EFFECTIVE COMMUNICATION IN NURSING: CHALLENGES AND STRATEGIES.
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202505151237
Caroline Vitória de Poli
Eris Mirian Timm
Gabriel Ribeiro Estumano
Lilian Luiza da Silva
Melissa Camargo de Carvalho
Orientadora e Professora Patricia Farias
RESUMO
Esse artigo tem como objetivo através de uma revisão da literatura esclarecer a importância da comunicação no contexto da enfermagem. A revisão foi baseada na importância da comunicação entre enfermeiro e pacientes, também será explorado os desafios que a equipe de enfermagem enfrenta no seu cotidiano. Dessa forma, será aprofundado também as estratégias para enfrentamento das dificuldades e desafios, visando a busca pela melhora no processo de atendimento aos pacientes.
Palavras-chave: Comunicação. Equipe de enfermagem. Segurança do paciente. Qualidade do cuidado.
1. INTRODUÇÃO
Esse trabalho visa revisar o tema comunicação efetiva dentro do contexto da equipe de enfermagem, espera-se abordar e analisar os desafios e estratégias para aprimorar a comunicação e as consequências positivas da prática correta dentro do contexto referido.
A comunicação é uma ferramenta que desempenha um papel importante na atuação da equipe, principalmente dentro dos contextos da saúde. A comunicação clara e efetiva é capaz de proporcionar um atendimento humanizado, seguro e eficiente, fazendo com que o paciente sempre compreenda o que está sendo dito. Contudo, a equipe de enfermagem enfrenta diversos desafios no seu cotidiano, principalmente envolvendo a comunicação, como por exemplo, a comunicação feita incorretamente, o que pode ocasionar problemas no fluxo de trabalho diário e também comprometer a qualidade da assistência prestada. (MARINHO; BORGES, 2020).
Sendo assim, um dos principais desafios que a enfermagem enfrenta é a falha na comunicação interpessoal, dificultando o processo de atendimento ao paciente e também dificultando a dinâmica organizacional. É compreensível que a equipe de enfermagem passe por longas jornadas de trabalho, falta de treinamentos qualificados, ferramentas insuficientes e apoio assistencial com foco na saúde mental, o que acaba propiciando aos erros. (VIEIRA MENDES et al., 2020).
A comunicação eficaz é capaz de melhorar a relação entre a equipe e o paciente, podendo reduzir erros e otimizando a tomada de decisões clínicas. Além disso, a comunicação entre a equipe desempenha um papel fundamental na relação com os pacientes, oferecendo um atendimento mais acolhedor e seguro. É importante compreender todos os desafios que a equipe de enfermagem enfrenta no seu cotidiano, para que seja possível estabelecer meios e estratégias para proporcionar a melhoria nos processos defasados. (DE SOUZA; HOKAMA; HOKAMA, 2020).
Na atualidade, existem estratégias testadas e aprovadas de comunicação eficaz dentro do contexto da enfermagem, como o SBAR (Situação, Background, Avaliação e Recomendação) e o IPASS (Identificação, Situação, Avaliação, Plano e Segurança). Esses recursos visam criar um padrão de comunicação com o foco na clareza e efetividade, tornando-as estratégias que são capazes de contribuir para a redução de erros, fortalecendo a segurança do paciente e a tomada de decisões.
(ARAÚJO et al., 2020).
1.1 O PROBLEMA
Quais são os principais desafios que as equipes de enfermagem têm em relação a comunicação dentro do seu cotidiano e quais estratégias podem ser adotadas para superá-los?
2. OBJETIVOS
Essa revisão de literatura visa, principalmente, fornecer uma visão abrangente sobre a comunicação efetiva, seus desafios e as estratégias para enfrentá-los, no contexto da enfermagem.
2.1 OBJETIVO GERAL
Analisar, compreender e identificar as dificuldades que a falta de comunicação na área de enfermagem enfrentam e apontar as soluções e estratégias.
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICOS
- Analisar e compreender quais são os desafios que a enfermagem enfrenta em relação a comunicação interpessoal;
- Identificar e listar quais são as estratégias comprovadas de melhoria da ferramenta de comunicação;
- Avaliar a formação e treinamento dos enfermeiros;
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O atendimento prestado ao paciente pela enfermagem deve ser pautado pela humanização e pelo acolhimento, visando garantir que o paciente receba um cuidado que considere sua subjetividade. A política de humanização e acolhimento é essencial para promover um ambiente de saúde mais inclusivo e eficiente, e seu impacto pode ser observado nas práticas cotidianas dos profissionais de saúde.
Segundo Bastos et al. (2022, p. 2):
O Ministério da Saúde (MS) criou em 2003 a Política Nacional de Humanização (PNH) com o objetivo de efetivar os princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS), implementando um atendimento de forma holística e humanitária, visando a prática da humanização na assistência aos usuários do sistema, com o propósito de produzir mudanças nos modos de gerir e cuidar, prezando pelo respeito e empatia. A PNH visa incentivar trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários, promovendo assim a comunicação entre estes três grupos, proporcionando a garantia da qualidade do cuidado prestado nos serviços de saúde.
Segundo a teoria de Wanda Horta, as necessidades humanas básicas são universais e devem ser atendidas em todas as culturas e em todos os estágios da vida. Os enfermeiros(as) devem avaliar as necessidades individuais de cada paciente e fornecer cuidados de enfermagem que atendam a essas necessidades de maneira holística. (SOUZA; BRANDÃO; MARTINS; MORAIS; JESUS, 2021).
É notório que a comunicação efetiva é fundamental no dia a dia das pessoas, principalmente se tratando no contexto da saúde, onde envolve pacientes e familiares que são subjetivos, cada um com uma queixa e uma história, cada paciente é único. A comunicação clara do enfermeiro se torna um dever, dando margem a toda essa subjetividade encontrada dentro do contexto da saúde. (PINTO; DOS SANTOS, 2020).
Entretanto, a comunicação na enfermagem enfrenta alguns desafios, um dos principais é a falta de tempo. Muitos enfermeiros, devido à sobrecarga de tarefas diárias, têm dificuldade em dedicar tempo suficiente para uma comunicação mais eficaz com os pacientes. Essa falta de tempo pode comprometer a capacidade do profissional de ouvir a demanda que o paciente apresenta de forma empática e de estabelecer um relacionamento de confiança com o paciente. (ALVES et al., 2021).
A falta de recursos e a alta demanda enfrentada pelos enfermeiros no seu cotidiano pode gerar um ambiente de trabalho caótico, onde as interações entre a equipe de enfermagem e os pacientes se tornam rasas e impessoais. Da mesma forma, os profissionais da área de saúde enfrentam diariamente a pressão por resultados cada vez mais rápidos e precisos, sem tolerância a erros ou descuidos, sendo exigido a cumprir as altas cargas horárias de trabalho sem o descanso adequado, propiciando a falta de tempo para a construção de habilidades socioemocionais. (FARIA et al., 2019).
Outro fator que vale ressaltar, são as barreiras culturais e linguísticas que podem afetar diretamente a comunicação fluida entre o enfermeiro e paciente. Devido ao aumento da diversidade cultural na sociedade contemporânea, os profissionais de saúde lidam com pacientes de diversas origens étnicas e culturais, o que acaba exigindo uma certa habilidade do enfermeiro para compreender e respeitar essas diferenças. (AGUIAR; DOS SANTOS; PARANHOS, 2021).
A competência cultural é uma habilidade fundamental para que o enfermeiro consiga adaptar a sua comunicação de acordo com as necessidades de cada paciente, sempre respeitando as crenças e valores de cada indivíduo. A falta de sensibilidade cultural pode resultar em falhas de comunicação e mal-entendidos, o que pode gerar a não adesão ao tratamento médico, podendo até propiciar a criação de conflitos durante o atendimento. Além disso, a linguagem técnica muitas vezes utilizada pelos profissionais da saúde, pode ser de difícil entendimento para os pacientes, o que acaba prejudicando o entendimento das orientações repassadas. (MORAES, 2020).
A comunicação entre médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde precisa ser clara e colaborativa, para garantir que o paciente receba o melhor cuidado possível. A comunicação interprofissional é essencial para reduzir erros. A falta de um ambiente colaborativo pode resultar em falhas na comunicação, afetando diretamente a segurança do paciente. (DE SOUSA et al., 2020).
Todo este processo ajuda a estabelecer uma conexão mais profunda, permitindo que o enfermeiro atenda as necessidades do paciente de forma mais efetiva, a escuta ativa auxilia o manejo das situações emocionalmente desafiadoras, contribuindo para uma melhor adesão ao tratamento e aumentando o nível de satisfação do paciente. Segundo a autora Natal et al. (2022):
A humanização está associada a valorização dos usuários, trabalhadores e gestores, sendo necessário reconhecer os indivíduos além de suas necessidades humanas, abrangendo suas características emocionais e físicas, criando a partir disso vínculos solidários.
A empatia é uma habilidade de se colocar no lugar do outro e compreender o que o outro sente dentro da sua própria subjetividade. A prática da empatia dentro do contexto da enfermagem é importante para o fortalecimento da relação enfermeiro-paciente, é uma prática fundamental para o cuidado humanizado, a empatia não apenas melhora a comunicação, mas também tem um impacto positivo no bem-estar emocional dos pacientes, contribuindo para a redução de níveis de ansiedade e estresse. Ao sentir-se compreendido e acolhido, o paciente tende a confiar mais no tratamento, o que pode favorecer sua recuperação. A escuta empática é um dos pilares da comunicação efetiva na enfermagem, pois envolve não apenas a capacidade de ouvir as palavras do paciente, mas também de compreender suas emoções e necessidades subjacentes. (SILVA, 2019).
A formação e o treinamento contínuo em comunicação são fundamentais para o aprimoramento das habilidades socioemocionais dos enfermeiros. Muitos programas de treinamento na área de enfermagem ainda priorizam o ensino técnico e científico, deixando de lado o desenvolvimento de habilidades interpessoais. Programas de formação que incluam treinamentos específicos em comunicação podem melhorar significativamente a prática diária dos enfermeiros. O’Conner et al. (2019) sugere a incorporação de treinamentos e até mesmo matérias específicas sobre comunicação em cursos de graduação e pós-graduação, essa adição pode contribuir para a construção de uma abordagem mais integrada e humanizada no cuidado de enfermagem.
Além disso, existem treinamentos em comunicação que podem capacitar os profissionais a lidarem melhor e de forma mais eficaz com todas as demandas emocionais e psicológicas que os pacientes trazem à tona. Tudo isso exige que o profissional esteja bem preparado para receber essas demandas e devolver de forma humanizada, trazendo um conforto ao paciente. (TOMASCHEWISK-BARLEM et al., 2020).
A comunicação interpessoal dentro do contexto organizacional deve ser tratada com atenção, oferecendo a equipe a formação e treinamentos necessários e adequados, o que contribui para a melhoria no processo de atendimento. Estratégias interdisciplinares, como reuniões regulares de equipe e o uso de ferramentas como o modelo SBAR (Situação, Background, Avaliação e Recomendação), podem melhorar a troca de informações entre os diferentes profissionais da saúde e reduzir erros clínicos. (DE CARVALHO et al., 2020).
A comunicação é um mecanismo importante para o cuidado de enfermagem de qualidade, e apesar de todos os desafios que a enfermagem enfrenta, existem várias estratégias comprovadas que podem ser utilizadas para superar essas dificuldades e promover o atendimento mais empático e humanizado. (VIEIRA MENDES et al., 2020).
Essa escuta ativa, a empatia e o uso das ferramentas adequadas juntamente com o treinamento contínuo são ótimos instrumentos para melhorar a comunicação no contexto da enfermagem, tudo isso corrobora para um ambiente de trabalho mais saudável, enfermeiros com maior satisfação no trabalho e contribui para um atendimento mais seguro e eficaz. A implementação de todas essas estratégias citadas cria um ambiente propício para melhorar os cuidados prestados e a manutenção da saúde mental do profissional. (PINTO; DOS SANTOS, 2020).
Diante de tudo que foi revisado e exposto, é notório que exista desafios enfrentados pela enfermagem, assim como, também existem barreiras que o próprio paciente enfrenta dentro do ambiente da saúde, contudo, todas as estratégias apresentadas, são capazes de fornecer a melhoria e a manutenção do que se faz necessário. É de suma importância ressaltar que a comunicação efetiva é necessária dentro de todos os níveis sociais de um ser humano, e é ainda mais necessária dentro da saúde devido a subjetividade de cada sujeito.
4. METODOLOGIA
A metodologia utilizada para a elaboração desse artigo foi a Revisão da Literatura, que tem como objetivo analisar e conceituar os principais pontos sobre a comunicação efetiva na enfermagem, seus desafios e as estratégias utilizadas para superá-los. O estudo será qualitativo e descritivo, uma vez que visa compreender a comunicação dentro do contexto da enfermagem, foi realizada a partir da análise de obras já publicadas, sem a sugestão de intervenções.
A busca de artigos foi realizada em publicações de obras científicas, dissertações, teses, livros e artigos em periódicos, publicados nos últimos cinco anos. As fontes de pesquisa consultadas foram bases de dados como Google Acadêmico, SciELO e PubMed.
A pesquisa conta com artigos que tratam sobre a comunicação efetiva, os desafios da enfermagem, saúde mental do enfermeiro, desafios linguísticos, sociais e culturais, a vida do enfermeiro, treinamentos e capacitações dentro do contexto da saúde, apoio psicológico ao enfermeiro, entre outros. Os descritores ou palavras-chave a serem utilizados na busca são: “comunicação efetiva na enfermagem”, “barreiras de comunicação na enfermagem”, “estratégias de comunicação na enfermagem”, “relacionamento enfermeiro-paciente” e “qualidade de atendimento na enfermagem”.
A análise dos dados é de forma qualitativa, com a interpretação dos conteúdos revisados, propondo a identificação dos desafios e reconhecendo as estratégias já aprovadas e testadas dentro do contexto, e compreender as implicações de uma comunicação eficiente no cuidado de enfermagem e as práticas que podem contribuir para melhorar a interação entre enfermeiros e pacientes, assim como entre os membros da equipe de saúde.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A comunicação é fundamental na prática de um enfermeiro, sendo necessária para garantir a qualidade do atendimento prestado aos pacientes e o trabalho em equipe. Sendo os principais resultados da revisão realizada:
1. Barreiras linguísticas e socioculturais
A presença de barreiras linguísticas e culturais é um grande desafio na comunicação entre enfermeiros e pacientes. Estudos como o de Gaspar et al., (2020), destaca que existe uma dificuldade em relação a comunicação entre enfermeiros e pacientes que falam outros idiomas, outras culturas e até mesmo com pacientes portadores de alguma deficiência como surdez, esses pacientes podem apresentar dificuldades em compreender as orientações dadas pelos enfermeiros, o que pode resultar em erros de medicação, adesão inadequada aos tratamentos e falta de confiança no profissional de saúde.
2. Sobrecarga de trabalho
Outro desafio que a enfermagem enfrenta no cotidiano é a sobrecarga no trabalho, o que impacta na comunicação efetiva dos profissionais de enfermagem. A carga excessiva de tarefas pode levar os enfermeiros a uma comunicação superficial, diminuindo a qualidade do atendimento com o paciente. Além disso, a falta de tempo propicia a ausência de atenção individualizada e acaba comprometendo a escuta ativa, essencial para um atendimento humanizado e empático. (MUNIZ; DA SILVA ANDRADE; DOS SANTOS, 2019).
3. Inclusão de treinamentos como estratégia
A implementação de treinamentos específicos voltados para a comunicação interpessoal e a comunicação com pacientes de diferentes culturas é essencial para a melhoria do atendimento prestado pelo enfermeiro, é de suma importância que os profissionais de saúde passem por capacitações recorrentes para aprimorar seus conhecimentos técnicos e socioemocionais. Programas de capacitação contínua para enfermeiros, focam na melhoria das habilidades de escuta ativa, empatia e assertividade, fundamentais para uma comunicação eficaz no atendimento. (DE ALMEIDA, 2020).
4. Promoção da Escuta Ativa
Uma das estratégias encontradas dentro da literatura para superar os desafios de comunicação é a prática da escuta ativa. Isso envolve dedicar tempo para ouvir as preocupações e sintomas dos pacientes, sem pressa e de forma empática.. A escuta ativa não só melhora o relacionamento enfermeiro-paciente, mas também aumenta a confiança do paciente, fator importante para a adesão ao tratamento e a redução de complicações. (OLIVEIRA et al., 2018).
5. Interpretação dos Resultados
Dessa forma, os resultados obtidos a partir dessa revisão da literatura é que a equipe de enfermagem enfrenta muitos desafios na sua rotina trabalhista, como a falta de tempo e sobrecarga no trabalho, falta de treinamentos apropriados e atualizados, falta de recursos e também as barreiras na comunicação. Contudo, o maior desafio que a enfermagem enfrenta é a comunicação efetiva, a comunicação dentro do contexto da saúde precisa ser clara, coerente e trazer a empatia na fala.
(MUNIZ; DA SILVA ANDRADE; DOS SANTOS, 2019).
É importante ressaltar, que apesar de todas as barreiras, existem estratégias e ferramentas que podem ser utilizadas como mecanismo de melhoria, como por exemplo: treinamentos técnicos e socioemocionais, ajustes na carga horária e descanso adequado, ter os recursos necessários para oferecer um trabalho de qualidade e também um suporte emocional e social para a equipe médica, como rodas de conversa, reuniões com descontração, ginástica laboral, entre outros.
(TOMASCHEWSKI-BARLEM et al., 2020).
Assim, será possível que através de um enfermeiro bem cuidado e capacitado, aconteça um atendimento humanizado, onde a comunicação flua de forma clara, que haja uma escuta ativa e empatia ao repassar para o paciente as orientações de forma que ele consiga compreender o que está sendo dito dentro da sua realidade linguística, social e cultural. (DE SOUZA; HOKAMA; HOKAMA, 2020).
7. CONCLUSÃO
Em conclusão, a comunicação efetiva destaca-se como a principal ferramenta na prática da enfermagem, é o que determina para que o atendimento com o paciente seja de qualidade e humanizado, a comunicação assertiva também corrobora para que o trabalho em equipe seja mais eficiente. (DA SILVA PACHECO et al., 2023).
Contudo, é notório que a equipe de enfermagem enfrenta grandes desafios no seu dia a dia, dificuldade a comunicação clara e assertiva, sendo esses desafios a falta de tempo, sobrecarga no trabalho, pouco ou nenhum descanso dentro das jornadas de trabalho, barreiras linguísticas e culturais, falta de capacitação adequada, entre outros. É necessário compreender que a implicação desses desafios resulta na diminuição da qualidade do atendimento prestado pelo enfermeiro, assim como, o decaimento da satisfação do enfermeiro e o declínio na saúde mental do mesmo. (DOS SANTOS et al., 2019).
A capacitação contínua dos profissionais de enfermagem, o uso de tecnologias de comunicação, a implementação de protocolos claros, como o modelo SBAR, e a promoção de um ambiente de trabalho mais colaborativo são medidas eficazes que podem melhorar substancialmente a comunicação no ambiente hospitalar. Além disso, o apoio psicológico e a gestão do estresse também se mostram essenciais para criar um ambiente mais saudável e propício à comunicação de qualidade.(MAKIUCHI; MARTINHO, 2023).
Felizmente, existem estratégias e ferramentas comprovadas que podem contribuir para a melhoria de todo esse processo, tornando a comunicação da equipe de enfermagem mais efetiva. A capacitação contínua é uma das ferramentas que mais agregam na melhoria do processo de atendimento com o paciente, pois auxilia tanto nos conhecimentos técnicos quanto socioemocionais. (DE ENFERMAGEM-COFEN, 2024).
Portanto, é de suma importância que haja investimento nas estratégias relatadas ao decorrer desse artigo, assim como também é de responsabilidade do profissional ter seu aprimoramento. Todas as ferramentas retratadas são necessárias para proporcionar um atendimento humanizado e promover uma comunicação efetiva, coerente e empática, contribuindo também para a estabilização do nível de satisfação e de saúde mental do enfermeiro. (CELESTINO et al., 2020).
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