males que afetam a população, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Todavia, mesmo o Brasil tendo a sua Política Nacional de Medicamentos, verificou-se que que automedicação e uso irracional de medicamentos configura-se como um importante problema de saúde pública.
Nessa perspectiva e com base nos achados deste estudo, nota-se que profissional farmacêutico, como profissional de saúde e prestador de assistência farmacêutica, tem papel essencial na orientação e no aconselhamento dos pacientes, uma vez que a população usa a farmácia/drogaria como a primeira opção por cuidados médicos, precisando de informações sobre o uso irracional de medicamentos é perigoso (SILVA, et al, 2015; MARTINS, 2016).
Uma vez que o farmacêutico auxilia para o uso correto dos medicamentos, através de um aconselhando sobre a utilização dos mesmos, orientando-os sobre o uso correto e prevenindo as reações adversas. Dessa forma, promovendo o uso seguro e racional dos medicamentos e reduzindo o uso indiscriminado.
Os resultados evidenciam, ainda, que o profissional farmacêutico realiza ações educativas junto a com a população, de modo a promover a assistência e acompanhamento dos pacientes, especialmente a indivíduos vulneráveis no percurso do tratamento e uso de medicamentos. Quando inserido na equipe multidisciplinar o farmacêutico age reparando e diminuindo os danos provocados pelas intoxicações medicamentosas. Assim o farmacêutico mostra resultados importantes para a melhora da qualidade da prescrição, da redução dos medicamentos prescritos entre os pacientes em seguimento farmacoterapêutico e promove o uso racional dos medicamentos, promovendo a assistência terapêutica integral.
Ressalta-se também que o farmacêutico é indispensável por ser o profissional habilitado sobre o uso dos fármacos, responsável: produção, controle de qualidade, distribuição, conservação, eficácia terapêutica, o acompanhamento, a promoção do uso racional e seguro e é capacitado para promover ações em prol da comunidade, tendo responsabilidade na conscientização do uso dos medicamentos, colaborando a educar, instruir e orientar sobre os medicamentos, como também a importância do uso, da posologia, dos efeitos colaterais e das reações adversas dos medicamentos, promovendo assim o uso racional dos mesmos.
Santos et al. (2017) também evidenciaram que o farmacêutico como importante ferramenta no processo de enfrentamento ao uso irracional de medicamentos, revelando que o este profissional tem parcela de responsabilidade para a conscientização do uso dos medicamentos, colaborando para a educação, instrução, orientação sobre os fármacos, como também a relevância do seu uso, posologia, reações adversas, efeitos colaterais, e promoção do uso racional.
Dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-farmacológicas (SINITOX) com atualização em 2020 sobre intoxicações, apontam que os medicamentos são os maiores responsáveis por intoxicações no Brasil, com 20637, entre eles, com 50 óbitos. Apontam também que essas intoxicações são causas de óbitos e sequelas (SINITOX, 2020). Nessa perspectiva, Souza e Andrade (2021) descrevem que o farmacêutico é o profissional mais qualificado e apto para integrar equipes multidisciplinares, pois este profissional é conhecedor técnico do assunto, e a sua atuação tem o objetivo de reparar e diminuir os danos provocados pelas intoxicações medicamentosas.
Marinho, Cardoso e Ferreira (2018) descrevem que o farmacêutico por ter “conhecimento que permiti indicar, desaconselhar ou informar o paciente em casos de automedicação ou sintomatologia simples, o profissional farmacêutico é o mais indicado para garantir o uso racional de medicamentos, e assim, beneficiar os indivíduos que o buscam”. Desse modo o farmacêutico por ter conhecimento coopera para a eficácia terapêutica e adota medidas profiláticas diminuindo os problemas associados ao uso de medicamentos.
O conhecimento adquirido pelo farmacêutico no curso de Farmácia e sua atuação na dispensação dos medicamentos atribuem a ele a propriedade de intervir nessa situação, reforçando o seu relevante papel no combate a automedicação não responsável. Isso pode ocorrer a partir da atenção farmacêutica que, abrange atitudes, habilidades na prevenção de enfermidades, promoção e recuperação da saúde através da interação direta do farmacêutico com o usuário do medicamento (FERNANDES; CEMBRANELLI, 2015).
Soteiro e Santos (2016) afirmam que o farmacêutico tem papel essencial na etapa de orientação da população para a utilização correta de medicamentos, pois possuem conhecimentos generalistas sobre o assunto, são responsáveis pela orientação e dispensação segura dos medicamentos. O trabalho da atenção farmacêutica junto à população na dispensação dos medicamentos é de grande importância, já que é nesse momento que o paciente recebe as orientações sobre o uso dos medicamentos, dose correta, tempo de tratamento, os riscos ou os benefícios, ou dependendo do caso são orientados a procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
O farmacêutico possui amplo conhecimento quando a temática é o uso racional dos medicamentos, sendo detentor de conhecimento técnico e das competências indispensáveis na identificação de eventos adversos provocados pelo uso de medicamentos. A atuação do profissional farmacêutico para à sociedade é de extrema relevância, assim como a sua atuação integrando nas equipes multidisciplinares, agregando valor e efetivando resultados positivos que beneficiam os pacientes (SANTANA, 2017).
Compete ao farmacêutico à capacidade de se comunicar evidenciando todo entendimento farmacológico em relação aos medicamentos, dessa forma, orientar os pacientes/clientes que o procuram nos estabelecimentos farmacêuticos, para adquirir medicamentos sem prescrição médica. Proporcionar a automedicação de maneira correta, impossibilitando as interações medicamentosas e a exposição dos pacientes/clientes a riscos (SANTOS, FREITAS, 2015).
Assim, pode-se qualificar que o papel do farmacêutico na automedicação é o de aconselhar os usuários a respeito da utilização dos medicamentos de forma coesa, provando autoconfiança, e conscientizando para os reais riscos provenientes do uso irracional dos medicamentos (ZUTION; SILVA; CARMO, 2017).
Desse modo o farmacêutico tem o papel de orientar os pacientes com o objetivo de combater a automedicação, atuando por meio da atenção farmacêutica como estratégia para reduzir o uso desnecessário dos medicamentos, melhorando a adesão farmacoterapêutico.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A automedicação é uma realidade na população brasileira. Esta prática pode resultar em graves problemas de saúde. O uso de fármacos não prescritos por profissionais habilitados pode agravar o problema e até mesmo provocar novas complicações. Os riscos da automedicação são enormes, todavia podem ser prevenidos com a devida orientação e supervisão profissional.
Nesse contexto, o farmacêutico torna-se uma importante ferramenta para o enfrentamento de tal problemática. Uma vez que, o farmacêutico é o profissional habilitado no que se refere a produção, manejo e dispensação de medicamentos. Ao tempo que, também, atua como educador em saúde, por meio da atenção farmacêutica, onde promove orientações sobre os perigos da automedicação, promovendo o uso seguro e racional dos medicamentos.
ABSTRACT
This article aims to describe the role of the pharmacist in preventing self-medication and irrational use of medication, in the light of art in Brazil. The results show that self-medication and irregular use of medicines is an important public health problem in Brazil. They are often practiced due to the difficulty or delay in medical care in the public network, the high costs of medical consultations, the ease of acquiring medication and, mainly, the urgency of relieving symptoms. From this perspective, the pharmacist becomes an important tool in coping with these practices. Since the pharmacist is the qualified professional with regard to the production, handling and dispensing of medicines. At the same time, it also acts as a health educator, through pharmaceutical care, where it promotes guidance on the dangers of self-medication, promoting the safe and rational use of medicines.
Keywords: Self-medication. Pharmaceutical care. Misuse of medications.
REFERÊNCIAS
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Anvisa alerta para riscos do uso indiscriminado de medicamentos. 2021. Disponível em: < https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2021/anvisa-alerta-para-riscos-do-uso-indiscriminado-de-medicamentos>.Acesso: 16/03/2023.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Boletim de Farmacovigilância nº 9. 2020. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/arquivos-noticias-anvisa/917json-file-1>. Acesso em: 16/03/2023.
ALDURAIBI, RK, ALTOWAYAN, W.M. cross-sectional survey: knowledge, attitudes, and practices of self-medication in medical and pharmacy students.BMC Health Services Research (2022) 22:352
ARAÚJO JÚNIOR, A. G.; et al. Prevalência da automedicação em acadêmicos de odontologia e enfermagem em uma instituição pública brasileira. 2021. rquivos Em Odontologia, 57, 26–35. Disponível em: <https://doi.org/10.7308/aodontol/2021.57.e04>. Acesso em: 04/05/2023.
ARRAIS, P. S. D. Prevalência da automedicação no Brasil e fatores associados. Revista Saúde Pública 2016;50(supl 2):13
BARROS, M.; et al. Uso de analgésicos e o risco da automedicação em amostra de população urbana: estudo transversal. Departamento de Saúde Pública, Batucatu, sp, Brasil, p. 1-8, 30 nov. 2019.
BATISTA J. A. Automedicação e saúde pública: dimensionamento farmacoepidemiológico dos fatores de risco e comportamentos de saúde da população brasileira [Dissertação]. Araçatuba: Faculdade de Odontologia, Universidade Estadual Paulista; 2020. Disponível em: <,https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/193432/batista_ja_me_araca_int.pdf?sequence=3>. Acesso em: 19/04/2023.
BECKER, G. C.; BUENO, D. Intervenções farmacêuticas em prescrições pediátricas: uma revisão narrativa. Clin Biomed Res, 2018;38(4)
BERROUET M. C, LINCE, M, RESTREPO, D.Self-medication of analgesics and antibiotics in medical students. Med UPB. 2017; 36(2):115-22. doi:
BERROUET, M. C; LINCE, M; RESTREPO, D. Automedicação de analgésicos e antibióticos em estudantes de graduação de medicina. Med. U.P.B ; 36(2): 115-122, jul.-dic. 2017.
BOHOMOL, E.; ANDRADE, C. M. Prática da automedicação entre estudantes de enfermagem de instituição de ensino superior. 2020. Disponível em: , https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/48001/751375149331>. Acesso em: 06/05/2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. RESOLUÇÃO-RDC nº 84, de 19 de março de 2002. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/rdc0084_19_03_2002.html>. Aceso em: 19/04/2023.
CARREGAL, D.C., SILVEIRA, L.O.P. Analysis of the self-medication pattern among Brazilian users of the public health system. PeerJ Preprints. 2014. v. 2(1): 7-14.
COLARES, K. T. P., et al. Prevalence and factors associated with self-medication in nursing students. Journal of Nursing, 2019, 13, 239756-239764.
CONCEIÇÃO, S. B. et al. Envelhecimento populacional com foco no uso racional de medicamentos: o papel do farmacêutico. Revista Intersaúde, v. 1, n. 1, 2019
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA (CFM). Dados 2020. Disponível em: https://www.cff.org.br/pagina.php?id=801%26menu=801%26titulo=Dados%2B2018. Acesso em: 04 mar. 2023.
COSTA ALHO, R.; et al. A atuação do profissional farmacêutico diante da automedicação – Intoxicação medicamentosa por AINES. Research, Society and Development, v. 11, n. 14, e287111435027, 2022
CRUZ, M. J. B., et al. Estoque doméstico e uso de medicamentos por crianças no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, Brasil. Saúde em debate, 2014, 41(114), 836-847.
DE MENEZES, A. L. A. et al. O Profissional da Saúde nas Práticas do Autocuidado. UniAGES, 2021. 16 f. Disponível em: <. https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/13538/1/O%20profissional%20da%20Sa%C3%BAde.pdf>. Acesso em: 17/03/2023
DOMINGUES, P. H.; et al. Prevalência e fatores associados à automedicação em adultos no Distrito Federal: estudo transversal de base populacional*. Epidemiol. Serv. Saude, Brasília, – Faculdade de Medicina, Universidade de Brasília, ano 2016, p. 1-12, 24 nov. 2017.
DOS SANTOS, S. L. F. et al. O papel do farmacêutico enquanto promotor da saúde no uso racional de antibióticos. RSC online, 2017; 6(1): p. 79 – 88.
ELY, L. S.; ENGROFF, P.; GUISELLI, S. R.; CARDOSO, G. C.; MORRONE, F. B.; CARLI, G. A. Uso de anti-inflamatórios e analgésicos por uma população de idosos atendida na Estratégia Saúde da Família. Revista Bras. geriatr. gerontol., Rio de Janeiro , v. 18, n. 3, p. 475-485, set. 2015.
FERNANDES, W. S.; CEMBRANELLI, J. C. Automedicação e o uso irracional de medicamentos: o papel do profissional farmacêutico no combate a essas práticas. Revista Univap. São José dos Campos, v. 21, n. 37, p. 5-12, jul, 2015.
FERREIRA, R. L.; TERRA JÙNIOR, A. T. Estudo sobre a automedicação, o uso irracional de medicamentos e o papel do farmacêutico na sua prevenção. Rev Cient FAEMA: Revista da Faculdade de Educação e Meio Ambiente – FAEMA, Ariquemes, v. 9, n. ed esp, p. 570-576, maio-jun, 2018.
FONTANELLA, F. G.; GALATO, D.; REMOR, K. V. T. Perfil de automedicação em universitários dos cursos da área da saúde em uma instituição de ensino superior do sul do Brasil. Revista Bras. Farm, v. 94, n. 2, p. 154-160, 2015.
GAMA, A.; SECOLI, S. Práticas de automedicação em comunidades ribeirinhas na Amazônia brasileira. Revista Bras Enferm, São Paulo, Brasil., ano 2020, p. 1-9, 17 dez. 2019.
INSTITUTO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E QUALIDADE (ICTQ). Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação do Mercado Farmacêutico. Pesquisa sobre o Uso Racional de Medicamentos no Brasil. Disponível em < https://ictq.com.br/pesquisa-do-ictq/871-pesquisa-automedicacao-no-brasil-2018 >. Acesso em: 31/03/2023
KARYNA, H. O S. D; ALMEIDA; F. S.; JORGE, R. S. R. Estudo sobre automedicação no uso de anti-inflamatórios não Esteroides na cidade de Valparaíso de Goiás. Revista Saúde e Desenvolvimento, v. 9, n. 5, p. 142-153, 2016.
KIROĞLU, O., et al. Self-medication practices with conventional and herbal drugs among ear, nose, and throat patients. Revista Assoc Med Bras (1992). 2022 Nov 21;68(10):1416-1422. DOI: 10.1590/1806-9282.20220430. PMID: 36417646; PMCID: PMC9683902.
LEE, C. H, et al. Auto-medicação inadequada entre adolescentes e sua associação com menor conhecimento sobre medicamentos e uso de substâncias. [S.l.]: PLoS ONE. 2017; 12:189-199.
LIMA, D. S.; GUEDES, J. P. M. Atribuições do farmacêutico no uso racional de medicamentos e automedicação. Research, Society and Development, v. 10, n. 15, e263101522827, 2021
LIMA, P. A. V.; et al. Automedicação entre estudantes de graduação do interior do Amazonas. Acta paul. enferm. [online]. 2022, vol.35 [citado 2023-03-28], eAPE039000134. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.37689/acta-ape/2022ao000134>. Acesso em: 05/05/2023.
LOPES, W.F.L., et al. A prática da automedicação entre estudantes de uma instituição de ensino superior de Teresina-PI. Revista Interdisciplinar, v. 7, n. 1, p. 17-24, 2015.
MARINHO, R. A; CARDOSO, G. P.; FERREIRA, W. A. Vantagens e desvantagens da automedicação: princípios gerais. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research – BJSCR. Vol.23,n.2,pp.105-110 (Jun – Ago 2018).
MARTINS, I. A. L. Atenção, dispensação e prescrição farmacêuticas em homeopatia. Biblioteca Virtual em Saúde [internet]. São Paulo: 2016. Disponível em: <http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/hom-11136>. Acesso em: 20/03/2023
MATOS, F.; et al. Prevalência, perfil e fatores associados à automedicação em adolescentes e servidores de uma escola pública profissionalizante. Cadernos Saúde Coletiva, Ouro Preto (MG), Brasil., ano 2018, n. 1-8, p. 1-8, 2018.
MELO, D. O.; CASTRO, L. L. C. A contribuição do farmacêutico para a promoção do acesso e uso racional de medicamentos essenciais no SUS. 2017. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/csc/a/HFMqZG99cH8p7rQYTZJX45S/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 17/04/2023.
MORAES, E.; et al. 2018. Automedicação em acadêmicos de Medicina. Revista Soc Bras Clin Med. 2018 abr-jun;16(3):167-70
OLIVEIRA NETTO, et al. O papel do farmacêutico na automedicação da “farmácia” caseira. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.4, p.29187-29205, apr., 2022.
OLIVEIRA, J. F. M. INTERNAÇÕES hospitalares e mortalidade por intoxicação medicamentosa em São Paulo [tese] [internet]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública; 2017 [citado em 12 de abril de 2018]. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde17042017-083842/pt-br.php>. Acesso em: 16/03/2023.
OLIVEIRA, M. A. R.; BARBOSA, F. G. Caracterização da prática de automedicaçãoe fatores associados: uma breve revisão. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research – BJSCR. Vol.25,n.1,pp.62-65 (Dez 2018 – Fev 2019)
OLIVEIRA, R. I. B; GOMES, A. T; SILVA, D. A. Prática da automedicação por clientes de uma farmácia comunitária do município de Muriaé – MG. Acta Biomedica Brasiliensia [internet]. 2015; 4 (2): 90-105.
OSTROVSKI, E. G.; et al. Projeto de extensão riscos da automedicação: relato de experiências em educação em saúde. Revista de Extensão do Instituto Federal Catarinense, v.1, n.13, 2020.
PATIL, S.B. Vardhamane, S.H. et al. Self-Medication Practice and Perceptions Among Undergraduate Medical Students: A Cross-Sectional Study. Journal of Clinical and Diagnostic Research. V.8; n.12; p.20-23, 2014.
PEREIRA, Francisco Gilberto Fernandes et al. Automedicação em adolescentes da rede estadual de ensino na cidade de Picos/Piauí. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental, v.11, n. 1, p. 59- 66, jan./mar. 2019.
PETROVIĆ, T. A, et al. Self-Medication Perceptions and Practice of Medical and Pharmacy Students in Serbia. Int J Environ Res Public Health. 2022 Jan 21;19(3):1193. doi: 10.3390/ijerph19031193. PMID: 35162213; PMCID: PMC8834465.
RAHIMISADEGH R, et al. Self-medication practices and their characteristics among Iranian university students. BMC Pharmacol Toxicol. 2022 Aug 8;23(1):60. doi: 10.1186/s40360-022-00602-5. PMID: 35941706; PMCID: PMC9358361.
SANTANA, K. S. O Papel do Profissional Farmacêutico na Promoção da Saúde E do Uso Racional de Medicamentos. Monografia, 35f. (Graduação) Faculdade de Educação e Meio Ambiente. Ariquemes – RO, 2017. Disponível em: <https://repositorio.faema.edu.br/bitstream/123456789/1249/1/Kamila%20Dos%20Santos%20Santana.pdf>. Acesso em. 15/04/2023.
SANTOS, A. N. M.; NOGUEIRA, D. R. C; BORJA-OLIVEIRA, C. R. Automedicação entre participantes de uma Universidade Aberta à Terceira Idade e fatores associados. Revista Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2018; 21(4): 431-439
SANTOS, E. S. P; ANDRADE, C. M.BOHOMOL, E. Prática da automedicação entre estudantes de ensino médio. Cogitar enferm. [on-line]. 2019, vol.24 61324.
SANTOS, P. N. M; FREITAS, R. F. Automedicação infantil: conhecimento e motivação dos pais. Revista Multitexto. 2015; 3 (1): 65-72.
SANTOS, S. L, F., et al. O papel do farmacêutico enquanto promotor da saúde no uso racional de antibióticos. Disponível em: < https://rsc.revistas.ufcg.edu.br/index.php/rsc/article/view/156/152>. Acesso em 15/04/2023.
SILVA D. V. R, et al. Automedicação e atenção [farmacêutica sobre analgésicos em drogaria de montes Claros – MG. Revista multitexto: 2015, 02 (1): 45-49.
SILVA, I. D. D. et al. Acesso e implicações da automedicação em idosos na atenção primária à saúde.Journal Health NPEPS. 2019 jul-dez; 4(2):132-150.
SILVA, J.S.; et al. Automedicação e a importância da orientação farmacêutica durante a pandemia de Covid-19. Revista Artigos Com., 2021, ISSN 2596- 0253.
SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES TÓXICO-FARMACOLÓGICAS (SINITOX). Dados de intoxicação. 2020. Disponível em: <https://sinitox.icict.fiocruz.br/dados-nacionais>. Acesso em: 31/03/2023
SOTERIO, K.A, SANTOS, M.A. A automedicação no Brasil e a importância do farmacêutico na orientação do uso racional de medicamentos de venda livre: uma revisão. Revista da Graduação, v. 9, n. 2, 2016.
SOUSA, F. T.; OLIVEIRA, T. B.; LEITE, C. L. B. Abordagem interdisciplinar de educação em saúde: a prática da automedicação entre universitários. Revista de Pesquisa Interdisciplinar, Cajazeiras, v. 1, Ed. Especial, 106 – 113, set/dez. de 2016.
SOUSA, L.A.O. Prevalência e características dos eventos adversos a medicamentos no Brasil. Universidade Federal do Ceará Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas. Fortaleza-2016. Disponível em: <http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/19242/1/2016_dis_laosousa.pdf.>.Acesso em: 10 de maio de 2022
SOUZA, R. C. O.; ANDRADE, L. G. Automedicação: atuação do farmacêutico na prevenção a intoxicação medicamentosa. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.7.n.10. out. 2021. ISSN – 2675 – 3375
TOGNOLI , T. A, et al. Automedicação entre acadêmicos de medicina de Fernandópolis – São Paulo. J. Health Biol Sci. 2019; 7(4):382-386
URBANO, A.Z.R. et al. Automedicação infantil: O uso indiscriminado de medicamentos nas cidades de Santos e de São Vicente. Revista Ceciliana, Santos, v. 2, n. 2, p. 6-8. 2017.
ZAJMI D, et al. Public knowledge, attitudes and practices regarding antibiotic use in Kosovo. Pharm Pract 2017; 15: 827
ZUTION, J.R.; SILVA, D R.; CARMO, R.G. Riscos da automedicação e o uso irracional de antibióticos. In: Congresso Nacional de Conhecimento/ Congresso Nacional dos Estudantes, 11. Porto Seguro, 2017. Anais do Congresso Nacional de Conhecimento/ Congresso Nacional dos Estudantes. Bahia: Porto Seguro, 2017.
1 Acadêmica do 10 período do curso de Farmácia da Faculdade de Imperatriz – FACIMP WYDEN, railmalopes123@gmail.com
2 Enfermeira. Orientadora. Mestre em Saúde Coletiva. Docente do curso de Medicina da Universidade Estadual do Tocantins – UNTINS, mariana.bs@unitins.br.
3 Enfermeira. Co-orientadora. Especialista em Docência no Ensino Superior. Docente do curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, carlasge@hotmail.com.