COMPARAÇÃO DOS ÍNDICES DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR E TAXA DE MORTALIDADE PARA REALIZAÇÃO DE CIRURGIAS ENTRE OS ANOS DE 2018-2022

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10260286


Maria Clara dos Santos Moura
Coautor(es):
Alfredo Borges de Oliveira Júnior,
Leide Maria Soares de Sousa,
Guilherme José de Carvalho Vieira,
Orientador: Renandro de Carvalho Reis.


Resumo 

INTRODUÇÃO: Os procedimentos cirúrgicos desempenham um papel crucial no diagnóstico, tratamento e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. No contexto brasileiro, essas intervenções são responsáveis por um grande número de internações hospitalares, apesar das disparidades regionais que afetam a distribuição de recursos e serviços de saúde. OBJETIVOS: Este estudo tem como objetivo central comparar as taxas de autorização de internação hospitalar (AIH) aprovadas e as taxas de mortalidade relacionadas a procedimentos cirúrgicos realizados na região Nordeste do Brasil ao longo do período de cinco anos, de 2018 a 2022. MÉTODOS: Para alcançar esse objetivo, foi conduzida uma análise transversal de séries temporais, utilizando os dados obtidos do Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS). Os principais parâmetros de análise incluíram as AIH aprovadas, as taxas de mortalidade e a segmentação dos procedimentos em subgrupos específicos. RESULTADOS: Os resultados indicaram que, no ano de 2018, foram registradas um total de 1.286.596 internações decorrentes de procedimentos cirúrgicos. Esse número aumentou em torno de 5% ao longo dos cinco anos investigados, apesar das variações temporais observadas. A cirurgia obstétrica foi a mais prevalente, somando um total de 1.687.297 procedimentos, seguida por cirurgias geniturinárias com um aumento significativo de 13,43%. Além disso, procedimentos relacionados ao sistema digestivo, órgãos anexos e parede abdominal também apresentaram um aumento de 4,52%. CONCLUSÃO: No período analisado, as cirurgias obstétricas se destacaram como as mais comuns na região Nordeste. As cirurgias geniturinárias e as cirurgias abdominais também ganharam relevância, indicando um possível aumento no acesso aos serviços hospitalares. Além disso, a diminuição das taxas de mortalidade ao longo desses anos sugere melhorias na prática cirúrgica e na qualidade do atendimento médico.

Referências 

SABISTON, J. R., D. C.; TOWNSEND, M. C. T. Tratado de cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica moderna. 19. ed. Rio de. Janeiro: Guanabara Koogan Saunders, 2019. Ministério da Saúde. DATASUS. Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS). Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/qiuf.def. Acesso em: 29 abr.  2023. 

COVRE, Eduardo Rocha et al. Tendência de internações e mortalidade por causas cirúrgicas no Brasil, 2008 a 2016. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 46, 2019.


Centro Universitário Uninovafapi