Trabalho de Conclusão do Curso de Fisioterapia, Uninassau, para obtenção do título de Fisioterapeuta.
Orientador (a): Prof. Francisco Carlos Santos Cerqueira.
DEDICATÓRIA
DEDICO ESTE TRABALHO
A DEUS, QUE COM SUA INFINITA SABEDORIA, FOI UM IMPORTANTE GUIA NA MINHA TRAJETÓRIA. E AOS MEUS AVÔS CODOALDO MACIEL DE OLIVEIRA E LUÍS JOSÉ DOS SANTOS (IN MEMORIAM), COM TODO MEU AMOR E GRATIDÃO. OBRIGADA!
AGRADECIMENTO
Á Deus, que me deu força e coragem para vencer todos os obstáculos e dificuldades enfrentadas durante esses anos.
Aos meus familiares e amigos que sempre estiveram ao meu lado me apoiando ao longo de toda a minha trajetória.
Ao Dr. Francisco Cerqueira, meu orientador, pelo incentivo, orientação e dedicação ao meu artigo. Obrigada por me motiva durante todo o processo.
Agradeço aos professores, que me incentivaram a continuar lutando com garra e coragem ao desempenho dos mesmos.
RESUMO
As infecções hospitalares é uma grande ameaça aos pacientes traqueostomizados internados na UTI, uma das causas é transmissão cruzada (transmissão de um agente patológico de paciente para o outro) pela falta de alguns cuidados de higienização pode ocasionar essa transmissão, que se constituindo em risco à saúde dos pacientes. O objetivo desse artigo é demonstrar transmissão cruzada em pacientes traqueostomizados acontece com muita frequência nas unidades de terapia intensivas e mostrar que todas essas atividades estão relacionadas com as competências da fisioterapia. Trata- se de um estudo bibliográfico, o qual é entendido como aquele que explica um problema por meio de referências bibliográficas. Na qual os artigos foram acessados pelas bases eletrônicas: Scielo, google acadêmico, google livro e nos sites da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e MINISTÉRIO DA SAÚDE. Pra busca foram utilizadas as palavras chaves: prevenção, infecção hospitalar e transmissão cruzada. Foi analisado artigos publicados entre o período de 2011 a 2019, incluindo artigos pra compor está revisão bibliográfica e passar a ideia de que a fisioterapia desempenha um papel importante na UTI na recuperação de pacientes traqueostomizados seguindo as competências da fisioterapia. No resultado pode se comprovar a veracidade da importância da fisioterapia para tratar riscos de Transmissões Cruzadas em Pacientes traqueostomizados (TCPT) como cada atitude tem a finalidade na melhora dos pacientes. Nisso, conclui se que a fisioterapia não está retida apenas nas salas de reabilitação, mas nos cuidados básicos que salva muitas vidas.
Palavras-chaves:Infecção Hospitalar, Traqueostomia, competências.
ABSTRACT
Hospital infections are a great threat to tracheostomized patients admitted to the ICU, one of the causes is cross-transmission (transmission of one pathological agent from one patient to the other) due to the lack of some hygiene care that can cause this transmission, which constitutes a risk to patient health. The purpose of this article is to demonstrate cross-transmission in tracheostomized patients happens very often in intensive care units and to show that all these activities are related to the physiotherapy skills. It is a bibliographic study, which is understood as one that explains a problem through bibliographic references. In which the articles were accessed by electronic databases: Scielo, google academic, google book and on the websites of the National Health Surveillance Agency (ANVISA) and MINISTRY OF HEALTH. The search used the keywords: prevention, nosocomial infection and cross-transmission. Articles published between 2011 and 2019 were analyzed, including articles to compose this bibliographic review and convey the idea that physiotherapy plays an important role in the ICU in the recovery of tracheostomy patients following the skills of physiotherapy. The result can prove the veracity of the importance of physiotherapy to treat risks of Cross Transmission in Tracheostomized Patients (TCPT) as each attitude is intended to improve patients. In this, it is concluded that physiotherapy is not retained only in rehabilitation rooms, but in basic care that saves many lives.
Keywords:Hospital Infection, Tracheostomy, skills
- INTRODUÇÃO
A infecção hospitalar (IH) é uma grande ameaça aos pacientes internados nas unidades intensivas sendo uma das causas mais comuns é a transmissão cruzada(TC) caso os pacientes estejam com traqueostomia, estarão propício a serem infectados. Para diminuir a taxa de mortalidade os profissionais precisam se atentar sobre as medidas de prevenção no controle de TC (transmissão de um agente patológico para outro indivíduo) devido ao agravo dos pacientes após serem infectados alguns acabam morrendo. Define–se infecção hospitalar é aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimento hospitalar (PORTARIA N° 2.616, de Maio de 1998).
Nesse contexto, a problemática está relacionada as transmissões cruzadas sendo a principal causa de morte com números crescendo cada vez mais. Os profissionais precisam realizar os procedimentos de prevenção como a lavagem das mãos, o descarte dos equipamentos de proteção individual. Destacar que o profissional da fisioterapia tem amplo desempenho nos cuidados das transmissões cruzadas seguindo conforme as competências presentes no COFFITO, que incluem os cuidados em evitar riscos de infecções em pacientes com traqueostomia. Caso não haja essa intervenção a taxa de mortalidade por infecção hospitalar irá só aumentar. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), infecções hospitalares atingem cerca de 14% dos pacientes internados, além de ser responsável por mais de 100 mil mortes no Brasil todos os anos (TONUSSI, 2017).
Os cuidados com a vida é de suma importância pois os fisioterapeutas trabalham empenhados na prevenção de complicações, proporcionado uma melhora significativa. De acordo com a PORTARIA 2.616 no \”Art. 2° As ações mínimas necessárias, a serem desenvolvidas, deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções dos hospitais, compõem o Programa de Controle de Infecções Hospitalares”.
Na UTI, devido à sobrecarga dos profissionais pra atender muitos pacientes na correria, acabam esquecendo-se de seguir as medidas de prevenção de infecções, com isso levando o agente patológico para outros pacientes com a imunidade muito baixa, e acaba que essa infecção gera uma sepse (infecção generalizada). A fisioterapia tem o objetivo de atuar na prevenção como qualquer profissional da área sobre os cuidados na lavagem das mãos, a conscientização dos profissionais nos programas de controle de infecção hospitalar e a comissão de controle de infecção hospitalar, o descarte dos equipamentos de proteção individual (EPI´s), higienização do ambiente hospitalar e demonstrar que todas essas finalidade condizem com o que está previsto no artigo 3° do COFFITO sobre as competências do fisioterapeuta na área da UTI. Com essa simples abordagem vão diminuir a taxa de IH, o tempo de internação e taxa de mortalidade devido às infecções cruzadas.
O motivo dessa revisão literária é avaliar a importância da fisioterapia no controle de infecção cruzada e que os profissionais tenham a consciência sobre os seus cuidados ao realizar procedimentos nos pacientes traqueostomizados. A transmissão por contato das doenças podem ocorrer de forma direta, entre duas superfícies corporais, com a transferência física de microrganismos entre pacientes e profissionais de saúde; ou de forma indireta que envolve o contato com objetos contaminados como instrumentais, circuitos ventilatórios, mobiliários.” (SUASSUNA, 2016).
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Conceito de Traqueostomia.
A traqueostomia é um procedimento cirúgico é realizado uma abertura da traqueia para o meio externo, tem o objetivo de contonar um obstáculo mecânico das vias aéreas superiores, faz com que a resistencia respiratoria diminuiar, facilitando a ventilação pulmonar por meio dessa via e, também facilitando a remoção de secreção provenientes da traqueia e dos brônquios.( CASTRO et al., 2014).
Segundo Vianna A, Palazzo RF, Aragon C 2011, A traqueostomia é um dos procedimentos mais comuns realizados em unidades de terapias, tem o objetivo de prevenção de lesões laringotraqueais após de 10 a 14 dias com o tubo orotraqueal os beneficios da traqueostomia diminuição do trabalho respiratorio, melhora da aspiração das vias aéreas, permitindo a fonação e a alimetação por via oral, menor necessidade de sedação, redução do risco de penumonia associada á ventilação mecânica, diminuindo do tempo de ventilação mecânica e do tempo de internação em unidades de terapia intensiva e redução da mortalidade.
2.2 Competências Fisioterapêuticas
As competencias são as formas de qualificação autorizadas em que o fisioterapeuta possa gozar de suas atribuições execendo seu papel de profissional. No artigo 3° do COFFITO mencionado a suas competências como elas noteam as futuras atividades dessa profissão, na qual é relatado que “Para o exercício da Especialidade Profissional de Fisioterapia em Terapia Intensiva é necessário o domínio das seguintes Grandes Áreas de Competência”.
I – Realizar consulta fisioterapêutica, anamnese, solicitar e realizar interconsulta e encaminhamento;
II – Realizar avaliação física e cinesiofuncional específica do paciente crítico ou potencialmente crítico;
III – Realizar avaliação e monitorização da via aérea natural e artificial do paciente crítico ou potencialmente crítico;
IV – Solicitar, aplicar e interpretar escalas, questionários e testes funcionais;
V – Solicitar, realizar e interpretar exames complementares como espirometria e outras provas de função pulmonar, eletromiografia de superfície, entre outros;
VI – Determinar diagnóstico e prognóstico fisioterapêutico;
VII – Planejar e executar medidas de prevenção, redução de risco e descondicionamento cardiorrespiratório do paciente crítico ou potencialmente crítico;
VIII – Prescrever e executar terapêutica cardiorrespiratória e neuro-músculo-esquelética do paciente crítico ou potencialmente crítico;
IX – Prescrever, confeccionar e gerenciar órteses, próteses e tecnologia assistiva;
X – Aplicar métodos, técnicas e recursos de expansão pulmonar, remoção de secreção, fortalecimento muscular, recondicionamento cardiorrespiratório e suporte ventilatório do paciente crítico ou potencialmente crítico;
XI – Utilizar recursos de ação isolada ou concomitante de agente cinésio-mecano-terapêutico, termoterapêutico, crioterapêutico, hidroterapêutico, fototerapêutico, eletroterapêutico, sonidoterapêutico, entre outros;
XII – Aplicar medidas de controle de infecção hospitalar;
XIII – Realizar posicionamento no leito, sedestação, ortostatismo, deambulação, além de planejar e executar estratégias de adaptação, readaptação, orientação e capacitação dos clientes/pacientes/usuários, visando a maior funcionalidade do paciente crítico ou potencialmente crítico;
XIV – Avaliar e monitorar os parâmetros cardiorrespiratórios, inclusive em situações de deslocamento do paciente crítico ou potencialmente crítico;
XV – Avaliar a instituição do suporte de ventilação não invasiva;
XVI – Gerenciar a ventilação espontânea, invasiva e não invasiva;
XVII – Avaliar a condição de saúde do paciente crítico ou potencialmente crítico para a retirada do suporte ventilatório invasivo e não invasivo;
XVIII – Realizar o desmame e extubação do paciente em ventilação mecânica;
XIX – Manter a funcionalidade e gerenciamento da via aérea natural e artificial;
XX – Avaliar e realizar a titulação da oxigenoterapia e inaloterapia;
XXI – Determinar as condições de alta fisioterapêutica;
XXII – Prescrever a alta fisioterapêutica;
XXIII – Registrar em prontuário consulta, avaliação, diagnóstico, prognóstico, tratamento, evolução, interconsulta, intercorrências e alta fisioterapêutica;
XXIV – Emitir laudos, pareceres, relatórios e atestados fisioterapêuticos;
XXV – Realizar atividades de educação em todos os níveis de atenção à saúde, e na prevenção de riscos ambientais e ocupacionais.
2.3 A atuação da Fisioterapia na prevenção de infecções cruzada.
Sobre a importância da fisioterapia nas infecções cruzadas, consideramos que “o trabalho intensivo dos fisioterapeutas diminui os riscos de complicações e infecções hospitalares, há a redução do sofrimento do paciente e, consequentemente permite a liberação mais rápida e segura das vagas e dos leitos hospitalares” (Xavier, 2014. 8p). O fisioterapeuta atuar também na atenção primaria na unidade intensivista na conscientização da equipe multidisciplina sobre as medidas de prevenção e os cuidados para que os pacientes não seja infectados através da transmissão cruzada e que eles trabalhem em prol pela vida dos pacientes.
A importância da fisioterapia na prevenção de TC tomando os devidos cuidados com os pacientes traqueostomizados, no qual sua rotina precisa ser cautelosa, quando for fazer a troca da cânula caso não esteja esterilizada e na realização da higienização brônquica, se o material estiver contaminado como: as gases, luvas e sondas podem complicar o caso para uma possível infecção respiratória.
2.4 A consciência dos profissionais nos programas de controle de infecção hospitalar e a comissão de controle de infecção hospitalar
“As atividades do Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH) foram delineadas pela Lei nº 9431, de 6 de janeiro de 1997, que dispõe sobre a obrigatoriedade dos hospitais manterem um Programa de Infecções Hospitalares e criarem uma Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH) para execução deste controle (Ministério da Saúde).
A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) surgiu com a intenção de ter um controle e reduzir os riscos das infecções decorrentes nos hospitais, desde o tipo da patogenia ao tipo de antibiótico utilizado. A sua importância foi minimizar controle de antibióticos prescritos de forma exacerbada, evitando a resistência de micro organismos, e “orienta as medidas de precauções e isolamento contra a transmissão de microrganismos nos hospitais, o que é fundamental para evitar que estas instituições se transformem no foco de disseminação de doenças emergentes para toda comunidade” (Fernandes, 2018).
“Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) é um conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares”.
Ao desenvolver essas ações da CCIH, são executadas as tarefas para os membros e para os profissionais ficarem cientes dos regulamentos estabelecidos, como foco principal desse artigo, evitar a proliferação das transmissões cruzadas.
“Os profissionais da saúde ficam cientes sobre a implantação de sistema de vigilância Epidemiológico” da IH, no qual, fará a coleta da ficha de paciente identificando as características do agente patológico e no uso do antibiótico proporcionado de forma racional desses medicamentos e de germicidas. Uma supervisão das rotinas técnico-operacional para prevenção será acrescentada no o controle da IH junto com a capacitação dos profissionais da instituição. Também é importante está consciente sobre a supervisão para limitar a disseminação das IH tomando como base o parágrafo 3.3.5 do Anexo I da PCIH em “elaborar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-operacionais, visando limitar a disseminação de agentes presentes nas infecções em curso no hospital, por meio de medidas de precaução e de isolamento”.
2.5 Formas de evitar a proliferação das infecções cruzadas.
2.5.1 Higienização das mãos.
De acordo com OPAS/OMS Brasil, no dia 15 de Outubro de 2008 foi criado o dia mundial da lavagem das mãos. Uma campanha que concientização sobre a lavagem das mãos de forma correta com água e sabão com intuito de diminuir a taxa de mortalidade por infecções. A higienização das mãos (HM) é bastante eficaz no controle de infecção, visto como os profissionais é a principal fonte de contaminação hoje os profissionais devem seguir a risca, mas infelizmente muitos acabam relaxando em realizar de forma correta.
Segundo MOTA et al 2014, no século XIX o médico Ignaz Philipp Semmelweiss, descobriu a importância das lavagens das mãos com água e sabão e logo depois com solução clorada de forma correta foi essencial no controle de transmissão da febre puerperal e assim a redução de mortes, isso fez com que se tornasse uma medida primaria para a prevenção em hospitais.
Segundo GUEDES et al 2012, as mãos dos profissionais estão presente em todos as condutas terapêuticas é de extrema importância que todos adotem medidas de prevenção. Uma das medidas é a HM, é a única forma de combate à transmissão cruzada, prevenindo aos agravos à saúde dos pacientes com a lavagem de mãos com água e sabão e uso de álcool em gel tendo objetivo de eliminar os micro-organismos das mãos.
De acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS) os 5 momentos tem objetivo de diminuir as infecções nasocomias: I- antes de tocar no paciente, II- antes de realizar procedimento limpo/asséptico (equipamento), III- após risco de exposição a fluidos corporais (esvaziamento da bolsa do cateter urinário), IV- após contato com o paciente, V- após contato com áreas próximas ao paciente (depois de tocar em objetos de sua área de cuidados, tais como grades da cama ou em seu prontuário).
Figura 1: 5 momentos para higienização das mãos
2.5.2 O descarte dos EPI´s
Segundo Silva et al 2016, devido o número de casos de infecção hospitalar foram atribuidas normas de prevenção padrão: uso de luvas, higienização das mãos (álcool e água) e de máscaras (descartáveis e de barreira), equipamento de proteção individual (óculos protetores, jaleco, capa de isolamento, avental).
Quando falamos de descartes corretos de EPIs, devemos nos antentar sobre a Biossegurança. De acordo com a ANVISA (Agencia de Vigilancia Sanitária) a biossegurança é a “condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente”. Para a biossegurança, os EPIs são acessórios indispensáveis quando se trata de proteção para a saúde de qualquer profissional que possam entender o motivo da segurança em setores com leitos de isolamento, além de determinar a forma correta de uso e descarte.
Também segundo a norma regulatória da Anvisa Nº 32 “os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais”, algumas medidas de prevenção foram tomadas e hoje é patrão.
Os EPIs descartáveis mais comuns para proteção são as máscaras (cirúrgica e N95), Luvas (látex e vinil), capote, touca e propé. EPIs não descartáveis são os óculos de proteção e viseira que são necessárias apenas higienizações após os atendimentos.
2.5.3 higienização do ambiente hospitalar
A higienização é o método mais eficaz para prevenir o paciente de adquirir doenças mais graves. Ela tem grande importância na prevenção de transmissão cruzada e em área de UTI, além de previne o deterioração de objetos e materiais, sujidades orgânica, também reduz a incidência de colonização deixando um ambiente favorável na proliferação de micro organismos patógenos (Paina et. al. 2015 e leal et. al 2017).
A limpeza deve ser feita nos leitos, banheiros, em materiais e equipamentos, enquadrados nas categorias (limpeza, desinfecção e descontaminação). A categoria foco desse artigo trata da desinfecção que é processo de destruição do micro organismo patogênico existente na superfície em matérias ou nas mãos mediantes as soluções germicidas tais como: álcool, hipoclórico 1%, glucoprotamina 0,5 ou 1%.
Quadro 1: Frequência de limpeza de acordo com a classificação da área.
3. METODOLOGIA
Trata- se de um estudo bibliográfico, o qual é entendido como aquele que explica um problema por meio de referências bibliográficas. Na qual os artigos foram acessados pelas bases eletrônicas: Scielo, google acadêmico, google livro e nos sites da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), COFFITO e MINISTÉRIO DA SAÚDE. Pra busca foram utilizadas as palavras chaves: prevenção, infecção hospitalar e transmissão cruzada. Foi analisado artigos publicados entre o período de 2011 a 2018, foi incluindo 07 artigos pra compor está revisão bibliográfica. A partir de sua análise foram agrupados nos seguintes tópicos: conceito de traqueostomia, a atuação da Fisioterapia na prevenção de infecções cruzada, a consciência dos profissionais nos programas de controle de infecção hospitalar e a comissão de controle de infecção hospitalar, higienização das mãos, o descarte dos equipamentos de proteção individual (EPI´s), higienização do ambiente hospitalar. Dentre esses tópicos, relacionar cada artigo com as competências da fisioterapia através de uma tabela, demonstrando-as com argumentos a importância do fisioterapeuta na área da UTI na prevenção de riscos da IH em pacientes traqueostomizados.
ANÁLISE
Ao analisar os dados coletados da revisão bibliográfica foi relacionada a artigos. Com autores citados com a finalidade de inclui-se a uma única forma de combate as TC que não só o fisioterapeuta, mas é deve de toda a equipe multidisciplinar em cumprir as medidas de prevenção. As citações foram baseadas em três ponto de vista. A primeira constitui em usar as referências para justificar os devidos cuidados com TCPT. A segunda é relaciona-las com as competências fisioterapêuticas, fazendo jus a participação multidisciplinar como profissional intensivista. A terceira consiste em informar o leitor fatores como cuidados básicos, o papel desempenhado da fisioterapia na UTI em prevenções e o reaprendizado consciente.
4. DISCURSSÕES DE RESULTADO
4.1 Como a pesquisa se enquadra nas competencias normativas do COFFITO na atuação do Fisioterapeuta
De acordo com a pesquisa foram relacionados os artigos citados nos topicos anteriores em comparativo com as competências para demostrar que a fisioterapia esta envoltar no tratamento e prevenção da IH. Como constar no Art. 3º. “Para o exercício da Especialidade Profissional de Fisioterapia em Terapia Intensiva é necessário o domínio das seguintes Grandes Áreas de Competência” e relatar que o fisioterapeuta está incumbido nos cuidados de prevenção da TC em pacientes traqueostomizados, como mostra na tabela a baixo.
Tabela 1 uso das competências em relação à função da fisioterapia em PCPT
Competencia | Citação | Fundametação |
X – Aplicar métodos, técnicas e recursos de expansão pulmonar, remoção de secreção, fortalecimento muscular, recondicionamento cardiorrespiratório e suporte ventilatório do paciente crítico ou potencialmente crítico; | CASTRO et al., 2014 | 2.1conceito de traqueostomia. 1º paragrafo pag. 7 |
Vianna A, Palazzo RF, Aragon C. 2011 | 2.1conceito de traqueostomia. 2º paragrafo pag. 7 | |
VII – Planejar e executar medidas de prevenção, redução de risco e descondicionamento cardiorrespiratório do paciente crítico ou potencialmente crítico; | Xavier, 2014 | 2.3 A atuação da Fisioterapia na prevenção de infecções cruzada. 1º parágrafo pag. 8 |
Fernandes, 2018 | 2.4 A consciência dos profissionais nos programas de controle de infecção hospitalar e a comissão de controle de infecção hospitalar. 2º parágrafo. Pag8 | |
XII – Aplicar medidas de controle de infecção hospitalar; | GUEDES et al 2012 | 2.5.1 Higienização das mãos. 3º paragrafo. Pag 9 |
Silva et al 2016 | 2.5.2 O descarte dos EPI´s 1ºParagrafo. Pag 10 | |
XXV – Realizar atividades de educação em todos os níveis de atenção à saúde, e na prevenção de riscos ambientais e ocupacionais. | Paina et. al. 2015 e leal et. al 2017 | 2.5.3 higienização do ambiente hospitalar 1º paragrafo. Pag 11 |
4.2 discussões sobre a tabela Uso das competências em relação à função da fisioterapia em PCPT
Ao citarmos o trecho “X – Aplicar métodos, técnicas e recursos de expansão pulmonar, remoção de secreção, fortalecimento muscular, recondicionamento cardiorrespiratório e suporte ventilatório do paciente crítico ou potencialmente crítico”, foi se utilizado o artigo de CASTRO et. Al. 2014 Foi relatado nesse artigo sobre com a traqueostomia está relacionado a fisioterapia através de métodos de prevenção relacionados a parte pulmonar que envolve paciente em ventilação mecânica pacientes que estão exposto ao risco de infecção e os cuidados não só da fisioterapia, mas também da equipe multidisciplinar para atuar no combate de transmissão cruzada. Já em VIANNA A, PALAZZO RF, ARAGON C, 2010, que em beneficio a melhora dos pacientes é necessário cuidados para que não haja complicações, como finalidade principal, prevenção de acidentes com técnicas que melhore as condições de alta.
Sobre o trecho “VII – Planejar e executar medidas de prevenção, redução de risco e descondicionamento cardiorrespiratório do paciente crítico ou potencialmente crítico”, foi citado no livro XAVIER, 2014, dita que o fisioterapeuta tem um papel fundamental na prevenção de infecção cruzada, dando ênfase sobre a participação no planejamento de “medidas de prevenção e riscos” tanto da prevenção quanto dos tratamentos em casos críticos. Em FERNANDES 2010, condiz que a CCIH tem com planejamento padrão evitar possíveis contaminações com agentes patológicos, sendo necessária a participação dos membros da área intensivista, visto que a participação do fisioterapeuta é fundamental nesse planejamento, pois quando se trata de redução de riscos de IH mediante a traqueostomia, são necessárias intermediações do fisioterapeuta. Algumas discussões desse trecho salientar a participação do fisioterapeuta em proporcionar melhor qualidade de vida no período de internação com as medidas do planejar, que vai desde a higienização hospitalar desde ao consenso no controle do antibiótico prescrito ao paciente.
Nesse resultado podemos acrescentar que a higienização das mãos não é algo que está fora das funções e competências de um fisioterapeuta como refere – se no trecho “XII – Aplicar medidas de controle de infecção hospitalar” de acordo com a citação de GUEDES et. al 2012, onde podemos pautar uma forma de ação primaria (que envolve a prevenção e controle de riscos), uma área de ação de grande atuação dos fisioterapeutas envolvendo aplicação de medidas que decorem desde a conscientização do uso de EPIs em momentos críticos, a lavagem das mãos, referente ao tópico citado, que é a principal ação que previne a transmissão cruzada de IH, e evitar consequências que envolvam contato com materiais de uso de ventilação mecânica. Segundo Silva et al 2016, o descarte dos EPI´s tem relação com a prevenção da IH porquanto, a sua maneira correta rejeite implica nenhuma medida de controle de IH no qual compreende- se que matérias de proteção pode ser um transmissor de agente patológico.
Discute-se que o fisioterapeuta assim como as demais profissões da área da saúde tem como esse trecho, as atitudes mais importantes na prevenção da IH com intuído de evitar complicações no quadro clinico.
O relacionar o tópico na “Higienização do Ambiente Hospitalar” ao trecho “XXV – Realizar atividades de educação em todos os níveis de atenção à saúde, e na prevenção de riscos ambientais e ocupacionais” pela referencias de Paina et al 2015 e Leal 2017 complementa que é o dever do profissional de fisioterapia a orientar atividades que visam prevenção de riscos ambientais e ocupacionais, ambos relacionados a minimizar danos causados por agentes químicos e biológicos amplamente estudado pela “higienização ocupacional”, então pode ser inserida como boas práticas sobre higienização, onde essas atividades incluem as limpezas dos leitos e equipamentos inclusos ao paciente acometido a traqueostomia, e como sempre visando e indagando a prevenção de riscos ocupacionais (tendo como foco o risco biológico proveniente a infecções cruzadas). Sobre a questão de orientar discute-se que a todos os níveis de atenção, devemos mencionar que o método de higienização do ambiente hospitalar está diretamente relacionada a atenção primaria sendo isso, os cuidados sobre o paciente com traqueostomia seja não contaminado facilitando o processo de desmane ventilatório que requer níveis da atenção terciaria.
5. CONCLUSÃO
A ideia principal desse artigo é passar para os leitores que a fisioterapia não está só retida em reabilitar nas suas atividades diárias e laborais, mas concentrada também na atenção primaria, cuidados com pacientes traqueostomizados e sobre a conscientização da equipe multidisciplinar na prevenção de transmissão cruzada como mencionar as competências da fisioterapia.
Os pontos apresentados na análise foram a respeito destaca a importância da fisioterapia na UTI, como ela engloba diversas áreas da atenção primaria e como a transmissão cruzada faz parte dos cuidados fisioterapeuta em pacientes traqueostomizados onde o mesmo requer atenções todo tempo, pois se trata de uma cirurgia que permite melhor ventilação, mas está exposto ao contato de microrganismo patogênico.
No decorre da pesquisa verificou- se conforme os autores as medidas de prevenção é a única forma de combate as IH com simples atitudes e conscientização da equipe multidisciplinar essas atitudes podem salvar vidas.
Ao final desse trabalho de pesquisa de investigação pode se dizer que a pesquisa foi bem sucedida com referências que coincidiam com os objetivos específicos. Foi necessário usar artigos de publicações de outras áreas para tomar- se como base para a conclusão dos resultados.
Sobre tudo isso, complemento que o fisioterapeuta é essencial nas unidades de terapias intensivas atuando na prevenção de complicações assim diminuindo o tempo de internação e com o apoio de toda a equipe, trabalhando em prol na vida dos pacientes e retorna-lo a sociedade com menor número de sequelas.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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3.BRASIL, RESOLUÇÃO Nº 402/2011 – Disciplina a Especialidade Profissional Fisioterapia em Terapia Intensiva e dá outras providências 16 de Maio de 2014
4.BRASIL, Ministério da Saúde, ANVISA, serviços de saúde, Controle de infecções em serviços de saúde, Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar, Lei nº 9431, de 6 de janeiro de 1997.
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Percepção de Profissionais de Enfermagem e Cuidadores, Revista Brasileira de Cancerologia 2014.
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11.OPAS/OMS Brasil, 15 de outubro: dia mundial de lavar as mãos, disponível em <https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=1567:15-de-outubro-dia-mundial-da-lavagem-das-maos-2&Itemid=839> acesso em 16 de outubro de 2020
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17.Xavier; Daniel, O Guia Prático e Definitivo do Fisioterapeuta Intensivista, Instituto Amazonense de Aprimoramento e Ensino em Saúde- IAPES, Planalto, Manaus 2014.
7. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Higienização das mão, POP/CCIH/009/2016,Disponível em <http://www2.ebserh.gov.br/documents/220250/1649711/POP+higieniza%C3%A7%C3%A3o+hospitalar+PADR%C3%83O+EBSERH.pdf/a1efc390-aab4-4e7d-96ae-97b44872c09f. Acesso dia 30 de Outubro de 2020.
Juliana Souza, Infecções Adquiridas em Hospitais: como pode acontecer?, instituto de Microbiologia Paulo de Góes- Centro de Ciencias de Saúde, disponível em <http://www.microbiologia.ufrj.br/portal/index.php/pt/destaques/novidades-sobre-a-micro/658-infeccoes-adquiridas-em-hospitais-como-pode-acontecer> acesso em 01 de outubro de 2020.
Organização Pan-Americana da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária; Manual para observadores: estratégia multimodal da OMS para a melhoria da higienização das mãos. / Organização Mundial da Saúde; tradução de Sátia Marine – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; Agência Nacional de Vigilância Sanitária., 2008.
8. LISTA DE ABREVIATURAS
TCPT: Transmissão Cruzada em Pacientes Traqueostomizados
PCIH: Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar
CCIH: Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
IH: Infecção Hospitalar
HM: Higienização das Mãos
TC: Transmissão Cruzada
EPI: Equipamento de Proteção Individual