CHAGASIC HEART DISEASE AND ITS EVOLUTION FOR HEART FAILURE: AN INTEGRATIVE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202411291216
Aldemes Barroso da Silva¹; Daiana Clara Bueno de Sousa Brandão Barroso²; Lis Cardoso Marinho Medeiros³; Simone Patrícia Carneiro de Freitas⁴; Jacenir Reis Dos Santos Mallet⁵.
Resumo
É objetivo deste estudo realizar uma revisão de literatura científica nacional sobre a Doença de Chagas e sobre a principal consequência da cardiomiopatia chagásica, a Insuficiência Cardíaca, evidenciando fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. Esta pesquisa desenvolveu-se por meio de uma revisão de literatura do tipo integrativa realizada nas bases de dados eletrônicas da United States National Library of Medicine and the National Institutes Health, Ciências da Saúde, e da Scientific Electronic Library Online. Foram incluídos artigos publicados entre os anos de 2019 a 2024 que apresentaram informações condizentes com o objetivo desse estudo. Quanto ao idioma, considerou-se artigos originais publicados em português e de diferentes metodologias. Agruparam-se 19 estudos que preenchiam todos os critérios estabelecidos, os quais esclarecerem que, na fase crônica, há modificação das estruturas das fibras do miocárdio, dilatação das câmaras cardíacas, particularmente no ventrículo esquerdo, evoluindo para cardiomegalia e insuficiência cardíaca.
Palavras-Chave: Doença de Chagas; Cardiomiopatia Chagásica; Insuficiência Cardíaca.
1 INTRODUÇÃO
A doença de Chagas (DC), doença infecciosa causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, transmitida por insetos triatomíneos hematófagos, é considerada um dos principais problemas de saúde do mundo. É uma das 13 doenças tropicais mais negligenciadas do mundo, tendo como manifestação clínica mais grave a cardiomiopatia chagásica, na sua fase crônica (Santana et al., 2021; Silva et al., 202; Cunha, 2022).
A cardiomiopatia chagásica (CCH) é a manifestação clínica mais grave e mais comum, com alterações eletrocardiográficas importantes, piorando progressivamente a função sistólica com dilatação das câmaras cardíacas. Esta dilatação, o estágio final da doença cardíaca, pode evoluir para arritmias ventriculares, distúrbios de condução, anormalidades da microcirculação acidente vascular cerebral e outros eventos embólicos sistêmicos tromboembolismo, resultando em Insuficiência Cardíaca (IC) Atualmente, a IC é a principal responsável pelos óbitos relativos à Doença de Chagas no Brasil (Silva et al., 2021; TameirãO et al., 2021).
O envolvimento cardíaco é o determinante fundamental na evolução dos pacientes chagásicos. Segundo Morais et al., (2020), dentre os pacientes infectados pelo T. Cruzi, apenas 20% a 30% desenvolvem a cardiomiopatia chagásica crônica. A IC na doença de Chagas cursa inicialmente com predomínio da disfunção ventricular esquerda, apresentando a dispneia e a limitação funcional progressiva como principal sintomatologia. À medida que progride, notam-se manifestações clínicas de origem biventricular, sendo que muitas vezes as manifestações de disfunção direita dominam a apresentação clínica (Ferreira Neto et al., 2021; Marin – Neto et al., 2023).
Ante ao exposto, esclarece-se que o objetivo deste estudo permeia realizar uma revisão de literatura científica nacional sobre a Doença de Chagas e sobre a principal consequência da cardiomiopatia chagásica, a Insuficiência Cardíaca, evidenciando fisiopatologia, diagnóstico e tratamento.
2 METODOLOGIA
Esta pesquisa desenvolveu-se por meio de uma revisão de literatura do tipo integrativa (RIL). Desse modo, as etapas metodológicas da pesquisa abrangeram: 1) elaboração da questão de pesquisa; 2) busca e amostragem na literatura; 3) extração dos dados; 4) análise crítica dos estudos incluídos; 5) síntese e discussão dos resultados; e 6) apresentação da revisão integrativa.
Assim, a pergunta que norteia este estudo concentra-se em: “Como a doença de Chagas pode evoluir para Insuficiência Cardíaca?”
Esclarece-se que, quanto aos procedimentos de coleta de dados, este foi realizado no junho a julho do ano de 2024 nas bases de dados eletrônicas da United States National Library of Medicine and the National Institutes Health (PubMed), Ciências da Saúde (LILACS) e da Scientific Electronic Library Online (SciELO), utilizando os DeCS: Doença de Chagas; Cardiomiopatia Chagásica; Insuficiência Cardíaca.
Foram incluídos artigos publicados entre os anos de 2019 a 2024 que apresentaram informações condizentes com o objetivo desse estudo. Quanto ao idioma, considerou-se artigos originais publicados em português e de diferentes metodologias. Dessa maneira, foram excluídos artigos incompletos, como também estudos de graduação, mestrado e doutorado, editoriais, estudos que não se relacionem com a temática objetivada, artigos repetidos nas diferentes bases de dados, estudos realizados em animais, além daqueles que não apresentarem relevância para o presente estudo.
Nos artigos incluídos inicialmente foram examinados os títulos e resumos. Feito isto, estes estudos foram lidos na íntegra e analisados de forma crítica com o propósito de dar validade aos critérios estabelecidos e para reunir o conteúdo necessário para responder a questão norteadora.
Para que a análise crítica dos estudos incluídos, o instrumento de coletas adotado foi um formulário contemplando as seguintes informações: título, autor (s), ano de publicação, periódico, e metodologia do estudo. Sequencialmente, partiu-se para discussão e síntese da RIL.
Mesmo não havendo o envolvimento de pessoas, essa pesquisa guiou-se por preceitos éticos de estudos acadêmicos. Ainda, ressalta-se que se objetiva a integridade dessa pesquisa científica, sob o propósito de garantir uma prática ética na produção científica ou intelectual.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Agruparam-se 19 estudos que preenchiam todos os critérios estabelecidos. Estes trabalhos foram pulicados em periódicos nacionais entre os anos de 2019 a 2024, havendo prevalência de estudos publicados nos anos de 2021 (21%; n=4) e 2022 (21%; n=4), e sendo representados em sua maioria revisões de literatura (68%; n=13) (Tabela 1).
Tabela 1 – Categorização dos estudos analisados e incluídos na pesquisa.
Título | Autor(s)/ Ano | Periódico | Metodologia |
Dia de Alerta da Insuficiência Cardíaca: Um Tributo ao Gênio Carlos Chagas | Mesquisa; Souza; Rassi (2019) | Arquivos Brasileiros de Cardiologia | Revisão narrativa |
Doença de Chagas | Leite (2019) | Boletim Epidemiológico Paulista | Revisão narrativa |
Qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com insuficiência cardíaca | Paz et al. (2019) | Revista Brasileira de Enfermagem | Estudo transversal |
Insuficiência cardíaca grave e rapidamente progressiva em paciente adulto jovem com cardiomiopatia chagásica crônica: desafio diagnóstico e terapêutico | Morais et al., (2020) | Revista de Medicina | Relato de caso |
Perfil das comorbidades dos pacientes de insuficiência cardíaca de etiologia chagásica em um serviço de referência do estado de Pernambuco | Rodrigues et al., (2020) | Revista Eletrônica Estácio Recife | Estudo transversal |
Doença de Chagas: serviço de referência e epidemiologia | Mendonça et al., (2020) | Revista Brasileira de Promoção à Saúde | Estudo transversal |
Comparação entre Classificação Funcional e Fração de Ejeção em Pacientes com Insuficiência Cardíaca na Doença de Chagas | Santana et al. (2021) | Arquivos Brasileiros de Cardiologia | Estudo transversal |
A doença de chagas e a cardiopatia chagásica crônica: uma revisão de literatura | Tameirão et al., (2021) | Brazilian Journal of Development | Revisão narrativa |
Paciente Jovem com Doença de Chagas, Apresentando como Sintoma Inicial Dor Torácica Típica e Aguda, Entrando em Linha de Cuidado para Síndrome Coronariana Aguda | Ferreira Neto et al., (2021) | Arquivos Brasileiros de Cardiologia | Relato de caso |
Principais complicações em pacientes com doença de Chagas | Cavalcante et al., (2021) | Revista Multidisciplinar em Saúde | Revisão Integrativa |
Estratégias terapêuticas utilizadas na consulta de enfermagem a pacientes com insuficiência cardíaca de etiologia chagásica | Brandão et al., (2022) | Revista de Enfermagem e Atenção à Saúde | Estudo descritivo/ Relato de experiência |
Comprometimento miocárdico na doença de Chagas: na perspectiva da avaliação por ressonância magnética cardiovascular | Moreira; Volpe; Schmidt (2022) | Arquivos Brasileiros de Cardiologia | Revisão narrativa |
A relação entre doença de chagas e a incidência de acidente vascular encefálico | Alcântara et al., (2022) | Revista Atenas Higeia | Revisão sistemática |
Repercussão cardíaca em pacientes portadores de Doença de Chagas: revisão integrativa da literatura | Silva; Oliveira (2022) | Open Science Research VIII | Revisão Integrativa |
Biomarcadores na cardiomiopatia chagásica como preditores diagnóstico, risco e prognóstico: atualizações e associações | Pimenta et al., (2023) | Unimontes Científica | Revisão Integrativa |
Emprego do Ecocardiograma Tridimensional na Análise de Função Ventricular na Doença de Chagas | Barros-Filho; Romano (2023) | Arquivos Brasileiros de Cardiologia | Revisão narrativa |
Prognóstico de pacientes com insuficiência cardíaca de etiologia chagásica: uma revisão narrativa | Ribeiro et al., (2024) | Revista Contribuciones a Las Ciencias Sociales | Revisão narrativa |
Alterações anatômicas cardiovasculares relacionadas à Doença de Chagas | Medeiros et al., (2024) | Revista Contribuciones a Las Ciencias Sociales | Revisão Integrativa |
Ressonância Magnética Cardíaca para Avaliar a Eliminação Completa do Substrato após a Ablação Endocárdica da Taquicardia Ventricular na Doença de Chagas | Scanavacca et al., (2024) | Arquivos Brasileiros de Cardiologia | Relato de caso |
Medeiros et al., (2024) consideram que a doença de Chagas é a principal causa de insuficiência cardíaca na América Latina, sendo classificada como um problema de saúde pública. Cavalcante et al., (2021) e Tameirão et al., (2021) concordam entre si que na cardiomiopatia chagásica crônica há lesões que modificam as estruturas das fibras do miocárdio, favorecendo a descompesassão e a dilatação das câmaras cardíacas associadas à arritmias e lesão apical (lesão vorticilar). Assim, há uma dilatação do óstio das valvas atrioventriculares e das cavidades, contribuindo para cardiomegalia e insuficiência cardíaca, sendo a IC decorrente da ineficiência das propriedades contráteis do músculo cardíaco.
Medeiros et al., (2024) apresentam que no decorrer da patogênese ocorre uma série de alterações morfológicas que prejudicam a integridade e a capacidade do coração. Estas alterações estruturais levam à dilatação das câmaras cardíacas, particularmente no ventrículo esquerdo, causando expansão cardiológica e, por fim, insuficiência cardíaca. Moreira, Volpe e Shmidt (2022) comentam que os cardiomiócitos tem a estrutura e função alterada, progredindo para insuficiência cardíaca no decorrer do tempo, em decorrência da remodelação miocárdica. Além disso, há a proliferação de fibroblastos, que se correlaciona com os cardiomiócitos e que provoca o acúmulo de matriz extracelular, resultando na fibrose.
Ferreira Neto et al., (2021) evidenciam que a doença coronariana chagásica ainda é a principal causa de insuficiência cardíaca no Brasil. Santana et al., (2021) expõem em seu estudo que a IC é uma síndrome considerada complexa e de elevada morbimortalidade em pacientes chagásicos, e acrescentam que a reduzida fração de ejeção do ventrículo esquerdo e o maior diâmetro diastólico, medidos pelo ecocardiograma, tem relação direta com mau prognóstico.
Ribeiro et al., (2024) assinalam que a IC decorrente da cardiomiopatia chagásica está associada a maiores taxas de hospitalizações, intolerância ao exercício, maior gravidade de sintomas, diminuição da qualidade de vida, risco de acidente vascular encefálico, déficit nutricional e morte precoce.
Ainda Ribeiro et al., (2024) desvendam uma comparação entre indivíduos com cardiomiopatias de etiologia não chagásicas/não isquêmicas, doença isquêmica e doença de Chagas, internados com insuficiência cardíaca e verificou-se que pacientes com doença de Chagas obtiveram os piores índices já na admissão, como menor pressão arterial, menor frequência cardíaca, maior proporção de choque cardiogênico, bilirrubina sérica mais elevada, maior nível sérico de biomarcadores, maior dilatação cardíaca e fração de ejeção do ventrículo esquerdo reduzida.
Morais et al., (2020) e Barros-Filho (2023) comentam sobre o diagnóstico da IC resultante da cardiomiopatia chagásica, e consideram a eficiência dos exames eletrocardiograma e ecocardiograma para este fim. Moreira, Volpe e Schmidt (2022), Silva e Oliveira (2022) e Scanavacca et al., (2024) consideram a ressonância magnética cardiovascilar uma excelente opção diagnóstica.
Silva e Oliveira (2022) apontam que a ressonância magnética é um exame de maior sensibilidade quando, comparado ao ecocardiograma, sendo mais precisa na identificação de disfunções morfológicas menores. No entanto, há contraindicações à realização da ressonância magnética, em pacientes com dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis, cardiodesfibrilador implantáveis, marca-passos convencionais. Além disso, é um exame de alto custo e de difícil de acesso aos que vivem na zona rural, onde a doença de chagas é endêmica.
Pimenta et al., (2023) acrescentam que existe a necessidade de biomarcadores que se agregue valores adicionais aos métodos convencionais, auxiliando no diagnóstico e prognóstico de pacientes com insuficiência cardíaca de etiologia chagásica. Os biomarcadores BNP, NT-proBNP, Troponina, CKMB, MMP-2, MMP-9, TIMP-1 e TIMP- 2, TNF-α, IL-6, IL-8, IL-10, Galectina-3, vimentina, 8-OHdG, copeptina, endostatina, hnRNPA1, DHEA-S, cistatina C tiveram associações significativas, segundo os autores.
Tameirão et al., (2021) indicam ainda que o tratamento de pacientes chagásicos com IC consiste em diuréticos, inibidores de conversão de angiotensina, bloqueadores do receptor da angiotensina II, inibidores duplos, beta-bloqueadores ou antagonista do receptor mineralocorticoide. Mendonça et al., (2020) informa que os diuréticos são os mais usados, seguido dos IECAs e bloqueadores. Mesquita, Souza e Rassi (2019) acrescentam o transplante cardíaco como alternativa terapêutica, e Leite (2019) revelam que, paradoxalmente por apresentarem IC mais grave que outras etiologias, os pacientes que apresentam esta forma por doença de Chagas costumam ter uma evolução pós-transplante melhor do que a de outras doenças.
Brandão et al., (2022) atestam que o tratamento a esses pacientes é similar ao de IC de outras etiologias, porém a etiologia chagásica exige uma coleta de dados minuciosa, para que o cuidado seja mais individualizado e integral, considerando o contexto complexo e negligenciado desta doença.
Paz et al., (2019) e Mendonça et al., (2020) evidenciam que há uma prevalência da IC chagásica nas faixas etárias mais avançadas. Rodrigues et al., (2020) e Ribeiro et al., (2024) realizaram um levantamento das principais comorbidades de pacientes com IC de etiologia chagásica, e verificaram que Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes mellitus e dislipidemia foram mais prevalentes.
Silva e Oliveira (2022) comentam que pacientes com cardiomiopatia chagásica crônica evoluída para IC apresentam uma diminuição da absorção do ferro pelo intestino. Estes pacientes apresentam alterações como edema de alças intestinais, hipoperfusão do trato gastrointestinal e inflamação crônica.
Alcântara et al., (2022) e Ribeiro et al., (2024) salientam que pacientes com insuficiência cardíaca de etiologia chagásica apresentam maior risco de acidente vascular cerebral e morte em comparação a outras etiologias, independente da classe funcional e fração de ejeção do ventrículo esquerdo. Os autores recomenndam o controle da Hipertensão Arterial como fundamental para prevenção.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Doença de Chagas manifesta complicações de gravidade substanciais. Na fase crônica, devido a modificação das estruturas das fibras do miocárdio, dilatação das câmaras cardíacas, particularmente no ventrículo esquerdo, o quadro clínico evolui para cardiomegalia e insuficiência cardíaca.
Esclarece-se que não houve limitações para o desenvolvimento deste estudo, visto que o acervo científico brasileiro é bastante vasto
No mais, diante deste cenário complexo, a Doença de Chagas é um importante problema de saúde pública, especialmente em áreas endêmicas. Tendo ciência dessa problemática, acredita-se que o conhecimento sobre a insuficiência cardíaca como decorrente da doença coronariana chagásica, é essencial para a construção de abordagens preventivas, diagnósticas e terapêuticas bem-sucedidas, mais específicas e eficazes.
REFERÊNCIAS
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RIBEIRO, J.P, et al. Prognóstico de pacientes com insuficiência cardíaca de etiologia chagásica: uma revisão narrativa. Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.5, p. 01-10, 2024.
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SCANAVACCA, M.I, et al. Ressonância Magnética Cardíaca para Avaliar a Eliminação Completa do Substrato após a Ablação Endocárdica da Taquicardia Ventricular na Doença de Chagas. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v.121, n.1, p-1-4, 2024.
TAMEIRÃO, C.M.B, et al. A doença de chagas e a cardiopatia chagásica crônica: uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.12, p.112598-112615, 2021.
¹Doutorando em Medicina pelo Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz. E-mail: aldemesbarroso@hotmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6677-5648.
²Médica Residente em Anestesiologia pela Universidade Federal do Amazonas. E-mail: daianaclara@hotmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8023-1866.
³Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí. E-mail: lismarinho10@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1246-7444.
⁴Doutora em Entomologia pela Universidade Federal de Viçosa. E-mail: sfreitas2@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9016-644X.
⁵Doutora em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz/Fiocruz. E-mail: jacenir.mallet@fiocruz.br. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4728-7638.