COMPLICAÇÕES TARDIAS DO USO DE POLIMETILMETACRILATO (PMMA) EM BIOPLASTIA PENIANA: RELATO DE CASO E ANÁLISE CRÍTICA

LATE COMPLICATIONS OF POLYMETHYLMETHACRYLATE (PMMA) USE IN PENILE BIOPLASTY: CASE REPORT AND CRITICAL ANALYSIS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202506100305


Bianca D Camargo
Fernanda C Belatto
Layane de Melo Cardoso
Orientadora: Aline Francielle S Santos


RESUMO 

O uso de preenchedores permanentes, como o polimetilmetacrilato (PMMA), em  procedimentos estéticos tem se expandido significativamente no Brasil, mesmo diante  de crescentes relatos sobre seus riscos e efeitos adversos. Este estudo tem como  objetivo relatar um caso clínico de complicação tardia após bioplastia peniana com  PMMA e realizar uma análise crítica dos riscos e implicações associados ao uso deste  material em áreas de alta complexidade anatômica, como a genitália masculina. Trata-se de um estudo qualitativo de caráter exploratório, composto por uma revisão  integrativa da literatura científica e a análise de um caso clínico real. O paciente, com  histórico de aplicação de PMMA há mais de duas décadas, desenvolveu dor intensa,  disfunção erétil, hipossensibilidade e alterações morfológicas penianas, compatíveis  com reação inflamatória tardia ao material. A literatura revisada aponta para  complicações semelhantes, incluindo formação de granulomas, migração do material,  necrose tecidual, infecções crônicas e danos funcionais e estéticos irreversíveis. O  caso apresentado, juntamente com os dados da literatura, reforça a necessidade  urgente de limitar o uso do PMMA a indicações reparadoras devidamente  regulamentadas pela ANVISA, além de promover capacitação profissional e maior  fiscalização sobre práticas estéticas. Conclui-se que a adoção consciente e ética de  técnicas estéticas deve ser pautada por evidências científicas, segurança do paciente  e respeito à integridade funcional do corpo humano. 

Palavras-chave: PMMA, complicações tardias, bioplastia peniana, estética íntima, relato de caso.

ABSTRACT 

The use of permanent fillers, such as polymethylmethacrylate (PMMA), in aesthetic  procedures has significantly expanded in Brazil, despite growing reports of associated  risks and adverse effects. This study aims to report a clinical case of a late complication  following penile bioplasty with PMMA and to provide a critical analysis of the risks and  implications related to the use of this material in anatomically complex areas, such as  the male genital region. It is a qualitative exploratory study composed of an integrative  review of the scientific literature and the analysis of a real clinical case. The patient,  with a history of PMMA application over two decades prior, developed severe pain,  erectile dysfunction, hyposensitivity, and morphological penile alterations consistent  with a delayed inflammatory reaction to the material. The reviewed literature highlights  similar complications, including granuloma formation, material migration, tissue  necrosis, chronic infections, and irreversible functional and aesthetic damage. The  presented case, along with the literature data, underscores the urgent need to restrict  PMMA use to reparative indications duly regulated by ANVISA, while also promoting  professional training and stricter oversight of aesthetic practices. It is concluded that  the conscious and ethical adoption of aesthetic techniques must be guided by scientific  evidence, patient safety, and respect for the functional integrity of the human body. 

Keywords: PMMA, late complications, penile bioplasty, intimate aesthetics, case report.

1. INTRODUÇÃO  

O polimetilmetacrilato (PMMA) é um polímero acrílico de natureza sintética,  amplamente empregado na medicina desde a década de 1940, inicialmente como  cimento ósseo em cirurgias ortopédicas e em lentes intraoculares (Almeida, 2019).  Com o tempo, passou a ser utilizado em procedimentos estéticos como  preenchimento dérmico, especialmente para fins de volumização e correção de  assimetrias, devido à sua característica de não absorção e à indução de resposta  tecidual com formação de colágeno ao redor das microesferas (ANVISA, 2024). 

No campo da biomedicina estética, o PMMA ganhou notoriedade por oferecer  resultados permanentes com aplicação minimamente invasiva, especialmente em  regiões como glúteos, face e genitais (CFM, 2025). Contudo, sua estabilidade química  e persistência no organismo, que inicialmente o posicionam como um aliado da  estética, também o tornam um material de difícil manejo em caso de complicações. A  literatura científica descreve intercorrências que variam de reações inflamatórias leves  a complicações severas, como formação de granulomas, necroses, infecções,  migração do material e até óbito (Souza, 2020; Martins, 2023). 

A aplicação do PMMA em regiões sensíveis, como a genitália masculina,  levanta preocupações éticas e técnicas. Além da escassez de estudos longitudinais  robustos sobre segurança e eficácia nessa área, a genitália apresenta características  anatômicas e funcionais que aumentam o risco de eventos adversos, como  comprometimento da ereção, dor crônica e reações autoimunes (WHO, 2022). A  ausência de padronização nos protocolos de aplicação, somada à banalização do uso  da substância por profissionais não especializados, agrava o cenário de risco. 

Com o aumento da demanda por procedimentos estéticos íntimos masculinos,  impulsionado por fatores socioculturais, autoestima e idealizações corporais, é  imperativa uma análise crítica sobre os limites do uso do PMMA. O presente trabalho  propõe-se a investigar os efeitos adversos decorrentes da aplicação do PMMA na  região genital masculina, a partir de revisão científica e estudo de caso, abordando  não apenas os aspectos biomédicos, mas também bioéticos envolvidos.

2. METODOLOGIA 

Este trabalho adota uma abordagem qualitativa, de natureza descritiva, com  delineamento baseado em relato de caso clínico associado a uma revisão narrativa  da literatura. O estudo tem como objetivo analisar as complicações clínicas  decorrentes da aplicação de polimetilmetacrilato (PMMA) em bioplastia peniana,  contextualizando os achados com evidências científicas atuais e diretrizes bioéticas. 

2.1 Relato de Caso Clínico 

O caso clínico analisado refere-se a um paciente do sexo masculino que  apresentou complicações tardias graves após aplicação de PMMA na genitália com  finalidade estética. As informações foram coletadas por meio de análise documental  do prontuário clínico, imagens clínicas, dados de exame físico, exames de imagem e  intervenção cirúrgica. A identidade do paciente foi preservada conforme os princípios  éticos da pesquisa com seres humanos, e não houve necessidade de aprovação em  Comitê de Ética, por se tratar de um relato não identificado e utilizado com finalidade  exclusivamente acadêmica. 

2.2 Revisão Narrativa da Literatura 

A revisão da literatura foi realizada entre março e maio de 2025, com o intuito  de contextualizar os achados clínicos com publicações científicas nacionais e  internacionais. As bases de dados consultadas incluíram: PubMed, Scielo, Google  Scholar e LILACS, utilizando os descritores: “PMMA”, “complicações estéticas”,  “bioplastia peniana”, “preenchedores dérmicos permanentes”, “complicações tardias”  e “ética em procedimentos estéticos”. Foram incluídos artigos publicados entre 2013  e 2025, com ênfase em relatos de caso, revisões sistemáticas, estudos  observacionais e posicionamentos oficiais de órgãos reguladores, como ANVISA e  CFM. Os critérios de inclusão consideraram publicações que abordavam o uso de  PMMA em estética íntima e complicações clínicas associadas. Estudos que tratavam exclusivamente de aplicações faciais ou com foco experimental em animais foram  excluídos. 

2.3 Análise dos Dados 

Os dados foram analisados de forma qualitativa e interpretativa, relacionando o caso  clínico descrito às evidências científicas levantadas na literatura. O foco da análise  concentrou-se na caracterização das complicações clínicas, desafios terapêuticos,  implicações éticas e recomendações de boas práticas. 

3. RESULTADOS

3.1 Revisão da literatura 

O polimetilmetacrilato (PMMA) é um polímero sintético não biodegradável  amplamente utilizado na medicina estética e reconstrutiva, principalmente em  procedimentos de preenchimento facial e corporal, além da correção de deformidades  volumétricas (Salles et al., 2018). Embora tenha se consolidado como uma alternativa  de baixo custo e longa duração, seu uso não está isento de riscos, especialmente  quando aplicado em grandes volumes, em regiões anatomicamente complexas ou por  profissionais não habilitados (Cardoso & Lima, 2022). 

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o PMMA é  autorizado exclusivamente para fins reparadores, como a correção de lipodistrofias  em portadores de HIV/AIDS e sequelas de poliomielite. A utilização com finalidades  estéticas, como aumento de mamas, glúteos ou genitália, é proibida, sendo passível  de sanções éticas e legais (ANVISA, 2024; CFM, 2025). 

Estudos estimam que entre 2% a 5% dos pacientes submetidos à aplicação de  PMMA desenvolvem complicações tardias graves que exigem intervenções cirúrgicas  ou tratamentos prolongados (Mendes et al., 2023). Tais complicações podem ser classificadas como precoces ou tardias, sendo estas últimas as mais severas e  complexas do ponto de vista clínico. 

Entre as principais complicações tardias está a formação de granulomas,  resultado de uma reação inflamatória crônica do organismo ao corpo estranho. Essa  reação pode ocorrer meses ou anos após a aplicação, manifestando-se por nódulos  endurecidos, dor localizada, fibrose e, em casos mais graves, ulceração cutânea  (Zuccolotto et al., 2021). 

A migração do PMMA é outro evento frequente, especialmente em regiões  submetidas a pressão ou mobilidade intensa, como glúteos, panturrilhas e genitália.  Essa migração compromete o resultado estético, gera assimetrias marcantes e  dificulta a retirada do material, muitas vezes exigindo abordagem microcirúrgica  especializada (Ferreira & Souza, 2020). 

A necrose tecidual representa uma das complicações mais graves, geralmente  decorrente da injeção acidental do produto em vasos sanguíneos. A obstrução da  microcirculação leva à morte celular e requer tratamento urgente, podendo evoluir  para cicatrizes extensas ou necessidade de reconstruções complexas (Salles et al.,  2018). 

No contexto infeccioso, o PMMA atua como substrato para a proliferação  bacteriana, sendo resistente à fagocitose. Infecções locais, como abscessos e  celulites, e até infecções sistêmicas, demandam antibioticoterapia prolongada ou  cirurgia para remoção completa do material (Alves, 2019). 

Reações alérgicas, embora raras, e manifestações autoimunes, como quadros  que mimetizam lúpus ou artrite reumatoide, também estão descritas, exigindo  investigação imunológica detalhada e acompanhamento multidisciplinar (Silva &  Martins, 2023). 

Do ponto de vista clínico, é fundamental diferenciar intercorrências transitórias  — como eritema, dor leve e hematomas — de complicações reais, que alteram o curso  terapêutico e podem comprometer a saúde do paciente a longo prazo (Vieira &  Almeida, 2019). Além das implicações clínicas, há importante impacto psicossocial.  Pacientes acometidos por deformidades estéticas em regiões íntimas relatam quadros de ansiedade, depressão, disfunção sexual e comprometimento da autoestima, o que  exige suporte psicológico contínuo (WHO, 2022). 

A título de comparação, o ácido hialurônico (AH) tem se mostrado uma  alternativa mais segura. Trata-se de uma substância biocompatível, reabsorvível e  com menores taxas de complicações, embora sua durabilidade seja inferior e o custo  mais elevado (Silva & Martins, 2023). 

Frente a esse cenário, torna-se indispensável reforçar a importância das boas  práticas clínicas, da educação continuada dos profissionais e da atuação ativa das  entidades reguladoras e conselhos profissionais. A tomada de decisão terapêutica  deve priorizar a segurança e o bem-estar do paciente, respeitando os princípios da  ética biomédica e as diretrizes das autoridades sanitárias. 

3.2 Relato de caso 

Trata-se de paciente do sexo masculino, com idade entre 50 e 60 anos, que  procurou atendimento especializado na cidade de Piracicaba, em função de dor  intensa durante o ato sexual (dispareunia), associada à perda progressiva da  sensibilidade peniana e dificuldade para manter ereção satisfatória. O histórico clínico  revelou a realização, há mais de 20 anos, de procedimento estético envolvendo a  aplicação de polimetilmetacrilato (PMMA) na genitália externa, com o objetivo de  promover aumento peniano. A intervenção foi realizada por profissional médico, em  ambiente ambulatorial, sem documentação disponível referente ao volume ou técnica  utilizados. 

Durante o exame físico, observaram-se múltiplos nódulos subcutâneos  endurecidos distribuídos ao longo do corpo peniano, além de sinais evidentes de  fibrose tecidual, hipossensibilidade tátil e deformidade morfológica importante. Não  foram identificadas lesões ulceradas ou sinais clínicos de infecção ativa no momento  da avaliação. A hipótese diagnóstica foi de reação inflamatória crônica tardia ao  PMMA, compatível com a formação de granulomas e fibrose secundária, agravada  pela longa permanência do material no tecido.

Diante do quadro clínico, foram considerados encaminhamentos para  abordagem cirúrgica com intuito de ressecção parcial do material, porém, após  explanação dos riscos potenciais, incluindo a possibilidade de disfunção erétil  permanente, alterações neurossensitivas e deformidades irreversíveis, o paciente  optou por não realizar o procedimento invasivo, mantendo acompanhamento clínico e  terapêutica conservadora sob vigilância periódica multidisciplinar. 

4. DISCUSSÃO 

A literatura científica tem reiteradamente alertado sobre os riscos associados  ao uso do polimetilmetacrilato (PMMA) em procedimentos estéticos, especialmente  em áreas de alta complexidade anatômica e funcional, como a genitália masculina.  Trata-se de um material aloplástico permanente, composto por microesferas de  acrílico suspensas em um gel carreador, cuja biocompatibilidade é limitada. A  resposta tecidual ao PMMA pode variar de um estímulo colagênico controlado a  reações de corpo estranho exacerbadas, com formação de granulomas, fibrose,  necrose tecidual e infecções persistentes (Salles et al., 2018; Zuccolotto et al., 2021;  Campanale et al., 2020). 

O caso clínico apresentado neste estudo reforça a imprevisibilidade e a  gravidade das complicações associadas ao uso do PMMA. Por se tratar de um  material não absorvível, sua remoção é extremamente complexa e, em muitos casos,  inviável sem comprometimento estrutural da região afetada. Mesmo após anos da  aplicação, reações inflamatórias crônicas podem surgir, interferindo diretamente na  função sexual, qualidade de vida e saúde mental do paciente (Cardoso & Lima, 2022;  WHO, 2022). 

Corroborando os achados clínicos, Alves (2019) descreve um caso de  abscesso peniano em paciente submetido à bioplastia com PMMA, manifestado por  dor intensa, edema e calor local. O tratamento envolveu drenagem cirúrgica e  antibióticos, com retirada parcial das microesferas, resultando em preservação parcial  da anatomia e função. Contudo, o desfecho ainda foi acompanhado por sequelas  psicológicas e físicas.

Em uma revisão sistemática, Vieira e Almeida (2019) identificaram que uma em  cada 20 aplicações de PMMA em regiões de alta mobilidade resultava em  complicações graves. A literatura também destaca que, ao contrário do ácido  hialurônico — biodegradável e reversível com o uso de hialuronidase —, o PMMA  requer intervenções cirúrgicas de alta complexidade para sua remoção (Silva &  Martins, 2023). Essa dificuldade torna as complicações mais severas, especialmente  em áreas com intensa vascularização e sensibilidade como o pênis (Lu et al., 2018). 

Estudos histopatológicos evidenciam que a presença prolongada do PMMA no  tecido pode induzir inflamação crônica e alterações imunológicas locais, favorecendo  disfunções eréteis, fibroses e dor neuropática (Stock et al., 2019; Jin et al., 2019).  Além dos riscos físicos, o impacto emocional desses efeitos é substancial, com relatos  de ansiedade, depressão, disfunção sexual e perda da autoestima em homens  submetidos a esse tipo de intervenção (Wright & Kelly, 2017; WHO, 2022). 

Outro aspecto ético relevante refere-se à aplicação do PMMA por profissionais  não habilitados e em ambientes não regulamentados. A ausência de capacitação  técnica, infraestrutura adequada e acompanhamento pós-procedimento agrava os  riscos de complicações sérias. Mendes et al. (2023) evidenciam que a maioria dos  eventos adversos relatados decorre de má prática profissional. Nesse contexto, o  Conselho Federal de Medicina (CFM, 2025) reforça que a utilização de preenchedores  permanentes para fins estéticos configura infração ética, recomendando o banimento  do PMMA nesses contextos. 

É fundamental, portanto, priorizar alternativas com maior respaldo científico e  segurança, como os preenchedores absorvíveis. A escolha do material deve ser  pautada por rigor técnico, indicação clínica precisa e compromisso com o bem-estar  do paciente. A bioplastia peniana com PMMA, à luz das evidências atuais, deve ser  desencorajada devido à alta taxa de complicações, à complexidade do manejo e aos  impactos físicos, psicológicos e éticos associados. 

Diversos estudos alertam que o PMMA, uma vez injetado, desencadeia uma  resposta inflamatória mediada por macrófagos, células gigantes multinucleadas e  fibroblastos. Essa resposta, inicialmente controlada, pode evoluir para uma fibrose  desorganizada, encapsulamento do polímero e, em casos extremos, necrose do tecido local. Tais eventos são exacerbados quando o produto é aplicado em áreas  com vascularização delicada ou em volumes excessivos (Rochman et al., 2013). 

O PMMA também pode migrar do local da aplicação, sendo arrastado por  planos de clivagem tecidual ou por ação gravitacional. Há registros de deslocamento  das microesferas para regiões adjacentes, com formação de granulomas distantes do  local inicial da aplicação. Esse fenômeno, ainda pouco compreendido, agrava o  manejo clínico, pois amplia a área afetada e dificulta a remoção completa do material  (Senathirajah et al., 2021). 

Do ponto de vista imunológico, há indícios de que o PMMA possa atuar como  agente imunogênico em pacientes predispostos, favorecendo a ativação de vias pró inflamatórias crônicas. Em alguns casos, observou-se o desenvolvimento de reações  granulomatosas sistêmicas, com manifestações cutâneas e articulares semelhantes à  sarcoidose. Esses achados reforçam que os efeitos do PMMA não se limitam ao local  da aplicação e exigem monitoramento prolongado (Leslie et al., 2022). 

A análise de amostras histológicas de pacientes com complicações revela  alterações estruturais marcantes. São observadas áreas de necrose, presença de  células inflamatórias crônicas e desorganização das fibras colágenas. Em alguns  casos, o PMMA é identificado cercado por cápsulas fibrosas espessas e presença de  tecido de granulação, indicando tentativa do organismo em isolar o corpo estranho (Lu  et al., 2018; Zhang et al., 2023). 

Do ponto de vista legal, o uso de PMMA em estética íntima masculina  representa uma zona de vulnerabilidade jurídica, pois o produto não é aprovado pela  ANVISA para tais finalidades. Quando utilizado fora das indicações, o profissional  assume total responsabilidade legal por eventuais intercorrências. A judicialização de  casos com sequelas irreversíveis tem aumentado nos últimos anos, com demandas  por indenização e danos morais (CFM, 2025). 

A escolha do PMMA como preenchedor muitas vezes está atrelada a fatores  econômicos, como menor custo e efeito duradouro. No entanto, tais vantagens não  compensam o potencial de complicações severas e o alto custo do tratamento das  sequelas. O custo-benefício, nesse contexto, deve ser analisado sob uma ótica mais ampla, que inclua a segurança a longo prazo e a reversibilidade dos procedimentos  estéticos (Wright & Kelly, 2017). 

A educação médica continuada e o fortalecimento da vigilância sanitária são  fundamentais para combater o uso indiscriminado do PMMA. Campanhas de  conscientização, normas técnicas mais rígidas e auditorias periódicas em clínicas de  estética podem contribuir para reduzir a incidência de complicações. Além disso, é  urgente ampliar o diálogo interdisciplinar entre profissionais da medicina, psicologia e  direito, visando uma abordagem mais segura e ética da estética íntima masculina. 

Figura 1: Abscesso peniano causado por aplicação de PMMA. Fonte: Leonardo de  Souza Alves MD, 2019. Figura 2: imagem pré-operatória mostrando o aumento do diâmetro do pênis em repouso devido à aplicação de PMMA. Fonte: LOPES, E. et  al. Extração cirúrgica de PMMA em pênis: relato de caso, 2024.

O artigo “Extração Cirúrgica de PMMA em Pênis: Relato de Caso” (LOPES,  E. et al. 2024), publicado na Revista FT, apresenta um relato de caso sobre a extração  cirúrgica de PMMA injetado no pênis de um paciente de 36 anos. O paciente procurou  atendimento por desconforto e alteração estética. A equipe médica realizou a remoção  de aproximadamente 90g do material usando técnica microcirúrgica, sob anestesia  raquidiana e em hospital-dia. O processo de recuperação incluiu cicatrização completa  em 40 dias e retomada das atividades normais após seis meses. O caso reforça que,  com técnica adequada e equipe especializada, é possível remover o PMMA com bons  resultados funcionais e estéticos (Figuras 3 e 4).

Foi realizada uma incisão circular do prepúcio a 2 cm da glande, com  descolamento delicado da pele, que foi rebatida para a base do pênis. Em seguida,  foi feita a transfixação do bloco na região anterior (dorsal) do pênis com nylon 2-0 para  facilitar a tração e dissecção. O mesmo procedimento foi realizado na região ventral  até a remoção, em blocos, de todo o produto. 

Figura 3: Aspecto intraoperatório durante a remoção do PMMA, evidenciando  a técnica microcirúrgica utilizada. Figura 4: transfixação do bloco na região  dorsal do pênis. Fonte: LOPES, E. et al. Extração cirúrgica de PMMA em pênis:  relato de caso, 2024.

Ao todo, foram removidos 5 blocos de material de consistência macia e  discretamente elástica, que em conjunto pesaram 90 gramas (Figura 5). Ato contínuo,  o prepúcio foi suturado com cromado 5-0 em pontos separados. Os blocos foram  enviados para exame anatomopatológico, cujo resultado foi: “Presença de materiais  exógenos associados a granulomas de corpo estranho compatível com PMMA”.

Figura 5: exame anatomopatológico dos blocos de PMMA removidos,  com presença de granulomas compatíveis com o material injetado.  Fonte: LOPES, E. et al. Extração cirúrgica de PMMA em pênis: relato  de caso, 2024.

O artigo “Aumento peniano com injeção de metacrilato: é seguro?”  (TORRICELLI et al., 2013) descreve o caso de um homem de 36 anos que procurou  atendimento médico com queixa de dor peniana e disfunção erétil. O paciente  apresentava uma massa endurecida e irregular ao longo do eixo peniano,  especialmente proeminente na porção ventral próxima à base do púbis. A história  clínica revelou que, dois anos antes, ele havia se submetido à aplicação de  metacrilato (PMMA) para fins estéticos de aumento peniano, realizada em uma clínica  estética sem acompanhamento médico contínuo. Apesar de manter função urinária  preservada e ausência de linfonodomegalia inguinal, referia dor durante as relações  sexuais e dificuldade para manter ereções firmes e duradouras, sintomas sugestivos  de compressão anatômica dos corpos cavernosos. 

Ao exame físico, observou-se preservação da glande e da pele peniana, sem  sinais de ulceração ou necrose. A avaliação por imagem, através de ressonância  magnética, evidenciou extensa fibrose subcutânea, acometendo principalmente a face  ventral do pênis. Houve compressão significativa dos corpos cavernosos e do corpo  esponjoso, além do espessamento da fáscia de Buck — estrutura anatômica  responsável pela sustentação e proteção vascular do pênis. A uretra, felizmente, não  apresentava sinais de envolvimento ou estenose. 

Diante dos achados clínicos e de imagem, optou-se pela intervenção cirúrgica  para remoção da massa fibrosa, procedimento realizado sob anestesia espinhal. A  técnica cirúrgica incluiu dissecção meticulosa da fáscia de Buck e do plano  subcutâneo, com preservação do feixe neurovascular dorsal, visando minimizar riscos  de disfunção erétil permanente e comprometimento sensitivo. O material retirado foi  submetido à análise histopatológica, que confirmou a presença de fibrose dérmica  associada a reação granulomatosa típica de corpo estranho, com visualização de  material amorfo compatível com metacrilato. 

O paciente apresentou evolução pós-operatória favorável, sem intercorrências  infecciosas ou hematomas. Recebeu alta hospitalar no segundo dia e, após dois  meses de acompanhamento, relatava melhora significativa dos sintomas, com  retomada parcial da função sexual e satisfação com o aspecto estético do órgão genital. As imagens pós-operatórias (Figuras 6 a 10) demonstraram regressão da  deformidade e ausência de recidiva da fibrose. 

Esse caso é ilustrativo das possíveis consequências tardias do uso do PMMA  em áreas com anatomia vascular e funcional delicada. A fibrose induzida pelo material  e a reação granulomatosa de corpo estranho são fenômenos bem documentados na  literatura, podendo comprometer de forma irreversível a integridade do tecido erétil  (Deng et al., 2017; Zhang et al., 2023). Além disso, a compressão dos corpos  cavernosos pode afetar diretamente a hemodinâmica peniana, resultando em  disfunção erétil de origem orgânica. 

Tais complicações ressaltam a necessidade de extrema cautela na indicação  de materiais permanentes em procedimentos estéticos íntimos. A ausência de  protocolos regulatórios específicos, somada à realização desses procedimentos fora  do ambiente hospitalar, eleva substancialmente os riscos para o paciente (Campanale  et al., 2020; Wright & Kelly, 2017). Mesmo com técnicas cirúrgicas avançadas, a  reversão completa dos danos causados pelo PMMA nem sempre é possível, o que  reforça o caráter irreversível e potencialmente mutilador do produto. 

Do ponto de vista ético e médico-legal, este caso também destaca a  importância do consentimento informado realista, com ênfase nos riscos de longo  prazo. O paciente, muitas vezes atraído pela promessa de resultados estéticos  rápidos e duradouros, pode não ser devidamente esclarecido sobre a natureza  definitiva do produto, sua baixa biocompatibilidade e a ausência de antídotos ou  métodos seguros de remoção. Em razão disso, sociedades médicas e órgãos  reguladores têm reiterado a necessidade de restringir ou mesmo proibir o uso do  PMMA para fins estéticos genitais (CFM, 2025; ANVISA, 2024).

Figura 6: aparência do pênis após a injeção de metacrilato. Figura 7: Imagem de  ressonância magnética (RM) mostrando espessura subcutânea peniana difusamente  aumentada e efeito compressivo da massa sobre os corpora cavernosos e o corpo  esponjoso. Figura 8: Ressecção da massa e excesso de pele. Figura 9: Aparência  final do pênis após a cirurgia. Fonte: TORRICELLI, F. et al. Aumento peniano com  injeção de metacrilato: é seguro, 2013.

Figura 10: Aparência do pênis dois meses após a cirurgia. Fonte: TORRICELLI, F. et al. Aumento peniano com injeção de metacrilato: é seguro, 2013.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), diante do crescente  número de complicações graves relacionadas ao uso do polimetilmetacrilato (PMMA),  estabeleceu restrições severas quanto à sua aplicação, autorizando seu uso apenas  para finalidades reparadoras específicas e em situações clinicamente justificadas, como correções de lipodistrofias em pacientes com HIV, reconstrução facial pós trauma ou cirurgias oncológicas (ANVISA, 2020). A proibição explícita da utilização  estética visa mitigar os riscos associados às propriedades permanentes e à baixa  reabsorção do produto, que dificultam intervenções corretivas diante de eventos  adversos. 

O Conselho Federal de Medicina (CFM) complementa esse posicionamento  regulatório ao declarar que o uso do PMMA em procedimentos meramente estéticos  configura má prática médica, passível de sanção ética e administrativa. Em nota  técnica publicada em 2022, o CFM recomendou formalmente o banimento da  comercialização e utilização do PMMA para fins cosméticos, fundamentando-se em  dados epidemiológicos, revisões sistemáticas e registros de complicações médicas  severas notificadas ao sistema nacional de vigilância sanitária (CFM, 2022). 

Em contrapartida, o ácido hialurônico (AH) tem se consolidado como uma das  principais alternativas seguras no campo da estética, especialmente em  procedimentos íntimos. Sua biocompatibilidade, capacidade de integração tecidual,  propriedades reabsorvíveis e possibilidade de reversão por meio de hialuronidase  conferem maior previsibilidade clínica e menor risco de complicações a longo prazo  (Wright & Kelly, 2017; Prata et al., 2020). No entanto, por ser um material degradável  pelo organismo, exige reaplicações periódicas para manutenção dos resultados, o que  eleva o custo do tratamento — uma das razões pelas quais muitos pacientes ainda  optam por preenchedores permanentes, mesmo diante dos riscos. 

Estudos comparativos têm demonstrado que o AH apresenta taxas  significativamente mais baixas de efeitos adversos quando comparado ao PMMA.  Segundo revisão de Leslie et al. (2022), os eventos relacionados ao AH são, em sua  maioria, leves e autolimitados, incluindo edema, hematoma e dor local transitória. Já  os casos de necrose tecidual, embolia ou infecção são raros e geralmente associados  à técnica inadequada ou uso fora das indicações autorizadas. 

A facilidade de manejo dos efeitos adversos do AH representa outro fator  relevante para sua escolha clínica. A presença de enzimas como a hialuronidase,  capazes de dissolver o produto em poucos dias, permite intervenções rápidas e  eficazes diante de complicações, minimizando danos ao tecido e desconforto ao  paciente (Lu et al., 2018). Tal característica é inexistente no PMMA, cujo caráter inerte e insolúvel impede qualquer ação farmacológica corretiva, exigindo, na maioria das  vezes, abordagens cirúrgicas invasivas. 

É importante, porém, que o uso do AH também siga critérios técnicos rigorosos,  incluindo conhecimento anatômico detalhado da área tratada, escolha adequada do  tipo de ácido hialurônico (densidade, reticulação), e técnicas de aplicação seguras. A  falsa sensação de segurança que pode acompanhar o uso de preenchedores  reabsorvíveis não deve justificar a banalização dos procedimentos estéticos,  especialmente em regiões de complexidade funcional como a genitália masculina. 

Portanto, as diretrizes da ANVISA e os posicionamentos do CFM refletem a  preocupação crescente com a segurança dos procedimentos estéticos íntimos. Tais  normativas reforçam a importância de escolhas baseadas em evidências científicas,  priorizando a saúde e a integridade dos pacientes em detrimento de resultados  imediatistas ou soluções de menor custo. O futuro da estética íntima depende da  consolidação de práticas éticas, seguras e tecnicamente fundamentadas, com forte  ênfase na educação continuada dos profissionais e na fiscalização dos produtos  comercializados. 

5. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS E CONCLUSÃO 

A prática da bioplastia peniana utilizando polimetilmetacrilato (PMMA) tem se  mostrado não apenas controversa, mas também carregada de implicações éticas e  legais. A negligência por parte de profissionais de saúde é um fator crítico nas  intercorrências graves relacionadas ao uso desse preenchimento permanente. Tal  negligência inclui não apenas a má execução técnica, mas também o desrespeito às  normativas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e  pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), configurando falhas éticas, administrativas  e legais de alta gravidade (Cardoso & Lima, 2022; CFM, 2025). 

Entre os comportamentos mais frequentemente associados a essas falhas  estão: o uso de substâncias sem registro sanitário, a aplicação do PMMA em regiões  corporais proibidas — como a genitália masculina para fins estéticos —, a ausência  de protocolos de assepsia rigorosos, a omissão de informações claras sobre os riscos ao paciente, e a incapacidade técnica para o manejo de complicações. Tais condutas  infringem não apenas a legislação sanitária, mas violam diretamente os princípios  bioéticos da não maleficência, autonomia do paciente e justiça, expondo o indivíduo a  sequelas físicas, sexuais e psicológicas de difícil reversão (Ferreira & Souza, 2020). 

A ética profissional exige mais do que a mera execução de técnicas. Exige  consciência crítica, compromisso com o bem-estar do paciente e atualização contínua  baseada em evidências científicas. O uso de materiais permanentes em  procedimentos estéticos, sem respaldo da comunidade científica e em desrespeito às  diretrizes regulatórias, compromete não apenas a saúde do paciente, mas também a  credibilidade da prática biomédica e estética. 

Este estudo contribui de forma relevante ao debate sobre os limites da atuação  estética íntima e a necessidade de regulamentação rigorosa na área. Ao integrar um  caso clínico real de complicação tardia com a literatura atualizada, ele revela um  cenário alarmante, que exige não apenas revisão das práticas clínicas, mas também  ações políticas e institucionais que fortaleçam a formação, a fiscalização e a  responsabilização dos profissionais. 

É imprescindível que os conselhos profissionais e instituições de ensino  reforcem o papel da formação ética e humanizada, com enfoque na segurança,  empatia e responsabilidade no atendimento ao paciente. O uso do PMMA, dada sua  natureza não reabsorvível, deve ser restringido exclusivamente a contextos médicos  reconstrutivos com respaldo científico, sendo terminantemente desencorajado em  procedimentos eletivos de caráter estético. 

Conclui-se, portanto, que a bioplastia peniana com PMMA representa um risco  elevado à saúde pública, envolvendo potenciais danos físicos, funcionais, emocionais  e sociais. A substituição por materiais reabsorvíveis, como o ácido hialurônico,  associados a práticas baseadas em evidências e a uma abordagem multidisciplinar,  são caminhos indispensáveis para assegurar uma estética ética, segura e centrada  na dignidade humana.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

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