REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202505071148
Patricia Castro Machado¹
Elizângela R. G. Araújo²
RESUMO: O câncer de mama é um tumor maligno originado por mutações genéticas nas células da glândula mamária, sendo o mais comum entre as mulheres em todo o mundo. No Brasil, estima-se que, entre 2023 e 2025, surjam aproximadamente 74 mil novos casos. O desenvolvimento da doença está associado a fatores genéticos, hormonais e ambientais. A prevenção é essencial para reduzir os riscos, incluindo mudanças nos hábitos de vida, realização de exames clínicos das mamas e mamografia. Objetivo: Revisar e sintetizar a literatura sobre os principais fatores de risco do câncer de mama, estratégias de prevenção, diagnóstico e os tipos de tratamento disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Metodologia: Revisão narrativa da literatura baseada na análise de artigos científicos disponíveis em bases de dados como SciELO, PubMed, Google Acadêmico e BVS. Descritores relacionados ao tema: câncer de mama; fatores de risco para câncer de mama; diagnóstico e prevenção do câncer de mama; tratamento do câncer de mama pelo SUS. Foram incluídos artigos publicados entre 2015 e 2025, excluindo estudos com amostras não representativas, pesquisas opinativas e revisões narrativas sem rigor metodológico. Conclusão: Os avanços tecnológicos têm favorecido a detecção precoce do câncer de mama, tornando os tratamentos mais eficazes. Exames de imagem e testes genéticos permitem identificar a doença em estágios iniciais, aumentando as chances de recuperação. Contudo, a desigualdade no acesso a esses serviços, especialmente em regiões menos desenvolvidas, ainda representa um desafio significativo para a redução da mortalidade.
Palavras-chave: Câncer de mama; fatores de risco; prevenção; diagnóstico; tratamento.
ABSTRACT: Breast cancer is a malignant tumor caused by genetic mutations in the cells of the mammary gland and is the most common cancer among women worldwide. In Brazil, it is estimated that approximately 74,000 new cases will emerge between 2023 and 2025. The development of the disease is associated with genetic, hormonal, and environmental factors. Prevention is essential to reduce the risks and includes lifestyle changes, clinical breast examinations, and mammography. Objective: To review and synthesize the literature on the main risk factors for breast cancer, prevention strategies, diagnosis, and types of treatment provided by the Brazilian Unified Health System (SUS). Methodology: A narrative literature review based on the analysis of scientific articles available in databases such as SciELO, PubMed, Google Scholar, and BVS. Descriptors related to the topic include: breast cancer; risk factors for breast cancer; diagnosis and prevention of breast cancer; breast cancer treatment by SUS. Articles published between 2015 and 2025 were included, while studies with non-representative samples, opinion-based research, and narrative reviews without methodological rigor were excluded. Conclusion: Technological advances have favored the early detection of breast cancer, making treatments more effective. Imaging exams and genetic tests allow the identification of the disease at early stages, increasing the chances of recovery. However, inequality in access to these services, especially in less developed regions, still represents a significant challenge in reducing mortality.
Keywords: Breast cancer; risk factors; prevention; diagnosis; treatment.
INTRODUÇÃO
O câncer de mama é um tipo de tumor maligno que surge a partir de mutações genéticas nas células da glândula mamária. Essas células sofrem alterações no material genético e passam a evitar a morte celular e se multiplicam de forma descontrolada, além disso, podem se espalhar para tecidos próximos, ou atingir outras regiões do corpo por meio da metástase (Alves et al., 2022).
O carcinoma mamário é a neoplasia de maior ocorrência entre as mulheres em todo o mundo, com um total de 2,3 milhões de novos casos. No Brasil a estimativa para o triênio 2023-2025, são de 74 mil novos casos, representando uma taxa de incidência de 66,54 casos por 100 mil mulheres, ocupando a primeira posição em mortalidade, esse tipo de câncer é um dos mais prevalentes, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando menos de 1% do total de casos da doença (Instituto Nacional do Câncer-INCA,2022).
O desenvolvimento do tumor mamário é decorrente de vários fatores como alteração genética e hereditário, parente em primeiro grau com câncer de mama( mãe ou irmã) , histórico menstrual com menarca precoce antes dos 12 anos de idade, menopausa tardia após os 50 anos; primeira gestação após os 30 anos, não amamentar, paridade após os 35 anos ou mulheres que nunca engravidaram e exposição prolongada ao estrógeno exógeno na pós menopausa, outros possíveis fatores são a obesidade , dieta altamente gordurosa, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica e exposição a radiações ionizantes em idade inferior a 40 anos ( OLH et al.,2016).
A Melhor forma de diminuir as chances de ter câncer de mana é através da prevenção primária começando por mudança de hábitos de vida, incluindo na rotina atividade física, alimentação saudável e diminuição na ingesta de álcool (Dos Santos; Gonzaga,2018).
Na prevenção secundária inclui exame clínico das mamas, aos 40 anos de idade, toda mulher deve submeter-se ao exame que é realizado por médicos ou enfermeiros capacitados e no rastreamento realizado pelo exame de imagem a mamografia. Mulheres consideradas de alto risco devem realizar o exame clínico das mamas anualmente a partir dos 35 anos de idade (Dos Santos; Gonzaga,2018).
Os principais meios de diagnóstico para o câncer de mama são através dos exames de imagem como a mamografia, ultrassonografia, ressonância magnética, exame clínico das mamas entre outros como biópsia, teste genético que analisa alterações nos genes BRCA1 e BRCA2, estes estão relacionados a um maior risco para o câncer de mama. A abordagem terapêutica varia conforme as características individuais do paciente, do subtipo tumoral e do estágio da doença. Os tipos de tratamento incluem a cirurgia de mastectomia, biópsia do linfonodo sentinela, radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal endócrina, terapia alvo, imunoterapia e cuidados paliativos (Sun et al., 2020).
Apesar dos avanços nos métodos de diagnóstico, o grande desafio ainda é identificar o câncer de mama em estágios iniciais. Para isso, é fundamental investir mais em saúde pública, garantindo que todas as mulheres tenham acesso a exames preventivos e informações sobre a doença. Infelizmente, muitos casos ainda são descobertos tardiamente, o que reduz as chances de tratamento eficaz e impacta diretamente a sobrevida das pacientes. A conscientização e a ampliação do acesso aos serviços de saúde são essenciais para mudar esse cenário (Bernardes, 2019).
Diante desse contexto, este estudo tem como objetivo revisar e sintetizar a literatura existente sobre os principais fatores de risco associados ao câncer de mama, estratégias de prevenção, diagnóstico e os principais tipos de tratamentos ofertados pelo Sistema único de Saúde (SUS).
METODOLOGIA
Este estudo trata-se de uma revisão de literatura narrativa, cuja finalidade é revisar e sintetizar os principais achados científicos disponíveis na literatura sobre os fatores de risco associados ao câncer de mama, estratégias de prevenção, formas de diagnóstico e os principais tipos de tratamentos ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A metodologia adotada na revisão narrativa caracteriza-se por uma estrutura não sistemática, a qual possibilita a construção de reflexões críticas, análises exploratórias e atualizações conceituais em torno de múltiplos eixos temáticos. Tal abordagem contribui para a consolidação do conhecimento científico diante de contingências teóricas e contextuais específicas (Fernandes et al., 2023).
A busca pelos materiais foi realizada nas bases de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online), PubMed (US National Library of Medicine), Google Acadêmico e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Descritores relacionados ao tema: câncer de mama; fatores de risco para câncer de mama; diagnóstico e prevenção do câncer de mama; tratamento do câncer de mama pelo SUS. Foram incluídos artigos científicos publicados entre 2015 e 2025, nos idiomas português, inglês e espanhol.
Foram considerados elegíveis os documentos que abordassem de forma direta o câncer de mama em mulheres, seus fatores de risco, ações de prevenção, métodos de diagnóstico e tratamentos oferecidos no contexto do SUS. Excluíram-se estudos com amostras não representativas, relatos de opinião sem fundamentação teórica, narrativas sem clareza metodológica e publicações duplicadas.
Após a seleção do material, os conteúdos foram analisados de forma qualitativa e organizados de acordo com eixos temáticos previamente definidos, com base nos objetivos do estudo. A categorização dos dados permitiu estruturar a discussão em quatro áreas principais:
- Fatores de risco e manifestações clínicas associados ao câncer de mama
- Estratégia de prevenção
- Diagnóstico precoce
- Abordagem terapêutica ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS)
Essa organização temática facilitou que o tema fosse transcorrido de maneira organizada, favorecendo a identificação de lacunas, avanços e desafios relacionados à abordagem do câncer de mama no sistema de saúde brasileiro. Além disso, possibilitou o alinhamento com as políticas públicas e as evidências científicas mais recentes.
FATORES DE RISCOS E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
O câncer de mama é uma doença complexa, que pode se manifestar de diferentes formas, com variações em sua estrutura celular e nos mecanismos pelos quais se desenvolve. Além disso, seu comportamento epidemiológico segue padrões específicos, influenciados por fatores hormonais, ambientais e genéticos (Coelho et al.,2018).
Alguns fatores relacionados aos hormônios e à história reprodutiva da mulher podem influenciar o risco de câncer de mama, especialmente aqueles que aumentam a exposição ao estrogênio ao longo da vida. Isso inclui ter a primeira menstruação antes dos 12 anos, entrar na menopausa após os 55 anos, ter o primeiro filho após os 30 anos ou não ter filhos. O uso de anticoncepcionais orais e a terapia de reposição hormonal na menopausa também podem contribuir para esse risco. Quanto aos riscos comportamentais e ambientais, está relacionado ao estilo de vida, que levaram ao sobrepeso e obesidade após a menopausa, consumo de bebida alcoólica, e exposição de raios ionizantes como radiografia, tomografia, entre outros ao longo da vida. O risco é proporcional à dose e à frequência (Batista et al.,2020).
A predisposição genética influencia o desenvolvimento do câncer de mama, histórico familiar da doença aumenta o risco. Estima-se que cerca de 5% a 10% dos casos estejam associados a mutações herdadas, especialmente nos genes BRCA. Os genes BRCA1 e BRCA2 são classificados como supressores tumorais, no qual estão relacionados aos aspectos centrais do metabolismo celular, como reparo de danos ao DNA, regulação da expressão gênica e controle do ciclo celular. Quando os genes BRCA1 e BRCA2 perdem sua função, seja por mutações hereditárias seguidas de alterações somáticas ou por mutações adquiridas em casos esporádicos, ocorre a inativação desses genes.
Isso impede a regulação do ciclo celular, o reparo do DNA e a apoptose, favorecendo o desenvolvimento de células cancerígenas (Coelho et al., 2018).
Pesquisas indicam que cerca de 95% das malignidades mamárias têm origem epitelial, formando lesões in situ ou invasivas. Os carcinomas mamários invasivos são os mais frequentes, com 75% deles subclassificados em carcinoma ductal invasivo e sem outras especificações, 15% como lobular e 10% denominados subtipos especiais. Paralelamente, os carcinomas invasores da mama também são categorizados de acordo com o perfil imunofenotípico, por meio do estudo imuno-histoquímica para receptor de estrógeno, receptor de progesterona e receptor tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano, importantes marcadores prognósticos e preditivos, que definirão o tratamento e o manejo clínico (Rocha et al., 2019).
O câncer de mama pode se manifestar através de sinais e sintomas podendo ser por um nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, ou por alteração no formato da mama como assimetria ou inchaço, vermelhidão, retrações, espessamento ou aspecto de “casca de laranja”, secreção pelo mamilo sem apertar, a secreção geralmente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos, o mamilo pode se retrair ou mudar de posição, com possibilidade de aparecer também linfonodos palpáveis na axila. Embora menos comum, é possível ocorrer dor na mama ou na região axilar (Nascimento, et al.,2023).
Esses sinais nem sempre significam câncer de mama, pois podem estar ligados a condições benignas. No entanto, qualquer mudança deve ser investigada por um profissional de saúde. Por isso, é essencial que cada mulher conheça bem seu próprio corpo, entendendo o que é normal para si e identificando possíveis alterações. Essa atitude cuidadosa faz toda a diferença na detecção precoce da doença, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido (Oliveira,2019).
ESTRATÉGIA DE PREVENÇÃO
A prevenção do câncer de mama não é totalmente possível tendo em vista que vários fatores que contribuem para o seu surgimento não podem ser modificados. Desse modo, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco comportamentais, aqueles que podem ser modificáveis, como: excesso de peso, sedentarismo e alcoolismo. A adoção de um estilo de vida saudável, como manter uma alimentação equilibrada, praticar atividade física regularmente e evitar o consumo excessivo de álcool contribui significativamente para a proteção do organismo. Pesquisas indicam que esses hábitos podem reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama (Jeronimo et al.,2017).
O acúmulo excessivo de gordura corporal, definido por um índice de massa corporal (IMC) acima de 30 kg/m², pode levar a um estado de inflamação crônica e impactar o equilíbrio hormonal do organismo, afetando a insulina e os hormônios sexuais. Essa alteração está ligada a um maior risco de complicações em pacientes com câncer de mama, especialmente após a menopausa, quando os níveis de estrogênio tendem a estar mais elevados (Inca,2019; Fassini et al.,2023).
Assim como o excesso de peso, o consumo de bebidas alcoólicas também pode contribuir para o desenvolvimento do carcinoma de mama, dependendo da quantidade e do tempo de exposição. Pois o etanol gera substâncias que danificam o DNA, aumenta os níveis de estrogênio e facilita a entrada de substâncias nocivas nas células. Estudos indicam que o risco de adquirir essa neoplasia cresce de 7% a 10% para cada 10g de álcool consumidas diariamente (Fassini et al.,2023).
Por outro lado, está comprovado que o aleitamento materno contribui para a diminuição do risco de desenvolvimento do câncer de mama. Essa proteção independe da idade, etnia, número de gestações ou da menopausa. O tempo ideal de amamentação recomendado é de pelo menos dois anos, sendo exclusivo nos primeiros seis meses de vida do bebê. A amamentação contribui para a redução dos níveis de estrogênio, hormônio associado ao desenvolvimento do câncer de mama, além de promover a eliminação e renovação celular do tecido mamário, diminuindo as chances de formação de tumores. Dessa forma, quanto maior o período de amamentação, maior a proteção para a mulher (Brasil,2015; Medeiros; Rezer,2023).
DIAGNÓSTICO PRECOCE
A detecção precoce do câncer de mama contempla duas estratégias, que são o diagnóstico voltado para as mulheres com sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama, e o rastreamento voltado para as mulheres assintomáticas. Recomenda-se o rastreamento mamográfico para mulheres com faixa etária entre 50 a 69 anos a cada dois anos. E o diagnóstico precoce por meio de conscientização das pessoas para identificar sinais e sintomas suspeitos (INCA,2022).
O Ministério da Saúde não recomenda a realização de mamografia de rastreamento em mulheres com menos de 50 anos, pois há evidências de que os possíveis danos podem superar os benefícios. Para mulheres entre 50 e 59 anos, o equilíbrio entre riscos e benefícios é considerado limítrofe, mas ainda favorável ao rastreamento. Na faixa etária de 60 a 69 anos, os benefícios são mais evidentes, sendo essa a idade em que o rastreamento se mostra mais eficaz. Já para mulheres com 70 anos ou mais, não há evidências conclusivas sobre a efetividade da mamografia de rastreamento (INCA, 2017).
Diferentemente das recomendações do ministério da saúde, o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), por meio da Comissão Nacional de Mamografia (CNM), publicaram em 2017 as recomendações para o rastreamento do câncer de mama. Recomenda-se o rastreamento anual com mamografia para as mulheres entre 40 e 74 anos, preferencialmente com tecnologia digital. A partir dos 75 anos, recomenda-se continuar o rastreamento se não houver comorbidades que reduzam a expectativa de vida e, se houver, que seja de pelo menos sete anos (Urban et.al.,2023).
O início do rastreamento mamográfico aos 40 anos pode reduzir a mortalidade por câncer de mama em 25% ao longo de 10 anos, embora aumente a taxa de falsos positivos de 4,8% para 7%. No Brasil, observa-se que 41,1% dos casos de câncer de mama ocorrem em mulheres com menos de 50 anos. Além disso, intervalos de rastreamento a cada dois anos estão associados a um risco maior de tumores avançados, com dimensões superiores a 15 mm e pior prognóstico. Por esses motivos, a Comissão Nacional de Mamografia recomenda a realização anual da mamografia a partir dos 40 anos (Urban, 2023).
A mamografia é o principal exame de imagem para detectar o câncer de mama, sendo essencial para o rastreamento e diagnóstico precoce da doença. No entanto, quando há a identificação de nódulos, outros exames complementares são fundamentais para uma avaliação mais detalhada. Entre eles, a ultrassonografia e a ressonância ajudam a visualizar melhor as características do tumor, enquanto exames de sangue, radiografia, cintilografia e biópsias possibilitam uma investigação mais aprofundada. Além disso, exames citopatológicos e histopatológicos determinam se o nódulo é benigno ou maligno, e testes genéticos como BRCA1 e BRCA2 auxiliam na identificação de predisposição hereditária ao câncer de mama. (Bernardes et al.,2019).
Nesse contexto, reforça-se a importância de estratégias sistematizadas de rastreamento, especialmente aquelas recomendadas por instituições de referência. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) e a Sociedade Brasileira de Mastologia recomendam o rastreamento do câncer de mama por meio do exame clínico das mamas (ECM) e da mamografia. O ECM envolve inspeção e palpação feitas por profissionais treinados, enquanto a mamografia utiliza raios-X para identificar tumores subclínicos, não palpáveis e sem sintomas. O exame é realizado com compressão das mamas em duas incidências e pode detectar alterações precoces no tecido mamário, reduzindo a mortalidade em até 30% (Nascimento,2023).
Os critérios para a investigação diagnóstica de casos suspeitos de câncer de mama em mulheres com menos de 30 anos de idade incluem a presença de nódulo, secreção mamilar, linfonodos palpáveis, espessamento ou alterações na pele. Nesses casos, o primeiro exame indicado é a ultrassonografia. Se o resultado apontar alguma suspeita, será realizada uma biópsia para uma análise mais detalhada. Caso o resultado da biópsia seja benigno ou não apresente alterações, a paciente será acompanhada clinicamente para monitoramento contínuo suspeitos (INCA, 2022).
Para mulheres acima de 30 anos que apresentem nódulo na mama, secreção mamilar, linfonodos palpáveis, espessamento ou alterações na pele, a investigação deve incluir mamografia e ultrassonografia. Caso o resultado indique suspeita de câncer, ou seja, classificado como BI-RADS 4 ou 5, é necessário realizar uma biópsia. Se o resultado da biópsia for benigno, a paciente será acompanhada clinicamente. Já em casos de diagnóstico maligno, o encaminhamento para tratamento oncológico deve ser imediato (INCA, 2022).
Ainda de acordo com CNM, mulheres com mutação dos genes BRCA1 ou BRCA2, ou com parentes de primeiro grau (mãe, irmã) com mutação provada, devem realizar o rastreamento anual com mamografia a partir dos 30 anos de idade. E pacientes de alto risco precisam ser rastreados de forma diferente das pacientes de risco habitual. Essas pacientes precisam ter acesso à ressonância magnética das mamas e também iniciar seu rastreamento em idade mais precoce (Andrade et.al.,2023).
Nesse cenário, em que a personalização do rastreamento se mostra cada vez mais necessária, surgem tecnologias que ampliam a precisão diagnóstica. Entre elas a tomossíntese, também conhecida como mamografia 3D, esse exame permite a detecção de lesões ocultas com maior sensibilidade. Sua principal vantagem é a redução de falsos positivos, além de proporcionar uma melhor diferenciação entre tumores benignos e malignos. Sendo especialmente indicado para mulheres com mamas densas e pode ser utilizado como complemento à mamografia convencional em protocolos de rastreamento (Urban et al., 2023).
Outro exame de grande relevância é a ressonância magnética pois ajuda a diferenciar lesões benignas de malignas, através de imagens detalhadas que ajudam a entender melhor o tamanho, a forma e as características do tumor. Além disso, ela permite visualizar com mais clareza como o tumor se relaciona com as estruturas ao seu redor, auxiliando no diagnóstico mais preciso e no planejamento do tratamento (Nascimento et.al.,2015).
Já o exame de ultrassonografia, não é um método utilizado isoladamente no rastreamento do câncer de mama, seja para pacientes de risco habitual ou de alto risco. Podendo ser usada de maneira complementar à mamografia e à ressonância magnética e para guiar biópsias em caso de lesões suspeitas. não existe contraindicação para esse exame, a maior limitação da ultrassonografia é sua elevada taxa de falso-positivos e, consequentemente, a necessidade de realização de biópsias (Andrade et.al., 2023).
A confirmação do câncer de mama é realizada por meio da biópsia, um procedimento que consiste na retirada de uma pequena amostra de tecido para análise anatomopatológica. Os principais tipos de biópsia incluem a punção aspirativa por agulha fina; a biópsia por agulha grossa, que proporciona amostras de melhor qualidade e permite diferenciar os tipos de carcinoma; e a biópsia cirúrgica, que envolver a remoção parcial ou total do nódulo. Esses procedimentos geralmente são guiados por exames de imagem, garantindo maior precisão no diagnóstico e, quando possível, tornando o processo menos invasivo (Nascimento, 2023).
Tem também a biópsia líquida, pouco utilizada devido ao alto custo, ela detecta fragmentos de DNA tumoral circulante (ctDNA) no sangue. Tumores, mesmo em estágios iniciais, liberam esse material na corrente sanguínea durante processos como apoptose e necrose. O exame utiliza sangue venoso ou outros fluidos corporais para analisar o perfil molecular do ctDNA, possibilitando a identificação precoce do câncer. Um estudo com 10.006 mulheres avaliou o ctDNA como exame de rastreamento, identificando 26 casos de câncer. No entanto, em 12 meses de acompanhamento, outros 24 casos foram detectados por exames convencionais e 46 por outras abordagens. A alta taxa de falsos negativos indica que o ctDNA tem baixa sensibilidade, especialmente em estágios iniciais da doença. Apesar disso, seu potencial pode ser relevante para grupos de alto risco oncológico (De Oliveira; Vieira, 2024).
ABORDAGEM TERAPÊUTICA OFERTADA PELO SUS
O tratamento do câncer de mama tem como principais objetivos a cura, a extensão da sobrevida e a melhoria da qualidade de vida do paciente. As três abordagens mais utilizadas são a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia, que podem ser combinadas conforme a resposta do tumor a cada método e a estratégia mais eficaz para sua aplicação. A quimioterapia utiliza medicamentos para destruir células cancerígenas no corpo, enquanto a radioterapia emprega raios ionizantes para matar ou desacelerar o tumor e a cirurgia pode ser curativa, removendo o tumor, ou paliativa, reduzindo sua progressão (Inca, 2019).
A cirurgia é uma das principais modalidades terapêuticas empregadas no tratamento do câncer de mama, sendo amplamente utilizada com o propósito de remover o tumor, garantindo margens de segurança. Além da excisão do tecido tumoral, o procedimento pode incluir a análise do comprometimento dos linfonodos, a reconstrução da mama e o alívio de sintomas associados à doença. As intervenções cirúrgicas mais comuns são a cirurgia conservadora, que mantém parte da estrutura mamária, e a mastectomia, que implica na retirada completa do tecido da mama. A indicação para a mastectomia é reservada para casos específicos, como tumores volumosos em relação ao tamanho da mama, presença de múltiplos focos tumorais em áreas distintas, falha de tratamento conservador anterior ou impossibilidade de realização da radioterapia (Pereira,2019).
A radioterapia pode ser utilizada em diferentes contextos no tratamento do câncer. A radioterapia curativa tem o objetivo de eliminar o tumor e levar à cura do paciente. Já a radioterapia pré-operatória, aplicada antes da cirurgia, reduz o tamanho do tumor para facilitar sua remoção. A radioterapia pós-operatória ou pós-quimioterapia age como medida profilática, destruindo possíveis células tumorais remanescentes. Em casos avançados, a radioterapia paliativa é empregada para aliviar sintomas, como dor ou sangramentos sem impactar diretamente a sobrevida do paciente (Gullo, 2017).
Já o tratamento quimioterápico do câncer de mama consiste no uso de medicamentos para impedir a proliferação de células tumorais, seja prevenindo danos ao DNA ou interrompendo sua progressão. As principais abordagens terapêuticas envolvem os moduladores seletivos do receptor de estrogênio (SERMs) e os inibidores da aromatase (AIs). Dentre os SERMs, o tamoxifeno é um dos mais utilizados há mais de três décadas, porém pode provocar efeitos adversos significativos como, câncer endometrial, derrame, embolia pulmonar e trombose venosa profunda, especialmente em mulheres com mais de 50 anos, tornando essencial a análise criteriosa de seus riscos e benefícios (Sun et al.,2017).
A quimioterapia também pode ser aplicada em diferentes momentos do tratamento do câncer de mama. Como terapia neoadjuvante, é utilizada antes da cirurgia ou radioterapia para diminuir o tumor e facilitar sua remoção. Já na terapia adjuvante, é administrada após esses procedimentos para eliminar células residuais e reduzir a chance de recidiva. Além disso, pode ser combinada com terapias-alvo ou imunoterapia para aumentar sua eficácia. Nos casos em que a doença retorna ou não é completamente erradicada, a quimioterapia pode ser integrada a outros tratamentos para um melhor controle (INCA, 2019).
Novas abordagens terapêuticas estão sendo estudadas, como a terapia com células CAR-T (receptores de antígenos quiméricos em linfócitos T), que consiste na modificação genética dessas células para torná-las mais eficazes no combate a tumores específicos. Essa técnica utiliza células de defesa extraída do próprio paciente para oferecer um tratamento personalizado contra o câncer. Atualmente, a terapia é aprovada para casos de leucemia linfoblástica aguda, demonstrando alta eficácia. Desenvolvida nos Estados Unidos em 2010, a terapia chegou ao Brasil em 2019 por meio do Centro de Terapia Celular da Universidade de São Paulo, em parceria com o Instituto Butantan. O primeiro paciente tratado no país, diagnosticado com linfoma não Hodgkin, alcançou remissão completa da doença (Azevedo et al., 2024).
O controle do câncer vai além da prevenção, detecção precoce e diagnóstico, o tratamento, também inclui os cuidados paliativos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, esses cuidados visam proporcionar uma melhor qualidade de vida tanto para os pacientes quanto para seus familiares, ajudando-os a lidar com doenças graves. Isso é feito por meio da prevenção e do alívio do sofrimento, incluindo a identificação precoce e o manejo da dor, além do suporte para sintomas físicos, emocionais, sociais e espirituais (INCA,2019).
O Sistema Único de Saúde (SUS), oferece gratuitamente a todos os cidadãos acesso a diversos serviços voltados ao tratamento do câncer. Entre eles, estão a cirurgia oncológica, a oncologia clínica, a radioterapia, a hematologia e a oncologia pediátrica. Isso significa que qualquer pessoa diagnosticada com câncer tem o direito de receber diagnóstico, tratamento e medicação pelo SUS (Barbosa et al.,2021).
No Brasil, existem leis que asseguram direitos às pacientes com câncer de mama. A Lei nº 14.335/2022, garante que a mamografia seja um direito de todas as mulheres que tenham atingido a puberdade, independentemente da idade (Brasil, 2022). Já a Lei nº 13.896/2019 modifica a Lei nº 12.732/2012, determinando que, quando houver suspeita de neoplasia maligna, os exames necessários para confirmação do diagnóstico devem ser realizados em até 30 dias, mediante solicitação médica fundamentada (Brasil, 2019). Além disso, a Lei nº 12.802/2013 estabelece o direito à reconstrução mamária reparadora para pacientes que passaram por mastectomia total ou parcial devido ao tratamento do câncer, desde que haja condições clínicas ou assim que a paciente atenda aos requisitos necessários (Brasil, 2013).
Mesmo após essas conquistas e com leis que ampara um atendimento mais eficiente, uma pesquisa realizada em unidades de alta complexidade em oncologia no Rio de Janeiro entre 2013 e 2019, analisou os fatores que afetam o tempo para início do primeiro tratamento do câncer de mama em 12.100 pacientes atendidas pelo SUS. A maioria tinha entre 50 e 69 anos, e 76,8% já haviam recebido diagnóstico prévio. Observou-se que 82,1% das pacientes começaram o tratamento após mais de 60 dias do diagnóstico, com um aumento no tempo médio de espera ao longo dos anos, passando de 91 dias em 2013 para 122 dias em 2019. Fatores como maior escolaridade e estadiamento avançado (III e IV) reduziram a chance de atraso, enquanto atendimento fora da capital aumentou esse risco. Em pacientes com diagnóstico prévio, idade acima de 50 anos, raça/cor da pele não branca e estadiamento I estiveram associados a maior demora. De forma geral, condições sociodemográficas, clínicas e estruturais dos serviços de saúde influenciam o tempo para o início do tratamento (Jomar et al.,2023).
CONCLUSÃO
O câncer de mama é uma doença complexa e um grande desafio para a saúde pública devido à sua alta incidência e mortalidade. A compreensão dos fatores de risco, tanto modificáveis quanto não modificáveis, é essencial para a adoção de estratégias preventivas eficazes. A prevenção baseada em hábitos saudáveis, com exames periódicos e mamografia, são fundamentais para reduzir o risco da doença e garantir diagnóstico precoce.
Os avanços tecnológicos têm melhorado a detecção precoce do câncer de mama, permitindo tratamentos mais eficazes. Exames de imagem e testes genéticos possibilitam identificar casos em estágios iniciais, aumentando as chances de recuperação. No entanto, desafios como a falta de acesso igualitário a esses serviços, especialmente em regiões menos desenvolvidas, ainda impactam a taxa de mortalidade.
Diante desse cenário, uma vez diagnosticada a doença, o tratamento do câncer de mama passa a ser definido de forma individualizada, levando em consideração o estágio do tumor e as características clínicas de cada paciente. As opções terapêuticas incluem cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapia hormonal e imunoterapia. O avanço das terapias-alvo e dos tratamentos personalizados tem contribuído significativamente para a melhoria das taxas de sobrevida e da qualidade de vida das pacientes. Para reduzir a mortalidade e os impactos da doença, é fundamental continuar investindo em pesquisas científicas, políticas públicas efetivas e programas de conscientização, assegurando o acesso equitativo às estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento.
REFERÊNCIAS
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1Discente do curso de Graduação em Medicina- UFPA
2Docente Me.do curso de Graduação em Medicina- UFPA