BUSCA POR CUIDADOS DE SAÚDE: ITINERÁRIO TERAPÊUTICO DE CRIANÇAS EGRESSAS DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVAS NEONATAIS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8040976


¹Bruna Sampaio Tavares, ² Jéssica França Mendonça,³ Nely Eduarda de Carvalho Tenório,⁴ Júlia Lucena da Silva, ⁵ Mariana Oliveira Pedrosa, ⁶Anderson Morais de Freitas, ⁷ Mateus Silva Almeida, ⁸Paula Andreia Santos Braz, ⁹Beatriz Melro Araújo, ¹⁰Thayná Calheiros Barbosa Marinho, ¹¹Leonardo Rocha Macedo, ¹²Dayse Dayanny da Costa Silva, ¹³ Rafaela Gomes Lúcio de Oliveira Antunes, ¹⁴ Tainah de Medeiros Virgínio Toledo, ¹⁵ Marcus Túlio Salústio da Costa Montenegro Bezerra, ¹⁶Eduarda Alves de Oliveira Freitas, ¹⁷Jéssica Almeida Cruz.


RESUMO

Introdução: Os avanços na neonatologia modernizaram a tecnologia ao mesmo tempo em que mudaram o cuidado e o manejo dos recém-nascidos. Internação neonatal para melhor recuperação, especialmente para bebês prematuros e com baixo peso ao nascer que correm risco de morte, infecção, problemas de alimentação e crescimento atrofiado. Objetivo: Evidenciar o cuidado de saúde a crianças egressas da UTIN. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo, caracterizado por uma revisão bibliográfica, com recorte temporal preferencialmente dos últimos 5 anos, de acordo com o tema proposto, disponível na íntegra de forma gratuita em português, inglês ou espanhol. Além disso, os artigos pesquisados foram encontrados em bases de dados internacionais e com respeito à ética e aos direitos humanos. Resultados e Discussão: Dos lactentes (28,5%) que receberam alta da unidade de terapia intensiva neonatal e utilizaram práticas populares, a maioria era do sexo masculino, não branca e com idade entre 24 e 35 meses. A maioria das mães tinha entre 20 e 35 anos, ensino médio completo (39,1%) e renda familiar de um a três salários mínimos (7,5%). Considerações Finais: O trabalho chama a atenção para a importância do profissionalismo dos profissionais de saúde para compreender que as crenças podem levar a uma prática de enfermagem eficaz e ajudar a fornecer às famílias um importante apoio emocional e terapêutico.

Palavras-chave: Recém-nascido; Saúde Neonatal; Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).

INTRODUÇÃO:

Os avanços científicos da neonatologia possibilitaram atualizações tecnológicas com mudanças na assistência e manejo neonatal. A hospitalização neonatal contribui para melhorar a recuperação, especialmente para bebês prematuros e com baixo peso ao nascer, que apresentam alto risco de morte, infecções, problemas nutricionais e atraso no desenvolvimento (SILVA, 2019).

Quando um recém nascido nasce com problemas de saúde, pode-se considerar questões complexas e requerem acompanhamento conjunto entre a atenção especializada e a atenção básica (APS) após a alta hospitalar. Interromper esse segmento também pode aumentar o risco de mortalidade e complicações a longo prazo (ROCHA et al., 2021).

Portanto, essas crianças devem ser monitoradas cotidianamente após o retorno para casa, pois uma intervenção planejada pode ser necessária. As famílias não apenas se deparam com situações de medo e ansiedade ao cuidar dos filhos, mas também, muitas vezes, se deparam com questões socioculturais relacionadas aos aspectos simbólicos de sua compreensão sobre saúde (FELIZARDO et al., 2020).

Como o acompanhamento do RN após a alta hospitalar ainda é limitado em nosso meio, é importante conhecer a rota terapêutica essencial para o manejo da assistência. A assistência multiprofissional é entendida como todo o caminho que um indivíduo ou grupo percorre para manter ou restaurar a saúde, mobilizando recursos que vão desde a enfermagem até o cuidado (BERNARDINO et al., 2023).

As crianças com doenças ou comorbidades possuem características especiais e requerem internações hospitalares prolongadas para receber suporte funcional vital e preparação para crescimento e desenvolvimento com a família. Assim, os sentimentos que podem surgir, incluindo a angústia e insegurança pela idealização de que crianças com TP são mais frágeis e precisam de cuidados (SILVA, 2019).

É notório que a vida familiar muda quando os filhos são mandados para casa, pois as rotinas diárias precisam ser reorganizadas para atender às suas demandas e necessidades. Nesse ponto, as orientações e apoios são essenciais, contudo, o envolvimento profissional de uma equipe especializada é fundamental para realizar as informações adequadas e relevantes sobre muitos aspectos da criança (ROCHA et al., 2021).

As famílias são essenciais no processo do cuidar, por isso é necessário analisar o contexto em que estão inseridas para que sejam determinadas as formas de tratamento e facilitadas a busca do cuidar por elas. A fala de Fernanda torna-se enfática ao evidenciar quando o profissional se reveste de poder e conhecimento na relação com o paciente e/ou família, sem valorizar as questões e situações que cada família apresenta de forma individualizada (BERNARDINO et al., 2023).

OBJETIVO:

Evidenciar o cuidado de saúde a crianças egressas da UTIN.

METODOLOGIA:

Trata-se de um estudo qualitativo, caracterizado por uma revisão bibliográfica, com recorte temporal preferencialmente dos últimos 5 anos, de acordo com o tema proposto, disponível na íntegra de forma gratuita em português, inglês ou espanhol. Além disso, os artigos pesquisados foram encontrados em bases de dados internacionais e com respeito à ética e aos direitos humanos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

Segundo Henriques et al., (2017), dos lactentes (28,5%) que receberam alta da unidade de terapia intensiva neonatal e utilizaram práticas populares, a maioria era do sexo masculino, não branca e com idade entre 24 e 35 meses. A maioria das mães tinha entre 20 e 35 anos, ensino médio completo (39,1%) e renda familiar de um a três salários mínimos (7,5%).

Os remédios populares citados são: curandeiros/curandeiros (55,3%), unção com óleo/água (1,9%), orações de cura (23,%) e votos pagos (17,0%); Quatro mães não declararam a prática utilizada (8,5%). O curso incluiu variáveis de encaminhamento com base no acompanhamento e na história obstétrica, ambas as quais argumentam contra o uso de cortes dominantes. Do ponto de vista teórico, a modificação mais razoável seria incluir a história obstétrica e as variáveis da política de saúde da família foram derivadas para excluir as vias de morbidade dos modelos finais usados (HENRIQUES et al., 2017).

A principal hipótese deste estudo é que a utilização do setor público de saúde está diretamente relacionada a condições socioeconômicas desfavoráveis. Esta é uma suposição, embora os resultados indiquem que o efeito indireto geral das variáveis subjacentes do status socioeconômico está intimamente relacionado a esse resultado, isso ainda precisa ser confirmado (COSTA et al., 2020).

Muitos fatores podem influenciar a escolha de um setor público de saúde. Dentre elas, além das vulnerabilidades sociais que podem determinar o acesso aos profissionais de saúde, estão questões relacionadas à cultura local, como religiões e crenças específicas, que nem sempre se relacionam com o grau de pobreza do indivíduo (CUNHA et al., 2018).

Outra possível explicação para a falta de associação entre nível socioeconômico e pesquisa. A saúde geral reside na relativa homogeneidade da amostra estudada em termos de condições sociais e econômicas (GOMES, 2015).

Sabemos que a maioria (91,6%) das mães pesquisadas vive de sua renda de um salário mínimo para uma família de até três pessoas por mês. Assim, esse fato pode reduzir as chances de encontrar diferenças entre grupos melhores e menos favorecidos social e economicamente.

Doença presente na alta, uma pesquisa influenciou indiretamente as práticas comuns de cuidado ao recém-nascido, revelando os diferentes caminhos que as pessoas podem seguir para alcançar o cuidado, combinando modelos biomédicos e terapias. A psicoterapia, ou escolher uma depois da experiência, e a outra não surte efeito (CUNHA et al., 2018).

Durante a doença de uma criança, as mães devem se familiarizar com os tipos dos marcadores que estão associados de diversas formas, o que pode influenciar no diagnóstico diferencial e no tratamento de uma doença específica e na sua prevenção (COSTA et al., 2020).

Em última análise, os indivíduos exploram os recursos naturais e as práticas estabelecidas em seu ambiente social. Buscam restabelecer a saúde e restabelecer o equilíbrio biológico para mitigar e curar suas doenças (GOES et al., 2020).

As pessoas estão procurando recursos referente à prática biomédica durante a cura espiritual através de banhos de limpeza, orações, confissões, votos, uso da Umbanda e mindfulness religiosidade ou a Igreja Cristã.

A adoção exclusiva de práticas populares, e não outras, é preocupante, mas sua aplicação de forma complementar pode ser vista como um aspecto positivo do comportamento das mães dessas crianças. Mencionados e divulgados em diferentes regiões do Brasil (ALMEIDA et al., 2017).

O resultado é o mesmo sobre as modalidades de tratamento usadas para estudar mães. Os pós-graduandos do método canguru baiano constataram que as mães buscaram alternativas em diferentes sistemas, sendo o setor informal o primeiro a ser procurado; No entanto, nenhuma mãe relatou estudos sobre o setor universal. Como eram bebês prematuros, é provável que Explica o domínio de pesquisa sobre a prática formal de enfermagem (OLIVEIRA et al., 2020).

Através dos estudos de Rocha et al., (2021), constatou-se também que as práticas setoriais prevalentes eram menos comuns entre os bebês que receberam alta da unidade de terapia intensiva neonatal, pois esses estudos visavam apenas tratar doenças do espírito, como o mau-olhado e os maus ventos. Pesquisas no setor de saúde foram afetadas pelo conhecimento prévio das famílias e sua percepção sobre os processos de saúde-doença. Em outro estudo com mães de lactentes com infecção respiratória, comportamentos semelhantes foram observados ao procurar o sistema formal de saúde e utilizar os serviços populares de puericultura (GOMES et al., 2021).

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A busca por cuidados formais de enfermagem é uma opção para as famílias com filhos egressos da UTIN. A morbidade presente na alta da UTIN foi associada a outras variáveis não especificadas e foram fatores que podem influenciar a procura por atendimento médico no setor público, mas que não impedem a procura por um profissional de saúde.

O trabalho chama a atenção para a importância do profissionalismo dos profissionais de saúde para compreender que as crenças podem levar a uma prática de enfermagem eficaz e ajudar a fornecer às famílias um importante apoio emocional e terapêutico.

Além disso, este estudo fornece um importante ponto de partida para futuras pesquisas para analisar os determinantes das práticas de saúde prevalentes. É necessário estudar a influência de outros fatores que influenciam a escolha de práticas populares de saúde.

REFERÊNCIAS:

ALMEIDA IJ, Buarque BS, Guedes TG, Sette GC, Cavalcanti AM. Evidências científicas sobre a influência cultural nos cuidados às crianças. Rev Rede Enferm Nordeste. 2017;18(6):840-6.

AGUIAR, Lia Cardoso de et al. Utilização do cuidado popular por egressos de unidade de terapia intensiva neonatal. Acta Paulista de Enfermagem, v. 35, 2022.

BERNARDINO, Fabiane Blanco Silva et al. Continuidade do cuidado ao recém-nascido prétermo egresso na unidade de terapia intensiva neonatal: Vivências de familiares. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 31, 2023.

BERNARDINO, Fabiane Blanco Silva et al. Experiência de familiares no cuidado do recémnascido pré-termo egresso de unidade de terapia intensiva neonatal. Rev Rene, v. 23, p. 1, 2022.

COSTA LD, Dalorsoletta K, Warmling KM, Trevisan MG, Teixeira GT, Cavalheiri JC, et al. Dificuldades maternas no cuidado domiciliar a recém-nascidos. Rev Rene. 2020;21:e44194.

CUNHA CG, Gonçalves CR. A tradição oral das práticas de benzeção. Rev Assoc Bras Pesqui Negros. 2018;10:30-42.

FELIZARDO, Melissa Joice et al. Vivências das famílias no cuidado aos recém-nascidos prematuros no domicílio. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, v. 10, 2020.

GÓES FG, Silva MA, Santos AS, Pontes BF, Lucchese I, Silva MT. Postnatal care of newborns in the family context: an integrative review. Rev Bras Enferm. 2020;73(Suppl 4):e20190454. Review.

GOMES LM, Melo MC. Práticas populares de cuidado: percepção de gestantes em uma unidade de saúde de Petrolina-Pe. Espaço Saúde. 2015;16(3):53-63.

GOMES TG, Queiroz MN, Costa AB, Moreira AC. Desfechos perinatais relacionados à idade materna e comorbidades gestacionais nos nascimentos prematuros. Comun Cien Saúde. 2021;32(1):43-8

HENRIQUES HI, Oliveira Filho P, Figueiredo AA. Cura e adoecimento em relatos de evangélicos usuários de CAPS. Rev Est Contemp Subjetividade. 2017;7(2):349-62.

ROCHA, Hortênsia et al. Busca por cuidados de saúde: itinerário terapêutico de crianças egressas de unidades neonatais. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, v. 34, 2021.

ROCHA HC, Lamy ZC, Aguiar LC, Moreira JG, Pereira MU, Albuquerque YL, et al. Busca por cuidados de saúde: itinerário terapêutico de crianças egressas de unidades neonatais. Rev Bras Prom Saúde. 2021;34.

SILVA, Rosane Meire Munhak da. O cuidado de crianças prematuras em região de fronteira: necessidades essenciais e especiais de saúde. 2019. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.

SANTOS, Danilo Marcelo Araujo et al. Demandas de atenção do enfermeiro em unidade de terapia intensiva neonatal, pediátrica e geral. Cogitare Enfermagem, v. 20, n. 4, p. 837-845, 2015.

OLIVEIRA AP. Práticas populares no cuidado infantil. Rondonópolis (MT): Universidade Federal de Mato Grosso; 2020. Disponível em: https://bdm.ufmt.br/handle/1/176


¹ brunasampaiosantoa@gmail.com: Graduanda em Medicina pela FPS.
² jessica.mendonca@aluno.uepb.edu.br: Graduanda em Psicologia pela UEPB.
³ nelyeduardat@gmail.com: Graduanda em Medicina pela UNIT/AFYA.
juliacnas@gmail.com: Graduanda em Medicina pela Uninassau.
oliveiraamari4@gmail.com: Graduanda em Medicina pela UNIT/AFYA.
anderson_morais154@gmail.com: Graduando em Medicina pela Estácio Idomed.
mateus_30.12@hotmail.com: Graduado em Medicina pelo Unit/afya.
pandreia80@hotmail.com: Graduanda em Medicina pela UNIT/AFYA.
melro.bia@outlook.com: Graduanda em Medicina pela UNIT/AFYA.
¹⁰ thaycalheiros2017@gmail.com: Estudante da UNIT/AFYA.
¹¹ leosiness@hotmail.com: Graduanda em Medicina pela UNIT/AFYA.
¹² daysecs_@hotmail.com: Graduanda em Medicina pela UNP.
¹³ rafaelaglo@outlook.com: Graduanda em Medicina pela UNP.
¹⁴ tainahtoledo23@gmail.com: Graduanda em Medicina pela UNP.
¹⁵ tuliobezerra@hotmail.com: Graduando em Medicina pela UNP.
¹⁶ eduardafr6@gmail.com: Graduanda em Medicina pela UNIT/AFYA.
¹⁷ jessicaalmeidacruz@hotmail.com: Graduada em Psicologia pela UNAMA.