CONSTRUÇÃO DE UM MANUAL DE ENSINO TEÓRICO-PRÁTICO EM NÓS E SUTURAS POR VIDEOLAPAROSCOPIA PARA ACADÊMICOS DE MEDICINA

DEVELOPMENT OF A THEORETICAL-PRACTICAL TEACHING MANUAL ON KNOTS AND SUTURES IN VIDEOLAPAROSCOPY FOR MEDICAL STUDENTS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202506081621


Lanna Oliveira Andrade 1
Marluci Garcia Lima 2
Nelson Jorge Carvalho Batista 3
Welligton Ribeiro Figueiredo 4


Resumo

Este estudo propõe a construção de um manual de ensino teórico-prático em nós e suturas por videolaparoscopia direcionado a acadêmicos de Medicina, frente às transformações no ensino médico contemporâneo e à crescente demanda por habilidades em cirurgia minimamente invasiva. A introdução da videolaparoscopia trouxe benefícios relevantes à prática cirúrgica, porém exige competências específicas que nem sempre são abordadas de forma sistematizada na graduação médica. Diante disso, esta pesquisa teve como objetivo elaborar e validar um manual que auxilie na formação prática dos discentes por meio de conteúdos teóricos integrados a exercícios simulados. A pesquisa metodológica envolveu a elaboração do conteúdo teórico sobre videocirurgia, apresentação de equipamentos específicos, desenvolvimento de habilidades psicomotoras, criação de exercícios práticos e confecção do manual. O estudo utilizou uma sequência didática de materiais padronizados para o ensino de técnicas laparoscópicas para não comprometer a preparação dos futuros residentes em cirurgia geral. Os exercícios desenvolvidos incluíram treinamento de propriocepção, coordenação olho-mão, ambidestria e execução de nós cirúrgicos, utilizando simuladores de alta fidelidade. Os resultados apontam que o uso de materiais didáticos em metodologias ativas e simulação cirúrgica realística contribuem para o desenvolvimento de competências essenciais, promovendo maior segurança, eficiência e autoconfiança nos procedimentos cirúrgicos. Conclui-se que a implementação de um manual estruturado pode preencher lacunas do ensino prático, servindo como ferramenta educacional relevante para introdução e padronização do treinamento em videolaparoscopia na graduação médica. O estudo reforça a importância da inserção de recursos tecnológicos e estratégias inovadoras no ensino médico, a fim de formar profissionais mais preparados para a realidade cirúrgica moderna.

Palavras-chave: Ensino. Cirurgia Geral. Laparoscopia. Técnicas de Sutura.

1 INTRODUÇÃO

A formação médica tem experimentado significativas mudanças motivadas pelas exigências sociais, avanços tecnológicos e pela busca por um ensino mais crítico, humanizado e orientado por competências. A transição do modelo biomédico centrado no professor para abordagens educacionais ativas centradas no estudante tem se consolidado como tendência em escolas médicas brasileiras e internacionais. Essas transformações representam não só o progresso pedagógico no ensino superior, mas também o compromisso com a preparação de profissionais capazes de enfrentar os desafios atuais da prática médica (Silva; Mendes; Girotto, 2020).

A prática cirúrgica, em especial, tem exigido novas estratégias educacionais que contemplem a complexidade do desenvolvimento técnico e psicomotor dos estudantes. O que era fundamentado pelo método Hastediano, como modelo observacional, seguido de auxiliar, até adquirir habilidade e autonomia para execução de tal prática, “see one, do one and teach one”, foi modificado pelo modelo de “do many, mentored Always” onde o treinamento é feito por múltiplas vezes sob supervisão até atingir o nível de habilidade e expertise, para realização da cirurgia minimamente invasiva (Reznick, 1993; Satava, 2010).

Com isso, a aplicação cada vez maior de tecnologia na medicina tem gerado de forma crescente o interesse dos acadêmicos em desenvolver tais habilidades e conhecimento básico em cirurgia minimamente invasiva, a introdução da cirurgia videolaparoscópica trouxe ganhos significativos à medicina minimamente invasiva, mas, por outro lado, aumentou a necessidade de treinamentos específicos que demandam habilidades distintas da cirurgia convencional (Coelho et al., 2009; Nagendran et al., 2013).

O uso de simulação em ambientes controlados tem se mostrado essencial para o ensino seguro e eficaz, permitindo que estudantes adquiram habilidades manuais, como nós e suturas laparoscópicas, antes da prática clínica direta, a adoção de metodologias ativas na educação médica cirúrgica tem demonstrado impacto positivo na formação de habilidades psicomotoras, na segurança dos procedimentos e na autoconfiança dos estudantes (Souza et al., 2020; Barros et al., 2022).

Dessa forma, embora a sociedade médica brasileira tenha registrado avanços significativos nas tecnologias aplicadas ao ensino médico nos últimos anos, ainda se percebe a necessidade de aprimoramento contínuo na formação prática e teórica dos discentes, especialmente no que se refere a técnicas específicas, como a realização de nós e suturas em cirurgias videolaparoscópicas. Diante deste contexto, emergiu o seguinte questionamento: Como desenvolver um manual de ensino acadêmico, com embasamento teórico e prático, voltado à capacitação em nós e suturas aplicadas à videolaparoscopia?

Para responder a tal questionamento, o estudo produziu um manual de ensino teórico- prático em nós e suturas por videolaparoscopia para acadêmicos de medicina e realizou um levantamento bibliográfico das produções científicas, protocolos e guidelines sobre nós e suturas por videolaparoscopia e propor a implementação do mesmo no meio acadêmico.

A motivação para a realização deste manual surgiu após consultas à literatura científica mostrando uma escassez de manuais de ensino delimitados e eficazes no preparo de acadêmicos de medicina para aquisição de habilidades nas técnicas laparoscópicas, trazendo consigo um despreparo dos futuros residentes em cirurgia geral no domínio das técnicas básicas nessa modalidade, além de propor tal estudo na grade curricular de cirurgia na graduação de Medicina, como finalidade de introdução e preparação dos acadêmicos a fim de preestabelecer conhecimento prévio aos futuros residentes em cirurgia geral, visto que a cirurgia minimamente invasiva é uma realidade e cada vez mais é utilizada por seus inúmeros benefícios.

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 História de Cirurgia

A evolução da pratica cirúrgica e do conhecimento médico, é visualizada através dos registros históricos, é um campo de estudo fascinante que abrange desde as técnicas rudimentares até as atuais tecnologias sempre visando o cuidado na saúde. Através de Hipócrates, o pai da medicina, e Galeno, figuras proeminentes que contribuíram para o desenvolvimento de diversas teorias, que estabeleceu-se a base da Medicina e da técnica cirúrgica (Adams, 2015; Nordquist, 2020).

Durante a idade média, a técnica cirúrgica foi instituída por barbeiros e cirurgiões, durante essa época foram destacadas a importância de técnicas de higiene e suturas, além da utilização de equipamentos/instrumentais específicos para tal pratica. Seguindo cronologicamente a história da cirurgia, foi marcada por bastante evolução, no século XIX, a introdução da anestesia e antissepsia transformaram essa prática tornando-a mais segura e eficaz (Khalili, 2016).

No decorrer desse processo de evolução, a história da medicina reflete não só apenas o progresso técnico, mas também as mudanças na compreensão do corpo humano, no ato de curar e nas técnicas em cirurgia, essa evolução continua a impactar significativamente a Medicina, na qualidade do atendimento e até na possível cura do paciente, sendo essa evolução crescente (Wright, 2018).

O século XX foi marcado por grandes inovações tecnológicas, como a introdução de cirurgias minimamente invasivas, oferecendo diversos benefícios em termos de recuperação e redução de danos. A combinação da tecnologia, pesquisa e educação impulsionam a evolução por técnicas, capacitação para acadêmicos de medicina e médicos ao longo de toda atuação na saúde (Adams, 2015; Jones, 2021).

2.2 Cirurgia minimamente invasiva

Define-se por procedimento minimamente invasivo, todo aquele que ao ser realizado, cause o mínimo de dano possível, divergindo da máxima: “grandes cirurgiões, grandes incisões”, pois a tendência atual se destina para “quanto menor, melhor”, sabendo que a variabilidade dos mesmos depende de cada especialidade e suas especificidades, adaptando suas indicações e suas execuções conforme as necessidades do paciente. Todavia as técnicas desenvolvidas para este âmbito vão aquém do simples fato de redução das incisões, pois sua descoberta e aplicabilidade contribuíram muito para o desenvolvimento e o aprimoramento da cirurgia “convencional”, como exemplo do uso de seus instrumentos e materiais (Mariani; Pego-Fernandes, 2013).

A transição das técnicas da cirurgia convencional para as técnicas minimamente invasivas, necessitam de uma significativa curva de aprendizado, para treinamento de habilidade e precisão, podendo ser desafiadoras, especialmente para cirurgiões menos experientes, para que se familiarizem com a tecnologia e as novas formas de abordagens cirúrgicas, fundamentando assim um investimento em programas de treinamento para que essas dificuldades sejam superadas na garantia do avanço, que é a cirurgia minimante invasiva, melhorando a eficácia e a segurança dos procedimentos cirúrgicos (Milanez et al., 2023).

É notável o crescimento da laparoscopia nos tratamentos e procedimentos cirúrgicos, principalmente onde antes, exclusivamente, só se realizavam por meios de técnicas abertas, como é o caso de cirurgias cardíacas e ressecções hepáticas, e que por meio desse advento tecnológico, podem por vezes, serem conduzidas de maneira minimamente invasiva, melhorando significativamente a recuperação dos pacientes de condições mais complexas, que não seriam candidatos a cirurgias da forma convencional, podendo oferecer soluções mais seguras e menos invasivas (Nösser et al., 2021).

A abordagem por laparoscopia reduz a hospitalização prolongada, a ansiedade e o estresse associados à cirurgia, proporcionando uma experiência menos traumática ao paciente, causando um impacto positivo na sua saúde mental e emocional, permitindo que eles tenham um retorno precoce às suas atividades habituais (Zucolotto et al., 2023).

Por fim, a cirurgia minimante invasiva mostrou-se, através de estudos, que possui um impacto duradouro na qualidade de vida, a longo prazo, dos pacientes, e isso deve-se à combinação de menores incisões, que geram menor dor, menor incidência de complicações, como aderências e hernias, e com uma recuperação estética satisfatória, sendo estes um conjunto de fatores, que somados, corroboram com a redução da necessidade de futuras intervenções cirúrgicas, resultando na melhoria de vida geral dos pacientes (Freitas et al., 2024).

2.3  Uso de tecnologias na educação em saúde

As tecnologias de forma geral têm favorecido muito o ensino no mundo, na medicina não é diferente, ela, está se tornado uma grande aliada no ensino médico e vêm transformando e proporcionando novas formas de aprendizado e treinamento. A realidade virtual (RV) e a realidade aumentada (RA) tornaram-se extensivamente usadas para aprimorar o treinamento prático de estudantes de medicina e residentes em cirurgia geral. Essas tecnologias estão proporcionando uma experiência imersiva, permitindo que os alunos aprendam desenvolver técnicas e pratiquem procedimentos cirúrgicos em ambientes de simulação realística, que oferecem meios seguros sem uso de seres humanos. Com isso, a realidade virtual tem permitido melhorar a habilidade espacial dos futuros cirurgiões, reduzindo assim possíveis erros e aumentando a confiança durante operações reais (Douglas et al., 2017).

Além disso, o uso da robótica e da simulação realística dentro do ensino médico, desempenham um papel fundamental na formação, pois a simulação cirúrgica permite que os alunos repitam procedimentos complexos sem colocar pacientes reais em risco, com simuladores de alta fidelidade, essa pratica têm mostrado resultados positivos na capacitação de habilidades motoras e técnicas dos alunos, o que pode acelerar o aprendizado em cirurgia geral e em cirurgias minimamente invasivas, melhorando assim a precisão dos procedimentos e a segurança (Palter; Grantcharov, 2010).

Outro avanço importante no ensino médico é a introdução de inteligência artificial (IA) que está sendo usada para criar plataformas educacionais adaptativas, que oferecem feedback imediato aos alunos e aos professores, melhorando o aprendizado baseado em suas competências, podendo auxiliar na personalização das habilidades, ao ajudarem a corrigir erros imediatamente e melhorarem suas técnicas, promovendo uma formação mais eficiente e focada nas necessidades individuais dos estudantes (Zhu et al., 2021).

Por fim, a impressão 3D e a telemedicina também são meios que estão sendo integrados ao ensino médico. A impressão 3D permite que modelos anatômicos sejam impressos de forma precisa e detalhada, para o estudo e prática médica, sendo um recurso inovador, permite a criação de peças anatômicas para o ensino, proporcionando um treinamento mais eficaz e realista, contribuindo para o aprimoramento de habilidade cirúrgica e deixando o ensino médico cada vez mais realista. Enquanto a telemedicina facilita o acesso a treinamentos e mentoria em tempo real, independentemente da localização geográfica, sendo muito útil para o ensino médico. A telemedicina proporciona muito além da orientação em tempo real, mesmo com a distância, ela permite observar procedimentos, troca de conhecimento global e experiência, promovendo mais segurança, um ambiente educacional inclusivo e globalizado. Essas tecnologias estão moldando uma nova era de ensino médico mais acessível (Kim et al.,2022).

2.4  Métodos de ensino em cirurgias videolaparoscopicas

A formação de um cirurgião geral tem-se modificado de forma significativa nas últimas décadas, uma vez que teve o aumento no número de escolas médicas, a criação de novas especialidades cirúrgicas e a adoção de novas tecnologias como o surgimento da videocirurgia, e isso trouxe uma enorme necessidade de treinamento especial, justificando que se fizesse uma importante modificação no processo de ensino da cirurgia geral (Vieira, 2007).

As inovações no ensino na área da saúde em conjunto com o avanço tecnológico, deram origem à simuladores, um novo método de ensino, que replica cenários próximos ao real, em ambiente controlado, e que com uso de uma metodologia adequada emprega o treinamento de habilidades, de tomadas de decisões e atitudes rápidas, que se farão necessárias no momento em que os alunos enfrentarem a realidade com o paciente (Lemos, 2016).

Na atualidade, o aprendizado psicomotor para procedimentos minimamente invasivos, não deve e não pode, ser desenvolvido diretamente no paciente, deve ser realizado através da simulação cirúrgica, seja em modelos orgânicos, inorgânicos ou virtuais, antecedendo a fase de treinamento e campo cirúrgico em humanos, adaptando e preparando previamente o cirurgião para um ambiente diferente do que ele está acostumado quando realiza procedimentos abertos (Melo, 2007).

O surgimento de novas tecnologias trouxeram novas formas de realizar procedimentos cirúrgicos, fazendo com que os novos candidatos a cirurgião devam ser treinados também para videocirurgia, porém para que se possa exerce-la é necessário um processo de aprendizado bem estruturado e de caráter um tanto complexo, e hoje no Brasil, existe um grande déficit na formação e no treinamento em videocirurgia nas diferentes especialidades cirúrgicas, o que resulta ainda em sua lenta evolução no país (Nácul et al., 2020).

O psicólogo educacional da Universidade de Chicago, Benjamin Bloom, dividiu em três os objetivos educacionais da aprendizagem: o cognitivo, o afetivo e o psicomotor, e na aprendizagem da videocirurgia, a área que mais necessita de treinamento e desenvolvimento é a do domínio psicomotor, sem dúvidas (Kumar; Gill, 2006).

Até chegar aos modelos de simuladores atuais que possibilitam uma melhor acurácia avaliativa do desempenho do aluno cirurgião, o primeiro simulador chamado de “caixa escura”, usado por cirurgiões para treinar intensivamente e adquirir habilidades necessárias para procedimentos e para cirurgia laparoscópica, tinha a deficiência de possuir um espaço limitado para que o avaliador pudesse, de forma objetiva avaliar a evolução do aluno, uma vez que a simulação realística e segura proporciona experiências muito próximas ao cenário real, mesmo sendo de forma fictícia, produzindo desde então, evidências científicas da sua efetividade como método de ensino, e por isso cada vez mais vem sendo usada na área da saúde (Sutherland et al., 2006).

Também na área da saúde a educação é influenciada pelo avanço tecnológico, pois a velocidade da informação somada ao progresso do conhecimento, são fatores que necessitam de metodologias de ensino inovadoras que compreendam essa evolução e criem uma formação crítica e criativa para alunos, e para tal a simulação cada vez mais realística vem escoltando esse avanço metodológico (Quilici et al., 2012).

3 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa metodológica como um processo sistemático que visa a construção e validação de um manual de ensino teórico-prático em nós e suturas por videolaparoscopia para acadêmicos de medicina.

A pesquisa metodológica é um instrumento sistemático, educativo, enfatizando o delineamento de pesquisa claro e rigoroso, ela investiga, organiza e analisa os dados com finalidade na construção e validação de instrumentos e técnicas de pesquisa, centrada no desenvolvimento de ferramentas específicas de coleta, visando melhorar a confiabilidade e a validação de tal instrumento para garantir uma contribuição efetiva (Polit; Beck, 2020).

O presente estudo foi desenvolvido em seis etapas: realização da revisão integrativa sobre o tema para elaboração do manual de ensino, apresentação do simulador de treinamento em videolaparoscopia, elaboração de um aprendizado para desenvolvimento da habilidade em videolaparoscopia com especialista, elaboração de exercícios das técnicas em nós e suturas videolaparoscopica com especialista, produção de manual teórico pratico em nós e suturas videolaparocopicas para acadêmicos de medicina com especialista e publicação do manual.

Etapa I – Revisão integrativa da literatura científica sobre o tema para elaboração do manual.

Para elaboração do manual de ensino teórico-prático, foi realizado uma revisão da literatura científica acerca do tema.

Essa revisão foi composta por seis etapas: elaboração da problemática de investigação, identificação dos referenciais teóricos pertinentes, categorização dos estudos, recolhimento das evidencias relevantes, organização das informações e apresentação dos resultados colhidos (Sousa et al., 2017).

Para a pesquisa foi adotado como questão norteadora: como os residentes de cirurgia geral estão se preparando para a prática de cirurgia por videolaparoscopia?

A busca por estudos para compor a revisão de literatura foi realizada nos meses dezembro 2024 e janeiro de 2025, nas bases de dados indexadas: Literatura Latino-Americano e do Caribe de Informações e Ciência da Saúde (LILASCS), Medical Literatura Analysis na Retrieval System Online (MEDLINE), Revista Brasileira De Educação Médica (REBEM), National Center for Biotechnology Information (PUBMED) e Scientific Electronic Library Online (SciELO).

Foi estabelecido critérios de inclusão: artigos científicos que contemplarem a temática, publicados nos idiomas em português, inglês e espanhol, no período de 2018 a 2025. Após a análise crítica dos resumos foram utilizados critérios de exclusão os artigos que tratarem de outra modalidade de ensino e artigos que não estiverem relacionados a temática de treinamento para habilidade cirúrgica em videocirurgia, além dos artigos duplicados, teses, artigos de revisão e artigos de imprensas.

Os resultados foram organizados em planilhas, identificando as publicações e a resposta à questão norteadora, após analisados os resultados foram organizados e apresentados em formato de tabela com o a base de dados, estratégia de busca e quantidade de artigos encontrados.

Etapa II -Apresentação do simulador de treinamento em videolaparoscopia, que será usado para criação e treinamento de exercícios para o manual teórico-prático.

Utilizou-se de um equipamento de treinamento em cirurgia laparoscópica que é composto por uma plataforma de alta definição que reproduz uma técnica cirúrgica realista.

O sistema inclui: câmera laparoscópica, tela interativa, estação de controle. E inclui diversos instrumentos que serão essenciais e utilizados para a prática, como pinças de dissecção especifica em videolaparoscopia, trocartes e porta-agulha.

Foi feito uma familiarização com os instrumentos, onde será demonstrado todas as instruções detalhadas sobre cada parte do equipamento, sua função e seu modo de uso.

Etapa III – Elaboração de um aprendizado teórico para desenvolvimento da habilidade em videolaparoscopia com especialista.

Após a apresentação do equipamento, foi elaborado um módulo de aprendizado teórico básico em videolaparoscopia, fazendo uma revisão da anatomia relevante para procedimentos laparoscópicos, fisiologia do pneumoperitônio e seus efeitos, e como manusear os instrumentos.

Etapa IV – Elaboração de exercícios e das técnicas em nós e suturas videolaparoscopica com especialista.

Posteriormente ao aprendizado teórico, foi desenvolvido exercícios práticos de manuseio ao equipamento, de coordenação olho – mão, de aprendizado das técnicas em nós e suturas e por fim a integração de todas as técnicas para simulação de um procedimento básico.

Etapa V – Produção de manual teórico prático em nós e suturas videolaparoscopica para acadêmicos de medicina com especialista.

Com a construção do ensino teórico em videocirurgia e a construção de exercícios práticos para essa habilidade, foi construído um manual com todos os passos, a fim de padronização de todas as técnicas para o ensino aos acadêmicos de Medicina.

Etapa VI- Publicação do manual na comunidade científica.

O manual será encaminhado para publicação em uma revista científica de relevância, para compor a comunidade científica sobre a importância da construção de tal competência prática e possível implementação em instituições o ensino proposto.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

O processo de revisão de literatura integrativa constitui uma etapa fundamental na construção do conhecimento fundamentados nas evidências, fornecendo informações e uma visão abrangente no ensino em videocirurgia, na amostra inicial de artigos foram encontrados com a temática 34 estudos, sendo: 09 Literatura Latino-Americano e do Caribe de Informações e Ciência da Saúde (LILASCS), 02 Medical Literatura Analysis na Retrieval System Online (MEDLINE), 0 Revista Brasileira de Educação Médica (REBEM), 08 National Center for Biotechnology Information (PUBMED) e 15 Scientific Electronic Library Online (SciELO), as bases de dados, estratégia de busca e número de artigos encontrados foram organizados e estão registrados no quadro 01.

Quadro 01: Base de dados, estratégias e resultados de artigos encontrados.

Cont. Quadro 01: Base de dados, estratégias e resultados de artigos encontrados.

Fonte: Elaborado pelos autores (2025).

O processo de leitura dos dados ocorreu primeiramente por leitura textual, a qual se trata de um modo de aprofundamento em processos discursivos, visando alcançar saberes sob a forma de compreensões reconstruídas dos discursos. Essa leitura permite identificar e isolar enunciados dos conteúdos a ele submetidos, categorizar tais enunciados e produzir textos, de maneira a integrar descrição e interpretação.

A análise textual utiliza como fundamento de sua construção o sistema de categorias, o corpus – conjunto de textos submetidos à apreciação, que representa a multiplicidade de visões de mundo dos sujeitos acerca do fenômeno investigado (Moraes, 2003).

Após leitura minuciosa e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, os artigos que completaram a temática do estudo e que foram utilizados, resultaram em 4 artigos, mostrado no fluxograma do processo de seleção dos estudos, figura 01.

Figura 01- Fluxograma do processo de seleção dos estudos científicos.

Fonte: Elaborado pelos autores (2025).

A análise da literatura científica evidencia uma limitação na disponibilidade de manuais didáticos estruturados e direcionados ao ensino de técnicas videolaparoscópicas no contexto da formação médica. Observa-se que, embora haja avanços na introdução de tecnologias no ensino cirúrgico, ainda são relativamente restritos os recursos que integrem, de forma sistematizada, o conhecimento teórico e o desenvolvimento prático de habilidades essenciais, como nós e suturas laparoscópicas. Tal cenário pode impactar negativamente a preparação dos acadêmicos de Medicina que futuramente ingressarão em programas de residência em cirurgia geral, especialmente no que se refere ao domínio de técnicas básicas da cirurgia minimamente invasiva.

Diante disso, justifica-se a proposta de desenvolvimento de um modelo de ensino teórico-prático, baseado em simuladores cirúrgicos, voltado à iniciação e ao aprimoramento de habilidades específicas em videolaparoscopia. Essa estratégia visa contribuir para a formação mais sólida e progressiva dos discentes, favorecendo o desenvolvimento técnico e a segurança no desempenho de procedimentos cirúrgicos.

Portanto faz-se necessário a apresentação do equipamento de treinamento utilizado para realização das técnicas em videocirurgia, onde constitui-se que é composto por uma plataforma de alta definição que reproduz uma técnica cirúrgica realista, composto por câmera laparoscópica, tela interativa, estação de controle, e diversos instrumentos que serão essenciais para a prática como pinças de dissecção especifica em videolaparoscopia, trocarte e porta- agulha.

O equipamento de treinamento em cirurgia laparoscópica, fabricado pela empresa Verykind Medical é composto por uma caixa plataforma de alta definição que reproduz uma técnica cirúrgica realista, o sistema inclui uma caixa de treinamento com luz de led e trocartes previamente acoplados em pontos preestabelecidos, uma pinça de dissecção Maryland, com empunhadura, uma pinça de apreensão Grasper, com empunhadura, um porta agulha reto, com empunhadura e uma tesoura Metzembaum, com empunhadura, além de seis diferentes tipos de pele sintética, quatro placas de acrílico para treinamento e um equipamento de TNT pra treinamento, seis agulhas e dois tubos de fio para sutura, além de parafusos para fixação.

Cada pinça e instrumento tem sua função durante a cirurgia videolaparoscopica, diante disso a pinça de dissecção Maryland é utilizada para manipular, segurar ou mover os tecidos e órgãos durante o procedimento cirúrgico, a pinça de apreensão Grasper também é utilizada para manipular, segurar ou mover os tecidos e órgãos durante o procedimento cirúrgico, o porta agulha reto é destinado a apreensão da agulha de sutura, e tem seu grau de fechamento controlado pela empunhadura com cremalheira, já a tesoura Metzembaum é utilizada para cortar

tecidos e auxiliar em cortes de suturas, fios e pontos, que é mostradas na figuras 02 e figura 03 com demonstração de todos os equipamento e seus acessórios (Marques, 2005; Colégio Brasileiro De Cirurgiões, 2009).

Figura 02 – Demonstração do equipamento incluindo QR Code do 3D do equipamento.

Fonte: Elaborado pelos autores (2025).

Figura 03 – Exposição dos acessórios contidos no equipamento para simulação de videocirurgia.

Fonte: Elaborado pelos autores (2025).

Seguindo de forma didática após a apresentação do equipamento, é necessário um aprendizado teórico básico em videolaparoscopia, fazendo uma revisão da anatomia relevante para procedimentos laparoscópicos, fisiologia do pneumoperitônio e seus efeitos, e como manusear os instrumentos.

A Cirurgia minimamente invasiva ou também chamado de videocirurgia, é o procedimento cirúrgico realizado através de pequenas incisões locais, que depois de expandido com gás carbônico, permite a total visualização do espaço anatômico e seus órgãos a serem abordados cirurgicamente, através de uma ótica com transmissão de imagem para um monitor de vídeo (Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 2009; Townsend, 2014).

É notável o crescimento da laparoscopia nos tratamentos e procedimentos cirúrgicos, principalmente onde antes, exclusivamente, só se realizavam por meios de técnicas abertas, como é o caso de cirurgias cardíacas e ressecções hepáticas, e que por meio desse advento tecnológico, podem por vezes, serem conduzidas de maneira minimamente invasiva, melhorando significativamente a recuperação dos pacientes de condições mais complexas, que não seriam candidatos a cirurgias da forma convencional, podendo oferecer soluções mais seguras e menos invasivas (Lima et al., 2008).

A abordagem por laparoscopia reduz a hospitalização prolongada, a ansiedade e o estresse associados à cirurgia, proporcionando uma experiência menos traumática ao paciente, causando um impacto positivo na sua saúde mental e emocional, permitindo que eles tenham um retorno precoce às suas atividades habituais (Esteves et al., 2001; Colégio Brasileiro De Cirurgiões, 2009).

A cirurgia minimante invasiva mostrou que possui um impacto duradouro na qualidade de vida, a longo prazo, dos pacientes, e isso deve-se à combinação de menores incisões, que geram menor dor, menor incidência de complicações, como aderências e hernias, e com uma recuperação estética satisfatória, sendo estes um conjunto de fatores, que somados, corroboram com a redução da necessidade de futuras intervenções cirúrgicas, resultando na melhoria de vida geral dos pacientes (Colégio Brasileiro De Cirurgiões, 2009; Freitas et al., 2024).

No que se refere a ergonomia é importante um relevante e boa coordenação mão-olho, na cirurgia aberta, é natural, porém ela tem que ser aprendida novamente na videocirurgia, pois os procedimentos são realizados em um local fechado, escuro e ladeado por delicadas vísceras que necessitam ser manipuladas, por se sobreporem umas as outras. Particularidades como um campo de visão restrito, a utilização de instrumentos que causam um prejuízo de sensibilidade, a existência de angulação entre o braço e o instrumento e também a limitação de movimentos devido ao posicionamento fixo dos trocartes, são dificuldades e obstáculos que estão presentes nesta curva de aprendizado (Townsend, 2014).

Diante disso o posicionamento constitui um elemento essencial. O posicionamento do paciente na posições como Trendelenburg, proclive, ou laterais, são costumeiramente adotadas na mesa cirúrgica de videocirurgia, na busca da melhor exposição do órgão-alvo, devendo sempre ter máxima atenção para uma adequada fixação do paciente a mesa e também nas alterações hemodinâmicas que vem associadas à essas manobras, já sobre o posicionamento do cirurgião, que na cirurgia aberta, o mesmo se situa a direita do paciente, na videocirurgia a sua posição será habitualmente oposta ao órgão-alvo (Marques, 2005; Couto; Fiorelli, 2020).

A posição do cirurgião precisa ser neutra para as colunas lombar e dorsal, não havendo rotações, nem flexões anteriores ou laterais, e para isso a altura da mesa cirúrgica e do monitor devem ser adequadamente ajustadas. A cabeça deve ser sempre ereta, ombros neutros e relaxados, cotovelos dobrados entre 70 e 90 graus, mãos em pronação que permitam uma apreensão delicada dos instrumentos, exemplificado na figura 04 (Parra, 2006; Townsend, 2014).

Figura 04 – Posicionamento do conjunto (cirurgião e órgão-alvo) juntamente com o equipamento.

Fonte: Imagem criada a partir da inteligência artificial IA seguindo as orientações citadas acima.

No que se refere ao posicionamento dos trocartes, esse representa um componente determinante em cada procedimento cirúrgico, possuindo sua configuração de posicionamento pela melhor ergonomia do cirurgião, a anatomia do paciente e por localizar o órgão-alvo, após a inserção do trocarte da ótica. O cirurgião deve sempre estar de frente para o órgão-alvo, e em linha reta com a ótica e o monitor. É necessária uma distância apropriada entre os portais bem como uma angulação correta das pinças, para que ocorra a triangulação, conferindo boa flexibilidade para os movimentos, respeitando a ergonomia (Parra, 2014; Couto; Fiorelli, 2020).

Os três trocartes principais formam uma triangulação. O trocarte da ótica é posicionado no centro, como exemplo, no caso de procedimentos na cavidade abdominal, este é posicionado da cicatriz umbilical ou próximo a esta, e os dois trocartes operatórios são posicionados de 5 a 7cm de distância da ótica, um em cada lado, formando entre si ângulos de 60 à 90 graus em relação ao órgão-alvo. Os demais trocartes utilizados para afastamento, são posicionados fora da zona de triangulação para que não haja conflito de instrumentos, exemplificado na figura 05 (Parra, 2006; Townsend, 2014).

Figura 05 – Posicionamento do trocartes.

Fonte: Imagem criada a partir da inteligência artificial IA seguindo as orientações citadas acima.

Referindo-se agora ao efeito fulcro, efeito este que representa a inversão dos movimentos do cirurgião dentro da cavidade acessada, onde ao movimentar a mão para a direita, a outra extremidade do instrumento, que está dentro da cavidade, se move para a esquerda. Do mesmo modo, ao mover a mão para cima, a ponta na outra extremidade do instrumento, se move para baixo, o que torna este efeito mais um obstáculo a ser vencido, demostrado na figura 06.

Figura 06 – Ilustração do efeito fulcro.

Fonte: Imagem criada a partir da inteligência artificial IA seguindo as orientações citadas acima.

Entrando na fisiologia do corpo humano, tem-se o efeito fisiológico causado pelo pneumoperitônio, que é utilizado para abordar as cavidades e criar cavidades virtuais que necessitam de expansão, e na atualidade esta insuflação de gás sob pressão é a técnica mais empregada. A criação do pneumoperitônio é o primeiro passo dado na cirurgia videolaparoscopica, após a punção feita através da agulha de Veress, um instrumento composto por dois tubos, inseridos um no outro, onde um mais externo e menor em forma de bisel, penetra e corta os tecidos, e o outro maior com uma ponta romba e um orifício lateral, permite a passagem do gás ao penetrar na cavidade, insuflando-a (Townsend, 2014).

Muitos tipos de gases como oxigênio, óxido nitroso, hélio e ar comprimido, foram considerados para esta finalidade, pincipalmente na cavidade abdominal, porém o mais utilizado em todo o mundo é o dióxido de carbono (CO2). É um gás naturalmente produzido pelos tecidos e eliminado pela via respiratória, possui baixo risco de embolia gasosa, se insuflado com precaução, é um gás estável, que permite a utilização de energia na cirurgia, é inodoro, incolor e tem baixo custo (Couto, Fiorelli, 2020).

Porém a insuflação de gases sob pressão é capaz de gerar alterações metabólicas no sistema cardiovascular, pulmonar, renal e no sistema nervoso central. Os efeitos do CO2 no sistema cardiovascular, com a compressão da veia cava inferior, ocasionam redução do retorno venoso resultando em uma diminuição do debito cardíaco. Há um risco de hipercapnia, devido a absorção de CO2 na circulação sistêmica, estimulando a atividade simpática promovendo assim taquicardia e vasoconstrição periférica, portanto, um aumento na pressão arterial média e na resistência vascular sistêmica, além de arritmias cardíacas (Aksakal, 2017).

Nos que se refere aos efeitos do CO2 no sistema pulmonar temos a elevação diafragmática resultando em diminuição do volume pulmonar, levando a hipoventilação alveolar e até formação de atelectasias, e como na circulação peritoneal pode provocar a hipercapnia, elevando, portanto, a pressão de dióxido de carbono arterial, tende a aumentar o estimulo ventilatório. Os efeitos do CO2 no sistema renal podem resultar na redução do fluxo sanguíneo renal resultante da compressão dos vasos abdominais e da diminuição do débito cardíaco, e essa condição pode diminuir a taxa de filtração glomerular, consequentemente, redução do débito urinário intraoperatório, podendo estimular as catecolaminas, vasopressinas e ativar o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA), que vai promover a vasoconstrição renal e retenção do sódio (Gutt et al., 2004).

O gás carbônico no sistema nervoso central repercute principalmente sobre a hipercapnia. A absorção de CO2 sistêmica leva a um aumento de pressão do gás podendo resultar na vasodilatação cerebral, esse efeito aumenta o fluxo sanguíneo cerebral e consequentemente a um aumento da pressão intracraniana (Joseph et al.,2023)

A construção do ensino teórico em videocirurgia e a construção de exercícios práticos para essa habilidade, passo a passo, tem um fim de padronização de todas as técnicas para o ensino dos acadêmicos de Medicina.

No treinamento de habilidades psicomotoras são desenvolvidas habilidades de ergonomia (quanto ao posicionamento), manuseio de pinças laparoscópicas, triangulação (posicionamento de portais), estereotaxia (percepção espacial de profundidade), efeito fulcral (movimentos invertidos) e ambidestria.

Como primeiro exercício, para o desenvolvimento dessas habilidades, tem-se: transferência de objetos I: Posiciona-se ao centro da caixa de treinamento uma placa de acrílico branco, medindo 10 cm de largura x 13 cm de comprimento x 5 mm de espessura, com projeções verticais cilíndricas de 2 mm de espessura e alturas variadas entre 0,5 cm, 1,0 cm e 1,5 cm e uma placa circular transparente de 5,5 cm de diâmetro, acoplada, que contem esferas de material esponjoso e colorido, com furo central, com 1,1cm de (DE) diâmetro externo e 4 mm de (DI) diâmetro do furo interno, ilustrada na figura 07.

Figura 07 – Ilustração da placa acrílica utilizada no exercício de noção de propriocepção e manejo de pinças videolaparoscopicas.

Fonte: Elaborado pelos autores (2025).

O exercício consiste em transferir, com as pinças laparoscópicas Maryland na mão direita e a pinça Grasper ou porta agulha posicionada na mão esquerda, todas as esferas que estão dentro da placa transparente para as projeções verticais, uma a uma, com alternância das mãos, e ao terminar de preencher as projeções, antes vazias, com as esferas, fazer o exercício inverso e então devolve-las para a placa circular, que é ilustrada na figura 08, juntamente com QR Code com o vídeo ilustrativo do exercício, trabalhando assim a noção de propriocepção e manejo das pinças, começando a se ambientar com as mesmas.

Figura 08 – Demonstração do exercício de transferência de objetos I com QR code do vídeo demonstrativo.

Fonte: Elaborado pelos autores (2025).

Transferência de objetos II: Posicionar, centralizada na caixa de treinamento, uma placa de acrílico transparente, medindo 7,5 cm de largura x 7,5 cm de comprimento x 1 mm de espessura, com projeções apiculares de 0,1 mm de altura e largura, e sobrepor a ela, no seu eixo médio 4 estruturas cilíndricas de material acrílico e colorido, com furo central, com 3 mm de (DE) diâmetro externo e 0,1 mm de (DI) diâmetro do furo interno, demonstrada na figura 09.

Figura 09 – Demonstração da placa usada para exercício de transferência de objetos II para obtenção de ambidestria, propriocepção e trato fino no que se refere nós e suturas videolaparoscopicas.

Fonte: Elaborado pelos autores (2025).

O exercício é transferir, empunhando a pinça Grasper, as estruturas cilíndricas, para as projeções apiculares presente nos quatro vértices da placa, resultando em uma estrutura cilíndrica em cada canto/vértice da placa. Este exercício deverá ser feito com ambas as mãos, primeiramente com a mão dominante e depois com a mão oposta. Após, volte então com as estruturas cilíndricas para as suas posições anteriores, no centro da placa, demonstrada na figura 10. Neste exercício visa-se trabalhar, além da ambidestria, a propriocepção e o trato fino, uma vez que o objeto é de menor espessura e tamanho, que o do exercício anterior, mostrado na figura 10 juntamente com QR code do vídeo demonstrativo.

Figura 10 – Demonstração do exercício de transferência de objetos II juntamente com QR code do vídeo demonstrativo.

Fonte: Elaborado pelos autores (2025).

Passada de alça: centralizada na caixa de treinamento, uma placa de acrílico branca medindo 10cm de largura x 15cm de comprimento x 5mm de espessura, contendo 4 parafusos com alças metálicas de formato redondo com 1cm de diâmetro, perfurados na placa, mostrado na figura 11.

Figura 11 – Apresentação da placa para o exercício de passada de alça para obtenção da habilidade com pinças videolaparoscopica, além da propriocepção e ambidestria.

Fonte: Elaborado pelos autores (2025).

Este exercício consiste na utilização de um fio de metal aveludado, mais estruturado, de cor verde neon, para facilitar a visualização, que com a ajuda das pinças laparoscópicas Maryland, na mão esquerda e porta agulha na mão direita, empunhadas, será transpassado pelas alças metálicas, uma a uma, em sentido horário e anti-horário, da mão direita para a esquerda, e vice e versa, até fechar o circuito das quatro alças, demonstrado na figura 12, juntamente com QR code do vídeo ilustrativo do exercícios. Nesse exercício é trabalhado mais uma vez a habilidade com as pinças, com os movimentos, ambidestria e propriocepção.

Figura 12 – Demonstração do exercício de passada de alça juntamente com QR code do vídeo ilustrativo.

Fonte: Elaborado pelos autores (2025).

Posicionamento da agulha: Exercitar-se com o fio agulhado, consiste em pegar um fio agulhado e posicionar adequadamente no porta agulha. Com o auxílio das pinças videolaparoscopicas Meryland, na mão esquerda e porta agulha na mão direita, empunhados, faz-se a apreensão da agulha, onde a mesma é aprisionada pela mão esquerda, e com a direita, munida pela porta agulha, que será o responsável por tracionar e direcionar o fio, e consequentemente a agulha para a transfixação da mesma, tanto de forma forehand (direita para a esquerda) quanto backhand (esquerda para direita) em pele sintética. É importante ressaltar que na busca do posicionamento correto da agulha, antes da transfixação na pele, a mão esquerda só pega na parte de metal (agulha) e a mão direta é quem manuseia o fio, ilustrado na figura 13, juntamente com o QR code, com vídeo ilustrativo. Esse exercício visa buscar há habilidade de expor, manusear, tracionar, direcionar e ter intimidade com a agulha e o fio, fazendo com que o aprendiz busque e compreenda que as pinças, são extensões de suas mãos.

Figura 13 – Demonstração do exercício de posicionamento da agulha juntamente com QR code do vídeo ilustrativo.

Fonte: Elaborado pelos autores (2025).

Confecção de nós: para confecção do nó, necessita-se apresentar, estrutura de pele sintética com dimensões de 14,5cm de largura x 14,5cm de comprimento x 1cm de espessura, um fio agulhado de seda, com agulha cortante, medindo 25cm, um porta agulha empunhado da mão direita e a pinça Maryland na mão esquerda, conforma figura 14.

Figura 14 – Demonstração da pele sintética e materiais utilizados para exercício de confecção de nó.

Fonte: Elaborado pelos autores (2025).

Com a agulha posicionada no porta agulha, no sentido forehand, faz-se a transfixação no “tecido” sintético, exemplificando um tecido de órgão humano, no local especifico onde o nó irá ser executado. Após a passagem da agulha pelas duas bordas do tecido a ser unido, é necessário deixar no mínimo 10 cm de comprimento do fio para o seu lado esquerdo, buscando a formação imaginária de uma letra C, como exemplificado na figura 15, para a realização do primeiro momento da construção do nó quadrado.

Com a pinça da mão esquerda parada e posicionada ao centro da letra C, a pinça da mão direita pega o fio e realiza o movimento de dois giros completos de 360 graus, fazendo um duplo entrelaçamento, ao redor da pinça da mão esquerda. Essa abre, prende a extremidade do fio e recua poucos centímetros, e quem puxa o fio no sentido contrário, para fixar o nó, é a pinça da mão direita, finalizando assim a elaboração do primeiro semi-nó, que é duplo, chamado nó de fixação.

No segundo momento a apresentação do fio é posicionado, de forma também imaginária, em uma letra D, como mostra a figura 14. Para a confecção do segundo semi-nó, a pinça da mão esquerda ficará fixa e apreendendo o fio, e a pinça da mão direita, estando ao centro da letra D, realizará uma volta simples de 360 graus ao redor do fio, entrelaçando-o, e logo após abrindo e apreendendo a outra extremidade do fio, puxando-o, formando assim o segundo semi-nó, e desta vez, semi-nó simples, denominado nó de contenção.

Figura 15 – Demonstração da letra C e letra D para confecção de nó em videolaparoscopia.

Fonte: Elaborado pelos autores (2025).

O terceiro e último passo é realizado retornando à configuração inicial, formando de forma imaginária a letra C como demostrado na figura 14, a pinça da mão esquerda permanece fixa ao centro da leta C, e a pinça da mão direita é quem entrelaça, com um movimento simples de uma volta do fio, em torno da pinça da mão esquerda, realizando o terceiro semi-nó, também simples, sendo este o semi-nó de segurança, findando assim a elaboração completa do nó quadrado, alcançando o objetivo proposto, que é demostrado na figura 16, juntamente com QR code do vídeo ilustrativo.

Figura 16 – Demonstração da letra C e letra D para confecção de nó em videolaparoscopia.

Fonte: Elaborado pelos autores (2025).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A construção de um manual de ensino teórico-prático em nós e suturas por videolaparoscopia demonstrou-se uma estratégia didática viável e necessária no cenário atual da formação médica, pois há um aumento crescente na das cirurgias minimamente invasivas, buscando sempre o menor dano ao paciente. Por se tratar de uma técnica pouco vista na graduação de medicina, torna-se evidente a necessidade de uma preparação específica e estruturada ainda durante a graduação, visando melhorar o preparo dos futuros médicos residentes em cirurgia.

A introdução de um manual elaborado com base em literatura científica, contribui significativamente para o ensino medico, preenchendo essa lacuna, promovendo um aprendizado progressivo, seguro e alinhado às exigências contemporâneas da prática cirúrgica. Além disso, os exercícios desenvolvidos e aplicados com o uso de simuladores cirúrgicos tem o intuito de desenvolver as competências psicomotoras fundamentais e habilidades em videocirurgia, como a coordenação visual motora, a ambidestria e a adaptação ao efeito fulcro. Tais habilidades são inegavelmente essenciais para que o acadêmico de medicina, ao se formar médico e que visa se tornar futuramente um cirurgião, esteja tecnicamente preparado e ambientalizado para lidar com os desafios das cirurgias minimamente invasivas de forma ética, eficiente e segura.

Portanto, este trabalho reafirma a importância da inserção de metodologias ativas e recursos tecnológicos no ensino médico, especialmente no campo da cirurgia, e propõe a incorporação do manual desenvolvido como uma ferramenta de apoio ao ensino prático. Ao valorizar a formação precoce e direcionada, contribui-se para a formação de profissionais mais qualificados, confiantes e preparados para atender às demandas da medicina moderna.

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1 Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade de Tecnologia de Teresina – CET e-mail: lanna.andrade.30@gmail.com
2 Discente do Curso Superior de Medicina da Faculdade de Tecnologia de Teresina – CET e-mail:
mg.marluci.garcia@gmail.com
3 Coorientador do Curso Superior de Medicina da Faculdade de Tecnologia de Teresina – CET. Mestre em Genética Toxicológica (ULBRA), Doutor em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde (ULBRA) e-mail: coord.pedagogica@faculdadecet.edu.br
4 Orientador do Curso Superior de Medicina da Faculdade de Tecnologia de Teresina CET. Mestre em Cirurgia (UFC) e-mail: well_figueiredo@hotmail.com