CÂNCER BUCAL:  A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE E PREVENÇÃO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8015452


Cleizy Hemelle Trindade de Souza
Fernanda Magna Parente de Sousa
Sabrinny Lidhanny da C. Rocha
Orientadora: Prof.ª MSc. Jessica Barroso Barbosa


RESUMO

O presente estudo visa apresentar informações científicas que demonstram que a prevenção e promoção são os meios mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer bucal que é uma doença maligna considerada a sexta mais comum no mundo. Quando descoberto tardiamente pode trazer comprometimento para o tratamento e qualidade de vida do paciente, se desenvolve a partir do epitélio oral e a sua etiologia é comumente ligada a exposição excessiva aos fatores de risco, dentre elas se destacam o tabagismo e etilismo, sua predileção são principalmente pessoas do sexo masculino. Apesar de sua gravidade, o seu índice de sobrevida é maior quando comparado a outros tipos do câncer em seu estágio inicial. Os estudos demonstram ainda que grande parte dos pacientes são diagnosticados tardiamente prejudicando o seu tratamento e bem-estar, bem como a deficiência na capacitação dos cirurgiões dentistas durante a formação acadêmica resulta em diagnósticos tardios, desencadeando sequelas e até óbitos. Portanto, essas informações demonstram a importância da capacitação do profissional para o diagnóstico precoce da lesão e a conscientização da população sobre a importância da adoção de hábitos saudáveis, autoexame e consultas periódicas com o cirurgião dentista para prevenção e tratamento adequado do câncer bucal.

Palavras-chave: Câncer bucal; fatores de risco; adoção de hábitos saudáveis.

ABSTRACT

The present study aims to present scientific information that demonstrates that prevention and promotion are the most effective means for the early diagnosis of oral cancer, which is a malignant disease considered the sixth most common in the world. When discovered late, it can compromise the treatment and quality of life of the patient, it develops from the oral epithelium and its etiology is commonly linked to excessive exposure to risk factors, among which smoking and alcoholism stand out, its predilection are mostly male people. Despite its severity, its survival rate is higher when compared to other types of cancer in its early stage. Studies also show that most patients are diagnosed late, impairing their treatment and well-being, as well as the deficiency in the training of dentists during academic training, resulting in late diagnoses, triggering sequelae and even death. Therefore, this information demonstrates the importance of professional training for the early diagnosis of the lesion and the population’s awareness of the importance of adopting healthy habits, self-examination and periodic consultations with the dental surgeon for the prevention and adequate treatment of oral cancer.

1 INTRODUÇÃO

O câncer bucal é uma patologia que acomete a região de cabeça e pescoço que quando não tratado em seu estágio inicial, pode avançar o seu desenvolvimento trazendo comprometimento para o processo terapêutico e bem-estar de vida do paciente, sendo caracterizada como uma neoplasia maligna (RAWASHDEH, MATALKA, 2019).

A neoplasia se inicia no epitélio oral, que é um epitélio escamocelular, a nível da camada basal, à medida que evolui através da multiplicação celular desordenada, invade o tecido conjuntivo subjacente, que a partir daí se torna um carcinoma invasor (DOMINGOS, PASSALACQUA e OLIVEIRA, 2014). 

Os fatores ocasionais do câncer bucal são comumente a exposição intensa aos condições de risco como tabagismo, onde o tabaco possui potencial de incitar a propagação epitelial, alteração do processo de maturação e diminuição da reparação do DNA que são fatores contribuintes para maior incidência de neoplasias malignas, e o tabaco associado ao etilismo aumenta a possibilidade evolução de lesões com potencial de malignidade evoluir, tendo predileção em pessoas do sexo masculino,  sendo o carcinoma espinocelular a neoplasia epitelial responsável por cerca de 90% dos casos. O câncer da cavidade oral bucal representa cerca de 3% de todos as ocorrências os casos de neoplasias em todo o mundo no mundo. Muitos elementos colaboram para os poucos registros de diagnóstico prematuro das neoplasias bucais, tais como, pacientes assintomáticos, localização imprecisa das lesões, poucos encaminhamentos para diagnóstico com exames complementares (FURTADO et al, 2019).

A deficiência da capacitação de cirurgiões dentistas durante a formação acadêmica resulta na falha do diagnóstico precoce. Essa carência profissional surge durante a elaboração da ficha de anamnese do paciente, quando por exemplo, o profissional não especifica lesões iniciais ou potencialmente malignas, fazendo com que os diagnósticos sejam tardios aumentando os níveis de sequelas, podendo desencadear mutilações durante o tratamento e até óbitos. É necessário maior capacitação do cirurgião dentista no diagnóstico precoce da lesão, assim como a conscientização da sociedade referente a relevância da adoção de práticas saudáveis, realizar autoexame e consultas periódicas com o cirurgião dentista, possibilitando desta forma maior probabilidade de cura, ou diminuir maiores impactos e danos ao paciente quando diagnosticado com câncer bucal. Atualmente, apesar da gravidade do câncer bucal, esta patologia ainda é pouco abordada dentre a população (AMORIM; SOUZA; ALVEZ, 2019).

Diante do exposto, esta revisão bibliográfica visa apresentar os estudos que evidenciam a necessidade de melhorar o conhecimento dos profissionais de saúde para o diagnóstico do câncer da cavidade oral, assim como o uso dos meios existentes de prevenção. Neste mesmo contexto, apresentar aos profissionais nas múltiplas categorias de saúde, especificamente que cuidam da cavidade oral sobre a importância do conhecimento e qualificação no que se refere distinguir uma lesão com potencial de malignidade dos outros tipos de lesões de forma precoce.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL 

Realizar uma revisão bibliográfica sobre a respeito da prevenção e diagnóstico do Câncer Bucal.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

Trata-se de um estudo bibliográfico sobre os principais métodos de prevenção e diagnóstico prévio do câncer da cavidade oral e sua relevância importância no prognóstico dos pacientes. Analisando estudos existentes e visando realizar o levantamento da etiologia da doença na população.

METODOLOGIA 

Este trabalho foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica, através do levantamento de dados bibliográficos nas bases cientificas PubMed e Scielo entre os anos de 2004 a 2021 o   espaço de tempo se deu para evidenciar os avanços nos casos de câncer de boca na população. . 

Os procedimentos relacionados às buscas nas bases de dados respeitaram  as  seguintes etapas: a) Primeira etapa- identificação de descritores controlados  e não controlados, considerando os termos citados na literatura: câncer bucal; diagnóstico precoce do câncer bucal; prevenção do câncer bucal. A combinação dos termos entre si foi utilizada como estratégia de  busca  nas  bases  de dados,  sendo  todos abordados pela mesma metodologia, nas línguas português e inglês. b) Segunda etapa- realização do refinamento da pesquisa, com a finalidade   de   tornar   a   busca   mais   específica e voltada ao objetivo deste estudo. c)  Terceira etapa- procedemos à busca avançada pelos estudos que envolviam  a análise do conteúdo de  cada  estudo  encontrado,  incluindo  os estudos    pertinentes ao tema principal desta pesquisa. Foram identificados 40 trabalhos científicos, sendo excluídas as produções científicas não relacionadas com o escopo do presente estudo e as produções duplicadas, finalizando com 30 artigos que atenderam os objetivos propostos. 

Para análise e síntese do material observaram-se os seguintes procedimentos: a) leitura informativa ou exploratória, que constituiu na leitura do material para saber do que tratavam os artigos; b) leitura seletiva, que se preocupou com a descrição e seleção do material quanto à sua relevância para o estudo, excluindo-se os artigos que não eram pertinentes ao tema de interesse; c) leitura crítica ou reflexiva que buscou as definições conceituais sobre câncer bucal, epidemiologia, etiologia, sintomas e diagnóstico precoce. Quanto às intervenções da odontologia foram consideradas aquelas que são preventivas.

O presente trabalho não necessitou ser submetido ao comitê de ética em pesquisa, já que se trata de uma pesquisa de levantamento de dados bibliográficos, não envolvendo contato direto e/ou indireto com seres humanos. 

3 REVISÂO DE LITERATURA

3.1 CANCER BUCAL: CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E ASPECTOS EPIDEMIOLOGICOS 

Câncer, é uma designação utilizada para dar nome as doenças onde ocorrem o crescimento celular desordenado que invadem epiderme e órgãos, aumentando a possibilidade de espalhar-se para outros tecidos e demais regiões do corpo, chamado assim, de metástase. A maior incidência de tumores malignos de cabeça e pescoço acometem regiões da boca, faringe, laringe e/ou glândulas, podendo assim prejudicar diversas funções em questão a sua localização (OLIVEIRA et al, 2016).

Entre os múltiplos tipos de neoplasias, os de cabeça e pescoço integram uma vasta diversidade de tumores malignos, cada qual com diferente epidemiologia, memoria natural, terapia e prognóstico, simbolizam aproximadamente 3% de todos os distintos cânceres no planeta (INCA, 2011).

O câncer da cavidade oral, está entre os dez tipos de câncer mais prevalentes no mundo, sendo assim, associado à altas taxas de mortalidade, consequentemente representando um problema de saúde pública mundial, apresenta-se como o mais frequente em homens acima de 40 anos de idade. Por ser uma etiologia multifatorial, os seus principais fatores de riscos se concentram no tabagismo associado ao consumo excessivo de álcool. (FERLAY et al., 2018).

Segundo os autores WARNAKULASURIYA S, KERR AR., (2021), o câncer oral é a sexta neoplasia maligna mais recorrente globalmente, e 300 mil pacientes (2,1% do total de casos de CA) foram acometidos por câncer de boca e lábio em 2012. O câncer bucal tem como características lesões potencialmente agressivas com rápido desenvolvimento quando não tratado inicialmente, podendo comprometer região anatômicas da mandíbula e maxila.

Mais de 90% dos casos de câncer de cabeça e pescoço, são ocasionados por carcinomas espinocelulares. Tratando-se de uma doença multifatorial, por ser resultante de fatores ambientais/riscos e herança genética, frequentemente, surgem na cavidade oral, orofaringe, hipofaringe ou laringe. O tabagismo e etilismo são importantes fatores de riscos para o desenvolvimento e agravamento da doença. (GALBIATTI  et al., 2013).

Cerca de 80% das neoplasias são causadas por influências ambientais, principalmente quando está envolvido o estilo de vida, quando o assunto é o câncer de cabeça e pescoço, não difere. As neoplasias dessa determinada região são multifatoriais, entre os quais se destacam: hábitos nocivos, predisposição e suscetibilidade genética, nutrição e ocupação profissional. No entanto, foi revelado que o sarcoma foi a segunda mais comum dentre os tipos de tumores e o câncer oral mais comum em estudos anteriores (RAWASHDEH MA, MATALKA I., 2008).

Beaudet et al., (1993) dissertaram que qualquer modificação anormal na sequência de nucleotídeos é de forma geral uma mutação, possibilitando ou não causar alterações fenotípicas nos indivíduos que são afetados, porém não representam uma doença, podendo ser herdada dos pais (mutação germinativa) ou adquirida e manifestada ao longo da vida do indivíduo (mutação somática ou multifatorial).

As lesões que se destacam podendo evoluir para o surgimento do câncer da cavidade oral, sendo um sinal de alerta para futura malignidade é a leucoplasia, eritoplasia, quelite actínica e linquen plano. A leucoplasia possui como definição pela Organização Mundial da Saúde (OMS,1978) sendo uma placa branca, irregular, resistente a simples raspagem, não sendo equivalente clínica e histologicamente como nenhuma outra patologia. Os fatores que propiciam o surgimento da leucoplasia é o tabagismo em conjunto com o álcool, trauma na mucosa devido a próteses mal ajustadas, dentes em posicionamentos incorretos e microorganismos por má higiene bucal, porém, dentre esses o tabagismo ainda é o principal fator de surgimento da lesão, em alguns casos podendo regredir ou até mesmo ser eliminado com a suspensão do uso de tabaco. A maior incidência da leucoplasia são em pessoas do sexo masculino no período da quarta a sétima década de vida. Pode ocorrer o surgimento de lesões brancas em pessoas que não fazem uso de tabaco e nem possuem evidências de traumas e podem ter rápida evolução (ABATI et al., 2020).

De acordo com Abati et al., (2020) a leucoplasia é um aspecto clínico de uma lesão e pode apresentar-se com diferentes características, sendo elas, por surgimento de mancha ou placa branca, sendo única, múltipla e de variados tamanhos. Sua classificação é dividida em leucoplasia homogênia e não homogênia. A comumente encontrada é a leucoplasia homogênia, dada como a que possui menor risco de evolução para malignidade; tem aspecto plano, esbranquiçado, com divisões superficiais ou lisas, as bordas podem ser delimitadas ou não, e pouco evidente ao exame visual. Podem regredir ou ser eliminados fazendo a interrupção do motivo causal da lesão.

Estima-se que a leucoplasia pode evoluir para um quadro mais a agressivo devido ao tempo que está exposto a traumas e por idade avançada. O tipo clínico não homogêneo possui características variáveis, como coloração mesclada entre branco e vermelho, mas sempre com maior potencial esbranquiçado, com bordas irregulares, nodular com pequenas elevações circulares de coloração branca ou vermelha, possuindo aparência verrugosa, com probabilidade, comumente, elevado para evolução de lesões malignas. Na maioria dos casos, ela não possui sintomatologia, sendo descoberta através de atendimento de rotina pelo profissional. Podendo ter a sua origem em qualquer local da cavidade oral, e nos casos onde surge em região de assoalho bucal ou borda da língua precisa-se que fique em estado de alerta pois essas regiões é onde mais acomete o câncer de cavidade oral. Alguns estímulos irritativos podem causar lesões brancas que cessam quando eliminados, devendo ser excluídos de lesões com potencial de malignidade, por isso a importância do diagnostico diferencial (WARNAKULASURIYA, 2018).

Vale destacar também que a eritoplasia é uma condição clínica que se apresenta como mancha ou placa de coloração vermelha brilhante, frequentemente surge com bordas definidas, porém, irregulares, sua superfície é aveludada, sem sintomatologia na maioria dos casos, não possui manifestações inflamatórias, o que a diferencia de qualquer outra lesão patológica. O surgimento dessa lesão não é tão comum, comparada com as leucoplasias e é considerada a que possui maior gravidade, sendo uma das principais lesões com potencial de evolução para malignidade, pois tem grande probabilidade de ser displásica ou já possuir um carcinoma in situ. Pode acometer vários sítios anatômicos e dentre as regiões com de maior índice de acometimento da lesão é em palato mole, borda da língua, soalho bucal (SPEIGHT et al., 2017).

A respeito da queilite actínica é um dano anormal lesão inflamatório crônico com grande potencial de evolução para carcinoma, é dada como resultado da exposição abundante e constante ao aos raios solares, sua localização típica é em lábio inferior, pessoas com pele clara correm maior risco de surgimento da lesão, assim como em pessoas de maior idade, com predisposição a pessoas do sexo masculino. As características clínicas da lesão são vastas, podendo apresentar machas brancas ou vermelhas juntamente com crostas, fissuras, erosões, ressecamento e durante o percurso de tempo apresentar úlceras, perda de epitélio e sensação de lixa a palpação. O tabaco possui também o poder de impulsionar a evolução da queilite actínica para o câncer, assim como o alcoolismo e má higiene oral. Na maioria dos casos, não há sintomatologia, porém quando o paciente se queixa, é relatado ardência, rachaduras nos lábios e dificuldade na movimentação do lábio. A sua evolução ocorre durante o passar dos anos, com taxa de evolução de 10 a 30%, seu diagnóstico precoce ajuda a prevenir o desenvolvimento para um câncer invasivo, portanto pacientes que trabalham ou possuem o hábito de se expor ao sol sem uso de protetores labiais tem maior risco de adquirem a lesão (VASILOVICI et al., 2022).

Com relação ao líquen plano oral, ainda há muitos debates em relação ao seu potencial de evolução para carcinoma. Estudos citam que pacientes que possuem as lesões tem maior predisposição para a evolução de um carcinoma, comparado com as têm a cavidade oral clinicamente normal. Apesar de baixo, o número de lesões que progrediram para malignidade, se faz necessário saber detectar e reconhecer suas características, apesar de amplamente variada. O líquen plano de condição inflamatória crônica, tendo sua etiologia ligada a alterações imunológicas, acometendo pessoas de meia idade em geral. Com distribuição em formato de rede bilateral na mucosa bucal, de coloração branca com formato de ranhuras queratóticas, acometendo também região de borda de língua, podendo ser confundida com as leucoplasias, comumente são assintomáticas. Em alguns casos podendo manifestar-se em região cutânea (SPEIGHT et al., 2017).

3.2 CÂNCER BUCAL E SUA CORRELAÇÃO COM TABAGISMO E ALCOOLISMO

O câncer bucal se trata de uma etiologia multifatorial, a qual está ligeiramente condicionada ao crescimento inadequado de células malignas no organismo, levando ao comprometimento da saúde de um indivíduo. O tabagismo e o alcoolismo são os grandes fatores de riscos determinantes para o desenvolvimento da doença, os quais podem ser evitados (GIGLIOTTI et al., 2008). Tais hábitos comumente em nossa sociedade, trazidos anos após anos, e que acometem uma grande parcela da população, e assim comprometendo a saúde de milhares de pessoas.

O tabagismo é um vício o qual acomete milhões de pessoas no mundo, o uso do mesmo desencadeia muitos problemas, como: infecções respiratórias, úlceras gastrointestinais, osteoporose e também compromete a cavidade oral, levando a grandes quadros de periodontite agressiva, halitose, machas em língua e mucosa, que se não tratadas podem se desenvolver e evoluir para um carcinoma (CARRARD et al., 2008).

Estudos apontam que o tabagismo é uma dos maiores fontes de risco para o câncer oral, pois o tabaco apresenta em sua composição substâncias extremamente cancerígenas, contendo mais de 70 agentes canceláveis, podendo citar: nitrosamiase e hidrocarboneto policíclico, como o benzopireno. Ao entrar em contato com a mucosa, a agressão térmica implica na absorção pelo corpo, ocasionando alterações celulares. A absorção dessas substâncias e desorganização celular favorecem o aparecimento das primeiras lesões na cavidade oral, seguida de pequenas lesões em região de mucosa, língua, e principalmente em lábio. (SCHMIDT et al., 2004).

A associação do cigarro com o álcool leva por sua vez a uma maior dissolução das substâncias presentes no cigarro, deixando em alta concentração no corpo humano. Contudo o etilismo como fator determinante ainda é pouco observado como principal causa de carcinoma bucal, ainda assim, associado ao tabagismo, se torna uma das formas etiológicas mais comum (GORSKY et al., 2004).

De acordo com o que foi citado, o etilismo aliado ao tabagismo acaba sendo um agravante ainda maior para o câncer bucal. Todavia mesmo álcool sendo considerado uma droga ilícita, seu uso é considerado um dos grandes problemas de saúde pública, levando o indivíduo a danos psíquicos somáticos (GIGLIOTTI et al, 2008).  

 No Brasil o tabagismo representa uma das principais causas de morte evitáveis, sua estimativa é que seja responsável por 30% provocadas por câncer. A decorrência dos elevados dado se dar por meio da população fazer o uso do cigarro a partir da segunda década de vida, e assim suscetivelmente até a 3ª idade (IBGE, 2008).   

4. MEDIDAS PREVENTIVAS PARA O CÂNCER BUCAL

O câncer bucal por ser uma doença assintomática em seu estágio inicial a sua detecção se torta dificultosa, porém, quando diagnosticado precocemente a taxa de sobrevida do paciente é de em média 80 a 90%. Em contrapartida, quando detectado tardiamente aumenta as chances de mortalidade, por essa razão se torna de suma importância os meios de prevenção e diagnóstico precoce para redução de mortes e controle da doença. No que diz respeito, as medidas preventivas elas podem ser divididas em três grupos sendo elas, primária, secundária e terciária (D´SOUZA; ADDEPALLI, 2018).

A medida preventiva primária visa a conscientização do público em relação aos efeitos maléficos da doença, fatores de risco que propiciam o surgimento do câncer bucal e incentivo para o abandono de hábitos nocivos. Na secundária visa a importância da detecção precoce das lesões com potencial de malignidade através de técnicas de rastreamento. Já nas medidas preventivas terciárias, evitam a metástase do câncer bucal em pacientes que já foram diagnósticas e passaram pelo tratamento (D´SOUZA; ADDEPALLI, 2018).

4.1 MEDIDAS PREVENTIVAS PRIMÁRIAS 

O câncer bucal antes de se tornar uma neoplasia propriamente dita ele causa alterações visíveis na mucosa oral e que poderiam ser identificadas precocemente pelo próprio individuo através do autoexame bucal acionando um sinal de alerta. Contudo, ainda é baixo o nível de conscientização da população no que diz respeito a prevenção do câncer bucal, reconhecimento das lesões com potencial de malignidade e a maneira correta de realizar o autoexame, sendo evidente esse déficit especialmente em pessoas de baixa renda (SINGH, et al.,2017).

Desse modo Jornet et al (2015) acreditam que programas educacionais de conscientização sobre os fatores de risco do câncer bucal, juntamente com instruções verbais e demonstrativos de como realizar o autoexame bucal contribuiria para o diagnóstico precoce de lesões e consequentemente diminuiria a morbilidade e mortalidade pela doença, tendo em vista que o exame é de fácil execução, não é agressivo e de baixo pequeno custo. Desse modo o paciente deve ser instruído a realizar o autoexame pela manhã após a escovação dos dentes, em um local com boa iluminação e em frente ao espelho observando se possui alguma anormalidade na cavidade oral, posteriormente, fechar a boca e com o auxílio dos dedos puxar os lábios superiores e inferiores cuidadosamente, inspecionando se há feridas indolores que persistem por mais de 15 dias, machas brancas ou avermelhadas e nódulos. O paciente deve ser instruindo a enrolar a ponta da língua para todos os lados e observar toda a extensão dela, visualizando bochechas, gengivas, soalho bucal e palato.

Entre as medidas preventivas primárias, estudos relatam sobre a influência da alimentação no surgimento do câncer bucal, pois dietas com teor alto de calorias propiciam a inflamação e aumentam a probabilidade do surgimento da doença em algumas partes do corpo, o que inclui o câncer de cabeça e pescoço. Dentre os fatores que induzem a inflamação é descrito também a alta ingestão de ferro, pois o ferro participa de funções celulares fundamentais do corpo, como o metabolismo, o aumento e proliferação celular, podendo levar a produção de compostos nitrogenados e catalisação da formação de radicais livres que causam injurias celulares. Além do ferro, alimentos fritos são associados diretamente a vários tipos de câncer, assim como dietas com grande potencial glicêmico, como refrigerantes e sobremesas que tem o poder de aumentar o índice glicêmico no sangue que eleva os níveis plasmáticos de insulina que é um hormônio que possui ligação com a proliferação tumoral. Essa relação se mostra mais evidente em pessoas com sobrepeso (MOLINERO et al., 2021).

Em contrapartida, há evidências cientificas que comprovam a eficácia da dieta rica em frutas e vegetais na prevenção contra o câncer bucal, a explicação se dá pelos antioxidantes que diminuem as espécies que são reativas de oxigênio, acredita-se que alguns compostos que estão presentes em vegetais tenham propriedade antitumorais. Por esse fator, se faz necessário a inclusão de hábitos saudáveis durante a alimentação, inserindo sempre o consumo de frutas, verduras e cereais que são a maior fonte de vitaminas e vibras. Micronutrientes com ingestão ideal diária também devem ser adotadas como a vitamina C que é encontrada em frutas cítricas e vitamina E que ajuda a eliminar radicais livres da membrana celular (KUSTNER; SOARES e SUAREZ, 2019).

Dentre os fatores ambientes que influenciam o surgimento do câncer a exposição excessiva ao sol ocupa 93% dos canceres de pele e mais da metade do câncer de lábio, onde a maior incidência é observada em países em desenvolvimento e trabalhadores rurais que estiveram expostos por mais de dez anos. Por essa condição é recomendado o uso de vestimentas adequadas durante o período de exposição solar, o uso criterioso de filtros solares, em alguns casos a reformulação de jornadas de trabalho seria viável, programas de promoção em saúde para a conscientização da população sobre a doença e como preveni-la, sendo constatado através de estudados a eficácia dos meios de prevenção se os cuidados fossem seguidos de forma criteriosa poderiam prevenir até metade dos canceres e salvar em média 450 pessoas (GALLAGHER; BAJDIK e BORUGIAN, 2010).

O papiloma vírus humano (HPV) especialmente os tipos 16 e 18 que possuem alto risco oncológico, sendo responsáveis pela etiologia do câncer de colo de útero e tumores anais, são associados também através de estudos epidemiológicos um fator de risco para o surgimento do câncer da cavidade oral. As mudanças nas condutas sexuais é um fator que estaria colaborando para o aumento do número de jovens que estão sendo acometidos pela doença e que não são etilistas e nem tabagistas, desse modo, certas práticas sexuais como o sexo oral favorece a chegada do vírus a cavidade oral, podendo evoluir para o surgimento de neoplasias (MARTÍN-HERNÁN, et al., 2013).

Diante de várias evidências da relação do HPV com câncer da cavidade oral, é necessária a utilização de meios de prevenção existentes para evitar a infeção pelo vírus. Tanto homens como mulheres podem ser portadores assintomáticos o que aumenta o risco da transmissão durante relações sexuais sem proteção. A vacina contra o HPV é o primeiro meio para prevenir o desenvolvimento do câncer através do vírus, onde os HPVs tipo 16 e 18 são os principais alvos e vem demostrando grande eficácia através de estudos epidemiológicos. As vacinas disponíveis são a bivalente e tetravalente destinadas a pessoas com idade de 9 a 26 anos, para que tenha sucesso na proteção é indicado a sua aplicação antes da primeira relação sexual, onde o indivíduo não tenha tido contato com o vírus. Nesse sentindo a educação das crianças e adolescentes com relação aos fatores de risco que favorecem o surgimento do câncer bucal se faz necessária, bem como informar sobre os malefícios do sexo oral desprotegido, a importância da utilização de preservativo, não se limitando apenas ao consumo de tabaco e álcool (JIANG; DONG, 2017).

4.2 MEDIDAS PREVENTIVAS SECUNDÁRIAS

A prevenção secundária se dá a partir do momento em que o cirurgião dentista assume uma responsabilidade pelo diagnóstico correto, possuindo uma base de conhecimentos para resolução da problemática e procura da queixa do paciente, podendo assim analisar clinicamente intra e extra-oral, realizando exames complementares como histopatológicos, biópsias, histoquímicos dentre outros (J BRAS PATOL MED LAB., 2021).

É o dever dos cirurgiões -dentistas, prestar serviços de atenção básica, realizando a mesma em saúde bucal (promoção e prevenção da saúde bucal, evitando agravos, diagnósticos, tratamento, acompanhamento, reabilitação e manutenção da saúde bucal) tanto individual quanto coletivo.  Sendo assim, então, organizar estratégias, como acompanhamento de grupos expostos frequentemente aos fatores de risco, visando detecção precoce de lesões e posterior encaminhamento dos pacientes para confirmação diagnóstica (LIMA;O’DWYER.,2020).

A expansão do diagnóstico do câncer bucal deve ser discutida e é um estímulo para que os profissionais da atenção básica também estejam aptos para realização de biópsias. Entretanto, é comumente visto na prática, que os cirurgiões-dentistas, além de sobrecargas com outras demandas da rotina de trabalho, não se sentem habilitados para realização desse procedimento, sendo necessário um investimento próprio em educação permanente para capacitação e em materiais e instrumentais necessários (TORRES;OLIVEIRA.,2012).

2.3 Medidas preventivas terciarias

O estilo de vida dos seres humanos diz muito a respeito da sua saúde, hábitos e rotinas estão particularmente ligado a diversos fatores que desencadeiam uma vida mais saudável, ou totalmente complicada e comprometida. Sabe-se que todos os anos estudos e pesquisas são realizados buscando evidenciar os principais fatores de risco para a saúde, e assim estabelecer uma abordagem para tratar e prevenir problemas e complicações futuras na vida de milhares de pessoas. Em meio a sociedade pode ser notório o fato do sedentarismo ser um dos maiores fatores de risco para complicações e agravantes em relação a doenças já adquiridas ou crônicas, uma vez que se torna presente na vida do paciente, acaba trazer pra si outros problemas, pois geralmente está vinculado a má alimentação, consumo de álcool, tabagismo, e a falta de exercícios físicos, o que na sua maioria pode agravar ainda mais o quadro de um paciente que tem algum tipo de doença. O sedentarismo em pessoas normosistêmicas já é de grande relevância pois leva a altos índices de colesterol, diabetes, hipertensão, mau condicionamento físico, entre outras razões. Dessa forma uma das melhores formas de melhorar a qualidade de vida e impedir agravantes seria o combate do sedentarismo pela população, criando rotinas mais adequadas as quais incluem exercícios físicos, caminhadas, esportes, acompanhado de uma boa dieta rica em alimentos saudáveis como o consumo de frutas, verduras, fibras e minerais, deixando de lado gorduras e frituras, e produtos cheios de conservantes e açúcares. Fazendo isso muitos problemas serão evitados e prevenidos devolvendo assim a qualidade de vida que é preconizado. (Keller, 2020).

DISCUSSÃO

D’Souza e Addepalliy (2018), destacam os reflexos positivos da detecção precoce do câncer bucal para qualidade de vida do paciente, bem como a sua sobrevida que aumenta em cerca de 80 a 90%. Para que isso ocorra de maneira efetiva o cirurgião dentista precisa estar capacitado a lidar com a situação, realizando a triagem de maneira criteriosa. Todavia Warnakulasuriya (2021), destaca que pelo fato de o câncer bucal ser uma doença assintomática em seu estágio inicial a detecção precoce se torna um grande desafio, pois o paciente só procura atendimento quando apresenta algum tipo de sintoma o que, consequentemente, dificulta a descoberta precoce da lesão pelo cirurgião-dentista.

Para alguns autores a condição socioeconômica e o nível de escolaridade é um fator determinante para doença em questão. Singh et al. (2017), confirma que dentre os fatores com grande relevância para o atraso no diagnostico se dá pela falta de conhecimento da população em geral sobre a doença. Costa et al (2014) Discorre que quanto mais alto o nível de escolaridade do indivíduo, as chances de ter conhecimento sobre o meios de prevenção e a importância do autoexame bucal é maior. Ali et al. (2017), corrobora que a baixa escolaridade tem conexão com o câncer de boca, porém até o primeiro nível de suas análises, tendo em vista que é uma variável social, perdendo sua relevância após ajustes, para o tabagismo e etilismo.  

Segundo Tomaz et al (2022) a educação bucal em unidades básicas de saúde ainda é um assunto pouco debatido, medidas de conscientização são escassas sobre autoexame e métodos de detecção de câncer de boca, uma vez que em sua maioria são preconizados eventos de prevenção contra cárie e perda dentaria. Dessa forma Cartaxo (2018), enfatiza que se deve criar modelos de implementação sobre o câncer bucal pelos cirurgiões dentistas, para que a população venha ter acesso às informações sobre os riscos acometidos caso não haja o diagnóstico precoce da doença. Bandera et al (2017) através de análises observou que o retardo no diagnóstico e terapia dos pacientes com câncer bucal poderia ser reduzido consideravelmente através de práticas modelos de conscientização por meio de informações repassadas mediante palestras antes ou depois dos atendimentos, com auxílio de materiais didáticos e explicativos que possam orientar os pacientes sobre os principais cuidados e formas de diagnósticos. 

Por outro lado, Volkweis et al (2014) afirma que além das formas de conscientização, também se faz necessário treinamento dos agentes de saúde pública na atenção primaria, uma vez que eles estão na linha de frente da comunicação profissional e paciente. Contudo é necessário que haja o direcionamento por meio da equipe de saúde para capacitação dos médicos e cirurgiões dentistas de maneira que os mesmo venham desempenhar sua função com mais eficiência, sem negligenciar o diagnóstico de lesões iniciais, visto que assim como o cirurgião dentista o médico exerce um papel fundamental no tratamento dos pacientes.

Falcão et al (2010), cita sobre os cirurgiões -dentistas terem conhecimentos sobre os fatores que podem ocasionar o câncer bucal, seus sinais e sintomas, ou seus agravos, porém não orientam integralmente sobre o assunto durante as consultas. Angheben (2013) menciona sobre a importante presença do cirurgião -dentista na equipe multidisciplinar, onde possam oferecer orientações sobre a prevenção do câncer bucal, enfatizando a sua atuação nas etapas preliminares de diagnóstico, quanto no decorrer da terapia, reduzindo seus posteriores efeitos colaterais. Em controversa, Facchini et al., (2018), identifica através dos estudos realizados pela avaliação externa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade dos Centros de Especialidades Odontológicas, falhas no fluxo da assistência dos cirurgiões dentistas, onde alguns pacientes não passavam do atendimento básico, sem continuidade de assistências posteriores. Bulgarele et al (2013), discorre sobre a divulgação e distribuição de cartazes, panfletos explicativos em instituições comunitárias para a conscientização da população estabelecendo uma abordagem eficaz sobre o câncer bucal, onde muitas pessoas temem apenas ao escutar a palavra, por se tratar de um assunto de impacto.

Oliveira et al (2013) aborda sobre a importante análise da deficiência em conhecimento e habilidades de diagnosticar precocemente o câncer pelos recém-formados ou universitários de odontologia, como se sua formação fosse insuficiente para a detecção do câncer bucal. Em contrapartida Moihammed J. et al (2021) ressalta sobre as limitações que os estudantes de odontologia carregam consigo sobre as resolutivas de diagnósticos de câncer bucal quando estão em atendimento clínico, devido à pouca exposição do assunto no material didático realizado pelos professores da universidade, sendo desejável um método mais eficaz de capacitação através de treinamentos externos para participar de exames, diagnósticos e tratamento do câncer bucal.            

CONCLUSÃO 

O câncer bucal é uma doença que quando diagnosticada em seu estágio inicial a taxa de sobrevida do paciente é aumentada, portanto o cirurgião dentista deve estar capacitado para identificação e correta abordagem diante dos sinais iniciais que podem surgir em sua rotina clínica. 

Os resultados do presente estudo mostram que os profissionais de odontologia apesar de possuírem os conhecimentos preventivos e repassarem para a população, o seu diagnóstico precoce ainda é um grande desafio, tendo em vista que é uma neoplasia silenciosa em seu estágio inicial o que retarda a procura do paciente por atendimento, dificultando assim o diagnóstico precoce pelo dentista. Desta forma, tendo em vista que há uma falta de divulgação e engajamento desses profissionais quanto ao câncer bucal e, para que a taxa de mortalidade pela doença seja reduzida e o prognóstico de cura aumentado é de grande importância a utilização dos meios já existentes de prevenção como o autoexame bucal, medidas educativas e melhor aconselhamento de pacientes com hábitos nocivos, bem como o acompanhamento das lesões com potencial de malignidade. 

Sendo assim, medidas de promoção à saúde demostram ainda serem eficazes para o combate e prevenção do câncer da cavidade oral, por isso devem ser estimuladas entre os profissionais e pacientes.

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