REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10248071354
Ariany Carvalho De Magalhães
Orientador: Karina Matos Pereira
RESUMO
Medicamentos potencialmente perigosos (MPPs) caracterizam-se portrazer riscos danosos aos pacientes por manuseio incorreto em sua utilização. A Farmácia Hospitalar, bem como médicos prescritores e a equipe de enfermagem tem uma grande responsabilidade quanto à terapia medicamentosa, sendo assim, profissionais bem treinados e atualizados sobre medicamentos e seus possíveis danos, poderá diminuir a incidência de erros sobre administração dos MPPs. A equipe de enfermagem apresenta na sua rotina, um contato direto com esses medicamentos na administração e evolução desses pacientes, dessa forma, esta equipe apresenta maior probabilidade de erros na sua utilização, quando faltam conhecimentos e técnicas adequadas. Assim, uma interpretação adequada, bem como a administração correta desses medicamentos podem minimiza erros, gerando no profissional uma melhor segurança e convicção de que não trará riscos eminentes ao paciente, visto que, conforme resultados obtidos neste trabalho, a deficiência de conhecimentos relevantes da equipe de enfermagem a respeito dos MPPs, poderá ser danoso em todo processo terapêutico. Contudo, é relevante à equipe recorrer a recursos de obtenção de conhecimento, como protocolos, capacitações e até mesmo procurar a equipe de Farmácia Hospitalar (Farmacêutico) para devidos esclarecimentos, promovendo assim, a segurança do paciente. Esse trabalho tem como objetivo, trazer a realidade de conhecimento da equipe de Enfermagens sobre Medicamentos Potencialmente Perigosos, como também promover soluções quanto a dúvidas de que esse profissional de Enfermagem tem, fazendo com que esse profissional atue de maneira segura e traga conforto e cura ao paciente, através da terapêutica medicamentosa correta.
Palavras-chave: Toxicidade medicamentosa. Medicamentos de alta vigilância. Erros de Medicamentos.
ABSTRACT
High-alert medications (MPPs) are characterized by bringing harmful risksto patients by mishandling in use. The hospital pharmacy and prescribing physicians and the nursing staff have a great responsibility as to drug therapy, so, well trained and up to date on medications and their possible damage, may decrease the incidence of errors over administration of MPPs. The nursing staff has in your routine, a direct contact with these drugs in the management and evolution of these patients, this way, this team is more likely to errors in its use when lack appropriate knowledge and skills. Thus, a proper interpretation and the proper administration of these drugs can minimize mistakes, generating the professional better security and conviction that will not bring eminent risk to the patient, since, according to results obtained in this study, the deficiency of relevant knowledge of the team Nursing about the MPPs, can be harmful in any therapeutic process. However, it is relevant to staff use resources to obtain knowledge, such as protocols, training and even seek hospital pharmacy team (Pharmaceutical) for necessary clarifications, thus promoting patient safety. This paper aims to bring the reality of knowledge of Enfermagens team about potentially dangerous medications, as well as promote solutions as to doubt that this professional nursing has, making this professional act safely and bring comfort and healing to patient, through the correct drug therapy.
Keywords: Drug toxicity. High surveillance drugs. Medication errors.
1. INTRODUÇÃO
Em unidades hospitalares, principalmente em âmbito emergencial, onde existem pacientes internados e que esses recebem frequentemente medicamentos para tratamento, existem certos critérios para administrá-los, assim a enfermagem por estar em ambiente extremamente estressante, deve ter uma atenção significativa sobre esses medicamentos garantindo uma segurança, já que uma dosagem ou preparação errada pode levar a várias consequências (ex. sequelas graves e até a morte). (BARBOSA et. al., 2011).
É correto dizer que todo medicamento exija uma atenção em sua administração, mas, existem classes de medicamentos que a enfermagem deve aumentar essa atenção, pois suas dosagens exigem um critério de administração, sendo elas, Medicamentos potencialmente perigosos (MPPs), que assim caracterizam-se por trazer riscos danosos aos pacientes por manuseio incorreto em sua utilização. Esses medicamentos não possuem erros rotineiros em sua preparação e administração, porém, são medicamentos que podem levar a lesões graves, muitas vezes permanentes ou a morte. (MEDICAMENTOS, 2011).
A busca de soluções para as dúvidas e incertezas da equipe de enfermagem sobre a administração correta de alguns medicamentos é algo que possa vir a gerar preocupações em unidades hospitalares, pois um profissional que não possua conhecimento sobre risco potencial que uma dose errada pode causar, não terá aptidão para manuseá-lo, pois a enfermagem tem que assegurar um atendimento fora dos riscos que esses medicamentos podem trazer, caso sua administração estiver fora dos limites de segurança que não possa oferecer um tratamento que obtenha eficácia farmacológica, assim não prejudicando o paciente. Caso necessário, dependendo do grau dessas dúvidas e incertezas, possa-se aplicar uma educação continuada para contribuir e minimizar os riscos de erros durante a administração de medicamentos. (OLIVEIRA et. al., 2010).
O que também o profissional deve-se atentar são as embalagens e rótulos, que muitas vezes são parecidos, sendo assim, sua atenção poderia ser confundida por semelhança em quando possuir um medicamento em mãos. A primeira providência a ser feita, é identificar corretamente o medicamento a ser administrado, segundo prestando atenção na prescrição, terceiro paciente, quarto dose a ser administrada e quinto via de administração, as semelhanças são muitas, assim podem trazer riscos, e com essa atenção pode-se minimizar erros. (LOPES et. al., 2012).
Outro fator relevante a ser relacionado para a equipe de Enfermagem são as prescrições e suas devidas interpretações. Alguns médicos usam abreviaturas, tanto em manuscritos, quanto eletrônicos. A interpretação também pode minimiza erros, sobre os MPPs, pois o medicamento correto, com a dose correta, o profissional terá a convicção de que o medicamento não trará riscos eminentes ao paciente, já que o enfermeiro com dúvida de como administrá-lo, muitas vezes por vergonha de perguntar para a equipe e/ou muitas vezes uma percepção de que pedindo ajuda poderá ser criticado, poderá recorrer a outros recursos de obtenção de conhecimento, como protocolos e até mesmo procurar a equipe de Farmácia Hospitalar (Farmacêutico) para devidos esclarecimentos, ficando assim a certeza que não irá colocar a vida de uma pessoa em risco de morte. Quando não se prescreve da forma legível para identificação de medicamentos, podem-se administrar medicamentos errados e dosagens incorretas, trazendo transtornos para o tratamento do paciente. (BENETOLI et. al., 2011).
A capacitação da equipe de enfermagem é de extrema importância, pois uma das metas a ser alcançada por esse profissional é a segurança que tem que proporcionar ao paciente, minimizar os riscos é um desafio cotidiano da enfermagem. O conhecimento sobre os MPPs traz uma confiança a mais a esse profissional, podendo obter certeza na eficácia do tratamento do paciente, sem que possa causar nenhum dano, sendo que o foco da enfermagem é trazer o conforto e a melhora do paciente. (ARBOIT & SILVA, 2012).
A equipe de enfermagem tem uma grande responsabilidade quanto à terapia medicamentosa, sendo assim, uma equipe bem treinada e atualizada sobre medicamentos e seus possíveis danos, poderá permitir a diminuição de erros sobre administração e tais possibilidades desses erros garantindo a segurança do paciente. Portanto, para que esses conhecimentos sobre administrações de medicamentos e o risco ao qual pode causar ao paciente, fazendo-os de forma segura, é indispensável o conhecimento e aplicação teórica, pois esses ensinamentos poderão ajudar ao enfermeiro uma forma de garantir que a assistência que a equipe de enfermagem poderá dispor assistência de qualidade na terapia medicamentosa do paciente, promovendo assim uma melhora no quadro clínico. (LUEDY et. al., 2012).
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Toxicidade de Medicamentos
Toxicidade é a medida do potencial tóxico de uma substância em prejudicar um organismo vivo, desse modo, não existindo medicamento totalmente seguro e sim medidas ao qual podem ser aplicadas para que não haja superdose e/ou erros em sua administração. (RODRIGUES et. al., 2009).
“A toxicidade por superdose refere-se a reações tóxicas graves, muitas vezes nocivas, e algumas vezes mortais, por superdose acidental de um fármaco (devido a um erro do médico, do farmacêutico ou do doente) ou por superdose intencional (homicida ou suicida)”. (MERCK, 2009).
Segundo Golan e colaboradores (2009) não somente os fármacos causam uma toxicidade por doses elevadas ou por baixo índice terapêutico, mas também por pacientes que possuem predisposição genética tendem a ter manifestações de toxicidade provocadas por medicamentos, ainda mais quando se trata por Medicamentos Potencialmente Perigosos, por estarem em margens estreitas de segurança. Existem muitas manifestações provocadas ou não por medicamentos para toxicidade podendo levar a morte (ex. overdose), o que se trata aqui é a preocupação de como esses medicamentos causam toxicidade e como poderia promover algo para que isso não ocorra. Por isso, sabe-se que nenhum fármaco e/ou substância tenha especificidade, todos possuem efeitos pretendidos primários e também efeitos não pretendidos secundários que são efeitos colaterais ou efeitos adversos.
2.2 Medicamentos
Segundo Silva e colaboradores (2010), medicamentos são produtos especiais elaborados para utilização diagnóstica, curativa, aliviar sintomas patológicos e também preveni-las. Sendo monitoradas com um rigoroso controle técnico para assim, atender as especificações da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Para que o medicamento tenha efeito esperado no tratamento, devem-se seguir orientações médicas e do farmacêutico.
“O efeito do medicamento se deve a uma ou mais substâncias ativas com propriedades terapêuticas reconhecidas cientificamente, que fazem parte da composição do produto, denominadas fármacos, drogas ou princípios ativos. Os medicamentos seguem a normas rígidas para poderem ser utilizados, desde a sua pesquisa e desenvolvimento, até a sua produção e comercialização”. (SILVA et. al., 2010).
2.3 Medicamentos Potencialmente Perigosos (MPPs)
Medicamentos Potencialmente Perigosos (MPPs) são medicamentos que exigem atenção quanto a sua administração por conter segurança reduzida, pois trazem risco aumentado, podendo causar sérios danos à saúde até a morte, sendo listados pela ISMP (Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos), medicamentos potencialmente Perigosos em hospitais e/ou outros ambientes de atendimento médico. Como a ISMP preconiza sobre a utilização correta dos MPPs, orienta-se aos profissionais que irão trabalhar e/ou manipular a administração desses MPPs, que conheçam esses medicamentos para assim diminuir os erros de administração e promover a segurança do paciente. (PERINI, 2013).
Tabela 1: Medicamentos Potencialmente Perigosos.
Classes Terapêuticas
Agonistas adrenérgicos intravenosos (ex. epinefrina, fenilefrina, norepinefrina); | Hipoglicemiantes orais |
Analgésicos opióides intravenosos, transdérmicos e de uso oral (incluindo líquidos concentrados e formulações de liberação imediata ou prolongada); | – Inotrópicos intravenosos (ex. milrinona); |
Anestésicos gerais, inalatórios e intravenosos (ex. propofol, cetamina) | – Insulina subcutânea e intravenosa (em todas as formas de administração); |
Anfotericina na forma lipossomal e convencional (ex. anfotericina B lipossomal e anfotericina B deoxicolato); | -Medicamentos Específicos |
Antagonistas adrenérgicos intravenosos (ex. propranolol, metroprolol, labetalol); | – Água estéril para inalação e irrigação em embalagens de 100 mL ou volume superior. |
Antiarrítmicos intravenosos (ex. lidocaína, amiodarona). | – Cloreto de potássio concentrado injetável. |
Contrastes radiológicos intravenosos | – Cloreto de sódio hipertônico injetável (concentração maior que 0,9%). |
Medicamentos administrados por via epidural ou intratecal. | – Epoprostenol intravenoso. |
Quimioterápicos de uso parenteral e oral. | – Fosfato de potássio injetável. |
Sedativos de uso oral de ação moderada, para crianças (ex. hidrato de cloral). | – Glicose hipertônica (concentração maior ou igual a 20%). |
Sedativos intravenosos de ação moderada (ex. dexmedetomidina, midazolam). | – Metotrexato de uso oral. |
Antitrombóticos | – Nitroprussiato de sódio injetável. |
– Anticoagulantes: varfarina, heparinas não fracionadas e de baixo peso molecular (ex. enoxaparina, dalteparina, nadroparina); | – Oxitocina intravenosa. |
– Inibidor do Fator Xa (ex. fondaparinux, rivaroxabana); | – Prometazina intravenosa. |
– Inibidores diretos da trombina (ex. dabigatrana, lepirudina); | – Sulfato de magnésio injetável. |
– Trombolíticos (ex. alteplase, tenecteplase); | – Tintura de ópio. |
– Inibidores da glicoproteína llb/llla (ex. eptifibatide, tirofibana); | – Vasopressina injetável |
– Bloqueadores neuromusculares (ex. suxametônio, rocurônio, pancurônio, vecurônio); |
Fonte: Pesquisa Própria
Nota: Conforme a Perini (2013) a lista dos Medicamentos Potencialmente Perigosos utilizados em hospitais.
2.4 Conhecimentos da Equipe de Enfermagem sobre os MPPs
Segundo Silva e colaboradores (2007) no Brasil, a administração de medicamentos é rotineira e de grande responsabilidade da equipe de Enfermagem, por isso, a atenção deve ser dobrada sobre como manipular um medicamento, pelo fato de ser uma substância que cura, mas também pode causar a morte quando não administrada dentro da segurança de sua utilização.
Sabe-se que muitas dúvidas surgem ao decorrer desde a diluição até procedimentos de vazão (administração) como exemplo, medicamentos venosos, podendo assim trazer erros em sua administração causando danos ao paciente até também a morte, pois um profissional de Enfermagem seguro e consciente do que está fazendo não trará nenhum prejuízo à saúde do paciente, que naquele momento busca uma cura seu quadro clínico e não para piorar, sendo assim, a confiança de tratar um paciente e ter certeza do que está fazendo, traz mais segurança para o profissional e também satisfação sobre o trabalho que está executando.
Um profissional que não possui informações científicas sobre a administração de medicamento, por não está dentro dos padrões de um preparo correto, poderá fornecer dosagens sub-terapêuticas e/ou dosagens tóxicas, causando problemas irreversíveis, atentando contra própria vida do paciente.
Mas a realidade é outra. Muitos profissionais de Enfermagem começam sua vida profissional sem se quer ter uma noção de administração de medicamentos, até também o que um medicamento pode causar ao paciente. Todos sempre possuem a visão de que o medicamento somente cura não podendo causar riscos algum ao paciente. Sua vida acadêmica sobre medicamentos, via de administração, dose, estabilidade dentre outros, não são o suficiente para que o profissional de enfermagem tenha noção do que possa causar ao paciente. Infelizmente, muitos não procuram saber informações sobre o que está manipulando e sempre ocorrem erros de administração. Silva et al. (2007) cita também que muitas vezes existem a intervenção de outros profissionais para que haja segurança e procedimento correto para administração de medicamentos, podendo exemplificar nessa citação que em 300 leitos contendo pacientes em um hospital, dois desses pacientes poderá sofrer algum administração errada de medicamento pela equipe de Enfermagem, infelizmente não possuindo notificação para intervenção correta.
O que provem para que haja mudança sobre esse aspecto da falta de segurança e conhecimento pela equipe de Enfermagem, que antes de apresentarem um profissional à atuação no hospital, faça com ele um treinamento, ou até mesmo obtenção de seu conhecimento sobre medicamentos que esse profissional de Enfermagem tenha, para que assim diminua erros nesse tipo de procedimento, trazendo tanto segurança ao profissional, como também para instituição que irá prestar seus serviços, quanto ao paciente que sairá com sua saúde não prejudicada e sim com a terapêutica correta ao qual o paciente procurou, trazendo também credibilidade ao hospital.
Para que isso ocorra, a instituição ao qual o profissional de Enfermagem estará prestando seus serviços poderá através de Farmacêuticos, promover aulas de Educação Continuada, para que diminua erros de administração de medicamentos, conscientizando o profissional aos ricos e benefícios que uma administração possa promover, sendo assim, muitos prejuízos serão diminuídos, e o profissional de Enfermagem poderá trabalhar com mais segurança, e também a instituição promover locais adaptados e com recursos suficientes para que isso ocorra como ambientes preparados para o preparo dos medicamentos que promova tranquilidade e atenção do profissional de Enfermagem.
2.5 NOTA TÉCNICA N° 01/10/DIVS/SES
A partir dessa Nota Técnica proveniente da Secretaria do Estado da Saúde, Superintendência de Vigilância em Saúde e Diretoria de Vigilância Sanitária estabelece algumas considerações sobre a administração de medicamentos para serviços de saúde que manipula, alertando sobre os riscos que Medicamentos Potencialmente Perigosos podem causar, sendo para tratamento, diagnóstico e até imagem. (BRASIL, 2010).
Essa Nota Técnica recomenda-se implantar procedimentos seguros e padronizados para a seleção ou padronização, como armazenar, identificar, dispensar, preparar e administrar os Medicamentos Potencialmente Perigosos que serão utilizados nos serviços assistenciais de saúde, adotando inúmeras medidas de prevenção. (BRASIL, 2010).
3 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo do tipo transversa, aplicada, descritivo por proporcionar uso de técnicas padronizadas para coleta de dados (questionário), quantitativo e qualitativo nominal (MORAIS, 2008), ao qual foram analisadas, com um total de 55 profissionais da saúde, sendo que 17 se absteram e 38 responderam o questionário.
O questionário foi aplicado em um hospital público de alta complexidade, situado no município de Vitória da Conquista – BA, ao qual possui 55 profissionais que trabalham na emergência, pelos quais manipulam medicamentos de alto risco.
O referido questionário foi aplicado diretamente aos funcionários em horário de trabalho, no mês de agosto de 2015, pelo qual era composto de 19 questões, divididas em perguntas pessoais não invasivas e perguntas sobre conhecimento sobre Medicamentos Potencialmente Perigosos na Emergência de um Hospital público.
Todos os profissionais abordados se dispuseram a responder num período de 1 (uma) hora, sendo aguardado pelo pesquisador. Todos os dados foram analisados por meio de análise estatística no programa estatístico Drive (GOOGLE).
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base nos dados coletados através da aplicação do questionário, foram feitas análises estatísticas descritivas, quantitativa e qualitativa nominal sendo baseada nos resultados obtidos, conforme descritos por Morais (2008).
O objetivo da avaliação era abordar um total de cinquenta e cinco profissionais da área da saúde (Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem) em uma emergência de um hospital público, sendo coletados os dados de trinta e oito profissionais, onde, dezessete profissionais não se interessaram em participar, assim sendo vinte e oito (73,7%) do sexo feminino e dez (26,3%) do sexo masculino, não diferenciando a quantidade de Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem.
Com relação à idade foram preenchidas entre 18 à 25 anos somente (2,6%), entre 26 à 35 anos foram (63,2%), entre 36 à 45 anos foram (21,1%) e outros foram (13,2%), assim a idade foi abordada pela preocupação da obtenção de conhecimento científico, não sendo descartada o nível de formação desses profissionais, mas sim o nível de conhecimento sobre os Medicamentos Potencialmente Perigosos descritos nesse trabalho e até onde esses profissionais estão aptos a manusear uma dosagem e administração corretas mantendo a segurança do paciente, pois hoje o mercado de trabalho está com uma demanda muito grande de novos profissionais de Enfermagem (saturando) e que possa não existir um aprofundamento de conhecimento, não se observando uma preocupação com perfil profissional e sim que obtenha uma licença para atuar.
Segundo Rua e Macedo (2015) é importante uma integração da Equipe de Enfermagem tanto para o profissional que está iniciando sua jornada e tanto quanto para profissionais com demasiado tempo de atuação, pois uma boa integração estimula assim o interesse e traz um entusiasmo promovendo atitudes que possam gerar segurança para esse profissional melhorando sua qualidade em cuidados prestados, dessa forma trazendo também segurança ao paciente.
Nessa avaliação colocou-se em questão uma abordagem sobre medicamentos potencialmente perigosos, ao todo foram dezessete questões objetivas com abordagem em dois tópicos, o primeiro sobre “administração de medicamentos” e o segundo sobre “manejo clínico”, sendo utilizadas três possibilidades de resposta composta por: concordo, não concordo e não sei, onde todos os profissionais estariam respaldados pelo termo de consentimento.
Das dezessete questões, algumas estavam dentro do embasamento teórico, sendo assim não foram expostas para discussão, já que não houve contradições baseadas fora da literatura. As questões que entraram nessa discussão serão contraditórias ao conhecimento científico, onde serão expostas suas devidas respostas, chegando à conclusão do conhecimento da equipe de Enfermagem sobre MPPs.
Na tabela 2, veremos a amostra de dados coletados com relação ao questionário na abordagem do tópico sobre “administração de medicamentos”, onde serão expostas três questões, sendo que, foram contraditórios a literatura como consta acima já citada.
Tabela 2- Abordagem sobre MPPs
Administração de medicamentos
Na prescrição médica, é aconselhável diminuir o uso de unidades, concentrações ou a dose total do medicamento, evitando assim erro de cálculo. E o uso dos termos ampolas e frascos para especificar melhor. Por exemplo: Ampicilina 2 ampolas.
Concordo | 11 | 28.9% |
Não Concordo | 22 | 57.9% |
Não sei | 5 | 13.2% |
Os medicamentos devem ter várias concentrações, facilitando assim a escolha e a sua utilização. Por exemplo: Heparina com concentrações de 1000, 5000, 10000, 20000, 25000 unidades por mL.
Concordo | 16 | 42.1% |
Não Concordo | 18 | 47.4% |
Não sei | 4 | 10.5% |
Para ter mais segurança, em pacientes que precisam repôr potássio, é aconselhável administração por via oral (Slow-K) ao ínves de KCl intravenosa.
Concordo 7 18.4%
Não Concordo | 19 | 50% |
Não sei | 12 | 31.6% |
Fonte: Pesquisa Própria |
Nota: Conforme ZANETTI (2014) a adaptação transfigural de um questionário
Segundo Saúde e colaboradores (2013) as intervenções para o uso correto dos MPPs diante de prevenções de seus erros e também minimizar os riscos que podem causar aos pacientes, cita que os medicamentos em uma prescrição terão que utilizar em toda sua forma farmacêutica (ampolas, comprimidos, frascos e outros) acompanhados de especificação de dosagens e informações necessárias para assim dispensar e promover a segurança na sua administração.
A dosagem correta dos medicamentos é uma dos assuntos mais comentados sobre erros de administração, pois a equipe de Enfermagem deve atentar-se a quantidade correta de medicamento a ser administrada em cada paciente. Na questão que foi abordado a escolha das dosagens da Heparina um MPP, as respostas erradas ultrapassaram os 50% da questão correta, sendo Não Concordo (47.4%) e Não sei (10.5%), totalizando juntas 57,9%, um índice preocupante para quem trabalha em uma emergência de um hospital que possui alta complexidade.
Segundo Ishy e colaboradores (2004), a posologia de todo medicamento deve conter particularidades, como exemplo serem ajustada às necessidades de cada paciente (tipo de evolução da patologia, peso e idade do paciente, efeitos secundários, entre outros), em especial a atenção deve ser dada à dosagem, pois com uma posologia muito baixa o medicamento não alcançará seus resultados na terapia medicamentosa, como também uma dosagem elevada trará serias complicações graves ao paciente, como hemorragia no caso da heparina, levando-o a morte. Por isso a heparina como MPP, deve ter uma atenção elevada em suas dosagens, pois frascos com forma farmacêutica intravenosa (IV), contem em seu rótulo uma dosagem de 5000UI/mL, sendo que o total em seu frasco/ampola, contem 5mL, totalizando assim 25000UI. Isso traz riscos gravíssimos, pois sendo um medicamento antitrombótico (anticoagulante), podendo desencadear hemorragias graves com altas dosagens, sendo de difícil manuseio de reversão.
Mesmo em uma emergência, a utilização de prescrições com formas farmacêuticas orais, traz mais segurança e conforto para pacientes do que ter soluções invasivas que trazem desconforto e aumentam erros de dosagens de medicamentos, o manuseio do fármaco traz mais comodidade também para a equipe de Enfermagem. Mas o medicamento Slow-K, que poderá trazer um conforto ao paciente, houve contradições nas respostas, (31,6%) dos avaliados responderam que não sabiam sobre a melhor escolha das vias de administração que poderia ser melhor ao paciente.
Conforme Giraldi (2013) cita, o Slow-K é um medicamento que possui uma forma farmacêutica de liberação sustentada, contendo nele cloreto de potássio (KCl), onde há uma liberação imediata de uma fração do principio ativo e assim mantendo uma liberação gradual do medicamento com quantidades adequadas por 24h (todo o dia), então, o medicamento será dado ao paciente uma vez ao dia e não precisará de doses de manutenção, assim não poderia causar superdose no organismo do paciente. O potássio possui um papel muito importância para o metabolismo do corpo humano, como balanço hídrico, equilíbrio ácido-alcalino, síntese de proteínas, contração muscular, controle de batimentos cardíacos, função renal, etc. Quando em uma emergência a escolha entre um medicamento intravenoso e um oral, não dependendo de uma urgência, a Slow-K como opção de tratamento por via oral garante uma dosagem correta, sem que possa causar danos ao paciente, já que nesse caso o medicamento sendo um MPP, a via oral irá suprir as necessidades do paciente possibilitando segurança ao mesmo.
O manejo clínico é de suma importância, pois demonstra na prática a realização de administração de medicamentos, e todo profissional da saúde possui em sua jornada responsabilidades de lidar com situações, sendo uma delas, vidas a salvar e proporcionar conforto e melhora no quadro clínico. Nisso, devem conter um conhecimento mais aprofundado sobre aquilo que estarão manuseando, como uma dosagem ideal a cada particularidade que um paciente possua e ter a certeza que nada trará riscos e danos. Sendo assim, na tabela 3, estará constando o conhecimento da Equipe de Enfermagem sobre esse assunto, sendo expostas seis questões que foram contraditórios a literatura.
1 a 2 minutos.
Concordo | 4 | 10.5% |
Não Concordo | 19 | 50% |
Não sei | 15 | 39.5% |
Gluconato de Cálcio a 10% e Cloreto de Cálcio a 10% são fabricados por diferentes indústrias, mas por serem o mesmo medicamento e por terem mesma concentração, um pode ser usado para substituir o outro.
Concordo | 2 | 5.3% |
Não Concordo | 26 | 68.4% |
Não sei | 10 | 26.3% |
Em alguns casos especiais ou em casos urgentes, pode ser administrado KCl a 15% por via intravenosa em bolus, como em casos de fribilação ventricular.
Concordo | 7 | 18.4% |
Não Concordo | 20 | 52.6% |
Não sei | 11 | 28.9% |
Em soluções de Ringer não há concentração de potássio, se em algum paciente o seu uso for necessário, pode acrescentar 10mL de KCl a 15% na solução de Ringer, com rápido gotejamento.
Concordo | 7 | 18.4% |
Não Concordo | 22 | 57.9% |
Não sei | 9 | 23.7% |
As seringas de insulina, as seringas convencionais de 1mL e as seringas de tuberculina utilizam a mesma escala de graduação, portanto, uma pode substituir a outra.
Concordo | 17 | 44.7% |
Não Concordo | 13 | 34.2% |
Não sei | 8 | 21.1% |
Em pacientes com níveis baixos de sódio, pode ser administrado 500mL de NaCl a 3% com rápido gotejamento.
Concordo 10 26.3%
Não Concordo | 14 | 36.8% |
Não sei | 14 | 36.8% |
Fonte: Pesquisa Própria |
Nota: Conforme ZANETTI (2014) a adaptação transfigural de um questionário
Existem medicamentos que além da dosagem, obtêm-se também de uma
atenção em sua forma de administração, pois são medicamentos que irritam, podendo também provocar necrose em veias periféricas ou centrais piorando o quadro clínico do paciente. Quando citado no questionário o tempo da utilização em uma urgência para administrar os MPPs (Gluconato de cálcio e cloreto de cálcio), a única preocupação de alguns profissionais era qual seria a urgência para a utilização desses MPPs que não foi citado e sim seu tempo de administração, por isso, as respostas erradas equiparam com 50% quando comparadas com a resposta correta, isso mostra que o conhecimento da equipe de Enfermagem sobre esse medicamento é muito pouco. Realmente existem urgências que serão citados para sua utilização, mas o questionamento foi-se o tempo correto de administração, pois esses MPPs possuem irritações graves na veia. (ARIOLI; CORRÊA, 2002).
Já segundo Medeiros e Madeira (2011), constatou que, o tempo de Gluconato de cálcio para urgências varia sua administração em Hipercaliemia (aumento do potássio) que será de uma quantidade de 20-30mL(IV) em 5 minutos, e na alteração do cálcio, como Hipocalcemia (diminuição do cálcio) será de uma quantidade de 10-20mL (IV) em 10 minutos. Já o cloreto de cálcio nas mesmas condições de urgências médicas a sua administração em Hipercaliemia (aumento o potássio) será de uma quantidade de 10mL (IV) em 2-5 minutos, e na alteração do cálcio, como Hipocalcemia (diminuição do cálcio) será de uma quantidade de 2-5mL (IV) em 10 minutos. Dependendo ou não das urgências citadas, a Enfermagem tem que saber sobre o manejo correto dos medicamentos independente da patologia, pois isso é preocupação do médico na hora da urgência sobre a patologia, a equipe não tem autonomia para questionamentos sobre qual medicamento utilizar em qualquer urgência e sim agir da maneira mais rápida e segura possível garantindo um atendimento eficaz, possibilitando estabilidade e melhora do quadro clínico do paciente.
Já quando é comparado dois medicamentos para obter-se de uma substituição, sendo que contem a mesma ação farmacológica, foi-se exposto no questionário a possibilidade de substituição do Gluconato de cálcio e o cloreto de cálcio, assim contendo a mesma concentração em 10% numa ampola de 10mL levados em conta. A preocupação dos resultados está na opção de Não Sei (26,3%), um índice que não deveria ter em uma emergência de um hospital de alta complexidade, tendo em vista a demanda altíssima de pacientes e não havendo preocupação de alguns profissionais da equipe de Enfermagem a obter-se de informações importantes para a segurança do paciente.
Arioli e Corrêa (2002) constatou que os MPPs citados podem possuir a mesma concentração de 10% em um frasco de 10mL, porem cada um possui uma dosagem diferente, o Gluconato de cálcio possui em sua ampola de 10mL uma dosagem de 90mg de cálcio, já o cloreto de cálcio possui em sua ampola de 10mL uma dosagem de 272mg de cálcio, sendo redundante a diferença de concentrações não especificadas no frasco e onde possa causar muitos erros de dosagens e administração.
A pergunta feita sobre a utilização de cloreto de potássio 15% em bólus em uma urgência com o paciente em fibrilação ventricular, que são alterações nos movimentos do coração causando ritmos irregulares, conhecida como parada cardiorrespiratória (RCP). Os movimentos cardíacos são conhecidos como sístole (contração ventricular) e diástole (relaxamento ventricular). (MARTINS, 2012). Existem várias causas que podem desencadear uma fibrilação ventricular, mas nesse caso onde a pergunta afirma a utilização do cloreto de potássio, nessa urgência podem conter duas alterações: conforme Vieira Neto e Moysés Neto (2003) descrevem, a primeira é quando há um aumento de potássio chamado de Hiperpotassemia, podendo causar uma RCP em diástole, que é quando o coração para de relaxar e não bombeia o sangue para as veias periféricas, e a segunda é quando há uma diminuição de potássio chamado de Hipopotassemia, podendo causar uma RCP em sístole, que é quando o coração não consegue contrair, fazendo com que o sangue não se distribua no organismo.
Vieira Neto e Moysés Neto (2003) citam que nessa urgência, onde tanto o aumento, quanto a diminuição de potássio possa causar RCP, existem critérios para administrar ou não, descrevendo assim que em casos de Hiperpotassemia não devem ser administrados pelo fato dos impulsos nervosos alterados podendo causar parada por diástole já citados acima, descompensando e sendo reparado por manobras de ressuscitação, desfibriladores e outros medicamentos de primeira escolha, como amiodarona, até voltar ao ritmo normal dos batimentos, já no caso de Hipopotassemia, pode-se utilizar o cloreto de potássio monitorando até os níveis normais para trazer o equilíbrio cardíaco, sendo que sua infusão terá que ser feita entre 1-2 minutos, lenta, com concentrações diluídas adequadamente, pois pode causar irritação e até esclerose da veia. Portanto não se pode utilizar esse medicamento em bólus em uma emergência nesse caso.
A questão sobre a afirmação que a solução parenteral de Ringer Lactato não contem Cloreto de potássio, especificando uma dosagem a ser colocada nessa solução, gerou incertezas sobre os avaliados, sendo que a resposta de Não sei (23,7%), não deveria constar em uma emergência, já que no dia a dia esta solução é manuseada e infundida em pacientes.
O conhecimento da equipe de Enfermagem sobre a solução de Ringer Lactato é muito importante, pois esse, conforme Garcia (2014) contribui, é composto por eletrólitos que mantem o equilíbrio do organismo humano, aproximando-se dos líquidos extracelulares, contendo Cloreto de sódio, Cloreto de potássio e Cloreto de sódio, cada um com uma dosagem adequada que cabe ao organismo normal do corpo humano, sendo ajustada a quantidade a ser infundida por cada necessidade do paciente, pois um desequilíbrio ou superdose dessa solução poderá trazer problemas como hipervolemia, edema pulmonar, induzindo acidose metabólica e outros agravos sérios, tendo que entrar com medidas de reversão e terapia adequadas.
A abordagem sobre as seringas (1mL, insulina e tuberculínica), o índice de profissionais que responderam Não sei (21,1%), estava acima do esperado sobre essa pergunta, pois a falta de material é algo imprescindível de acontecer, não podendo deixar de medicar os pacientes, pois quando na falta de um material, cabe a Equipe de enfermagem ter discernimento em atuar com rapidez e segurança trazendo conforto e reversão em qualquer quadro de urgência com pacientes graves ou não, assim na falta de uma seringa especifica, cabe a esse profissional agir ou deixar de medicar um paciente trazendo riscos a vida desse.
Conforme Hospitalar (2009) contribui com um parecer que demonstra as graduações utilizadas nas seringas e nele consta que as graduações dos três exemplos de seringas citados, possuem uma escala de graduação de 0,1mL em cada, assim poderá obter essa substituição, caso necessário e/ou somente na falta desse material, respaldando que não aleatório, sempre obedecendo às normas padronizadas pela instituição, aqui condizente pelo hospital.
Quando um eletrólito é colocado em questão, sobre sua quantidade e administração correta, constando na questão a administração de uma solução NaCl á 3% numa quantidade de 500mL, para ser colocada em um paciente que contem baixo sódio em seu organismo, surtiu um efeito enorme provocando mais dúvidas e questões marcadas erradas, pois os que responderam que Concordo (26,3%) e Não sei (36,8%) ultrapassou a quantidade de porcentagem da resposta correta que condiz com a literatura, isso caracteriza que não há conhecimento suficiente da equipe de Enfermagem sobre esse assunto.
Conforme Rocha (2011) contribui, existem patologias especificas que quando são prescritos essa concentração de NaCl 3%, devem conter um pouco de critérios em sua infusão, pois somente 100mL nessa concentração de NaCl 3% poderá ter uma administração em gotejamento rápido, podendo ser até em bólus em casos graves como convulsão (agudas), esse solução também é utilizada em casos graves de hiponatremia (baixo sódio) hipovolêmica e euvolêmica, não precisando de infusão rápida e ajudando a aumentar os níveis de sódio necessários para o organismos, pois sua falta pode causar edemas cerebrais por falta de sal no cérebro, por isso as respostas não se enquadram dentro dos conhecimentos embasados cientificamente, citados aqui pelo autor.
5 CONCLUSÃO
Os dados obtidos na pesquisa demonstram que uma relevante parte da amostra dos profissionais da saúde (Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem) envolvidos na pesquisa, não possuem conhecimentos adequados sobre os Medicamentos Potencialmente Perigosos. Partindo do principio conceitual de que esses medicamentos apresentam uma maior possibilidade de causar danos ao paciente, esse resultado indica um risco considerado à segurança dos pacientes, podendo causar erros graves com esse tipo de Classe terapêutica e medicamentos específicos listados.
É essencial a esses profissionais capacitações e atualizações, bem como instrumentos norteadores como protocolos e manuais para um desempenho mais efetivo e seguro. Na pesquisa apresentada, o setor analisado foi à emergência de um hospital público, que possui uma alta complexidade. Dessa forma, a rotina diária desses profissionais envolve a utilização desses medicamentos, ficando evidente a necessidade de serem traçados os perfis para que haja mais comprometimento, conhecimento e mais consciência de que estarão lhe dando com vidas.
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APÊNDICE: Questionário para abordagem do Conhecimento da Equipe de Enfermagem sobre Medicamentos Potencialmente Perigosos (de alto risco).
- Sexo:
( )F ( )M
2. Idade:
( ) Entre 18 à 25 anos
( ) Entre 26 à 35 anos
( ) Entre 36 à 45 anos
( ) Outros
3. Abordagem sobre Medicamentos Potencialmente Perigosos
3.1 Administração de medicamentos
3.1.1. Na prescrição médica, é aconselhável diminuir o uso de unidades, concentrações ou a dose total do medicamento, evitando assim erro de cálculo. É o uso dos termos ampolas e frascos para especificar melhor. Por exemplo: Ampicilina 2 ampolas.
( )Concordo ( )Não Concordo ( )Não sei
3.1.2. É recomendável utilizar U para substituir unidade, a fim de diminuir erros de medicação. Por exemplo: IR 6U.
( )Concordo ( )Não Concordo ( )Não sei
3.1.3. Heparina e Insulina são medicamentos potencialmente perigosos muito usados em internação, e ambos são apresentados em unidades, portanto, é aconselhável coloca-los juntos para facilitar sua utilização.
( )Concordo ( )Não Concordo ( )Não sei
3.1.4. Os medicamentos devem ter várias concentrações, facilitando assim a escolha e a sua utilização. Por exemplo: Heparina com concentrações de 1000, 5000, 10000, 20000, 25000 unidades por mL.
( )Concordo ( )Não Concordo ( )Não sei
3.1.5. Para ter mais segurança, em pacientes que precisam repôs potássio, é aconselhável administração por via oral (Slow-K) ao ínves de KCl intravenosa.
( )Concordo ( )Não Concordo ( )Não sei
3.1.6. KCl á 15% é medicamento potencialmente perigoso muito utilizado na internação, por isso, para que possa ser guardado em lugares de fácil acesso, é preciso aumentar a sua segurança com informações e rotulagem.
( )Concordo ( )Não Concordo ( )Não sei
3.1.7. Na pediatria, é aconselhável a utilização de colheres para medir a dosagem do medicamento, evitando assim erro de cálculo.
( )Concordo ( )Não Concordo ( )Não sei
3.1.8. Os bloqueadores neuromusculares para entubações ou anestesia, como Atracúrio, devem ser guardados em lugares de fácil acesso, facilitando o seu uso em emergências.
( )Concordo ( )Não Concordo ( )Não sei
3.1.9. Para medicamentos com nomes parecidos, é melhor especificar claramente no rótulo, por exemplo: Usar DOBUTamina e DOPamina para mostrar os dois tipos de medicamentos diferentes.
( )Concordo ( )Não Concordo ( )Não sei
3.2. Manejo clínico
3.2.1. Em alergias leves com surgimento de eritemas, é necessário administrar rapidamente, por via intravenosa, a diluição de 1 ampola de Epinefrina em 1000 de solução.
( )Concordo ( )Não Concordo ( )Não sei
3.2.2. Em casos de urgência, é aconselhável a administração de 10mL de Cloreto de Cálcio a 10% em 1 a 2 minutos.
( )Concordo ( )Não Concordo ( )Não sei
3.2.3. Gluconato de Cálcio a 10% e Cloreto de Cálcio a 10% são fabricados por diferentes indústrias, mas por serem o mesmo medicamento e por terem mesma concentração, um pode ser usado para substituir o outro.
( )Concordo ( )Não Concordo ( )Não sei
3.2.4. A unidade de dose da insulina é mL ou cc, por exemplo: IR (Insulina Regular) 4mL subcutâneo.
( )Concordo ( )Não Concordo ( )Não sei
3.2.5. Em alguns casos especiais ou em casos urgentes, pode ser administrado KCl a 15% por via intravenosa em bolus, como em casos de fribilação ventricular.
( )Concordo ( )Não Concordo ( )Não sei
3.2.6. Em soluções de Ringer não há concentração de potássio, se em algum paciente o seu uso for necessário, pode acrescentar 10mL de KCl a 15% na solução de Ringer, com rápido gotejamento.
( )Concordo ( )Não Concordo ( )Não sei
3.2.7. As seringas de insulina, as seringas convencionais de 1mL e as seringas de tuberculina utilizam a mesma escala de graduação, portanto, uma pode substituir a outra.
( )Concordo ( )Não Concordo ( )Não sei
3.2.8. Em pacientes com níveis baixos de sódio, pode ser administrado 500mL de NaCl a 3% com rápido gotejamento.
( )Concordo ( )Não Concordo ( )Não sei