CONTRIBUTIONS OF FUNCTIONAL FOOD IN THE DIETARY TREATMENT OF PATIENTS WITH TYPE 2 DIABETES MELLITUS
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202410141736
Daniele da Costa Maciel¹
Orientador(a): Francisca Marta Nascimento de Oliveira Freitas²
Co-orientador(a): Rosimar Honorato Lobo3
RESUMO
A diabetes mellitus tipo 2, é uma condição metabólica crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. nesse contexto, a importância de uma alimentação adequada é crucial para o manejo dessa doença. O objetivo principal desta pesquisa foi analisar a importância dos alimentos funcionais na gestão da diabetes tipo 2, focando em como esses alimentos podem contribuir para o controle glicêmico e a melhoria da qualidade de vida dos paciente. A pesquisa foi realizada através de uma revisão de literatura, abrangendo o período de 2014 a 2024. As bases de dados consultadas incluíram Scielo, Google Scholar, LILACS analisando estudos recentes sobre os efeitos dos alimentos funcionais na diabetes tipo 2, com foco em seus compostos bioativos. Os achados indicam que muitos alimentos funcionais possuem propriedades que ajudam a modular a resposta glicêmica, além de reduzir o risco de complicações associadas a diabetes. A inclusão desses alimentos na dieta pode promover hábitos alimentares mais saudáveis. Os resultados desta pesquisa destacam a importância dos alimentos funcionais como uma estratégia valiosa no tratamento da diabetes mellitus tipo 2. Esses alimentos não apenas ajudam a controlar os níveis de glicose no sangue, mas também contribuem para a prevenção de complicações associadas à doença. Integrar alimentos funcionais na dieta diária dos pacientes pode melhorar significativamente sua saúde metabólica e qualidade de vida.
Palavras-chave: Diabetes mellitus, alimentosfuncionais, controle glicêmico.
ABSTRACT
Type 2 diabetes mellitus is a chronic metabolic condition that affects millions of people worldwide. In this context, the importance of a proper diet is crucial for managing this disease. The main objective of this research was to analyze the importance of functional foods in the management of type 2 diabetes, focusing on how these foods can contribute to glycemic control and improve the quality of life for patients. The research was conducted through a literature review covering the period from 2014 to 2024. The consulted databases included Scielo, Google Scholar, and Lilacs, analyzing recent studies on the effects of functional foods on type 2 diabetes, focusing on their bioactive compounds. The findings indicate that many functional foods possess properties that help modulate the glycemic response, as well as reduce the risk of complications associated with diabetes. Including these foods in the diet can promote healthier eating habits. The results of this research highlight the importance of functional foods as a valuable strategy in treating type 2 diabetes mellitus. These foods not only help control blood glucose levels but also contribute to preventing complications associated with the disease. Integrating functional foods into patients’ daily diets can significantly improve their metabolic health and quality of life.
Keywords: Diabetes mellitus, functional foods, glycemic control.
1 INTRODUÇÃO
A diabetes mellitus (DM) é uma síndrome de etiologia múltipla que se caracteriza como um conjunto de desordens metabólicas marcado pela presença de hiperglicemia. Essa condição resulta de falhas na secreção de insulina ou em sua função, além de defeitos genéticos das células beta ou processos patológicos que danificam o pâncreas. A DM está classificado em tipos 1, 2, outros tipos como diabetes gestacional. Vale ressaltar que a diabetes tipo 2 figura entre as dez principais causas de morte no mundo (Souza; Oliveira, 2019).
É caracterizada pelo aumento da glicose sanguínea, devido à incapacidade do organismo de produzir insulina em quantidade suficiente para suprir a demanda interna, ou de produzir insulina de forma adequada (Adefegha, 2018).
Suas complicações representam a principal causa de mortalidade precoce em vários países, resultando em mais de 4 milhões de mortes em pessoas entre 20 e 79 anos em 2019. Isso se configura como um desafio significativo em escala global, afetando não apenas a saúde individual, mas também as famílias, sociedade e os sistemas de saúde. As repercussões na qualidade de vida das pessoas incluem incapacidades, perda de produtividade e complicações crônicas decorrentes da doença (Portela et al., 2021).
O Brasil ocupa o quinto lugar em número de casos, contando com 16,8 milhões de pessoas diagnosticadas na faixa etária entre 20 e 79 anos. Projeções apontam para um aumento desse número, chegando a 26 milhões de casos até 2045 (Nunes et al., 2023).
É comum encontrar em portadores de diabetes fatores predisponentes, tais como neuropatia periférica, comprometimento visual, redução da função renal, alterações autonômicas e uso de medicamentos (Ferreira et al., 2014).
No caso da Diabetes Mellitus (DM), é notável o desafio constante enfrentado por muitas pessoas que encontram dificuldades em aderir as mudanças de hábitos comportamentais necessárias para promover o controle eficaz e adequado dessa condição (Rodrigues; Pecoli; Malerbi, 2023).
Devido à sua natureza silenciosa que leva 50% das pessoas com diabetes a desconhecerem sua condição, o rastreamento de portadores de DM e indivíduos em situação de risco por meio de exames é uma das principais medidas para a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento eficaz (Muzy et al., 2021).
Após o diagnóstico de diabetes, é fundamental que o paciente comece o tratamento para reduzir a hiperglicemia, visando alcançar um controle metabólico ideal. Isso inclui manter a glicemia de jejum abaixo de 100 mg/dL, o teste oral de tolerância à glicose abaixo de 140 mg/dL e a hemoglobina glicada inferior a 5,7% (Sociedade Brasileira de Diabetes 2019).
Estudos com indivíduos diabéticos demonstram que a adoção de plano alimentar com baixo índice glicêmico e baixa carga glicêmica está associada à significativa redução no uso de medicamentos hipoglicemiantes orais e insulina, bem como a um melhor controle metabólico e a perda de peso corporal, principalmente devido a melhora na sensibilidade periférica a insulina (Lemos; Patek; Mezzomo, 2017).
Segundo Barbosa (2020) os alimentos funcionais exercem uma função essencial na redução do risco de várias doenças, incluindo infecções intestinais, doenças cardiovasculares, câncer, obesidade e diabetes tipo 2, contribuindo assim para a promoção da saúde.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os alimentos funcionais são aqueles que produzem efeitos metabólicos ou fisiológicos, atuando nos processos de crescimento, desenvolvimento e manutenção do organismo humano. Eles contribuem para melhorar a qualidade de vida e reduzir os riscos de doenças crônicodegenerativas, atuando de forma eficiente na prevenção de enfermidades (Vaz et al., 2014).
A abordagem da alimentação funcional no tratamento dietoterápico de indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 é extremamente relevante, especialmente diante do aumento significativo de casos. A busca por estratégias nutricionais inovadoras para o controle glicêmico e a redução de complicações associadas ao diabetes é uma prioridade. Os alimentos funcionais, que oferecem benefícios além das propriedades nutricionais básicas, emergem como uma alternativa eficaz. A investigação sobre seu potencial pode fundamentar estratégias alimentares personalizadas, visando um melhor controle glicêmico e a prevenção de complicações. É fundamental que os alimentos apresentem efeitos metabólicos ou fisiológicos que favoreçam a saúde e ajudem a minimizar o risco de doenças crônicas. De acordo com estudos, os alimentos funcionais se destacam como uma alternativa promissora para a redução dos riscos de várias doenças (Dias; Simas; Junior, 2020).
Esta pesquisa tem por objetivo geral investigar as ações dos bioativos presentes nos alimentos funcionais no tratamento dietoterapico em pacientes com diabetes mellitus 2, e tendo por objetivos específicos conceituar alimentação funcional, analisar os benefícios da alimentação funcional como parte do tratamento dietoterápico.
2 METODOLOGIA
2.1 Tipo de estudo
O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura, visando a identificação, seleção e análise de fontes relevantes para o tema abordado.
2.2 Coleta de dados
A consulta de dados bibliográficos foi feita nas bases: Scielo (Scientific Electronic Library Online), Google Scholar (Google Acadêmico), Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde. Utilizou-se os termos especicíficos de busca relacionados ao tema, como “diabetes mellitus”, “alimentação funcional” “dietoterapia”, “bioativos”, “controle glicêmico”. Foram incluídas publicações dos útimos 10 anos, entre 2014 e 2024.. Critério de elegibilidade: Estudos que investigaram o impacto do consumo de alimentos funcionas no tratamento da diabetes, estudos observacionais ou revisões sistemáticas sobre o tema. Critério de inegibilidade: Estudos que não forneram dados específicos sobre diabetes ou não relacionaram diretamente o consumo de alimentos funcionais em indivíduos com diabetes tipo 2, publicações que não estavam disponíveis em formato completo, estudos que se concetraram apenas em alimentos convencionais sem evidenciar propriedades funcionais específicas.
2.3 Análise de dados
Os materiais selecionados foram submetidos a uma leitura crítica com o objetivo de esclarecer suas contribuições para a compreensão do tema. As informações organizadas foram utilizadas na redação da revisão de literatura, que seguiu a estrutura convencional composta por introdução, metodologia e conclusão.
Figura – Fluxograma da análise dos dados.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Diabetes Mellitus
A Federação Internacional de Diabetes (IDF), estimou que aproximadamente 8,8% da população global entre 20 e 79 anos de idade, o equivalente a 424,9 milhões de pessoas, vivia com diabetes. A diabetes mellitus (DM) é definido como um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, resultante de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos (Sociedade Brasileira de Diabetes, 2020).
Conforme Costa et al. (2017) a diabetes mellitus tipo 2 é reconhecido como uma epidemia entre as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), representando cerca de 90% de todos os casos de diabetes. Estimativas apontam que, em 2010, aproximadamente 285 milhões de pessoas com mais de 20 anos viviam com diabetes em todo o mundo, e esse número pode chegar a 439 milhões até 2030. Acredita-se também que cerca de metade dos indivíduos com diabetes desconhece que tem a doença.
Segundo Palasson et al. (2020) a DM é uma condição crônica e sistêmica que pode acontecer por vários fatores, incluindo predisposições genéticas e exposição prolongada a comportamentos de risco. Devido a sua natureza multifatorial e a sua prevalência global, lidar com essa doença representa um desafio complexo nos dias de hoje.
Alguns fatores, como sexo masculino, maior idade, tempo de diagnóstico e presença de comorbidade, estão associados a um maior risco de complicações. Além disso, pessoas com menor nível socioeconômico têm uma probabilidade maior de desenvolver complicações pela doença, evidenciando as desigualdades existentes na ocorrência da DM (Neves et al., 2023).
O diabetes mellitus tipo 2 é diagnosticado levando em consideração os sintomas que o paciente apresenta e a análise de três testes laboratoriais principais: glicemia de jejum, teste oral de tolerância à glicose e hemoglobina glicada (Ada 2019).
Entre as complicações crônicas associadas à diabetes, incluem-se a retinopatia diabética, cegueira, neuropatia diabética, insuficiência renal crônica diabética, o pé diabético e amputações (Muzy et al., 2021).
Segundo Oliveira et al. (2020) Com o passar do tempo, a desregulação dos mecanismos de equilíbrio do nível de açucar no sangue pode levar a danos, disfunções e falhas em diversos órgãos, tais como olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos.
Conforme Camargo et al. (2022) a diabetes mellitus é uma doença crônica sistêmica que pode afetar diferentes órgãos, dependendo de sua progressão. Indivíduos com DM podem apresentar alteração da sensibilidade nas extremidades, principalmente nos pés, o que os predispõe a queda e, em casos mais graves, leva a úlceras e até amputação. O pé diabético, por exemplo, pode causar perda de funcionalidade e diminuição na qualidade de vida, acarretando gastos com internações, medicamentos e reabilitação.
A hiperglicemia quando sintomática, pode manifestar-se através de excesso ou perda de peso, acúmulo de gordura central, aumento da sede, da fome e da micção, além de alterações visuais. Além disso, os indivíduos diabéticos podem apresentar queda na imunidade, tornando-se mais suscetíveis a infecções e com uma resposta inflamatória inadequada (Azevedo et al., 2024).
A hiperglicemia desempenha um papel central no desenvolvimento das complicações crônicas do diabetes mellitus, sendo as lesões ulcerativas em membros inferiores uma das complicações mais frequentes, resultantes da neuropatia periférica e vasculopatia (Padilha et al., 2017).
O diagnosticado da diabetes é feito através de exames de glicemia que avaliam a concentração glicose no sangue igual ou superior aos valores: Glicose em jejum (mg/dL) ≥ 126; Glicose 2 horas após sobrecarga com 75 g de glicose (mg/dL) ≥ 200; Glicose ao acaso (mg/dL) ≥ 200 com sintomas inequívocos de hiperglicemia; Hemoglobina glicada (HbA1c) ≥ 6,5 %. No entanto, na ausência de sintomas, é crucial confirmar o diagnóstico por meio da repetição dos testes (Setti et al., 2021).
O Diabetes Mellitus é uma condição crônica resultante da produção insuficiente de insulina ou da sua utilização ineficaz pelo organismo. A insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, desempenha o papel crucial de transportar a glicose da corrente sanguínea para o interior das células. A falta de insulina ou a sua ineficiência leva a um estado de hiperglicemia, que, a longo prazo, pode causar danos aos tecidos do organismo. Esses danos podem resultar em complicações graves à condição física, como doenças cardiovasculares, doença renal crônica, amputações e problemas na visão (Castanhola; Piccinin, 2020).
De acordo com Cunha et al. (2019) O Diabetes mellitus tipo 1 e o tipo 2 são os mais comuns, sendo o diabetes tipo 1 (DM1) caracterizado como uma doença autoimune que resulta na destruição das células beta pancreáticas, levando a deficiência na produção de insulina, enquanto o diabetes tipo 2 (DM2) envolve dificuldades na ação da insulina e resistência insulínica, sendo influenciado por fatores de risco como histórico familiar da doença, idade avançada, obesidade, sedentarismo, pré-diabetes ou diabetes gestacional
O Diabetes Mellitus Tipo 1, representa entre 5 e 10% dos casos de diabetes, é causado pela destruição das células beta pancreáticas, resultando em deficiência de insulina. Os principais marcadores imunológicos desse comprometimento pancreático incluem anticorpos anti-ilhota, anti-insulina e antidecarboxilase do ácido glutâmico, os quais estão presentes em cerca de 90% dos pacientes no momento do diagnóstico. Embora o diabetes tipo 1 seja mais comum em crianças e adolescentes, também pode se manifestar de forma mais gradual em adultos (Peres et al., 2016).
Conforme relatado por Weschenfelder, Ribeiro e Leite (2020) A diabetes mellitus 1, ou diabetes insulinodependente, é marcada pela ausência de insulina e é uma das doenças crônicas mais comuns em crianças e adolescentes no Brasil. O tratamento consiste na administração subcutânea de insulina para manter os níveis séricos adequados.
A diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma condição crônica em que o corpo não consegue utilizar eficientemente a insulina que produz. Representando a maioria dos casos de diabetes, entre 90-95%, essa condição pode se manifestar em qualquer faixa etária, embora seja mais frequentemente diagnosticada em pessoas com mais de 40 anos. O diagnóstico é confirmado por meio de duas amostras de glicemia em jejum com valores superiores a 126 mg/dl, hemoglobina glicada acima de 6,5%, ou valores elevados no teste de tolerância oral à glicose realizado após 2 horas da ingestão de 75g de glicose, com resultados acima de 200 mg/dl (Veloso et al., 2020).
Cerca de 90% dos portadores do diabetes mellitus são do tipo II, o qual geralmente é pouco sintomático e pode passar despercebido, dificultando muitas vezes seu diagnóstico e tratamento nos estágios iniciais. Isso favorece a ocorrência de complicações crônicas irreversíveis, tais como neuropatias, nefropatias, retinopatias, infarto agudo do miocárdio, acidentes vasculares e infecções recorrentes (Silva et al., 2014).
3.2 Dietoterapia
Contribuir com a oferta de uma alimentação saudável é um dos principais fundamentos no tratamento e controle do diabetes mellitus (Zanchim; Kirsten; marchi, 2017).
Segundo Zanetti et al. (2015) a orientação nutricional para pessoas com diabetes deve ser personalizada, levando em consideração as necessidades calóricas individuais, a prática de atividade física e o tratamento medicamentoso. Além disso, é recomendado fracionar a alimentação em seis refeições diárias, incluindo três refeições principais e três lanches intermediários.
Para Assumpção et al. (2022) Uma dieta composta por cereais integrais, vegetais, folhas, frutas, leguminosas, oleaginosas, óleos vegetais ricos em ômega 6, laticínios com baixo teor de gordura e uma reduzida quantidade de carnes vermelhas processadas, cereais refinados, doces e bebidas açucaradas desempenha um papel crucial na prevenção e controle do diabetes.
Conforme Bertonhi e Dias (2018) a orientação nutricional para pessoas com diabetes deve ser adaptada individualmente e equilibrada, considerando suas necessidades e preferências, assim como para qualquer outra pessoa. O quadro 1 apresenta as recomendações de ingestão de nutrientes para a população com Diabetes Mellitus.
Segundo Eleutério et al. (2018) a falta de adesão ao controle dietético entre adultos com diabetes pode ter um impacto negativo na qualidade de vida, devido a dificuldade em seguir uma alimentação balanceada e personalizada. Tanto a terapia nutricional quanto o tratamento farmacológico são apontados como promotores de melhorias no controle glicêmico para pessoas com diabetes.
3.3 Alimentos Funcionais
O conceito de alimentos funcionais foi inicialmente introduzido no Japão em meados dos anos 1980, referindo-se a alimentos consumidos como parte da dieta regular que exibem benefícios fisiológicos ou reduzem o risco de doenças crônicas, além de suas funções nutricionais básicas (Costa; Rosa, 2016).
Conforme as diretrizes da ANVISA, no Brasil um alimento funcional deve possuir duas características distintas. A primeira está relacionada ao seu papel metabólico ou fisiológico no organismo humano, abrangendo o suporte ao crescimento, desenvolvimento e outras funções normais. A segunda característica refere-se à presença de bioativos com propriedades funcionais, bem como a identificação de seus benefícios e respectivas fontes alimentares (Cañas; Braibante, 2019).
De acordo Azambuja et al. (2020) os alimentos funcionais tem importância, eles desempenham um papel significativo na prevenção e no tratamento de doenças, auxiliando o organismo a combater tais enfermidades de forma mais eficaz. Portanto, sua incorporação na alimentação diária é crucial para fortalecer o organismo. Além disso, uma dieta rica em alimentos funcionais promove um maior bem-estar, proporcionando mais disposição e energia, o que contribui para a melhoria da qualidade de vida.
Os alimentos funcionais são alimentos convencionais consumidos na dieta normal, compostos por substâncias naturais, muitas vezes em alta concentração ou presentes em alimentos que normalmente não as forneceriam. Eles possuem efeitos positivos além do valor nutritivo básico, podendo aumentar o bem-estar, a saúde e reduzir o risco de doenças. Promovem benefícios à saúde, aumentando a qualidade de vida e melhorando os desempenhos físicos, psicológicos e comportamentais, baseados em evidências científicas. São alimentos nos quais a bioatividade de uma ou mais substâncias foi modificada (Salgado, 2017).
Segundo Safraid et al. (2022) os Diversos fatores influenciam a percepção, consumo e aceitação de alimentos funcionais, (Figura 1), abrangendo aspectos sociodemográficos como (idade, sexo, acesso a diferentes fontes de informação e renda), fisiológicos e de saúde (incluindo conhecimento sobre o tema, estado de saúde, doenças, adesão a dietas e prática de atividade física), e aspectos relacionados à qualidade dos alimentos tais como (informações presentes no rótulo, alegações/declarações, segurança/confiabilidade, características sensoriais e publicidade).
Figura 1. Fatores que influenciam o hábito de consumir alimentos funcionais
Os alimentos funcionais, reconhecidos como agentes preventivos do DM2, revelam a presença de compostos bioativos que não apenas promovem benefícios à nutrição e saúde, mas também demonstram potencial para contribuir positivamente no tratamento (Perin et al., 2015).
Na tabela 1, são apresentados as ações dos alimentos funcionais e seus compostos bioativas no tratamento do diabetes mellitus 2.
O estudo de Sacramento, Silva e Tavares (2017) destaca a importância dos prebióticos presentes na batata yacon, como a inulina. Esses prebióticos são fibras que não são digeridas pelo organismo humano, mas são fermentadas pelas bactérias benéficas que habitam o intestino. Esse processo de fermentação é crucial, pois não apenas melhora a saúde intestinal, promovendo um ambiente favorável para essas bactérias benéficas, mas também contribui para a produção de ácidos graxos de cadeia curta. Esses ácidos desempenham um papel vital na redução da inflamação no corpo e podem melhorar a sensibilidade a insulina, ajudando assim na regulação dos níveis de glicose no sangue.
Gusso, Mattanna e Richards (2015) complementam essa informação ao mencionar que compostos como frutano e inulina têm um papel fundamental na regulação da absorção de açúcar no intestino. Esses compostos ajudam a retardar a absorção da glicose, o que é extremamente importante para evitar picos glicêmicos após as refeições. Esses picos podem ser prejudiciais, especialmente para pessoas com diabetes, pois podem levar a complicações de saúde se não forem controlados.
Rodrigues et al. (2014) ressaltam que a batata yacon pode ser particularmente eficaz na diminuição da hiperglicemia pós-prandial — que é o aumento dos níveis de glicose no sangue após as refeições — e também na redução do risco de hipoglicemia reacional, que ocorre quando os níveis de glicose caem rapidamente após um pico. Essa capacidade da batata yacon é extremamente relevante para o manejo do diabetes, pois ajuda a manter os níveis de glicose mais estáveis ao longo do dia, evitando tanto picos excessivos quanto quedas bruscas.
Na tabela 2, são apresentados as ações dos alimentos funcionais e seus compostos bioativas no tratamento do diabetes mellitus 2.
O estudo de Gomes et al. (2016) enfatiza os benefícios da biomassa da banana verde, destacando a presença do amido resistente. Esse tipo de amido não é digerido no intestino delgado, o que significa que ele chega ao intestino grosso intacto. Essa característica é fundamental para o controle da glicemia, pois o amido resistente ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue, evitando picos glicêmicos que podem ser prejudiciais, especialmente para pessoas com diabetes. Ao não ser digerido rapidamente, ele contribui para uma liberação gradual de glicose na corrente sanguínea.
Ranieri e Delani (2014) afirmam que o amido resistente é eficaz na redução dos níveis de glicose após as refeições, resultando em índices glicêmicos mais estáveis. Isso implica que alimentos que contêm amido resistente têm um impacto menor sobre os níveis de açúcar no sangue em comparação com aqueles que possuem amido facilmente digerível. Essa característica torna esses alimentos uma escolha inteligente para quem busca um controle mais eficiente da glicemia.
Nascimento et al. (2020) acrescentam que alimentos que são lentamente digeridos ou possuem baixo índice glicêmico, como é o caso do amido resistente, têm sido associados a um melhor controle do diabetes tipo 2. Além disso, o consumo regular desses alimentos pode ter um impacto positivo a longo prazo, ajudando a diminuir o risco de desenvolver doenças crônicas relacionadas à resistência à insulina e ao metabolismo da glicose.
Na tabela 3, são apresentados as ações dos alimentos funcionais e seus compostos bioativas no tratamento do diabetes mellitus 2.
De acordo com Coqueiro, Pereiara e Galante (2016), a pectina ajuda a retardar o esvaziamento do estômago. Isso significa que, após comer, os alimentos permanecem mais tempo no estômago antes de seguirem para o intestino. Esse processo é benéfico porque evita que o corpo absorva os açúcares rapidamente, evitando picos de glicose no sangue. Para pessoas que tem diabetes ou estão controlando o açúcar, é uma forma positiva.
Manzoli et al. (2021) destacam que a pectina do mesocarpo do maracujá-amarelo se transforma em uma camada gelatinosa ao entrar em contato com a água no trato gastrointestinal. Essa camada age como uma barreira, retardando a absorção de carboidratos. Com isso, os níveis de glicose no sangue se mantêm mais estáveis após as refeições.
Além dos benefícios relacionados ao açúcar no sangue, a pectina também pode auxiliar no controle do peso corporal. Conforme mencionado por Lage, Guerra e Pelogia (2014), essa fibra solúvel cria uma sensação de saciedade, fazendo com que a pessoa se sinta satisfeita por mais tempo. Isso pode ajudar a reduzir a ingestão total de calorias ao longo do dia.
4 CONCLUSÃO
Os alimentos funcionais são importante no manejo da diabetes tipo 2, destacando seu papel não apenas como complemento na dieta, mas também como aliados importantes na promoção da saúde. Durante a pesquisa, ficou claro que a adição de certos componentes alimentares pode ter um impacto positivo no controle dos níveis de glicose e na qualidade de vida dos pacientes.
Com base em estudos recentes, notamos que muitos alimentos funcionais possuem compostos bioativos que ajudam a regular a resposta glicêmica e a diminuir o risco de complicações ligadas à diabetes. Assim, ao valorizar os benefícios desses alimentos, estamos incentivando hábitos alimentares mais saudáveis e auxiliando as pessoas a enfrentarem melhor a diabetes tipo 2. A alimentação se transforma em uma ferramenta essencial para lidar com os desafios dessa condição, muitas vezes tão importante quanto os tratamentos medicamentosos.
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¹Graduanda do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. Email: danielemaciel.dm140@gmail.com
²Orientadora do TCC, Doutora em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: francisca.freitas@fametro.edu.br
3Co-orientador(a) do TCC, Especialista em psicopdagogia e Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: rosimar.lobo@fametro.edu.br