CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE GUIA ALIMENTAR SOBRE ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS PÓS – ALTA PARA PACIENTES COM COVID – 19

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202507251347


Antônia Maria Railene de Lima Cunha Linhares1
Tarcio Aragão Matos2
Luiza Jocymara Lima Freire Dias3
Márcia Jordana Araújo4
Larisse Campos Ribeiro5
Alane Cunha de Albuquerque6
Samara Evangelista da Silva7
Victória Viana Magalhães8
Tamara Cosme Rodrigues Ferreira9


RESUMO 

Introdução: O surto do novo coronavírus, mais conhecido como COVID-19, síndrome respiratória aguda, causou enorme mortalidade ao nível internacional, devido a um elevado teor de infectividade do vírus, associado à ausência de imunidade prévia da população e a inexistência de vacina. Com a crise econômica instalada, ocorreu um impacto direto na manutenção do emprego, do consumo, e, consequentemente, na compra e acesso aos alimentos. Dessa forma, muitas famílias foram expostas à situação de vulnerabilidade social, insegurança alimentar e nutricional, e à fome. Diante do panorama de incertezas, desafios e dificuldades tanto para a aquisição de insumos como dos protocolos de tratamento da COVID-19, torna-se necessário a análise, revisão e criação de cartilhas, protocolos e guias alimentares que garantam maior cuidado dos processos assistenciais dos pacientes no contexto pós-hospitalar, sendo que a terapia nutricional e a manipulação de alimentos fazem parte importante do processo de cura dos usuários. Objetivo: Construir um guia alimentar com orientações nutricionais voltada para os cuidados pós-alta clínica de pacientes com COVID-19. Metodologia: Trata-se de um estudo de metodologia, de construção de guia alimentar, conforme as etapas: levantamento bibliográfico; construção da tecnologia educativa e validação do conteúdo e aparência por especialistas, realizado de janeiro de 2022 à fevereiro de 2023. Na primeira fase realizou-se um levantamento bibliográfico, com construção de revisão integrativa. Na construção do guia foi feita a seleção do conteúdo e diagramação junto ao designer gráfico para o desenvolvimento de layout, formatação, diagramação e ilustrações. Por fim, a fase de validação do guia, feita por sete especialistas na temática de orientação nutricional, com experiência hospitalar mínima de seis meses e/ou docentes do curso de nutrição que tenham experiência em validação. Para avaliar a proporção de concordância entre os juízes, utilizou-se do Índice de Validade de Conteúdo, adotando-se percentual maior ou igual a 78%, para considerar o guia válido. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, conforme parecer n.°095556/2022. Resultados: O guia educativo possui 21 páginas, contém estratégias nutricionais para pacientes pós alta de covid-19. Em relação a avaliação dos juízes o guia apresentou IVC de 100% e houve sugestões, que foram minuciosamente analisadas e algumas consideradas pertinentes, e assim, realizou-se uma reunião com o designer para efetuar as modificações acatadas para a versão final. Conclusão: O material produzido foi considerado válido e após a etapa de validação com o público-alvo, será disponibilizado para a comunidade no geral e profissionais de saúde na mediação de ações de educação em saúde, com o objetivo de contribuir com o conhecimento da população. É importante que os profissionais de saúde e professores possam ter acesso ao guia, visando potencializar a adesão de pacientes pós -alta por COVID-19, e, com isso, fortalecer o processo de recuperação da saúde.

Palavras-chaves: Guia alimentar, Terapia Nutricional, Covid-19.

ABSTRACT

Introduction: The outbreak of the new coronavirus, better known as COVID-19, acute respiratory syndrome caused enormous mortality at the international level, due to a high content of infectivity of the virus, associated with the absence of previous immunity of the population and the absence of vaccine.  With the economic crisis installed, there was a direct impact on the maintenance of employment, consumption, and, consequently, on the purchase and access to food. Thus, many families were exposed to the situation of social vulnerability, food and nutritional insecurity, and hunger. Given the panorama of uncertainties, challenges and difficulties both for the acquisition of supplies and the treatment protocols of COVID-19, it is necessary to analyze, review and create booklets, protocols and food guides that ensure greater care of the care processes of patients in the post-hospital context, and nutritional therapy and food manipulation are an important part of the users’ healing process.  Objective: To build a food guide with nutritional guidelines focused on the clinical post-discharge care of patients with COVID-19.  Methodologic: Trata de a study of methodological, construction of food guide, according to the stages: bibliographic survey; construction of educational technology and validation of content and appearance by specialists, carried out from January 2022 to February 2023. In the first phase, a bibliographic survey was carried out, with integrative review construction. In the construction of the guide was made the contentand diagramming was made with the graphic designer for the development of layout, formatting, diagramming and illustrations. Finally, the validation phase of the guide, made by seven specialists in the theme of nutritional guidance, with hospital experience of at least six months and/or teachers of the nutrition course who have experience in validation.  To evaluate the proportion of agreement among the judges, we used the Content Validity Index, adopting a percentage greater than or equal to 78%, to consider the guide valid. The study was approved by the Research Ethics Committee, according to opinion no. °095556/2022.  Results: The educational guide has 21 pages, contains nutritional strategies for patients after discharge from covid-19. Regarding the evaluation of the judges, the guide presented 100% CVI and there were suggestions, which were thoroughly analyzed and some considered relevant, and thus, a meeting was held with the designer to make the modifications accepted for the final version.  Conclusion: The material produced was considered valid and after the validation stage with the target audience, it will be made available to the community in general and health professionals in the mediation of health education actions, with the objective of contributing to the knowledge of the population. It is important that health professionals and teachers can have access to the guide, aiming to enhance the support of post-discharge patients by COVID-19, and, with this, strengthen the health recovery process.

Keywords: Food Guide, Nutritional Therapy, Covid-19.

1 INTRODUÇÃO

A COVID-19, síndrome respiratória aguda com alta mortalidade (Melo et al., 2020), surgiu em Wuhan no fim de 2019. Em março de 2020, a OMS declarou pandemia pela rápida transmissão do vírus (OPAS/OMS, 2020). A alta infectividade, falta de imunidade e ausência de vacina causaram o aumento global dos casos (Kucharski, 2020).

A crise econômica afetou emprego, consumo e acesso a alimentos, expondo famílias à vulnerabilidade, insegurança alimentar e fome (Freitas; Pena, 2020). A pandemia de COVID-19 mostrou que, apesar dos avanços, há lacunas na segurança alimentar. O isolamento social piorou a situação dos grupos vulneráveis, sem proteção social nem distribuição de riquezas. Assim, são necessários estudos que ajudem governos a implementar planos territoriais para reduzir desnutrição e pobreza (Buanango et al., 2020).

A preocupação com a alimentação “saudável” intensificou-se devido à prevenção para fortalecer o sistema imunológico, inquietudes associadas à forma corporal e ao ganho de peso, crenças de contaminação através do consumo alimentar e orientações sobre o que comer para fortalecer o sistema imunológico, seja após contaminação pela COVID-19 ou não.  

Diante das dificuldades com insumos e protocolos da COVID-19, é necessária a criação e revisão de cartilhas e guias alimentares para melhorar o cuidado pós-hospitalar, pois a terapia nutricional e a manipulação de alimentos são essenciais na cura (Garla, 2021). Um estudo mostrou que alimentos ricos em lipídios, proteínas, antioxidantes e micronutrientes como selênio e zinco auxiliam na recuperação (Cobre et al., 2021). Assim, vários países elaboraram guias para orientar sobre o que, quanto, como e quando comer de forma adequada e saudável (Gaspar et al., 2020).

Os guias alimentares são instrumentos que estabelecem diretrizes em alimentação e nutrição para orientar escolhas, promover alimentação saudável e boa saúde, variando em formato, linguagem, conteúdo, tempo e contexto (Verthein; Gaspar, 2020).

Diante de todos os fatos dispostos anteriormente, considerando as dificuldades em elaborar cardápios saudáveis para pós-alta e a falta de informações, este trabalho tem como objetivo construir um guia alimentar com orientações nutricionais voltada para os cuidados pós-alta clínica de pacientes com COVID-19, que visa transmitir orientações alimentares corretas para promover saúde após a alta da COVID-19. Espera-se que contribua para recuperação mais rápida dos pacientes e auxilie profissionais na orientação de alta.

2 METODOLOGIA

2.1 Caracterização do estudo

A presente pesquisa trata-se de um estudo metodológico, com abordagem quantitativa, a fim de realizar a construção de um guia alimentar sobre orientações nutricionais aos cuidados pós-alta clínica de pacientes infectados com COVID-19. 

Os estudos metodológicos são pesquisas voltadas ao desenvolvimento, validação, avaliação e aperfeiçoamento de métodos, instrumentos, técnicas e estratégias científicas (Polit; Beck, 2011).

2.2 Referencial metodológico 

A construção e validação do guia alimentar seguiu as etapas: 1) levantamento bibliográfico com revisão integrativa sobre cuidados nutricionais pós-alta de pacientes com COVID-19; 2) seleção do conteúdo e diagramação com designer gráfico, envolvendo layout, formatação e ilustrações; 3) validação com especialistas em orientação nutricional, com no mínimo seis meses de experiência hospitalar e/ou docentes com experiência em validação (Calderoni et al., 2021).

2.3 Local do estudo e período 

A validação de face e conteúdo do guia alimentar pelos juízes especialistas na temática ocorreu em janeiro de 2023, em ambiente virtual. 

2.4 Participantes, critérios de inclusão e exclusão

A amostra para validação de face e conteúdo da cartilha foi composta por profissionais de ambos os sexos, com experiência em orientação nutricional, atuantes na área hospitalar há pelo menos seis meses e/ou docentes de nutrição com experiência em validação.   

A literatura é diversa quanto à quantidade de juízes para validação, sem um número padrão. Pasquali (2010) sugere de seis a vinte juízes, enquanto Moura et al. (2008) recomendam número ímpar para evitar empates. Assim, serão adotados no mínimo sete juízes para a validação. 

Para a seleção dos juízes, foram adaptados os critérios de Barbosa (2012), visando atender às necessidades da pesquisa. Selecionaram-se juízes com perfil compatível com pontuação mínima de três pontos (Barbosa et al., 2012)

Os critérios estão descritos no Quadro 1 para os juízes especialistas.

Quadro 1- Critérios para seleção dos juízes especialistas para validação do guia alimentar. Sobral, CE, Brasil, 2022.

Tese ou dissertação na temática: orientação nutricional, cuidados nutricionais pós-alta, cuidados nutricionais em pacientes com COVID-19 ou tecnologias digitais educativas.2 pontos
Monografia de Graduação ou especialização na temática: orientação nutricional, cuidados nutricionais pós-alta, cuidados nutricionais em pacientes com COVID-19 ou tecnologias digitais educativas.1 ponto
Participação em grupos/projetos de pesquisa que envolvam as temáticas: cuidados nutricionais, cuidados nutricionais pós-alta, cuidados nutricionais em pacientes com COVID-19 ou tecnologias digitais educativas.1 ponto
Experiência docente em: nutrição, nutrição hospitalar, cuidados nutricionais pós-alta. 1 ponto
Atuação prática em: orientação nutricional, cuidados nutricionais pós-alta, cuidados nutricionais em pacientes com COVID-19.1 ponto
Orientação de trabalhos na temática: orientação nutricional, cuidados nutricionais pós-alta, cuidados nutricionais em pacientes com COVID-19 ou tecnologias digitais educativas.1 ponto
Participação em bancas avaliadoras de trabalhos em: orientação nutricional, cuidados nutricionais pós-alta, cuidados nutricionais em pacientes com COVID-19 ou tecnologias digitais educativas.1 ponto

Fonte: Barbosa et al., 2012.

A seleção dos juízes foi realizada por meio de buscas pela Plataforma Lattes do Currículo de pesquisadores, disponível no portal Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, com utilização de filtros disponíveis na plataforma conforme a categoria a ser encontrada; 2) Cadeia de referência, com identificação de um profissional com perfil de interesse e solicitada a indicação de profissionais com o mesmo perfil. 

2.5 Procedimentos Operacionais: Etapas de construção e validação do guia alimentar

O guia foi construído com base na metodologia de Calderoni e colaboradores (2021), descrita abaixo:

2.5.1 Realização de revisão integrativa sobre cuidados nutricionais pós-alta de pessoas que tiveram diagnóstico de COVID-19

A revisão integrativa é um método de pesquisa que organiza e sintetiza amplamente informações sobre um tema, fortalecendo o conhecimento e orientando decisões (Paul; Criado, 2020).

Nessa perspectiva, a revisão integrativa da literatura foi efetivada mediante a realização de seis etapas recorrentes: 1) definição da pergunta da revisão; 2) busca e seleção dos estudos primários; 3) extração dos dados dos estudos; 4) avaliação crítica dos estudos obtidos; 5) síntese dos resultados da revisão; 6) apresentação da revisão (Mendes; Silveira; Galvão, 2019).

Para nortear a condução da revisão houve a construção de uma questão de pesquisa não clínica, com utilização do acrônimo PCC, em que remete à População, Paciente ou Problema (Pessoas que tiveram COVID-19); o Conceito em investigação (Cuidados nutricionais); e o Contexto: (Pós-alta hospitalar). Assim, a questão norteadora deste estudo é: “Quais as evidências disponíveis na literatura acerca dos cuidados nutricionais pós-alta de pessoas que tiveram a COVID-19?

A busca foi efetuada na National Library of Medicine (PubMed); Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com buscas na LILACS e BDENF; Scopus e Web of Science. O acesso às fontes de pesquisas internacionais ocorreu via Comunidade Acadêmica Federada (CAFe), por meio do portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Utilizaram-se descritores controlados, em associação com o operador booleano “AND”, dispostos nos Descritores das Ciências da Saúde (DeCS) (COVID-19; alta do Paciente; Assistência Alimentar e Alimentos, Dieta e Nutrição) e Medical Subject Headings (MeSH) (COVID-19; Patient Discharge; Food Assistance). 

Para as bases de dados nacionais utilizou-se a seguinte estratégia de busca: COVID-19, AND “Alta do Paciente” AND (“Assistência Alimentar” OR “Alimentos, Dieta e Nutrição”) e internacionais: (COVID-19 OR Coronavírus) AND “Patient Discharge” AND (“Food Assistance” OR Nutrients). 

Consideraram-se como critérios de inclusão os estudos originais disponíveis eletronicamente na íntegra (artigos, dissertações e teses), publicados após a pandemia de COVID-19 (2019-2022), em qualquer idioma que responda à questão de pesquisa. Foram excluídos artigos advindos de revisões e editoriais. 

Ao aplicar as estratégias de busca nas bases de dados, os documentos científicos foram transferidos para uma pasta reservada no computador, em formato de arquivo RIS. Posteriormente, os arquivos foram transportados para o software Rayyan, uma ferramenta gratuita e online, que auxilia na triagem dos estudos de uma revisão, minimizando erros e/ou vieses na pesquisa (Ouzzani et al., 2016). Após a exclusão de duplicatas, efetuou-se a análise dos títulos e resumos para verificar a temática e tipo de estudo de cada documento científico. Em seguida, os estudos elegíveis foram lidos na íntegra.  

2.5.2 Seleção do conteúdo e diagramação junto ao designer gráfico para o desenvolvimento de layout, formatação, diagramação e ilustrações do guia

Frente a ausência de evidências científicas nas bases de dados para identificar os conteúdos mais adequados ao Guia Alimentar, foram explorados outros materiais relevantes, como: o Guia de orientações sobre alimentação e exercício físico na COVID-19; orientações nutricionais para adultos e idosos com COVID-19 em isolamento e pós-alta; manual de terapia nutricional para prevenção, tratamento e reabilitação da COVID-19; e o Manual de orientações nutricionais pós-alta para pacientes com COVID-19.

Após a seleção do conteúdo para o guia, elaborou-se um roteiro com informações, imagens e textos que compuseram a tecnologia. Em seguida, a linguagem foi adaptada para torná-la acessível a todos os públicos. Por fim, o material foi entregue a um designer especializado para criar as ilustrações e diagramar o conteúdo.

2.5.3 Validação do guia alimentar com especialistas na temática 

Fase 1 – Convite aos juízes

Para a validação dos dados, os juízes foram convidados mediante contato formal via e-mail, por meio de carta-convite, onde foi exposto o motivo pelo qual ele foi escolhido, o objetivo do estudo e os possíveis riscos/desconfortos relacionados a sua participação na pesquisa. 

Fase 2 – Envio do TCLE, guia alimentar e instrumento de avaliação

Aos profissionais que aceitaram participar da pesquisa, foi enviado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), o instrumento de validação adaptado, contendo 18 itens distribuídos nas variáveis: objetivo (propósitos, metas ou finalidades do guia), estrutura/apresentação (organização, estrutura, linguagem, coerência e tamanho do texto) e relevância do material (significância, impacto, motivação e interesse para leitura do guia) (Leite et al., 2018).

O questionário visou avaliar a tecnologia em relação ao seu conteúdo, a aparência e a funcionalidade. A pontuação seguiu a Escala de Likert: 0 – Inadequado; 1 – Parcialmente adequado; e, 2 – Adequado. Estes foram enviados em formato eletrônico por meio do aplicativo de criação de formulários do Google Forms, visualizados e preenchidos de forma online. 

Fase 3 – Avaliação por especialistas

Os juízes especialistas após a leitura do material atribuíram pontuação de 0 a 2 julgando os itens objetivo, estrutura e apresentação, relevância do material como adequado, parcialmente adequado ou inadequado, além da inclusão de um espaço para sugestão de melhoramento de algum item específico.  

Fase 4 – Implementação das sugestões propostas

As sugestões e apontamentos dos especialistas foram avaliadas, com realização de ajustes no guia. 

2.6 Análise de dados 

Os dados coletados foram codificados e organizados em planilhas do Excel e analisados no programa EPI INFOTM. A análise estatística descritiva foi realizada por meio de frequências absolutas e relativas para as variáveis qualitativas e de valores mínimo e máximo, média e desvio padrão para as variáveis quantitativas.

O grau de concordância entre os juízes foi calculado pelo Índice de Validade de Conteúdo (IVC) para cada item do instrumento, que corresponde à proporção (em %) de juízes que manifestaram opinião “adequada” ou “inadequada parcialmente” em relação ao número total de juízes. O guia foi considerado válido quando o item obteve IVC igual ou superior a 78% (Pasquali, 2010). 

2.7 Aspectos éticos e legais 

O projeto foi aprovado pela Comissão de Pesquisa da Santa Casa de Misericórdia de Sobral (SCMS) a partir de uma Carta de Anuência. Posteriormente foi submetido ao Comitê de Ética da SCMS, tendo esse número de aprovação: 095556/2022 e CAAE: 62660222.6.0000.8109. Vale ressaltar que toda a pesquisa só foi iniciada após a aprovação do projeto pelos membros do CEP.

3 RESULTADOS 

O corpo de juízes participantes da validação de conteúdo foi composto por sete profissionais da área da saúde. Houve predomínio de mulheres (71,4%), com média de idade de 31,7 anos (±7,5). Em relação à categoria, todos os profissionais tinham formação em nutrição.

No que diz respeito à titulação, três (42,9%) têm especialização, três (42,9%) com mestrado e um (14,3%) com doutorado. Em relação à área de atuação profissional, dois (28,6%) são nutricionistas assistencialistas, um (14,3%) é nutricionista assistencialista e docente/pesquisador e quatro (57,1%) são docentes Tabela 1. 

Tabela 1 – Perfil de identificação dos juízes-especialistas. Sobral, CE, Brasil, 2022.

Fonte: Dados da pesquisa, 2023. 

Na análise do IVC, dos 18 itens, todos obtiveram 100% de concordância, sendo a opção “adequada” a maioria das respostas. No item 2.1 (Linguagem adequada ao público-alvo), dois juízes marcaram “parcialmente adequado”, nos itens 2.2, 2.4, 2.5, 2.7 e 2,9 (Linguagem/layout interativo, permitindo envolvimento ativo, informações objetivas, informações esclarecedoras, sequência lógica das ideias e tamanho do texto adequado) um juiz marcou “parcialmente adequado”). Não houve itens inadequados conforme o julgamento dos juízes.  

Tais resultados demonstraram uma concordância aceitável do guia alimentar entre os avaliadores − superior a 80% (Quadro 2). 

Quadro 2 – Índice de Validade de Conteúdo (IVC) de cada item do instrumento de validação do guia alimentar. Sobral (CE), Brasil, 2023.

QuesitoAPAIIVC
OBJETIVOS (PROPÓSITOS, METAS OU FINALIDADES DO GUIA)
1.1 Contempla o tema proposto.71
1.2 Adequado ao processo de ensino-aprendizado.71
1.3 Esclarece dúvidas sobre o tema abordado.71
1.4 Proporciona reflexão sobre o tema.71
1.5 Incentiva mudança de comportamento.71
ESTRUTURA/APRESENTAÇÃO (ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA, LINGUAGEM, COERÊNCIA E TAMANHO DO TEXTO) 
2.1 Linguagem adequada ao público-alvo.521
2.2 Linguagem adequada ao material educativo521
2.3 Linguagem/layout interativo, permitindo envolvimento ativo.611
2.4 Informações corretas.71
2.5 Informações objetivas.611
2.6 Informações esclarecedoras.611
2.7 Informações necessárias.71
2.8 Sequência lógica das ideias.611
2.8 Tema atual.711
2.9 Tamanho do texto adequado.611
RELEVÂNCIA DO MATERIAL (SIGNIFICÂNCIA, IMPACTO, MOTIVAÇÃO E INTERESSE PARA LEITURA DO GUIA)
3.1 O guia estimula o aprendizado e a melhoria da assistência.71
3.2 O guia contribui para o conhecimento na área.71
3.3 O guia desperta interesse pelo tema.71

Legenda: A – Adequado; PA – Parcialmente adequado; I – Inadequado. 

Fonte: Dados da pesquisa, 2023. 

Apesar de o guia obter IVC máximo em 17 itens do instrumento de avaliação, houve sugestões, que foram minuciosamente analisadas. Tais sugestões foram consideradas pertinentes, e assim, realizou-se reunião com o designer para efetuar as modificações necessárias no guia, como mostra o quadro 3.

Quadro 3 – Distribuição dos comentários e sugestões proferidos pelos juízes sobre o guia alimentar. Sobral (CE), Brasil, 2023.

ItemComentários e sugestões      Ações realizadas 

ESTRUTURA/APRESENTAÇÃO (ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA, LINGUAGEM, COERÊNCIA E TAMANHO DO TEXTO)
Encontrei barreiras para educação nutricional de idosos, visto que, o material apresenta-se em letras pequenas, e em muitas partes as orientações são extensas e se repetem! A utilização de gravuras ou Box com textos pequenos pode ser uma ideia para diminuir a sensação de monotonia na leitura de um texto corrido (Juiz 1).Recomendações acatadas–   A capa foi ajustada;- Houve um ajuste na coloração das imagens de fundo (clarear a tonalidade para melhorar a visibilidade e leitura);- Em relação à letra, explana-se que o material será impresso em papel 30 x 20 cm. 
Objetividade das informações: Na parte das orientações conforme os sintomas, o texto ficou um pouco repetitivo devido a algumas orientações serem as mesmas. (Juiz 2).Recomendações não acatadas
– Na objetividade, após reunião decidiu-se manter as informações, dado que o guia já tem vários boxes de texto e informações em formato de persiana, com imagens ilustrativas, além disso, esta recomendação de apenas 1 juiz. 
No tópico sintomas da COVID-19, não contempla os sintomas comumente observados nos pacientes com COVID-19 como febre, tosse, dor de cabeça e o cansaço não está relacionado apenas ao momento da ingestão alimentar. Ou então deve deixar claro que esses sintomas são os que podem interferir na ingestão alimentar e consequentemente comprometer o estado nutricional. No tópico ansiedade dar exemplos do que são bebidas estimulantes. No tópico estomatite, explicar o que seriam temperos abrasivos. Na parte de alimentos importantes para o sistema imune, acredito que fosse interessante diferenciar as gorduras saturadas e insaturadas. Diferenciar melhor os alimentos processados dos ultraprocessados. Poderia acrescentar como fonte de selênio a castanha do Pará. Verificar o espaçamento entre as palavras, em alguns momentos há dois espaços. Sugiro colocar as referências em ordem alfabética.Não consegui observar interatividade em nenhum ponto do documento.Acredito que ficaria mais interessante trabalhar os alimentos e os nutrientes que auxiliam no sistema imune em sequência, deixando o tópico de hidratação antes ou depois desses dois tópicos (Juiz 3).Recomendações parcialmente acatadas– Alguns termos técnicos foram trocados e outros foram mantidos com a descrição facilitada entre parênteses, além disso, os pacientes podem solicitar auxílio aos profissionais;-  A solicitação de incluir os sintomas mais comuns não foi acatada, dado que não é o objetivo primário do guia.

Fonte: Dados da pesquisa, 2023. 

A segunda versão (final) do Guia possui 21 páginas, organizada em 6 tópicos: 1. Considerações iniciais, 2. Sintomas da covid-19 e estratégias nutricionais, 3. Alimentos importantes para o sistema imunológico, 4. Importância da hidratação e quais os líquidos utilizados ou indicados na covid-19, 5. Nutrientes importantes para o sistema imunológico, 6. Referências.

GUIA ALIMENTAR ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS PÓS-ALTA PARA 7 PACIENTES COM COVID-19

A construção do guia alimentar partiu da vivência da pesquisadora no cuidado a pessoas com COVID-19, onde identificou a necessidade de orientações pós-alta. Assim, buscou-se elaborar e validar um guia educativo que auxiliasse tanto nutricionistas em ações de educação em saúde quanto os próprios pacientes na aquisição de conhecimentos.

Neste cenário, destaca-se que tecnologias educativas, como guias, melhoram a comunicação em saúde, ampliam o conhecimento e a consciência sobre o estado de saúde, influenciando diretamente a educação em saúde e o processo de ensino-aprendizagem (Macedo et al., 2020).

Após validação de face e conteúdo, o guia foi considerado válido por especialistas, contendo informações científicas, formatação clara e ilustrações que despertam interesse pelo tema. Estudo de Gonçalves et al. (2019) reforça a importância da validação de materiais educativos voltados à orientação nutricional. No contexto atual da COVID-19 e suas sequelas, o material servirá de suporte aos profissionais e incentivo ao autocuidado das pessoas que tiveram a doença.  

Embora considerado válido, o guia recebeu recomendações e sugestões de mudanças dos especialistas. Estudos de validação destacam a importância de analisar cuidadosamente as sugestões dos juízes, pois reformulações, exclusões ou inclusões aprimoram a qualidade do material educativo (Lima et al., 2020; Ximenes et al., 2019). A maioria das recomendações foi acatada para refinar o guia e torná-lo válido e acessível ao público-alvo. 

Foi indicada a necessidade de aumentar a fonte utilizada no guia. Para melhorar a visualização, o tipo de papel foi substituído por um de 42 x 30 cm, mesmo tamanho usado na tecnologia validada por Souza et al. (2021). Destaca-se que o guia construído e validado por Pinto et al. (2021) também foi configurado para impressão.

Em outro estudo de escopo similar, também foi apontado pelos juízes a necessidade de incluir uma estratégia para aumentar a fonte utilizada (Gonçalves et al., 2019).  Percebe-se, portanto, a preocupação dos juízes quanto à validação de materiais que tenham uma leitura acessível à população. 

Outra sugestão foi feita no item objetividade do texto, onde solicitou-se a colocação de boxes de textos. Porém, a recomendação não foi acatada, pois já tinham 14 boxes de texto no guia alimentar.  Outro estudo afirma que a partir da diagramação do conteúdo em caixas de textos e tópicos, com ilustrações junto ao texto, o material fica mais fácil para ser compreendido durante a leitura (Ximenes et al., 2019). 

Os especialistas sugeriram a adequação da linguagem quanto aos termos técnicos, visando facilitar a compreensão pelos pacientes. Essa necessidade também foi identificada em estudos metodológicos brasileiros sobre validação de livreto para prevenção da transmissão vertical do HIV e para pacientes com câncer de cabeça e pescoço em radioterapia, que destacaram a importância de tornar o conteúdo mais claro, conforme apontado pelos juízes (Lima et al., 2017; Cruz et al., 2016). Estudo sobre construção e validação de guia educativo reforça a necessidade de linguagem simples e uso de imagens para melhorar a comunicação e facilitar a compreensão da mensagem (Macedo et al., 2020). Assim, observa-se que ajustes no texto de tecnologias educativas são recorrentes e importantes para ampliar a compreensão do material.  

Entre as limitações do estudo, destacam-se os critérios definidos para a busca de artigos nas bases de dados, que podem ter gerado lacunas no conteúdo do guia. Ainda assim, foi produzido um material válido para apoiar pacientes pós-alta por COVID-19. Outra limitação foi a ausência da validação semântica com o público-alvo, etapa essencial para completar a validação, que poderá ser realizada futuramente.

4 CONCLUSÃO

A tecnologia educativa “Guia alimentar – orientações nutricionais pós-alta para pacientes com COVID-19” foi elaborada com base em referências relevantes, como guias do Ministério da Saúde, UFRJ e UFRN. Na validação de conteúdo, foi considerada válida por juízes nutricionistas quanto a objetivos, estrutura/apresentação e relevância (IVC=1,0).

Após a validação com o público-alvo, o material será disponibilizado à comunidade e a profissionais de saúde para uso em ações de educação em saúde, visando ampliar o conhecimento da população. É essencial que profissionais de saúde e professores tenham acesso ao guia, a fim de incentivar a adesão de pacientes pós-alta por COVID-19 e fortalecer sua recuperação.

O guia alimentar validado convida à leitura e reflexão, de forma clara, lúdica e atualizada, sobre a COVID-19, estratégias nutricionais, alimentos e nutrientes que fortalecem o sistema imunológico, além da importância da hidratação e dos líquidos indicados durante a doença.

REFERÊNCIAS 

BARBOSA, I. C. F. J. Construção e validação de um curso a distância para promoção da saúde mamária. 2012.199 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2012. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/4271 Acesso em: 23 set. 2022.

BUANANGO, et al. Segurança Alimentar e Nutricional em Tempos de Covid-19, Revista Simbio-logias, [S.L], v.12, n.16, p.100-117, 2020. Disponível em: https://repositorio.ipv.pt/bitstream/10400.19/6522/1/seguranca_alimentar_e_nutricional_em_tempos-de_covid-19.pdf Acesso em: 23 set. 2022.

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