VACCINATION COVERAGE IN THE NORTHEAST REGION IN THE PRE-PANDEMIC AND PANDEMIC PERIOD BETWEEN 2018 AND 2022: A DESCRIPTIVE STUDY
COBERTURA DE VACUNA EN LA REGIÓN NORESTE EN EL PERIODO PRE Y PANDEMIA ENTRE LOS AÑOS 2018 AL 2022: ESTUDIO DESCRIPTIVO
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/dt10202501261756
Kalyna Alves Peres1; Francisco Laurindo da Silva2; Alice Lima Rosa Mendes3; Suely Moura Melo4; Klégea Maria Câncio Ramos Cantinho5; Jandson Vieira Costa6; Danilo Antonio Giarola7; Laura Ravena Veloso Silva8; Andressa Mayara Bastos Abreu Borges9; Augusto César Evelin Rodrigues10
RESUMO
O estudo teve como objeto analisar a cobertura vacinal na região nordeste no período pré e pandêmico entre os anos de 2018 a 2022. Esse trabalho configurou-se como um estudo epidemiológico, retrospectivo e descritivo, foi realizado a partir de dados secundários, obtidos do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica – SISAB e de dados coletados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e também do banco de dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os resultados dessa pesquisa revelaram que a cobertura vacinal na região nordeste teve um decréscimo nos anos de 2019, 2020 e 2021, sendo que o ano de 2021 foi o que apresentou menor cobertura vacinal, com apenas 35,33% de cobertura na região. O ano de 2018, tendo por base a análise que envolveu todos os estados do nordeste, o estado com maior destaque foi Sergipe que apresentou a maior cobertura vacinal atingindo 100%. Já com relação à proporção de crianças com 1 ano de idade vacinadas na Atenção Primária à Saúde (APS) contra diversas doenças entre elas Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B, infecções causadas por haemophilus influenzae tipo b e Poliomielite inativa. Constatou-se que em 2018; as capitais Maceió, Salvador, Fortaleza, São Luís e Natal alcançaram 100% de cobertura vacinal, enquanto outras capitais tiveram taxas variadas. Em 2022, foi registrada uma queda significativa em todos os estados do nordeste. Além disso, foi possível observar que a maior cobertura de vacinação contra a hepatite B na região nordeste foi no ano de 2018, que atingiu 89,52%. Espera- se que esse estudo auxilie no planejamento de políticas públicas para auxiliar a traçar estratégias para melhorar a cobertura vacinal na região nordeste, além de contribuir de forma ampla com a literatura e as ciências médicas.
Palavras-chave: Esquema de Imunização; Imunidade Coletiva; Vacina contra Hepatite B.
ABSTRACT
The study aimed to analyze vaccination coverage in the northeast region in the pre- and pandemic period between the years 2018 to 2022. This work was configured as an epidemiological and retrospective, descriptive study, analyzing secondary data, obtained from the Health Information System for Primary Care – SISAB and data collected from the National Health Survey (PNS) and Unified Health System (DATASUS). Thus, vaccination coverage in the northeast region decreased in the years 2019, 2020 and 2021, with 2021 having the lowest vaccination coverage, with 35.33% coverage in the region. In 2018, when all the states of the northeast were analyzed, the state of Sergipe had the highest vaccination coverage, reaching 100% coverage. Regarding the proportion of 1-year-old children vaccinated in PHC against Diphtheria, Tetanus, Pertussis, Hepatitis B, infections caused by Haemophilus influenzae type b and inactive Poliomyelitis, it was found that in 2018, Maceió, Salvador, Fortaleza, São Luís and Natal reached 100% vaccination coverage, while other capitals had varied rates. In 2022, there was a significant drop in all northeastern states. In addition, it was possible to observe that the highest hepatitis B vaccination coverage in the northeast region was in 2018, which reached 89.52% of vaccination coverage. It is expected that the study will assist policies to combat vaccination coverage in the northeast region, in addition to contributing to the literature and medical sciences in a broad way.
Keywords: Immunization Schedule; Collective Immunity; Hepatitis B vaccine.
RESUMEN
El estudio tuvo como objetivo analizar la cobertura de vacunación en la región noreste en el período pre y pandémico entre los años 2018 y 2022. Este trabajo se configuró como un estudio epidemiológico, retrospectivo, descriptivo, se analizaron datos secundarios, obtenidos del Sistema de Información en Salud. para Atención Primaria – SISAB y datos recopilados de la Encuesta Nacional de Salud (PNS) y del Sistema Único de Salud (DATASUS). Así, la cobertura de vacunación en la región noreste disminuyó en 2019, 2020 y 2021, siendo el año 2021 el de menor cobertura de vacunación, con 35,33% de cobertura en la región. En 2018, cuando se analizaron todos los estados del noreste, el estado de Sergipe tuvo la mayor cobertura de vacunación, alcanzando el 100% de cobertura. En cuanto a la proporción de niños de 1 año vacunados en la APS contra Difteria, Tétanos, Tos Ferina, Hepatitis B, infecciones por Haemophilus influenzae tipo b y Poliomielitis inactiva, se informó que, en 2018, Maceió, Salvador, Fortaleza, São Luís y Natal lograron una cobertura de vacunación del 100%, mientras que otras capitales tuvieron tasas variables. En 2022, hubo una caída significativa en todos los estados del noreste. Además, se pudo observar que la mayor cobertura de vacunación contra la hepatitis B en la región noreste fue en 2018, que alcanzó 89,52 coberturas de vacunación. Se espera que el estudio ayude a las políticas de combate a la cobertura de vacunación en la región noreste, además de contribuir de manera amplia a la literatura y las ciencias médicas.
Palabras clave: Calendario de Vacunación; Inmunidad Colectiva; Vacuna contra la hepatitis B.
INTRODUÇÃO
O Programa Nacional de Imunização (PNI) compõe uma ação de prevenção de doenças contagiosas no país, especialmente quando se refere a crianças na primeira infância. A vacinação infantil é altamente eficaz para a prevenção de surtos epidêmicos e para a proteção à saúde. Esse programa teve início no ano de 1973 e foi pensado para contribuir com a erradicação e o controle de doenças que podem ser prevenidas através de imunização da população de uma forma sistemática (Domingues et al., 2020).
Este programa possibilita avaliar o risco da ocorrência de surtos e epidemias através do registro da aplicação de vacinas e do percentual da população vacinada. Neste sentido, as crianças são o público alvo nas políticas de imunização, visto que têm se obtido altas coberturas vacinais para doenças que por muitos anos causaram mortes no país (Peixoto; Valença; Amorim, 2018).
Entretanto, apesar do grande incentivo e das estratégias do Programa Nacional de Imunização, ainda existe deficiência significativa nas salas de vacinas, o que tem relação com diversos fatores, que vão desde a composição das vacinas até fatores de cunho pessoal e estrutural. A última década foi marcada por uma redução da cobertura vacinal no país, marcada pelo reaparecimento de algumas doenças já controladas, como o sarampo (Fonseca; Buenafuente, 2021).
O atraso e a incompletude dos cartões de vacina da criança são problemas em diversos estados do país, sendo uma das causas de maior impacto, as oportunidades perdidas para a vacinação de crianças, seja por falta de acolhimento e triagem dos pais ou pela negligência dos profissionais de saúde na orientação dos pais em relação às vacinas, sua administração, efeitos adversos e, principalmente em relação à sua importância e benefícios (Petraglia, 2020).
Por conta disso, o estudo foi guiado pelo questionamento: Qual é a cobertura vacinal na região nordeste no período pré e pandêmico entre os anos de 2018 a 2022? Portanto, para responder a esse questionamento foi realizado um estudo descritivo e retrospectivo na base de dados do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) e no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), cujo objetivo geral foi analisar a cobertura vacinal na região nordeste no período pré e pandêmico entre os anos de 2018 a 2022. Os objetivos desse trabalho foram: analisar a cobertura vacinal referente ao indicador “Proporção de crianças de 1 (um) ano de idade vacinadas na APS contra Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B, infecções causadas por haemophilus influenzae tipo b e Poliomielite inativa” na região nordeste, comparar os dados referentes à cobertura vacinal na região nordeste antes e após 2020, ressaltar a importância dos indicadores de desempenho para a Atenção Primária à Saúde (APS), no acesso e na qualidade dos serviços prestados e sugerir medidas para uma melhor cobertura vacinal pós-pandemia.
Nesse sentido, a pesquisa tem o propósito de contribuir para o aumento dos indicadores recomendados pelo Ministério da Saúde, auxiliar no direcionamento e também na elaboração de estratégias que elevem a cobertura vacinal e garantam a imunização eficiente contra doenças imunopreviníveis.
METODOLOGIA
Esse estudo configurou-se como um estudo epidemiológico, retrospectivo, descritivo e foi realizada análise quantitativa. Os dados secundários, foram obtidos do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica – SISAB, além de dados coletados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e do banco de dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
Os dados foram obtidos do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica – SISAB, através do indicador “Proporção de crianças de 1 (um) ano de idade vacinadas na APS contra Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B, infecções causadas por haemophilus influenzae tipo b e Poliomielite inativa”, período de 2018 à 2022, na região nordeste do Brasil.
A coleta de dados foi realizada no Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica – SISAB e DATASUS, no período de abril a maio de 2024 e foram organizados por meio do Microsoft Excel 2016. As análises dos mesmos foram realizadas através de números absolutos e relativos, de cálculos de prevalência e de cobertura vacinal.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O Gráfico 1 apresenta dados sobre a cobertura vacinal em crianças de 1 ano de idade vacinadas na APS contra Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B, infecções causadas por haemophilus influenzae tipo b e Poliomielite inativa, segundo a região nordeste, no período de 2018 a 2022.
Gráfico 1. Percentual da cobertura vacinal em crianças de 1 ano de idade vacinadas na APS contra Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B, infecções causadas por haemophilus influenzae tipo b e Poliomielite inativa, segundo o ano de ocorrência. Região nordeste do Brasil. 2018-2022
Fonte: Adaptado Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica – SISAB
Foi possível inferir, após análise do gráfico, que a cobertura vacinal na região nordeste teve um decréscimo nos anos de 2019, 2020 e 2021, sendo que o ano de 2021 apresentou a menor cobertura vacinal, com apenas 35,33% de cobertura na região. O ano de 2018, quando comparado aos demais anos analisados, foi o que apresentou maior cobertura, com 79,33%.
Diante dos achados, é perceptível a queda progressiva da Cobertura Vacinal (CV) e o aumento da Taxa de Abandono vacinal na maioria das capitais do nordeste brasileiro, o que reforça a existência de um problema sanitário. É possível inferir que os dados de CV na região nordestina, apesar de predominar um padrão homogêneo, não atingem percentuais ideais, uma vez que, apenas o ano de 2018 alcançou um total maior que 70%, ainda assim não atingindo o percentual preconizado pelo Ministério da Saúde, que fica em torno de 95% (Sales et al., 2023).
Ao analisar o Gráfico 1, foi possível observar que a realidade moldada pela pandemia do novo coronavírus afetou amplamente diversos setores da saúde, incluindo a área de vacinação. Isso se deve principalmente às restrições de isolamento impostas ao longo de todo o período, que teve como consequência a redução da procura pelos serviços de saúde, incluindo os relacionados à imunização, bem como o medo da população de se infectar pelo vírus do COVID-19, já que se tratava do período de pandemia pelo coronavírus. Ressalta-se, também, que tais medidas contribuíram para conter a propagação do vírus, porém, ao mesmo tempo, podem ter influenciado negativamente a cobertura vacinal. Nesse contexto, os impactos da pandemia se tornam evidentes quando outras doenças infecciosas, como o sarampo, apresentaram aumento na incidência e a causar mortes tanto no Brasil como no mundo (Carvalho et al., 2023).
Outrossim, a globalização traz consigo vantagens significativas, especialmente no que diz respeito ao acesso facilitado a uma quantidade infindável de informações. Contudo, essa disponibilidade de informações também trouxe consigo o desafio crescente de discernir entre o verdadeiro e o falso. O processo de verificação da veracidade de uma notícia nem sempre é direto, o que tem permitido que grupos que historicamente propagam desinformação se aproveitem dessa falha no sistema de checagem de informações. Um dos elementos que contribuiu para a queda da cobertura vacinal foi o aumento de movimentos anti-vacinação, que disseminaram informações falsas por meio da internet (Lima, Silva, Rodrigues, 2020). A Tabela 1 apresenta dados sobre a cobertura vacinal em crianças de 1 ano de idade vacinadas na APS contra Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B, infecções causadas por haemophilus influenzae tipo b e Poliomielite inativa, nos estados do nordeste, no período de 2018 a 2022.
Tabela 1. Cobertura vacinal em crianças de 1 ano de idade vacinadas na APS contra Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B, infecções causadas por haemophilus influenzae tipo b e Poliomielite inativa, segundo o estado. Região nordeste do Brasil. 2018-2022
Fonte: Adaptado Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica – SISAB
Os dados mostraram que no período analisado, em todos os estados, só o estado de Sergipe, no ano de 2018 obteve a cobertura vacinal acima do que é preconizado, atingindo 100% da cobertura. Todavia, nesse mesmo ano o estado do Piauí registrou o menor percentual da cobertura vacinal com 56%. No ano de 2019, o estado de Sergipe continuou sendo o estado com maior cobertura, com 81,67% e o Piauí repetiu o cenário de menor cobertura com apenas 40,33%. Todavia, no ano de 2020, apesar do estado de Sergipe se manter com o maior percentual, houve o registro de queda quando comparado aos outros anos, apresentando 65,67%. No ano de 2021, todos os estados do Nordeste estavam com um pouco mais de 30% da cobertura vacinal. Já no ano de 2022, a cobertura vacinal voltou a crescer, tendo o estado de Alagoas o maior percentual de cobertura vacinal, com 77%.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa para a manutenção da erradicação, eliminação ou controle das doenças imunopreveníveis é obtida quando atinge-se uma cobertura vacinal acima de 95%. Contudo, estudos indicaram que a cobertura vacinal é um referencial quando observamos a qualidade dos serviços de saúde prestados à população. Ao analisar a taxa por cobertura dos estados nordestinos foram identificados pontos frágeis dentro das atividades de vacinação e foi revelado que a cobertura vacinal está abaixo da expectativa (Belarmino, Segundo, Azevedo, 2021).
A imunização desempenha um papel crucial na busca pela equidade em saúde, que representa uma abordagem altamente eficaz na prevenção de doenças imunopreveníveis e na melhoria dos indicadores de saúde. Dessa forma, identificar as áreas com coberturas vacinais inadequadas é essencial para o êxito do Programa Nacional de Imunização (PNI) na saúde pública. Nesse contexto, os sistemas de monitoramento e avaliação, incluindo os Registros Informatizados de Imunização, desempenham um papel significativo, oferecendo efetividade e acessibilidade na identificação dessas lacunas. Embora haja desafios em relação à integridade e qualidade dos dados, a existência desses registros possibilita o estabelecimento de uma vigilância eficaz dos serviços de vacinação (Arroyo et al., 2020).
A cobertura vacinal representa o percentual de uma população-alvo vacinada. Nos países em desenvolvimento, as taxas de vacinação estão abaixo do esperado, com exceção do Brasil que tem apresentado resultados satisfatórios em seus programas se equiparando tecnicamente aos países desenvolvidos. Todavia, nesse contexto, o desafio das políticas públicas de saúde é encontrar meios para que a população possa aderir de forma efetiva aos programas de vacinação, por meio da busca ativa de faltosos, do controle de vacinação por faixa etária, de informações, além de ações específicas, como o Dia Nacional de Campanha de Vacinação e as práticas diárias de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde, creches e escolas (Santos et al., 2021). A Tabela 2 apresenta a cobertura vacinal em crianças de 1 ano de idade imunizadas na APS contra Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B, infecções causadas por haemophilus influenzae tipo b e Poliomielite inativa, segundo o critério de seleção capital do nordeste, no período de 2018 a 2022.
Tabela 2. Cobertura vacinal em crianças de 1 ano de idade vacinadas na APS contra Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B, infecções causadas por haemophilus influenzae tipo b e Poliomielite inativa, segundo as capitais do nordeste Brasil. 2018-2022
Fonte: Adaptado Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica – SISAB
Ao observar a Tabela 2 sobre a proporção de crianças de 1 ano de idade vacinadas na APS contra Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B, infecções causadas por haemophilus influenzae tipo b e Poliomielite inativa, pode-se inferir que em 2018 todas as capitais estavam dentro do que é preconizado pelo Ministério da Saúde, menos João Pessoa com 91% e Teresina com 63%. Já no ano de 2022, observou-se uma redução na cobertura vacinal, Maceió com 71%, Salvador com 41%, Fortaleza com 61%, São Luís com 53,67%, Natal com 66,67%, João Pessoa com 18%, Recife com 66,67%, Teresina com 43,67% e Aracaju com 57%.
Na Tabela 2, observa-se que João Pessoa teve a maior diferença na cobertura vacinal nos últimos cinco anos, passando de 100% em 2018 para 18% em 2022. Salvador também teve uma queda significativa, de 100% em 2018 para 41% em 2022. Natal e Fortaleza apresentaram coberturas vacinais totais bastante semelhantes, com 66,67% e 61%, respectivamente. Vale ressaltar que, de 2021 para 2022, a maioria das capitais do nordeste registrou aumento na cobertura vacinal, exceto Teresina e João Pessoa, que caíram de 55,33% para 43,67% e de 36,33% para 18%, respectivamente. Apesar do aumento, a cobertura vacinal comparada a 2018 reduziu significativamente nas capitais do nordeste.
Nesse viés, a cobertura vacinal nas capitais do Brasil apresentou variações significativas nos últimos anos. Antes da pandemia de COVID-19, houve um aumento dos números referentes à vacinação nas capitais brasileiras. Porém, durante a transição para o período pandêmico, observou-se uma redução na cobertura, que continuou nos anos seguintes, com maior impacto nas capitais João Pessoa e Salvador. Essa queda pode ser atribuída não apenas à pandemia, mas também a fatores como subfinanciamento do SUS, problemas de gestão dos serviços de saúde, complexidade do calendário vacinal infantil e influência de movimentos anti-vacina e disseminação de notícias falsas. A interrupção das rotinas de vacinação devido às restrições da pandemia também contribuiu para a não vacinação de muitas crianças (Gontijo et al., 2023).
Diante disso, segundo Carvalho et al., (2023), em capitais com baixos índices de imunização, há evidências que ligam fatores socioeconômicos e demográficos à vacinação de crianças, como a localização do lar e a carência de informação. Os autores destacam a necessidade de explorar elementos que influenciam a baixa adesão vacinal em regiões de renda per capita média e baixa. A elevada taxa de cobertura vacinal, indicativa de qualidade do serviço, é prejudicada pela baixa proporção de profissionais da saúde dedicados exclusivamente às salas de vacinação, o que contraria as recomendações do PNI. Além disso, a presença de profissionais não capacitados pode comprometer o atendimento, dada a grande demanda e o extenso número de vacinas no calendário.
Conforme destacado por Caliari et al., (2023), é essencial investir na capacitação profissional para ampliar a cobertura vacinal. Eles apontam a falta de conhecimento entre os profissionais de saúde e o abandono das áreas de atuação das unidades de saúde como contrários às diretrizes do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Ademais, uma comunicação eficiente nas salas de vacinação é fundamental para incentivar a adesão ao calendário vacinal. Fatores como falta de vacinas, dificuldades de acesso e desinformação dos pais contribuem significativamente para a baixa cobertura vacinal. Logo, destaca-se a necessidade de melhorar a educação dos pais e de reestruturar os serviços de vacinação para garantir uma imunização completa e alcançar as metas de cobertura vacinal.
Adicionalmente, essa perspectiva corrobora com o estudo de Belarmino; Segundo; Azevedo, (2021), em que considera a persistente baixa cobertura vacinal associada a fatores socioeconômicos. Apesar dos programas de imunização serem projetados para alcançar coberturas universais e serem oferecidos gratuitamente, as desigualdades sociais persistem. A discrepância, especialmente nas crianças de estrato socioeconômico mais elevado, pode refletir comportamentos familiares em relação à vacinação. Além disso, a eficácia do programa de imunização é influenciada pela estruturação do programa, pela política de saúde e pelas características da população. A falta de compreensão sobre a importância das vacinas também pode contribuir para a baixa cobertura vacinal. O Gráfico 2 apresenta a cobertura da vacinação da hepatite B, segundo a estratificação do ano na região nordeste no período de 2018 a 2022.
Gráfico 2. Percentual de cobertura vacinal da Hepatite B, segundo o ano. Região Nordeste do Brasil. 2018- 2022
Fonte: Adaptado Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informação de Agravo de Notificação – SINAN
Conforme a análise do Gráfico 2 foi possível observar que a maior cobertura de vacinação da hepatite B na região nordeste ocorreu no ano de 2018 que atingiu 89,52 % de cobertura vacinal. O ano de 2022 vem em seguida, com uma cobertura vacinal de 78,86%. Embora ainda não tenha atingido o percentual de 2018, que foi de 89,52%. Todavia, os menores índices de cobertura vacinal, dentro do período analisado, ocorreram no ano de 2021 com 69,50% seguido do ano de 2020 com 70,10%.
O vírus da hepatite B (HBV), um vírus envelopado, é o agente causal da hepatite B, uma doença infecciosa que afeta principalmente os seres humanos. Este vírus tem um genoma de DNA de fita parcialmente dupla e pertence à família Hepadnaviridae. A infecção ocorre por contato com uma fonte que contenha o antígeno de superfície HBV e o antígeno “e” do vírus. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente dois bilhões de pessoas em todo o mundo já foram infectadas pelo HBV, com mais de 240 milhões desenvolvendo infecções hepáticas crônicas, o que aumenta o risco de complicações como cirrose e carcinoma hepatocelular. Essa condição representa um sério problema de morbidade e mortalidade (Luz et al., 2021).
Entre todas as considerações acerca da prevenção da hepatite B, a imunoprofilaxia pré-exposição é a mais eficaz das prevenções contra infecções agudas ou crônicas, além de ser utilizada para a eliminação da transmissão viral. Assim, apesar da imunização ser uma intervenção de saúde pública que contribuiu na prevenção de uma gama de doenças imunopreveníveis e de mortalidade infantil, ainda há ocorrência de interrupção do esquema vacinal em crianças, fato que as tornam suscetíveis a adquirir e transmitir doenças. A vacinação teve efeito na redução da mortalidade infantil reverberando no crescimento da população (Borges; Sulzbacher, 2020).
Estudos demonstraram que a resposta imunogênica da vacina é menor em indivíduos com mais de 45 anos. Assim, a eficácia da vacina diminui com o aumento da idade, além de diminuir na presença de doenças crônicas, como diabetes mellitus, cirrose hepática e na presença do vírus da imunodeficiência humana. São recomendadas três doses de vacina para a imunização contra hepatite B, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda doses de seis meses entre a primeira e a terceira. Nos recém-nascidos, a primeira dose deve ser aplicada logo após o nascimento (Araujo et al., 2023).
Diante disso, de acordo com Luz et al., (2021), o programa de imunizações requer atenção integral, planejamento, avaliação e monitoramento das coberturas vacinais, além da administração e orientação aos usuários. Ademais, os profissionais de saúde desempenham papel crucial na manutenção das altas coberturas, intervindo em consultas de puericultura, grupos de gestantes e visitas domiciliares. O estudo destaca a necessidade de ampliar o alcance desses profissionais para incluir grupos vulneráveis, garantindo acesso à vacinação e a informação. Tal abordagem, mediante ações de promoção da saúde, é importante para controlar doenças como a hepatite B, reforçando a importância do comprometimento integral da equipe de saúde para a proteção da população.
Dessa forma, os programas de imunização desempenham um importante papel na melhoria da qualidade de vida das gestantes e no aumento da expectativa de vida global, ao reduzir, controlar ou erradicar doenças imunopreviníveis. Assim, a vacina contra hepatite B se destaca como a medida mais eficaz na prevenção da infecção pelo vírus (Silva et al., 2021).
CONCLUSÃO
Com base no estudo, conclui-se que, a cobertura vacinal na região nordeste em 2018 não foi considerada ideal. O estado que apresentou a maior cobertura vacinal entre 2018 a 2022 foi Sergipe e o de menor cobertura vacinal foi o Piaui. As capitais Salvador e João Pessoa foram as que mais apresentaram redução na cobertura vacinal. Em 2022, apesar do aumento das taxas vacinais, as marcas estão distantes do ideal.
Os indicadores de desempenho na Atenção Primária à Saúde são essenciais para avaliar a cobertura vacinal, identificar áreas de melhoria e orientar decisões para garantir que mais pessoas sejam vacinadas. Adicionalmente, para garantir uma melhor cobertura vacinal pós-pandemia, é essencial implementar campanhas educativas, garantir o acesso universal às vacinas, ampliar a infraestrutura de vacinação e monitorar a cobertura vacinal a fim de promover a imunização em larga escala e proteger a saúde pública.
Ademais, sugere-se também a realização de mais pesquisas a fim de fomentar o estudo sobre a cobertura vacinal, com o objetivo de direcionar e elaborar estratégias que elevem a cobertura vacinal e garantam a imunização eficiente contra doenças imunopreviníveis, o que influenciará positivamente o estado de saúde populacional.
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Centro Universitário Unifacid Wyden, Brasil
E-mail: kalynaaperes@hotmail.com
2ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6837-4509
Centro Universitário Unifacid Wyden, Brasil
E-mail:flspb@yahoo.com.br
3ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1960-9647
Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil
E-mail: alice_lima_@hotmail.com
4ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9996-0850
Centro Universitário Unifacid Wyden, Brasil
E-mail: suelymelo6@gmail.com
5ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1685-5658
Centro Universitário Unifacid Wyden, Brasil
E-mail: professoraklegea@gmail.com
6ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3448-670x
Centro Universitário Unifacid Wyden, Brasil
E-mail: jandsonvc@gmail.com
7ORCID: https://orcid.org/0009-0001-9159-5964
Centro Universitário Unifacid Wyden, Brasil
E-mail: dgiarola6@gmail.com
8ORCID: https://orcid.org/0009-0008-1017-6030
Centro Universitário Unifacid Wyden, Brasil
E-mail: lauravena89@gmail.com
9ORCID: https://orcid.org/0009-0004-7875-5662
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E-mail: andressa_mayara@hotmail.com
10ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7469-981X
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