CÂNCER DE COLO DO ÚTERO: UMA ABORDAGEM QUALITATIVA SOBRE DOENÇA, PREVENÇÃO E CONTROLE

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8007922


Ana Luiza Araújo Santana
Rennan Adonis Pinheiro da Silva
Rhâmonny Vilova Sampaio
Ricardo Marques de Almeida
Vanessa Rodrigues de Souza


RESUMO

  O presente trabalho versa sobre câncer de colo do útero, por meio dos principais conceitos no que se refere ao assunto, por meio das principais considerações qualitativas exploratórias no contexto oncológico. O conceito oncológico centraliza-se na importância da prevenção, controle e tratamento do câncer de colo do útero. Assim, pretendeu-se por meio desse estudo, fomentar conhecimento sobre os principais métodos acerca do tratamento, no anseio de uma reflexão plausível. De modo, que se optou por meio das pesquisas bibliográficas buscar conhecimento acerca do assunto pressuposto, com intuito de apresentar os principais autores aos quais contemplem a ciência estudada, tendo como base Inca (2015) e Cansarin (2011) como referência dentre os demais autores. Buscamos refletir acerca do enfoque qualitativo sob cada etapa ou abordagem utilizada. Assim sendo, o trabalho apresentado sustenta a ideia que o foco principal consiste em relatar acerca da importância da prevenção do colo de útero absorvendo o conhecimento, embora que de modo subjetivo, ainda que seja de modo humanista por meio das ciências em saúde. 

PALAVRAS-CHAVE: Prevenção. Tratamento. Oncologia. Câncer no colo de útero.  

1. INTRODUÇÃO

Em meados do século XVIII, o carcinoma intitulado câncer começou a ser conhecido como tumor que avança e acaba com os órgãos onde se inserir. A concentração intensa desse tumor e sua progressão associada a permanência de sua diversidade torna o câncer estigmatizado oriundo da autorejeição levando a uma morte precoce. 

Nesse sentido, indivíduos enfermos de tal patologia encontravam-se fora de seus grupos sociais e se caracterizava como objetos de descontaminação em seus meios de vinculação, por meio das crenças e do meio contagioso tão somente as duas décadas no que versa o século X (CARVALHO, 2006).

Vale salienta que o câncer remetesse a um conjunto denominado com mais de 100 doenças as quais possui em comum o avanço desenfreado da doença (maligno) caracterizados como células que avançam no sistema imunológico células e órgãos, sendo capaz de disseminar-se (metástase) para outros órgãos do corpo humano. Separando-se como gotículas de água, tais células podem vim a serem mais violentas e descontroladas, contribuído para formação de novos tumores (amontoamento de novas células cancerígenas) denominadas neoplasias malignas. Em suma, estudos realizados defendem que o tumor benigno remete a uma massa de células que se propagam lentamente e se agrupam ao seu tecido natural, dificilmente designando risco a vida humana (INCA, 2015). 

Vale salientar que as modificações das células que venham a despertar o câncer são descobertas pelo exame preventivo Papanicolau. De acordo com Ministério da Saúde (MS) é importante a realização periódica do exame pelo menos a cada três anos durante dois exames ao ano subsequentes negativos. A modificação que venha a ocasionar tal tipo de câncer é por meio da infecção originada pelo vírus Papilomavírus Humano (HPV), associados aos tumores malignos. (MS, INCA, 1997). 

Nesse sentido, Inca (2015) comenta que o câncer tratasse de uma patologia lenta, que pode ocorrer sem demonstrar sinal algum e demonstrar sinais por meio de sangramentos vaginal por meio do ato sexual, originando sangramentos vaginais, dores abdominais vinculadas a dores urinárias associadas a dores intestinais nos casos mais desenvolvidos (INCA, 2015, online). 

Nessa conjuntura, cabe salientar que, a cartilha, BRASIL. MS (2013) manifesta o modelo assistencial a ser seguido demonstrado os recursos necessários nos mais diferentes modelos de atenção, sob os serviços assistenciais e os cuidados integrais. Os indivíduos devem ser vistos como pessoas da sua própria história, por meio das condições socioculturais. Os apontamentos dos sujeitos junto à doença devem acolher as mais variadas proporções do sofrimento tais como: espirituais, físico ou psicossocial e controlar o câncer com prudência da qualidade de vida. 

O câncer se manifesta por meio de uma célula ao qual sofreu mutação genética, isto é, modificações por meio do ácido desoxirribonucleico DNA dos genes. 

Figura 1 – Mutação e o Câncer

Fonte: BRASIL. MS/ INCA, 2012.

Figura 2 – Demonstração do grau de evolução dos tumores micro e macroscopicamente.

Fonte: Evolução dos tumores, 2019.

FIGURA 3 – Lesões e seus graus conforme NIC.

Fonte: Lesões do colo uterino, 2019.

2. JUSTIFICATIVA 

A pesquisa se justifica em abordam sobre o câncer de colo do útero e os principais fatores relacionados e suas consequências. Procuramos apresentar os principais pontos relacionados ao preposto acerca do conteúdo, considerando diversas questões e o desenvolvimento suscitadas por meio dos resultados obtidos pela pesquisa qualitativa realizada através das pesquisas bibliográficas. 

3. DESENVOLVIMENTO 

A história dos cuidados com saúde no Brasil como filantropia religiosa, com a concepção de caridade, ao mesmo tempo em que o Estado fazia algumas ações de saúde como vacinação e saneamento básico, especialmente, no final do século XIX.  Antes do século XX, as pessoas viviam menos e havia outros males mais latentes com o que se preocupar como tuberculose, cólera e pneumonia. Nesse período muitas mortes por câncer podem ter sido atribuídas a uma infecção ou abscesso. Desde então, o avanço tecnológico contribuiu, e muito, para diagnósticos mais precisos da doença.

No primeiro governo de Getúlio Vargas, em 1937 foram instituídas as conferências nacionais de educação e saúde com o objetivo de articular e conhecer as ações que os estados desenvolviam nessas áreas. As conferências foram criadas através da lei nº378, de 13 de janeiro de 1937, que propiciou e reorganizou o Ministério da Educação e Saúde, ou seja, um ministério dava conta das duas políticas. Nesse período foram organizadas para funcionar como espaço estritamente intergovernamentais, só participavam autoridades do Ministério da Educação e Saúde e outras autoridades setoriais dos Estados. A previsão para cada conferência seria a cada dois anos, mas, somente quatro anos depois, em 1941, foram convocadas. (BRASIL, 2009).

O decreto de convocação da 1ª Conferência Nacional de Saúde estabelecida como objetivo:

[…] ocupar-se dos diferentes problemas da saúde e da assistência, mas de modo especial dos seguintes: a) Organização sanitária estadual e municipal; b) Ampliação e sistematização das campanhas nacionais contra a lepra e a tuberculose; c) Determinação das medidas para desenvolvimento dos serviços básicos de saneamento e plano de desenvolvimento da obra nacional de proteção à maternidade, à infância e à adolescência. Um temário nitidamente relativo à gestão e administração dos serviços de saúde, no âmbito de um Estado que se constituía […]. (BRASIL, 1941).

Temas como malária, segurança do trabalho, condições de prestação de Assistência Médica Sanitária e preventiva para trabalhadores e agentes, foram discutidos na 2ª Conferência Nacional realizada em 1950.  Em 25 de julho de 1953, pela lei nº 1.920 foi instituído um Ministério e passou a se encarregar das atividades e responsabilidades do Departamento Nacional de Saúde (DNS) que não era suficiente para dar ao órgão governamental da secretaria do Estado para atender as demandas e problemas encontrados na saúde pública. (BRASIL, 2009).

Com a aprovação da Lei Elói Chaves a saúde dos trabalhadores foi atrelada a previdência e passou a fazer parte de um sistema para os trabalhadores. Assim, surgem as caixas de pensão, depois, os institutos e, posteriormente, a grande instituição que congrega todos: o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). (CARVALHO, 2013).

Somente em julho de 1963 foi realizada a 3ª Conferência Nacional de Saúde convocada pelo presidente João Goulart, treze anos após a realização da 2ª Conferência. O diferencial dessa conferência foi a ampliação dos atores participantes. O tema foi voltado à situação sanitária e à reorganização do sistema de saúde, com discussão de propostas de descentralização e de redefinição dos papéis das esferas de governo, bem como a proposição de um plano nacional de saúde. (BRASIL, 2009).

O INPS não alterou a realidade da assistência médico hospitalar, mantendo o sistema de uma cidadania regulada, ou seja, o direito a atendimento aos hospitais públicos era para quem tinha carteira de trabalho assinada.

Em 1970 foi criado novo ciclo de organização administrativa, visando racionalizar os gastos sociais e aumentando a redistribuição, fazendo com que a Previdência Social ampliasse os atendimentos. O Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) foi criado em 1974, decorrente da importância que a Previdência ganhou entre os trabalhadores e o Estado. 

Em 1975, o convênio entre o MPAS e o Ministério da Saúde como fruto da criação do Programa de Controle ao Câncer (PCC), universalizou os procedimentos relacionados ao câncer e instituiu comissões com vistas a integrar as ações de controle de câncer. (FARIAS, 2007).

Em 1978, foi realizada a 7ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília (DF). O governo promoveu o debate de temas amplos relacionados à implantação e ao desenvolvimento do Programa de Serviço Básico de Saúde (PREVSAÚDE), mas o programa foi engavetado devido às críticas dos empresários de saúde que ameaçavam seus ganhos.

Nos anos de 1980, eventos importantes alteraram a conjuntura nacional: o Movimento Direto e a realização em março de 1986 da 8ª Conferência Nacional de Saúde. No mesmo ano, o Movimento de Reforma Sanitária participou da conferência e teve um papel importante na reestruturação do Sistema Único de Saúde (SUS). O SUS é considerado um marco para a saúde, por ampliar o conceito e mudar as práticas em saúde.

A partir de então, o brasileiro conquistou o direito à saúde e ao longo de vinte anos procurou enfrentar os desafios discutindo a importância da saúde na família e a atenção básica com bases na Constituição do SUS, fruto do Movimento de Reforma Sanitária. Na observância do grande confronto de interesse da sociedade e de empresários foram tomadas algumas medidas com a diminuição do setor privado na saúde, criando um Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS). 

Essa proposta apresentou poucos impactos na melhoria das condições de saúde, outros fatores também contribuíram as pessoas ligadas ao Movimento de Reforma Sanitária que tende a perder espaço na articulação do governo, diante da ausência de resultados positivos em relação a saúde, começando assim a organização dos conservadores contrários dos movimentos que passa a direcionar o setor em 1988. 

A década de oitenta foi apresentada com grandes avanços a principal implantação da política de saúde no Brasil, a mesma passou por modificações da Constituição Federal de 1988 pela idealização do Sistema Único de Saúde, onde várias discussões apresentadas para o setor enriquecendo o debate que se instaura na sociedade em 1990, que tornou o acesso à saúde universal para os cidadãos para melhor atender a população, onde essa implementação sofreu muita dificuldade e carência. Os profissionais nas demandas oferecidas a inexistências de uma assistência médica estruturada faziam com que a saúde deixasse de ser apenas de interesse dos profissionais de saúde, e passava a comungar de uma dimensão política totalmente ligada à democracia.  

As principais propostas debatidas por esses sujeitos coletivos foram a universalização do acesso; concepção de saúde como direito social e dever do Estado; a reestruturação do setor através da estratégia do Sistema Unificado de saúde visando um profundo reordenamento setorial com um novo olhar sobre a saúde individual e coletiva; a descentralização do processo decisório para as esferas estadual e municipal, o financiamento efetivo e a democratização do poder local através de novos mecanismos de gestão – os conselhos de saúde (BRAVO, 2014, p. 09)

O médico enquanto profissão vai a adentrar de forma significativa na área da saúde que passa a requisitar diferentes práticas profissionais, dentre elas intervenções, acompanhamentos, mediações entre a família entre outros.

O médico inicia sua aproximação ao paciente com resgate de algumas informações que previamente é possível determinar através da leitura do prontuário do mesmo.

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 

Este trabalho de pesquisa científica centraliza-se no estudo de revisão narrativa simples, já que pretende analisar uma situação específica, voltada para os estudos em pacientes portadores do câncer do colo do útero. Entretanto, é importante dizer que para sua realização, optou-se pelas orientações qualitativa-interpretativa de artigos publicados em periódicos on-line em estudos na Língua Portuguesa, disponíveis gratuitamente na versão em português e foram inseridos os que tratavam da doença do câncer do colo do útero, e os fatores contribuintes. 

Por meio da pesquisa bibliográfica por meio de artigos indexados no Google Acadêmico, The Scientific Electronic Library Online (Scielo), manuais do Ministério da Saúde. Na realização das buscas referenciais, partimos da noção de estratégias para o combate e prevenção do câncer do colo do útero. 

Assim, os resultados das buscas foram realizados através das leituras para a compreensão e interpretação dos artigos pesquisados. A partir do acesso aos artigos, consideramos o critério de seleção por meio de algumas palavras-chave como: Câncer de colo do útero; tratamento, prevenção, em seguida, efetuamos uma leitura minuciosa dos artigos de maneira a atingirmos um levantamento preciso sobre câncer de colo de útero em um estudo e suas consequências. 

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 

Procuramos apresentar os principais pontos relacionados ao preposto acerca do conteúdo, considerando diversas questões e o desenvolvimento suscitadas por meio dos resultados obtidos pela pesquisa qualitativa realizada através das pesquisas bibliográficas. 

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Desenvolvemos um estudo abrangente, bem como, a metodologia de pesquisa apropriada para as práticas de prevenção no tratamento em pacientes portadores de câncer de colo de útero. 

Percebemos, portanto, que os vários tipos de doenças dentre elas o câncer de colo de útero está presente no organismo humano está associado ao HPV aumentado gravemente o número de pessoas vítimas do câncer do colo de útero em todo o mundo.   

REFERÊNCIAS 

BRASIL/INCA. Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama – Viva Mulher. Disponível em: <http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/colo_utero/deteccao_precoce

BRASIL.MINISTÉRIO DA SAÚDE- Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva INCA- Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Coordenação de Educação. ABC do Câncer : Abordagens Básicas para o Controle do Câncer – 2. ed. rev. e atual.– Rio de Janeiro : Inca, 2012. 129 p. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/abc_do_cancer_2ed.pdf

BRASIL/INCA. Câncer -Tipo – Colo de Útero – Detecção PrecoceDisponível em:<http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/colo_utero/deteccao_precoce