REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10249091245
Carlos Marçal Lima
RESUMO
O presente artigo busca investigar as possíveis contribuições do psiquiatra e filósofo austríaco Viktor Emil Frankl para a formação humana dos futuros presbíteros católico. Partindo da compreensão da finalidade da formação humana nos seminários, propomo-nos a analisar as situações que afetam e desafiam o processo formativo dos candidatos ao ministério ordenado. Destarte, serão apresentadas as premissas fundamentais da doutrina frankliana que estão centradas em conceitos eminentemente filosóficos: pessoa, liberdade, responsabilidade, significado e transcendência. Frankl defende uma unidade antropológica radical, ainda que permeada por uma irrecusável diversidade ontológica, a qual se pretende logicamente imune a reducionismos. Para ele, o homem é ser espiritual-pessoal; é capaz de se autodeterminar; orienta-se, primariamente, para o significado e os valores; a transcendência pertence de maneira essencial ao ser-homem. Por fim, tentaremos constatar, a partir das premissas fundamentais de Frankl, suas possíveis contribuições para a formação humana dos futuros presbíteros católico.
Palavras-chave: Viktor Frankl. Formação humana. Desafios. Princípios. Logoterapia.
ABSTRACT
This article seeks to investigate the possible contributions of the Austrian psychiatrist and philosopher Viktor Emil Frankl to the human formation of future Catholic priests. Starting from an understanding of the purpose of human formation in seminaries, we propose to analyze the situations that affect and challenge the formative process of candidates for ordained ministry. Thus, the fundamental premises of the Franklian doctrine will be presented, which are centered on eminently philosophical concepts: person, freedom, responsibility, meaning and transcendence. Frankl defends a radical anthropological unity, even if permeated by an irrefutable ontological diversity, which is intended to be logically immune to reductionism. For him, man is a spiritual-personal being; is capable of self-determination; is oriented primarily towards meaning and values; transcendence belongs in an essential way to being-man. Finally, we will try to establish, based on Frankl’s fundamental premises, his possible contributions to the human formation of future Catholic priests.
Keywords: Viktor Frankl. Human formation. Challenges. Principles. Logotherapy.
1 INTRODUÇÃO
O presente artigo pretende investigar as possíveis contribuições de Viktor Frankl para à formação humana dos futuros presbíteros católico. Antes de colocar nossa problemática, faz-se necessário, desde já, trazer presente alguns elementos da vida e obra de nosso referencial teórico.
Viktor Frankl foi professor de neurologia e psiquiatria na Universidade de Viena e foi o fundador da chamada logoterapia, escola psicológica de caráter fenomenológico, existencial e humanista, também conhecida como a terceira escola vienense de psicoterapia ou como a psicologia do sentido da vida.
Partindo de conceitos eminentemente filosóficos: pessoa, liberdade, responsabilidade, significado e transcendência, Frankl defende uma unidade antropológica, ainda que permeada por uma irrecusável diversidade ontológica. Para ele, o homem é ser espiritual-pessoal; é capaz de se autodeterminar; orienta-se, primariamente, para o significado e os valores; a transcendência pertence de maneira essencial ao ser–homem.
Dito essa poucas palavras sobre o nosso referencial teórico, cabe-nos agora dizer que a ideia inicial que motivou a produção desse artigo diz respeito a uma necessidade própria de um instrumento teórico que nos auxiliasse na formação humana dos futuros presbíteros católico e iluminasse as situações que o contexto atual afeta e desafia o processo formativo dos candidatos ao ministério ordenado. Diante da novidade proporcionada por Frankl à ciência psicológica, sobretudo os aspectos do humanismo, da libertação do determinismo psicologista e a descoberta que o homem pode ir além do sofrimento, é que decidimos investigar as possíveis contribuições de Viktor Frankl para a formação dos futuros presbíteros católico.
Nesse raciocínio, o problema central de nossa pesquisa é: como ou em que a Logoterapia de Viktor Frankl pode ajudar no acompanhamento humano-afetivo dos candidatos ao ministério ordenado católico? Neste sentido outras perguntas surgiram como desdobramento desta, a saber: que desafios encontramos hoje na formação humano-afetivo dos nossos candidatos ao sacerdócio católico? Quais princípios da logoterapia de Viktor Frankl que podem oferecer luzes para enfrentar os desafios levantados?
O objetivo desse artigo é, a partir da identificação dos atuais desafios na formação humana do presbítero católico e de uma análise crítica dos princípios básicos da logoterapia de Viktor Frankl, apontar o que das suas premissas são válidas e podem ser aplicado à formação humana dos candidatos ao ministério ordenado.
Nossa hipótese de pesquisa é a de que, a partir da sistematização de conceitos-chave da doutrina frankliana (liberdade, responsabilidade, sentido da vida e busca de sentido), poderemos traçar um percurso compreensivo que lançará as bases para o enfrentamento das situações que afetam e desafiam o processo formativo pedagógico dos presbíteros católico.
Nessa perspectiva, o presente artigo é relevante porque poderá oferecer aos formadores, possíveis respostas aos desafios que o atual contexto apresenta à formação humana dos candidatos ao ministério presbiteral. É significativo ainda porque os princípios básicos da logoterapia de Viktor Frankl podem ser uma colaboração para a construção de um projeto de vida estável, maduro e definitivo para os presbíteros católico. É relevante ainda porque esses mesmos princípios são válidos para formação humana de qualquer pessoa que deseja trilhar um caminho de maturidade.
O procedimento metodológico estará diretamente relacionado à pesquisa bibliográfica e terá característica dialética, na medida em que levou em conta o contexto do grupo e da instituição envolvida, permitindo uma abertura para níveis mais abrangentes de significado.
No primeiro momento de nossa pesquisa, procuraremos apresentar uma síntese do que se espera da formação humana dos futuros presbíteros católico. Tentaremos responder a pergunta: qual a finalidade ou onde se pretende chegar com essa dimensão formativa? Tentaremos ainda, refletir sobre as situações que desafiam a formação nos dias atuais, no desejo de compreender as características fundamentais de nosso tempo e quais as suas influências no processo educativo.
No segundo momento, lançaremos as bases para a compreensão dos conceitos básicos desenvolvidos por Frankl, especificamente, aqueles que tendem a colaborar com o objetivo dessa pesquisa: a concepção de liberdade e responsabilidade; de sentido da vida humana e de vontade de sentido.
Por fim, no desejo que de elencar as possíveis contribuições de Viktor Frankl para a formação dos futuros presbíteros católico, proporemos, à luz do que a Igreja pretende e espera de seus ministros e dos desafios da formação em nossa época, apontar as bases de todo o processo formativo: liberdade, responsabilidade e autonomia; opção e vivência de um projeto de vida, centrado no anúncio do Reino de Deus e no seguimento a Jesus Cristo.
2 A FORMAÇÃO HUMANA DOS FUTUROS PRESBÍTEROS E SEUS DESAFIOS
O que pretendemos aqui não é traçar uma análise completa da formação dos futuros presbíteros, mas apenas apresentar alguns pontos importantes para a compreensão da finalidade da formação do processo educativo humano e seus desafios. Isso se dá, para nos lembrar de que é fundamental se propor um sério caminho de formação integral, e para se demonstrar a necessidade de aparato teórico na formação e de suas contribuições no processo formativo, como assim pensamos que Viktor Frankl pode sugerir.
A partir de tal constatação que, parece-nos necessário começarmos o presente artigo apresentado em linhas gerais qual é a finalidade da formação humana, e quais as situações que afetam e desafiam o processo formativo dos futuros presbíteros católico.
A respeito da finalidade da formação humana dos presbíteros, é importante lembrar desde já, a importante orientação elaborada por João Paulo II, que afirma: “sem uma adequada formação humana, toda a formação sacerdotal estaria privada do seu necessário fundamento” (C.f. PDV, 1992, n. 43). É oportuno recordar também o que o Documento de Aparecida afirma com relação a finalidade da formação humana dos candidatos:
[…] levar a pessoa a assumir a própria história e a curá-la, com o objetivo de tornar-se capaz de viver como cristão em um mundo plural, com equilíbrio, fortaleza, serenidade e liberdade interior, e para isso Jesus Cristo é o grande modelo, pois ele mesmo formou pessoalmente seus apóstolos e discípulos (Cf. DAp, n. 276-280, 2007).
Diante das afirmações acima e de toda riqueza dos Documentos e Diretrizes da Igreja acerca da formação dos presbíteros, o que tentaremos fazer aqui é apenas apresentar de maneira sintética e sistemática o desejo da Igreja em formar os candidatos ao presbitério de “tal modo que estes possam formar-se integralmente e ser devidamente preparados para enfrentar os desafios do nosso tempo” (Cf. O DOM DA VOCAÇÃO, nº7, 2017). Cabe lembrar que não abordaremos aqui todas as dimensões da formação, a saber: espiritual, intelectual, comunitária, pastoral e humana, mas apenas a formação humana.
A nova Ratio Fundamentalis Instituionis Sacerdotalis[1] (2017, p.?) afirma que o caminho formativo deve favorecer que o futuro presbítero seja “um homem de discernimento”, ou seja, “capaz de interpretar a realidade da vida humana à luz do Espírito, e escolher, decidir e agir de acordo com a vontade divina”. O futuro presbítero procura busca viver a sua afetividade com o equilíbrio desejável para o exercício do bom pastoreio:
capaz de compreender as próprias moções, seus dons, suas necessidades e suas fragilidades, sendo capaz de livrar-se de todas as afeições desordenadas e, depois de havê-las eliminadas, procurar e entregar a vontade de Deus na organização da própria vida em vida da salvação das almas” (Cf. PAPA FRANCISCO, 2017, nº 43).
Podemos dizer que a nova “Ratio” recorda o que sempre foi defendido pelo Magistério da Igreja, que seus ministros sejam pessoas integradas, homens de comunhão, unidade e diálogo.
Segundo São João Paulo II, “os futuros presbíteros devem cultivar uma série de qualidade humanas necessárias à construção de personalidades equilibradas, fortes e livres, capazes de suportar o peso das responsabilidades pastorais” (Cf. PDV, 1992, n. 43, p. 117).
Preconizou o Papa Bento XVI, em sua carta aos seminaristas, a importância da formação humana integral:
[…] os anos no Seminário devem ser também um tempo de maturação humana. Para o sacerdote, que terá de acompanhar os outros ao longo do caminho da vida e até às portas da morte, é importante que ele mesmo tenha posto em justo equilíbrio coração e intelecto, razão e sentimento, corpo e alma, e que seja humanamente íntegro (Cf. Papa Bento XVI, Apud. CERNUZIO, 2015, s/p).
O Papa Francisco, em audiência aos participantes de um Congresso promovido pela Congregação para o Clero por ocasião do 50º aniversário dos Decretos Conciliares Optatam totius e Presbyterorum Ordinis, assim se expressou:
Um bom sacerdote é antes de tudo um homem com a sua própria humanidade, que conhece a sua própria história, com as suas riquezas e as suas feridas, e que aprendeu a fazer as pazes com ela, alcançando a serenidade de fundo, própria de um discípulo do Senhor (FRANCISCO, 2015, s/p)
Em síntese, elucida o Documento Pastores Dabo Vobis (1992), que a formação humana dos presbíteros visa formar padres que sejam capazes de se determinar e de viver a reponsabilidade, capazes de conhecer em profundidade a alma humana, facilitar encontro e diálogo, exprimir juízos serenos e objetivos; capazes de assumir o compromisso celibatário de maneira madura, serena, alegre, como virtude que desenvolve a autentica maturidade da pessoa.
Feito as considerações acima sobre a finalidade da formação, acabe agora elencar algumas situações culturais que afetam e desafiam a formação dos futuros presbíteros nessa mudança de época. A priori, se faz necessário reconhecer que os desafios aqui refletidos não são unicamente apresentados aos que almejam o ministério ordenado, mas atinge a todos. De fato, os fenômenos a serem apresentados aqui estão presentes na vida de todo e qualquer jovem de nossa época.
Um traço forte na cultura presente é mudança na maneira de lidar com o tempo. Nota-se uma busca pelo imediato, pela satisfação do aqui e agora, “no gosto pela rapidez, no centra-se no instante, nos contatos imediatos e na virtualidade da própria vida” (Cf. CNBB, 2011, n. 17). É Notável que um contexto de fluidez “rejeita-se o fato de que construir um percurso pessoal de vida signifique renunciar a percorrer no futuro diferentes estadas: ‘hoje escolho isto, amanhã veremos’” (FRANCISCO, 2017, p. 28). Essa situação exige dos futuros presbíteros a capacidade de se programar a logo prazo e assumir as consequências de sua escolha presbiteral.
Outro traço da cultura contemporânea é a forte tendência à aparência e o exibicionismo. “Na cultua dominante, ocupa o primeiro lugar aquilo que é exterior, imediato, visível, superficial, provisório. O real cede o lugar à aparência” (EG, 2013, nº 62). Diante dessa tendência a superficialidade, torna-se necessário uma formação que ofereça um caminho de amadurecimento dos valores humanos e cristãos.
Outro fenômeno de nossa geração é o acento ao individualismo e, como consequência, o enfraquecimento da vivência comunitária. Percebe-se uma forte tendência à incapacidade de verdadeiras relações humanas. “Muitos tentam escapar dos outros, fechando-se na sua privacidade confortável ou no círculo reduzido dos mais íntimos” (EG, 2013, n. 87). Frente a esse fenômeno, sentimos o desafio de formar para a superação da desconfiança permanente e do isolamento. É importante mostrar aos futuros presbíteros que a opção pela fraternidade presbiteral, é marca do cristão e condição para a vivência do ministério. “A forma individualista do exercício do ministério ordenado, além de ser uma traição à sua própria essência, é um dos principais entraves à realização de uma Igreja toda ela responsável pela missão” (Cf. DGAE, 2015, nº 327).
Outra marca da cultura atual são as modernas tecnologias da comunicação, geralmente chamada de “mundo virtual”. O mundo digital “oferece possibilidade de acesso a uma série de oportunidades que as gerações anteriores não tinham, e ao mesmo tempo apresenta riscos” (FRANCISCO, 2017, p. 27). Dado a ser levado em consideração é que aqueles que iniciam o caminho no seminário já estão habituados e, de certa maneira, imersos na realidade digital e seus instrumentos. Sobre esse aspecto a nova Ratio Fundamentalis Iinstituionis Sacerdotalis (2017, n. 99, p.? orienta que “é necessário guardar a devida providência relativamente aos inevitáveis riscos que a fragmentação digital comporta, incluindo várias formas de dependência”.
Na esfera eclesial há o desafio de uma verdadeira conversão pastoral. Constata-se a necessidade da Igreja estar em estado permanente de missão. Aqui nota-se “o desafio de viver na Igreja a paixão que norteia a vida de Jesus Cristo: o Reino de Deus, fonte de graça, justiça, paz e amor” (Cf. CNBB, Doc. 93, 2011, n. 30). Sobre esse âmbito, a formação presbiteral não pode deixar de acentuar o caráter missionário do ministério ordenado, o seguimento a Cristo como marca do ser cristão e o serviço ao Reino de Deus e sua justiça como fundamentação da formação presbiteral.
No campo afetivo/emocional, nota-se nessa geração uma forte tendência à imaturidade psicológica, certa instabilidade vocacional e vulnerabilidade. É notável que entre os jovens que pedem para ingressar nos seminários, “alguns são dotados de uma fragilidade humana, espiritual e afetiva muito grande” (OSIB,2012, p.42). Percebe-se ainda, uma preocupação exagerada pelos status, pouco sentido do dever e tendência a buscar o fácil e uma vida cômoda, rejeitando todo tipo de sacrifício. “Encontram-se alguns que podem apresentar uma identidade sexual desintegrada, o que fragmenta a própria personalidade e a vida psíquica como sujeito humano” (Cf. CNBB, Doc. 93, 2011, n. 38). Nesse campo afetivo/emocional é necessário um projeto formativo que lhes permita chegar a uma maturidade afetiva que lhes permita viver o celibato na fidelidade e na alegria.
As situações ou tendências aqui apresentadas serviram-nos para nos recordar que os futuros presbíteros católico vivem inseridos nesta realidade e dela provêm, sendo por ela influenciados. Serviram-nos também, para nos lembrar duma questão fundamental, que deve orientar todo processo formativo: como formar presbíteros que estejam à altura destes tempos, bem formados, autônomos, maduros, livres, responsáveis, capazes de viver um projeto de vida estável e sejam sustentados pela opção pelo Reino de Deus, no seguimento a Cristo.
3 A INDIVIDUALIDADE NA FORMAÇÃO HUMANA DOS FUTUROS PRESBÍTEROS CATÓLICOS
O seminarista, em seu processo formativo, é chamado a viver a sua individualidade, isto é, seu modo de ser e a sua mais bela expressão do “eu real” com o “nós” da relação comunitária, elemento constitutivo da pessoa. Não se pode pensar, a formação humana dos futuros presbíteros sem o elemento da individualidade, pois se tira este elemento não conseguimos pensar o sujeito de forma profunda. A individualidade gera a unidade interna, sendo ela sagrada, inviolável e que permite adentrar naquilo que é a unidade interna da pessoa fazendo com que, a mesma, obtenha a realização plena de sua unidade e das relações. Nesse sentido, a pessoa é una em si mesma com uma coerência interna que se dá pela individualidade, pois é a expressão daquilo que ela é e, condição para o exercício da liberdade na comunidade. Desta forma, o “eu seminarista” se realiza a partir de um consenso espontâneo.
Contudo, a cultura contemporânea está marcada pela supremacia do individualismo que é contrária a individualidade, ou seja, não haverá uma relação comunitária entre o “eu” e o “nós”, pois com o individualismo o “eu” se torna absoluto em relação ao “tu” na relação interpessoal e em ligação ao “nós” no consenso espontâneo, por causa do fechamento em si mesmo. Em suma o individualismo é uma:
[…] doutrina moral ou política que atribua ao indivíduo humano preponderante valor de fim em relação as comunidades de que faz parte. O extremo desta doutrina é, obviamente, a tese de que o indivíduo tem valor infinito, e a comunidade valor nulo. (ABBAGNANO, 2000, p. 638).
Percebe-se que, essa doutrina impede que o seminarista revele seu “eu real”, pois a comunidade tendo valor nulo perderá a perspectiva da expressão do “eu” fazendo com que o seminarista se direcione ao “enclausuramento” diante das concepções reducionistas da hipermodernidade que impossibilita uma efetiva participação, pois essa doutrina individualista afirma que o indivíduo é um bem social supremo e que tudo deve submeter-se a ele. Torna o sujeito isolado concentrado sobre si mesmo e em seu próprio bem. Atua com os outros em vista do próprio interesse desvelando seu “eu inautêntico” através de seus atos.
Nesse contexto, essas atitudes inautênticas, fonte de uma supremacia do eu em relação à comunidade, direcionam o “eu seminarista” a um conformismo servil e ao descompromisso ou evasão, pois são privadas de solidariedade e do valor personalista. Só haverá um valor personalista no “eu seminarista” se, de fato, ele for capaz de cultivar uma abertura para o processo formativo e uma interiorização do mesmo e, nessa experiência construir a sua autenticidade.
Por outro lado, se há um fechamento do “eu” no processo formativo, por meio do individualismo, o seminarista não será capaz de ser autêntico, mas irá desvelar uma inautenticidade e não terá uma realização, pois é na abertura e em sua relação com a comunidade que o “eu” vai se realizar. O telos dessa inautenticidade é o surgimento de máscaras nas aparências exteriores: falsa obediência, criatividade selvagem, exibicionismo e o descompromisso com o bem comum na dimensão do cuidado.
A dimensão do cuidado é bastante relevante na vida humana. Esta dimensão vê-se muitas vezes velada pelo tecnicismo, subjetivismo e o relativismo. A inautenticidade do ser faz com que o homem perca esta dimensão. Inautenticidade significa o modo de ser de forma impessoal, ou o modo de viver no qual a presença pode “escolher-se”, ganhar-se ou perder-se ou ainda jamais ganhar-se ou só ganhar-se “aparentemente”; é um modo subjetivista de vida. A autenticidade se mostra na relação da presença com a sua realidade intramundana. É por meio da autenticidade que se chega à verdade das relações.
A autenticidade, na vida do seminarista católico, demonstra aquilo que é a própria pessoa do seminarista. Na relação com as outras pessoas, o ser humano encontra a sua realização. Sendo assim, a pessoa do seminarista é convidada a agir solidariamente na vida do seminário, superando o individualismo, um dos meios é a solidariedade, ou seja, se dispor a realizar constantemente a parte que cabe a cada membro que participa da vida comunitária. A manifestação desta solidariedade se dá na participação ativa na comunidade do seminário, de forma que o seminarista faça aquilo que ele deve fazer, além de ajudar os demais membros. Esta ajuda não pode ser uma inversão de funções, ou seja, cada membro da comunidade possui diferenças e é a aceitação da diferença de cada um que faz com que a comunidade cresça, por meio de uma espiritualidade de comunhão.
Segundo São João Paulo II (2001), sem a espiritualidade de comunhão, seriam ineficazes todos os instrumentos que visam à comunhão, pois ela é:
A comunhão de vida com Deus e a unidade do povo de Deus, pelas quais a Igreja é o que é, são significados e realizados pela Eucaristia. Nela se encontra o cume, ao mesmo tempo, da acção pela qual Deus, em Cristo, santifica o mundo, e do culto que no Espírito Santo os homens prestam a Cristo e, por Ele, ao Pai. (CIC, 1993, nº 148)
A espiritualidade de comunhão visa uma conversão da subjetividade fechada que gera o hiperindividualismo em uma subjetividade aberta, que gera o acolhimento do outro e o agir ético a partir das relações para se encontrar humanamente. Sendo assim, essa “conversão neste mundo é uma meta nunca alcançada plenamente: no caminho que o discípulo é chamado a percorrer seguindo as pegadas de Cristo, a conversão é um compromisso de toda a vida.” (JOÃO PAULO II, 1999, nº 98)
4 OS TRÊS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA LOGOTERAPIA
Os três princípios fundamentais da logoterapia, no dizer de Frankl, são: “a busca de significado, o sentido da vida e a liberdade do querer” (FRANKL, 2005, p. 11). Se para alguns autores os sentidos e os princípios são mecanismos de defesa, formações e sublimações, para Frankl, a busca de sentido na vida é a principal força motivadora no ser humano (Cf. XAUSA, 2011, p. 144).
A logoterapia, segundo o próprio Frankl, é uma (psico) terapia centrada no sentido ou “a cura através do significado” (FRANKL, 2005, p. 17). É uma teoria que “concentra-se no sentido na existência humana, bem como na busca da pessoa por esse sentido” (FRANKL, 2011, p. 124). Para Iza Aparecida de Moraes Xausa, psicóloga, pedagoga e pesquisadora do movimento de logoterapia na América Latina, “a logoterapia é uma psicologia que sem perder o rigor cientifico, introduz a noção de transcendência na ciência do ser humano” (XAUSA, 2011, p. 8).
Nessa perspectiva, podemos dizer que se a psicoterapia ajudou a descobrir as motivações inconscientes que se escondem sob o comportamento humano. A logoterapia indo além desse plano, mostra a capacidade humana de autotranscedência. O próprio Frankl afirma que a logoterapia em caso algum invalida as descobertas sérias e legítimas de Freud. Mas defende também que “o homem não pode mais ser considerado apenas como uma criatura cujo interesse fundamental é o de satisfazer as pulsões, de gratificar os instintos. Ao contrário, o homem revela-se como um ser em busca de um sentido” (FRANKL2005, p. 15).
Tendo apresentado os três princípios da logoterapia e dito em poucas palavras em que consiste seu pensamento, demonstraremos o conteúdo essencial dos três princípios fundamentais defendido por Frankl na logoterapia.
O primeiro princípio da logoterapia, a busca de sentido é um dos aspectos mais caros a Frankl, pois diz respeito à fonte primária de motivação do ser humano. Para ele “o homem procura sempre um significado para a sua vida. Ele está sempre se movendo em busca de um sentido para o seu viver” (FRANKL, 2005, p.29). Para Frankl “o problema do homem é descobrir e realizar o significado da própria existência, por meio da realidade concreta da vida” (PETER, 2005, p. 20), ou seja, gerar o sentido da vida a partir da realidade, onde estamos inseridos. Dessa forma, Viktor Frank, argumentava que a força motivadora é a vontade de sentido. Assim defendia:
As teorias atuais sobre a motivação veem o home como um ser que reage a estímulos, ou obedece aos próprios impulsos. Estas teorias não levam em consideração o fato de que, na realidade, em vez de reagir ou obedecer, o homem responde, isto é, responde às questões que a vida lhe oferece (FRANKL, 2005, p. 29).
Para ele, o homem não é impelido pelo impulso, mas atraído pelo sentido e influenciado pelos valores. É notável que a ideia de “vontade de sentido tem sido contraposta à vontade de prazer, explícitas nas teorias psicanalíticas e comportamentalistas, e à vontade de poder da psicologia adleriana.” (XAUSA, 2011, p. 146). Contudo, faz-se necessário frisar que essa contraposta não nega os instintos em si, mas defende que “o prazer em si não é nada capaz de, por si só, dar sentido à existência” (PEREIRA, 2013, p. 91). Para Frankl “o indivíduo precisa de algo em função do qual viver” (FRANKL, 2011, p. 125) e sem um ponto fixo no futuro, “o homem não consegue propriamente existir” (Cf. PEREIRA, 2013, p.105). Nessa perspectiva, a logoterapia concentra-se mais no futuro, ou seja, nos sentidos a serem realizados pelo paciente em seu futuro.
O segundo princípio da logoterapia, o sentido da vida, expressa com originalidade científica o aspecto fundamental do sentido na vida de cada ser humano. Para Frankl, o homem só é completamente ele mesmo, quando está dedicado a uma tarefa, serviço ou causa. De acordo com a logoterapia podemos verificar que o sentido da vida se dá em três diferentes formas: quando se pratica um ato; quando se ama ou se doa a uma pessoa ou causa; quando tomamos atitude positiva em relação ao sofrimento inevitável.
Segundo Frankl, a principal preocupação da pessoa não consiste em obter prazer ou evitar a dor, mas antes, em ver um sentido para sua vida. A questão, portanto, não devemos esperar da vida, mas o que podemos realizar pela vida, ou seja, temos a responsabilidade de encontrar em si o que dar à vida.
O terceiro princípio defendido por Frankl, a liberdade do querer, é um dos pilares da logoterapia. Segundo ele, o homem é livre para se posicionar diante de certas condições biológicas, sociais e econômicas, de forma que, dentro das possibilidades oferecidas pelo ambiente, caberia a cada um decidir por sua submissão, ressignificação e decisão, a favor ou contra a influência do meio. A nosso ver, essa visão de homem defendida por Frankl, ao libertá-lo dos determinismos, tanto psicológicos como sociais, transformando-se numa mensagem libertadora do ser humano.
Para Frankl, a liberdade plena está sempre ao nosso alcance. É a liberdade de enfrentar quaisquer condições adversas e a maneira como reagiremos às condições imposta é uma decisão nossa. “Se não pudermos mudar a situação, ainda resta-nos a liberdade de mudarmos nossa atitude frente a essa situação” (FRANKL, 1985, s/p).
Em linhas gerais, podemos dizer que os três princípios da logoterapia aqui refletidos, tendem apontar o ser homem como consciente e responsável, com liberdade de escolha, o qual busca o sentido de vida, num mundo pleno de sentido, constituído de razões, motivações, pelo qual o próprio transcende a si mesmo, através de sua abertura para este mundo, que se realiza na comunidade e no convívio com o outro.
5 AS CONTRIBUIÇÕES VIKTOR FRANKL PARA A FORMAÇÃO HUMANA
Após ter procurado apresentar a finalidade da formação dos futuros presbíteros católico, elencar alguns situações que desafiam o processo formativo e verificar quais os princípios fundamentais da logoterapia, podemos agora adentrar ao problema central de nossa pesquisa: como ou em que a logoterapia de Viktor Frankl pode ajudar na formação humana dos candidatos ao ministério ordenado católico?
Não há dúvidas de que os princípios fundamentais da logoterapia de Frankl são válidos e tendem a colaborar com a formação humana dos candidatos ao ministério ordenado. De fato, esses princípios apontam bastante para aquilo que a Igreja espera de seus ministros e dão respostas positivas a muitas situações que desafiam os presbíteros católico nos dias atuais. Os princípios de liberdade da escolha, vontade de sentido e o sentido da vida, podem ajudar os futuros presbíteros a descobrirem o sentido da própria existência no exercício do ministério e na vivência de um projeto de vida estável.
A Igreja pretende, como deseja o papa Francisco, preparar pastores que sejam:
[…] capazes de descer na noite sem ser invadidos pela escuridão e perder-se; capazes de ouvir a ilusão de muitos, sem se deixar seduzir, capazes de acolher as desilusões, sem desesperar-se nem precipitar-se na amargura; capazes de tocar a desintegração alheia, sem se deixar dissolver e decompor na sua própria identidade (CF. FRANCISCO, 2013, s/p).
Considerando que a logoterapia procura criar no paciente uma consciência plena de sua própria liberdade e responsabilidade, podemos dizer que uma primeira contribuição de Frankl, consiste em reforçar o princípio de se formar presbíteros para a liberdade, responsabilidade e autonomia.
Em um tempo, de pouca determinação e distorção do conceito de liberdade, em que para muitas pessoas “a liberdade é vivida como adesão cega às forças do instinto e à vontade de poder de cada um” (PDV, 2015, nº 8, p. 9), o princípio de liberdade do querer de Frankl, pode contribuir para uma formação clara e sólida para a liberdade, responsabilidade e autonomia. De fato, para Frankl, “a liberdade é para reeducar e edificar a si mesmo. Para tomar a vida em suas próprias mãos” (PETER, 2005, p. 79).
É notável que a ideia defendia por Frankl acerca da liberdade pode colaborar com a compreensão que a Igreja tem de liberdade e que espera de seus ministros. Nesta perspectiva o autor destaca:
Assim entendida, a liberdade requer que a pessoa seja verdadeiramente dona de si mesma, decidida a combater e a superar as diversas formas de egoísmo e de individualismo que atacam a vida de cada um, pronta a abrir-se aos outros, generosa na dedicação e no serviço do próximo (PDV, 2015, nº 44, p. 55).
Os conceitos de liberdade e responsabilidade defendidos por Frankl, sobretudo no aspecto de que o homem é capaz de se autodeterminar em qualquer situação, são elementos fundamentais os mesmos devem ser levados em consideração no processo formativo dos futuros presbíteros católico. Em um contexto de instabilidade vocacional, aplicar o princípio de que “todo homem, mesmo quando tiver condicionado por gravíssimas situações externas, pode de alguma maneira decidir o que será dele” (PETER, 2005, p. 75), é neste sentido, que este princípio esse princípio pode contribuir para reforçar na formação humana dos presbíteros, a ideia de que na liberdade, na responsabilidade e na autonomia, o presbítero tem capacidade de tomar atitudes com relação aos próprios limites vitais e sociais.
A logoterapia tem sua especificidade e seu princípio basilar defende que o importante “não é o sentido da vida de um modo geral, mas antes o sentido específico da vida de uma pessoa em dado momento” (Cf. FRANKL, 1993, p. 98). Assim, podemos dizer que uma segunda contribuição de Viktor Frankl na formação dos presbíteros, consiste em ajudar os vocacionados à vida presbiteral a elaborar um projeto de vida sacerdotal que contemple o Reino de Deus, mediante o seguimento a Cristo, como opção fundamental para vida a qual foi chamado.
O primeiro princípio da logoterapia, a busca de sentido, poderá ajudar os futuros presbíteros a descobrir, e realizar os valores e o significado que atraem na sua vocação, pois “se perdermos a base existencial do para quê, qualquer continuidade de nossa vida também perde seu valor” (LUKAS, 1992, p. 15). Assim também, se o presbítero perde a base do para quê é seu ministério, qualquer continuidade do seu exercício estará comprometida.
Num contexto em que a própria compressão do sentido de uma vocação presbiteral torna-se um desafio, é fundamental que o processo formativo dos futuros presbíteros incentive e ofereça meios para “o reconhecimento do sentido da vida como dom livre e responsável de si mesmo aos outros, como disponibilidade para colocar-se inteiramente como sacerdote ao serviço do Evangelho e do Reino de Deus” (PDV, 1992, nº 8, p.?).
Frankl defendia “que o ser humano é capaz de viver e até morrer por seus ideais e valores” (FRANKL, 2011, p.125) Nessa perspectiva, podemos dizer que o tempo de formação deve se tornar ocasião decisiva para os seminaristas definirem suas vidas, a partir do seguimento à Pessoa de Jesus Cristo, na opção pelo Reino de Deus.
Frankl defende que quando um homem decide se orientar para o melhor de si mesmo, ele se torna livre das pulsações inativas e é capaz de orientar a sua vida a partir de um projeto ou de uma causa (Cf. Peter, 2005, p. 79). É fundamental incutir na formação presbiteral a ideia de Frankl que uma vez feita uma opção, nós somos responsável por ela e devemos orientar toda a nossa vida a partir dessa causa.
A logoterapia visa ampliar a capacidade da pessoa de perceber todas as possibilidades existentes de sentido em sua vida, escolhendo para realizar aquela que considera mais significativa. É necessário um “processo formativo humano para a maturidade, de tal maneira que a vocação ao sacerdócio ministerial chegue a ser para cada um deles um projeto de vida estável e definitivo, em meio a uma cultura que exalta o descartável e o provisório” (Cf. DOCUMPENTO DE APARECIDA, 2007, nº 321. P. 146).
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Partindo da reflexão que nos foi proposta nesta pesquisa, pretendemos numa visão retrospectiva, analítica e crítica, retomar os elementos que julgamos serem preponderantes para as contribuições de Victor Frankl acerca da formação humana dos futuros presbíteros católico.
Vivemos num tempo de fragmentação, incapacidade de se assumir compromissos definitivos e ausência de maturidade humana, podemos dizer que é essencial se dar uma especial atenção à formação humana dos futuros presbíteros católico, (faz-se necessário ajudar os candidatos de forma responsável, imparcial e decisiva. E nessa perspectiva, se torna fundamental a utilização de certos instrumentos teóricos que colaborem na formação de presbíteros que sejam capazes de enfrentar as dificuldades e os desafios deste nosso tempo.
Considerando a complexidade do contexto atual e os desafios na formação humana dos futuros presbíteros católico – o que foi visto no início desta pesquisa – constatamos que a logoterapia de Viktor Frankl pode nos apontar para (possíveis sugestões) contribuições de valores que nos conduzam a um processo formativo, que deverá cuidar do clima da sã liberdade e de responsabilidade pessoal dos formandos.
Nessa perspectiva, uma primeira contribuição de Frankl para a formação humana dos futuros presbíteros, à qual parece oportuno retomar, diz respeito à necessidade da formação para a liberdade, responsabilidade e autonomia. A importância dessa contribuição consiste, no fato o qual é indispensável ajudar os candidatos à vida presbiteral, a tomarem consciência de sua liberdade, e de agir responsavelmente, motivados pelo que consideram os sentidos de suas vidas.
Partindo da compreensão da finalidade da formação humana dos presbíteros católico, em linhas gerais, espera formar homens de discernimento, unidade e integralidade nesta perspectiva, podemos evidenciar um elemento que não pode faltar na formação dos presbíteros, é a conscientização sobre o sentido da vida ministerial, centrada num projeto de vida, o qual a opção pelo Reino no seguimento, é o grande motor da vida e do exercício do ministério.
Considerando a tentativa de Victor Frankl em construir uma psicoterapia capaz de ajudar o ser humano a descobrir o sentido da vida e de sublinhar o sentido como característica essencial do ser humano, constatamos que a logoterapia de Viktor pode nos apontar para valores que nos conduzem a um processo formativo, no qual a opção pelo ministério é o grande sentido da vida do presbítero.
Nessa perspectiva, uma segunda contribuição de Victor Frankl para a formação humana dos futuros presbíteros católico, que nos parece necessário retomar, diz respeito à necessidade da formação não hesitar em desafiar seus candidatos ao ministério ordenado com um sentido em potencial a ser por ele cumprido. Para Frankl, as inferências de Nietzsche elucidava a psicoterapia: “Quem tem porque viver, suporta quase todo como viver”. A importância dessa contribuição, consiste no fato, de que é indispensável ajudar os candidatos à vida presbiteral a encontrar na opção pelo Reino, no seguimento a Cristo o porquê do seu viver e do seu ser presbítero, pois só assim eles serão capazes de suportar o fardo que a vida presbiteral exige.
Depreende-se, portanto, que o presente artigo foi fiel às questões levantadas, na medida em que as situações que desafiam hoje a formação humana dos candidatos ao sacerdócio católico, encontram-se nos princípios da logoterapia de Viktor Frankl, luzes para enfrentar os desafios levantados. Outrossim, a hipótese inicial ficou provada através dos princípios da logoterapia refletidos, como também, do confronto com a finalidade das situações que desafiam a formação humana dos presbíteros.
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[1] Trata-se do mesmo documento “O DOM DA VOCAÇÃO PRESBITERAL”, Brasília, CNBB, 2017