CIRURGIA ORTOGNÁTICA EM PACIENTE COM FISSURA LÁBIO PALATINA: UMA REVISÃO DA LITERATURA

ORTHOGNATHIC SURGERY IN PATIENTS WITH CLEFT LIP AND PALATE: A LITERATURE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202410100847


Ana Claudia Mota Sacheti¹; Milena de Melo Darós²; Ana Carolina Stasiak Carnetti³; Ana Gabriella Campos Cerqueira da Graça4; Julia Quadri5; Ana Julia Desideri Vieira6; Luiz Fernando Gil7.


Resumo

Quando se pontua tratamentos para pacientes com fissuras labiopalatinas, a cirurgia ortognática é uma escolha recorrente para diversos Cirurgiões-Dentistas. As fissuras labiais e/ou palatinas são malformações congênitas comuns da face, e ocorrem entre a quarta e nona semana do período embrionário. A etiologia aponta para fatores genéticos, ambientais ou mistos, devido à má união dos processos maxilares e frontonais. O diagnóstico precoce é de extrema importância, pois está diretamente ligado com o sucesso do tratamento. A intervenção multidisciplinar é necessária em pacientes fissurados, a fim de terem uma qualidade de vida e um prognóstico satisfatório. Levando em conta uma das etapas possíveis de tratamento nesse grupo de pacientes, que é a cirurgia ortognática, devido às múltiplas cicatrizes, o procedimento merece modificações e cuidados quando executados em pacientes com diagnóstico de fissuras palatinas. Quando corretamente planejado e executado, contribui para melhora estética, funcional e psicológica desses pacientes. O objetivo deste trabalho será realizar uma revisão de literatura sobre a cirurgia ortognática nos pacientes que possuem fissuras lábio palatinas.

Palavras-chave: Cirurgia Ortognática. Fissura Labiopalatina. Tratamento.

1. INTRODUÇÃO

As Fissuras Labiopalatinas (FLP) são as malformações congênitas mais comuns da região craniofacial. Existem diferentes fenótipos dessa malformação, que diferem de acordo com as estruturas anatômicas envolvidas. A etiologia é multifatorial e inclui fatores genéticos e ambientais. Problemas decorrentes dessa deformidade facial são comuns, como: dificuldade na alimentação, respiração e fala, além de ser esteticamente não harmonioso, gerando problemas de convívio. Para um diagnóstico e tratamento adequado é importante uma abordagem multidisciplinar, no intuito de orientar o paciente do nascimento até o final do crescimento (Farronato et al., 2014).

As cirurgias primárias das fissuras labiopalatinas realizadas durante a infância melhoram a funcionalidade e aparência física, mas geram uma deficiência do crescimento maxilar devido à formação de cicatrizes e contraturas produzindo. Isto produz deformidades dento-faciais secundárias características desta coorte de pacientes, os quais frequentemente necessitam de cirurgia ortognática. Sendo assim, um dos principais objetivos da cirurgia, juntamente com o tratamento ortodôntico, é a melhora oclusal, estética e funcional do paciente (Paulus, 2014; Rachmiel, 2007).

A enxertia óssea alveolar é um passo importante no tratamento do fissurado, e sua finalização bem sucedida terá grande influência na cirurgia ortognática posterior. Além disso, a ortodontia prévia com expansão maxilar, ou até mesmo a distração osteogênica cirurgicamente assistida são condutas adjuvantes que devem ser analisadas conforme a necessidade do paciente (Roy et al., 2019; Kloukos et al., 2018).

As complicações da cirurgia ortognática em pacientes com fissura são similares às observadas na população em geral, embora haja um risco maior de recidiva e insuficiência velofaríngea. Pode-se citar, também, complicações mais raras de acometimento como cegueira e acidente vascular cerebral (Roy et al., 2019)

O presente trabalho tem como objetivo, realizar uma revisão de literatura sobre pacientes com FLP que foram submetidos a cirurgia ortognática, avaliando a eficácia da cirurgia para tratar o problema, analisando as possíveis falhas e avaliando o custo-benefício quando comparado a outros tipos de tratamento.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De etiologia multifatorial, as FLP são uma das anomalias comuns, com uma prevalência de 1 a cada 700 nascidos vivos. Os pacientes podem apresentar fissuras classificadas como: completas ou incompletas, isoladas no lábio ou palato, uni ou bilaterais, associadas ou não à síndromes. Embora fatores causais únicos permaneçam desconhecidos, atualmente é amplamente aceito que os pacientes com FLP tenham uma predisposição genética, associados à influência de fatores ambientais (Campbell; Costello; Ruiz, 2010; Kloukos et al., 2018).

As FLP acometem mais o sexo masculino, em uma proporção 2:1, sendo mais comuns no lado esquerdo. As características mais frequentes são agenesia do incisivo lateral e erupção ectópica dos primeiros molares superiores, ainda, alguns pacientes podem apresentar hipoplasia maxilar severa Ademais, esses pacientes apresentam diferenças anatômicas comuns, como uma deficiência maxilar em todos os 3 eixos, que surgem de fatores intrínsecos (James; Costello; Ruiz, 2014; Roy et al., 2019). Pacientes com FLP apresentam desenvolvimento e anatomia anormal da musculatura oral, faríngea e palatina, sendo que essas diferenças anatômicas, além das múltiplas cicatrizes cirúrgicas, contribuem para problemas como dislalia, disfagia, dificuldades mastigatórias e respiratórias, além de comprometimento auditivo (Chung et al., 2019; Hwang, 2019).

Além disso, no que tange a estrutura óssea dos pacientes com FLP, embora tenham crescimento mandibular essencialmente normal, há uma tendência a uma mordida aberta anterior com um ângulo acentuado do plano mandibular, uma diminuição na altura facial posterior e um aumento na altura facial anterior. A discrepância entre a maxila e a mandíbula combinada com o aumento do espaço vertical entre os dentes superiores e inferiores também pode afetar a fala (Ganoo; Sjostrom, 2019; Phillips; Nish; Daskalogiannakis, 2011).

Como já foi constatado, o paciente com FLP necessita de outras intervenções cirúrgicas anteriores à cirurgia ortognática. Inicialmente, pode-se expor o fissurado a uma Palatoplastia, que é indicada entre os 6 e 18 meses de vida. Esse procedimento tem como objetivo reconstruir a musculatura do palato mole e duro, além de realizar a separação da nasofaringe e do espaço oral, o que auxilia em uma melhora funcional, da fala, da função velofaríngea e alimentação, além de dar ao paciente um maior desenvolvimento psicossocial.

O portador de FLP pode ser exposto, ainda, a uma Queiloplastia já no primeiro ano de vida, em que se pode realizar a reconstrução do nariz e lábio, atingindo uma melhora estética e da função dos músculos orbiculares dos lábios (Crockett; Goudy, 2014).

Ainda que o portador de FLP seja acompanhado durante seu crescimento por ortodontista e já tenha passado por outros procedimentos, boa parte deles necessitará de tratamento orto-cirúrgico, onde há associação de ortodontia descompensatória ao reposicionamento dos maxilares por meio de cirurgia ortognática (CO), onde o procedimento cirúrgico combinado a ortodontia, visa melhorar a estética facial e dentária, além de alcançar um bom prognóstico a longo prazo, com aumento na função oral e no bem estar psicológico e social do paciente (James; Costello; Ruiz, 2014; Ganoo; Sjostrom, 2019; Ploumen et al., 2023).

A CO é geralmente a fase final do tratamento para esse grupo de pacientes, sendo realizada quando os arcos estão nivelados, alinhados e o crescimento dos maxilares completos. Estima-se que 60% de todos os pacientes que nascem com FLP necessitarão de avanço maxilar para corrigir a hipoplasia maxilar e melhorar as proporções estéticas faciais (Rachmiel, 2007). Além do avanço maxilar, a CO nesse grupo pode envolver um possível recuo mandibular. A intervenção mandibular pode ser considerada em diversas situações, sobretudo para diminuir a magnitude do movimento maxilar e corrigir o desequilíbrio esquelético subjacente (Roy et al., 2019).

Quando se fala de tratamentos alternativos a pacientes com FLP, pode-se citar o Enxerto Ósseo Alveolar (EOA), que é um procedimento anterior a CO, que permite maior controle ortodôntico dos segmentos alveolares, melhora o posicionamento dentário dentro do arco superior, facilita a erupção da dentição fissurada e fecha fístulas alveolares e oronasais. Esses efeitos facilitam o fechamento ortodôntico do espaço, simplificando futuros procedimentos ortognáticos (Roy et al., 2019).

Ainda, pode-se lançar mão da técnica da Distração Osteogênica (DO), opção que pode ser usada como tratamento para adolescentes com hipoplasia maxilar severa. Pode ser realizada antes da maturidade esquelética para auxiliar nessas questões, com a ressalva de que a CO provavelmente ainda será necessária após o paciente atingir a maturidade esquelética (James; Costello; Ruiz, 2014; Watts et al., 2015). Ademais, tanto a cirurgia ortognática quanto a distração osteogênica alteram os músculos. A alteração muscular na CO é aguda, no entanto, com a distração, essa mudança ocorre mais lentamente durante o período de distração (Precious, 2007).

Entrando no âmbito de pós-operatório de um paciente exposto a uma CO para corrigir uma FLP, as implicações relatadas nos pacientes portadores de FLP podem incluir: lesão do nervo alveolar inferior (NAI) e nervo lingual, sangramento trans e pós-operatório, edema, dor, fratura desfavorável, infecção, pseudoartrose, além de complicações raras que incluem cegueira e AVC (Hwang et al., 2019; Yamaguchi; Lonic; Lo, 2016; Roy et al., 2019). No entanto, a recidiva cirúrgica é um dos problemas pós-operatórios mais relevantes quando se associa CO em pacientes portadores de FLP. Estima-se que ocorra em torno de 20 a 25% em casos de pacientes com FLP, enquanto nos sem FLP a taxa seria de apenas 10% (Lee; Peacock, 2022; Roy et al., 2019).

A explicação para a recidiva acontecer em uma taxa mais elevada, é devido a dificuldade de estabelecer a osteotomia Le Fort I, pelas múltiplas cicatrizes, tração muscular e tensão de tecidos moles, interferência no septo nasal e instabilidade dos fragmentos ósseos que os pacientes com FLP podem possuir. A recidiva pode também estar relacionada à falha de mobilização adequada da maxila e sua liberação das inserções anormais de tecidos moles (Hwang et al., 2019; Precious, 2007; Saltaji et al., 2012). Além da recidiva, a insuficiência velofaríngea (IVF) é uma complicação relatada e específica desse grupo, em que, pacientes com fala hipernasal percebida no pré-operatório terão fala hipernasal no pós-operatório. Estima-se que em torno de 12,5% irão apresentar alguma IVF após a CO para correção de FLP (Precious, 2007; Roy et al., 2019).

3. METODOLOGIA

Para conduzir a revisão da literatura, implementamos uma estratégia de busca abrangente em plataformas de pesquisa respeitadas, incluindo PubMed, Scielo e Web of Science. Nossa estratégia de busca foi baseada em duas palavras-chave principais: ‘cleft lip palate AND orthognathic surgery’ e ‘cleft lip palate AND treatment’.

Comprometemo-nos a abranger um período de análise que incluiu os anos de 2003 a 2023 (20 anos de trabalho), considerando publicações em inglês e português. Após a conclusão da fase de busca, conduzimos uma triagem inicial, onde examinamos cuidadosamente os títulos e resumos das publicações encontradas para identificar aquelas diretamente relevantes para nosso estudo. Nosso enfoque principal foi na análise das questões pós-operatórias relacionadas à cirurgia ortognática em pacientes com fissura labiopalatina.

Antecipamos a seleção de aproximadamente 15 artigos, escolhidos com base em critérios estritos de relevância, qualidade e contribuição essencial para a realização de nosso estudo.

4. DISCUSSÃO E ANÁLISE DE DADOS

Quando elencamos os pacientes que necessitam de CO, as características do caso são de suma importância para o planejamento adequado do tratamento. Com isso, quando trata-se de pacientes com FLP, sabe-se que, apesar da técnica cirúrgica ser basicamente a mesma, algumas alterações podem ser necessárias: em termo de incisão planejada, em pacientes com fissura única, a incisão se estende verticalmente ao longo da margem da fístula, já em casos de fissuras bilaterais, a incisão tem que ser feita bilateralmente preservando mucosa na linha média, sendo que pode-se estender essa incisão se necessário, e se a maxila tiver estrutura óssea e área de vascularização adequada (Bollato et al., 2022; Roy et al., 2019).

Ademais, se deve ter uma abordagem mais cuidadosa ao lidar com tecidos moles durante a cirurgia, em que o cuidado para a aproximação dos segmentos garante um fechamento correto da FLP, uma quantidade adequada de tecido queratinizado para circundar os locais de fissuras e os elementos dentários, além da prevenção do espaço morto (Roy et al., 2019).

Além disso, nesse grupo de pacientes, a cirurgia é mais difícil de ser realizada devido às cicatrizes resultantes de procedimentos anteriores, que restringem o movimento da maxila e aumentam a taxa de recidiva associada ao avanço cirúrgico maxilar. Em pacientes com FLP, nem todos os objetivos operatórios podem ser facilmente alcançados devido à anatomia alterada, especialmente quando há uma grande discrepância (Bollato et al., 2022).

Ademais, exceto em casos de deformidades graves, o tratamento ortodôntico e a cirurgia ortognática são eletivos, fato que acarreta a necessidade de aplicação rigorosa de parâmetros rígidos de avaliação quando se estabelece uma relação risco/benefício da CO em pacientes fissurados. Avaliando esses parâmetros, devemos considerar se a função mastigatória e da fala estão afetadas, além de averiguar se existem problemas estéticos e de convívio social (Precious, 2007).

Os pacientes com FLP, desenvolvem uma hipoplasia maxilar significativa que requer esse tipo de intervenção cirúrgica, sendo que a osteotomia Le Fort I é mandatória. O objetivo do tratamento é corrigir a deformidade e os problemas associados, de modo que os pacientes possam ter uma vida normal (Bollato et al., 2022; Hupp; Ellis; Tucker, 2009; Saltaji et al., 2012).

A melhora nos resultados da correção das deformidades por meio do tratamento ortodôntico e da cirurgia ortognática tem sido dramática nos últimos 30 anos. A grande maioria dos pacientes tratados apresenta oclusão e estética melhoradas, mas deve-se enfatizar que, a menos que a simetria e o equilíbrio caracterizem os músculos relevantes, a previsibilidade de alterações a longo prazo nos ossos e tecidos moles é variável, independentemente do método usado para movimentação (Hwang et al., 2019; Precious, 2007).

O primordial, independentemente da técnica escolhida, é planejar cuidadosamente os casos, envolvendo todos os membros da equipe multidisciplinar de atendimento, somente assim se pode corrigir as anomalias dentofaciais associadas à FLP com maior previsibilidade (Eldesouky; Elbarbary, 2023).

A distração osteogênica tem sido sugerida como uma alternativa equivalente a cirurgia ortognática convencional para pessoas com FLP, mas ainda há grande incerteza sobre qual é o método corretivo ideal, especialmente quando os resultados relacionados ao paciente, como fala ou função velofaríngea, aspectos psicológicos e qualidade de vida são considerados, bem como a variação potencial no efeito do tratamento em diferentes grupos étnicos (Kloukos, 2018).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As FLP são uma das malformações congênitas mais comuns, exigindo tratamento multidisciplinar para um prognóstico mais satisfatório. Mesmo em uma sequência correta, com outras opções de tratamento, uma parcela alta desses pacientes necessitará, após a maturidade esquelética, de CO para correção da deformidade. Embora tecnicamente a CO não difira substancialmente nesse grupo de pacientes, as múltiplas cicatrizes de cirurgias prévias tornam o procedimento desafiador, sobretudo pela maior possibilidade de recidiva pós-operatória e insuficiência velofaríngea. Esses fatores devem ser considerados durante o planejamento, a escolha e a execução da CO, de modo a mitigar essas complicações. Dessa forma, aumenta-se a chance de recuperar a harmonia facial e dentária do paciente, contribuindo para sua melhora funcional, satisfação e convívio social.

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¹Cirurgiã-Dentista pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC; email: anasacheti1@gmail.com
²Discente do Curso Superior de Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC; email:
milenamelodaros@hotmail.com
³Discente do Curso Superior de Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC; email: anacarolinacarnetti@gmail.com
4Discente do Curso Superior de Odontologia da Universidade Federal de Sergipe – UFS; email:
odonto.gabriellac@hotmail.com
5Discente do Curso Superior de Odontologia do Centro Universitário de Pato Branco – UNIDEP; email:
juliaquadri1@hotmail.com
6Cirurgiã-Dentista pela Universidade do Estado do Amazonas – UEA; email: aj.desideriv@gmail.com
7Cirurgião Bucomaxilofacial do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago –
HU/UFSC; email: luiz.gil@ufsc.br