CONHECIMENTOS E ABORDAGENS DOS FISIOTERAPEUTAS SOBRE A DOR

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ma10202406271828


Hevan de Sousa Torres1; Felipe Andrade de Oliveira2; Samila Sousa Vasconcelos3; Samara Sousa Vasconcelos Gouveia4; Guilherme Pertinni Morais Gouveia4


RESUMO E DESCRITORES

INTRODUÇÃO: Em 2020, a Associação Internacional Para o Estudo da Dor (IASP) publicou uma atualização do conceito de dor, propondo uma definição mais abrangente aos diversos tipos de dor, passando a mesma a ser definida como uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial (SBED, 2020). OBJETIVO: Investigar o conhecimento e as abordagens dos fisioterapeutas sobre como lidar com a dor. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal, por meio de questionários virtuais, cujo público alvo foram os fisioterapeutas em exercício profissional e que atendem pacientes com queixas dolorosas, com amostra de 42 fisioterapeutas. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 42 fisioterapeutas, sendo a maioria do gênero feminino, residente no estado do Piauí, com média de idade de 29,9±5,9 anos, tendo em média 5,49±4,92 anos de formados. A área de atuação predominante foi musculoesquelética/desportiva e o local de atuação o atendimento domiciliar. DISCUSSÃO: Este estudo avaliou os conhecimentos e as abordagens clínicas de fisioterapeutas do Brasil em relação à dor, as características da atuação profissional e competências para o manejo da mesma por meio de questionários específicos. Ressalta-se que a orientação adequada ao paciente sobre o gerenciamento de um quadro álgico é uma conduta essencial em que o fisioterapeuta precisa deter capacidade básica sobre neurociência da dor. CONCLUSÃO: É de evidente necessidade a capacitação dos fisioterapeutas formados e em formação sobre a dor crônica como doença propriamente dita, e não mais, como apenas um sintoma. Necessita-se que seja implementado ainda nas formações de fisioterapeutas, disciplina que aborda a dor no contexto biopsicossocial, e não apenas como no modelo biomédico.

DESCRITORES: DOR; DOR CRÔNICA; MODELO BIOPSICOSSOCIAL.

INTRODUÇÃO

Em 2020, a Associação Internacional Para o Estudo da Dor (IASP) publicou uma atualização do conceito de dor, propondo uma definição mais abrangente aos diversos tipos de dor, passando a mesma a ser definida como uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial (SBED, 2020). Abrangendo, dessa forma, as mais variadas experiências de dor, e sua complexidade, sendo válida para dor aguda e dor crônica; aplicável a todas as condições de dor, a humanos e a animais e, sobretudo, definida pela perspectiva de quem sente a dor. Ou seja, o processo saúde-doença está para além apenas do modelo biomédico, pois também engloba fatores psicológicos e sociais (ALMEIDA et al 2023).   

Sendo assim, é importante que os profissionais que tratam a dor tenham domínio de todos os mecanismos fisiológicos da dor, tanto quanto de seu contexto biopsicossocial, para aplicação de recursos terapêuticos não farmacológicos. Torna-se, portanto, imprescindível investigar se os fisioterapeutas consideram todas essas vertentes na anamnese, como sono, alimentação, prática de atividade física, saúde mental, educação em dor, dentre outros, para que possam traçar condutas terapêuticas eficazes de acordo com cada tipo de dor.

Enquanto isso, nas graduações de fisioterapia, a dor ainda é vista como um subtema de algumas disciplinas, gerando questionamentos se seria suficiente para a construção de conhecimento sobre a abordagem fisioterapêutica adequada dela (SANTOS, 2017). Com isso, destaca-se a provável necessidade de que as graduações de fisioterapia do Piauí incluam em sua grade curricular uma disciplina própria sobre a dor, que aborde seus tipos e individualidade, diferenciando-a entre sintomatológica ou patológica.

Nessa perspectiva, surgiu o questionamento acerca de como os fisioterapeutas piauienses abordam a dor em sua prática clínica e se estão familiarizados com todas essas atuações referentes à temática em questão. Por este motivo, optou-se por pesquisar sobre o tema, com o intuito de averiguar se os fisioterapeutas do Piauí estão bem sintonizados com as inovações científicas, o que é essencial, uma vez que atua diariamente no tratamento de queixas dolorosas.

OBJETIVO

Geral

Investigar o conhecimento e as abordagens dos fisioterapeutas sobre como lidar com a dor.

2.2 Específicos

– Identificar a prevalência de queixas dolorosas nas diferentes áreas e ambientes de atuação fisioterapêuticos.

– Identificar os instrumentos e aspectos principais considerados na avaliação da dor por fisioterapeutas.

– Mensurar o conhecimento dos fisioterapeutas sobre aspectos importantes da dor, tais como mecanismos fisiológicos envolvidos, classificação dos tipos de dor, possíveis abordagens terapêuticas etc.

– Investigar se os fisioterapeutas utilizam os princípios do modelo biopsicossocial durante a avaliação dos seus pacientes com queixas dolorosas.

– Averiguar se, durante a avaliação e tratamento fisioterápicos, são abordados aspectos gerais, tais como sono, alimentação, prática de atividade física, saúde mental, educação em dor, dentre outros.

MÉTODOS

Foi realizado um estudo transversal, por meio de questionários virtuais, cujo público alvo foram os fisioterapeutas em exercício profissional e que atendem pacientes com queixas dolorosas, com amostra de 42 fisioterapeutas. A pesquisa foi divulgada virtualmente (redes sociais e sites específicos) e os profissionais foram contactados por e-mail ou telefone para que respondessem o questionário que foi enviado por link do google formulário. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa por meio do parecer nº 5.044.105, de 18 de outubro de 2021.

Foram incluídos fisioterapeutas, independente do gênero, que atuassem profissionalmente como fisioterapeutas, que atendessem pacientes com queixas dolorosas e que concordaram em participar da pesquisa por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram excluídos os que não responderam completamente ao questionário e que desistiram de participar da pesquisa.

Os riscos envolvidos nessa pesquisa estavam relacionados a um possível constrangimento dos profissionais ao responderem aos questionamentos, porém isso foi minimizado pois foi solicitado ao participante responder ao questionário em um local com privacidade, além disso foi mantido o anonimato e sigilo das informações pessoais. Os benefícios referiam-se a despertar a curiosidade sobre o tema, incentivando esses profissionais a buscar conhecimentos mais atuais, possibilitando elaborar suas condutas de forma mais adequada.

Os questionários foram elaborados no Google Forms, sendo compostos por perguntas objetivas de múltipla ou única escolha abordando aspectos demográficos e profissionais gerais, prevalência de queixas dolorosas em sua prática clínica, alguns aspectos sobre mecanismos fisiológicos, classificações da dor, dentre outros.

RESULTADOS

Participaram da pesquisa 42 fisioterapeutas, sendo a maioria do gênero feminino, residente no estado do Piauí, com média de idade de 29,9±5,9 anos, tendo em média 5,49±4,92 anos de formados. A área de atuação predominante foi musculoesquelética/desportiva e o local de atuação o atendimento domiciliar. Essas informações estão detalhadas na Tabela 1:

Tabela 1: Perfil dos fisioterapeutas

*O fisioterapeuta podia referir mais de uma área e de um local de atuação.

Em relação à atualização profissional, a maioria apontou que se atualiza profissionalmente por meio de cursos e leitura de artigos científicos. Os participantes foram questionados sobre com que frequência realizavam cursos, congressos, leituras de artigos científicos, grupos de estudos com outros profissionais e acesso às mídias sociais. Tais informações estão detalhadas na Tabela 2:

Tabela 2: Atualização profissional

Os participantes foram questionados sobre o percentual de pacientes que eles atendem com a queixa “DOR” e a maioria respondeu entre 76% e 100%. Além disso, perguntou-se sobre os instrumentos que eles costumavam utilizar para avaliação da dor, quais os aspectos do modelo biopsicossocial eles abordam nas avaliações e quais as abordagens terapêuticas mais utilizadas. Essas informações estão descritas na Tabela 3:

Tabela 3: Avaliação da dor

* Os participantes da pesquisa poderiam assinalar mais de uma opção.

A Tabela 4 apresenta os dados referentes aos questionamentos sobre frases que os fisioterapeutas costumavam dizer aos seus pacientes, considerando a frequência com que mencionavam essas frases.

Tabela 4: Frases que influenciam nos atendimentos

Por fim, os participantes responderam o Teste de Neurofisiologia da Dor (MOSELEY, 2013) e, ao considerar as respostas corretas às questões conforme o artigo de referência, classificamos como “acertos” e “erros”. Tais informações estão disponíveis na Tabela 5.

Tabela 5: Conhecimentos sobre dor

DISCUSSÃO

Este estudo avaliou os conhecimentos e as abordagens clínicas de fisioterapeutas do Brasil em relação à dor, as características da atuação profissional e competências para o manejo da mesma por meio de questionários específicos. Ressalta-se que a orientação adequada ao paciente sobre o gerenciamento de um quadro álgico é uma conduta essencial em que o fisioterapeuta precisa deter capacidade básica sobre neurociência da dor (Alhowimel et al., 2021).

A participação de fisioterapeutas dos estados do Nordeste, como Piauí, Maranhão e Ceará, apresentou maior adesão, somado à predominância de formação acadêmica de instituições públicas. O desenvolvimento na graduação perante aos componentes curriculares reflete sobre os conhecimentos de dor (Bilby et al., 2023). A predominância do gênero feminino obteve mais força, bem como fisioterapeutas que atuam na área de musculoesquelética/desportiva e em atendimento domiciliar. Características de gênero semelhantes são observadas no estudo de Heggannavar e Deshmukh (2023), que expõe uma carência sobre disseminação dos conhecimentos de neurociência da dor entre fisioterapeutas.

Ademais, a atualização profissional é um fator determinante para aplicação de condutas clínicas adequadas e, neste estudo, a educação continuada, que se deu por meio de cursos com uma frequência semestral e leituras de artigos científicos com periodicidade semanal apresentou destaque. Adentrando à Prática Baseada em Evidência, a renovação desse conhecimento sofre impacto dos fatores como envolvimento em atividades de ensino e pesquisa e trabalho em ambiente acadêmico (Fernández-Domínguez et al., 2022).

A predominância de queixas dolorosas é recorrente, neste estudo, 57,1% dos investigados afirmam que aos menos 76% a 100% de seus pacientes relatavam essa sintomatologia. A dor como uma experiência individual sofre por fenômenos multifatoriais de caráter biopsicossocial, e as condições musculoesqueléticas representam elevados índices de incapacidades ao longo dos anos (Fitzgerald et al., 2020; Guerrero et al., 2018).

A caracterização da dor auxilia no desenvolvimento de terapêuticas mais assertivas, em que os instrumentos para avaliação da mesma são essenciais nesse processo. Neste estudo, 92,2% dos fisioterapeutas adotaram a Escala Visual Analógica (EVA) dentro da sua prática clínica. Das diversas ferramentas, a EVA tem potencial pela fácil aplicabilidade, a investigação de Visser et al. (2015) traz o uso da EVA como uma escala de dor mais frequentes para pacientes com osteoartrite de mão.

Parâmetros essenciais que complementam a avaliação da dor, como os aspectos físicos relacionados à dor, sedentarismo/atividade física e sono, respectivamente, foram predominantes entre os participantes desta pesquisa. Uma aplicação prática da interação desses fatores pode ser observada na investigação de Song et al. (2018), que demonstrou a substituição de comportamentos sedentários ou de sono por atividades físicas moderadas, conferindo uma diminuição do quadro álgico em pacientes com osteoartrite de joelho.

Apesar dos valores quantitativos obtidos por meio da EVA e qualificando os parâmetros de avaliação da dor mencionados anteriormente, há uma variedade de dispositivos e técnicas para tal objetivo. Uma pesquisa revelou o uso de estimuladores elétricos com validade e confiabilidade aceitáveis, testando a comparação da intensidade da dor sentida pelos indivíduos e estimulada de forma externa para fomentar a normalização de suas variáveis (Wagemakers et al. 2019).

A determinação de elementos e indicadores de dor complementam a abordagem para o seu gerenciamento. Desse modo, o modelo biopsicossocial torna-se efetivo, principalmente para tratamento de dor musculoesquelética (Springer; Gleicher; Hababou, 2018). O entendimento deste modelo confere um maior conhecimento de fisioterapeutas sobre neurofisiologia da dor (Mikamo; Takasaki, 2021).

Nesta pesquisa também foram abordadas algumas frases que influenciam de forma negativa nos atendimentos e na dor do paciente (tabela 4). O tratamento por meio de exercícios terapêuticos está diretamente ligado aos movimentos de forma dosada e monitorada pelo terapeuta. Entretanto, alguns profissionais relataram dizer algumas frases para os seus pacientes, como: “o movimento pode piorar a sua dor”, cinco responderam às vezes e três responderam que sempre dizem a frase mencionada, o que acaba repercutindo de forma negativa no atendimento e na dor do paciente, por conta do medo e por conta das repercussões do desuso muscular.

Em relação ao conhecimento de neurofisiologia da dor dos terapeutas abordados, mensurado através de 12 itens, os terapeutas demonstravam conhecimento baixo a moderado sobre o assunto em questão, considerando que a porcentagem de acertos foi maior em 7 dos 12 itens, como demonstrado na tabela 5. Entretanto, 5 destes tiveram mais 50% na taxa de erro sobre um conteúdo básico que os profissionais em questão deveriam ter pleno domínio.

O pouco conhecimento sobre a temática pode apontar para a necessidade de mais atualização profissional, ou que as atualizações utilizadas pelos entrevistados, em sua maioria cursos, não estão suprindo a quantidade de informações necessárias, fato este que pode estar relacionado com a baixa adesão na leitura de artigos científicos ou baixa quantidade de pesquisa que abordem sobre dor crônica não apenas como uma sintomatologia, mas também como doença no contexto biopsicossocial.

CONCLUSÃO

É de evidente necessidade a capacitação dos fisioterapeutas formados e em formação sobre a dor crônica como doença propriamente dita, e não mais, como apenas um sintoma. Necessita-se que seja implementado ainda nas formações de fisioterapeutas, disciplinas que abordem a dor no contexto biopsicossocial, e não apenas como no modelo biomédico. Esse fato se mostra claro a partir dos resultados da presente pesquisa, pois apontam para a defasagem de conhecimento sobre o assunto em questão, defasagem esta que uma vez corrigida pode levar a melhora da qualidade de tomada de decisões sobre o manejo e terapêuticas para a dor crônica.

Embora tenha atingido seu objetivo principal: avaliar o conhecimento dos fisioterapeutas atuantes no Piauí sobre a dor crônica; o presente estudo enfrentou algumas barreiras que devem ser suprimidas em próximos estudos necessários sobre o assunto, tais quais a baixa adesão de fisioterapeutas mais experientes e as contradições dentro das respostas. Abordagens que poderiam suprir tais barreiras são novos meios de divulgação e opções de respostas mais abrangentes para melhor englobar todas as variáveis de resposta possíveis.

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1Discente do Curso Superior de Fisioterapia da Universidade Federal do Delta do Parnaíba – UFDPar e-mail: hevan.torres@ufdpar.edu.br

2Fisioterapeuta, Mestrando em Ciências Biomédicas Pela Universidade Federal de Delta do Parnaíba – UFDPar).

3Fisioterapeuta, Mestra em Saúde da Criança e do Adolescente Universidade Estadual do Ceará, Docente do Curso de Fisioterapia da Uninta.

4Fisioterapeuta, Doutorado em Ciências Médico-Cirúrgicas pela Universidade Federal do Ceará (UFC), docente do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) email: gpfatufpi@gmail.com