CONTEXTUALIZAÇÃO DOS DEFEITOS DO ESMALTE DENTÁRIO COMO A FLUOROSE DENTAL, AMELOGÊNESE IMPERFEITA E HIPOMINERALIZAÇÃO MOLAR INCISIVO

CONTEXTUALIZATION OF DEFECTS OF DENTAL ENAMEL SUCH AS THE DENTAL FLUOROSIS, IMPERFECT AMELOGENESIS AND INCISIVE MOLAR HYPOMINERALS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102411081701


Matheus Esnel Garcia1
Gabriele Oliveira Amaral2
Felipe de Lima Faria3
Max Douglas Faria4
Raquel Carros Antonio5


RESUMO

O esmalte dentário, a estrutura mais mineralizada do corpo humano, tem a função de proteger e revestir os dentes. Durante a amelogênese, que é o processo de formação do esmalte, podem ocorrer alterações que resultam em anomalias, como a hipoplasia e a hipomineralização. Essas anomalias, que incluem condições como amelogênese imperfeita, hipomineralização molar-incisivo e fluorose dentária, apresentam características clínicas semelhantes, o que torna o diagnóstico um desafio para os profissionais de Odontologia. A identificação correta dessas condições exige um exame clínico minucioso, associado a uma anamnese detalhada, já que as manifestações podem variar em severidade e forma. Este artigo teve como objetivo realizar uma revisão da literatura a respeito das anomalias do esmalte dentário, suas características clínicas e os planos de tratamento recomendados. Foram consultadas as bases de dados Scielo, PubMed e Google Acadêmico, abrangendo o período de 2010 a 2024, utilizando descritores como: amelogênese imperfeita, hipoplasia do esmalte dentário, fluorose dentária e esmalte. Ao todo, 103 artigos foram identificados, sendo 22 selecionados para revisão. Os resultados da revisão indicaram que o diagnóstico das anomalias do esmalte dentário continua a ser um desafio devido à semelhança entre as manifestações clínicas das diferentes condições. O tratamento dessas anomalias deve ser personalizado, levando em consideração a gravidade da lesão, a idade do paciente, sua condição socioeconômica e as necessidades estéticas e funcionais. Conclui-se que o diagnóstico preciso e o planejamento adequado do tratamento dessas anomalias exigem conhecimento atualizado por parte dos profissionais de saúde bucal, visando oferecer abordagens terapêuticas que preservem a saúde, a função e a estética dentária.

Descritores: Amelogênese Imperfeita; Fluorose Dental; Hipomineralização; Anomalias do Esmalte; Esmalte Dental.

ABSTRACT

Dental enamel, the most mineralized structure in the human body, has the function of protecting and coating the teeth. During amelogenesis, which is the process of enamel formation, changes can occur that result in anomalies such as hypoplasia and hypomineralization. These anomalies, which include conditions such as amelogenesis imperfecta, molar-incisor hypomineralization and dental fluorosis, present similar clinical characteristics, which makes diagnosis a challenge for dental professionals. Correct identification of these conditions requires a thorough clinical examination, associated with a detailed anamnesis, since the manifestations can vary in severity and form. This article aimed to conduct a literature review on dental enamel anomalies, their clinical characteristics and recommended treatment plans. The Scielo, PubMed and Google Scholar databases were consulted, covering the period from 2010 to 2024, using descriptors such as: amelogenesis imperfecta, dental enamel hypoplasia, dental fluorosis and enamel. In total, 103 articles were identified, of which 22 were selected for review. The results of the review indicated that the diagnosis of dental enamel anomalies continues to be a challenge due to the similarity between the clinical manifestations of the different conditions. The treatment of these anomalies must be personalized, taking into account the severity of the lesion, the patient’s age, socioeconomic status and aesthetic and functional needs. It is concluded that accurate diagnosis and adequate treatment planning of these anomalies require updated knowledge on the part of oral health professionals, aiming to offer therapeutic approaches that preserve dental health, function and aesthetics.

Descriptors: Amelogenesis Imperfecta; Dental Fluorosis; Hypomineralization; Enamel Anomalies; Dental Enamel.

1. INTRODUÇÃO

O esmalte dentário é uma das quatro principais estruturas formadoras dos dentes, sendo a mais mineralizada e resistente do corpo humano. Ele recobre a coroa dos dentes, proporcionando proteção e revestimento (Bevilacqua et al., 2010). A coloração do esmalte pode variar do amarelo claro ao branco acinzentado, sendo uma estrutura translúcida (Bevilacqua et al., 2010; Couto et al., 2013).

Uma característica singular do esmalte dentário é que, uma vez formado, ele não se remodela como outros tecidos duros do corpo. A formação do esmalte, conhecida como amelogênese, ocorre em três fases distintas: formação da matriz celular, calcificação e maturação (Beraldo et al., 2015). Alterações no esmalte podem ocorrer em qualquer uma dessas fases, pois seu processo de formação é extremamente sensível a variações ambientais (Beraldo et al., 2015; Costa et al., 2010).

As causas de defeitos no esmalte são diversas. O processo de formação do dente pode ser prejudicado por deficiências nutricionais, proteicas e minerais, afetando tanto a dentição primária quanto a permanente (Azevedo et al., 2013; Maenosono et al., 2013). Defeitos no esmalte, como alterações na cor, podem ser atribuídos ao consumo de medicamentos, bebidas ou alimentos, além de fatores sistêmicos ou hereditários, deficiências congênitas, falhas no metabolismo pré-natal e deficiências nutricionais (Fernandes et al., 2012; Hermes, 2013; Maenosono et al., 2013).

Distúrbios ou alterações no desenvolvimento do esmalte, como a amelogênese imperfeita, a hipomineralização molar-incisivo (HMI) e a fluorose dentária, manifestam-se com anomalias na estrutura. Essas alterações podem apresentar características clínicas semelhantes, sendo necessária uma anamnese detalhada, um exame clínico cuidadoso e, em alguns casos, exames radiográficos para um diagnóstico preciso. O conhecimento dessas anomalias por parte do cirurgião-dentista é essencial para garantir um diagnóstico correto e, consequentemente, definir o melhor plano de tratamento para cada situação.

Assim, o presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão da literatura sobre três importantes anomalias do esmalte dental: fluorose dentária, hipomineralização molar-incisivo e amelogênese imperfeita.

2. MATERIAL E MÉTODO

No presente estudo de revisão de literatura, foi inicialmente formulada a seguinte pergunta-problema: Quais são as características clínicas essenciais para o correto diagnóstico e tratamento das anomalias do esmalte dental pelo cirurgião dentista? O levantamento bibliográfico foi conduzido por meio de buscas nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), National Center for Biotechnology Information (PubMed) e Google Acadêmico. Foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) em português e inglês: Amelogênese Imperfeita/Amelogenesis Imperfecta; Hipoplasia do Esmalte Dental/Dental Enamel Hypoplasia; Fluorose Dental/Dental Fluorosis; e Esmalte/Enamel.

A pesquisa incluiu artigos em inglês e português, publicados no período de 2010 a 2024. Excluíram-se monografias, dissertações e teses de doutorado. Após a aplicação dos critérios de exclusão, os artigos foram selecionados com base no título e no resumo, priorizando aqueles que abordavam as características clínicas das patologias e os tratamentos recomendados, e que estavam disponíveis na íntegra.

3. RESULTADOS

Com a busca dos artigos foram encontrados 103 artigos potenciais nas bases de dados, sendo 52 na base de dados Scielo, 30 na base de dados PubMed e 21 no Google Acadêmico. Após serem submetidos aos estágios de seleção e refinamento, 53 artigos foram elegíveis, 28 (Scielo), 12 (PubMed) e 13 (Google Acadêmico), após análise criteriosa 22 artigos foram incluídos para a revisão de literatura e discussão (Quadro 1).

Quadro 1: Fluxograma da seleção dos artigos.

Fonte: Dos próprios autores.

3.1 FLOUROSE DENTAL

De acordo com Silva et al., (2024), a utilização de suplementos de flúor sistêmicos, a fluoretação artificial da água e a aplicação tópica de dentifrícios com flúor são práticas preventivas comumente adotadas para diminuir o risco de cárie dentária. No entanto, essas estratégias também podem, inadvertidamente, resultar em uma ingestão excessiva de flúor, o que pode levar ao desenvolvimento da fluorose dental. 

A fluorose é uma condição causada por fatores intrínsecos, decorrente da exposição prolongada e excessiva ao flúor durante a fase de formação do esmalte dentário, conhecida como amelogênese. Essa alteração se manifesta inicialmente através de linhas brancas opacas na superfície dos dentes, podendo evoluir para manchas amareladas ou acastanhadas, dependendo da quantidade de flúor ingerido (Maximowski et al., 2024).

Segundo Assunção et al., (2024), a escolha do tratamento para a fluorose dentária depende diretamente da severidade e das características clínicas da condição. É fundamental priorizar técnicas minimamente invasivas, preservando o máximo possível da estrutura natural do dente. Dessa forma, tratamentos conservadores são preferidos quando o quadro clínico permite. Em casos de fluorose leve, procedimentos como clareamento dental e microabrasão do esmalte costumam ser indicados. Já nos casos mais graves, onde o comprometimento estético é acentuado, são necessárias intervenções mais invasivas, incluindo restaurações em resina composta, coroas ou facetas laminadas.

3.2 AMELOGÊNESE IMPERFEITA

A amelogênese imperfeita é um distúrbio que interfere na formação do esmalte dentário, afetando tanto a dentição decídua quanto a permanente, sem relação com outros defeitos. Clinicamente e geneticamente, essa condição apresenta grande diversidade. O esmalte pode sofrer diferentes graus de comprometimento, variando de falhas em sua formação até alterações significativas nos componentes minerais e proteicos. Essa variação clínica inclui desde problemas na formação do esmalte até mudanças em sua estrutura mineral e proteica (Couto et al., 2013).

Oliveira et al., (2023), destaca que a amelogênese imperfeita apresenta-se em alguns tipos: hipoplásica, hipomaturada, hipocalcificada e hipoplásica-hipomaturada com taurodontismo. Cada tipo tem suas particularidades clínicas, podendo estar relacionado a um risco aumentado de cáries, redução da dimensão vertical, mordida aberta (anterior e posterior), dentes impactados, hipersensibilidade, exposição da polpa dentária, hiperplasia gengival, doença periodontal e má oclusão severa. Esses fatores reforçam a necessidade de um tratamento personalizado e criterioso para assegurar uma reabilitação dentária adequada.

De acordo com Cunha et al., (2022), o tratamento da amelogênese imperfeita ocorre em três etapas principais. A primeira fase, voltada para a prevenção, envolve orientar o paciente sobre cuidados com a higiene bucal, além de aplicar flúor de forma tópica e remover possíveis lesões de cárie, utilizando cimento ionômero de vidro para restaurações, quando necessário. A segunda etapa, restauradora, consiste na utilização de materiais como resinas compostas, resinas indiretas, facetas de cerâmica ou metalocerâmicas, dependendo das necessidades específicas de cada caso, assim como da idade e expectativas do paciente. A fase final, de preservação, não possui um tempo definido e tem como foco manter a estabilidade estética e funcional a longo prazo.

3.3 HIPOMINERALIZAÇÃO MOLAR-INCISIVO

A Hipomineralização Molar-Incisivo é uma condição de origem sistêmica que afeta o esmalte dentário, acometendo principalmente os primeiros molares permanentes e, com frequência, também os incisivos permanentes. Essa anomalia se caracteriza por uma deficiência na qualidade dos tecidos dentários, sendo reconhecida principalmente pela alteração na translucidez do esmalte (Ribeiro; Dias; Conceição, 2022). As opacidades são mais comumente observadas nos dois terços oclusais das coroas dos molares, assim como nos incisivos. Além da alteração de coloração, os dentes afetados exibem esmalte poroso e frágil, acompanhado de sensibilidade ao calor e ao frio. A menor dureza do esmalte torna esses dentes mais suscetíveis a fraturas após a erupção (Silva et al., 2020).

De acordo com Oliveira Alves et al., (2021), a literatura atual apresenta diversas opções clínicas para lidar com os principais desafios do tratamento da hipomineralização molar-incisivo: fraturas, hipersensibilidade dentinária e dificuldades de adesão. Os selantes são considerados uma estratégia preventiva para minimizar fraturas e o risco de cáries. No que se refere à hipersensibilidade dentinária, tratamentos a laser, isolados ou combinados com infiltração de resina, mostram-se promissores, embora não haja consenso unânime sobre sua eficácia. Materiais adesivos também podem ser utilizados, porém as mudanças físicas e químicas nos tecidos dentários podem comprometer os resultados, sendo que restaurações indiretas podem oferecer bons resultados clínicos.

4 DISCUSSÃO

O esmalte dentário é uma estrutura rígida e calcificada que protege e reveste os dentes, sendo formado pela atividade celular dos ameloblastos. Durante o desenvolvimento, esses ameloblastos são altamente sensíveis a diversos fatores endógenos e exógenos, que podem provocar alterações no esmalte dental. Essas alterações são classificadas como hipoplasias ou hipomineralizações (opacidades), sendo as hipomineralizações subdivididas em opacidade demarcada (HMI) e opacidade difusa (fluorose), enquanto as hipoplasias incluem a amelogênese imperfeita (Barzotto; Rigo, 2018).

Em um estudo realizado com discentes de odontologia (Rigo et al., 2015) e outro com odontopediatras e clínicos gerais (Mâcedo-Costa et al., 2010), a precisão no diagnóstico e tratamento dos defeitos do esmalte foi avaliada. No primeiro estudo, apenas três imagens foram corretamente diagnosticadas pela maioria dos estudantes, enquanto no segundo, apenas 4,9% dos profissionais acertaram o diagnóstico de opacidade e 4,07% indicaram o tratamento correto. Esses resultados revelam que, apesar do tema ser abordado no curso de Odontologia, muitos alunos e profissionais ainda apresentam dificuldade em distinguir defeitos de esmalte de outras lesões e em determinar a melhor abordagem terapêutica. Isso aponta para a necessidade de uma atualização no conhecimento sobre o diagnóstico e tratamento dessas condições.

Outro estudo, realizado com discentes de Odontologia que responderam a um questionário contendo imagens de diferentes lesões de esmalte, mostrou que 93,9% dos participantes diagnosticaram corretamente a fluorose dental. No entanto, os estudantes relataram dificuldades no diagnóstico diferencial e na tomada de decisão sobre o tratamento de casos de amelogênese imperfeita e fluorose dental, além de desafios na prática clínica ao lidar com essas lesões (Barzotto; Rigo, 2018).

Para um diagnóstico adequado, é essencial realizar uma anamnese minuciosa, um exame clínico preciso e ter um sólido conhecimento teórico sobre as anomalias do esmalte. Segundo Dias et al. (2020), o diagnóstico de alterações no esmalte é complexo devido às semelhanças clínicas dessas condições. O diagnóstico depende de características como a intensidade da lesão, o grau de severidade e o nível de dano aos dentes. O método padrão de diagnóstico é o exame visual, realizado após profilaxia e secagem da superfície dentária com jato de ar, seguido de um exame tátil com sonda exploratória. O tratamento, por sua vez, deve ser escolhido com base nas características clínicas, no grau de severidade e nos custos para o paciente (Dias et al., 2020).

A fluorose dental, uma mancha intrínseca congênita, é causada pelo excesso de ingestão de flúor durante o desenvolvimento do esmalte. Clinicamente, a fluorose pode se manifestar como manchas brancas opacas ou descolorações amarelo-marrons, com porosidades na superfície do esmalte, dependendo da gravidade. É caracterizada por estrias horizontais difusas bilaterais observadas em dentes que mineralizam ao mesmo tempo (Sundfeld et al., 2014; Pini et al., 2015). O tratamento da fluorose deve ser conservador, com microabrasão sendo a abordagem preferida para defeitos superficiais, por ser estético e minimamente invasivo, promovendo uma superfície lisa e brilhante (Oliveira et al., 2014; Khandelwal et al., 2013).

A amelogênese imperfeita é uma alteração genética que afeta a morfologia do esmalte, podendo ocorrer tanto na dentição decídua quanto na permanente. Dependendo do tipo, ela pode ser herdada de maneira autossômica dominante, recessiva ou ligada ao X. Clinicamente, a amelogênese imperfeita é classificada em três formas: hipoplásica, hipocalcificada e hipomaturada, cada uma com características específicas que afetam o tratamento (Mehla et al., 2013; Beraldo et al., 2015). O planejamento do tratamento depende de vários fatores, como a idade do paciente, a gravidade do distúrbio e a situação intraoral, com o objetivo de restabelecer função e estética (Borde et al., 2018).

A HMI é uma condição sistêmica que afeta os molares e, frequentemente, os incisivos. Ao contrário da fluorose e da amelogênese imperfeita, a HMI é um defeito qualitativo no esmalte, resultando em áreas superficiais de translucidez anormal que variam de branco a marrom ou amarelo (Sakly et al., 2020). Fatores como complicações no período pré-natal e doenças na primeira infância estão relacionados à sua etiologia. A HMI não apenas compromete a estética, mas também causa sensibilidade dolorosa e aumenta o risco de cárie. O tratamento varia de acordo com a gravidade, indo desde abordagens preventivas até restaurações e, em casos extremos, extrações (Silva-Junior et al., 2016).

CONCLUSÃO

Os defeitos no esmalte dentário, como fluorose dental, amelogênese imperfeita e hipomineralização molar-incisivo, representam grandes desafios tanto no diagnóstico quanto no tratamento clínico. Apesar de serem condições abordadas no curso de Odontologia, muitos estudantes e profissionais ainda apresentam dificuldades em identificar e diferenciar essas anomalias, o que pode comprometer a eficácia do tratamento. A necessidade de uma formação contínua e atualizada sobre os aspectos clínicos e etiológicos desses defeitos é evidente, especialmente diante das semelhanças visuais que podem confundir o diagnóstico. Para garantir o sucesso no planejamento terapêutico, é essencial realizar uma anamnese detalhada e um exame clínico minucioso, além de adotar métodos conservadores de tratamento sempre que possível, priorizando a saúde e bem-estar do paciente. A capacitação dos profissionais, combinada com a atualização dos conhecimentos, é fundamental para o manejo adequado dessas condições e para a promoção da qualidade de vida dos pacientes afetados.

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1 Graduando em Odontologia, Centro Universitário de Santa Fé do Sul – SP, UNIFUNEC e-mail: matheusesnel@hotmail.com Orcid: ttps://orcid.org/0000-0001-5525-4145

2 Graduanda em Odontologia, Centro Universitário de Santa Fé do Sul – SP, UNIFUNEC e-mail: gaoma1@outlook.com Orcid: https://orcid.org/0000-0002-4852-8678

3 Graduando em Odontologia, Centro Universitário de Santa Fé do Sul – SP, UNIFUNEC e-mail: farialimaa.felipe@gmail.com Orcid: https://orcid.org/0000-0003-3294-3735

5 Docente do Centro Universitário de Santa Fé do Sul – SP, UNIFUNEC e-mail: maxdouglasfaria@hotmail.com Orcid: https://orcid.org/0000-0002-5018-3752

6 Docente do Centro Universitário de Santa Fé do Sul – SP, UNIFUNEC e-mail: raquelcarrosantonio82@gmail.com Orcid: https://orcid.org/0000-0002-9440-7826