CARACTERIZAÇÃO DE PACIENTES COM INTOXICAÇÃO EXÓGENA NO ESTADO NO MARANHÃO ENTRE OS ANOS DE 2010 A 2020

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8016960


Pedro Aldir Damasceno Neto 1.
Prof. Dr. Matheus Silva Alves 2.


RESUMO

Introdução: Segundo estimativa Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,5% a 3,0% da população mundial por ano, estão sujeitos a casos de intoxicação exógena, onde a principal causa de intoxicação é decorrente de medicamentos, que em 2017 o número apresentado foi de 20.637 casos, correspondendo a 27% de todas as intoxicações registradas no ano. Objetivo: Descrever e caracterizar os pacientes com intoxicação exógena no estado do Maranhão entre os anos de 2010 a 2020. Método: estudo descritivo de análise sobre dados secundários de notificação de intoxicação exógena no estado do Maranhão, Brasil, no período de 2010 a 2020 abrangendo todos os casos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Além disso, realizou-se um levantamento bibliográfico sobre a temática nas principais bases de dados: National Library of Mrdicine and National Institutes of Health (Pubmed), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e, Scientific Electronic Library Online (Scielo), manuseando os descritores em Ciências da saúde (DeCS): intoxicação exógena, como estratégia de busca. Resultados: De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN NET, foram notificados 6.758 casos de intoxição exógena no estado do Maranhão entre os anos de 2010 a 2020, com um aumento da incidência das notificações de intoxicação exógena ao longo dos anos, com um crescimento expressivo a partir de 2015, cujo maior registro de notificações por intoxicação exógena deu-se no ano de 2019, com 1.261 notificações, tendo como maior prevalência, mulheres entre as faixa etária de 20 a 39 anos, com raça autodeclaradas como parda. Conclusão: Sugere-se que o valor real dos casos de intoxicação exógena no estado do Maranhão esteja subestimado, uma vez que foi observado, ausência de informações e que não buscou esclarecer dados relevantes e inerentes aos casos de intoxicação exógena, que resultou em registros inadequados e/ou incompletos, e subnotificações.

PALAVRAS-CHAVE: Epidemiologia; Intoxicação Exógena; Sistema de Informações.

ABSTRACT

Introduction: According to estimates from the World Health Organization (WHO), 1.5% to 3.0% of the world population per year are subject to cases of exogenous poisoning, where the main cause of poisoning is due to drugs, which in 2017 the number presented was 20,637 cases, corresponding to 27% of all poisonings recorded in the year. Objective: to describe and characterize patients with exogenous intoxication in the state of Maranhão between the years 2010 and 2020. Method: descriptive study of analysis on secondary data of exogenous poisoning notification in the state of Maranhão, Brazil, in the period from 2010 to 2020 covering all cases reported in the Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). In addition, a bibliographic survey on the theme was carried out in the main databases: National Library of Mrdicine and National Institutes of Health (Pubmed), Latin American and Caribbean Literature on Health Sciences (Lilacs) and, Scientific Electronic Library Online (Scielo), handling the descriptors in Health Sciences (DeCS): exogenous intoxication, as a search strategy. Results: According to the Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN, 6,758 cases of exogenous poisoning were reported in the state of Maranhão between the years 2010 to 2020, with an increase in the incidence of exogenous poisoning notifications over the years, with an expressive growth from 2015, whose largest record of notifications for exogenous poisoning occurred in the year 2019, with 1. 261 notifications, with the highest prevalence being women between the ages of 20 and 39 years, with self-declared race as brown. Conclusion: It is suggested that the real value of cases of exogenous poisoning in the state of Maranhão is underestimated, since it was observed, absence of information and that did not seek to clarify relevant and inherent data to cases of exogenous poisoning, which resulted in inadequate and/or incomplete records, and underreporting.

KEYWORDS: Epidemiology; Exogenous Poisoning; Information System.

1. INTRODUÇÃO

Segundo estimativa Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,5% a 3,0% da população mundial por ano, estão sujeitos a casos de intoxicação exógena. No caso do Brasil, esse número corresponde a 4,8 milhões de pessoas, resultando entre 0,1 a 0,4% em óbitos (BRASIL, 2018). Os dados validam a necessidade de realização de estudos, para o levantamento de perfis epidemiológicos acerca do acometimento desses casos nas populações, bem como o estilo de vida que mais proporciona os casos de intoxicação.

De acordo com dados do SINITOX (2020), a principal causa de intoxicação é decorrente de medicamentos, que em 2017 o número apresentado foi de 20.637 casos, correspondendo a 27% de todas as intoxicações registradas no ano. As principais causas são o uso indiscriminado, automedicação, polifarmácia, tentativa de autoextermínio, consulta com vários médicos e erro de administração (GONÇALVES et al., 2017).

Para além disso, o Ministério da Saúde integrou a intoxicação exógena à lista de notificação compulsória, com a publicação da Portaria GM/MS no 2.472, em 31 de agosto de 2010, tornando obrigatório o registro, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Esta notificação deve ser realizada em qualquer caso suspeito, definido, como todo aquele indivíduo que tenha sido exposto a substâncias químicas, apresente sinais e sintomas clínicos de intoxicação e/ou alterações laboratoriais provavelmente ou possivelmente compatíveis (BRASIL, 2017).

Ademais, com base nos estudos de Filho e Santigo (2018), verifica-se que no Brasil anualmente, tem-se aproxidamente 4,8 milhões de casos por Intoxicação Exógena (IE), e cerca de 0,1 a 0,4% destas, sucedem-se em óbitos, ocasionados em sua maioria por tentativa de suicídio, uso excessivo de álcool, associado ao consumo de drogas, como também, aos episódios decorrentes dos casos de acidentes, que possuem como publico de maior vulnerabilidade as crianças, adolescentes, gestantes e idosos.

Nesse sentido, de acordo com Schvartsman (1991), a suscetibilidade individual é um importante fator para o desenvolvimento de intoxicação exógena. No entanto, ressalta-se que gestantes, lactantes, crianças e idosos são os grupos mais suscetíveis e carecem de maior atenção e cuidado. Apesar de contemplar toda a população trabalhadora, a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora preconiza a priorização de “pessoas e grupos em situação de maior vulnerabilidade”; por exemplo, os trabalhadores informais, os trabalhadores que desenvolvem atividades em situações precárias de trabalho e de maior risco para a saúde, e as crianças e adolescentes em condições de trabalho infantil (BRASIL, 2017).

Não obstante, torna-se oportuno destacar que, o público infantil representa o grupo de maior vulnerabilidade à intoxicação exógena, haja visto que, as crianças tendem a ter mais propensão de manusear objetos com riscos de periculosidade e ainda inserirem na boca. Estas intoxicações, podem na maioria das vezes serem preveníveis, consequentes de situações facilitadoras de cuidados prestados pelos responsáveis e das características pertinentes às fases do desenvolvimento. De acordo com Mendonça (2015), as intoxicações exógenas infantis são uma importante causa de morbimortalidade no mundo.

Por compreender que a intoxicação exógena contempla uma complexa relação multifatorial associada à idade, sexo, substância tóxica bem como, o acesso aos serviços de saúde. Ademais, o perfil de tais agravos pode ainda manifestar-se em detrimento de suas características tanto sociodemográficas como também de exposição. Em razão disso, os incidentes envolvendo intoxicação exógena devem ser notificados compulsoriamente, de acordo com a portaria n° 204 de fevereiro de 2016, no entanto, por causa da subnotificação, os dados não revelam a real seriedade da situação (SILVA, 2018).

Destarte, para um maior aprimoramento dos conhecimentos e atuação dos profissionais de saúde e em relação à carência de produções científicas disponíveis na literatura acerca da temática exposta, objetivou-se descrever e caracterizar os pacientes com intoxicação exógena no estado do Maranhão entre os anos de 2010 a 2020, de modo a identificar os perfis majoritários dos casos, determinando assim, gênero, raça, idade, zona de residência, dentre outros.

Frente a essa problemática, salienta-se que a pesquisa ora desenvolvida possui notoriedade para as esferas sociais, profissionais e acadêmicas, tendo em vista, o enriquecimento de informações voltadas para a saúde da população, em especial ao estado do Maranhão, localidade desta pesquisa. Ademais, as informações coletadas poderão ser utilizadas como bases primárias para novos estudos acerca da temática, como também para profissionais de saúde que devem realizar ações contínuas e educativas, voltadas à promoção da saúde, prevenção da IE, qualidade da assistência de vítimas, redução dos agravos, reabilitação e, consequentemente, quedas nas taxas de morbimortalidade.

2. MÉTODO

Foi estudo descritivo de análise sobre dados secundários de notificação de intoxicação exógena no estado do Maranhão, Brasil, no período de 2010 a 2020 abrangendo todos os casos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).

2.1 Coleta de dados

Para a coleta de dados, foi utilizado o programa Tabnet, um tabulador genérico do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do Ministério da Saúde, que disponibiliza, publicamente, dados das notificações de intoxicação exógena do SINAN. Foram analisados os registros de casos ocorridos no Maranhão, com recorte para os anos de 2010 a 2020. Todos os dados foram extraídos no dia 11 de abril de 2023 e acessados na página eletrônica http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/Intoxma.def, conforme fluxograma abaixo:

Fluxograma 01: Percurso utilizado para identificação de dados

Fonte: autoria própria, 2023.

Além disso, realizou-se um levantamento bibliográfico sobre a temática nas principais bases de dados: National Library of Mrdicine and National Institutes of Health (Pubmed), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e, Scientific Electronic Library Online (Scielo), manuseando os descritores em Ciências da saúde (DeCS): intoxicação exógena, como estratégia de busca, a fim de especificar os resultados.

2.2 Critérios de inclusão e exclusão

Os critérios de inclusão seguiram por pacientes intoxicação exógena no estado do Maranhão no período 2010 a 2020 notificados no DATASUS.

Além disso, foram aplicados como critérios de inclusão artigos disponibilizados gratuitamente e na íntegra, nos idiomas inglês e português publicados entre o período de 2010 a 2020, correspondendo ao tempo de registros de intoxicação exógena. Em contrapartida, os critérios de exclusão pautaram-se em pacientes que não foram notificados, que foram notificados fora do periodo de estudo ou que tiveram testes cujos resultados deram negativos.

Outrossim, salienta-se que o estudo desenvolvido fez uso de dados secundários, cuja natureza é definida como pública e que possuem acesso livre. Além disso, o estudo cumpriu o rigor metodológico e científico, não expondo ambiguidade de interesse, bem como, não dispõe de fontes financiadoras.

2.3 Análise de dados

Foram analisados os registros de casos ocorridos no Maranhão, com recorte para os anos de 2010 a 2020. Que deu-se a partir dos resultados gerados por meio do preenchimento das fichas de investigação de intoxicação exógena e que são alimentados pelas secretarias municipais de saúde, unificados em nível estadual e consolidados em um banco de dados nacional (DATASUS). Sendo consideradas para a elaboração do perfil epidemiológico, as seguintes variáveis: sexo, raça, faixa etária, gestante, escolaridade, agente tóxico, circunstância, classificação final, exposição ao trabalho, critério de confirmação, evolução e emitida CAT.

2.4 Análise estatística

Os dados adiquiridos no DATASUS foram organizados e analisados detalhadamente através do programa Microsoft Excel 2013, que posteriormente, foram tratados mediante estatística descritiva e apresentados como tabelas, gráficos e porcentagens de acordo com as variáveis observadas.

3. RESULTADOS

Em observância aos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN NET, foram notificados 6.758 casos de intoxição exógena no estado do Maranhão entre os anos de 2010 a 2020, com distribuição anual apresentada no Gráfico 01.

Para além disso, verifica-se que há um aumento da incidência das notificações de intoxicação exógena ao longo dos anos, com um crescimento expressivo a partir de 2015, cujo maior registro de notificações por intoxicação exógena deu-se no ano de 2019, com 1.261 notificações.

Gráfico 01: Números de casos de intoxicação exógena notificados no estado do Maranhão entre os anos de 2010 a 2020.

Fonte: Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Net (2022).

Ainda com base no Gráfico 01, é possível analisar que o número de notificações de 2011 para 2012 aumentou 80,5%. Nota-se ainda que, as notificações registradas no ano de 2020 sofreram uma diminuição de 25,54% comparadas ao ano anterior.

No tocante ao número de casos notificados por macrorregião (Gráfico 02), notou-se que a Região Sul do estado do Maranhão, registrou mais casos de intoxicação exógena junto ao SINAN NET no período de 2010 a 2020, cuja média anual atingiu 236 notificações, se comparada às macrorregiões Norte e Leste que registraram 233 e 119 notificações respectivamente. Observa-se ainda que, no ano de 2015 foi registrado menor número de notificações em todas as macrorregiões maranhenses.

Gráfico 02: Números de casos de intoxicação exógena notificados por macrorregião no estado do Maranhão entre os anos de 2010 a 2020.

Fonte: Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Net (2022).

Na investigação do perfil epidemiológico dos pacientes notificados observou-se que no período de 2010 a 2020, conforme (Tabela 01), verificou-se que o perfil majoritário das intoxicações exógenas foi representado pelo sexo feminino com 51,73% dos casos, resultado consonante com outros estudos disponíveis na literatura que evidenciam as mulheres como mais adeptas aos casos de IE.

No tocante à raça, prontamente pode-se analisar que dos 6.758 casos de intoxição exógena no estado do Maranhão entre os anos de 2010 a 2020, 5.433 correspondem a raça parda o que equivale a 80,39%, seguido da raça branca com 9,47%. Para a raça preta e indígenas houveram poucas ocorrências, em alguns casos, a raça foi ignorada.

Os dados da Tabela 01 descrevem a prevalência de casos, de acordo com a faixa etária. Observou-se que 2.244 casos (33,20%) foram notificados na faixa etária de 20 a 39 anos, seguido de 1.403 casos (20,76%) de 01 a 04 anos, enquanto que entre adultos de 40 a 59 anos 863 casos (12,77%).

Tabela 01. Caracterização sociodemográficas de pacientes notificados com intoxicação exógena no Estado do Maranhão entre os anos de 2010 a 2020.

SexoFeminino3.49651,73
Masculino3.26248,27
Raça


Branca6409,47
Preta2223,28
Amarela290,42
Parda5.43380,39
Indígena390,57
Não declarados3955,84
Faixa Etária


< 01 ano3755,54
Entre 01 a 04 anos1.40320,76
Entre 05 a 09 anos4456,58
Entre 10 a 14 anos3585,29
Entre 15 a 19 anos78511,61
Entre 20 a 39 anos2.24433,20
Entre 40 a 59 anos86312,77
Acima de 59 anos2814,15
Escolaridade


Analfabeto1223,29
Ensino Fundamental Incompleto1.69545,72
Ensino Fundamental Completo2978,01
Ensino Médio Incompleto44612,03
Ensino Médio Completo81622,01
Ensino Superior Incompleto1554,18
Ensino Superior Completo1774,78
Gestante


Não1.88927,95
1º trimestre100,14
2º trimestre200,29
3º trimestre180,26
Em branco/não se aplica4.82171,33
Fonte: Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Net (2022).

Em se tratando do fator escolaridade, os indivíduos com ensino fundamental incompleto (45,72%) e ensino médio completo (22,01%) tiveram maior percentual de ocorrência, conforme demonstrado na tabela acima.

Outra variável cujo valores em branco ganha notoriedade é em relação aos casos de gestantes notificadas por intoxicação exógena. De acordo com a Tabela 01, 4.821 (71,33%) não responderam se estavam ou não grávidas e somente 1.889 (27,95%) informaram não se encontrar no período gestacional.

Tabela 02. Caracterização da exposição de pacientes notificados com intoxicação exógena no Estado do Maranhão entre os anos de 2010 a 2020 (n= 6.758).

VARIAVÉIS
n%
Características da Exposição
Agente TóxicoMedicamento2.70239,98
Agrotóxico Agrícola2613,86
Agrotóxico Doméstico1231,82
Agrotóxico Saúde Pública420,62
Raticida4556,73
Produtos Veterinários811,20
Produtos de uso domiciliar3865,71
Cosmético891,32
Produto Químico1972,92
Metal210,31
Drogas de abuso2293,39
Plantas tóxicas721,07
Alimento e bebidas105115,55
Branco/outros104915,52
Circunstância


Uso habitual3655,40
Acidental1.66924,70
Ambiental600,89
Uso terapêutico4787,07
Prescrição médica100,15
Erro de administração881,30
Automedicação4005,92
Abuso6279,28
Ingestão de alimentos5267,78
Tentativa de suicídio1.69825,13
Tentativa de abordo70,10
Violência/homicídio480,71
Branco/outras78211,57
Exposição ao trabalho


Sim2734,03
Não5.62483,21
Não se aplica86112,74
Tipo de Exposição


Aguda-única4.91872,77
Aguda-repetida3845,68
Crônica1131,67
Aguda sobre crônica150,22
Em branco/não se aplica1.32819,65




Classificação Final



Intoxicação Confirmada3.60453,32

Só exposição1.28418,99

Reação adversa92313,65

Outro diagnóstico400,59

Síndrome de abstinência330,48

Em branco/não se aplica87412,93




Critério de Confirmação


Clínico laboratorial1882,78
Clínico epidemiológico2.04630,27
Clínico3.53852,35
Em branco/não se aplica98614,59




Evolução


Cura sem sequela4.90972,63
Cura com sequela1211,79
Óbito por intoxicação exógena1251,84
Óbito por outra causa90,13
Perda de seguimento300,44
Em branco/não se aplica1.56423,14




Emitida CAT


Sim662,39
Não2.29333,93
Em branco/não se aplica4.39965,09
Fonte: Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Net (2022).

Entre os agentes tóxicos notificados, os medicamentos foram os principais responsáveis pelas intoxicações exógenas no estado do Maranhão apresentando um total de 2.702 casos (39,98%), seguido por alimentos e bebidas com 1.051 (15,55%) e raticidas com 455 (6,73%).

Na Tabela 02, as circunstâncias que obtiveram as maiores ocorrências de intoxicação medicamentosa no decorrer dos anos analisados, foi por tentativa de suicídio com 1.698 (25,13%) das notificações registradas, em seguida de acidental com 1.669 (24,70%) e abuso com 627 (9,28%).

Nota-se que as intoxicações exógenas no estado do Maranhão não estão relacionadas com a exposição de trabalho, no total de 5.624 (83,21%) casos comparado com 273 (4,03%) para aqueles tiveram exposições com o trabalho. Quanto ao tipo de exposição, a maior parte dos casos ocorreu de forma aguda-única 4.918 (72,77%), ou seja, decorrente de uma única exposição, sendo superior à forma aguda-repetida, com 384 (5,68%) casos e da forma crônica, com apenas 113 (1,67%).

A Tabela 02 sinaliza o percentual da classificação final das notificações de intoxicação exógena, no qual de todos os casos analisados, 3.604 (53,32%) tiveram intoxicação exógena confirmada. Outro percentual expressivo foi 1.284 (18,99%) que foram classificados apenas como reações adversas à exposição. Quanto ao critério de confirmação, em sua maioria (52,35%), o diagnóstico foi clínico; seguido de clínico-epidemiológico (30,27%) e clínico-laboratorial (2,78%).

No que se refere à evolução clínica a maior predominância ocorreu entre indivíduos que obtiveram cura sem sequelas 4.909 (72,63%). No entanto, 125 (1,84%) tiveram óbito por intoxicação exógena e 121 (1,79%) evoluíram para cura com sequela. Ainda, observou-se o não registro destas informações em grande quantidade (23,14%), para o período analisado.

Portanto, nota-se ainda que, os valores correspondentes aos casos notificados de intoxicação exógena que tiveram o Comunicado de Acidente de Trabalho – CAT emitidas corresponde a 66 (2,39%) casos. Outrossim, 2.293 (33,93%) casos referem-se a possíveis notificações que não sucederam com emissão da CAT.

4. DISCUSSÃO

4.1 Aspectos gerais

Em observância ao Gráfico 01, verificou-se que no período de estudo teve-se um aumento dos casos de notificação por intoxicação exógena entre os anos finais e iniciais, quando comparados ao ano de 2019 e 2020, essa elevação possivelmente deu-se-á em decorrência de que no ano de 2011, a intoxicação exógena passou a constar na relação de doenças, agravos e eventos de notificação compulsória em todo território nacional.

Todavia, cabe destacar que o ano de 2020, foi marcado pela sobrecarga do sistema de saúde devido a pandemia da COVID-19, o que acabou afetando a rotina e a qualidade de assistência das equipes de saúde. De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (2020), estudos apontam a relação do uso indiscriminado de medicamentos no período pandêmico, porém não há especificação da origem da intoxicação nos dados do DATASUS. Entretanto, estudos de órgãos oficiais pontuam a relação do aumento de casos de intoxicação medicamentosa com o uso de medicamentos no chamado “kit covid-19” (CFF, 2020).

Destarte, subentende-se que tal acontecimento pode ter colaborado para uma baixa no número de notificações no SINAN de casos de intoxicação exógena nesse último ano, agravando o quadro de subnotificação no Maranhão, assim como em outras regiões do país.

4.2 Características sociodemográficas

No que se refere aos achados relacionados às características sociodemográficas desta pesquisa verificou-se que os resultados corroboram com outros estudos similares como os de Almeida et al., (2016). Em relação a predominância do sexo feminino para os casos de notificação por intoxicação exógena no Maranhão no período de 2010 a 2020, as mulheres foram representaram 51,73% dos casos no Estado. Esse dado assemelha-se ao encontrado nos estudos de Silva et al. (2020), em que tais valores se mantém próximo da prevalência nacional, onde ao avaliar os casos de IE em um determinado período, pode-se observar que 55,25% ocorreram com o sexo feminino.

Como se examina, assim como nesta pesquisa, como em outros estudos já realizados, o quantitativo de casos de intoxicação exógena cujo público eram mulheres teve-se maior prevalência. Fato este que se explica em detrimento da maior tendência de o sexo feminino apresentar comportamentos e /ou ideação suicida, quando comparado ao sexo masculino, o que consequentemente, sucede na elevação do consumo de medicamento e exposição intencional à IE. Deste modo, esse grupo vulnerável necessita de ações para combater os fatores influenciadores e desencadeantes desse agravo (ALVIM et al., 2020).

No aspecto racial, a pesquisa sinalizou dados majoritários para a raça parda. De modo que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE/PNAD, 2019), a população de Maranhão possui 7.075.181 habitantes, sendo composta em sua maioria pela raça parda que corresponde a 70,11%, 16,52% branca, 12,51% preta e 0,85% outras e/ou não declaradas, aspectos estes que podem contribuir para o perfil ora encontrado neste estudo.

Outrossim, ressalta-se que atualmente a identificação da raça/cor é realizada através do processo de autodeclaração étnico-racial. Visto que, anteriormente, o critério adotado pelo IBGE decorria por meio da análise realizada pelos recenseadores ao realizar as entrevistas que compõem o censo demográfico. No entanto, atualmente os entrevistados tem autonomia para dizer a qual cor/raça pertence. Esta circunstância pode justificar a predominância da raça parda nos casos notificados.

Não obstante, segundo Pereira et al. (2020), a predominância de pardos, pode estar ligado as declarações errôneas que as pessoas fazem da própria cor de pele, orientados pelo racismo e a cultura do branqueamento da população brasileira, refletidas nas certidões de nascimentos, onde pessoas pretas/negras são impulsionadas pelo o racismo estrutural a declarar a cor parda por sentirem vergonhas da sua cor preta/negra.

Em relação a faixa etária, observou-se que a de maior ocorrência (20 a 39 anos), está de acordo com o observado em outros estudos a nível nacional. De acordo com Guimarães et al. (2019), nessa faixa etária os indivíduos apresentam maiores acesso a medicamentos, sendo utilizados como tentativa de suicídio ou intoxicação pela prática da automedicação. Já para a faixa etária de 01 a 04 anos, a suposta explicação seria em detrimento do uso acidental de medicamentos e produtos domésticos (AMORI et al., 2017).

Esses dados apresentam similaridades também nas pesquisas de Sampaio et al. (2021), ao sinalizar que a distribuição da frequência relativa das intoxicações exógenas, que foram notificadas por faixa etária no período de 2013 a 2017, demonstrou que a idade de maior ocorrência estão entre 20 a 39 anos com (38,7%), apresentando resultados semelhantes aos desta pesquisa.

Além disso, baseado em Burity et al. (2019), as crianças, em particular aquelas com idade menor que cinco anos, as quais apresentam-se mais expostas à intoxicação exógena devido à natureza curiosa dos infantes e ao desenvolvimento motor.

No parâmetro escolaridade pode-se identificar que 3.050 (45,13%) dos casos notificados no Maranhão no período analisado foram ignorados/brancos. Maraschin et al. (2020) referem que, quando um campo a ser preenchido apresentar uma variável ignorada/branca, ou sem informações, cabe questionar a possibilidade de negligência no momento do preenchimento dos dados ou de fornecimento de informações incompletas por parte dos pacientes.

Posto que, os casos de notificação por intoxicação exógenas, podem estar associados à fatores como a baixa escolaridade, por ser um condicionante que tende a excluir as pessoas do mercado do trabalho, levando-as a condições vulnerabilidade social, e desta forma, podem levar a baixa autoestima, desvalorização social podendo acarretar em pensamentos de suicídio. Além disso, o desconhecimento sobre a ingesta de produtos e a automedicação pode aumentar os riscos de intoxicação exógena (MAGALHÃES et al., 2018).

No que tange aos aspectos gestacionais, de acordo com a Tabela 01, observou-se que os casos notificados como em brancos para gestantes corresponderam a 71,33%. Nesse sentido, em conformidade com Maronezi et al. (2019), analisa-se que registros de intoxicações exógenas autodirigidas não são incomuns na população de gestantes, especialmente naquelas mais jovens e no início da gestação. A prevenção dos episódios e a intervenção frente aos fatores de riscos segue sendo a melhor abordagem para a contenção de futuros casos de intoxicação exógena frente ao período gestacional.

4.3 Características de exposição

Considerando as características de exposição, a tabela 02 vem salientar que, no que se refere ao agente tóxico responsável pelos casos de IE notificados no estado do Maranhão em estudo no período de 2010 a 2020, pode-se observar que os medicamentos foram predominantes, com 2.702 (39,98 %) casos notificados. Essa prevalência também foi visualizada nas pesquisas de Silva et al. (2017) e Burity et al. (2019).

Frente às circunstâncias, Teixeira (2020) destaca que a tentativa de suicídio se constitui como um fator alarmante no que diz respeito as IE. Logo, esse evento ocorre, sobretudo, na fase da adolescência e na vida adulta, provocada da junção de uma gama de fatores que levam a pessoa a buscar a intoxicação intencional.

As causas decorrentes do uso habitual, terapêutico, automedicação e ingestão de alimentos cresceram em casos notificados de intoxicação medicamentosa no período observado. Além disso, evidenciou-se ainda que a tentativa de suicídio foi a circunstância mais predominante entre os casos notificados de intoxicação exógena.

Ademais, os dados apresentados acerca do agente e circunstância dos casos de IE tem uma alta relação, uma vez que, o agente mais usado entre os casos notificados foram os medicamentos e a circunstância com maior prevalecia foi a tentativa de suicídio.

Gomes et al. (2020) revelam em seu estudo que existe uma relação direta entre as tentativas de suicídio por IE com a utilização de medicamentos. No estudo de Silva et al., (2021) ao verificar os dados referente a IE segundo a circunstância, os dados assemelham-se aos do presente estudo, onde a tentativa de suicido também ficou em primeiro lugar entre os casos notificados e os acidentes em segundo.

Em relação à fator exposição, de acordo com Santos et al. (2017) mais da metade dos casos de intoxicação ocorreram na própria residência, pois se sentem encorajadas para a ação do autoextermínio. Nesse sentido, Dantas et al. (2013) observa que a boa parte dos pacientes foram intoxicados no próprio domicilio representando 86,3%, valor semelhante ao encontrado neste estudo, quando se identificou 83,21% (5.624 casos), o referido autor destaca ainda que, a possível migração para os grandes centros urbanos, estresse, depressão e desesperança podem estar relacionados com esse alto índice.

Ao se analisar a intoxicação exógena, ainda foi possível obter dados relevantes sobre dos tipos de exposição, as quais se caracterizam como: aguda única, por ser decorrente de apenas um único contato, esta apresenta maior número de casos notificados com 72,77%; a crônica resulta efeito tóxico após exposição prolongada a doses cumulativas do agente tóxico, por um período prolongado; já aguda sobre crônica caracteriza-se pela exposição repetida a substâncias químicas (DATASUS, 2016).

Nesse sentido, corroborando com o estudo de Silva et al. (2022), os dados também revelaram que a forma aguda-única foi o tipo de exposição mais prevalente, com 4.918 (72,77%) casos, assim como, obtiveram em sua amostra um número significativo de dados ignorados/brancos. No entanto, chama-nos a atenção que dos 6.758 casos notificados no SINAN, 1.328 (19,65%) dos registos foram ignorados e/ou deixados em branco, o que prejudica uma análise mais abrangente do tipo de exposição.

O percentual da classificação final das notificações de intoxicação exógena tem como maior percentual de intoxicação exógena confirmada, correspondente a 3.604 (53,32%) casos; e outro percentual significativo (18,99%) foram classificados apenas como reações adversas à exposição a algum agente tóxico. Conforme estudo realizado por Alvim et al. (2020), sobre a classificação final foi destacado que a maior porcentagem são intoxicações confirmadas (64,92%), valor aproximado do obtido neste estudo. Entretanto, os autores obtiveram um percentual mais significativo, quando comparado a esta pesquisa, tendo em vista que as reações adversas à exposição a algum agente tóxico obtiveram também percentuais relativamente altos.

Os critérios de confirmação dos casos notificados foram: critério clínico com 52,35% de casos, clínico-epidemiológico com 30,27% e clínico-laboratorial com 2,68% casos. A análise dos dados de um estudo realizado por Silva et al. (2018) apresenta resultados semelhantes aos critérios de confirmação dos dados coletados no atual estudo, durante o período de 2010 a 2020 no estado do Maranhão.

Com relação à evolução, 4.909 (72,63%) dos casos notificados de IE no estado em estudo, evoluíram com cura sem sequelas, 125 (1,84%) curas com sequelas, e 1.564 (23,14%) foram ignorado/branco, de acordo com os dados do Tabela 02. Nos estudos de Silva et al. (2020) e Alvim et al. (2020), que também analisaram a mesma variável, pode-se identificar que a maioria dos casos evoluíram com cura sem sequelas demonstrando-se relação direta com o tipo e a quantidade do agente utilizado.

Percebe-se também que os valores relacionados à característica de CAT emitidas, estão diretamente associados aos resultados identificados em relação a variável exposição ao trabalho, onde sinalizam que de modo geral, que os casos notificados de intoxicação exógena no estado do Maranhão, não estão relacionados ao ambiente de trabalho.

5. CONCLUSÃO

Os resultados do estudo ajudam a comprovar que a intoxicação exógena é um problema de saúde pública devido a sua alta taxa de prevalência, sendo este um agravo que afeta também o estado do Maranhão, cujos dados estão refletidos por meio das notificações registradas no SINAN entre os anos de 2010 a 2020, sendo ainda, classificada como uma das maiores causadoras a nível mundial de morbimortalidade.

A pesquisa identificou os aspectos sociodemográficos e de exposição das intoxicações exógena dos pacientes, a partir dos dados obtidos por meio da plataforma do DATASUS, o qual mostrou maior prevalência entre os pacientes do sexo feminino, de raça parda, na faixa etária de 20 a 39 anos, e com exposição ao uso de medicamento.

Ademais, notou ainda que a principal circunstância em que os pacientes foram expostos a intoxicação exógena foi decorrente da tentativa de suicídio cuja exposição se deu ainda, de forma aguda-única (por ser decorrente de um único contato), onde a maioria dos casos notificados apresentaram como aspecto de evolução, a cura sem implicações.

Portanto, diante dessa realidade, conclui-se que é de extrema relevância criar mais estudos sobre essa temática para uma melhor abordagem e compreensão, como também a necessidade de desenvolver estratégias para minimizar essa problemática da intoxicação exógena no estado do Maranhão.

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1 Acadêmico do Curso de Farmácia, Universidade CEUMA.
2 Docente do Curso de Medicina, Universidade CEUMA.