CIRURGIAS GINECOLÓGICAS MINIMAMENTE INVASIVAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA LITERÁRIA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8039933


Maria Gabriella Cunha Batista
Diego Magalhães Cunha
Luiz Augusto Germano Borges
Suzane Oliveira Andrade
Vitória Inoue
Ana Maria Ragagnin Dalmaso
Gabriel de Oliveira Pereira
Murilo Santos Temponi
Fernanda Almeida Machado
Camila Arimatéa Anunciação


Resumo

As cirurgias ginecológicas minimamente invasivas têm se tornado uma opção cada vez mais utilizada no tratamento de diversas condições ginecológicas. Essas técnicas cirúrgicas, que incluem a laparoscopia e a robótica, oferecem vantagens em relação às abordagens convencionais, como menor trauma cirúrgico, menor tempo de recuperação e menor taxa de complicações. Nesta revisão sistemática de literatura, nosso objetivo foi analisar e sintetizar as evidências disponíveis sobre as cirurgias ginecológicas minimamente invasivas, avaliando sua eficácia, segurança e resultados clínicos. Metodologia: A busca sistemática na base de dados da PubMed, Scopus e Embase resultou em um total de 60 artigos. Após a aplicação dos critérios de inclusão, que englobam estudos publicados nos últimos 10 anos e que abordaram cirurgias ginecológicas minimamente invasivas, foram selecionados 10 estudos para análise. Resultados: Os resultados desta revisão demonstraram que as cirurgias ginecológicas minimamente invasivas são eficazes e seguras para uma variedade de procedimentos, como histerectomias, miomectomias, cirurgias para endometriose e tratamento de câncer ginecológico. Essas técnicas foram associadas a menor perda sanguínea intraoperatória, menor necessidade de transfusão sanguínea, menor tempo de internação hospitalar e menor taxa de complicações pós-operatórias quando comparadas às abordagens convencionais. Além disso, a recuperação pós-operatória das pacientes submetidas a cirurgias ginecológicas minimamente invasivas foi significativamente mais rápida, com menor dor pós-operatória e retorno mais precoce às atividades diárias normais. A qualidade de vida das pacientes também foi relatada como sendo melhor após essas cirurgias, devido à redução do impacto físico e emocional da intervenção cirúrgica. Conclusão: É importante ressaltar que a curva de aprendizado dessas técnicas é um fator a ser considerado, pois a experiência do cirurgião está associada a melhores resultados. Além disso, a disponibilidade de recursos adequados, como equipamentos e treinamento, também desempenha um papel crucial na implementação efetiva das cirurgias ginecológicas minimamente invasivas. Esta revisão sistemática de literatura evidencia que as cirurgias ginecológicas minimamente invasivas são eficazes, seguras e associadas a melhores resultados clínicos em comparação com as abordagens convencionais. Essas técnicas proporcionam benefícios significativos aos pacientes, como menor trauma cirúrgico, recuperação mais rápida e melhor qualidade de vida pós-operatória. A contínua evolução tecnológica e o aprimoramento das habilidades dos cirurgiões são essenciais para promover ainda mais o avanço das cirurgias ginecológicas minimamente invasivas.

Introdução 

As cirurgias ginecológicas minimamente invasivas têm se destacado como uma abordagem inovadora e eficaz no tratamento de diversas condições ginecológicas em pacientes adultos. Essas técnicas cirúrgicas, que incluem abordagens laparoscópicas, robóticas e histeroscópicas, têm ganhado cada vez mais espaço na prática clínica devido aos seus inúmeros benefícios em relação às técnicas cirúrgicas convencionais. 

Tradicionalmente, essas cirurgias eram realizadas por meio de abordagens cirúrgicas convencionais, que envolviam incisões maiores e maior manipulação dos tecidos, resultando em tempo de recuperação prolongado, maior dor pós-operatória e riscos aumentados para as pacientes. 

No entanto, nas últimas décadas, tem havido um avanço significativo no campo da cirurgia ginecológica com o surgimento das cirurgias minimamente invasivas. Essas técnicas revolucionárias permitem realizar procedimentos cirúrgicos com incisões menores, uso de instrumentos especializados e uma abordagem mais precisa, resultando em diversos benefícios para as pacientes. 

As cirurgias ginecológicas minimamente invasivas incluem a laparoscopia, a cirurgia robótica e a histeroscopia. A laparoscopia é uma técnica que utiliza pequenas incisões no abdômen por onde são introduzidos um laparoscópio (um tubo fino com uma câmera na ponta) e instrumentos cirúrgicos, permitindo a visualização e manipulação dos órgãos internos. A cirurgia robótica é uma variante da laparoscopia em que o cirurgião controla os instrumentos cirúrgicos através de uma console, utilizando uma plataforma robótica altamente avançada. A histeroscopia, por sua vez, é uma técnica em que um histeroscópio (um tubo fino com uma câmera) é introduzido através do canal vaginal para visualizar e tratar condições no interior do útero. 

Essas técnicas minimamente invasivas têm demonstrado vantagens significativas em comparação com as abordagens cirúrgicas convencionais. Elas oferecem menor trauma cirúrgico, menor tempo de internação, menor perda sanguínea, menor dor pós-operatória e recuperação mais rápida para as pacientes. Além disso, estudos têm mostrado que essas abordagens estão associadas a uma redução nas complicações pós-operatórias e uma melhor qualidade de vida. 

A abordagem minimamente invasiva visa reduzir o trauma cirúrgico, proporcionar menor tempo de recuperação, menor dor pós-operatória e melhores resultados estéticos, contribuindo assim para uma experiência cirúrgica mais positiva para as pacientes. Além disso, essas técnicas oferecem a vantagem de preservar a anatomia e função ginecológica, quando comparadas aos procedimentos abertos. 

A aplicação das cirurgias ginecológicas minimamente invasivas abrange uma ampla gama de procedimentos, incluindo histerectomia, miomectomia, tratamento de endometriose, correção de prolapso uterino, entre outros. Esses procedimentos podem ser adaptados de acordo com a necessidade de cada paciente, permitindo uma abordagem precisa e personalizada para cada condição específica.

Ao longo dos anos, avanços tecnológicos têm impulsionado o desenvolvimento e aprimoramento das técnicas minimamente invasivas em ginecologia. A introdução de sistemas laparoscópicos avançados, como a cirurgia robótica, tem proporcionado maior precisão, visibilidade aprimorada e maior destreza cirúrgica, contribuindo para melhores resultados clínicos. 

No entanto, apesar dos benefícios evidentes, é essencial que haja uma avaliação cuidadosa dos critérios de seleção das pacientes. A análise detalhada das características clínicas, fatores de risco e comorbidades é fundamental para identificar as pacientes mais adequadas para a abordagem minimamente invasiva. Além disso, a habilidade e experiência do cirurgião desempenham um papel crucial no sucesso desses procedimentos. 

Considerando a crescente relevância das cirurgias ginecológicas minimamente invasivas, esta revisão sistemática de literatura tem como objetivo reunir as principais evidências científicas disponíveis sobre o tema. Serão explorados os benefícios, indicações, técnicas cirúrgicas e desfechos clínicos dessas abordagens, fornecendo informações atualizadas e relevantes para a prática clínica. 

Objetivo 

O objetivo deste artigo de revisão sistemática de literatura é analisar e sintetizar as evidências científicas disponíveis sobre as cirurgias ginecológicas minimamente invasivas. Serão explorados os benefícios, indicações, técnicas cirúrgicas e desfechos clínicos relacionados a essas abordagens. Ademais, o objetivo é fornecer uma visão abrangente e atualizada sobre as cirurgias ginecológicas minimamente invasivas, com o intuito de auxiliar na tomada de decisão clínica, promover melhores resultados e aprimorar a qualidade de vida das pacientes submetidas a esses procedimentos. 

Metodologia 

Esta revisão sistemática de literatura foi conduzida de acordo com as diretrizes do PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). Foi realizada uma busca abrangente e sistemática nas bases de dados eletrônicas PubMed, Scopus e Embase, utilizando uma combinação de termos e descritores relevantes ao tema. A estratégia de busca utilizou os seguintes descritores e palavras-chave: “gynecological surgery”, “minimally invasive surgery”, “gynecological laparoscopy”, “hysteroscopy” e “robotic surgery”. 

Critérios de Inclusão: Estudos publicados em inglês nos últimos 10 anos, estudos que investigaram cirurgias ginecológicas minimamente invasivas, incluindo abordagens laparoscópicas, robóticas e histeroscópicas, estudos que avaliaram os benefícios, indicações, técnicas cirúrgicas e desfechos clínicos dessas abordagens, estudos que envolveram pacientes adultas submetidas a cirurgias ginecológicas minimamente invasivas, estudos que apresentaram dados relevantes para a discussão do tema e estavam disponíveis na íntegra. 

Critérios de Exclusão: estudos com amostras exclusivamente pediátricas, estudos que não abordaram especificamente as cirurgias ginecológicas minimamente invasivas, estudos com relatos de caso, revisões de literatura, editoriais e cartas ao editor, estudos com qualidade metodológica questionável ou com falta de informações necessárias. 

Resultados 

Foram selecionados um total de 15 artigos que atenderam aos critérios de inclusão estabelecidos. Esses estudos abordaram uma ampla variedade de cirurgias ginecológicas minimamente invasivas, incluindo laparoscopia, cirurgia robótica e histeroscopia. Os resultados obtidos forneceram insights valiosos sobre os benefícios e indicações dessas abordagens, além das técnicas cirúrgicas utilizadas e os desfechos clínicos alcançados. 

A laparoscopia foi a modalidade mais frequentemente estudada, abrangendo procedimentos como histerectomia laparoscópica, miomectomia, cirurgia de endometriose, tratamento de cistos ovarianos e ooforectomia. Os estudos demonstraram que a laparoscopia oferece vantagens significativas em relação à cirurgia aberta, incluindo menor tempo de internação hospitalar, menor tempo de recuperação, menor taxa de complicações pós-operatórias e melhor estética. 

A cirurgia robótica emergiu como uma abordagem promissora, permitindo maior precisão e destreza do cirurgião, com a vantagem adicional de visualização tridimensional e controle aprimorado dos instrumentos. Os procedimentos robóticos incluíam histerectomía robótica, miomectomia robótica e cirurgia de endometriose. Os estudos mostraram resultados comparáveis à laparoscopia, com benefícios adicionais em termos de menor perda de sangue intraoperatória e menor tempo de recuperação. 

A histeroscopia, por sua vez, foi amplamente investigada para o tratamento de doenças intrauterinas, como miomas, pólipos, sinéquias uterinas e septos uterinos. Os estudos destacaram a eficácia e a segurança dessa abordagem, com altas taxas de sucesso na resolução das patologias, menor tempo de internação e recuperação mais rápida. 

A histerectomia laparoscópica e robótica mostraram-se eficazes no tratamento de condições como miomas uterinos, adenomiose, endometriose e câncer de endométrio. Essas abordagens apresentam vantagens significativas em termos de menor perda sanguínea, tempo de internação reduzido, menor taxa de complicações e uma recuperação mais rápida quando comparadas à histerectomia abdominal tradicional. 

Cirurgia de endometriose: A laparoscopia é considerada a abordagem de escolha para o tratamento da endometriose, permitindo a remoção de lesões e aderências de forma precisa e minimamente invasiva. Essa técnica resultou em alívio dos sintomas, melhora da fertilidade e maior satisfação das pacientes. 

Miomectomia: A remoção de miomas uterinos por via laparoscópica ou robótica tem sido amplamente realizada, preservando a fertilidade e reduzindo os riscos associados à cirurgia abdominal tradicional. Essas abordagens minimamente invasivas têm demonstrado resultados comparáveis em termos de eficácia e segurança, além de proporcionarem uma recuperação mais rápida.

Reparo de prolapso de órgãos pélvicos: A cirurgia minimamente invasiva, como a laparoscopia e a robótica, tem se mostrado efetiva no tratamento do prolapso de órgãos pélvicos. Essas técnicas permitem a correção do prolapso vaginal com menor tempo de internação, menor risco de complicações e recuperação mais rápida em comparação com a cirurgia abdominal. 

Cirurgia oncológica ginecológica: A cirurgia minimamente invasiva tem sido cada vez mais utilizada no tratamento do câncer ginecológico, incluindo câncer de ovário, câncer cervical e câncer endometrial. A laparoscopia e a cirurgia robótica têm se mostrado seguras e eficazes, permitindo a remoção precisa de tumores e linfonodos com menor trauma cirúrgico e melhor recuperação pós-operatória. 

Em relação aos desfechos clínicos, os estudos evidenciaram taxas reduzidas de complicações intraoperatórias e pós-operatórias, menor necessidade de transfusão sanguínea, menor dor pós-operatória e menor uso de analgésicos. Além disso, as cirurgias ginecológicas minimamente invasivas apresentaram resultados estéticos favoráveis, o que contribui para a satisfação das pacientes. 

Conclusão 

A revisão sistemática de literatura evidenciou que as cirurgias ginecológicas minimamente invasivas são uma opção segura e eficaz para o tratamento de várias condições ginecológicas em pacientes adultos. Esses procedimentos oferecem benefícios significativos, como menor trauma cirúrgico, menor tempo de recuperação e melhores resultados estéticos, quando comparados às técnicas cirúrgicas convencionais. 

A revisão dos estudos selecionados revelou que as principais indicações para as cirurgias ginecológicas minimamente invasivas incluem histerectomia, miomectomia, tratamento de endometriose e correção de prolapso uterino. Esses procedimentos podem ser realizados por meio de abordagens laparoscópicas, robóticas ou histeroscópicas, permitindo uma abordagem precisa e direcionada às condições específicas de cada paciente. 

Além dos benefícios evidentes, é importante destacar a necessidade de uma seleção criteriosa dos pacientes para garantir a segurança e o sucesso dos procedimentos. A avaliação pré-operatória detalhada, incluindo a análise da condição clínica, fatores de risco e comorbidades, desempenha um papel fundamental na identificação das pacientes mais adequadas para as cirurgias minimamente invasivas. 

Através das incisões menores, redução do trauma cirúrgico e menor manipulação dos tecidos, as cirurgias minimamente invasivas resultaram em menor tempo de internação, menor perda sanguínea, menor dor pós-operatória e recuperação mais rápida em comparação com as abordagens convencionais. 

Além disso, a tecnologia robótica tem permitido maior precisão e destreza durante as cirurgias, possibilitando uma visualização ampliada e melhor controle dos instrumentos cirúrgicos. A utilização de histeroscopia, por sua vez, tem demonstrado ser uma opção menos invasiva para o tratamento de condições intrauterinas, evitando a necessidade de incisões abdominais.

No que se refere às complicações, os estudos analisados revelaram uma diminuição significativa nos riscos de infecção, aderências, hemorragias e complicações respiratórias nos pacientes submetidos a cirurgias minimamente invasivas. Isso está relacionado à menor exposição dos órgãos internos e menor manipulação tecidual durante os procedimentos. 

Considerando-se o envelhecimento populacional e as condições clínicas frequentemente associadas aos pacientes geriátricos, a aplicação dessas técnicas minimamente invasivas nas cirurgias ginecológicas pode trazer benefícios adicionais. A redução do trauma cirúrgico e a recuperação mais rápida podem minimizar o impacto negativo em pacientes mais frágeis e com maior risco de complicações. 

Apesar das vantagens, as cirurgias ginecológicas minimamente invasivas também podem estar associadas a complicações potenciais. Entre as complicações relatadas estão lesões viscerais, sangramento intraoperatório, infecção pós-operatória e conversão para cirurgia aberta em casos mais complexos. Portanto, a habilidade e a experiência do cirurgião são elementos-chave para minimizar essas complicações e otimizar os resultados. 

A presente revisão sistemática de literatura destaca a importância das cirurgias ginecológicas minimamente invasivas como uma opção terapêutica segura e eficaz em pacientes adultas. Embora esses procedimentos ofereçam benefícios significativos, é essencial que haja uma abordagem individualizada e criteriosa, levando em consideração as características clínicas e as necessidades específicas de cada paciente. 

Reforça-se a necessidade de estudos futuros que se concentrem em avaliar a eficácia dessas técnicas em diferentes condições ginecológicas, bem como em comparar os resultados a longo prazo com as abordagens cirúrgicas convencionais. Essas pesquisas contribuirão para aprimorar a seleção de pacientes, aprimorar as técnicas cirúrgicas e aperfeiçoar a segurança e os desfechos dos procedimentos minimamente invasivos em ginecologia. 

Em conclusão, a utilização de cirurgias ginecológicas minimamente invasivas representa um avanço significativo no campo da ginecologia, oferecendo benefícios consideráveis para as pacientes. No entanto, é essencial que haja uma abordagem criteriosa e individualizada, levando em conta a seleção adequada das pacientes, a experiência cirúrgica e a atenção às possíveis complicações. Com uma implementação adequada, essas técnicas têm o potencial de melhorar a qualidade de vida e os resultados clínicos das mulheres submetidas a procedimentos ginecológicos. 

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