CERVICAL CANCER: CASE REPORT ON A 30-YEAR-OLD WOMAN
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202411192011
Ana Carolina Xavier Araújo1
Nájime Aline Macedo Nicaretta2
Mariana Delfino Rodrigues3
RESUMO
Esta pesquisa teve por objetivo: Relatar um caso de câncer de colo de útero (CCU) diagnosticado em uma mulher de 30 anos, sua história clínica, o estágio da doença e os tratamentos utilizados. Metodologia: trata-se de um estudo do tipo relato de caso. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada complementada por levantamento de informações clínicas e laboratoriais retroativas. A pesquisa obedeceu aos requisitos recomendados pela Resolução n° 466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde. Foi aprovada pelo comitê de ética e pesquisa sob no 7.192.118. Resultados e Discussão: Após um sangramento intenso e irregular, a participante buscou avaliação médica e obteve o diagnóstico de CCU, após procedimentos e tratamentos oncológicos, em março de 2024, a doença entrou em remissão, a qual se mantém até o fechamento deste relato. Considerações finais: O diagnóstico e o tratamento do câncer de colo de útero que acometeu a participante foram caracterizados por ações assertivas da parte médica e por ela. Portanto, acredita-se que este artigo inspire mulheres, quanto a estes e demais temas aqui discutidos, pois eles são essenciais à prevenção, diagnóstico, tratamento e remissão dessa neoplasia.
Palavras-chave: Câncer de Colo de útero. Prevenção. Diagnóstico. Tratamento. Remissão.
ABSTRACT
This research by objective: Report a case of cervical cancer (CC) diagnosed in a 30-year-old woman, her clinical history, the stage of the disease and the treatments used. Methodology: this is a case report study. Data were collected through semi-structured interviews complemented by a survey of retroactive clinical and laboratory information. The research complied with the requirements recommended by Resolution No. 466, of December 12, 2012, of the National Health Council. It was approved by the ethics and research committee under No. 7,192,118. Results and Discussion: After heavy and irregular bleeding, the participant sought medical evaluation and was diagnosed with CC. After oncological procedures and treatments, in March 2024, the disease went into remission, which remains until the closing of this report. Final considerations: The diagnosis and treatment of cervical cancer that affected the participant were characterized by assertive actions by the doctor and by her. Therefore, it is believed that this article will inspire women regarding these and other topics discussed here, as they are essential for the prevention, diagnosis, treatment and remission of this neoplasia.
Keywords: Cervical Cancer. Prevention. Diagnosis. Treatment. Remission.
1 INTRODUÇÃO
O câncer do colo do útero (CCU) constitui uma enfermidade que apresenta história natural conhecida, de desenvolvimento lento, suscetível de rastreamento, detecção precoce e tratamento, com bom prognóstico. O acompanhamento adequado desta doença forma alta potencialidade para salvar vidas. No entanto, esse câncer permanece sendo desafiador aos gestores da área da saúde pública, sobretudo, nos países em desenvolvimento (INCA, 2020).
O câncer de colo do útero (CCU) é uma neoplasia maligna, causada por infecções constantes de alguns tipos de Papilomavírus Humano (HPV). A contaminação genital por esse vírus é muito frequente e não origina a doença, na maioria das vezes. Contudo, em alguns episódios, podem ocorrer alterações celulares que poderão evoluir para esse câncer, também conhecido como câncer cervical. O qual agride as células do colo do útero e a parte inferior que se conecta com a vagina. O CCU, muitas vezes, não apresenta sintomas em seus estágios iniciais. Os quais podem incluir sangramento vaginal anormal, dor durante a relação sexual e dor pélvica. Pode-se diagnosticar estas alterações no colo uterino por meio da citologia oncótica, ainda versada como exame preventivo, ou exame citopatológico – papanicolau (Paiva; Souza; Rezende, 2023).
Logo, ao aderirem ao protocolo preventivo de câncer de colo de útero, as mulheres exercem um papel importantíssimo para elas e para a saúde coletiva. Por outro lado, a não adesão ao referido protocolo faz com que fiquem expostas a maiores riscos de desenvolver o CCU e as complicações desta doença. Assim, são importante medidas da saúde pública, voltadas a conscientização quanto a realização de exames ginecológicos regulares e disponibilização dos mesmos à população pertinente, bem como recomendações de vacinação contra o HPV, disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde, até o momento, apenas para crianças e adolescentes na faixa etária de nove a 14 anos. Além disso, práticas sexuais seguras, incluindo o uso de preservativos, podem ajudar a reduzir o risco de contrair o HPV e, consequentemente, o CCU (Bueno; Cunha; Meneghim, 2023).
Diante do exposto, entende-se que estudos voltados a promover a conscientização, o acesso e a adesão ao protocolo preventivo do câncer de colo de útero, assim como outras ações recomendadas pelo Ministério da Saúde, objetivando reduzir a incidência e a mortalidade por CCU, são essenciais.
Portanto, o principal objetivo deste estudo consiste em relatar um caso de câncer de colo de útero diagnosticado em mulher de 30 anos, abrangendo a história clínica, o estágio da doença e os tratamentos utilizados. Além disso, buscará investigar fatores de risco associados ao desenvolvimento do CCU, como histórico de infecção por HPV; apresentar determinados sintomas relacionados ao câncer de colo de útero e avaliar a eficácia dos diferentes tipos de tratamentos submetidos pela participante e descrever formas de prevenção a este câncer.
O interesse em abordar esse assunto deu-se a partir de um caso de câncer de colo de útero vivenciado recentemente por uma amiga próxima, realizou tratamentos que tiveram desfechos promissores e atualmente sua doença encontra-se em remissão e acompanhamento. Espera-se que os conhecimentos oriundos deste relato, possam servir como um guia, principalmente, às mulheres quanto à prevenção e detecção precoce do CCU. Assim, esta pesquisa cumpre seu papel para com a sociedade. Já no campo acadêmico, este estudo pode fundamentar outros estudos, uma vez que trata-se de um relato de caso, e tão logo, é constituído por elementos primários.
Para uma contextualização mais ampla deste estudo, a seguir são tratados temas como: fatores de risco, prevenção, desenvolvimento, incidência, diagnóstico e tratamento do câncer de colo de útero.
O câncer do colo do útero (CCU), também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção genital persistente por alguns tipos do papilomavírus humano – HPV (chamados de tipos oncogênicos). Outros fatores de risco para o desenvolvimento deste câncer são o tabagismo e a baixa imunidade. Quanto à prevenção, as vacinas contra o HPV são importantíssimas para impedir infecções por estes vírus e, portanto, prevenir o desenvolvimento deste câncer. Também a realização periódica do exame preventivo e demais exames ginecológicos de forma regular, pois são medidas de prevenção, valiosas, uma vez que a presença do vírus HPV e de lesões pré cancerosas são identificadas no exame preventivo (conhecido também como papanicolau), sendo curáveis na quase totalidade dos casos. Além disso, a conscientização da prática da relações sexuais com uso de preservativos (Paiva; Souza; Rezende, 2023).
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2023) o CCU é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. A maioria dos tumores de colo do útero é de origem epitelial e é causada por subtipos oncogênicos de HPV. Durante o desenvolvimento, o epitélio colunar mucossecretor da endocérvice é unido ao revestimento epitelial escamoso da ectocérvice no óstio do colo do útero. Com o início da puberdade, a junção escamocolunar sofre reversão, tornando o epitélio colunar visível na ectocérvice. As células colunares expostas, no entanto, eventualmente sofrem metaplasia escamosa, formando uma região denominada zona de transformação, onde muitas vezes surgem tumores.
O papilomavírus humano (HPV) é agente etiológico da neoplasia cervical e possui tropismo pelas células escamosas imaturas da zona de transformação. A maioria das infecções por HPV é transitória e eliminada em poucos meses pela resposta imune do hospedeiro. No entanto, um subconjunto de infecções persiste e algumas delas causam lesões intraepiteliais escamosas (LIEs), lesões precursoras a partir das quais a maior parte dos carcinomas invasivos do colo do útero, se desenvolve. O HPV é detectável por métodos moleculares em praticamente todos os casos de neoplasias intraepitelial cervical (NIC) e carcinoma do colo do útero. (Robbins, 2018).
O câncer do colo, em sua fase inicial, é insidioso e assintomático. Em sua forma precursora (displasia), no câncer incipiente (carcinoma in situ) e no início da sua expansão (microinvasor). Seu diagnóstico, geralmente, é obtido por meio dos exames: colpocitologia, colposcopia ou pelo exame histopatológico – biópsia, amputação ou conização do colo. As manifestações clínicas mais frequentes são sangramento vaginal (irregular ou pós-coito), corrimento fétido, dispareunia e dor pélvica (Porto, 2019).
O exame citopatológico (papanicolau), reconhecido mundialmente por sua eficácia e segurança, tem como finalidade principal, a longo prazo, diminuir a morbimortalidade associada à doença O tratamento para o câncer de colo do útero pode variar dependendo do estágio da doença, mas geralmente envolve cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação dessas abordagens (Brasil, 2022).
2 METODOLOGIA
Trata-se de um relato de caso, que em razão de sua importância é bastante utilizado nas ciências biomédicas. Sendo caracterizado no estudo intenso de um ou poucos elementos, de forma a admitir seu amplo e meticuloso conhecimento (Gil, 2002).
A pesquisa foi realizada na cidade de Porto Velho, capital de Rondônia, por meio de uma entrevista semiestruturada a uma mulher de 30 anos, aqui designada como Estrela[4], diagnosticada no ano de 2023, com câncer de colo de útero, foi submetida a tratamentos que apresentaram desfechos promissores, havendo a remissão completa da doença até o momento. Para realização da pesquisa, foi apresentado à participante o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, e posteriormente colhido sua assinatura. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de ética e pesquisa sob o no 7.192.118.
A análise dos dados clínicos e laboratoriais obtidos, por meio de levantamento retroativo, foram apresentados de forma descritiva. Gil (2002) explica que trata-se da coordenação de dados objetivos, de modo que o pesquisador possa chegar a conclusões a partir deles de forma cronológica. Assim, os referidos dados formaram o relato de caso deste estudo.
Já os dados obtidos por meio da entrevista foram tratados por meio da análise de conteúdo de Bardin. Assim, a ordenação destes se deu por meio de transcrições das gravações, leitura e releitura do material e coordenação dos depoimentos. Procedendo na identificação de unidades e posterior junção delas em categorias (Bardin, 2016).
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 RELATO DO CASO
No segundo semestre de 2024, Estrela, 31 anos, feminino, casada, residente na cidade Porto Velho-RO, sem histórico familiar de câncer, relatou por meio de entrevista que, no início de julho de 2023, teve um sangramento vaginal intenso e irregular, o que a levou dias depois a se consultar com uma ginecologista que lhe solicitou exames urgentes e quando obteve o resultado deles, no retorno, lhe informou que já havia marcado uma consulta com um oncologista, o qual atestou uma lesão maligna em seu útero. Iniciou a seguir, o estadiamento da doença por meio de biópsia, ressonância e tomografia e ao final do mês de julho de 2023, este médico a diagnosticou com câncer de colo de útero e lhe recomendou como tratamentos: a histerectomia radical, com preservação e reposicionamento dos ovários para preservá-los também caso houvesse necessidade dela se submeter à radioterapia. Estes tratamentos ocorreriam em Porto Velho.
Todavia, em agosto de 2023, Estrela optou por se tratar na capital do Rio de Janeiro. Cidade em que seus óvulos foram coletados e congelados, e após isso ela se submeteu à cirurgia de traquelectomia radical, na qual foram retirados: o colo do útero, o terço superior da vagina, paramétrios uterinos, fundo do útero e linfonodos. Sendo o material retirado na cirurgia, enviado para a biópsia, em que foram encontradas células atípicas no linfonodo sentinela. E a partir de então foi-lhe recomendado os tratamentos: quimioterapia e radioterapia. Os quais decidiu realizar em Brasília, nos meses de novembro e dezembro do ano de 2023. Sendo seis sessões de quimioterapia (uma por semana) com a medicação cisplatina, em conjunto com 25 sessões de radioterapia (de segunda a sexta) em uma máquina de Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT). Referiu ter sentido efeitos colaterais desses tratamentos como: náuseas, dificuldades para se alimentar e ingerir líquidos, danificação venosa e cansaço extremo.
Ao final desses tratamentos, continuou em acompanhamento médico e no mês de março de 2024, foi-lhe informado que o câncer de colo de útero que a acometera, encontrava-se em remissão, que permanece até a conclusão deste estudo. De forma que Estrela, realiza todos os acompanhamentos médicos/oncológicos, que lhe são sugeridos.
A análise de conteúdo da entrevista possibilitou construir as seguintes categorias: Início das atividades sexuais e consultas ginecológicas; Descoberta do diagnóstico de câncer de colo de útero; Experiências face ao diagnóstico, tratamento e remissão do CCU. As quais são apresentadas a seguir.
3.2 INÍCIO DAS ATIVIDADES SEXUAIS E CONSULTAS GINECOLÓGICAS
Estrela revelou que iniciou suas atividades sexuais aos 15 anos, utilizando preservativos e pílulas anticoncepcionais, como métodos contraceptivos. Na mesma idade, frequentou pela primeira vez um ginecologista, por conta do ciclo menstrual irregular, que após o tratamento indicado por ele, se normalizou. Bem como que desde então, passava por consultas ginecológicas e exames de rotina, uma vez ao ano. Sendo que aos 26 anos passou a realizá-los a cada seis meses. Quanto à educação sexual, tanto da família como da escola, Estrela afirmou:
Só a minha mãe sabia que eu mantinha relações sexuais, então ela me instruía, para que eu não tivesse uma gravidez indesejada. Quanto às doenças sexualmente transmissíveis, foi mais na escola, tinha algumas matérias que abordavam sobre isso, mas orientações diretas – na escola – sempre foram sobre a prevenção da gravidez indesejada.
O achado quanto à orientação sexual no contexto familiar, condiz com o estudo de Brito et al. (2020) onde afirmam que apesar da importância desta orientação no núcleo familiar, que portanto deveria ser natural, se torna, muitas vezes, proibida ou constrangedora. Isto explica o fato de muitas meninas na adolescência manterem diálogos mínimos e, geralmente, apenas com suas mães.
Nota-se ainda problemas envolvendo a educação escolar pertinente e educação sexual, a qual Estrela teve acesso, visto que o foco maior era a prevenção da gravidez, quando o verdadeiro papel da escola é oferecer uma educação abrangente. Neste sentido, Miranda e Campos (2022) destacam a necessidade da educação sexual na escola para crianças e, sobretudo, adolescentes, voltada a prevenção de infecções e doenças sexualmente transmissíveis (IST/DST), casos de gravidezes precoces e abortos na adolescência, bem como à identificação do público infanto-juvenil sobre episódios de abuso sexual.
Outro dado relevante, condiz com a afirmação de Estrela quanto a não ter sido vacinada contra o papilomavírus humano (HPV). Tal como a seguir:
Não fui vacinada contra o HPV. Quando eu era criança e adolescente, a vacina ainda não era obrigatória ou não ainda não tinha, acredito. E quando a vacina surgiu foi para crianças e adolescentes e eu já era adulta.
Corroborando a fala da entrevistada, dados do Ministério da Saúde apontam que no Brasil, a vacina contra o papilomavírus humano (HPV) passou a ser aplicada no sistema público de saúde, a partir do ano de 2014, quando ela tinha 21 anos. E tinha, por foco vacinar especialmente, indivíduos que ainda não haviam iniciado a vida sexual. Sendo que no início da imunização, ela era somente para meninas com idades entre nove e 14 anos, e atualmente a vacinação se estende para meninos com a mesma faixa etária (Brasil, 2024).
Com base na afirmação de Estrela, reitera-se o quão importante é a disponibilização da vacina contra o HPV, pelo SUS, a crianças e adolescentes entre nove a 14 anos. Todavia, Santos et al. (2020) afirmam que grande parte da população desconhece a campanha de vacinação contra o HPV e destacam esse fato como uma realidade preocupante, pois essa vacinação é uma grande aliada contra infecções sexualmente transmissíveis e o câncer de colo de útero.
3.3 DESCOBERTA DO DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
Em julho de 2023, aos 30 anos e um mês, quatro anos após ter aderido ao método contraceptivo por dispositivo intrauterino (DIU), frequentar ginecologistas e se submeter a exames de rotina a cada seis meses, lidando com alguns desconfortos uterinos devido à posição de seu útero por ser retrovertido, Estrela afirma que passou por um sangramento vaginal excessivo e irregular:
Eu tive um sangramento bem grande, sem ser menstruação, praticamente um mês (30 dias) antes de eu receber o diagnóstico do CCU. Isso aconteceu enquanto eu estava viajando.
No que diz respeito ao sintoma relatado por Estrela, sangramento vaginal excessivo e irregular, Sousa et al. (2022) discorrem sobre os primeiros sintomas apresentados por pacientes que receberam o diagnóstico de câncer de colo de útero, e afirmam que o sangramento vaginal anormal é um dos principais sintomas, geralmente, da fase inicial da doença. Bem como mudança nos ciclos menstruais; sangramento entre um e outro período menstrual, sangramento no decorrer da gestação e diagnóstico positivo para o HPV, como sendo sinais e sintomas fundamentais e prognosticadores do desenvolvimento de CCU.
O sangramento vaginal excessivo também é apontado por Mwaka et al. (2020, p. 19) como um dos indícios do CCU, e além deste, sinais como: “dor abdominal inferior intermitente; dor abdominal inferior persistente; corrimento vaginal fétido; sangramento vaginal durante/após o sexo; dor e desconforto durante o sexo”, são sintomas, geralmente, do câncer de colo de útero e face a qualquer um deles, deve-se procurar um ginecologista.
No que tange ao tempo decorrido para buscar avaliação médica, após o referido sintoma e sobre a forma como foi tratada pela ginecologista, Estrela disse:
Eu estava viajando quando ocorreu o sangramento vaginal excessivo. Então, assim que retornei para minha cidade, já tentei um encaixe com a ginecologista e acredito que em menos de 15 dias após essa consulta, recebi o diagnóstico de lesão maligna uterina. Porque quando essa médica percebeu em meus exames que poderia ser algo maligno, entrou em contato com o oncologia, e ela mesma marcou a consulta com ele. A partir de então o início do tratamento foi muito muito rápido.
O relato de Estrela condiz com o texto de Pereira (2024), no sentido que a observação cautelosa pela paciente dos sintomas que podem indicar câncer de colo de útero, bem como a atenção do médico responsável são processos decisivos para o diagnóstico dessa doença. Isso porque, esses cuidados levam a uma investigação imediata, permitindo a antecipação do diagnóstico e, se preciso, a recomendação e efetivação de tratamentos apropriados que garantem maiores chances de remissão do CCU e mais segurança às pacientes por ele diagnosticadas.
Nesta direção, Ferreira et al. (2022) destacam que dentre as principais estratégias de enfrentamento ao câncer de colo de útero, encontra-se a identificação dessa doença em sua fase inicial, uma vez que as chances de sua remissão são maiores quando o tratamento é iniciado nesta fase. Portanto, é indispensável que diante de acontecimentos incomuns envolvendo o sistema reprodutivo, sobretudo, sintomas como os supracitados, mulheres busquem por avaliação médica, se possível, imediatamente ou o quanto antes. Além disso, frequentem o ginecologista e se submetam ao exame citopatológico e outros exames recomendados por este profissional regularmente.
Sequenciando Estrela discorre acerca da conduta do médico oncologista, diante do diagnóstico de câncer de colo de útero, que a acometera:
O médico oncologista diagnosticou uma lesão maligna em meu útero, então me encaminhou para o estadiamento da doença: a biópsia, depois ressonância e tomografia. Ao receber os resultados destes exames, ele me recomendou o primeiro tratamento que seria a histerectomia radical, mas com preservação dos ovários. Também me sugeriu um reposicionamento dos ovários, para preservá-los caso eu precisasse me submeter à radioterapia. Estes tratamentos seriam aqui na minha cidade, Porto Velho.
O estadiamento é um importante agente de avaliação do desenvolvimento de vários tipos de câncer e provê informações para a tomada de decisões clínicas quanto à recomendação de tratamentos. “No câncer de colo do útero, a avaliação do estadiamento é realizada em consonância com a FIGO (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia) que leva em consideração manifestações físicas, exames laboratoriais e exames de imagem para a classificação” (Queiroz et al., 2023, p. 06).
Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica –SBCO (2024) apontam que o estadiamento do câncer de colo de útero consiste em um método que possibilita a identificação do tumor quanto ao tipo, localização e o estágio no qual ele se encontra. Assim propicia características importantes a respeito desta doença, dentre outros aspectos essenciais para a tomada de decisão médica referente ao tratamento das pacientes.
3.3 SENTIMENTOS E EXPERIÊNCIAS FACE AO DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E
REMISSÃO DO CCU
Concernente ao sentimento de Estrela ao receber o diagnóstico de câncer de colo do útero, ela revela:
Quando o oncologista afirmou que era uma lesão maligna, me senti assustada, com medo. Por outro lado, eu me senti bem confiante, tive uma sensação de conforto, pois sabia que não iria morrer. Sabia que seria um tratamento difícil, extenso, mas senti conforto, confiança e paz no coração.
Monteiro (2022), aponta que face ao recebimento do diagnóstico de câncer de colo de útero, mulheres podem ter sentimentos mistos e opostos, dentre eles: espanto, ansiedade, medo e preocupações e, por outro lado, alívio e esperança. Assim, é essencial que médicos e outros profissionais da equipe de saúde, sejam preparados para comunicar este fato da forma mais assertiva possível. Dado que, a partir do diagnóstico, essas mulheres se deparam com diversas mudanças em sua vida. Apesar da importância do preparo de toda a equipe de saúde, cabe ao médico comunicar o diagnóstico, tal como no caso de Estrela.
Após ser orientada sobre as possibilidades dos próximos passos após o diagnóstico, Estrela decidiu realizar todo o seu tratamento contra o CCU, fora da cidade de Porto Velho. Tal como destacado abaixo:
Optei por fazer todo o meu tratamento fora da cidade de Porto Velho, apesar daqui ter o Hospital do Amor que é referência, infelizmente tem uma fila, então tem uma espera. Eu fiz a cirurgia no Rio de Janeiro, com um cirurgião referência no Brasil. Quanto aos tratamentos de quimioterapia e radioterapia, fiz em Brasília, pois me orientaram a fazer a radioterapia em um tipo de máquina específica com tecnologia IMRT (Radioterapia de Intensidade Modulada) que preserva os outros órgãos. Aqui em Porto Velho essa máquina estava quebrada. Então isso também me levou a optar por Brasília. Antes, ouvi relatos de pessoas que fizeram tratamentos oncológicos em máquinas com tecnologia inferior e tiveram muitos efeitos colaterais em outros órgãos, atingidos pela radioterapia, indevidamente.
Estrela passou pela cirurgia voltada a eliminar o câncer de colo de útero, 45 dias após a identificação da lesão maligna.
Fiz a cirurgia de traquelectomia radical, 45 dias após o meu primeiro diagnóstico de CCU. Nesse período anterior a cirurgia me submeti aos exames para o estadiamento da doença, fiz um congelamento de óvulos, já para prevenir, mesmo não sabendo se eu iria ter que fazer radioterapia e a quimioterapia.
Observa-se que Estrela foi submetida ao primeiro tratamento voltado à remissão de sua doença, logo após realizar os procedimentos necessários, bem como o congelamento de óvulos, que envolvia condições pessoais. Nestes 45 dias, ela também pode escolher em qual local realizaria o tratamento.
Considerando o fato de Estrela, residir em Rondônia, Estado Pertencente à Região Norte, apresenta-se os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2022), que analisou a incidência de câncer de colo de útero em todas as regiões e estados brasileiros, nos anos de 2011 a 2021 e revelam que a região Norte foi a mais acometida pela doença no período analisado, bem como que em temporada equivalente a 10 anos, a incidência de câncer no Estado de Rondônia, quase quadruplicou pois no ano de 2011 foram constatados 142 de CCU e no ano de 2021, houve a constatação de 538 casos. Assim, Rondônia ocupa o terceiro lugar quanto à incidência deste câncer.
Especificamente sobre os tratamentos aos quais se submeteu, Estrela narrou:
Me submeti a traquelectomia radical, cirurgia realizada em agosto de 2023, na qual foram retirados o colo do útero, o terço superior da vagina, paramétrios uterinos, fundo do útero e linfonodos. Tudo o que foi retirado foi enviado para a biópsia mais aprofundada em laboratório, onde encontraram células atípicas no linfonodo sentinela. Assim, comecei a quimioterapia e a radioterapia em novembro do mesmo ano, fiz seis sessões de quimioterapia em conjunto com 25 sessões de radioterapia. A quimioterapia uma vez por semana e a radioterapia de segunda a sexta. Na quimioterapia foi utilizada a medicação cisplatina.
O tratamento do CCU tem por finalidade eliminar as células neoplásicas, bem como as massas tumorais relacionadas ao avanço da doença. As estratégias terapêuticas são sugeridas segundo a conduta médica, que leva em conta os graus de dispersão da doença no corpo, de acometimento ao paciente e fatores pessoais, como idade e a vontade em preservar a fertilidade. A partir disso, é organizado um tratamento que pode abranger cirurgias para remover tumores, sessões de radioterapia e sessões de quimioterapia, estas por meio da administração de antineoplásicos, tal como a cisplatina, dentre outros (INCA, 2022).
Outro ponto importante durante o tratamento de Estrela, condiz com o apoio que ela recebeu de seus entes queridos.
Recebi bastante apoio, mas também pedi a eles que não encarasse o meu estado como uma sentença de morte. Então, as pessoas sempre vinham até mim muito positivas, falando coisas boas, então acredito que apesar de apreensivos, meus familiares e amigos, sempre buscaram me tratar dentro da normalidade. Minha mãe e meu marido me acompanharam na cirurgia. Durante os tratamentos de quimioterapia e radioterapia em Brasília, o meu marido e minha cachorrinha se mudaram comigo, para lá. Sempre mantive contato com minha família e minhas amigas diariamente, formamos grupos de WhatsApp. Também recebi apoio no meu trabalho, do qual tirei uma licença para me tratar.
Alves et al. (2022) explicam que tratamentos oncológicos originam desconfortos comprovados em forma de sintomas físicos e psicológicos. Assim sendo, o apoio recebido de cônjuges, familiares e amigos é imprescindível às mulheres que enfrentam o câncer de colo de útero e outros cânceres, e constitui um elemento significativo e positivo para o tratamento.
Como já relatado, Estrela finalizou os tratamentos do câncer de colo de útero em dezembro de 2023. Permaneceu em acompanhamento médico e no mês de março de 2024, foilhe informado que essa doença, encontrava-se em remissão, a assim permanece até os dias atuais. Quanto aos sentimentos face à remissão do CCU, ela verbalizou emocionada:
Senti uma felicidade muito grande, mas contida. Porque apesar de saber que estou em remissão, sempre tenho que fazer exames e toda vez que faço exames, embora eu seja muito positiva, sempre penso e se né…, um alívio completo eu não sei se um dia vai existir, aquele alívio de nossa agora isso acabou para sempre. Mas posso dizer que entendo a remissão como resposta de muitas orações.
Neste sentido, Urtiga et al. (2022) discorrem que cânceres promovem experiências emocionais e físicas que persistem desde a descoberta do nódulo até os desfechos destas doenças. E a espiritualidade propicia força e confiança a pacientes diagnosticados com diferentes neoplasias, para enfrentar circunstâncias difíceis durante a fase de busca pela cura.
Assim, o uso da fé é benéfico e importante neste percurso.
Por fim, Estrela resume toda a experiência referente ao CCU, da seguinte forma:
Como um todo assim, foi muito difícil, só que não é fim da vida, não é um eterno pesadelo, porque a doença tira coisas muito importantes, mas se ela não tirar nossa vida, então ela não tira tudo de nós. É importante colocar o máximo de leveza e facilitar as coisas também para quem convive conosco, porque ocorrem efeitos colaterais durante o tratamento e nosso corpo terá sequelas e efeitos colaterais para sempre, mas se aprendermos a lidar com isso e facilitar as coisas para as pessoas ao nosso redor, é sucesso. E, claro, confiar nos médicos e na medicina que hoje está muito evoluída, até os tratamentos de quimioterapia e radioterapia agora contam com máquinas evoluídas e medicações para amenizar os efeitos colaterais e até as sequelas. Então a medicina evolui cada vez mais e pode ser que daqui a 15 anos, seja ainda mais fácil tratar o câncer.
Tem-se assim importantes reflexões de uma jovem mulher que vivenciou diferentes etapas do câncer de colo de útero, doença que atualmente está em remissão. O relato de Estrela, pode inspirar mulheres diagnosticadas com esta doença, em diversos aspectos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo relata fatos importantes da vida de uma mulher, diagnosticada aos 30 anos com câncer de colo de útero, que a partir de então congelou seus óvulos e se submeteu a cirurgia de traquelectomia radical, à radioterapia e à quimioterapia. E oito meses após o diagnóstico de CCU, recebeu a notícia da remissão desta doença.
Assim, foram apresentados dados sobre a adolescência da participante pertinentes ao tema, para complementá-lo, dentre eles, o fato dela não ter sido vacinada contra o papilomavírus humano (HPV), agente principal do câncer de colo de útero. Ter iniciado as atividades sexuais aos 15 anos, utilizando métodos contraceptivos como pílulas e preservativos e frequentado o ginecologista pela primeira vez, com a mesma idade, mas em razão de sua menstruação irregular. Além disso, as principais informações que recebeu na escola e na família, sobre atividades sexuais foram focadas na prevenção da gravidez. Ou seja, as informações sobre a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis foram mínimas. Na fase adulta, quatro anos antes de descobrir o CCU, Estrela se precavia contra a gravidez por meio de um Dispositivo Intrauterino (DIU) e frequentava o ginecologista a cada seis meses. O sintoma que a levou a buscar avaliação médica e ao diagnóstico de câncer de colo de útero, foi um sangramento intenso, fora de seu período menstrual. Teve acesso a excelentes atendimentos médicos, com condutas apropriadas para sua condição, em estabelecimentos de saúde privados.
Relata ainda sentimentos ao receber o diagnóstico e demais aspectos envolvendo o tratamento do CCU, tais como o suporte recebido de sua rede de apoio formada por seu esposo, familiares e amigos. Por fim, deixa uma reflexão para mulheres diagnosticadas com câncer de colo de útero.
Portanto, este relato de caso proporcionou discussões como a descoberta do câncer de colo de útero, marcada por condutas médicas assertivas e decisões acertadas da participante, as quais a levaram a tratamentos propícios à sua condição, sobretudo em termos de tecnologias e segurança, de forma que esses tratamentos apresentaram desfechos promissores. Discutiu-se, além disso, sobre os principais fatores de risco ao desenvolvimento do CCU, seus sintomas e formas de prevenção a este câncer. Assim, acredita-se que este estudo possa inspirar mulheres a se prevenirem contra essa enfermidade, também a procurarem atendimento médico imediatamente diante de sintomas que podem indicá-la. Sendo igualmente relevantes ações adequadas para o diagnóstico e o tratamento deste câncer, dado que essas e as demais ações que o envolvem, sendo apresentadas neste artigo, são fundamentais para preveni-lo, diagnosticá-lo e tratá-lo, bem como para sua remissão.
REFERÊNCIAS
ALVES, Clara Geane Vieira et al. Relações sociais de mulheres com câncer do colo do útero em tratamento quimioterápico. Research, Society and Development, v. 9, n. 10, p.e8109109206-e8109109206, 2020. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9206. Acesso em: 21 out. 2024.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Tradução: Luís Antero Reto; Augusto Pinheiro. São Paulo(SP): Edições 70, 2016, p. 147-158.
BRASIL. Ministério da Saúde /Conselho Nacional de Saúde. RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html. Acesso em: 14 mai. 2024.
BRASIL. Ministério da Saúde. Dose única da vacina contra HPV pode ser saída para aumentar a cobertura vacinal. 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt- br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hpv. Acesso em: 19 set. 2024.
BRITO, WTSB et al. A relevância da educação sexual no contexto familiar, escolar e da estratégia saúde da família. International Journal of Development Research, v. 10, n. 06, p.36742-36746. Disponível em: https://uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/repositorio/20240502140940.pdf. Acesso em: 19 set. 2024.
BUENO, Deolinda Márcia Pompeu; CUNHA, Inara Pereira da; MENEGHIM, Marcelo de Castro. Adesão ao protocolo de prevenção do câncer de colo do útero: estudo caso controle.
SANARE – Revista de Políticas Públicas, [S. l.], v. 22, n. 1, 2023. DOI: 10.36925/sanare.v22i1.1635. Disponível em: https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/1635. Acesso em: 08 mai. 2024.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Prévia da população calculada com base nos resultados do Censo Demográfico 2022 até 25 de dezembro de 2022. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/22827-censo-2020-censo4.html?= & t=resultados. Acesso em: 14 mai. 2024.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA). Câncer. Tipos de câncer. Câncer de colo de útero. Rio de Janeiro: INCA, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt- br/assuntos/cancer/tipos/colo-do-utero. Acesso em 04 mai. 2024.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA). Dados e números sobre o câncer de colo de útero. Rio de Janeiro. INCA, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-docancer-do-colo-do-utero/dados-e-numeros/incidencia. Acesso em 21 out. 2024.
FERREIRA, Hellen Lívia Oliveira Catunda et al. Efeito de intervenção educativa para adesão de adolescentes escolares à vacina contra o papilomavírus humano. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 56, p. e20220082, 2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/GmhwHYntkpcM3DZTpwk8GhD/?lang=pt. Acesso em: 19 set. 2024.
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo, Editora: Atlas; 4. ed., 176 p. 2002.
MIRANDA, Jean Carlos; CAMPOS, Isabel do Couto. Educação sexual nas escolas: uma necessidade urgente. Boletim de Conjuntura (BOCA), v. 12, n. 34, p. 108-126, 2022. Disponível em: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/732. Acesso em: 19 set. 2024.
MWAKA, Amos Deogratius et al. Symptom appraisal, help-seeking and perceived barriers to healthcare seeking in Uganda: an exploratory study among women with potential symptoms of breast and cervical cancer. BMJ open, v. 11, n. 2, p. e041365, 2021. Disponível em: https://bmjopen.bmj.com/content/11/2/e041365. Acesso em: 18 out. 2024.
MONTEIRO, Gabriella Gomes. Câncer de colo de útero: estratégias de intervenção psicológica do diagnóstico à escolha inicial do tratamento. 2022. Monografia (Bacharelado de Psicologia) – Centro Universitário UNDB, São Luiz, MA, 2022. Disponível em: http://repositorio.undb.edu.br/handle/areas/889 Acesso em 21 out. 2024.
PAIVA, Lívia de Souza; SOUZA, Patricia Campos; REZENDE, Gabriel de Oliveira. A evolução da análise citopatológica citologia em meio líquido em Manaus. Revista Contemporânea, v. 3, n. 11, p. 20548-20568, 2023. Disponível em: https://ojs.revistacon temporanea.com/ojs/index.php/home/article/view/2137. Acesso em: 08 mai. 2024.
PEREIRA, Millena Caetano. Caminhos para a eliminação do câncer do colo do útero no Brasil. Trabalho de Conclusão de Curso (Habilitação em Citopatologia) Rio de Janeiro. Disponível em: https://ninho.inca.gov.br/jspui/handle/123456789/15561. Acesso em: 18 out. 2024.
PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. Edição n. 8. Rio de Janeiro – RJ: Guanabara Koogan 2019.
QUEIROZ, Antônio et al. Frequência, tratamento e estadiamento dos casos de câncer de colo do útero na região norte do Brasil entre os anos de 2017 a 2021. Research, Society and Development, v. 12, n. 6, p. e11112642138-e11112642138, 2023. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/42138. Acesso em: 18 out. 2024.
ROBBINS. Patologia básica. Edição n. 10. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.
SANTOS, Maria Aparecida Paulo dos, et al. Desconhecimento sobre a campanha de vacinação contra o HPV entre estudantes brasileiros: uma análise multinível. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26, n. 12, p. 6223-6234, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/6hhtJ3bwt6yfDzzjQf4Rkbs/?lang=pt. Acesso em: 19 set, 2024.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA ONCOLÓGICA (SBCO). Conheça os tipos e o estadiamento do câncer de colo de útero. Atualizado em 11 jan. 2024. disponível em: https://sbco.org.br/entenda-o-estadiamento-do-cancer-de-colo-de-utero/. Acesso em: 18 out. 2024.
SOUSA, Maria Loislene et al. Câncer de colo do útero: sinais e sintomas na Atenção Primária à Saúde. Research, Society and Development, v. 11, n. 13, p. e 591111335891, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i13.35891. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/35891. Acesso em: 19 set, 2024.
URTIGA, Lívia Maria Pordeus Coura et al. Espiritualidade e religiosidade: influência na terapêutica e bem-estar no câncer. Revista Bioética, v. 30, n. 4, p. 883-891, 2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/bioet/a/QTnYwfsw5vDSBLkxxLn5d3K/. Acesso em: 18 out. 2024.
1Acadêmica do Curso de Medicina da União de Ensino Superior da Amazônia Ocidental – UNNESA.
2Acadêmica do Curso de Medicina da União de Ensino Superior da Amazônia Ocidental – UNNESA.
3Docente no Curso de Medicina da União de Ensino Superior da Amazônia Ocidental – UNNESA.