REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202411301042
Gilvania Dos Santos Oliveira1; Jamilly Veloso Moreira2; Mariana Lima Oliveira3; Shelma Feitosa dos Santos4; Conceição Ceanny Formiga Sinval Cavalcante5
RESUMO
O implante subdérmico é um contraceptivo hormonal de liberação contínua e longa duração. Não é amplamente difundido no Brasil, mas tem ganhado espaço no mercado, evidenciando a urgência de profissionais qualificados. Objetivo: Avaliar o grau de conhecimento das acadêmicas de enfermagem a respeito do método contraceptivo subdérmico. Metodologia: Pesquisa descritiva e quantitativa realizada com acadêmicas do 8º e 10º período do curso de enfermagem da faculdade de ensino superior de Floriano. Os dados foram coletados em outubro de 2024, pela aplicação de um questionário composto por questões referentes aos dados socioeconomicodemográficos e conhecimento a respeito do tema. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade federal do Piauí conforme CAAE nº 81297124300005660. Resultado: Participaram da pesquisa 55 graduandas constituídas majoritariamente por cursantes do 10º período, solteiras, com idade entre 22 e 24 anos, renda familiar até dois salários e usuárias de métodos hormonais, sendo estes sob prescrição. Não houve menção de uso do DIU, nem da dupla proteção. Mais de 70% apontaram que o implanon não é disponibilizado pelo SUS. A principal fonte de conhecimento foi a rede social. Conclusão: As acadêmicas demonstraram elevado grau de conhecimento, mas, evidenciou-se lacunas na qualidade das informações prestadas. Dessa forma, urge a demanda de uma abordagem mais aprofundada e prática nos cursos de graduação em enfermagem relacionadas aos métodos de longa duração, assim como melhor divulgação de evidências cientificas que asseguram o uso do implante subdérmico.
Palavras-chave: Implante subdérmico, Acadêmicas, Métodos contraceptivos, Enfermeiro, Conhecimento.
ABSTRACT
The subdermal implant is a long-lasting, continuous-release hormonal contraceptive. It is not widely disseminated in Brazil, but it has gained space in the market, demonstrating the urgency of qualified professionals. Objective: To endorse the level of knowledge of disease academics regarding the subdermal contraceptive method. Methodology: Descriptive and quantitative research carried out with academics from the 8th and 10th periods of the illness course at the Floriano Higher Education Faculty. The data are collected in October 2024, for the application of a questionnaire composed of questões referring to the socioeconomicodemographic data and knowledge in respect of the topic. The research was approved by the ethics committee in the research of the Federal University of Piauí according to CAAE nº 81297124300005660. Results: 55 graduates participated in the research, made up mostly of 10th period students, single, community between 22 and 24 years old, family income Two salaries and users of hormonal methods, these being on prescription. There is no mention of the use of the IUD, nor of the dual protection. More than 70% believe that the implanon is not available for SUS. The main source of knowledge was the social network. Conclusion: The academics demonstrate a high degree of knowledge, but, there are evident gaps in the quality of the information provided. In this way, it is urgent to demand a more in-depth and practical approach in graduation courses in diseases related to long-term methods, as well as better dissemination of scientific evidence that ensures the use of the subdermal implant.
Keywords: Subdermal implant, academics, contraceptive methods, nurse, knowledge.
1 INTRODUÇÃO
De acordo com o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) “Em defesa da ação na negligenciada crise da gravidez não intencional”, a gravidez não intencional pode ser definida como: gravidez indesejada; quando a mulher não planeja nem deseja ter filhos, ou gravidez inoportuna; quando ocorre em um momento que a mulher não pretendia engravidar, mesmo que tivesse o desejo de ser mãe (UNFPA, 2022).
Dentre as causas que levam uma mulher a engravidar inoportunamente incluem-se a falta de métodos contraceptivos, uso incorreto dos métodos e uso ineficaz de métodos de curta duração (FEBRASGO, 2022). Neste cenário, torna-se crucial a realização de ações para prevenção de gestações não planejadas, sendo a contracepção um dos meios com melhor custo-efetividade de prevenção intencional da gravidez, além de reduzir a mortalidade materna e neonatal (Brasil, 2021).
Para o exercício do direito ao planejamento reprodutivo, a assistência em anticoncepção deve abordar a disponibilização de todas as alternativas de métodos anticoncepcionais aprovadas pelo Ministério da Saúde. Segundo a Lei Federal nº 9.263 de 1996, o planejamento familiar é um conjunto de ações de regulação da fecundidade que garante direitos igualitários e proporciona uma visão de atendimento integral à saúde. Para tanto, no âmbito da equipe de enfermagem, a realização do planejamento familiar é uma atividade privativa do enfermeiro (Brasil, 1996; 2002; 2022).
À vista disso, os profissionais de saúde, inclusive enfermeiros, devem conhecer os métodos atualmente disponíveis no Brasil, dentre os quais estão os métodos naturais como a tabelinha, métodos mecânicos como diafragma, preservativos e dispositivos intrauterinos (DIU) e métodos químicos que incluem os contraceptivos hormonais disponíveis em comprimido ou solução injetável. Também são disponibilizados métodos permanentes como a vasectomia e laqueadura (Brasil, 2021; Cardoso, 2019).
Com o passar do tempo, o papel e necessidade de métodos contraceptivos mudaram e com isso, as escolhas devem levar em consideração inúmeros fatores (Reis; Cavalcante; Santos, 2022), como: a história reprodutiva, condições de saúde, desejo de uma futura gestação, impactos na sexualidade, benefícios e contraindicação de cada método (OMS, 2024). Diante disto, os contraceptivos reversíveis de longa ação (conhecidos pela sigla LARC “Long-acting reversible contraceptives”) representados pelo DIU e implantes subdérmicos, apresentam-se como opções eficazes de primeira linha, principalmente em adolescentes (Hoopes et al., 2016; Onyewuchi et al., 2019).
Em 2000, o implante de etonogestrel foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), mas, somente em julho de 2006 tornou-se disponível para uso comercial, sendo o Implanon® o único aprovado para uso (Cardoso, 2019). O implante trata-se de um bastonete único de silicone polimerizado, de aproximadamente 4 cm de comprimento e 2 mm de espessura que contém 68mg de metabólito ativo do desogestrel. Ele libera continuamente uma pequena quantidade de hormônio proporcionando um efeito anticoncepcional por um período de até três anos (Rebouças, 2019; Cardoso, 2019).
Os LARC apresentam como vantagens a alta eficácia, com taxas de gravidez inferior a 1% ao ano, alta taxa de continuidade e baixa descontinuação pelo não esquecimento do uso (Barbieri, 2020; 2023; Cardoso, 2019). Ao contrário dos outros métodos, esses dispositivos oferecem anos de proteção, sem esforço adicional por parte da usuária (OMS, 2007). Contudo, alguns estudos demostram que apenas uma pequena parcela de adolescentes e jovens opta pelo uso de LARC (Reis; Cavalcante; Santos, 2022),
Devido a contínua expansão e atualizações dos métodos, é necessário um conhecimento amplo por parte dos profissionais da saúde, para uma escolha que abrange as necessidades e individualidades da mulher e garanta sua autonomia e acompanhamento (Sousa et al., 2021). Neste contexto, estão inseridos os profissionais de enfermagem que tem grande importância na assistência à saúde. Logo, é necessária uma formação acadêmica de qualidade que proporcione o amadurecimento dos alunos, permitindo ter uma visão ampliada do indivíduo que será atendido por eles e, com isso, traçar estratégias que melhor se adequam em sua vida (Calazans, 2021).
O enfermeiro é fundamental no manejo dos métodos contraceptivos e no planejamento familiar com o implante subcutâneo. No entanto, por tratar-se de um método relativamente novo evidencia-se a escassez de estudos referentes ao implante subdérmico, principalmente em âmbito nacional (Rebouças, 2020). Poucos estudos têm avaliado o conhecimento adquirido durante a graduação sobre os contraceptivos hormonais, porém, para que haja a formação de profissionais qualificados é necessária a avaliação desse conhecimento (Calazans, 2021).
Diante da carência de estudos que avaliem o conhecimento adquirido durante a graduação sobre o método contraceptivo subcutâneo, o presente estudo objetiva avaliar o grau de conhecimento de acadêmicas de enfermagem de uma instituição privada de ensino a respeito do método contraceptivo subdérmico.
Acredita-se que esta pesquisa contribue com a identificação de lacunas no conhecimento que servem de base para a melhoria do ensino e aprendizado relativo ao planejamento familiar durante a formação de enfermeiros, assim como oportuniza posteriores pesquisas a respeito do implante subdérmico na realidade brasileira. Os resultados obtidos nesta pesquisa subsidiarão a melhoria de atitudes e práticas profissionais frente a oferta do implante subcutâneo como método para evitar a gravidez.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Contextualização
A idade fértil é definida como o período entre 10 e 49 anos e grande parte da população é composta por mulheres nessa faixa etária. Nesse período, as mulheres, adolescentes e adultas, tornam-se suscetíveis à gravidez que pode ser desejada e planejada ou não, neste caso, surgindo sentimentos de aceitação ou não aceitação do ciclo gravídico puerperal (Brasil, 2019).
Assim, a gravidez não intencional tornou-se um dos problemas de saúde reprodutiva mais comuns enfrentados por mulheres em idade fértil. Como consequências, as mulheres que passam por uma gravidez indesejada apresentam maior risco de desenvolver problemas psicológicos, negligenciar cuidados, atrasar a realização do pré-natal, além de realizarem abortos que podem acarretar maior morbimortalidade materna e fetal (Beyene, 2019; Delgado, 2020; Rastad et al., 2021; Sousa et al., 2022).
Anualmente, ocorrem em média 121 milhões de gestações não planejadas. Nesse contexto, um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na região da Ásia-Pacífico, evidenciou que uma a cada quatro mulheres teve uma gravidez indesejada após abandonar o uso de contraceptivos. A falta de serviços de planejamento familiar e de orientações sobre contracepção estão entre as principais causas (Nações Unidas, 2019).
Além de fatores pessoais, as gestações não intencionais têm raízes sociais e consequências globais. Por isso, a agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável reconhece a importância do papel da saúde sexual e reprodutiva e contém indicadores que asseguram a tomada de decisões conscientes sobre relações sexuais, uso de contraceptivos e cuidados de saúde reprodutiva (UNFPA, 2022).
A universalidade dos direitos sexuais e reprodutivos se aplica indistintamente a homens e mulheres, estando expressa na Constituição Federal por meio do artigo 226 e reiterada pela Lei Federal 9.263, de janeiro de 1996, que regulamenta a oferta de serviços de planejamento familiar como direito de todo cidadão (Brasil, 1988;1996). Para compreensão dos termos, os direitos humanos, sexuais e reprodutivos, incluem a decisão sobre ter ou não ter filhas/os, quantidade e momento para isso, bem como acesso aos serviços de saúde relacionados à sexualidade, devendo ser disponibilizados sem violência, discriminações e imposições (DPU, 2021).
2.2 Planejamento familiar
Para a efetivação de tais direitos, o planejamento familiar se constitui como um conjunto de ações que proporcionam aconselhamento, educação em saúde e disponibilização de métodos anticoncepcionais modernos para o exercício da livre decisão de ter ou não ter filhos, assim como a quantidade e o momento ideal para a reprodução (Alhusen et al., 2021).
Os programas de planejamento familiar são guiados pelo princípio da escolha informada. No entanto, uma série de barreiras limita o acesso e a escolha real de um indivíduo, incluindo fatores de oferta e demanda. Essa situação leva a um alto número de mulheres com necessidades não atendidas de contracepção moderna (Solo e Festin, 2019).
Em 2020, estimou-se que cerca de 257 milhões de mulheres que desejavam evitar a gravidez não estavam usando métodos contraceptivos seguros e modernos, e, dessas, 172 milhões não usavam nenhum método (UN DESA, 2020). Nesse cenário, é crucial disponibilizar uma ampla variedade de métodos contraceptivos seguros, eficazes e acessíveis (Blumenberg et al., 2020). A escolha do método é um guia para a prestação ideal de serviços de planejamento familiar (Bertrand et al., 2020).
Assegurar o acesso global à saúde sexual reprodutiva é a Meta 5.6 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, promovida pelas Nações Unidas e adotada por 193 países. (Blumenberg et al., 2020). Para ajudar a garantir que as necessidades dos clientes sejam atendidas, a Organização Mundial da Saúde recomendou que os programas de planejamento familiar incluam pelo menos cinco tipos de métodos contraceptivos modernos: barreira, reversível de curto prazo, reversível de longo prazo e permanente, juntamente com a contracepção de emergência (Bertrand et al., 2020).
2.3 Métodos contraceptivos
Uma abordagem educacional e de suporte é essencial para garantir que as mulheres façam escolhas contraceptivas informadas e se sintam capacitadas a tomar decisões sobre sua saúde reprodutiva (Ontiri et al., 2020). O mecanismo de ação dos métodos contraceptivos é crucial na escolha da contracepção feminina e compreender a aceitabilidade desses mecanismos é vital para o desenvolvimento de novas opções (Tong et al., 2022).
Os métodos comportamentais configuraram-se como a auto-observação de sinais e sintomas que ocorrem no organismo feminino ao longo do ciclo menstrual possibilitando a identificação do período fértil da mulher (Brasil, 2002). Não é um mecanismo muito seguro, mas deve ser ensinado para que as mulheres possam ter plena consciência do seu ciclo menstrual (Merz, 2021).
Os métodos de barreira colocam obstáculos mecânicos ou químicos à penetração dos espermatozóides no canal cervical (Brasil, 2002). Os preservativos protegem também contra as doenças sexualmente transmissíveis. Na adolescência, tal método, conhecido como camisinha, merece maior disseminação devido à frequente situação de instabilidade sexual-afetiva dos parceiros (Reece et al., 2020). Além dos preservativos, o diafragma e os espermicidas também são utilizados, embora não bem aceitos entre os adolescentes (Merz, 2021).
Os métodos hormonais de curta duração compreendem os anticoncepcionais orais, anel vaginal, adesivos, pílula de emergência e injetáveis. Esses métodos atuam na ovulação e alteração das características do muco cervical para impedir a concepção e dependem do uso correto e/ou contínuo para maior efetividade de sua ação. Quanto às pílulas diárias, o esquecimento de comprimidos representa importante causa de falha contraceptiva (Finotti, 2015).
Os contraceptivos reversíveis de longa ação (LARC- “Long-acting reversible contraceptives”) são métodos que apresentam duração contraceptiva igual ou superior a três anos, representados pelos dispositivos intrauterinos e pelo implante contraceptivo. São alternativas mais eficazes de contracepção e têm múltiplas vantagens como, por exemplo, o fato de que uma vez instalados não necessitam de manutenção e sua duração varia de 3 a 10 anos (Espey; Ogburn, 2011). Em comparação aos outros anticonceptivos, os LARC podem ser considerados superiores em termos de eficácia, propiciando taxas de gravidez de menos de 1% ao ano (Bahamondes, Fernandes, Monteiro e Bahamondes, 2020).
Os métodos permanentes constituem a vasectomia e laqueadura tubária e requerem procedimento cirúrgico. A esterilização feminina gera a obstrução das trompas e impede a migração de espermatozoides para o óvulo. Na vasectomia há interrupção dos ductos deferentes impossibilitando a presença de espermatozoides na ejaculação. Esses métodos não protegem contra infecções e há possibilidade de o indivíduo se arrepender (FEBRASGO, 2004).
No Brasil, entre 1996 e 2006, o uso de métodos contraceptivos aumentou consideravelmente, atingindo 80,6% das mulheres entre 15 e 49 anos. No entanto, contraceptivos orais e esterilização feminina correspondem a mais de dois terços dos métodos escolhidos. Apesar de sua alta eficácia e recomendação por sociedades médicas, os métodos contraceptivos reversíveis de longa duração (LARCs) ainda são subutilizados, menos de 2% das mulheres utilizam o dispositivo intrauterino (DIU), o LARC mais conhecido (Baptista, 2021).
Embora pouco utilizados, os LARCs fornecem segurança contraceptiva independente da aderência e motivação da usuária, pois, uma vez inserido no organismo a eficácia é praticamente a mesma ao longo da duração do método e apresentam um bom custo-benefício. Esses contraceptivos são recomendados para todas as mulheres que desejam contracepção eficaz, incluindo adolescentes, nulíparas, no pós-parto ou pós-aborto e na presença de comorbidades que são contraindicações aos métodos contendo estrogênios. Os LARC apresentam altas taxas de satisfação e continuidade de uso entre todos os contraceptivos reversíveis. O implante contraceptivo de etonogestrel, único disponível no Brasil, apresenta taxa de falha de 0,05%, com duração de três anos (FEBRASGO, 2022).
2.4 Implante Subdérmico
Os implantes subdérmicos são contraceptivos somente com progesterona etonogestrel (ENG) ou levonorgestrel (LNG)) que consistem em cápsulas ou bastões de polímero colocados sob a pele que garantem uma entrega hormonal lenta e estável, ignorando o metabolismo hepático de primeira passagem. O etonogestrel é o principal metabólito do Desogestrel (DSG), caracterizado por maiores efeitos semelhantes aos da progesterona e consiste em uma haste única contendo a dose de 68 mg. A ENG impede a liberação de LH e, consequentemente, a ovulação, também espessa o muco cervical, reduz a entrada de espermatozoides e modifica o endométrio, inibindo a implantação do óvulo fecundado (Rocca, Palumbo, Visconti, Di Carlo, 2021).
Os implantes são aprovados em mais de 60 países desenvolvidos e em desenvolvimento e são atualmente utilizados por milhões de mulheres em todo o mundo (Quispe; Sandoval, 2020). No Brasil, o implante disponível é o Implanon, que, no entanto, não está amplamente disponível no sistema único de saúde (SUS) (Finotti, 2015). Mas, em 2021 a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde– Conitec recomendou a incorporação do implante subdérmico de etonogestrel na prevenção da gravidez não planejada, condicionada à criação de programa específico, para mulheres em idade reprodutiva entre 18 e 49 anos: em situação de rua; com HIV/AIDS em uso de dolutegravir; em uso de talidomida; privadas de liberdade; trabalhadoras do sexo; e em tratamento de tuberculose em uso de aminoglicosídeos (Brasil, 2021a).
Devido à sua elevada eficácia contraceptiva (quase imediatamente após a inserção), à baixa taxa de complicações e efeitos secundários, à possibilidade de utilização a longo prazo após uma única intervenção e ao rápido retorno à fertilidade após a extração, os implantes contraceptivos constituem uma boa opção de inclusão na combinação de métodos oferecidos pelos programas de Planejamento Familiar (Quispe; Sandoval, 2020). O implante subdérmico é uma ótima opção para adolescentes e mulheres jovens (não requer exame ginecológico para inserção), reduz cólicas e sangramentos menstruais intensos e reduz o risco de hiperplasia e câncer de endométrio (Finotti, 2015). Vários estudos confirmaram que o Implanon é um método contraceptivo seguro e bem aceito (Rocca, Palumbo, Visconti, Di Carlo, 2021).
Mas, todos os contraceptivos podem apresentar algum efeito adverso. No caso do Implanon, a principal causa de descontinuação do método é o sangramento irregular, cerca de 11 a 14%, também pode ocorrer descoloração no local da inserção e dificuldade de remoção do implante, além dos efeitos colaterais ocasionados pelas concentrações séricas de progesterona como cefaleia, dor na mama, labilidade emocional, entre outros (Finotti, 2015). Um caso publicado em 2024 relatou como possível complicação a migração do implante para além do local de inserção, gerando sintomas neurológicos, mas com bom desfecho (Alotaibi; Mohammed, 2024).
Os mitos sobre os efeitos no corpo geram as percepções negativas em relação aos potenciais efeitos colaterais do implante subdérmico de progesterona, o que contribui para a confusão e o medo em torno desse método contraceptivo. Além disso, a falta de informações claras e a compreensão inadequada sobre os riscos e benefícios também desempenharam um papel importante na formação dessas percepções (Potgieter; Kapp; Coetzee, 2018). Por conseguinte, ressalta-se a importância do aconselhamento para garantir que as mulheres sejam bem-informadas sobre os potenciais efeitos colaterais que este método pode ofertar (Power, French e Cowan, 2007).
2.5 Atuação do enfermeiro
De acordo com a lei 9.263/96, o planejamento familiar é parte integrante do conjunto de ações de atenção à mulher, ao homem ou ao casal, dentro de uma visão de atendimento global e integral à saúde (Brasil, 2002). Assim, os profissionais de saúde estão na linha de frente da prestação de serviços de planejamento familiar aos clientes (por exemplo, aconselhamento e contracepção). Eles são responsáveis por fornecer aos clientes informações completas e precisas sobre contracepção para ajudá-los a tomar uma decisão informada (Borrero e Callegari, 2020).
Neste sentido, considerando as legislações que regulamentam o exercício da enfermagem no Brasil, em 2022 foi aprovada a resolução número 690 do Conselho federal de enfermagem (COFEN) que normatiza a atuação do enfermeiro no planejamento familiar e reprodutivo durante a consulta de enfermagem. Segundo a referida resolução, o enfermeiro pode atuar no planejamento reprodutivo por meio da atenção primária ou especializada. Para isso, o profissional enfermeiro pode ofertar: solicitação de exames, prescrição e procedimentos; ações preventivas e educativas; avaliação, escolha e implementação de tecnologias para concepção e contracepção; inserção e retirada do DIU (Brasil, 2022).
Em 2017, foi divulgado o parecer técnico número 277 pelo Cofen que ressalta que o enfermeiro possui competência técnica para adquirir habilidades para inserção e remoção de implantes subdérmico, incluindo o Implanon®. Nessa ocasião afirmou-se que não existe impedimento para que o enfermeiro realize a inserção de implantes subdérmico por considerar que este procedimento não se enquadra nos conceitos de cirurgia, não sendo, portanto, ato médico. Logo, o enfermeiro tem autonomia legal e competência para durante a consulta de enfermagem realizar orientação sobre os métodos contraceptivos e, em caso de livre escolha da usuária pelo implante subdérmico, avaliar, inserir, acompanhar e remover o implante (Brasil, 2017).
Em face ao exposto, cabe enfatizar que a atuação do enfermeiro deve basear-se no treinamento prévio e capacitação para prescrição, inserção e retirada dos dispositivos intrauterinos e implantes subcutâneos. As ações de planejamento reprodutivo devem estar vinculadas ao processo de educação continuada para que o profissional se mantenha atualizado e capacitado para fornecer um planejamento seguro (Brasil, 2017; 2022).
3 METODOLOGIA
Segundo Marconi e Lakatos (2022) não há ciência sem o emprego de um método científico. Para os autores, o método é o conjunto de atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia permite alcançar conhecimentos válidos e verdadeiros, detectar erros e auxilia o cientista em suas decisões. Por isso, nesta sessão será descrito o método científico utilizado para realização deste estudo.
3.1 Tipo de estudo
O presente estudo trata- se de uma pesquisa descritiva de abordagem quantitativa. De acordo com Evêncio et al (2019), a pesquisa descritiva investiga e descreve fenômenos a partir da identificação de relações entre variáveis abordadas durante a pesquisa. Tal pesquisa utiliza técnicas padronizadas para coleta de dados.
Segundo Marconi e Lakatos (2022), a abordagem quantitativa utiliza de instrumentos predeterminados, dados numéricos e número considerável de casos. Envolve análise estatística dos casos, descrição de tendências, comparação de grupos, relação entre variáveis, comparação de resultados com estudos anteriores, entre outros. Quanto aos resultados são padronizados e fixos, objetivos e, teoricamente, sem tendências.
Na abordagem quantitativa o pesquisador se vale de amostras amplas e informações numéricas. As principais técnicas de pesquisa quantitativa são a entrevista, questionários, formulários, observação sistemática ou estruturada, seleção da amostra, coleta e verificação dos dados, análise e interpretação dos dados (Marconi; Lakatos, 2022).
3.2 Local
O estudo foi realizado em uma instituição privada de ensino superior de Floriano- PI por meio da aplicação de um questionário estruturado com questões fechadas, de múltipla escolha. Os questionários foram aplicados no Centro Universitário UNIFAESF Campus Aruda Bucar localizado na rua Olemar Alves de Sousa, número 401, bairro rede nova em Floriano– PI (UNIFAESF, 2024).
A faculdade inaugurou suas novas instalações em 2016 e, atualmente, dispõe de 13 cursos de graduação presencial, contando com cursos na área da saúde (enfermagem, nutrição, odontologia, farmácia e fisioterapia, medicina e psicologia), ciências contábeis, serviço social, direito, engenharia, administração e pedagogia. Oferta também 7 cursos de graduação à distância e contém um catálogo com mais de 50 cursos de pós-graduação (UNIFAESF, 2024).
Visando o alinhamento da teoria e prática para a formação de profissionais qualificados a instituição possui desde 2008 uma clínica e uma unidade básica de saúde (UBS Jasmina Bucar) que oferece serviços voltados para a área de saúde, educação e social. Por meio delas a população tem acesso ao atendimento integral nas áreas de Fisioterapia, Farmácia, análises clínicas, por meio do Laboratório Arudá Bucar, Enfermagem, Nutrição e Odontologia, por meio do Sistema único de Saúde- SUS e atendimento odontológico com plano econômico (UNIFAESF, 2024).
3.3 População e amostra
A população do estudo englobou 66 estudantes do sexo feminino, com matrícula ativa no curso de enfermagem do Centro Universitário UNIFAESF Campus Arudá Bucar e que estivessem cursando o 8[CF1] º ou 10º período da graduação. A amostra foi composta por 55 alunas.
Foram incluídas na amostra: mulheres, estudantes do curso de enfermagem, do 8º e 10º bloco; com idade igual ou superior a 18 anos no período de aplicação do questionário; que concordaram em participar da pesquisa por meio da assinatura do Termo de consentimento livre e esclarecido- TCLE e estavam presentes em sala de aula na data determinada para aplicação do instrumento de coleta de dados.
Foi adotado como critério de exclusão: ter sido reprovada na disciplina de saúde da mulher I.
3.4 Coleta de dados
Para relacionar objetivos e metodologia surge como desafio a escolha da ferramenta mais adequada para a coleta de dados, independentemente do tipo de pesquisa (Bastos; Sousa; Silva; Aquino, 2023). De acordo com Miranda (2020), o questionário é uma das ferramentas mais comuns para essa tarefa. Para Fachin (2017), o questionário consiste em um elenco de questões submetidas a uma quantidade de pessoas para coletar informações.
3.4.1 Elaboração do questionário
O questionário estruturado e autoaplicável foi elaborado pelos próprios autores da presente pesquisa. Organizado em duas partes: a primeira com dados socioeconômicos e demográficos e a segunda com questões relativas ao conhecimento do método estudado. As perguntas foram elaboradas com base na literatura e considerando os objetivos da pesquisa.
3.4.2 Aplicação do questionário
De acordo com Fachin (2017), para que a coleta de informações seja significativa, deve-se verificar como, quando e onde obtê-las. Por isso, a aplicação do questionário foi realizada no intervalo entre aulas para não interromper o percurso de aprendizagem das alunas.
O questionário foi aplicado no mês de outubro[CF2] . No dia e horário acordado, o projeto de pesquisa foi apresentado em sala de aula com esclarecimento de dúvidas, assinatura dos termos de consentimento livre e esclarecido- TCLE e aplicação do questionário impresso com as estudantes que estavam nos critérios de inclusão do estudo e que aceitaram participar da coleta de dados.
3.5 Análise dos dados
O questionário era composto por duas partes: O primeiro referente a caracterização da participante, por meio da idade, estado civil e período de curso e o segundo com questões que abordem o conhecimento sobre o contraceptivo em questão. Os dados obtidos através dos questionários foram transcritos em uma planilha organizada no software Microsoft Office Excel 2010.
Os dados foram agrupados por sua especificidade e apresentados com números absolutos e percentuais. Para determinação do grau de conhecimento, as 14 questões referentes ao método contraceptivo subdérmico foram pontuadas, cada questão valendo 1 ponto. Ao final do agrupamento e análise dos dados o grau de conhecimento foi considerado alto, se a maioria dos participantes obtivessem pelo menos 10 pontos; baixo, se a maioria obtivesse pontuação inferior a 7 pontos ou intermediário se obtiveram pontuação entre 7 e 10 pontos.
Após tabulação dos dados os resultados foram interpretados à luz da literatura. As informações estão dispostas por meio de tabelas e gráficos.
3.6 Aspectos éticos
O presente estudo segue a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde que aprova diretrizes e normas para a realização de pesquisas envolvendo seres humanos e a Resolução 510/16 que dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisas em Ciência Humanas e Sociais cujos procedimentos metodológicos envolvam a utilização de dados diretamente obtidos com os participantes.
O projeto foi encaminhado à Plataforma Brasil, submetido para a análise do Comitê de Ética de Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Piauí Campus Amilcar Ferreira Sobral, aprovado conforme CAAE nº 81297124300005660 e foi realizado após assinatura do termo de autorização da instituição. A população do estudo assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido- TCLE, garantindo a aceitação na participação da pesquisa e os preceitos éticos estabelecidos no que se refere a zelar pela legitimidade das informações, privacidade e sigilo das informações, quando necessárias, tornando os resultados da pesquisa públicos.
4 RESULTADOS
No total, 56 acadêmicas responderam aos questionários, sendo um destes desconsiderado pelo critério de exclusão utilizado para a pesquisa, totalizando 55 questionários válidos. Para obter uma caracterização geral da amostra, foram investigados o período do curso, idade, estado civil, cor/raça, renda familiar, se tem vida sexual ativa e uso de contraceptivos.
A amostra do estudo foi predominantemente cursantes do 10º período da graduação de enfermagem, totalizando 54,5 %. Enquanto 45,5 % eram acadêmicas do 8º período. Dessas, 43,6% tinham idade entre 22 e 24 anos, 38,2% entre 20 e 22 anos e 18,2% tinham 25 anos ou mais, resultando em uma média de 22,6 anos.
Dentre as 55 entrevistadas, 79,6% eram solteiras, 11,1% casadas e 9,3% estavam em união estável. Quanto a cor/raça 65,5% declararam-se pardas, 18,2 % declaram-se negras, 14,5% brancas e 1,8% declararam-se indígena.
Sobre a renda familiar, 38,2% das entrevistadas declararam renda familiar de até dois salários-mínimos, 30,9% com renda de três a quatros salários, 20% com até um salário-mínimo e 10,9% com renda familiar acima de quatro salários.
Tabela 1. Caracterização geral da amostra/ dados sociodemográficos
Fonte: Autoria própria, 2024.
Conforme resultados da tabela 2, 78,2 % (n=43) das estudantes têm vida sexual ativa enquanto 21,8% (n=12) relataram não estar sexualmente ativas. Quanto ao uso de métodos contraceptivos 57,7% (n=30) afirmaram fazer uso de algum tipo de método enquanto 42,3% (n=22) não utilizam nenhum método e três não responderam ao questionamento.
Dentre os métodos contraceptivos utilizados os hormonais foram os mais relatados, constituindo 72,7% da amostra. 18,2% afirmaram utilizar métodos de barreira e 9,1% métodos comportamentais. 22 entrevistadas não responderam a este questionamento, o que corresponde ao número de acadêmicas que afirmaram não utilizar nenhum método.
Referente às entrevistadas que afirmaram utilizar algum método contraceptivo, 71,9% (n=23) confirmaram que o método foi prescrito por algum profissional de saúde, enquanto 28,1% confirmaram não ter prescrição.
Tabela 2. Caracterização da amostra quanto ao uso de contraceptivo
Fonte: Autoria própria, 2024.
Para compreensão do grau de conhecimento das entrevistadas quanto ao método contraceptivo estudado, as acadêmicas foram questionadas com questões específicas que tiveram seus resultados apresentados em gráficos.
Quando questionadas se conheciam o método subdérmico (implanon) todas as estudantes responderam que sim, 100%. Controversamente, enquanto 85,5% disseram entender o funcionamento do contraceptivo, 14,5% alegaram não ter conhecimento sobre como o método atua.
Ao serem questionadas sobre o conhecimento a respeito de como o contraceptivo é inserido/administrado 87,3% responderam que tem conhecimento, mas, 12,7 % afirmaram não saber como é inserido.
Em relação ao uso do método subdérmico no Brasil, 98,2 % responderam que o implanon é legalizado no país. 73,6% responderam que o método não é disponibilizado pelo sistema único de saúde (SUS), e 26,4% responderam que o método se encontra disponível no SUS.
As acadêmicas também foram questionadas sobre a idade mínima para que o contraceptivo possa ser utilizado, tendo 81,8% respondido que não tem idade mínima desde que a mulher já tenha dado início a vida sexual. 18,2 % responderam que apenas maiores de 18 anos podem fazer uso do método.
No que diz respeito a durabilidade do implante 76,4% responderam que tem duração de 3 anos. 12,7% acreditam durar 4 anos ou mais. 7,3 % responderam que dura 2 anos. 1,8 % responderam que dura 1 ano e a mesma porcentagem para durabilidade trimestral.
Na questão seguinte, 71,7% das estudantes confirmaram que lactantes podem fazer uso do contraceptivo subdérmico. 28,3% responderam que não e duas não responderam.
Relativo à interferência na fertilidade após a retirada do contraceptivo 94,5 % afirmaram que não há interferência. Apenas 5,5% acreditam haver interferência.
No tocante aos efeitos adversos do implante, 83,6% assinalaram que cada mulher pode apresentar sintomas diferentes. 5,5% indicaram que o método não possui nenhum efeito adverso. 10,9% apontaram os escapes menstruais, aumento de peso e acne como possíveis reações adversas.
Todas as entrevistadas assinalaram que este método não pode ser inserido por qualquer pessoa.
Relativo à prescrição do contraceptivo, 92,7% indicaram que o enfermeiro pode prescrever este método, 7,3% ainda responderam que não.
Se o enfermeiro está apto a inserir e retirar o contraceptivo subdérmico 92,6% responderam que sim. Mas, 7,4 % responderam que não.
Por fim, as acadêmicas foram questionadas sobre a fonte de informações pelas quais obtiveram tais conhecimentos a respeito do método contraceptivo subdérmico, apresentando como resultados um percentual de 41,8% que tiveram como fonte as redes sociais, 25,5% afirmaram ter como fonte profissionais de saúde, 20% aulas na graduação, 9,1% artigos científicos.
5 DISCUSSÃO
Os métodos contraceptivos reversíveis de longa ação (LARC’s) apresentam excelente eficácia, no entanto, são subutilizados em todo o mundo. Como razões para tal fato cita-se o mau aconselhamento reprodutivo, falta de treinamento e conhecimento sobre os contraceptivos. Um estudo realizado com profissionais de enfermagem da África do Sul, demonstrou que quando treinados os profissionais possuem maior segurança para indicar e inserir implantes, mas, ainda assim, a taxa de aconselhamento para uso do Implanon foi inferior a 50%. Tais achados foram correlacionados com o conhecimento insuficiente a respeito dos LARC’s principalmente nos grupos com níveis mais baixos de qualificação (Abrahams; Pather; Swartz, 2023).
O nível de conhecimento acerca dos contraceptivos dentro de universidades, e entre os cursos da área da saúde, tem sido avaliado por autores como Oliveira; Sato M.; Sato R. (2019), que em seus estudos na Universidade Campos de Andrade (UNIANDRADE) observou que as acadêmicas possuíam bom conhecimento pelo método contraceptivo oral diante das diversas questões que envolviam o assunto.
Nesse contexto, o presente estudo teve como principal objetivo avaliar o grau de conhecimento de acadêmicas de enfermagem sobre o contraceptivo subdérmico. A pesquisa foi composta majoritariamente (54,5%) por estudantes do último[CF4] semestre da graduação de enfermagem, população que se espera ter um significativo conhecimento sobre anticoncepção, tendo em vista, já terem estudado a disciplina de saúde da mulher, bem como ter cenário de prática. Tal circunstância converge com o estudo de Souza et al (2014), que evidenciou maior taxa de conhecimento e acertos referentes à anticoncepção nas estudantes do último ano do curso de enfermagem em uma universidade de Barra do Garças-MT.
A idade média das participantes foi de 22,6 anos, sendo o maior percentual (43,6%) na faixa etária de 22 a 24 anos, caracterizando uma população em fase reprodutiva plena. Uma pesquisa realizada com universitárias do curso de medicina sobre os métodos LARC´s apresentou resultado semelhante quanto a caracterização de faixa etária tendo mais de 70% de universitárias entre 18 e 25 anos, com uma média de 24,92 anos (Sorgi; Callegari; Carbol, 2019). Rebouças (2019) encontrou em sua pesquisa uma população usuária de Implanon® com idade variando de 19 a 48 anos, havendo prevalência de 69,8% de mulheres com 19 a 34 anos.
De acordo com UN DESA (2020) desde 2000 o crescimento populacional com aumento de mulheres em idade reprodutiva que usam algum método de contracepção reflete uma tendência de aumento no uso de contraceptivos modernos nesta faixa etária. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2019, o tipo de método contraceptivo utilizado pelas mulheres brasileiras variou de acordo com a faixa etária sendo que em mulheres entre 15 e 24 anos havia predominância do uso de pílulas anticoncepcionais (Brasil, 2021b).
No tocante ao estado civil, 79,6% das participantes eram solteiras. Análogo a uma pesquisa realizada por David (2021) com pacientes do Ambulatório de Reprodução Humana do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná em que a maioria das entrevistadas utilizavam algum LARC e 63% da amostra também apresentava estado civil solteiro. Consonantemente Inep (2016), atestou que a realidade nacional dos ingressantes em ensino superior compreendia majoritariamente uma população solteira.
Mais da metade da amostra desta pesquisa declararam-se pardas (65,5%) e 18,2% negras, apenas 14% declararam-se brancas, resultado este que diverge de outros estudos com universitárias. Na pesquisa de Bataglião e Mamede (2011), com acadêmicas de enfermagem de uma universidade em São Paulo 85,9% das entrevistadas assumiram ser de cor branca. Segundo os autores, a população branca é supostamente favorecida, em geral, apresentando taxas de escolarização e renda superiores. Nos estudos de Sorgi, Callegari e Carbol (2019) e Sousa, Àvila e Cardoso (2020), a maioria das entrevistadas também eram brancas, refletindo um perfil de ingressantes no nível superior de ensino predominantemente brancos. Mas, ao comparar diferentes cursos da área da saúde de uma instituição de ensino privada, enfermagem apresentou um percentual maior de estudantes pardos e negros (Sousa; Àvila; Cardoso, 2020).
Em relação a renda familiar, a maioria das acadêmicas apresentaram renda de até quatro salários-mínimos, sendo 38,2% com renda até dois salários e 30,9% entre três e quatro salários. Coincidentemente, no estudo de Bataglião e Mamede (2011), 51,9% dos alunos apresentavam renda familiar de dois a seis salários-mínimos. Rebouças (2019) apresentou resultado parecido tendo uma renda per capita média de aproximadamente dois salários. Para Sousa, Àvila e Cardoso (2020) mais de 70% dos estudantes de enfermagem declararam renda entre um e dez salários. De acordo com Braga e Vieira (2015), quando as mulheres apresentam situação de baixa renda podem apresentar menor conhecimento sobre os métodos anticoncepcionais, devido o acesso aos serviços de saúde e a escolaridade serem geralmente menores nesse grupo.
Trindade, et al. (2021)em seu estudo inferiu que o tipo de método contraceptivo utilizado pelas mulheres pode ter relação com sua condição socioeconômica. Segundo dados do Instituto brasileiro de geografia e estatística- IBGE, o Brasil, ao longo dos anos, vem apresentando significativa queda na taxa de fecundidade, porém, de maneira desigual no país. Analisando dados do censo de 2010 observou-se que as taxas de fecundidade eram maiores nas regiões menos desenvolvidas do país. Em 2023, as regiões com taxas mais altas de fecundidade eram o norte e o centro-oeste, enquanto o sul e sudeste apresentavam as taxas mais baixas (Bello, 2024).
Conforme Fleith, Gomes, Araújo e Almeida (2020), as mulheres vem adquirindo maior qualificação técnica e educacional ao longo do tempo, o que promove maior protagonismo feminino na economia. Tal cenário pode ser um fator explicativo para as mulheres exibirem maior interesse no controle da fecundidade por meio do uso de anticonceptivos (Couto; Saiani; Kuwahara, 2020). Por outro lado, Brasil (2021a), aponta que em países de baixa e média renda, incluindo o Brasil, mais de 200 milhões de mulheres em idade entre 15 e 49 anos, querem evitar a gravidez, mas não estão usando um método contraceptivo moderno.
Na presente pesquisa, 78,2 % das entrevistadas referem ter vida sexual ativa, entretanto, apenas 57,7% (n=30) fazem uso de algum método anticoncepcional. Similar a tal resultado, Gonçalves, et al (2019), ao entrevistar mulheres do sul do Brasil constatou que 78,4% de sua amostra fazia uso de anticonceptivos e 11,3% não utilizava. Trindade, et al (2021), também expressa uma maioria que utilizam algum método contraceptivo, mas, ainda assim, 17,6% das mulheres sexualmente ativas afirmaram não utilizar nenhum. Tais resultados comprovam a tendência de crescimento no uso de contraceptivos relatados em diversos estudos nacionais e internacionais, todavia, quanto à população que não utiliza nenhum método, Trindade, et al (2021) citou como motivos além da vontade própria e de não se importar com uma possível gestação, que 3,7% das brasileiras afirmavam não saber como evitar a gravidez ou a quem procurar para lhe dar orientações.
Paiva, et al., (2020), discutiu em seu artigo sobre uso de métodos contraceptivos entre acadêmicos da área da saúde que outro motivo para não utilização de contraceptivos é a relação sexual homoafetiva, o que indica falta de conhecimento sobre os riscos da relação desprotegida na população homossexual. Para os autores, tal resultado aponta a importância de conduzir ações educativas estratégicas, principalmente entre alunos de períodos avançados da graduação. Barboza, et al (2021), também levanta a necessidade das ações de prevenção e promoção da saúde sexual e reprodutiva ao observar que 26% de suas entrevistadas, embora estivessem em fase reprodutiva, ainda não tinham iniciado atividade sexual, semelhante ao resultado deste estudo em que 21,8% das universitárias apontaram não ter vida sexual ativa.
Dentre os métodos que são utilizados, mais de 70% das discentes referem uso de métodos hormonais, 18,2% fazem uso apenas de métodos de barreira e 9,1% de método comportamental. Nesse cenário, um estudo realizado com universitárias em Santa Catarina apontou 76,65% de entrevistadas usuárias de anticoncepcionais orais (Steckert, et al. 2016 apud Barboza, 2019). Barboza (2019), também indicou o preservativo masculino e os contraceptivos orais como mais utilizados pelas participantes de seu estudo. Araújo, Abreu e Felisbino-mendes (2023), resultaram em uma predominância de 60% de uso de pílula ou preservativo, tendo prevalência de métodos de curta duração na população jovem e que não viviam com companheiro, o que converge com o resultado desta pesquisa. Ainda sobre o levantamento de Araújo, Abreu e Felisbino-mendes (2023), apenas 5% das mulheres estavam usando LARC.
Os estudos de Bhandari, et al (2019), Ontiri, et al (2019) e Araújo, Abreu e Felisbino-mendes (2023) confluíram em seus resultados apontando que existe iniquidades no acesso aos LARC´s visto que pessoas em vulnerabilidade social tiverem menor prevalência de uso desses métodos. Mesmo que os contraceptivos estejam disponíveis no SUS, um estudo sobre uso e acesso a contraceptivos orais e injetáveis evidenciou que a maioria das brasileiras adquirem esses tipos de métodos pelo meio privado, sendo que os contraceptivos orais tiveram maior taxa de compra. A maioria dessas usuárias não tentaram adquirir os anticoncepcionais pelo SUS, mas, um percentual de 17% tentou obter no sistema público e não conseguiram. (Farias, et al. 2016).
Tais dados nos leva a discussão quanto a um empecilho na disponibilidade dos anticoncepcionais já que os métodos mais utilizados também são os mais disponíveis pelo sistema único de saúde, enquanto os métodos de longa ação como o dispositivo intrauterino estão menos disponíveis e consequentemente menos utilizados (Ruivo, et al. 2023). Em nosso estudo, nenhuma entrevistada utilizava o DIU.
Para Brasil (2021b), os LARC´s não são amplamente utilizados, dentre outros fatores, pelo alto custo. No estudo de Souza e Coutinho (2024), houve o fornecimento dos LARC’s sem custo para as participantes, eliminando assim uma das principais barreiras de acesso, que é o custo elevado dos dispositivos e procedimentos de inserção. Os referidos autores concluíram que quando esses métodos são oferecidos de maneira acessível e sem custo, as taxas de gravidez indesejada se tornam inferiores em relação à média nacional.
Além da disponibilidade dos contraceptivos hormonais, para Brasil (2002), é essencial a prática da dupla proteção, caracterizada como a prevenção conjunta das infecções sexualmente transmissíveis e da gravidez. Porém, no presente estudo, todas as entrevistadas referiram uso de método único. Resultado semelhante ao estudo de Barboza (2019), em que apenas uma estudante referiu uso de anticoncepcional associado ao preservativo. Gonçalves (2019), apresentou um melhor resultado, mas, ainda assim, somente 10,5% das mulheres relataram dupla proteção. Variavelmente, Paiva et al (2020), em seu estudo comparativo entre o 1º e 7º período demonstrou que os acadêmicos do período mais avançado utilizavam, em sua maioria, o uso do preservativo em associação à pílula anticoncepcional.
O estudo de Silva, Oliveira e Viana (2022) que visava descrever o panorama do uso de métodos contraceptivos entre universitárias em Salvador demonstrou que menos de 25% das universitárias utilizavam métodos associados ao preservativo. Conforme os autores, a baixa aderência à dupla proteção é alarmante e comprova a substituição dos preservativos por contraceptivos mais eficazes, que, no entanto, negligência a proteção contra infecções sexualmente transmissíveis salientando a maior preocupação das estudantes com o risco de gravidez do que o risco de adoecimento. Segundo Ajayi, Ismail e Akpan (2019) o uso do preservativo torna-se mais consistente em regiões que dispõem de mais ações intervencionistas de redução dos riscos e de sua distribuição, o que justifica a distribuição de preservativos nas universidades como uma forma de promover seu uso.
Como discutido anteriormente, diversos contraceptivos são disponibilizados no Brasil e em muitos casos são adquiridos pelo meio privado, o que nos traz ao debate sobre os métodos serem indicados e prescritos ou não por profissionais. Nesse viés, 71,9% das discentes afirmaram terem indicação profissional do anticonceptivo. Equivalentemente, Oliveira, Sato M. e Sato R. (2019), exibiram que 69,2% das acadêmicas tiveram indicação médica e 15,4% não obtiveram nenhuma indicação. Groetares, et al. (2021) constataram que cerca de 66% das entrevistadas tiveram auxílio de um ginecologista, enquanto 5% faziam uso por conta própria.
Silva, Oliveira e Viana (2022) expuseram que 77,84% de sua amostra tinha recebido orientação médica. Em acordo com os pesquisadores, tais percentuais são relevantes porque quando os métodos são indicados incorretamente podem gerar repercussões indesejadas, devendo, portanto, serem fornecidas às usuárias informações quanto aos prós e contras de cada método, visto que os benefícios podem garantir elevada satisfação das usuárias, assim como, os efeitos adversos podem contribuir para interrupção do uso dos anticoncepcionais.
Em um cenário geral, todas as universitárias afirmaram conhecer o implante, 85,5 % afirmam ter conhecimento sobre o funcionamento do método subdérmico e 87,3% confirmam saber como é administrado, dados estes que nos remete ao entendimento de que há elevado conhecimento sobre tais variáveis. Semelhante ao estudo de Rebouças (2019) com usuárias do Implanon® que também apresentou elevado conhecimento sobre o funcionamento do contraceptivo e a pesquisa de Ukoha e Mooi (2019), sobre o conhecimento, atitude e uso do Implanon® em acadêmicas de enfermagem da África do Sul em que mais de 50% das entrevistadas já tinham ouvido falar sobre o implante e 70% indicaram saber onde o implante é inserido, mesmo aquelas que referiam não conhecer o método.
Em contrapartida, embora todas as estudantes afirmem conhecer o método (100%), há uma lacuna no entendimento de aspectos fundamentais, como seu mecanismo de ação (14,5% não compreendem) e a forma de administração (12,7% desconhecem). Os dados apresentados revelam uma discrepância entre o nível de conhecimento declarado e a compreensão mais profunda sobre o funcionamento e administração do método contraceptivo subdérmico (Implanon). Esse cenário é preocupante, pois evidencia que o simples reconhecimento do nome ou da existência de um método contraceptivo não garante uma compreensão adequada para uma decisão informada sobre seu uso. A literatura aponta que a educação em saúde, particularmente em relação aos métodos contraceptivos, é crucial para promover escolhas conscientes e seguras. Souza, et al (2014), ressalta que conhecer o mecanismo de ação dos anticoncepcionais é fundamental para seu uso. Segundo Borges et al. (2019), a informação detalhada e correta sobre os métodos contraceptivos é essencial para reduzir taxas de gravidez não planejada e melhorar a adesão aos métodos disponíveis.
Para mais, os resultados indicam um nível razoável de conhecimento sobre a legalidade do método subdérmico no Brasil, com 98,2% das estudantes reconhecendo sua legalização. No entanto, a percepção sobre a disponibilidade do Implanon no Sistema Único de Saúde (SUS) mostra uma considerável discrepância: enquanto 73,6% acreditam que o método não é ofertado, 26,4% afirmam que ele está disponível.
Esses dados refletem um cenário de informações divergentes ou insuficientes sobre as políticas públicas de saúde reprodutiva no país. O Implanon é legalizado no Brasil e faz parte do arsenal contraceptivo disponível, mas sua distribuição pelo SUS ainda é limitada e depende de políticas locais e regionais. Segundo dados do Ministério da Saúde (Brasil, 2021), o Implanon foi incluído nas diretrizes do SUS como parte da estratégia para ampliar o acesso a métodos contraceptivos de longa duração (LARCs). No entanto, a implementação prática enfrenta desafios logísticos e orçamentários, o que explica sua distribuição limitada em alguns municípios.
A percepção equivocada de grande parte das estudantes sobre a indisponibilidade do método pelo SUS pode estar relacionada à falta de divulgação e orientação adequada nos serviços de saúde. Segundo Oliveira e Andrade (2020), a desinformação e a falha na comunicação entre os profissionais de saúde e as usuárias são barreiras significativas para o acesso aos métodos contraceptivos. Em muitos casos, as mulheres desconhecem que têm direito a métodos contraceptivos de longa duração, ou enfrentam dificuldades em encontrar unidades que os disponibilizem.
Desde 2021, o implante subdérmico passou a ser incorporado no sistema único de saúde condicionado a criação de programa específico por meio da portaria SCTIE/MS nº 13, de 19 de abril de 2021, para prevenção da gravidez não planejada para mulheres em idade fértil: em situação de rua; convivendo HIV/AIDS em uso de dolutegravir; em uso de talidomida; privadas de liberdade; trabalhadoras do sexo; e em tratamento de tuberculose em uso de aminoglicosídeos (Brasil, 2021c).
Em 2022, por meio da portaria nº 241, de 18 de julho, houve a inclusão dos procedimentos de inserção e retirada do implante subdérmico na tabela de procedimentos, medicamentos, órteses, próteses e materiais especiais do SUS (Brasil, 2022). Não obstante, a associação brasileira de saúde coletiva divulgou uma nota a respeito da Portaria SCTIE/MS nº 13 relatando preocupações quanto ao conteúdo do documento, visto que a incorporação do método hormonal não se dá de forma universal, para todas as usuárias do SUS, além de que a portaria, diferentemente do relatório da CONITEC, não menciona a idade “entre 18 e 49 anos” deixando subtendido sua disponibilidade para o público adolescente (ABRASCO, 2021). Em vista disso, a não disponibilização do implante de forma universal no SUS poderia interferir no conhecimento a respeito do tema.
Respectivo à idade mínima para uso do contraceptivo subdérmico, 81,8% das participantes marcaram que não tem idade mínima para uso do método desde que a mulher já tenha vida sexual ativa. Nesse interim, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os métodos contraceptivos, incluindo o Implanon, podem ser indicados para mulheres de todas as idades reprodutivas, desde que estejam sexualmente ativas e que a escolha do método seja feita de forma informada e com base em orientação médica (WHO, 2018). Febrasgo (2022), aponta que os LARC são recomendados para todas as mulheres que desejam contracepção, incluindo adolescentes. Para a OMS a adolescência compreende a faixa etária de 10 a 19 anos (Brasil, 2007), tendo essa população pleno direito à atenção integral à saúde incluindo-se a saúde sexual e reprodutiva, com a disponibilização de meios que auxiliem a evitar uma gravidez não planejada (Ministério da saúde, 2013). Neste cenário, Bueloni-dias, et al. (2020), menciona que o implante subcutâneo é um tipo de LARC ideal para adolescentes devido o tempo prolongado de ação e não requerer adesão programada regularmente.
A idade mínima não é um critério absoluto, mas a elegibilidade depende da avaliação clínica e das necessidades individuais da paciente. Estudos como o de Silva e Santos (2020) mostram que, apesar de políticas que garantem acesso a métodos contraceptivos, ainda há barreiras culturais e institucionais que dificultam a autonomia de jovens, especialmente menores de idade. No Brasil, não foram encontradas grandes evidências do uso do Implanon na população inferior a 18 anos, mas, com a aprovação do uso do método no País e sua ampliação para uso no SUS, Varella (2024), cita que o contraceptivo subdérmico já é disponibilizado para adolescentes em alguns municípios brasileiros.
Ao serem questionadas sobre a durabilidade do implanon 76,4% responderam que tem duração de 3 anos e apenas 12,7% acreditam durar 4 anos ou mais. Isso pode sugerir uma visão mais conservadora por parte dos participantes ou uma percepção de que a manutenção a longo prazo pode ser desafiadora. De acordo com Campos e Silva (2019), muitos implantes podem precisar de substituição ou manutenção após 3 a 5 anos, especialmente em áreas de maior pressão ou em pacientes com hábitos que afetam a durabilidade do material.
A respeito dessa temática, Barbieri (2023), aponta que o implante subdérmico dura 3 anos. De acordo com a bula do Implanon disponibilizada pela Schering-Plough Indústria Farmacêutica Ltda, o implante não deve permanecer inserido por mais de três anos (IMPLANON NXT, 2015). Febrasgo (2022), também menciona a duração de três anos do contraceptivo. A busca bibliográfica de Cardoso, et al. (2019), encontrou artigos entre 2015 e 2017 que relataram a extensão do uso do implante por mais de três anos sem prejuízos ou redução da eficácia nas usuárias.
Sendo assim, as participantes do presente estudo demonstraram ter conhecimento sobre a duração do Implanon após sua inserção. Controversamente, Ukoha e Mooi (2019) ao questionarem sobre quanto tempo o método permanece eficaz 48,3 % das entrevistadas afirmaram ter conhecimento, enquanto 38,3% responderam que não e 13,3% marcaram não saber, totalizando cerca de mais de 50% da amostra que não sabia quanto tempo o método dura.
No tocante ao uso dos implantes por lactantes, a alta porcentagem (71,7%) de respostas afirmativas indica um conhecimento razoável entre as estudantes sobre a adequação do contraceptivo subdérmico para esse público. Este dado pode refletir uma conscientização crescente sobre o uso seguro e eficaz de métodos contraceptivos durante o período de amamentação. Segundo Bahamondes, et al. (2020), ao longo do tempo aumentou o interesse pelo uso de LARC´s imediatamente após o parto, o que se justifica pelo fato de muitas mulheres não retornarem para acompanhamento após receber algum método nesse período e após 4 semanas pós-parto já haver retorno da fertilidade. Além disso, a inserção do implante no pós-parto não oferece riscos à mulher ou ao bebê, não afetando a amamentação (Bahamondes, et al., 2020).
De acordo com o Consenso Brasileiro de Contracepção, os contraceptivos hormonais, como o implante subdérmico, são recomendados para mulheres em amamentação após o primeiro mês pós-parto, sem impactar significativamente a produção de leite (Lima et al., 2021). A maioria dos estudos demonstra que o uso do implante subdérmico não interfere com a quantidade ou a qualidade do leite materno, tornando-se uma opção válida para muitas mulheres lactantes (Fleury et al., 2019). Estudos como o de Nogueira et al. (2020) e Ribeiro et al. (2019) confirmam que o implante subdérmico é uma escolha confiável de contracepção para lactantes, já que a progesterona não afeta a produção de leite e oferece um nível de eficácia contraceptiva superior a outros métodos não hormonais, como o DIU de cobre, em mulheres que amamentam.
Nesse contexto, o estudo de Barbieri (2023), demonstrou uma alta aceitação, satisfação, eficácia e continuidade do implante subdérmico entre adolescentes e jovens no pós-parto imediato ao longo de um ano de acompanhamento. Outros estudos apresentaram taxas de aceitação variáveis sendo as taxas mais baixas justificadas por Buckingham, et al. (2021), como consequência da falta de informações sobre os anticonceptivos. Ao comparar os diferentes métodos, Brunson, et al. (2017), mostrou que os LARC são mais eficazes na prevenção da gestação de repetição, principalmente quando iniciados no pós-parto imediato.
No entanto, a porcentagem de respostas negativas (28,3%) sugere que, embora o uso do implante subdérmico seja considerado seguro para a maioria das lactantes, há uma falta de clareza sobre o assunto, o que pode ser atribuído a informações contraditórias ou a uma compreensão insuficiente da literatura sobre o tema.
No que concerne a interferência do contraceptivo subdérmico na fertilidade, 94,5 % das graduandas afirmaram que não há interferência após a remoção do implante, enquanto uma pequena porcentagem (5,5%) ainda acredita que ele pode interferir no retorno da fertilidade após sua remoção. Esse resultado contraria o exposto na pesquisa de Ukoha e Mooi (2019), que resultou em um percentual de 63,3% de indivíduos que não sabia se a fertilidade retornaria rapidamente após a interrupção do uso do método e 53,3% que não sabia se o Implanon aumenta o risco de infertilidade. Mas, na pesquisa de Rebouças (2019), as usuárias de implante também demonstraram conhecimento adequado quanto ao caráter reversível do método.
Diversos autores referem que a fertilidade é restituída logo após a remoção do contraceptivo. Sorpreso, Soares Júnior e Baracat (2015), constatam que os níveis sanguíneos de etonorgestrel ficam indetectáveis uma semana após a remoção do implante. Darney, et al (2009) e Machado, et al (2017) também refletem que há rápido retorno da fertilidade e as mulheres ovulam e podem engravidar poucos dias após a extração do implanon. A pesquisa realizada por Santos et al. (2021) sobre a eficácia e reversibilidade dos métodos contraceptivos hormonais conclui que, após a retirada do implante subdérmico, a fertilidade retorna com uma taxa muito semelhante à observada em mulheres que nunca usaram contraceptivos hormonais. O estudo também observou que a maioria das mulheres que deseja engravidar após a remoção do implante consegue conceber dentro de um ano, sem dificuldades adicionais.
Ao abordar a temática de efeitos adversos, 83,6% assinalaram que cada mulher pode apresentar sintomas diferentes e 10,9% apontaram os escapes menstruais, aumento de peso e acne como possíveis reações adversas. Embora as reações possam se apresentar diferentes em cada mulher é questionável se as participantes do estudo optaram por essa alternativa por terem certeza da resposta ou por não terem conhecimento aprofundado sobre quais são os efeitos adversos possíveis dos implantes.
Ferreira e D’ávila (2021), ao investigarem sobre os fatores que influenciam na escolha do método contraceptivo dispuseram de um percentual de 11,3% de entrevistadas que consideram a presença de menores efeitos adversos para decidirem sobre a forma de contracepção. Quanto ao conhecimento sobre esses efeitos Rebouças (2019), apresentou como respostas as alterações do padrão menstrual, mastalgia e alterações de peso e alterações do sistema nervoso como alteração do humor, diminuição da libido e cefaleias, expressando um conhecimento moderado das entrevistadas sobre o assunto.
A análise de Fei, et al (2021), reportou o sangramento uterino como principal reação nas usuárias de implanon e, consequentemente, principal motivo para desejo de remoção do método. Outros achados incluíram alterações de humor e o ganho de peso, sintomas estes que convergiam com outras literaturas. Na pesquisa de Pérez e Ruíz (2019), que comparava o implante subcutâneo com o injetável trimestral o efeito mais comum relatado foi a cefaleia em 41% da amostra seguido de amenorreia e sangramento prolongado, sendo que o sangramento teve maior taxa em comparação ao método injetável. Também foram evidenciados o ganho de peso, ansiedade e depressão, dor pélvica e acne.
Sinteticamente, diversos estudos analisados por Galão e Capp (2023), denotaram que as alterações no padrão de sangramento foram as principais causas de descontinuidade do uso do implante subcutâneo. Quanto aos demais sintomas, também foram citadas as mudanças de humor, ganho de peso, desconforto local, dor pélvica, cefaleia e sensibilidade mamária. Para Santos, et al. (2020), os efeitos colaterais mais frequentemente relatados por usuárias de implantes subdérmicos incluem irregularidades menstruais, como escapes ou ausência de menstruação, aumento depeso, e acne. Esses efeitos são, em grande parte, atribuídos à ação da progesterona contida no implante, que pode afetar a coagulação sanguínea, a produção de hormônios ovarianos e as funções do sistema endócrino (WHO, 2022).
Todas as participantes afirmam que o implanon não pode ser inserido por qualquer pessoa e mais de 90% acreditam que o enfermeiro é um profissional que pode prescrever, inserir e retirar o implante. A alta porcentagem de respostas afirmativas (92,7%) reflete o reconhecimento de que os enfermeiros desempenham um papel cada vez mais importante no cuidado à saúde reprodutiva, especialmente no que diz respeito à prescrição de métodos contraceptivos. De acordo com Cunha et al. (2020), a prescrição por enfermeiros é uma prática legalmente permitida e respaldada em muitos países, incluindo o Brasil, quando realizada dentro de protocolos e com o devido acompanhamento.
Mas, uma pequena porcentagem ainda não compreende que o enfermeiro está apto para prescrição, inserção e remoção do método. Essa discordância de 7,3% pode ser atribuída à falta de conhecimento sobre as atribuições profissionais dos enfermeiros ou a um entendimento limitado sobre as mudanças nas normativas relacionadas à prática da enfermagem. Essa abordagem é questão de grande debate uma vez que a lei nº 7498/86 regulamenta a atuação do enfermeiro na prescrição de medicamentos, porém essa atividade se dá baseada em programas ou protocolos institucionais. Na consulta de Groetares, et al (2021), enquanto mais de 60% das mulheres referiam buscar um ginecologista para auxiliar na escolha dos contraceptivos apenas 3,4% procurava o enfermeiro da atenção básica para tal aconselhamento. Dombrowski, Pontes e Assis (2013), observou que a maioria dos enfermeiros entrevistados no município de Rio Branco faziam prescrição de anticoncepcionais, mas, não se sentiam capacitados o suficiente, gerando insegurança nas ações prescritivas o que reflete a importância da capacitação profissional para tal atuação.
A resolução 690/2022 e o parecer 277/2017, ambos do Conselho federal de enfermagem, são exemplos de respaldos legais para atuação do enfermeiro na promoção do implante subdérmico como meio de anticoncepção segura, deixando claro que tal categoria profissional pode inserir e remover os implantes. Mas, os profissionais necessitam despertar interesse na educação continuada para que as atualizações sejam devidamente implementadas no contexto do planejamento familiar. Pesquisas realizadas na África do Sul sugerem que existe uma necessidade não atendida de treinamento para competência em métodos LARC, aconselhamento apropriado e técnicas de inserção e remoção (Abrahams; Pather; Swartz, 2023). Segundo Øvre-Eide e Skjeldestad (2016), não somente médicos, mas também os enfermeiros da Estratégia Saúde da Família são responsáveis pela oferta do implante subcutâneo desde que treinados para tal.
De modo geral, as acadêmicas do estudo demonstraram um nível de conhecimento adequado referente ao método subdérmico, ao observar que a grande maioria respondeu corretamente os questionamentos elencados. Tal resultado diverge da investigação de Pérez e Ruíz (2021), que encontrou 71,2% das universitárias com nível baixo de conhecimento sobre os métodos anticoncepcionais, mas, converge com a consulta de Ayay Alvarez e Infante Cueva (2018) que ao investigarem sobre o nível de conhecimento e práticas sobre métodos contraceptivos em estudantes da Universidade Privada Antonio Guillermo Urrelo Cajamarca no Peru mostraram que o nível de conhecimento dos universitários era alta em termos de conceituação sobre métodos e deficiente em termos de prática.
Ukoha e Mooi (2019), também contrapõem o resultado encontrado na presente análise, pois, os resultados de seu estudo revelaram que os estudantes de enfermagem não tinham conhecimento sobre o implanon como método contraceptivo com uma porcentagem de mais de 75%. Por outro lado, Rebouças (2019), concluiu em seu estudo com usuárias do implanon que a maioria tinha conhecimento adequado sobre as características do método.
No entanto, ao serem questionadas sobre a fonte das informações obtidas 41,8% apontaram as redes sociais, o que permite a discussão sobre a qualidade e confiabilidade desse conhecimento. Pérez e Ruíz (2021), entretanto, relatou como principais fontes de conhecimento profissionais da saúde e o corpo docente. Para Ukoha e Mooi (2019), mais 30% das participantes apontaram os profissionais de saúde como fonte de informações. Na busca literária de Merz, et al (2021), sobre as atitudes da população em relação aos métodos contraceptivos ao longo do tempo em uma plataforma de mídia social compilou-se que a escolha do método contraceptivo pode ser muito influenciada pelas redes sociais, além de amigos e familiares.
Estudo de Viegas et al. (2019) destaca que as redes sociais têm se tornado uma fonte significativa de informação sobre saúde, incluindo contracepção, mas que nem sempre essas informações são baseadas em evidências científicas ou são fornecidas por profissionais qualificados. Como apontado por Santos et al. (2020), muitas mulheres e até profissionais de saúde recorrem às redes sociais para aprender sobre métodos contraceptivos, mas é importante que as informações compartilhadas por influenciadores digitais e outros usuários sejam tratadas com cautela. A falta de regulação e verificação de conteúdo pode contribuir para a proliferação de informações equivocadas que podem afetar as escolhas das mulheres em relação ao uso de contraceptivos.
Merz, et al (2021), ao analisar publicações no twitter referentes aos contraceptivos evidenciaram que esse tipo de conteúdo ao longo dos anos passou a ser mais publicado, assim como os métodos de longa duração foram mais mencionados que os de curta ação. Os tuites em geral demonstraram mais sentimentos negativos o que se justificou pelo fato de que muitas pessoas passaram a expor suas experiencias dando mais ênfase aos pontos negativos dos métodos. A análise dessas informações proporciona a reflexão sobre a veracidade das informações contidas nas diversas redes sociais, muitas vezes sendo publicadas por pessoas leigas, não profissionais de saúde.
6 conclusão
A análise dos dados revelou que, apesar de as acadêmicas apresentarem um elevado grau de conhecimento teórico sobre o método, há lacunas no que se refere ao entendimento sobre suas indicações, efeitos colaterais e manejo clínico, áreas essenciais para a atuação da enfermagem na promoção da saúde sexual e reprodutiva.
Os resultados sugerem que a formação acadêmica, embora contemple o ensino de métodos contraceptivos, carece de uma abordagem mais aprofundada e prática sobre o uso e cuidados com o implante subdérmico. Pois, isso pode comprometer a capacidade das futuras profissionais de fornecer orientações precisas e eficazes às usuárias, além de dificultar a integração desse método nas práticas de cuidado durante a assistência de enfermagem.
Portanto, é imprescindível que os cursos de graduação em enfermagem incluam conteúdos e práticas relacionadas a métodos contraceptivos de longa duração, como o implanon, visando não apenas ampliar o conhecimento teórico, mas também capacitar as acadêmicas para a orientação e suporte adequado a suas pacientes. Além disso, é necessário promover oportunidades de vivência clínica e atualização constante dos profissionais de saúde sobre novas tecnologias e métodos contraceptivos.
O presente estudo se limitou à investigação em um centro universitário privado, deixando espaço para a realização de outras pesquisas em instituições públicas, pois, observou-se a escassez de estudos que avaliam o conhecimento e a aceitação do implanon no Brasil e no contexto acadêmico.
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1 Discente- Centro Universitário- UNIFAESF. Graduanda Bacharelado em enfermagem. Email: giloliveira919@gmail.com.
2 Discente- Centro Universitário- UNIFAESF. Graduanda Bacharelado em enfermagem. Email: jamilly1009@outlook.com.
3 Discente- Centro Universitário- UNIFAESF. Graduanda Bacharelado em enfermagem. Email: marihlimaa431@gmail.com.
4 Docente- Centro Universitário- UNIFAESF. Enfermeira, mestre em saúde da mulher. Email: shelmafeitosa@outlook.com
5 Docente- Centro Universitário- UNIFAESF. Enfermeira, doutora em ciências da saúde. Email: ceanny@hotmail.com.