COMPETÊNCIAS DO ENFERMEIRO GESTOR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE PARA O ATENDIMENTO INCLUSIVO E HUMANIZADO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202506072052


Alessandra Souza Florêncio Pimentel1
Merle Denser dos Santos2
Lucia Helena Ferreira Viana3
Débora de Oliveira Corteza4


Resumo: Os Transtornos do Espectro Autista (TEA) são desordens complexas do neurodesenvolvimento, caracterizadas por déficits na comunicação social e comportamentos repetitivos. No contexto da atenção primária, a assistência inclusiva e humanizada às crianças com TEA representam um desafio significativo, exigindo competências específicas por parte do enfermeiro gestor. O estudo tem como objetivo identificar os desafios enfrentados pelos profissionais,  crianças e suas famílias, além de propor ações que promovam um cuidado centrado no paciente e pautado pela humanização. Fundamentado em evidências científicas recentes, o estudo contribui para a qualificação da assistência e aprimoramento das práticas de gestão em enfermagem, baseada na análise de artigos publicados entre 2019 e 2024. A busca foi realizada em fontes confiáveis e reconhecidas na área da saúde. Os resultados indicam que a Capacitação e Educação Continuada, aliada a criação de Protocolos e Fluxos de Atendimentos específicos, Ambiente Adaptado, Acolhedor e Inclusivo, Envolvimento das Famílias, Monitoramento e Avaliação do Cuidado, são cruciais para melhorar o acolhimento e a assistência. A humanização no atendimento e o trabalho interdisciplinar com outras redes de apoio destacam-se como estratégias essenciais para o cuidado integral. Conclui-se que o enfermeiro gestor desempenha um papel fundamental na transformação da atenção primária em um espaço mais inclusivo e humanizado, promovendo a autonomia e a qualidade de vida das crianças com TEA e suas famílias.

Palavras-chave: tea; inclusão; atenção primária.

1.    Introdução 

O Transtorno do Espectro Autista, conhecido como TEA, é um distúrbio causado pelo desenvolvimento neurológico atípico, o “autismo infantil” foi definido em 1943 por Kanner, sendo originalmente chamado de “distúrbio autístico do contato  afetivo” sendo uma condição com características comportamentais específicas, se manifesta em forma  de  deficit ́s  de  comunicação,  interiorização  e  comportamentos  repetitivos (estereotipados),  aparência  fisicamente  normal  com  dificuldade  de  usar  a  linguagem para  comunicação,  comportamentos  rotineiros,  solidão  autístico  extrema.  (Filha,et al.2019; Da Silva, Giovana Rodrigues. 2019).

Crianças com TEA apresentam alterações genéticas, biológicas e ambientais, as manifestações  clínicas  em  geral  podem  ser  identificadas  por  pais,  responsáveis  e familiares,  a  criança  apresenta  padrões  de  comportamento  característicos  do  autismo, no  entanto,  os  pais  raramente  percebem  flutuações  de  desenvolvimento  que  se assemelham  ao  comportamento  normal.  Essas  alterações  ocorrem  justamente  em crianças em fase inicial de desenvolvimento, causando prejuízos significativos em áreas importantes da vida. (Donetto, Monica. 2022.)

A atuação do enfermeiro gestor na APS é essencial e indispensável, especialmente no contexto do cuidado a crianças com TEA. Este profissional desempenha um papel mediador, organizando processos de atendimento e promovendo intervenções voltadas à inclusão e ao acolhimento. Estudos evidenciam que sua capacitação contínua e a formulação de protocolos assistenciais específicos institucionais são estratégias fundamentais para garantir uma abordagem sensível e resolutiva, superar os desafios que envolvem desde o diagnóstico precoce até o acompanhamento longitudinal e integral dessas crianças (Araujo, C. M. et al, 2019; Vasconcelos, E. C. et al., 2019; Silva, A. C. G. et al., 2022; Moraes e Ferreira, 2023).

Adaptações no ambiente de atendimento também são apontadas como estratégias eficazes para melhorar o acolhimento. Espaços físicos que minimizem estímulos sensoriais e ferramentas como recursos visuais têm demonstrado impacto positivo na experiência do cuidado. Além disso, o envolvimento das famílias no planejamento e na execução das ações é essencial para fortalecer os vínculos e garantir a integralidade no atendimento (Mattos, S. A. D. et al., 2021; Pedraza et al., 2023; Oliveira, A. R. P, et al., 2023).

A necessidade desta pesquisa se justifica pelas lacunas importantes ainda existentes na APS no que concerne ao atendimento de crianças com TEA e suas famílias (Magalhães et al., 2022; Sandri, J. V. D. A. et al., 2022). Conforme apontam Silva, A. C. G. et al. (2022) e Moraes e Ferreira (2023), a atuação do enfermeiro gestor é crucial para organizar o cuidado e promover a inclusão, sendo a capacitação contínua e a criação de protocolos específicos estratégias fundamentais para uma abordagem eficaz. Além disso, adaptações no ambiente e o envolvimento familiar são reconhecidos por Pedraza et al. (2023) e Oliveira, A. R. P, et al., (2023) como elementos que impactam positivamente a experiência do cuidado e garantem sua integralidade. Diante desse contexto, torna-se imprescindível investigar os desafios específicos enfrentados no cotidiano da APS para embasar a proposição de ações que otimizem o cuidado a essa população.

Em face do cenário apresentado, este estudo tem como objetivo compreender as competências do enfermeiro gestor na Atenção Primária à Saúde no contexto do atendimento inclusivo e humanizado de crianças com TEA. Acredita-se que a qualificação da assistência e o aprimoramento da gestão em enfermagem, sustentados por evidências científicas recentes, dependem intrinsecamente de estratégias como a capacitação e educação continuada, o desenvolvimento de protocolos e fluxos de atendimento específicos, a criação de ambientes adaptados, acolhedores e inclusivos, o engajamento das famílias e um rigoroso monitoramento e avaliação do cuidado.

2.    Metodologia 

Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa, de natureza exploratória e descritiva, A escolha da abordagem qualitativa se justifica pela necessidade de aprofundar a compreensão das percepções e vivências dos enfermeiros gestores com objetivo principal deste estudo é investigar as competências do enfermeiro gestor na Atenção Primária à Saúde (APS) para o atendimento inclusivo e humanizado de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A pesquisa bibliográfica de caráter integrativo, abrangendo artigos científicos publicados online entre 2019 e 2024. A busca foi realizada em fontes confiáveis e reconhecidas na área da saúde, utilizando bases de dados como SciELO; Revista Brasileira Interdisciplinar de Saúde; Literare Books; Revista Uningá; Vita et Sanitas; Revista Saúde e Pesquisa; Revista Científica Multidisciplinar Latin Science; Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro; Revista Novas Tendências em Pesquisa Qualitativa; Semina: Ciências Biológicas e da Saúde;  Revista Saúde e Desenvolvimento Humano; Revista Remecs – Revista Multidisciplinar de Estudos Científicos em Saúde e Revista Enfermagem em Foco, mediante a utilização de descritores específicos sobre a atuação do enfermeiro gestor na APS e o cuidado de crianças com TEA.

A seleção dos artigos seguirá critérios de inclusão e exclusão bem definidos para garantir a relevância e a qualidade das publicações. Os artigos selecionados serão analisados criticamente, com foco nas metodologias utilizadas, nos resultados encontrados e nas discussões sobre as competências dos enfermeiros gestores no contexto do TEA.

Durante a coleta de dados, foram analisados 48 artigos. Após a leitura inicial de títulos e resumos, 23 artigos foram considerados  relevantes e acessados integralmente. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 14 estudos foram selecionados para análise detalhada, considerando sua contribuição significativa  ao tema. 

A análise dos dados foi realizada por meio de uma abordagem temática, identificando categorias e temas recorrentes que emergiram dos artigos. Essa análise possibilitou a compreensão das diversas competências necessárias ao enfermeiro gestor na APS, dos desafios enfrentados e das estratégias propostas para um atendimento mais inclusivo e humanizado às crianças com TEA e suas famílias.

a. Entre as categorias destacaram-se: 

•        Impacto do planejamento e padronização  de fluxos de atendimento inclusivo.

•        Estratégias para criar espaços sensoriais e  comunicativos favoráveis ao atendimento de crianças com TEA. 

•        Necessidade de educação continuada e  articulação com serviços intersetoriais. 

3.    Desenvolvimento

Os Transtornos do Espectro Autista (TEA) demandam uma abordagem diferenciada e multidimensional, sobretudo na Atenção Primária à Saúde (APS), onde geralmente ocorre o primeiro contato com o sistema de saúde. O enfermeiro gestor desempenha um papel central nesse cenário, articulando estratégias que visam à inclusão, à humanização e à qualidade do atendimento às crianças com TEA e suas famílias. Estudos recentes destacam que a organização de processos assistenciais e o desenvolvimento de protocolos claros são essenciais para promover o acolhimento e minimizar barreiras no cuidado integral (Silva, A. C. G. et al., 2022; Moraes A. S.; Ferreira, T. V, 2023).

A literatura revisada consistentemente aponta a capacitação de profissionais na atenção básica como um pilar fundamental para a detecção precoce de sinais de autismo em crianças pré-escolares. Essa expertise especializada, aliada à construção de uma relação de confiança com as famílias, é crucial. Isso não apenas atende às expectativas e necessidades dos pais, mas também facilita encaminhamentos oportunos e pertinentes, elementos que comprovadamente influenciam de forma positiva a evolução dos casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Entretanto, é igualmente perceptível que a fragilidade dos serviços de saúde e apoio social pode intensificar o estresse de cuidadores e familiares de crianças e adolescentes com TEA. Essa sobrecarga tem um impacto direto e negativo na qualidade de vida dessas famílias, uma realidade que se estende à carência de recursos em ambientes educacionais e de lazer adequados. A falta de suporte integral não só dificulta o manejo das demandas diárias, mas também limita as oportunidades de desenvolvimento e inclusão. Diante desse cenário, a presença de profissionais devidamente preparados para identificar as necessidades específicas de indivíduos com TEA e de seus responsáveis é de extrema relevância. Essa qualificação profissional é imperativa para promover um acolhimento eficaz e garantir o início assertivo do processo de assistência. Conforme amplamente corroborado por estudos nacionais e internacionais, essa preparação é a base para assegurar um suporte verdadeiramente integral e humanizado (Jerônimo TG. Et. al 2023)

O enfermeiro gestor deve reunir competências técnicas e interpessoais para coordenar processos de cuidado que respeitem as especificidades das crianças com TEA. Dentre as competências mais relevantes, destacam-se:

•        Gerenciar recursos humanos e materiais de forma estratégica, garantindo que as demandas específicas do TEA sejam atendidas.

•        Desenvolver fluxos de atendimento que evitem longas esperas e considerem as sensibilidades sensoriais características dessas crianças.

•        “Estabelecer um vínculo de confiança com as famílias, promovendo sua inclusão no planejamento das ações terapêuticas (Feifer G. P. et al, 2020; Pedraza et al., 2023; Oliveira, A. R. P, et al., 2023)”.

O desenvolvimento contínuo dessas habilidades é imprescindível para garantir um cuidado baseado em evidências, reduzindo o impacto de diagnósticos tardios e a carência de acompanhamento especializado.

Um atendimento inclusivo e humanizado requer a adaptação tanto do espaço físico quanto das práticas dos profissionais de saúde. A criação de ambientes acolhedores e seguros, com redução de estímulos sensoriais, é apontada como uma das estratégias mais eficazes para melhorar a experiência de cuidado (Santos, J. S. et al, 2020; Moraes e Ferreira, 2023). Além disso, o uso de recursos visuais, como pictogramas e cartões de comunicação, auxilia na interação com as crianças e reforça a humanização do atendimento.

O envolvimento das famílias no cuidado às crianças com TEA é indispensável para o sucesso das intervenções. O enfermeiro gestor deve criar um ambiente que favoreça o compartilhamento de experiências e a construção de estratégias personalizadas, atendendo às demandas individuais e promovendo a autonomia das famílias no cuidado diário. Além disso, o monitoramento constante das ações implementadas permite ajustar intervenções de forma contínua, garantindo que as necessidades das crianças sejam plenamente atendidas (Silva, A. C. G et al., 2022).

4.    Resultados

Diante dos desafios identificados no cuidado a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e suas famílias no contexto da Atenção Primária à Saúde, torna-se necessário propor um plano de ação que oriente a atuação dos enfermeiros gestores na construção de práticas inclusivas e humanizadas. 

Este plano tem como finalidade fortalecer as competências profissionais, promover a articulação entre equipe de saúde, rede de apoio e comunidade, além de garantir um cuidado centrado nas necessidades singulares da criança com TEA, respeitando seus direitos, sua autonomia e a escuta ativa das famílias. 

4.1 Estrutura Plano de Ação: 

Área de IntervençãoDesafio IdentificadoAção PropostaResponsávelCronogramaRecursos NecessáriosRecursos deAvaliação
Capacitação e Educação ContinuadaFalta de conhecimento específico sobre TEA e práticas inclusivas.Desenvolver e implementar um programa de capacitação contínua para a equipe da APS sobre TEA(características, diagnóstico precoce, intervenções baseadas em evidências, comunicação com famílias, estratégias de inclusão). Enfermeiro Gestor, em colaboração comespecialistas em TEA e equipe de educação permanente. Início: [Mês/Ano] Duração:[Número] meses.Materiais educativos (manuais, vídeos), palestrantes, espaço para treinamento, etc…Número de profissionais capacitados por módulo. Avaliação de conhecimento pré e pós-capacitação.
Feedback dos participantes sobre a relevância do treinamento.
Protocolos e Fluxos de AtendimentoAusência de protocolos claros e fluxos de atendimento definidos para crianças com TEA na APS.Elaborar e implementar protocolos Institucionais, de atendimento específicos para crianças com TEA, abrangendo desde a identificação de sinais de alerta até o acompanhamento longitudinal e a articulação com outros serviços da rede.Enfermeiro Gestor, em conjunto com a equipe multidisciplinar da APS e representantes de associações de pais/cuidadores de crianças com TEA.Elaboração:[Mês/Ano] Implementação: [Mês/Ano] Revisão: Anual.Diretrizes clínicas, evidências científicas, participação de especialistas e famílias, software para gestão de protocolos (opcional)Divulgação do protocolo. Taxa de adesão dos profissionais ao protocolo. Tempo médio entre a identificação de sinais e o encaminhamento (quando necessário). Satisfação dos profissionais e famílias com o fluxo de atendimento. 
Ambiente Adaptado, Acolhedor e InclusivoDificuldades na adaptação do ambiente físico e na implementação de práticas de acolhimento sensíveis às necessidades de crianças com TEA.Promover adaptações no ambiente da APS para minimizar estímulos sensoriais (luz, som, cores), criar espaços de espera acolhedores e utilizar recursos visuais para comunicação e organização.Enfermeiro Gestor, com apoio da administração da unidade de saúde e equipe de manutenção.Levantamento de necessidades: [Mês/Ano] Implementação gradual: [Mês/Ano] – [Mês/Ano].Materiais para adaptação sensorial (tecidos, adesivos, organizadores), recursos visuais (pictogramas, horários visuais), mobiliário adequado.Implementação das adaptações propostas. Observação do comportamento das crianças e famílias no ambiente adaptado. Feedback das famílias sobre o acolhimento.
Envolvimento das Famílias  Baixo envolvimento das famílias no planejamento e execução do cuidado e fragilidade na articulação com a comunidadeDesenvolver estratégias para fortalecer o vínculo com as famílias (grupos de apoio, reuniões informativas, escuta ativa) e promover a articulação com recursos comunitários (associações, escolas, serviços especializados).Enfermeiro Gestor, Agentes Comunitários de Saúde (ACS), equipe multidisciplinar.Início: [Mês/Ano] Ações contínuas.Espaço para reuniões, materiais informativos para famílias, mapeamento de recursos comunitários, instrumentos de comunicação com as famílias.Nível de participação das famílias nas atividades propostas. Número de parcerias estabelecidas com a comunidade. Satisfação das famílias com o apoio recebido.
Monitoramento e Avaliação do CuidadoFalta de instrumentos e processos para monitorar a qualidade e os resultados do cuidado oferecido a crianças com TEA.Implementar instrumentos de coleta de dados para monitorar indicadores relevantes (acesso, adesão ao tratamento, satisfação, desenvolvimento das crianças) e realizar avaliações periódicas das práticas de cuidado.Enfermeiro Gestor, equipe de coleta e análise de dados da unidade de saúde.Definição de indicadores:[Mês/Ano] Implementação da coleta: [Mês/Ano] Avaliações: Semestrais/Anuais.Formulários de coleta de dados, software para análise de dados (opcional), instrumentos de avaliação de satisfação.Indicadores monitorados (ex: número de crianças com plano de cuidado individualizado). Taxa de satisfação das famílias com o cuidado. Resultados das avaliações periódicas.

Fonte: Quadro elaborado pelas autoras,2025.

5.    Conclusão

O cuidado inclusivo e humanizado às crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na atenção primária é uma responsabilidade que requer a integração de competências técnicas, empatia e uma visão ampliada da assistência em saúde. A atuação do enfermeiro gestor, neste contexto, emerge como uma peça fundamental para transformar as unidades de saúde em espaços acolhedores, organizados e capazes de atender às especificidades dessas crianças e de suas famílias.

Este trabalho destacou a necessidade de investimento na capacitação contínua dos profissionais, na criação de ambientes adaptados e no fortalecimento do vínculo com as famílias. Estratégias como o uso de protocolos claros, a articulação intersetorial e a implementação de práticas educativas comprovam que é possível melhorar a qualidade do atendimento ao alinhar ciência, humanização e inclusão. Essas abordagens, aliadas à participação ativa dos familiares no planejamento e execução do cuidado, promovem não apenas a qualidade de vida das crianças, mas também o desenvolvimento de uma assistência mais justa e eficiente.

Por meio da construção de um plano de ação específico, foi possível propor intervenções práticas e viáveis para intensificar melhorias no acolhimento e cuidado. Esse plano ressalta a importância de esforços coordenados entre profissionais de diferentes áreas, enfatizando que o atendimento às crianças com TEA requer uma abordagem coletiva e comprometida com o desenvolvimento integral. Conclui-se que a atenção primária tem potencial para ser um elo essencial no cuidado às crianças com TEA, desde que guiada por uma gestão que valorize a inclusão, a dignidade e o bem-estar. O enfermeiro gestor é não apenas o facilitador, mas também o líder na condução dessas transformações, contribuindo para um sistema de saúde mais humano, acessível e sensível às particularidades das crianças e suas famílias. É fundamental que esse modelo de cuidado sirva de inspiração para novas pesquisas e práticas, ampliando os horizontes da assistência inclusiva e humanizada na enfermagem.

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1Discente Graduanda de Enfermagem alessandra-florencio@hotmail.com
Centro Universitário Piaget-UNIPIAGET
2Discente Graduanda de Enfermagem merledenser@gmail.com
Centro Universitário Piaget-UNIPIAGET
3Docente Orientadora de Enfermagem luciahelena@unipiaget.com Centro Universitário Piaget-UNIPIAGET
4Docente Coordenadora de Enfermagem deboracortez@unipiaget.com
Centro Universitário Piaget-UNIPIAGET