REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7764689
André Luis Hanum1
Os relâmpagos ou descargas atmosféricas são descargas elétricas que ocorrem entre nuvens e a terra e mesmo entre nuvens, sendo fenômenos da natureza de grande poder de destruição. Foram encontradas referências na Mesopotâmia (2200 AC), na Mitologia grega (700 AC), dentre outras. Dentre todas as crendices conhecidas, a mais aceita foi aquela que afirmava que os efeitos destrutivos dos raios estariam associados a uma “pedra que caia dos céus na ponta dos mesmos”.
Hoje se sabe que as pedras encontradas junto às árvores lascadas ou animais mortos por causa de descargas elétricas são provenientes da fusão do material do solo, devido ao desenvolvimento de elevadíssimas temperaturas no local.
Sabe-se que a ocorrência de raios no planeta é bastante antiga, ou seja, desde os primeiros tempos da formação da atmosfera.
Este fenômeno é produzido pelas nuvens de tempestade, chamadas de Cúmulus-Nimbus. Estas nuvens formadas de gelo e gotículas de água num meio onde coexistem correntes de ar ascendentes e descendentes, com variações térmicas de 5 graus na sua base à altitude de 1500 a 2000 metros, e de 64 graus negativos em seu topo com 14000 metros de altitude, em média.
A origem das nuvens é a água que se evapora de lagos, rios ou mares em direção ao céu por um processo de variação da entropia, onde há absorção de energia solar ou outras, por exemplo, evaporação.
Estas nuvens ficariam em suspenso indefinidamente se a natureza não encontrasse uma maneira de devolver essa energia em forma de energia elétrica, descarregando-a para a terra, produzindo luz e o trovão.
Quando há descarga, água e o gelo em suspensão perdem a sua energia anteriormente adquirida na evaporação, aumentam de densidade e assim caem, ocorrendo a chuva, em forma de água, gelo ou neve.
O barulho ou trovão é o resultado da reação entre o oxigênio (02) produzindo o ozônio (03), reduzindo bruscamente de volume, pois a reação oxigênio e ozônio envolve 1,5 moléculas de oxigênio para formar uma molécula de ozônio, reação esta que despende parte da energia elétrica do raio; daí o ruído devido a redução abrupta de volume dos gases.
O fenômeno da absorção de energia pela água ao evaporar-se é explicada pela variação da Entropia ( aumento da desordem). A fórmula é ΔG=ΔG°-TΔS, onde G é a energia do sistema, G° a energia inicial, S é a entropia e Δ significa variação e T é a temperatura). O modo que a natureza encontrou para transformar esta energia em eletricidade poderia ser uma das formas de energia a ser utilizada pela humanidade daqui há alguns séculos.
A redução da camada de ozônio é justamente o oposto, ou seja, a natureza definiu como constante a relação Oxigênio/Nitrogênio na atmosfera como 21% fixos ao nível do mar e menor em altitudes superiores. O que está acontecendo hoje, é que o ser humano está queimando combustíveis fósseis, fazendo com que a quantidade de Oxigênio na atmosfera reduza. Mas como a relação tem que se manter constante e dependente da altitude, a natureza está suprindo a quantidade de Oxigênio gasto com a reversão do Ozônio. A redução da camada de Ozônio está fazendo com que ela fique mais fina, deixando passar mais raios solares provocando o aquecimento global. Além disso, nessa reação de reversão, há a formação de raios vermelhos entre a camada de Ozônio e a atmosfera abaixo dela. São relâmpagos mais frios, devido à menor diferença de potencial nessas duas camadas. Se não pararmos agora de gastarmos o Oxigênio, o Ozônio acabará e levará junto o resto do Oxigênio. Isto é fato, pois o buraco na camada de ozônio está aumentando. A única solução plausível na atualidade é reduzir o consumo de oxigênio e plantar trilhões de árvores.
A denominação do processo de consumo de Oxigênio é chamada erroneamente de “Pegada de Carbono” quando na verdade é “Pegada de Oxigênio”.
1Engenharia Metalúrgica pela UFMG e
Engenharia Econômica pela Fundação Dom Cabral – Belo Horizonte – MG