CIRURGIA BARIÁTRICA: FATORES QUE INFLUENCIAM O REGANHO DE PESO

BARIATRIC SURGERY: FACTORS THAT INFLUENCE WEIGHT REGAIN

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102502281259


Débora do Nascimento Leopoldino¹
Raissa Cruz Maia²
Prof. Dr. Evandro de Moraes e Silva³.


RESUMO: O reganho de peso após a cirurgia bariátrica pode predispor o retorno de comorbidades além do impacto na qualidade de vida, sendo sua causa multifatorial. Não há um consenso atual na literatura ante a melhor abordagem cirúrgica, embora existam estudos que apontem melhores resultados com determinadas técnicas associadas a mudanças de estilo de vida, como prática de exercícios físicos, acompanhamento nutricional e psicológico.

OBJETIVOS: Buscar quais fatores cirúrgicos e não cirúrgicos relacionados à cirurgia bariátrica podem estar associados ao reganho de peso.

MÉTODOS: As bases de dados utilizadas foram PUBMED, LILACS, SCIELO, além de referências teóricas relacionadas ao tema.

RESULTADOS: Foram analisados 276 artigos e destes 15 foram selecionados para compor nosso artigo. Os estudos analisados evidenciam que o reganho de peso não está associado apenas ao tratamento cirúrgico.

CONCLUSÕES: A técnica cirúrgica que mostrou melhor resultado foi a associação de banda gástrica tanto no BGYR quanto no LSG em termo de tolerância alimentar e perda de peso, em comparação aos que os procedimentos sem banda. Além da necessidade de realizar um acompanhamento pós-operatório multiprofissional, com práticas de exercício, mudanças alimentares e psicoterapia. 

DESCRITORES: Cirurgia bariátrica e reganho de peso, weight regain, bariatric surgery

ABSTRACT: Weight regain after bariatric surgery may predispose to the return of comorbidities and impact on quality of life, and its cause is multifactorial. There is no current consensus in the literature on the best surgical approach, although there are studies that shows better results with certain techniques associated with lifestyle changes, such as physical exercise, nutritional and psychological counseling. 

OBJECTIVES: To find out which surgical and non-surgical factors related to bariatric surgery may be associated with weight regain.

METHODS: The databases used were PUBMED, LILACS and SCIELO, as well as theoretical references related to the topic.  

RESULTS: 276 articles were analyzed and 15 of these were selected for our article. The studies analyzed show that weight regain is not only associated with surgical treatment.

CONCLUSIONS: The surgical technique that showed the best results was the combination of gastric banding in both RYGB and LSG in terms of food tolerance and weight loss, compared to procedures without banding. In addition to the need for multi-professional post-operative follow-up, with exercise, dietary changes and psychotherapy.  

DESCRIPTORS: Cirurgia bariátrica, reganho de peso, bariatric surgery.

1.     INTRODUÇÃO

A cirurgia bariátrica é um procedimento indicado para tratar pessoas com obesidade grave, grau III (IMC≥40kg/m2) ou grau II (IMC ≥35 kg/m2) associado a comorbidades, conforme a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e metabólica (2021). A obesidade é dividida em grau I (moderado excesso de peso) quando o IMC se situa entre 30 e 34,9kg/m2; grau II (obesidade leve ou moderada) com IMC entre 35 e 39,9kg/m2 e, por fim, grau III (obesidade mórbida) na qual IMC ultrapassa 40kg/m2, e pode resultar em causa ou agravo de comorbidades (Ministério da Saúde, 2021).

A importância da cirurgia bariátrica está diretamente relacionada a frequência de obesidade na população mundial, que atualmente acomete 890 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (2024), e seu principal risco está vinculado ao desenvolvimento de comorbidades como hipertensão arterial e Diabete Mellitus tipo 2 (Wel Ansari, Walid; Elhag, Wahiba, 2021).  Apesar de a cirurgia bariátrica ser o tratamento mais eficaz para a obesidade, é comum que parte dos pacientes experiencie o reganho de peso após atingir o menor peso após a cirurgia (Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, 2022). É importante salientar que o reganho de peso está ligado a deterioração da qualidade de vida e ao reaparecimento ou agravamento das comorbidades associadas a obesidade (Torrego-Ellacuría et al., 2021). 

Existem várias técnicas de cirurgia bariátrica, dentre elas as mais utilizadas atualmente são a banda gástrica laparoscópica ajustável (LAGB), a gastrectomia vertical laparoscópica – Sleeve (LSG), e Bypass gástrico em Y-de-Roux.  Esperava-se que a técnica cirúrgica de Bypass Gástrico em Y de Roux resultasse em menor índice de reganho de peso após intervenção cirúrgica em comparação com as outras técnicas. Além disso, considerava-se que pacientes com acompanhamento nutricional profissional e que mantinham constância na atividade física apresentassem menores índices de reganho de peso depois da cirurgia.       

Esta revisão bibliográfica aborda e tem por objetivo buscar quais fatores cirúrgicos e não cirúrgicos relacionados à cirurgia bariátrica podem estar associados ao reganho de peso, pois não são claros os critérios de escolha da técnica cirúrgica para cada paciente e como impactam no seu resultado. 

2. REVISÃO DA LITERATURA  

O tratamento mais eficaz para a obesidade grave é a cirurgia bariátrica, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e metabólica (2021), que, além de tratar a doença, leva a melhorias substanciais nas comorbidades associadas em até 80% (Furtado, et al., 2023). A intervenção cirúrgica pode ser realizada através das técnicas mais utilizadas atualmente, que são Bypass Gástrico em Y de Roux, Gastrectomia Vertical Laparoscópica e Banda Gástrica Laparoscópica, e podem ser restritivas e/ou absortivas. Ainda que a intervenção seja o tratamento mais eficaz, não é definitiva, pois, em torno de 15% dos pacientes podem voltar a recuperar o peso no pós-operatório tardio, principalmente após dois anos de cirurgia (SILVA; KELLY, 2014).  

2.1 Reganho de peso  

            O reganho de peso pode ser definido como recidiva progressiva do peso após a obtenção de uma perda de peso inicial bem-sucedida. No entanto, não há consenso dos parâmetros para uma definição exata. Até o momento, as revisões relatam grande variabilidade nos métodos de avaliação de reganho de peso entre os estudos analisados, pois há uma falta de consenso sobre a definição de reganho de peso (Voorwinde, et al., 2019). 

2.2 Fatores que influenciam o reganho de peso  

Fatores cirúrgicos

Segundo Torrego-Ellacuría, et al. (2021) e Furtado, et al. (2023), o IMC pré-operatório mais elevado, o tempo pós-operatório e o tipo de cirurgia bariátrica, atuam como fatores com maiores impactos sobre reganho de peso. O estudo aborda a probabilidade de ter um maior reganho de peso em pacientes submetidos à Gastrectomia vertical (LSG), do que em paciente que realizaram By-pass Gástrico em Y de Roux (BGYR). No entanto, não há comparação com estudos anteriores (Torrego-Ellacuría et al., 2021). 

Existem mecanismos cirúrgicos que implicam reganho de peso, como distensão da bolsa na Bandagem Gástrica Laparoscópica Ajustável (LAGB), a dilatação da bolsa gástrica na Gastrectomia Vertical Laparoscópica (LSG) e na By-pass Gástrico em Y de Roux (BGYR), dilatação da saída do estoma da gastrojejunostomia e fístulas gastro-gástricas (El Ansari, Walid; Elhag, Wahiba, 2021). 

Em um estudo sueco analisado por El Ansari, Walid; Elhag, Wahiba (2021) foi constatado que 10 anos após colocar a LAGB, os pacientes recuperaram mais de um terço do peso máximo que haviam perdido em um 1 ano. Já após a LSG o reganho foi maior em um prazo maior ou igual de 7 anos, enquanto após o BGYR, houve reganho de peso menor, no período de 3 a 7 anos. 

As alterações secundárias na anatomia cirúrgica do BGYR podem prejudicar a restrição, absorção de alimentos, potencialmente levar à recuperação de peso, e ao desenvolvimento de uma fístula gastro-gástrica, entre a bolsa gástrica e o estômago remanescente, o que prejudicam tanto a restrição quanto absorção de nutrientes (Dayan, Danit; Kuriansky, Joseph; Abu-Abeid, Subhi, 2019). A partir da análise de Nonino, et al. (2019) do pós-operatório do BGYR, de dois a cinco anos, houve recuperação de peso significativa em pacientes e no mesmo período, apenas uma pequena proporção de pacientes necessitou de uma cirurgia de revisão. 

Segundo Campanelli, et al. (2022), o BGYR bandado apresentou melhores resultados em comparação ao procedimento tradicional, pois a banda de silicone, devido ao efeito disabsortivo e restritivo, foi associada ao controle do reganho de peso.  

Segundo Hany, et al. (2022), a gastrectomia vertical laparoscópica (LSG) é um procedimento de restrição de 70-80% do volume gástrico do estômago. Apesar de sua eficácia ser grande, o reganho de peso pós-LSG pode ocorrer devido à fatores como a não-adesão ao regime pós-LSG por parte dos pacientes e fatores anatômicos, como a dilatação da bolsa gástrica. Hatami, et al. (2023) aponta como desvantagem do LSG o índice de perda do excesso de peso diminuir significativamente após 5 anos e a expansão do estômago como a principal e mais comum causa de resistência à perda e/ou recuperação de peso, causada por falha na dieta ou comportamento alimentar não modificado.  

Kapala, et al. (2023) exibe um estudo do procedimento de gastrectomia vertical (LSG) e relaciona o tamanho da manga com o IMC pós-operatório, aponta como principal desvantagem da manga gástrica a possibilidade de aumentar de tamanho com o tempo, associando a recuperação de peso e a perda de peso insuficiente. Além deste, identificou fatores influenciadores de reganho de peso pós LSG, elucidados na sessão de resultados e discussão.  

O uso de banda de silicone na LSG (BSG) também foi associado a melhores resultados diante do reganho de peso. Segundo Hany, et al. (2022), os estudos indicaram uma taxa de reganho de peso, após 4 anos de pós-operatório, o grupo de BSG apresentou menor reganho de peso em comparação ao grupo de SG no primeiro ano pós-operatório. 

 Em outras análises de estudo, realizadas por Plamper, et al. (2022) uma grande taxa de reganho de peso em 10 anos após a Gastrectomia Vertical (LSG) foi encontrada, e para o mesmo grupo houve necessidade de conversão para BGYR em alguns participantes assim como observado por Hany, et al. (2022) em outro estudo sobre LSG e BGYR.  

A banda gástrica ajustável laparoscópica (LAGB) é outra técnica de cirurgia bariátrica e tem eficácia a longo prazo em determinados grupos. Um estudo de Vitiello, et al. (2020), em que pacientes foram acompanhados por 10 anos, mais da metade foram submetidos à remoção da banda gástrica por não atingirem a perda de peso esperada, porém uma parcela de pacientes com um perfil específico, obteve bons resultados, comparáveis aos do BGYR e LSG. 

O Bypass Gástrico de Anastomose Única (OAGB), segundo Plamper, et al. (2022), representa o terceiro procedimento bariátrico mais comumente realizado em todo mundo, com resultados bons e sustentáveis para perda de peso e resolução de comorbidades, evidenciados pelo estudo comparativo, no qual OAGB obteve menor taxa de reganho de peso em relação à LSG. No entanto, ainda que em menor número em relação a outras técnicas cirúrgicas, a longo prazo, a OAGB apresenta problemas de refluxo gástrico, deficiências nutricionais e reganho de peso. 

Hatami, et al (2023) ao comparar as três técnicas cirúrgicas mais prevalentes da cirurgia bariátrica, LSG, BGYR e OAGB, observou uma maior recuperação de peso no intervalo de 36 a 48 meses após as cirurgias e entre elas a LSG apresentou um alto índice de reganho de peso.     
Fatores não cirúrgicos

De acordo com El Ansari, Walid; Elhag, Wahiba (2021), existem preditores pré-operatórios que podem estar associados ao reganho de peso, como o IMC acima ou igual a 50kg/m2 e a idade, quanto mais jovem, maior a probabilidade de recuperação de peso, no entanto, os achados são inconsistentes. Ainda neste estudo foi observado que alguns pacientes após a cirurgia bariátrica apresentam o reganho de peso devido ao aumento gradual da ingestão calórica e outros comportamentos alimentares. 

Estudos realizados por Dayan, Danit; Kuriansky, Joseph; Abu-Abeid, Subhi, (2019) sinalizam outros comportamentos alimentares desadaptativos, como o pastoreio, consumo de pequenas porções de alimentos, repetidamente, ao longo do dia e perda de controle alimentar, que podem ser tão ou mais relevantes que o transtorno de compulsão alimentar periódica (TCAP) no pós-operatório e predispõe a recuperação de peso. Em um estudo de Noria, et al. (2023), mesmo após a cirurgia bariátrica houve persistência do TCAP e mais da metade dos pacientes que relataram compulsão alimentar antes da cirurgia mudaram para o comportamento de pastoreio após a cirurgia. Em resposta a estressores externos, comer pequenas porções de alimentos com alto teor calórico, em vez de grandes quantidades ainda estimula o sistema de recompensa do cérebro, uma vez que estes estímulos nervosos não são alterados com a cirurgia bariátrica (Furtado, et al. 2023).

Além disso, de acordo com Hatami, et al. (2023), os pacientes que não fazem o acompanhamento multidisciplinar após a cirurgia podem ter o retorno das comorbidades da obesidade, juntamente com a recuperação do peso. E estudos anteriores descobriram que dentre os pacientes com resistência à perda de peso ou recuperação de peso, 60% nunca adotaram acompanhamento nutricional e 80% nunca passaram por acompanhamento psicológico. 

Outro fator associado ao reganho de peso é a atividade física, pois observa-se que a maioria dos pacientes permanece insuficientemente ativa após a realização a cirurgia. Estudos de El Ansari, Walid; Elhag, Wahiba (2021) demonstram que uma pequena parcela dos pacientes pós-cirurgia bariátrica atendeu às diretrizes de atividade física para promoção da saúde, isto é, realizaram mais que 150 minutos de atividade física por semana ou de intensidade moderada a vigorosa em episódios de 10 minutos. Além disso, o método utilizado para medida de atividade física pode levar a resultados conflitantes.  

Em um estudo randomizado de Marc-Hernández, et al. (2020) pacientes submetidos à LSG foram randomizados em um grupo de exercício, supervisionados, e um grupo controle, que seguiu os cuidados habituais. Foram avaliados antes e depois da intervenção: composição corporal, aptidão cardiorrespiratória, glicemia e colesterol sanguíneo. Ambos os grupos atingiram a perda máxima de peso no primeiro ano após a cirurgia e apresentaram recuperação de peso significativa ao final do acompanhamento. Após o programa de exercícios, o grupo que praticou exercícios apresentou reduções na massa gorda, glicemia e colesterol sanguíneo, enquanto o grupo controle no mesmo período apresentou aumento de peso e massa gorda.  

Fatores psicológicos também estão relacionados com o reganho de peso, pois influenciam a motivação e dificultam o cumprimento da dieta e atividade física (Velapati, et al. 2018). A partir de uma análise feita por El Ansari, Walid; Elhag, Wahiba (2021), descobriu-se a associação de doenças psiquiátricas com a perda de peso insuficiente e o reganho de peso após BGYR/LAGB. Ademais, pacientes com mais de 2 condições psiquiátricas eram 6 vezes mais propensos a não perder peso ou exibir um reganho de peso com um diagnóstico psiquiátrico (Rutledge, T.; Groesz, L.M.; Savu M., 2011). Segundo Furtado, et al. (2023), o impacto da depressão nos resultados cirúrgicos prejudica o desempenho geral na adesão a protocolos pós-operatórios, dieta e atividade física. 

Fatores bioquímicos e fisiológicos Em relação aos fatores bioquímicos e fisiológicos, observou-se a alteração da produção de alguns hormônios como a grelina, GLP-1 (glucagon like peptide 1), polipeptídio inibitório gástrico, hormônio peptídico intestinal, polipeptídeo insulinotrópico glicose-dependente e a glicemia (Wel Ansari, Walid; Elhag, Wahiba, 2021) e enzimas após a cirurgia bariátrica, porém os dados foram limitados (Noria, et al. 2023).  (Dayan, Danit; Kuriansky, Joseph; Abu-Abeid, Subhi, 2019)  

2.     METODOLOGIA

Para este estudo foi feita uma revisão narrativa nos bancos de dados indexados: PUBMED, LILACS, SCIELO, além de referências teóricas publicadas em páginas da WEB, utilizando os seguintes descritores encontrados no DeCS/MeSH: Cirurgia bariátrica e reganho de peso, além de seus correspondentes em inglês. Os critérios de elegibilidade para estudo foram: artigos nos idiomas inglês e português, publicados no período de 2018 a 2024, artigos que abordassem o reganho de peso após a cirurgia bariátrica e as principais técnicas cirúrgicas utilizadas: Bypass Gástrico em Y de Roux (BGYR), Gastrectomia Vertical Laparoscópica (LSG), Banda Gástrica Laparoscópica Ajustável (LAGB). Os critérios de exclusão foram: artigos duplicados, disponibilizados na forma de resumo, que não abordassem e não atendessem o tema e aos demais critérios de inclusão. 

3.     RESULTADOS E DISCUSSÃO

A presente revisão bibliográfica foi realizada através da análise de 276 artigos científicos, dos quais 15 artigos foram selecionados para compor nossos resultados de acordo com os fatores que influenciam o reganho de peso. Os fatores são divididos em cirúrgicos e não cirúrgicos.   
Fatores cirúrgicos                                                             

Bypass Gástrico em Y de Roux (BGYR) Em uma revisão de El Ansari, Walid; Elhag, Wahiba (2021), houve reganho de peso em 3,9% dos 1738 pacientes, 3 a 7 anos após o BGYR. A partir da análise de Nonino, et al. (2019) do pós-operatório de dois a cinco anos, observou-se que houve uma recuperação de peso significativo em 24,2% dos 33 pacientes submetidos ao BGYR e apenas uma pequena proporção de pacientes necessitaram de uma cirurgia de revisão. No estudo de Silva, R. F.; Kelly, E. O. (2013) observou-se que 2 anos após cirurgia do tipo BGYR, 15% dos pacientes podem voltar a recuperar peso.  

No estudo de Dayan, Danit; Kuriansky, Joseph; Abu-Abeid, Subhi (2019) foi relatado que alterações secundárias na anatomia cirúrgica após BGYR podem levar ao desenvolvimento de uma fístula gastro-gástrica entre a bolsa gástrica e o estômago remanescente, que prejudicam tanto a restrição quanto a má absorção de alimentos e potencialmente levar a recuperação de peso. 

Gastrectomia Vertical Laparoscópica (LSG) O estudo realizado por El Ansari, Walid; Elhag, Wahiba (2021) apontou que após a LSG, o reganho foi de 27,8% de 652 pacientes, em um prazo maior ou igual de 7 anos. Hany, et al. (2022) observou em um grupo de 111 pacientes que realizaram LSG a necessidade de conversão para BGYR com indicação por reganho de peso em 51 pacientes. Em outras análises de estudo, realizadas por Plamper, et al. (2022) uma taxa de 59% de 53 pacientes sofreu reganho de peso, 10 anos após a LSG, e para o mesmo grupo houve uma taxa de conversão para BGYR de 14%. 

Kapala, et al. (2023) identificou os fatores influenciadores de reganho de peso pós LSG: fatores cirúrgicos/anatômicos, aumento volume gástrico residual, dilatação gástrica, desequilíbrio hormonal/metabólico, serotonina, fatores comportamentais/de humor, consumo e gasto de energia. E relacionou o tamanho da manga do LSG com o IMC pós-operatório, e apontou como principal desvantagem da manga gástrica a possibilidade de aumentar de tamanho com o tempo, associada a recuperação de peso e perda de peso insuficiente. 

Segundo Hatami, et al. (2023) a desvantagem da  LSG é que o índice de perda do excesso de peso após 5 anos diminui significativamente. 

Banda Gástrica Laparoscópica Ajustável (LAGB) El Ansari, Walid; Elhag, Wahiba (2021) constatou que 10 anos após colocar a banda gástrica ajustável laparoscópica (LAGB), os pacientes recuperaram 38% do peso máximo que perderam ao longo de 1 ano.    

No estudo de Vitiello, et al. (2020) no qual 9706 pacientes foram acompanhados por 10 anos, mais da metade foram submetidos à remoção da banda gástrica ou não haviam atingido a perda de 60% do excesso de peso. 40% deles tiveram sucesso com o procedimento e o índice de reganho de peso foi comparável ao LSG E BGYR, isso evidenciou que a LAGB pode ser eficaz, principalmente, para pacientes do sexo masculino e indivíduos que apresentaram IMC mais elevado.   

 Banda Gástrica + Bypass Gástrico em Y de Roux Campanelli, et al. (2022) relatou que há melhores resultados do BGYR bandado em termos de perda, manutenção e índice de recuperação de peso, em comparação ao procedimento tradicional. Recentemente, os procedimentos bariátricos com banda demonstraram que o anel impede dilatação da bolsa e diminui a incidência de recuperação de peso, até quatro anos após a cirurgia. 

Banda + Gastrectomia Vertical Laparoscópica Segundo Hany, et al. (2022), um estudo com 1392 pacientes, indicou uma taxa de reganho de peso, após 4 anos de pós-operatório, de 3% no grupo de BSG e 10,8% no grupo de LSG no primeiro ano pós-operatório, ao mesmo tempo em que se notou um aumento significativo na tolerância alimentar no final do quarto ano de pós-cirúrgico no grupo de LSG em comparação com a tolerância alimentar estável no grupo BSG. 

Comparação dos Procedimentos Hatami, et al. (2023) mostrou que ao comparar as três técnicas cirúrgicas mais prevalentes da cirurgia bariátrica, LSG, BGYR e OAGB, foi observada uma maior recuperação de peso no intervalo de 36 a 48 meses após as cirurgias. O total de recuperação de peso em 5 anos nos três procedimentos LSG, BGYR e OAGB, foi de 6,88% de 316 pacientes, 5,3% de 870 pacientes e 3,3% de 1381 pacientes, respectivamente. Pode-se concluir neste estudo que a LSG induz a recuperação mais precoce e mais elevada do peso. 

Em um estudo comparativo de 5 anos de Plamper, et al. (2022) a taxa de reoperação por reganho de peso foi de 8,1% de 911 pacientes após a OAGB (A Bypass Gástrico de Anastomose Única) e 24,2% de 241 pacientes após LSG. Torrego-Ellacuría, et al. (2021) notou em um estudo maior reganho de peso em pacientes submetidos a Gastrectomia Vertical – Sleeve (LSG), do que em Bypass Gástrico em Y de Roux.    

Hatami, et al. (2023) apontoua expansão do estômago como causa principal e mais comum de resistência à perda e/ou recuperação de peso, causada por falha na dieta ou comportamento alimentar não modificado. Torrego-Ellacuría, et al. (2021) evidenciou o IMC pré-operatório mais elevado, tempo pós-operatório e o tipo de cirurgia como principais preditores com maior impacto sobre o reganho de peso.  

IMC El Ansari, Walid; Elhag, Wahiba, (2021) apontaram o gradual aumento da ingestão calórica como contribuinte para o reganho de peso, prevalente entre mulheres, que pode estar associado a fatores como o IMC pré-operatório mais elevado, presença de comorbidades, não adesão à dieta, aumento da ingestão calórica e o pastoreio, além da falta de acompanhamento nutricional,  comportamento sedentário,  depressão, falta de atividade física, problemas de saúde mental, compulsão alimentar, mecanismos hormonais e perda de controle sobre a alimentação.   

El Ansari, Walid; Elhag, Wahiba, (2021) denotaram que pacientes com IMC acima ou igual a 50kg/m2 são mais propensos a ter uma recuperação de peso. Furtado, et al. (2023) colocou os fatores cirúrgicos, o IMC pré-operatório mais elevado, tempo pós-operatório e o tipo de cirurgia como os principais preditores com maior impacto sobre o reganho de peso. 

Fatores não cirúrgicos 

Psicológicos Furtado, et al. (2023) apresentou que a depressão foi colocada como fator que impede o desempenho geral da adesão ao protocolo a ser seguido pós cirurgia, como a dieta e atividade física. A partir da revisão de El Ansari, Walid; Elhag, Wahiba (2021) de um estudo de 60 pacientes, descobriu-se a associação de doenças psiquiátricas com a perda de peso insuficiente (47,5%) e o reganho de peso (29,5%) após BGYR/LAGB. A depressão presente em 50% dos pacientes evidenciou a relação com a perda de controle sobre a alimentação e consequente reganho de peso.  Pacientes com mais de 2 condições psiquiátricas, eram 6 vezes mais propensos a não perder peso ou exibir um reganho de peso com um diagnóstico psiquiátrico (Rutledge, T.; Groesz, L.M.; Savu M., 2011).

Atividade Física Hatami, et al. (2023) abordou que entre os pacientes com resistência à perda de peso ou recuperação de peso, 60% nunca adotaram acompanhamento nutricional e 80% nunca passaram por acompanhamento psicológico. Assim também, a prática insuficiente de atividade física e sedentarismo também contribuem para o reganho de peso pós-BGYR, onde a incidência de reganho de peso foi maior entre os pacientes que permaneceram relativamente inativos em comparação com pacientes que realizaram atividade física (El Ansari, Walid; Elhag, Wahiba, 2021). 

Alimentares Estudos de El Ansari, Walid; Elhag, Wahiba, (2021) demonstram que pacientes com compulsão alimentar tiveram um aumento de 5,3kg no IMC, em comparação com pacientes sem compulsão alimentar em 2-7 anos após o BGYR. Além da alimentação desadaptativa pré-existente, transtornos comportamentais e psiquiátricos foram correlacionados com a recuperação de peso (Furtado, et al., 2023). Dayan, Danit; Kuriansky, Joseph; Abu-Abeid, Subhi (2019) evidenciaram que comportamentos alimentares desadaptativos como pastoreio, perda de controle alimentar, mordiscar e comer à noite podem ser tão ou mais relevantes que o transtorno de compulsão alimentar periódica (TCAP) no pós-operatório de cirurgia bariátrica.  

Bioquímicos e Fisiológicos  Noria, et al. (2023) relatou que houve alteração da produção de alguns hormônios e enzimas após a cirurgia bariátrica, porém os dados foram limitados. 

4.     DISCUSSÃO

Esta revisão compila informações acerca dos fatores que influenciam o reganho de peso após cirurgia bariátrica. Ao analisarmos os dados obtidos, observamos que a recuperação de peso tende a ser maior no intervalo de 3 a 4 anos após a cirurgia. Dentre procedimentos cirúrgicos mais realizados, LSG, BGYR e OAGB, a LSG apresentou o maior índice de reganho de peso. Esperávamos que a cirurgia de BGYR tivesse um menor índice de recuperação de peso. No entanto, apesar de apresentar melhores resultados que a LSG, ainda não foi tão eficaz quanto a técnica de OAGB, que quando comparada às outras duas, revelou-se mais eficaz, ainda que também tenha apresentado desvantagens nutricionais e aumento do refluxo gástrico, também comuns nas outras técnicas. 

Observamos que a técnica LAGB não apresentou bons resultados, visto que, mais da metade dos pacientes submetidos, não atingiram a perda de peso suficiente ou recuperaram uma grande taxa do peso perdido. Toda via, o uso de banda gástrica associada, na LSG e na BGYR, apresentou melhores resultados, demonstrando que o anel previne a dilatação da bolsa gástrica e menor taxa de reganho de peso.  

O IMC pré-operatório mais elevado foi associado a difícil perda de peso e maior recuperação de peso após a cirurgia. Além de outros comportamentos, como maus hábitos alimentares, aumento da ingestão calórica, falta de acompanhamento nutricional e inatividade física, que observamos ser imprescindível para melhores resultados pós-operatórios. Ademais, constatamos que os preditores psiquiátricos, como transtorno de compulsão alimentar (TCAP), depressão e ansiedade, tiveram uma relação com a recuperação de peso maior do que o esperado. Alguns fatores bioquímicos e fisiológicos também foram correlacionados à recuperação de peso, porém os dados quanto a sua influência são limitados. 

            A comparação entre os estudos dos artigos foi dificultada pela heterogeneidade das amostras, que variaram em idade, técnica cirúrgica escolhida, sexo, presença de comorbidades, hábitos alimentares, prática de exercício físico, fatores bioquímicos e IMC pré-operatório, que tiveram influência no reganho de peso. Além disso, as pesquisas sobre as técnicas de cirurgia bariátrica e dos fatores associados ao reganho de peso careceram de padrão das características das amostras, do tipo de estudo utilizado e do tempo de acompanhamento pós-operatório, o que é necessário para fazer um comparativo mais preciso. Portanto, através da revisão, percebemos que se faz necessário realizar estudos mais específicos e padronizados em relação às técnicas cirúrgicas e dos pacientes.

CONCLUSÃO

Após a análise dos resultados, a técnica cirúrgica que mostrou melhor resultado foi a associação de banda gástrica tanto no BGYR quanto no LSG em termo de tolerância alimentar e perda de peso, em comparação aos procedimentos sem banda. A BGYR apresentou baixo índice de reganho de peso e de necessidade de cirurgia de revisão. A LSG, por sua vez, teve o maior índice de reganho de peso em relação a BGYR e uma maior taxa de conversão para BGYR, além de sua principal desvantagem ser o aumento do tamanho da manga.  Quanto a LAGB, menos da metade dos pacientes obtiveram sucesso, embora a técnica tenha sido benéfica para pacientes do sexo masculino com IMC mais elevado.

Os resultados evidenciaram que existem outros fatores além da tecnica cirurgica escolhida que influenciam o reganho de peso, como IMC pré-operatorio mais elevado, não adesão a mudança no estilo de vida, necessidade de realizar um acompanhamento pós-operatório multiprofissional, com práticas de exercício, mudanças alimentares e psicoterapia, que foram apontados como os principais preditores para resultar em reganho de peso pós cirurgia bariátrica.

REFERÊNCIAS

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1,2, 3 Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA)