REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10472672
Kellyanny Gomes
Orientadora: Ma. Marcia de Carvalho Neves
RESUMO
O presente trabalho trata-se de um estudo e proposta de um Centro Cultural para a Baixada Maranhense, localizado no município de Peri Mirim. No trabalho é feito um estudo teórico e empírico, com base em bibliografias, documentos e estudos de caso, objetivando obter fundamentação técnica para a elaboração do projeto. O método utilizado consiste em analisar a história da arquitetura de centros culturais, buscando identificar aspectos que possam influenciar sobre o projeto, levando em consideração obras arquitetônicas já executadas anteriormente. A realização desse documento visa desenvolver incentivos culturais na sociedade e demonstrar a importância destes para o desenvolvimento sociocultural.
Palavras-Chave: Centro Cultural. Baixada Maranhense. Peri Mirim. Proposta arquitetônica.
ABSTRACT
The present work is about a study and proposal of a Cultural Center for Baixada Maranhense, located in the city of Peri Mirim. In the work, a theoretical and empirical study is carried out, based on bibliographies, documents and case studies, aiming to obtain technical foundation for the preparation of the project. The method used consists of analyzing the history of architecture in cultural centers, seeking to identify the aspects that reflect on the project, taking into account architectural works already carried out before. The realization of this document aims to develop cultural incentives in society and demonstrate their importance for sociocultural development.
Keywords: Cultural Center. Baixada Maranhense. Peri Mirim. Architectural proposal.
1 INTRODUÇÃO
Um centro cultural é relevante para o desenvolvimento de uma sociedade, através da sua vitalidade artística e de seus eventos de entretenimento ao público, bem como para o crescimento de talentos.
A fim de proporcionar um espaço de qualidade aos moradores da baixada maranhense, a criação de uma proposta de um Centro Cultural na cidade de Peri Mirim – MA, seria importante para incentivar a prática cultural na sociedade.
Este trabalho consiste em projetar uma edificação para a prática do pensar e criar na escala da cidade, criando um verdadeiro espaço público para as práticas artísticas e de interação social. Também de reavivar o território, possibilitando que os moradores locais tenham um ambiente para praticar atividades de recreação e contemplação.
1.1 JUSTIFICATIVA
A principal motivação para a escolha da temática é a naturalidade da autora deste trabalho, que, nascida e criada na cidade de Peri Mirim, tem a vontade de proporcionar melhorias para sua terra natal.
A partir do conhecimento adquirido durante a graduação, busca propor um espaço para o desenvolvimento artístico e intelectual das pessoas – principalmente jovens – do município em questão e outros demais situados nas proximidades – na Baixada Maranhense.
O trabalho pretende, com base nos estudos apresentados, criar um espaço com finalidade de aprimorar a qualidade de vida das pessoas, mesclando as teorias e técnicas aprendida no curso de Arquitetura e Urbanismo, com a experiência e sonhos de uma estudante que deseja ver as pessoas de sua terra de desenvolverem.
1.2 OBJETIVO GERAL
Desenvolver um anteprojeto de um Centro Cultural para a Baixada Maranhense localizado no município de Peri Mirim.
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Desenvolver proposta arquitetônica de um Centro Cultural para a Baixada Maranhense, situado no município de Peri Mirim;
2. Requalificação urbana do entorno do terreno a ser implantado o Centro Cultural;
3. Propiciar acesso à cultura e ao conhecimento à população da baixada maranhense, sobretudo à do município de Peri Mirim.
1.4 METODOLOGIAS
Este Trabalho de Conclusão de Curso traz como metodologias a revisão de literatura, utilizando artigos acadêmicos, dissertações, livros e demais documentos científicos disponíveis online. Entre os principais autores utilizados para a construção do trabalho estão Luís Milanesi e Joffre Dumazedier, que possuem obras a respeito da cultura e do lazer.
A fim de levantar informações do município de Peri Mirim – local de estudo e implantação – foram utilizados principalmente portais como blogs e sites relacionados à localidade, e também o livro ‘Peri Mirim – Cem Anos de Emancipação 1919 – 2019’, de Francisco Viegas Paz, do ano de 2020.
Desse modo, buscando compreender melhor a área de estudo, foi feito um levantamento no terreno – para apreender características físicas e sensoriais da área – e questionários com moradores da cidade e do entorno do terreno escolhido.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 BREVE HISTÓRICO DE CENTRO CULTURAL
Na década de 1950 a sociedade estava passando por grandes transformações, como a Segunda Guerra Mundial e surgiu-se no pós guerra um processo de modernização, tanto no meio construtivo quanto na sociedade, então nessa década criou-se a invenção do rádio e de televisores, e a partir desse marco, despertou na civilização um interesse ao cinema aos meios de comunicação e ao desejo ao lazer e as informações.
Assim como o acesso à cultura, no qual os Centros Culturais foram se originando pelas casas de cultura nessa época na França, impulsionando vários movimentos artísticos, a fim de garantir à população um espaço que lhes dava a oportunidade de contemplar os bens culturais e garantir novas formas de pensar e fazer o cinema, a música, a literatura e a arte.
Mas, modelos de espaços como esse já teriam sido elaborados na antiguidade, como na Grécia Antiga, onde existiu a Biblioteca de Alexandria, na qual foi constituída para funcionar como um local para guardar as obras de arte, estátuas, que faziam culto às divindades mitológicas e possuía ambientes destinados a um anfiteatro, observatório, salas de trabalho, refeitório, jardim botânico e zoológico e assim como afirma o escritor Milanesi (1997), a Biblioteca de Alexandria pode ser caracterizada como o mais nítido e antigo centro de Cultura (figura 1).
Figura 1 – Esboço Biblioteca de Alexandria.
Fonte: Revista Segredos do Mundo (2018).
Houve a necessidade por espaços destinados a atividades artísticas, como o surgimento de Centros Culturais na década de 1970, sendo fortemente espalhado por vários países a implantação desse espaço, como na França, Europa, Inglaterra, até que fosse chegado no Brasil em meados do século XX. Esse movimento gerou a criação do “Centre National d’Art et de Culture Georges Pompidou”, que influenciou também a criação desses espaços em muitos outros países, com o intuito de gerar novas relações de trabalho em conjunto com a valorização do lazer, de criar áreas de convivência, quadras esportivas e centros sociais. Pois, com a chegada das novas tecnologias, precisou-se de um modelo institucional que substituísse as antigas bibliotecas em direção às formas diversas de inserir os meios artísticos e toda sua pluralidade.
A cultura popular está internamente associada às tradições frequentemente exercidas na história da humanidade, bem como nas relações familiares, nas suas linguagens, religiões, artes e algumas antropologias que o homem exerce na sociedade. Para que se entenda a diversidade desses movimentos, é possível que se perceba que o homem vive múltiplas dimensões do espaço e que ele se adapta ao mundo que nasceu e seu ambiente social que determina amplamente o curso da sua vida. Vigente à essa concepção é notório que o espaço construído é de extrema contribuição para o indivíduo exercer a cidadania e consolidar sua personalidade agregada aos valores sociais na sua vida.
Depois do acréscimo das grandes metrópoles, o meio urbano foi se alterando e segundo linhas de arquitetura mais modulares, que eram consequentemente mais rápidas de se construir. Então, a partir do momento que se criou esses locais – como as casas de cultura na França -, valorizou-se o lazer na sociedade moderna, como prática de atividades de interação social, intelectual, artística e de práticas esportivas. E, devido a essas necessidades incentivadas pelas novas tecnologias e a carência de espaços que substituíssem ao modelo antigo de biblioteca, os centros culturais surgiram de maneira alternativa e sendo fundamentais para a sociedade, a partir daí, se espalhando por diversos lugares.
2.2 A FALTA DE INCENTIVOS CULTURAIS NA SOCIEDADE
“Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro.” (CAMUS, 1952 apud FERREIRA, 2016)
É evidente a importância de uma sociedade que se desenvolva levando em consideração a formação do desenvolvimento sociocultural para todas as faixas etárias, crianças, jovens, adultos de diferentes níveis sociais, para que se preserve e valorize a cultura e ofereça um novo ambiente social para a cidade. Além de proporcionar diversidade artísticas, culturais, intelectuais e incluir a produção e a formação de diferentes públicos (figura 2).
Figura 2 – Lazer em espaços públicos.
Fonte: O POVO (2020).
Não se encontra, na maioria dos municípios de pequeno porte, espaços relacionados ao pensar e fazer cultural. Visto que esse modelo de tipologia ajuda no desenvolvimento à educação e individualidade, a implantação destes equipamentos é algo que colabora para diminuir consideravelmente o índice de pessoas alienadas no Brasil.
Marcellino (2003) considera o lazer como um agente transformador do sujeito e da sociedade, e o entende como componente da cultura. Para o autor, o lazer está ligado aos diversos conteúdos culturais, podendo ser experimentado por meio da prática, fruição ou conhecimento. E isso é exatamente o que os centros culturais oferecem.
Segundo Dumazedier (1973), os centros culturais são diretamente influenciados pela perspectiva teórica do lazer de diversas maneiras. Geralmente, estas, se relacionam de forma isolada ou simultânea, o lazer com descanso, diversão e desenvolvimento. Compreender que o lazer pode assumir diferentes papéis na vida de um sujeito, que variam a partir das circunstâncias em e do seu tempo livre, influenciam as ações propostas pelos centros culturais. Fatores como educação, classe econômica, número e qualidade das ofertas de lazer, equipamento e instalações disponíveis determinam a quantidade e a qualidade das atividades de lazer oferecidas pelos centros de cultura. O autor ainda define o lazer como:
“É um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou, ainda para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais.” (DUMAZEDIER, 1973, p 34)
Silva, Lopes e Xavier (2009) afirmam que os centros culturais são tidos como um exemplo de participação, onde são realizadas oficinas de músicas, canto, arte, narração de histórias e diversos outros tipos de manifestações culturais. Estas proporcionam momentos de descontração, valorização, reconhecimento, prazer e, ao mesmo tempo, conscientizar a população de que independente da classe socioeconômica, o lazer é um direito de todos (figura 3).
Figura 3 – Recreação é para todos.
Fonte: CRIANÇA E NATUREZA (2017).
Os centros culturais estão diretamente ligados a aspectos educacionais que propagam a cultura e oferecem condições para a evolução da sociedade enquanto nação, a fim de trazer não somente a informação e cultura aos seus usuários, mas também o lazer e o bem estar.
São dezenas de milhões de pessoas que possuem direitos e deveres e necessitam de condições para desenvolver com plenitude todo o seu potencial. Embora se tenha na atualidade um amplo acesso à tecnologia, energia elétrica, a vários progressos, esses avanços não chegam para toda a população, muitos jovens ainda vivem em precárias situações e condições vulneráveis, sem acesso à saúde ou educação de qualidade.
Entre 1990 e 2018 a taxa de mortalidade infantil caiu de 47,1% para 13,1% mortes para cada 1.000 nascidos vivos, de acordo com o Ministério da Saúde. No entanto, de 1999 a 2019, o percentual de crianças com idade escolar obrigatória fora da escola caiu de 19,6% para 3,7%, mas mesmo com tantos avanços, em 2019 1,5 milhões de meninos e meninas ainda estavam fora da escola (IBGE, 2019).
E essa discrepância atinge aos pobres, negros, indígenas, quilombolas, a uma parcela de deficientes e, em grande parte, aos que vivem nas periferias dos grandes centros urbanos, e aos da zona rural, onde muitos optam por trabalhar e contribuir com a renda familiar.
Portanto, para que haja uma sociedade que garanta desenvolvimento a jovens e adultos, é necessário a participação de incentivos culturais que proporcionem a essas pessoas qualidade de vida necessária para garantir sua saúde mental, psicológica e ser motivo de apoio para as pessoas que estão em busca de desenvolver seus talentos por meio da arte.
2.3 ARQUITETURA DE CENTRO CULTURAL
A cidade nada mais é que um conjunto de contextos econômicos, políticos e sociais, isso inclui as constantes tipologias na configuração do tecido urbano, e como Silva (2013) exemplifica bem, os centros culturais urbanos são capazes de atrair, acolher e interagir com público adequadamente, a partir daí, ele passa a adquirir uma valor instrumental para as relações humanas, levando em conta aspectos como hospitalidade, lazer, funcionalidade e beleza, trazendo não só a informação e aspectos culturais, mas também lazer e bem-estar para a população.
Milanesi (1997) aponta que um centro de cultura, deve contemplar diversos suportes, como auditório, salas para cursos e reuniões, espaço para exposições e área administrativa. E é importante que o espaço seja para acolher todos os públicos, especialmente as crianças e adolescentes, bem como as atividades direcionadas a estes públicos, pois um centro de cultura “não se desenha para seres isolados, mas para a ação de pessoas objetos afins”.
A maneira de expor os acervos, os espaços, os equipamentos, a disposição dos terminais de computadores, os espaços, os equipamentos devem estar adequados e serem de fácil acesso para incentivar os visitantes a usufruir do espaço. Os espaços destinados a acervos são, em geral, os mais procurados. Estes serviços permanentes são quase uma garantia de público. A formação do acervo precisa ser realizada partindo de um estudo da comunidade e deve atender a duas exigências: a demanda pressentida e a necessidade de obras fundamentais.
Milanesi afirma que, em geral a cultura, é mais entendida, como ação eventual e festiva, tendo pouca relação com com o cotidiano das pessoas, por isso, faz-se necessário que exista um mediador que anime a comunidade a participar com frequência das ações culturais. A participação da sociedade é ponto chave dessa ação, para que as atividades culturais atinjam plenamente os objetivos traçados.
2.4 PERI MIRIM
Peri Mirim é um município do estado do Maranhão, localizado na baixada maranhense, e teve seu nome de origem indígena, igualmente como o anterior que era conhecido como Macapá, a cidade foi povoada por imigrantes vindos de cidades vizinhas como Alcântara e São Bento, Paz (2020) acreditava que devido a artefatos de lâmina e machadinhas de pedra de origem Tupi, encontrados no povoado da Conceição, município de Peri Mirim – Maranhão, assim como a presença de índios na época que foi fundado em 1943, levava a crer que a povoação era de origem indígena – a figura 4 mostra uma vista aérea de um trecho da cidade.
Figura 4 – Praça São Sebastião, Peri Mirim – MA.
Fonte: Blog O Resgate de Peri Mirim para o Mundo (2021).
O seu território está situado entre os municípios vizinhos, de Palmeirândia, Bequimão, Pinheiro e São Bento, e está a 61 km de São Luís, a capital do estado, atualmente, de acordo com Censo de 2021, à população de Peri Mirim é de 14.371 habitantes e está sob a administração do prefeito Heliezer de Jesus Soares – na figura 5 é possível visualizar a localização do município em relação ao estado do Maranhão.
Figura 5 – Localização de Peri Mirim no estado do Maranhão.
Fonte: WIKIPEDIA (2017).
O município apresenta 13.25% de domicílios com esgotamento sanitário adequado. 72.7% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 1.3% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio). Quando comparado com os outros municípios do estado, fica na posição 74 de 217, 82 de 217, respectivamente. Já quando comparado a outras cidades do Brasil, sua posição é de 4114 de 5570, 2934 de 5570 e 4296 de 5570, respectivamente.
Por ser uma cidade da baixada maranhense, a cultura que se perpetuou durante os anos até os dias de hoje foi da lavoura e também de quebradeiras do coco babaçu, muito popular nos interiores do Maranhão, assim como danças de tambor de crioula, dança portuguesa e a country, também se concentra um conjunto de talentos artísticos na cidade, cantores, do ritmo de brega, sertanejo, de músicas evangélicas, poetas e escritores no município de Peri Mirim – MA.
Entre os critérios de renda, educação e saúde o desenvolvimento da cidade está com IDH em 0,599, segundo o censo do IBGE (2010), esse indicador prediz que a população ainda não atingiu a qualidade mais elevada, pois quanto maior essa taxa, mais qualidade de vida tem seus habitantes.
A atividade econômica do município está sob influência da agropecuária, de lojistas e serviços, os dados estimados do ano de 2018 apontam que o PIB per capita é de 5.489,02 da região esse ano, consequentemente com o aumento da oferta de trabalho, de investimentos a ascensão da economia pode aumentar.
3 REFERENCIAL EMPÍRICO
3.1 CENTRO CULTURAL INTERNACIONAL OSCAR NIEMEYER
Um dos arquitetos brasileiros mais renomados do mundo criou um centro cultural localizado na cidade de Avilés, na província de Astúrias, na Espanha, para ser um local onde os habitantes de região de Avilés, pudessem ter mais qualidade de vida, paz, através da educação e da cultura que o Centro fosse promover. O arquiteto Oscar Niemeyer tinha muitas obras ao redor do mundo, mas essa em específico foi a primeira na Europa, o que lhe deu prestígio para o nome ser em sua homenagem (figura 6).
Figura 6 – Centro Cultural da Espanha.
Fonte: WIKIPEDIA (2010).
Ele era popularmente conhecido dentro do ramo da arquitetura por criar tipologias inspiradas nas curvas da natureza, inclusive a citação a seguir exemplifica muitas obras:
“Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país. No corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo.” (NIEMEYER, 2012)
Seus projetos são claramente notados pela sofisticação e beleza, onde muito a estética se sobrepõe em relação à função. O Centro Cultural Oscar Niemeyer na Espanha não foi diferente, o arquiteto deixou claro sua marca no espaço, que foi inaugurado em 25 de março de 2011 com show de jazz de Woddy Allen. Esse projeto faz parte de um programa de revitalização da cidade, onde se incluiu o rio e o porto, criando um espaço de lazer, cultura e convivência, e sua construção foi possível a partir do momento que Niemeyer recebeu o Prêmio Príncipe das Astúrias em 1989, que são doados vários prêmios atribuídos a Espanha, e ele foi um dos ganhadores e ofereceu-lhes o projeto do Centro Cultural, como forma de sua contribuição.
O projeto tinha como concepção ser uma forma de atração de talentos, de investir em conhecimento e no polo de criatividade, que é algo ideal para fazer as pessoas serem capazes de imaginar, de criar e produzir algo novo para sociedade, além de que esse meio artístico promove garantir habilidades de formular soluções e percepções diferentes, nas quais desperta a astúcia da sociedade, na qual é importante para todo o pleno desenvolvimento humano.
Assim, o Centro se manifestou como uma porta de entrada para a produção de conteúdo, nos campos da educação, da música, no teatro, na dança e em diversos tipos de manifestações artísticas e culturais que foram parte extremamente importante na elaboração dos eventos e apresentações que o centro cultural, por meio desses artistas, desenvolve sua contribuição social na cidade.
Sobre a obra, é necessário entender seu funcionamento, as demandas de serviços e ambientes que são oferecidos, tais como respectivamente o Centro Cultural Internacional da Europa, ter blocos destinados à atender cada demanda, sendo assim, garantir o pleno funcionamento da parte pública e do setor de funcionários e dando aos mesmos, um espaço que pudesse atender às suas necessidades e fosse funcional suficiente para garantir suas utilidades ao decorrer dos ambientes propostos.
Pensando nisso, o projetista resolveu que seria criado 5 departamentos separados entre si, porém que uns fossem complementares dos outros, primeiro que ele implementou uma praça no entorno da construção, dando ao espaço mais recreação para que as atividades do Centro pudessem ser também abertas a um público com maiores proporções, para os visitantes aproveitarem e conhecerem bem o local.
O auditório do Centro Cultural, tem capacidade para atender 1.100 pessoas e ao palco com direção à praça também, onde é apresentado espetáculos de dança, de música e de diversos grupos – a figura 7 mostra o auditório a partir de uma praça no Centro Cultural.
Figura 7 – Praça pública do Centro Cultural.
Fonte: ARCHDAILY (2012).
A cúpula do projeto tem sido destacada pelo seu formato ser semelhante a metade de uma esfera, que proporcionou ao espaço o que Niemeyer gosta de transparecer nos seus projetos, dando ar de leveza e sutileza ao ambiente. O interior deste edifício funciona como uma galeria de exposições de arte.
Dentre os setores que foram desenvolvidos para criar o Centro Cultural, foi planejada uma área onde as pessoas pudessem ver além do que se espera. Assim, Niemeyer criou a torre-mirante, a 13 metros de altura, ou seja, lá possui uma visão da cidade muito diferente do que se costuma habitualmente notar na vida cotidiana, e além desse parâmetro, ele pensou em usá-lo como espaço gastronômico também. O que não foi possível observar é que ele promoveu às pessoas mais qualidade de vida e a oportunidade de experimentar sensações que fossem trazer mais prazer aos usuários, dando o poder de sair mais satisfeito do espaço, e consequentemente desejar seu retorno.
O edifício de destaque também está relacionado a área administrativa que possui uma extensa funcionalidade, dando além dos setores de ensaios, reuniões, conferências, o abrigo Film Centre também. Esse bloco foi construído sobre pilotis e se tornou todo envidraçado, para dar um ar de simplicidade e flexibilidade interna, aos usuários (figura 8).
Figura 8 – Prédio administrativo do Centro Cultural.
Fonte: ARCHDAILY (2012).
“E fiquei a imaginar tudo funcionando. Uns no auditório a assistirem o espetáculo programado, outros a percorrem exposições pelo piso intermediário, vendo através dos vazios previstos o grande salão embaixo. E não raro, o palco do auditório aberto para a praça e o povo a acompanhar com entusiasmo o espetáculo de música ou de balé, que do palco iluminado, o auditório lhes oferecia.” (NIEMEYER, 2006)
3.2 CENTRO CULTURAL ADUNB, BRASÍLIA
Em 2014 a Universidade de Brasília (FAU/UnB), elaborou uma competição para selecionar um projeto, que fosse elaborado pelos arquitetos que trabalhavam no campus, para fazer parte dessa construção, e o vencedor da escolha do projeto foi o arquiteto Nonato Veloso (figura 9).
Figura 9 – Prédio do Centro Cultural da ADUnB, Brasília.
Fonte: ARCHDAILY (2018).
No projeto do Centro Cultural da ADUnB, é formado por dois blocos independentes que se referem à área administrativa e ao auditório, no qual está ligado ao outro, por um pergolado, e a concepção do projeto foi realizado em vários estágios, passando por redesenhos, como na fachada frontal, onde está localizada a administração, foi posteriormente incluído o restaurante do auditório e outras áreas (figura 10).
Figura 10 – Bloco administrativo e auditório do Centro Cultural da ADUnB, Brasília.
Fonte: ARCHDAILY (2018).
O edifício foi introduzido no campus da Universidade de Brasília, tendo área de 1440m², adjacente de um concurso de 1999, com dois acessos ao lado da Avenida L-3 Norte.
Diante as ideias que nortearam o projeto, o isolamento acústico teve sua parte, presente nas paredes duplas que recebem um Painel Frisado FRT Acústico, e outros painéis dão reforço sonoro ao teto e a parte inicial do auditório, sendo excelente para bloquear o som ou ruído entre os diferentes ambientes do Centro Cultural, que no projeto paisagístico, a arquiteta Paula Farage optou por adaptar à paisagem existente, introduzindo demais áreas arborizadas que contribuísse com um grande volume de vegetação, arbustos e árvores dispostas ao ar livre, a fim de garantir aos usuários melhorias na qualidade de ar, no conforto ambiental e na redução da poluição sonora e visual – perfil do auditório apresentado na figura 11).
Figura 11 – Perfil do auditório do Centro Cultural da ADUnB, Brasília.
Fonte: ARCHDAILY (2018).
O auditório foi inicialmente feito para ter a capacidade de comportar 520 lugares, algo que foi previsto em 1999 com foyer, bombeiros e dois espaços multiuso, formando uma área de 1460m², e o seu palco com área livre de 160m², e o seu palco com área livre de 160m², com escada e rampa de acesso, e na parte posterior, possui acesso privativo e dois sanitários, que possuindo um salão que comporta 20 fileiras de cadeiras, com foyer e espaços multiuso, disposto em mezanino, que é bom para receber apresentações de bandas, orquestras, em direção a parte externa do espaço aberto.
O projeto do Centro Cultural da ADUnB, buscou-se integrar com os espaços vizinhos, nos quais tinham prédios brancos de Oscar Niemeyer e outros, a fim de que ele fosse integrado ao espaço, fazendo com que ele tivesse, harmonia com o entorno, respeitando a “horizontalidade e a calma do lugar”, segundo revela o arquiteto Nonato Veloso.
3.3 CASA DO MARANHÃO
Um dos marcos da arquitetura ludovicense localizado no centro histórico, foi contemplado para ser parte principal da cultura maranhense, no antigo prédio da Alfândega (1873), atualmente é conhecida por a Casa do Maranhão, que foi restaurado em 2014, para abrigar a exposição da história do Maranhão e do Bumba Meu Boi, que se encontra na parte superior da edificação (figura 12).
Figura 12 – Casa do Maranhão, São Luís.
Fonte: WIKIPÉDIA (2017).
A casa do Maranhão, chama a atenção de diversos públicos e turistas que podem ter fácil acesso por sua entrada ser gratuita, possibilitando todos a desfrutar do seu patrimônio arquitetônico, onde é possível observar uma construção do estilo neoclássico, além dos bens materiais e da arte no geral, que é mostrado. Como as lendas, histórias e as tradições maranhenses, exibidas em quadros, textos, por instrumentos musicais e equipamentos de multimídia.
O centro histórico do Maranhão é reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, a localidade que compõe a Casa do Maranhão, faz parte das cidades históricas do Brasil e esse espaço serve exatamente para narrar essa história, não há quem não fique encantado ao conhecer o museu folclórico, com um acervo dessa história maranhense, do bumba-meu-boi, das apresentações, das lendas de Mãe Catirina, Pai Francisco e outras deste legado (figura 13).
Figura 13 – Exposição na Casa do Maranhão.
Fonte: VIAJENTO (2017).
A construção reúne as exposições de festas regionais e manifestações culturais, principalmente no período junino, que os moradores da capital de São Luís, mais recebem visitantes, por conta das celebrações ocorridas nas festividades do São João, momento esse, que é ilustrado através de danças, manifestações artísticas, cultura, história, nas apresentações, seja de bumba-boi, cacuriá e a até nas comidas típicas, despertam encanto pela cultura maranhense.
A maioria das ruas é norteada por casarões e a edificação do museu tem uma arquitetura que apresenta ambientes cheios de janelas com vista para a rua ou para a Praça da Fé.
Figura 14 – Janelas da Casa do Maranhão.
Fonte: VIAJENTO (2017).
É importante ao público conhecer a memória do Estado, não apenas para informar, mas também para emocionar e dar visão detalhada dos aspectos que puderam ser interpretados por meio da arte e do seu caráter estético de expressar valores os indivíduos.
4 VIABILIDADE PROJETUAL
4.1 PERFIL DOS USUÁRIOS
Como plano de ação, o projeto visa fornecer representações bidimensionais e desejos espaciais aos futuros usuários, de acordo com as condições e necessidades que eles apresentam. A população usuária na maioria das vezes será por crianças e adolescentes, mas tem manifestação de fornecer aos adultos e idosos, interagir no espaço também. Sob essa perspectiva é provável que a arquitetura ocupada seja pertinente para comportar às necessidades espaciais e ergonomicamente adequadas à população no geral (figura 15).
Figura 15 – Pirâmide etária do município de Peri Mirim.
Fonte: IBGE (2010).
O local deve ser construído para atender as necessidades do seu público, então deve-se pensar em tudo que será criado para as pessoas desde o maior até o menor item, de forma que se possa planejar o espaço para ser utilizado com segurança, conforto e comodidade de espaços criados para o tamanho do corpo humano e suas limitações, incluindo que se pense nisso, na força humana, sua velocidade e em habilidades sensoriais, como visão e audição, a fim de atender toda as necessidades do coletivo.
4.2 APLICAÇÃO E ANÁLISE DE QUESTIONÁRIOS
O estudo envolveu uma pesquisa de opinião, por meio de questionário, com moradores do entorno e residentes da cidade em geral. Essa etapa foi realizada através do Google Forms, sendo enviada para os moradores locais através de redes sociais, onde se obteve o resultado de 93 entrevistados no total, que forneceram dados, como seu nome, faixa etária e renda mensal.
Identificando o perfil das pessoas participantes, a maioria dos entrevistados foram pessoas de 25 a 50 anos e com renda familiar de até 02 salários mínimos, em sua maioria (figuras 16 e 17). Também foi obtido resposta de duas crianças, onde se analisou a opinião delas também, em um dos comentários sobre a importância de ter um centro cultural na cidade um deles respondeu que: “Eu acharia muito importante ter algo que pudéssemos nos aprofundar, somos crianças e todos temos talentos que não são aproveitados por falta de oportunidade, o centro cultural seria de grande importância e bem valorizado, já que a cidade é pequena e as oportunidades são poucas”.
Figura 16 – Gráfico de resultados a respeito da questão “Qual sua faixa etária?”.
Fonte: Autoria própria (2021).
Figura 17 – Gráfico de resultados a respeito da renda mensal familiar.
Fonte: Autoria própria (2021).
Entre as respostas, 79,3% das pessoas entrevistadas são moradoras da cidade e cursaram escola pública, inclusive, na cidade não há escola particular de ensino médio, os moradores que procuram um ensino particular, tem que recorrer a cidades vizinhas, como o município de Pinheiro, por exemplo (figuras 18 e 19).
Figura 18 – Gráfico de resultados a respeito da questão “Você é natural de Peri Mirim?”.
Fonte: Autoria própria (2021).
Figura 19 – Gráfico de resultados a respeito da questão “Onde você cursou o ensino médio?”.
Fonte: Autoria própria (2021).
A área que será feita a intervenção é localizada nas quadras do campo de pouso, onde frequentemente as pessoas realizam atividades físicas, e 69,6% garantem que já frequentaram o espaço, conforme a figura 20.
Figura 20 – Gráfico de resultados sobre a questão “Você já frequentou a área das quadras do Campo de Pouso?”.
Fonte: Autoria própria (2021).
Além disso, as pessoas foram questionadas sobre qual atividade costumam fazer no local, entre as respostas, a maioria foram jogos com bola, como futsal, vôlei, futebol, corridas, caminhadas e atividades físicas, no quadro 1 pode-se observar todos os resultados obtidos.
Quadro 1 – Respostas referentes às atividades exercidas pelas pessoas na área de intervenção.
Futsal |
Nenhuma, só passo em frente |
Lazer com alunos da escola |
Corrida |
Caminhada |
Jogos de queimada |
Vôlei |
Futebol |
Atividades físicas |
Tambor de crioula |
Gincanas, arraial, competições esportivas |
Assistir jogos |
Brincadeiras infantis com crianças |
Dançar quadrilha em época de festejos juninos |
Fonte: Fonte: Autoria própria (2021).
Como observado no quadro 1, também estão presentes realizações de festas juninas e competições esportivas no local.
Para que se pudesse contar com a opinião dos moradores também na elaboração do projeto, foi lhes questionado sobre quais ambientes eles gostariam de ter em um Centro Cultural para a região, o resultado se vê na figura 21.
Figura 21 – Respostas referentes a quais ambientes as pessoas gostariam de ter em um centro cultural no local.
Fonte: Autoria própria (2021).
Percebe-se que o ambiente mais votado foi a sala de cursos preparatórios, pois como já era proposto, o centro cultural também é dedicado à educação intelectual dos moradores, pois é uma necessidade que eles têm, por não ser oferecido esse tipo de oportunidade a eles.
Dentre os participantes do questionário, 97,8% responderam acreditar que as práticas realizadas no centro cultural teriam participação da população (figura 22).
Figura 22 – Resultado referente à questão “Você acha que os moradores da cidade e região participariam de eventos e práticas que o espaço fornecesse?”.
Fonte: Autoria própria (2021).
Por fim foi pedido que as pessoas deixassem um comentário sobre o quão importante seria aos moradores ter um Centro Cultural na cidade, foram obtidas 77 respostas muito satisfatórias dos entrevistados e que enriqueceram a ideia do projeto, entre elas:
- “É muito importante, pois, precisamos de espaços como esses para podermos oferecer aos cidadãos Perimirienses oportunidade de expressar suas habilidades e ao mesmo tempo manter nossos jovens ativos e participativos e interagindo socialmente”
- “Seria um ótimo feito, pois a população precisa de um espaço cultural para o desenvolvimento sociocultural em especial aos jovens que muito pode oferecer para comunidade!”
- “O Centro Cultural é de extrema importância, pois além de aumentar o leque de opções pros moradores, contribui com a diminuição da evasão escolar, incentiva a participação dos jovens e os distancia do mundo das drogas.”
Com isso, é notável que os moradores locais estão preocupados com o desenvolvimento da sociedade, principalmente na vida dos jovens, e um equipamento como um Centro Cultural poderia servir para que eles pudessem desenvolver suas habilidades e até mesmo obter novas.
5 LEVANTAMENTO DE DADOS SOCIAIS, SOCIOECONÔMICOS, ECONÔMICOS E AMBIENTAIS DA ÁREA
Neste capítulo, serão apresentados aspectos socioeconômicos e ambientais da cidade de Peri Mirim – MA, um estudo da área e de seu entorno, bem como mapas relativos à área de estudo.
5.1 CONDICIONANTES FÍSICOS
5.1.1 Localização
A área de implantação do terreno está localizada na microrregião da baixada maranhense brasileira, no estado do Maranhão, na cidade de Peri Mirim, com área de 405,295 km² e está situada a 14km norte-oeste de São Bento, a maior cidade dos arredores (figura 23).
Figura 23 – Localização do município de Peri Mirim, Maranhão.
Fonte: Autoria própria (2021).
Peri Mirim se encontra a 11 metros de altitude e está definida nas coordenadas geográficas em relação ao eixo de rotação da terra, à latitude 2 34’ 19 e a longitude 44 34’ 19 ao oeste do meridiano de Greenwich.
5.1.2 Dimensões do terreno
O terreno da proposta de intervenção está localizado no endereço do campo de pouso na cidade de Peri Mirim – MA, entre a Av da MA – 212 e à Rua Campo de Pouso, a área da proposta é de 13.222 m² e da implantação do Centro Cultural é de 4. 900 m² ((figura 24).
Figura 24 – Terreno de intervenção.
Fonte: Autoria própria (2021).
5.1.3 Acessos e hierarquia viária
O terreno de intervenção está situado entre a via arterial da MA – 212 e entre as vias coletoras Tv. dos Martins, R. Santa Luzia e o Caminho Aurá que se destinam à via local da Rua Campo de Pouso (figura 25).
Figura 25 – Mapa de hierarquia viária.
Fonte: Autoria própria (2021).
Na malha da cidade, o terreno se encontra posicionado em meio de e quadra e ao redor do lote, ele é composto por calçadas e na parte da intervenção que vai ser revitalizada, tem-se quadras e equipamentos de esporte, com playground e uma praça no final da área de frente à igreja local.
5.1.4 Condicionantes ambientais
5.1.4.1 Clima
Em Peri Mirim, a estação com precipitação é de céu encoberto; a estação seca é de céu parcialmente encoberto. Durante o ano inteiro, o clima é quente e opressivo. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 23 °C a 36 °C e raramente é inferior a 22 °C ou superior a 37 °C (figura 26).
Figura 26 – Gráfico de temperatura do município de Peri Mirim.
Fonte: WEATHERSPARK (2021).
5.1.4.2 Ventilação
Esta seção discute o vetor médio horário de vento (velocidade e direção) em área ampla a 10 metros acima do solo. A sensação de vento em um determinado local é altamente dependente da topografia local e de outros fatores. A velocidade e a direção do vento em um instante variam muito mais do que as médias horárias.
A velocidade horária média do vento em Peri Mirim passa por variações sazonais pequenas ao longo do ano.
A época de mais ventos no ano dura 4,6 meses, de 23 de agosto a 11 de janeiro, com velocidades médias do vento acima de 5,4 quilômetros por hora. O dia de ventos mais fortes do ano é 30 de outubro, com 7,0 quilômetros por hora de velocidade média horária do vento (figura 27).
Figura 27 – Velocidade média do vento em Peri Mirim.
Fonte: WEATHERSPARK (2021).
A época mais calma do ano dura 7,4 meses, de 11 de janeiro a 23 de agosto. O dia mais calmo do ano é 24 de abril, com 3,8 quilômetros por hora de velocidade horária média do vento.
A direção média horária predominante do vento em Peri Mirim varia durante o ano. O vento mais frequente vem do norte durante 3,0 meses, de 27 de janeiro a 26 de abril, com porcentagem máxima de 60% em 20 de março. O vento mais frequente vem do leste durante 9,0 meses, de 26 de abril a 27 de janeiro, com porcentagem máxima de 60% em 1 de janeiro.
5.1.4.3 Insolação
A duração do dia em Peri Mirim não varia significativamente durante o ano, cerca de 16 minutos a mais ou a menos de 12 horas no ano inteiro. Em 2021, o dia mais curto é 21 de junho, com 11 horas e 59 minutos de luz solar. O dia mais longo é 21 de dezembro, com 12 horas e 16 minutos de luz solar (figura 28).
Figura 28 – Horas de Luz Solar e crepúsculo em Peri Mirim.
Fonte: WEATHERSPARK (2021).
Número de horas em que o sol é visível (linha preta). De baixo (mais amarelo) para cima (mais cinza), as faixas coloridas indicam: luz solar total, crepúsculo (civil, náutico e astronômico) e noite total.
O dia em que o sol nasce mais cedo é 7 de novembro, às 05:37. O nascer do sol mais tarde ocorre 31 minutos depois, às 06:08 em 16 de fevereiro. O dia em que o sol se põe mais cedo é 29 de outubro, às 17:49. O dia em que o sol se põe mais tarde ocorre 31 minutos depois, às 18:20 em 5 de fevereiro (figura 29).
Figura 29 – Nascer e pôr do sol com crepúsculo em Peri Mirim.
Fonte: WEATHERSPARK (2021).
Dia solar durante o ano de 2021. De baixo para cima, as linhas pretas são a meia-noite solar anterior, o nascer do sol, o meio-dia solar, o pôr do sol e a meia-noite solar seguinte. O dia, os crepúsculos (civil, náutico e astronômico) e a noite são indicados pelas faixas coloridas que vão do amarelo ao cinza.
5.1.4.4 Estudo bioclimático
A posição leste do terreno se encontra na lateral da rua Caminho do Aurá, e a oeste na direção da rua da Santa Luzia, e à sua frente está para a direção do norte na mesma posição que se encontra a MA – 212 e às costas está para o sul na Rua Campo de Pouso (figura 30).
Figura 30 – Mapa de estudo bioclimático do terreno.
Fonte: Autoria própria (2021).
Os ventos predominantes da região ao longo dos meses, vem do nordeste do Brasil. E os ruídos que mais afetam a área são influenciados pelos carros que circulam na maior parte pela via MA – 212.
5.1.5 Condicionantes legais
Em vista da falta de um Plano Diretor no município de Peri Mirim, foi necessário utilizar o documento da cidade mais próxima, o município de Pinheiro – MA. De acordo com as características espaciais do território, em sobreposição ao Plano Diretor de Pinheiro, pode-se relacionar a área à Zona de Predominância Residencial, pois as características atendem a mesma região da implantação do projeto (figura 31).
Figura 31 – Diretrizes de Uso e Ocupação do Solo.
Fonte: PINHEIRO (2006).
A Zona de Predominância Residencial apresenta a taxa de ocupação máxima de 50% e o número máximo de 8 pavimentos, segundo o Plano Diretor de Pinheiro – MA.
5.1.5 Visita técnica
O trabalho apresenta a visita técnica como uma ferramenta metodológica de grande importância no processo da monografia, foi possível analisar as condições da área de intervenção pessoalmente e fazer um levantamento fotográfico.
Ao analisar o terreno, foi possível perceber que é uma área plana e repleta de vegetação de eucalipto, com presença de quadras poliesportivas, um calçadão, que habitualmente é usado para à prática de atividades físicas, como a caminhada, realizada entre os moradores na região, assim como jogos de futebol realizado na segunda quadra do Campo de Pouso todos os dias, por fim, tem a praça em frente à igreja que hoje se encontra com alguns equipamentos esportivos (figuras 32, 33 e 34).
Figura 32 – Vista do terreno de intervenção, apresentando calçadas, árvores e uma área de quadra poliesportiva.
Fonte: Autoria própria (2021).
Figura 33 – Vista do terreno de intervenção apresentando características internas.
Fonte: Autoria própria (2021).
Figura 34 – Vista do terreno de intervenção apresentando equipamentos no entorno imediato.
Fonte: Autoria própria (2021).
6 O PROJETO: CENTRO CULTURAL DA BAIXADA MARANHENSE
6.1 CONCEITO E PARTIDO ARQUITETÔNICO
Na concepção do projeto do Centro Cultural da Baixada Maranhense, localizado na cidade de Peri Mirim, buscou-se fazer um espaço propício aos incentivos culturais e acolhedor a convivência social dos integrantes para desfrutarem melhor do espaço cultural, que promoverá atividades de criação para auxiliar na formação dos cidadãos. Onde a obra busca representar leveza, harmonia e interação entre os espaços da intervenção, transmitindo um local hospitaleiro e acolhedor com cores clean e um estilo minimalista, que abrangem claramente a concepção do projeto.
Figura 35 – Mood board conceitual.
Fonte: Autoria própria (2022).
As soluções adotadas no partido arquitetônico para que se possa atingir os conceitos de proporcionar ao ambiente um ar de leveza e liberdade, foram conceber ao edifício principal uma forma retangular longitudinal, expressando uma característica de arquitetura minimalista que pode proporcionar a mesma funcionalidade e essencialidade da proposta de inserir espaços funcionais e necessários para a localidade, tais como os do Centro Cultural da ADunB que inspirou essa divisão dos blocos por um pergolado e deste projeto será por um jardim interno no meio do edifício, outra característica inspirada do projeto foi de preservar a vegetação existente do local, as plantas do eucalipto e o gramado, nessa divisão ficou o setor cultural de um lado e o setor social na frente, que inclusive as áreas de exposição, foi referência da Casa do Maranhão, que também tem esse uso para abrigar a cultura do Maranhão. E um dos conceitos tratados era de conceber a sensação de interação entre os espaços, então foi-se pensando assim como o projeto do Centro Cultural e Oscar Niemeyer e que estabeleceu edifícios em toda a praça, no qual o fluxo dos setores da intervenção também teria o mesmo, sendo assim o edifício do centro cultural se interligava ao ginásio e que logo em seguida poderia se usar a praça com uma pista de cooper e também a quadra existente que por meio do seu calçamento iria até a próxima praça que tem um espaço de playground para crianças e um coreto, onde as pessoas que circulam, podem ter liberdade de se expressar e interagir no uso desses espaços.
Para as pessoas se sentirem acolhidas, terem aconchego no ambiente, e ele proporcionar um local harmonioso, foi-se usado cores remetentes ao natural, à madeira, como o branco e a cor ouro do monarca da suvinil, que trás esse aspecto ao ambiente, assim como toda a estrutura interna e mobiliários voltados para criar um ambiente acolhedor.
6.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Tabela 1 – Programa de necessidades e pré-dimensionamento dos ambientes.
Ambientes | quant. | área | Total |
Social | |||
Hall de entrada | 1 | 89.29m² | 89.29m² |
Recepção | 1 | 33.48m² | 33.48m² |
Salão de leitura | 1 | 17.79m² | 17.79m² |
Total | 3 | 140,56m² | |
Administrativo | |||
Recepção | 1 | 12.98m² | 12.98m² |
Diretoria | 1 | 12.98m² | 12.98m² |
RH | 1 | 10.26m² | 10.26m² |
Copa | 1 | 2,70m² | 2,70m² |
Banheiros | 3 | 45,43m² | 45,43m² |
Almoxarifado | 1 | 8.92m² | 8.92m |
Sala de Apoio e Serviço | 1 | 8,93m² | 8,93m² |
Total | 8 | 105,20m² | |
Área Educacional | |||
Sala de Cursos Preparatórios | 2 | 81,10m² | 81,10m² |
Banheiros | 3 | 45,43m² | 45,43m² |
Total | 5 | 126,53m² | |
Área Cultural | |||
Salão de dança | 1 | 65.97m² | 65.97m² |
Sala de música | 1 | 27.67m² | 27.67m² |
Sala de artes marciais | 1 | 38.24m² | 38.24m² |
Ateliê de artes | 1 | 32.24m² | 32.24m² |
Sala de teatro | 1 | 27.74m² | 27.74m² |
Total | 5 | 191.86m² | |
Área de Contemplação | |||
Cafeteria | 1 | 31.17m² | 31.17m² |
Praça | 2 | 7443.32m² | 7443.32m² |
Banheiro | 2 | 40.00m² | 40.00m² |
Total | 5 | 7474,49m² | |
Área esportiva | |||
Ginásio | 1 | 1000.40m² | 936,88m² |
Vestiário | 2 | 26.15m² | 52,30m² |
Vestiário PCD | 2 | 5,61m² | 11,22m² |
Total Geral | 27 | 9039,04m² |
Fonte: Autoria própria (2021).
6.3 FLUXOGRAMA
Para compreender a disposição dos ambientes no projeto, foi elaborado um fluxograma, este, que apresenta o Centro Cultural e o Ginásio Poliesportivo, bem como suas divisões e circulações (figuras 36 e 37).
Figura 36 – Fluxograma Centro Cultural.
Fonte: Autoria própria (2022).
Figura 37 – Fluxograma Ginásio.
Fonte: Autoria própria (2022).
6.4 ESTUDO DE MANCHAS
O Centro Cultural abrangerá diversas possibilidades na área de intervenção, incluindo área de esportes, estacionamento, circulação de veículos e pedestres e banheiros públicos com área de eventos e apresentações. Na figura 38 é possível observar a setorização da área de intervenção.
Figura 38 – Estudo de manchas.
Fonte: Autoria própria (2022).
6.5 ESTUDO DE MASSAS
No estudo de massas pode-se perceber o uso de formas retangulares na conceção do Centro Cultural e do ginásio, já nas praças se priorizou o uso de formas arredondadas e retangulares. Também é pensada a disposição de árvores para complementar as que já existem no local (figuras 39 e 40).
Figura 39 – Estudo de massas.
Fonte: Autoria própria (2022).
Figura 40 – Estudo de massas.
Fonte: Autoria própria (2022).
6.6 PROPOSTA ARQUITETÔNICA
O estudo tem como tema o desenvolvimento de um anteprojeto arquitetônico de um Centro Cultural para a cidade de Peri Mirim (MA), com o objetivo de valorizar e incentivar a cultura da região.
Conta-se com um espaço multiuso em uma área de intervenção escolhido no bairro do Campo de Pouso da cidade, onde atualmente é denominado pelas quadras do Campo de Pouso, que possui 13.222m², onde abrigará na proposta de intervenção um Centro Cultural que conta com área cultural, educacional, administrativo, e de contemplação, além disso, área de esportes e eventos.
Figura 41 – Implantação.
Fonte: Autoria própria (2022).
O prédio possui hall de entrada, recepção, área de exposição cultural, cafeteria e um jardim interno e para o aperfeiçoamento dos talentos artísticos se têm sala de dança, sala de artes marciais, ateliê de artes, banheiros, sala de teatro, de música, leitura, e também na área de serviço possui salas para o almoxarifado e sala de apoio e serviço, com elevadores e escada, que levam as pessoas ao segundo pavimento que possui o setor administrativo com recepção, diretoria e RH. Ao lado tem-se acesso à sala de reunião e uma varanda com vista para os morros da cidade, no fluxo à direita, tem-se acesso aos banheiros e às salas de cursos preparatórios para os moradores da cidade terem um local para se capacitarem melhor. Logo em seguida possui arquibancadas para assistirem ao jogo de quadra poliesportiva e logo atrás, tem-se vestiários femininos, masculinno e para PCD, ainda na área esportiva possui-se um espaço para prática de atividade física e uma pista de cooper, onde ao lado foi deixado a quadra de gramado existente para à pratica de jogos de futebol e ao lado foi-se feito uma nova praça com coreto, banheiros e playground no lugar da antiga que já se encontrava deteriorada.
Essas informações podem ser observadas nas figuras a seguir.
Figura 42 – Plantas Baixas do Centro Cultural.
Fonte: Autoria própria (2022).
Figura 43 – Planta Baixa do Ginásio Poliesportivo.
Fonte: Autoria própria (2022).
O Centro Cultural tem o objetivo de promover a cultura entre os habitantes da comunidade de forma que foi-se feito um espaço para exibições de arte e cultura do Maranhão, além de contar com ambientes para a prática do pensar e criar aos usuários. Na sua fachada buscou-se apresentar uma forma que remetesse a um espaço minimalista, com cores naturais que proporciona-se aconchego e leveza ao ambiente e para isso foi utilizado a cor ouro monarca suvinil e areia fosco da suvinil, para fazer um espaço harmonioso ao local, com estacionamento em concregrama que possui vagas para idosos e PCDs também, ainda inclui um bicicletário para guardar as bicicletas. Imagem da fachada do Centro Cultural nas figuras 44 e 45.
Figura 44 – Perspectiva da Fachada.
Fonte: Autoria própria (2022).
Figura 45 – Perspectiva da lateral, com vista para o estacionamento.
Fonte: Autoria própria (2022).
Na vegetação da fachada optou-se por usar a palmeira real, que simboliza imponência ao Centro Cultural, acompanhado de buxinho (buxus sempervirens, clúsia (clusia fluminensis) e capim do texas roxo (pennisetum setaceum rubrum) (figura 46 e 47).
Figura 46 – Perspectiva 2 da Fachada.
Fonte: Autoria própria (2022).
Figura 47 – Perspectiva da fachada posterior do Centro Cultural.
Fonte: Autoria própria (2022).
No ginásio poliesportivo foi criado a quadra para os jogos arquibancadas bem projetadas para comportar qualquer tipo de pessoa, e até mesmo quem tem alguma mobilidade física reduzida, com degraus menores nas extremidades para facilitar o acesso as arquibancadas, ainda conta com um vestiário na parte posterior, em suas fachadas foi-se usado um estilo mais semiaberto, que possa ter mais ventilação e vista para o entorno do local, com gradil entre as esquadrias e no pré-moldado retangular (figuras 48 e 49).
Figura 48 – Perspectiva do Ginásio.
Fonte: Autoria própria (2022).
Figura 49 – Perspectiva do Ginásio, com vista para o Centro Cultural.
Fonte: Autoria própria (2022).
No projeto de requalificação urbana do entorno, conta-se com uma área de atividade físicas, com direito a uma pista de cooper para a prática de corrida na região e espaço para implantação de equipamentos de ginástica (figura 50 e 51).
Figura 50 – Perspectiva da Pista de Cooper.
Fonte: Autoria própria (2022).
Figura 51 – Perspectiva 2 da Pista de Cooper.
Fonte: Autoria própria (2022).
No setor do campo de futebol existente, foi usado a mesma paginação ao redor da quadra para a circulação das pessoas e também, criado bancos ao redor para servir de apoio ao público para assistir aos jogos de futebol, como mostra na Figura 39 – Implantação.
Para realização da praça de contemplação, foi necessário ser feito um playground para as crianças desfrutarem também do espaço e se desenvolverem a partir das brincadeiras, além de banheiros públicos bem modernos de metal e policarbonato transparente espalhados pela praça, assim como bancos para acolher os moradores, e bem ao centro tem-se um coreto também, feito de concreto armado e telha cerâmica (figuras 52 e 53).
Figura 52 – Perspectiva da Praça, vista para playground.
Fonte: Autoria própria (2022).
Figura 53 – Perspectiva da Praça, vista para banheiros públicos.
Fonte: Autoria própria (2022).
No paisagismo do projeto, incluiu-se o plantio de oiti (licania tomentosa), perto do Centro Cultural e das calçadas, chuva de ouro (cassia fistula l.), amêndoa (terminalia cattapa l.) e aroeira salsa (schinus molle), essa variedade arbórea pode ser visualizada nas figuras 54 e 55.
Figura 54 – Perspectiva da Praça, vista ampla entre playground e banheiros públicos.
Fonte: Autoria própria (2022).
Figura 55 – Perspectiva da Praça, vista para banheiros públicos.
Fonte: Autoria própria (2022).
A praça recebeu um Coreto, para servir de apoio aos eventos na cidade, ele é localizado em uma posição na qual todos os caminhos e a própria paginação do espaço público levam a ele, sendo o ponto central do desenho da praça (figura 56).
Figura 56 – Perspectiva da Praça, vista para o Coreto.
Fonte: Autoria própria (2022).
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após estudos realizados, pode-se compreender a necessidade de ter um espaço como esse na cidade de Peri Mirim – MA, para gerar oportunidades e incentivos culturais ao redor do mundo, a fim de garantir qualidade de vida a todas as pessoas.
A proposta engloba as necessidades apreendidas através das entrevistas e questionários aplicados. Desse modo, ela é enriquecedora não apenas para a cidade de implantação, mas para sua região, a baixada maranhense.
O trabalho mostra um lado humanitário da arquitetura, por meio de uma proposta de arquitetura que busca incentivar o pensar, o criar, o aprender. A requalificação dos espaços externos complementam a proposta, ampliando ainda mais o alcance da proposta, levando-a a todos os moradores e demais visitantes do município.
Ademais, busca oportunizar a uma região em que não são comuns equipamentos desse tipo, com qualidade, abrindo uma porta que pode ser de grande utilidade para toda uma comunidade.
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