COMPORTAMENTOS PREJUDICIAIS NO QUE TANGE A CONTRAÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202409301303


Ana Lívia Carneiro de Araújo1
Alice Oliveira de Almeida1
Bruno Leonardo Medeiros de Souza1
Davi Costa Dourado1
Natalya Duarte Rocha de Lima1
José Alexandre Pirôpo Marques1
Dr. Daniel Oliveira Medina da Silva2


RESUMO

Introdução: O projeto aborda o aumento das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como HIV e sífilis, especialmente entre jovens adultos. O estudo ressalta a importância de compreender os comportamentos de risco para melhorar as políticas públicas. Objetivo: O objetivo é analisar comportamentos prejudiciais relacionados à exposição às ISTs, descrevendo fatores que elevam o risco de infecção. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com base em artigos de bases como BVS e PUBMED. Foram utilizados descritores como “Comportamento Perigoso” e “Infecções Sexualmente Transmissíveis”. Seguindo critérios rigorosos, foram analisados 11 estudos relevantes. Resultados: Os principais fatores de risco identificados foram múltiplas parcerias sexuais, sexo desprotegido, uso de álcool e drogas, além da falta de informação. Homens, em particular, adotam menos medidas preventivas. Conclusão: Comportamentos de risco, como sexo sem proteção, múltiplas parcerias, uso de substâncias e desinformação, são cruciais na disseminação das ISTs. Apesar da existência de métodos preventivos, há resistência e desinformação entre jovens adultos. É necessário intensificar campanhas de conscientização, capacitar melhor os profissionais de saúde e promover espaços seguros para discutir sexualidade sem estigmas, além de monitorar continuamente as estratégias preventivas.

Palavras-chave: Infecções Sexualmente Transmissíveis, IST, Adultos Jovens, Preservativos.

INTRODUÇÃO

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 1 milhão de casos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são contabilizados diariamente pelo mundo inteiro, em pessoas de 15 a 49 anos. Sabe-se, ainda, que parte das ISTs cursam de forma assintomática1. No Brasil, foram computados 36.753 novos casos de infecção por HIV em 2022, com um aumento de 17,2% em relação a 20202. Além disso, no mesmo ano, foram notificados no país 213.129 casos de sífilis adquirida3 e 24.036 novos episódios de hepatites virais4. No mesmo período, foram registrados 9.143 novos casos de sífilis adquirida5, 836 de infecção por HIV6 e 975 de hepatites virais4 no estado da Bahia. Esses dados evidenciam a magnitude das ISTs como um problema de saúde pública de abrangência mundial e que, portanto, deve ser observado com maior diligência. 

Segundo Ministério da Saúde (2017), os principais tipos de ISTs são Herpes genital, Cancro mole (cancroide), Papilomavirus Humano (HPV), Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), Doença Inflamatória Pélvica (DIP), Donovanose, Gonorreia, infecção por Clamídia, Linfogranuloma venéreo (LGV), Sífilis, Vírus Linfotrópico de Células T Humanas (HTLV) e Tricomoníase7

As ISTs podem ser causadas por vírus, bactérias e outros microrganismos, e sua transmissão pode ocorrer devido a qualquer ato oral, anal e vaginal sem o uso correto de preservativo durante o intercurso sexual com uma pessoa contaminada7. A transmissão pode ocorrer por contato com sangue, em contaminação com perfurocortantes, de mãe para filho via transplacentária e, em alguns casos, via amamentação7.

Apesar de proporcionarem complicações e, em determinados casos, óbito, existem diversas maneiras de prevenção contra as várias ISTs existentes, estabelecidas pelo Ministério da Saúde em 20228. A utilização de preservativos, as imunizações contra hepatites e HPV, a testagem regular para ISTs, o tratamento e redução de carga viral do HIV, as profilaxias Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e Profilaxia Pós-Exposição (PEP) ao HIV, o exame preventivo de câncer de colo do útero (colpocitologia oncótica) como prevenção do HPV, a prevenção da transmissão vertical das infecções sexualmente transmissíveis e participar dos programas de redução de danos em caso de abuso de álcool ou drogas são elencadas como estratégias importantes de enfrentamento a esses agravos8.

Devido a expressiva magnitude epidemiológica dos agravos e consequências das ISTs, pesquisas e estudos sobre os temas podem contribuir para a formulação e aperfeiçoamento de estratégias de enfrentamento, principalmente voltadas para a saúde pública. A saber: 

Para a Saúde Coletiva, de forma geral, a existência de uma pesquisa acerca dos comportamentos prejudiciais auxilia a fortalecer estratégias de prevenção e campanhas de conscientização que devem ser utilizadas a falar sobre esse tema de maneira adequada, uma vez que uma das lacunas a serem preenchidas na implementação de políticas públicas em ISTs no Brasil é a necessidade de promover informação, educação e comunicação em saúde9;

Para a medicina, a necessidade de qualificar a abordagem de aspectos da saúde sexual pelos profissionais de saúde evidencia-se como um desafio que pode ser amenizado com pesquisas que evidenciam comportamentos prejudiciais, direcionando os profissionais ao atendimento mais humanizado aos pacientes com ISTs9.

Para a população em geral, com o estímulo de criação de políticas públicas de prevenção e promoção à saúde e qualidade de vida com enfoque na população de jovens e adultos, abrangendo, inclusive, subgrupos específicos, como universitários, uma vez que urge a necessidade de maior exploração em relação a ISTs em ambiente acadêmico10.

O objetivo do estudo consiste em analisar os principais comportamentos prejudiciais relacionados à exposição a ISTs, além de descrever os comportamentos prejudiciais em relação a estas infecções.

MÉTODOS

Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, que proporciona a síntese  de conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática11. Deste modo, serão evidenciados os principais comportamentos prejudiciais que potencializam as chances de contração de ISTs encontrados na literatura. Foram elencados os artigos encontrados de acordo com os descritores indexados dos Descritores em Ciências da Saúde e, em seguida, houve a elaboração de um fluxograma com a seleção do conteúdo utilizável na revisão. 

Os descritores (indexados dos Descritores em Ciências da Saúde) utilizados foram: (Comportamento Perigoso), (Comportamento Prejudicial), (Comportamento Nocivo), (Adulto  Jovem), (Jovem), (infecções sexualmente transmissíveis) e seus correspondentes em inglês (Dangerous Behavior), (Young Adult), (Young Adult Health), (Sexually Transmitted Infections). 

Foram utilizadas as seguintes bases de recuperação dos artigos: a Biblioteca Virtual de      Saúde (BVS) e o PUBMED. Na BVS foi utilizada a seguinte estratégia de busca: (Comportamento Perigoso OR Prejudicial OR Nocivo) AND (Adulto Jovem OR Jovem) AND (infecções sexualmente transmissíveis) e no PUBMED: ((Dangerous Behavior) AND (Young Adult OR (Young Adult Health))) AND (Sexually Transmitted Infections). 

Os critérios de elegibilidade foram a disponibilidade gratuita dos artigos, bem como na íntegra, o título da pesquisa ser acerca da contração de ISTs e/ou algum comportamento prejudicial, o estudo estar disponível em português, inglês ou espanhol, o desenho de estudo ser transversal e ter, no conteúdo da pesquisa, ao menos um comportamento prejudicial em contração de ISTs evidenciado de acordo com o método da pesquisa. Os critérios de exclusão foram artigos pagos, com adolescentes, idosos, outros desenhos de estudo que não transversal, estudos em línguas que não português, inglês e espanhol e artigos cujo conteúdo não se encaixam no objetivo da pesquisa.

Foi feita a análise dos artigos, resumindo e sumarizando os dados em cada um deles. Dispôs-se, em planilha eletrônica, as pesquisas escolhidas e houve a busca por comportamentos prejudiciais dispostos na literatura escolhida. Após listar todos os comportamentos, foram excluídos achados repetidos e aqueles que não eram estudos transversais. Desta maneira, foram evidenciados os comportamentos que mais aparecem nos artigos escolhidos e que darão embasamento ao questionário da pesquisa empírica a ser feita.

RESULTADOS

Foram encontrados, nos bancos de dados, 66 artigos, e 14 artigos identificados por outras fontes (Google Acadêmico e ScienceDirect). Foram removidas 5 duplicatas e excluídos, após leitura dos títulos, 8 artigos. Após isso, foram excluídos 6 registros após leitura do resumo, restando 61 estudos que foram avaliados em sua íntegra. Em sequência, foram excluídos 8 estudos envolvendo adolescentes, uma vez que o foco da pesquisa é em adultos. Excluiu-se depois 3 estudos envolvendo população em situação de rua. Como a revisão foi feita apenas com estudos transversais, foram removidos 10 artigos que possuíam outros desenhos de estudo. Por fim, foram excluídos os 29 artigos que apresentavam fuga do tema não responderam às perguntas da pesquisa, totalizando assim 11 estudos que foram incluídos na revisão integrativa.

Figura 1. Fluxograma da estratégia de pesquisa.

A tabela a seguir expõe os artigos selecionados, evidenciando título, autor, ano e desenho do estudo. Para essa revisão, foram elencados apenas estudos transversais, e os artigos utilizados vão de 2004 a 2024. Os anos que mais possuíram artigos utilizados foram 2007 e 2024.

Tabela 1. Artigos selecionados acerca de comportamentos prejudiciais em relação às ISTs. 

Artigo Autor Ano Desenho do Estudo
Drug use and high-risk sexual behaviors among African American men who have sex with men and men who have sex with women.12Browne DC, Clubb PA, Wang Y, Wagner F.2009Estudo transversal
Recent multiple sexual partners and HIV transmission risks among people living with HIV/AIDS in Botswana.13 Kalichman SC, Ntseane D, Nthomang K, Segwabe M, Phorano O, Simbayi LC2007Estudo transversal
Patterns of sexual behaviour and reported symptoms of STI/RTIs among young people in Croatia–implications for interventions’ planning.14Štulhofer A, Graham C, Božić J, Kufrin K.2007Estudo transversal
Determinants of risky sexual behaviour among undergraduate students at the University of Gondar, Northwest Ethiopia. Epidemiol Infect.16Tekletsadik EA, Ayisa AA, Mekonen EG, Workneh BS, Ali MS2022Estudo transversal
Exploring risky health behaviors and vulnerability to sexually transmitted diseases among transnational undocumented labor migrants from Bangladesh.17Sohel, M.S., Sifullah, M.K., Hossain, B. et al.2024Estudo transversal
Comportamento sexual de risco e fatores associados em universitários de uma cidade do Sul do Brasil.18Gräf DD, Mesenburg MA, Fassa AG.2020Estudo transversal
Perfil e práticas sexuais de universitários da área de saúde.19 Falcão Júnior JSP, Lopes EM, Freitas LV, Rabelo STO, Pinheiro AKB, Ximenes LB.2007Estudo transversal
Sexual risk behavior and knowledge about sexually transmitted infections in a university population in Sorocaba, Brazil.20Barros PM, Barioni ED, Nascimento BB, Loiola RA, Oliveira Filho LA, Trapé CA, et al.2024Estudo transversal
Conhecimento da população sobre infecções sexualmente transmissíveis e HIV/AIDS em um município do interior do Ceará.21Araújo EF, Cavalcanti MC. 2020Estudo transversal
Adults’ knowledge and behaviors related to human papillomavirus infection.22Holcomb B, Bailey JM, Crawford K, Ruffin MT.2004Estudo transversal
Knowledge, Perception and Seroprevalence of HIV/STIS among Young Adults in Brazilian Amazon Region: A Population-Based Study.23Fonseca AJ, Minotto HRT, Farias CC, Jesus DV, Moraes HS, Buttenbender IF, et al.2024Estudo transversal

Foi confeccionada uma segunda tabela com base nos resumos dos artigos selecionados, analisando seus objetivos, métodos e resultados.

Tabela 2. Análise dos artigos selecionados com base no resumo.

Autor (ano)ObjetivoMétodosResultados
Browne DC, Clubb PA, Wang Y, Wagner F.12                     (2009)Investigar covariáveis relacionadas a comportamentos sexuais de risco entre jovens afro-americanos matriculados em faculdades e universidades historicamente negras (HBCUs).Coleta de dados 1837 calouros matriculados em 34 HBCUs que participaram da Pesquisa sobre Uso de Substâncias em HBCUs de 2001.Consumo de álcool ou drogas antes da atividade sexual foi um dos fatores associados a uma probabilidade modestamente maior de comportamentos sexuais de risco.
Kalichman, S. C., Ntseane, D., Nthomang, K., Segwabe, M., Phorano, O., & Simbayi, L. C.13 (2007)Examinar o comportamento de risco associado a múltiplas parcerias sexuais recentes entre pessoas vivendo com HIV/AIDS em Botswana.Foram realizadas breves entrevistas confidenciais com 209 homens HIV positivos e 291 mulheres HIV positivas, recrutados de forma conveniente em grupos de apoio para HIV/AIDS e clínicas de antirretrovirais.A taxa de resposta foi de 63% e 309 (62%) participantes estavam sexualmente ativos no momento, dos quais 247 (80%) relataram ter apenas um parceiro sexual nos últimos 3 meses e 62 (20%) relataram dois ou mais parceiros nesse período. Os parceiros sexuais fixos de participantes com múltiplas parcerias eram significativamente menos propensos a serem protegidos por preservativos do que os parceiros fixos de indivíduos com apenas um parceiro sexual.
Štulhofer A, Graham C, Božić J, Kufrin K.14     (2007)Descrever os achados relacionados ao conhecimento sobre a transmissão do HIV, aos principais comportamentos relevantes para a potencial transmissão do HIV e ISTs, e aos correlatos de corrimento genital em homens e mulheres jovens.Pesquisa domiciliar transversal, baseada em probabilidade, e incluiu 1093 respondentes com idades entre 18 e 24 anos.Cinquenta e nove por cento dos homens jovens e 52,4% das mulheres jovens relataram usar preservativos durante a primeira relação sexual, e 59,3% dos homens e 46,1% das mulheres usaram preservativos durante a última relação sexual com um parceiro casual. Entre aqueles com experiência sexual, 11,8% dos homens e 44,1% das mulheres relataram já ter tido corrimento genital.
Tekletsadik EA, Ayisa AA, Mekonen EG, Workneh BS, Ali MS.16            (2022)Avaliar a prevalência de comportamentos sexuais de risco (RSB) e os fatores associados entre os estudantes de graduação da Universidade de Gondar.Um estudo transversal baseado em instituição foi conduzido de junho a julho de 2019, e uma técnica de amostragem aleatória simples foi empregada para selecionar 420 estudantes. Os dados foram coletados por meio de um questionário estruturado auto aplicado.Idade, residência, moradia, frequência religiosa diária, consumo de álcool e ter informações sobre saúde reprodutiva e doenças sexualmente transmissíveis foram fatores significativamente associados ao comportamento sexual de risco. Quase metade dos entrevistados se envolveu em atividade sexual de risco.
Sohel, M.S., Sifullah, M.K., Hossain, B. et al.17 (2024)Investigar o comportamento de saúde de risco e a susceptibilidade ao HIV/ISTs de migrantes internacionais irregulares de Bangladesh que residem em todo o mundo com status não documentado.Foram entrevistados 25 migrantes ilegais que estão atualmente vivendo ilegalmente ou que retornaram ao seu país de origem.Os autores encontraram alguns comportamentos de risco para HIV/ISTs entre eles, incluindo engajar-se em sexo desprotegido, consumir álcool e drogas durante a atividade sexual, e ter acesso limitado a instalações médicas.
Gräf DD, Mesenburg MA, Fassa AG.18        (2020)Descrever o comportamento sexual de ingressantes universitários de acordo com características demográficas, econômicas, psicossociais e comportamentais, e avaliar a prevalência de comportamento sexual de risco e seus fatores associados.Estudo de delineamento transversal, do tipo censo, com universitários maiores de 18 anos, de 80 cursos de graduação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no RS, que ingressaram no primeiro semestre de 2017 e que permaneceram matriculados no segundo semestre.Estudantes do sexo masculino apresentaram mais comportamento de risco do que estudantes do sexo feminino. Dos universitários, 45% não utilizaram preservativo na última relação e 24% tiveram dois parceiros ou mais nos últimos três meses.
Falcão Júnior JSP, Lopes EM, Freitas LV, Rabelo STO, Pinheiro AKB, Ximenes LB.19   (2007)Descrever o perfil sexual de acadêmicos da área da saúde da Universidade Federal do Ceará e investigar o conhecimento dos mesmos acerca das condutas e práticas voltadas para a contracepção e prevenção das doenças sexualmente transmissíveisOs dados foram obtidos através da aplicação de um questionário composto de 16 questões objetivas, abordando dados biográficos e relacionados à educação sexual, práticas sexuais, aquisição de DST e gravidez não planejada.Os resultados encontrados mostram que não há uma associação direta entre o nível de escolaridade e o nível de conhecimento e a utilização dos métodos que previnem as DST/AIDS e gravidez indesejada.
Barros PM, Barioni ED, Nascimento BB, Loiola RA, Oliveira Filho LA, Trapé CA, et al.20 (2024)Avaliar o conhecimento sobre ISTs e o comportamento sexual de uma população universitária na cidade de Sorocaba/SP.Um estudo descritivo e transversal foi realizado com a coleta de dados por meio de um aplicativo online, com características qualitativas e quantitativas.Foram analisados 477 estudantes universitários de diferentes áreas do conhecimento. A maioria indicou o início da vida sexual entre 15 e 18 anos de idade. As informações sobre educação sexual foram obtidas principalmente por meio dos pais e/ou responsáveis, enquanto pouco conhecimento adicional foi adquirido após a entrada no ensino superior.
Araújo EF, Cavalcanti MC.21 (2020)Analisar o conhecimento da população sobre a forma de transmissão e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST) e promover educação e saúde sobre IST, HIV/AIDS, com populares e feirantes residentes no Maciço de Baturité-CE.Estudo descritivo exploratório transversal de abordagem quantitativa. A população foi composta por pessoas que estivessem participando da feira no dia em que a tenda educativa estivesse presente, ou seja, amostragem por conveniência.Em relação à escolaridade, 44,87% dos pesquisados tinham ensino fundamental. Os resultados obtidos evidenciaram que houve mudanças significativas após a sessão educativa nas questões relacionadas à transmissão de ISTs por uso de banheiro público; a infecção de ISTs por perfurocortantes; relacionado a transmissão de IST pelo não uso do preservativo; sobre o HIV/Aids ser transmitido por copos, refeições e talheres e a transmissão vertical do HIV/Aids.
Holcomb B, Bailey JM, Crawford K, Ruffin MT. 22  (2004)Avaliar o conhecimento, os comportamentos de risco e a preferência por informações sobre o papilomavírus humano (HPV) entre adultos.”Um estudo transversal utilizando um questionário autoaplicado em 3 locais (um serviço de saúde universitário e 2 consultórios de prática familiar comunitária); 289 pessoas completaram o questionário.O conhecimento sobre o HPV foi baixo, com uma média de pontuação de conhecimento de 5,50 (pontuações possíveis variando de 0 a 14) e uma moda de 0. As pontuações de conhecimento foram positivamente correlacionadas com os anos de escolaridade (P = 0,001).
Fonseca AJ, Minotto HRT, Farias CC, Jesus DV, Moraes HS, Buttenbender IF, et al.23           (2024)Avaliar as taxas de prevalência de HIV, sífilis, hepatite B e hepatite C no Estado de Roraima, localizado na Região Amazônica brasileira, e suas correlações com o conhecimento e percepção sobre o assunto.Um estudo transversal, de base populacional, desenhado como uma pesquisa domiciliar para avaliar a soroprevalência de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) por meio de teste rápido (não auto-relatado) e descrever o conhecimento e percepção dessas infecções entre jovens adultos (18-40 anos) em Roraima em 2017.Não houve diferenças significativas na prevalência de ISTs entre os sexos, embora os homens apresentassem conhecimento significativamente menor e percepções mais distorcidas sobre as ISTs. Baixos níveis de escolaridade, desconhecimento sobre a transmissão sexual do HIV, crença de que a AIDS é uma doença curável e a ausência de medo de contrair HIV foram fatores de risco para ISTs.

DISCUSSÃO

Os assuntos elencados para a discussão e base para a pesquisa empírica foram múltiplas parcerias sexuais, sexo desprotegido, uso de álcool e drogas antes e durante o ato, ausência de informação suficiente sobre ISTs e sexo masculino.

Os comportamentos prejudiciais no que tange a relações sexuais podem ser exemplificados, primeiramente, com a multiplicidade de parceiros. Apesar de ser, por conhecimento popular, ativamente reconhecido como comportamento prejudicial, a multiplicidade de parceiros sexuais é algo associado a uma camada significativa da população mundial. Em estudo realizado com 1837 calouros nos Estados Unidos12, destacou-se que 44% dos entrevistados tiveram múltiplas parcerias sexuais nos últimos 3 meses. Um segundo estudo, realizado com 500 pacientes positivos para HIV em Botswana13, foi relatado que 1 em cada 5 pacientes relataram ter 2 ou mais parceiros de maneira simultânea. Em terceiro estudo, realizado com 1093 indivíduos de 18 a 24 anos na Croácia, foi relatado que 58,9% das mulheres e 16,7% dos homens que apresentaram descarga genital por clamídia possuíam mais de 5 parcerias sexuais14. Percebe-se, então, que os 3 estudos elencam a multiplicidade de parceiros sexuais como um comportamento prejudicial/de risco.

Em segundo lugar, pode-se citar o uso de álcool e drogas antes ou durante a relação sexual, tanto pelo indivíduo quanto por seu parceiro. Substâncias psicoativas, especialmente o álcool, causam ação depressora no sistema nervoso central, prejudicando o processamento de informações, prejudicando a percepção de comportamentos perigosos e a capacidade de tomar decisões de maneira consciente e adequada15. Em estudo feito com 420 universitários na Etiópia16, foi registrado que o uso de álcool foi um achado significativamente associado com a probabilidade de contrair uma infecção sexualmente transmissível: os estudantes que utilizam essa substância mostraram ter uma possibilidade 9 vezes maior de contrair uma IST do que aqueles que não a utilizam. Em uma pesquisa realizada com 1837 calouros nos Estados Unidos12, relatou-se que 16% dos entrevistados utilizaram substâncias psicoativas anteriormente à última relação sexual. Em um terceiro estudo, feito com 25 imigrantes de Bangladesh17, foi relatado que é comum entre esses indivíduos o uso de psicoativos ou álcool durante a relação. Isso os levou a uma exposição, conscientemente ou não, à possibilidade de contração de uma infecção sexualmente transmissível, uma vez que essas substâncias podem causar alteração do estado mental e, consequentemente, menor cuidado em relação à prevenção. Por fim, em pesquisa feita com 1381 universitários de Pelotas18, a frequência de consumo de bebidas alcoólicas possuiu associação direta a comportamentos prejudiciais, uma vez que aqueles que consumiram álcool quatro ou mais vezes por semana possuíam cinco vezes mais chances de contrair uma IST. Nesse mesmo estudo, foi constatado que o uso de drogas ilícitas durante a relação sexual aumentou em mais de 100% a chance de contração de ISTs.

O uso do preservativo possui inúmeras vantagens como método contraceptivo de escolha, como a prevenção de ISTs; a não-interferência no ciclo menstrual, contrariamente aos anticoncepcionais hormonais; a divisão da responsabilidade do método contraceptivo entre o homem e a mulher; a distribuição gratuita pelo SUS; e a ausência de efeitos colaterais19. Por este motivo, a frequência e regularidade do uso do preservativo torna-se um determinante na prevenção a infecções sexualmente transmissíveis19. Desta maneira, um comportamento que pode ser elencado como prejudicial é o sexo desprotegido, associado também ao uso irregular do preservativo, prática essa que foi encontrada em uma parte, embora não maioria, significativa da população entrevistada nos estudos analisados. Em pesquisa feita com 303 alunos da Universidade Federal do Ceará19, obteve-se que 28% dos entrevistados utilizam preservativo de maneira irregular, e 8,5% não utilizam em nenhuma relação. Em um segundo estudo, feito com 1381 universitários de Pelotas18, foi relatado que 45% dos indivíduos que responderam ao questionário não fizeram uso de preservativo em sua última relação sexual. Em pesquisa feita com 6790 estudantes de uma instituição de ensino superior em Sorocaba20, foi registrado que 20,5% dos entrevistados fazem uso de preservativo de maneira irregular e 18,7% não fazem uso de nenhum tipo de preservativo.

Outro comportamento prejudicial a ser elencado é a falta de informação suficiente para se prevenir de maneira adequada contra infecções sexualmente transmissíveis, frequentemente associada a um menor nível de escolaridade e menos anos de ensino completos. Em um estudo feito com 156 pessoas no Ceará21, no qual foram feitas perguntas para a população acerca de prevenção e vias de transmissão de ISTs, foi relatado que a grande maioria dos entrevistados possuem conhecimentos básicos devido às campanhas governamentais, mas não tão aprofundados e nem suficientes acerca das problemáticas, uma vez que apenas cerca de 44% dos participantes possuíam ensino fundamental completo, faltando assim um ensino aprofundado em educação sexual no âmbito escolar, geralmente adquirido no ensino médio. Em um questionário feito sobre HPV para 289 pessoas nos Estados Unidos22, foi registrado que o conhecimento ao redor desta doença foi baixo na maioria dos entrevistados, e que foi diretamente proporcional à escolaridade/níveis de ensino completos dos indivíduos, corroborando com os achados do estudo cearense citado anteriormente. Em um terceiro estudo, feito com 727 participantes em Roraima23, foi relatado que o conhecimento acerca das ISTs nessa população é baixo, frequentemente associado a desinformação sobre o tema: foram elencados diversos possíveis motivos para essa falta de conhecimento na pesquisa, sendo o principal deles o menor nível de escolaridade: aqueles que frequentaram a escola apenas no ensino fundamental ou inferior tiveram quatro vezes mais chances de apresentar uma infecção sexualmente transmissível devido, possivelmente, à falta de conhecimento acerca do tema. O mesmo estudo cita ainda que, no boletim epidemiológico do Ministério da Saúde de 2016, 82% dos pacientes que testaram positivo para HIV no ano possuíam escolaridade incompleta, seja fundamental ou médio. Foi revelado num estudo com 6790 estudantes de Sorocaba20 que os entrevistados que possuíam mais conhecimento acerca do tema “ISTs” ou que adquiriram informações sobre o tema na graduação possuem menos chance de contraírem alguma infecção sexualmente transmissível. Deste modo, evidencia-se a influência direta do nível de ensino da população no conhecimento acerca essas doenças e, consequentemente, na contração ou não das mesmas.

Por fim, é importante citar o sexo masculino como um potencializador para a contração de infecções sexualmente transmissíveis: apesar de não ter ligação com o sexo em si, os achados na literatura corroboram com a hipótese de que indivíduos do sexo masculino tomam menos precaução no que tange aos comportamentos prejudiciais quando comparados aos indivíduos do sexo feminino. Em um estudo feito com 1381 universitários de Pelotas18, foi registrado que estudantes do sexo masculino apresentaram um número maior de comportamentos prejudiciais em relação ao sexo feminino, com uma diferença de mais de 3%. Em pesquisa realizada com 727 participantes em Roraima23, foi relatado que os entrevistados do sexo masculino apresentaram menor conhecimento e percepções mais distorcidas sobre o tema em relação às do sexo feminino. Por fim, em uma pesquisa realizada na Croácia com 1093 participantes14, foi relatado que os entrevistados do sexo masculino informaram uma quantidade maior de parceiros sexuais (em 1 ano e durante a vida), maior número de relações sexuais casuais e maior número de mais de um relacionamento por vez, onde sexo estaria envolvido. Assim, aponta-se que, na literatura analisada, indivíduos do sexo masculino tendem a possuir um maior número de comportamentos prejudiciais do que indivíduos do sexo feminino.

Como limitação deste estudo, evidencia-se a heterogeneidade de métodos utilizados para a coleta de dados dos diferentes artigos.

CONCLUSÃO

O estudo evidencia que os comportamentos prejudiciais, como o sexo desprotegido, múltiplas parcerias sexuais, uso de álcool e drogas, e a falta de informação, são fatores cruciais que contribuem para o aumento da disseminação de infecções sexualmente transmissíveis. Os dados mostram que mesmo com a disponibilidade de métodos preventivos, como preservativos e programas de testagem, há uma persistente resistência ou desinformação entre os grupos de risco, especialmente jovens adultos. Urge, ainda, a necessidade de fortalecer a formação dos profissionais de saúde para uma abordagem mais eficaz e humanizada no tratamento e prevenção das ISTs.

Conclui-se que, para reduzir a prevalência de ISTs, é essencial promover mais avidamente campanhas de saúde que abordem essas questões com enfoque em jovens adultos, assim como garantir o acesso a informações claras e programas de conscientização. A criação de ambientes seguros, onde a discussão sobre sexualidade e prevenção possa ocorrer sem estigmas, é um passo fundamental para enfrentar essa epidemia crescente. Desta forma, evidencia-se a necessidade contínua de monitoramento e avaliação das estratégias preventivas existentes, bem como a inovação em abordagens que possam alcançar de forma mais eficaz a população em geral.

REFERÊNCIAS 

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1 Graduandos em Medicina pelo Centro Universitário de Excelência (UNEX) da unidade de Feira de Santana – Bahia, Brasil.
Correspondente autor: Ana Lívia Carneiro de Araújo; analiviacarneiro92@gmail.com
2Médico e Bacharel em Saúde pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), orientador docente em Medicina no Centro Universitário de Excelência (UNEX) da unidade de Feira de Santana – Bahia, Brasil.