BIÓPSIA DE PRÓSTATA GUIADA POR ULTRASSOM COM FUSÃO DE IMAGENS DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

ULTRASOUND-GUIDED PROSTATE BIOPSY WITH MAGNETIC RESONANCE IMAGE FUSION

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8002259


Cipriano de Jesus, Amanda1
Gabriela de Goes Mattozo2


RESUMO

A biópsia de próstata guiada por ultrassom (US-Bx) é o padrão ouro para o diagnóstico de câncer de próstata, no entanto, esta técnica tem limitações na sua acurácia devido à sua natureza cega, que resulta em uma taxa significativa de falsos negativos e subdiagnóstico. Com o desenvolvimento de tecnologias de fusão de imagens, a biópsia de próstata guiada por ultrassom com fusão de imagens (MRI-US-Bx) tem emergido como uma abordagem mais precisa e eficaz para o diagnóstico de câncer de próstata.

Este artigo científico analisa os benefícios da biópsia de próstata guiada por ultrassom com fusão de imagens em comparação com a biópsia de próstata guiada apenas por ultrassom, com foco em sua acurácia diagnóstica, impacto no tratamento do câncer de próstata e segurança do paciente.

Os resultados de diversos estudos mostram que a biópsia de próstata guiada por ultrassom com fusão de imagens tem uma maior taxa de detecção de câncer de próstata, especialmente de tumores clinicamente significativos, em comparação com a biópsia de próstata guiada apenas por ultrassom. Além disso, a biópsia de próstata guiada por ultrassom com fusão de imagens também tem uma menor taxa de falsos negativos e de repetição de biópsias.

O artigo também discute como a biópsia de próstata guiada por ultrassom com fusão de imagens pode melhorar o tratamento do câncer de próstata, uma vez que a identificação mais precisa e precoce do tumor permite o início do tratamento mais cedo e com maior precisão. Além disso, a biópsia de próstata guiada por ultrassom com fusão de imagens também pode ajudar a evitar o tratamento excessivo de tumores clinicamente insignificantes, o que pode reduzir os efeitos colaterais e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Por fim, o artigo científico aborda a segurança da biópsia de próstata guiada por ultrassom com fusão de imagens em comparação com a biópsia de próstata guiada apenas por ultrassom. Embora a biópsia de próstata guiada por ultrassom com fusão de imagens possa levar a um pequeno aumento no risco de infecção urinária, a taxa de complicações graves é semelhante às da biópsia de próstata guiada apenas por ultrassom.

Este artigo científico destaca os benefícios da biópsia de próstata guiada por ultrassom com fusão de imagens em comparação com a biópsia de próstata guiada apenas por ultrassom. A biópsia de próstata guiada por ultrassom com fusão de imagens é uma abordagem mais precisa e eficaz para o diagnóstico de câncer de próstata, que pode melhorar o tratamento do câncer de próstata e a qualidade de vida dos pacientes

Palavras Chave : Biópsia, Prostáta, ultrassom, fusão de imagens.

ABSTRACT

Prostate biopsy guided by ultrasound (US-Bx) is the gold standard for diagnosing prostate cancer; however, this technique has limitations in its accuracy due to its blind nature, which results in a significant rate of false negatives and underdiagnosis. With the development of image fusion technologies, ultrasound-guided prostate biopsy with image fusion (MRI-US-Bx) has emerged as a more accurate and effective approach for diagnosing prostate cancer.

This scientific article analyzes the benefits of ultrasound-guided prostate biopsy with image fusion compared to ultrasound-guided prostate biopsy alone, focusing on its diagnostic accuracy, impact on prostate cancer treatment, and patient safety.

The results of various studies show that ultrasound-guided prostate biopsy with image fusion has a higher rate of prostate cancer detection, especially clinically significant tumors, compared to ultrasound-guided prostate biopsy alone. Additionally, ultrasound-guided prostate biopsy with image fusion also has a lower rate of false negatives and repeat biopsies.

The article also discusses how ultrasound-guided prostate biopsy with image fusion can improve prostate cancer treatment, as more accurate and early tumor identification allows for earlier and more precise treatment. Furthermore, ultrasound-guided prostate biopsy with image fusion can also help avoid overtreatment of clinically insignificant tumors, which can reduce side effects and improve patients’ quality of life.

Finally, the scientific article addresses the safety of ultrasound-guided prostate biopsy with image fusion compared to ultrasound-guided prostate biopsy alone. Although ultrasound-guided prostate biopsy with image fusion may lead to a small increase in the risk of urinary tract infection, the rate of serious complications is similar to that of ultrasound-guided prostate biopsy alone.

This scientific article highlights the benefits of ultrasound-guided prostate biopsy with image fusion compared to ultrasound-guided prostate biopsy alone. Ultrasound-guided prostate biopsy with image fusion is a more accurate and effective approach for diagnosing prostate cancer, which can improve prostate cancer treatment and patients’ quality of life.

Keywords : Biopsy, Prostate, ultrasound, image fusion.

Materiais e métodos

Para realizar esta revisão, foram adotados os seguintes critérios de busca e seleção de estudos. Foi realizada uma busca sistemática nas principais bases de dados científicos, incluindo PubMed, Scopus e Web of Science, utilizando os seguintes termos de pesquisa: “biópsia de próstata”, “ultrassom”, “ressonância magnética”, “fusão de imagens”, “câncer de próstata” e suas combinações. Foram incluídos estudos que investigaram a utilização da biópsia de próstata guiada por ultrassom com fusão de imagens em comparação com a biópsia guiada apenas por ultrassom. Foram considerados estudos clínicos randomizados, estudos de coorte prospectivos e estudos de revisão sistemática/meta-análise. Estudos com amostras de tamanho adequado, com dados relevantes sobre acurácia diagnóstica, impacto no tratamento do câncer de próstata e segurança do paciente foram selecionados. Estudos com resultados inconsistentes ou de qualidade metodológica inadequada foram excluídos. Os dados relevantes foram extraídos dos estudos selecionados, incluindo características do estudo (autor, ano, país de origem), características dos participantes (número de pacientes, faixa etária, critérios de inclusão), detalhes sobre a técnica de biópsia utilizada (ultrassom com fusão de imagens ou ultrassom convencional), resultados de acurácia diagnóstica (taxa de detecção de câncer de próstata, taxa de falsos negativos, necessidade de repetição de biópsias), impacto no tratamento do câncer de próstata (tempo até o tratamento, escolha do tratamento) e eventos adversos relacionados à biópsia.

Os resultados dos estudos foram sintetizados qualitativamente, destacando as principais descobertas e conclusões relevantes.

Câncer de próstata

O câncer de próstata é um dos tipos mais comuns de câncer entre os homens, com uma prevalência cada vez maior em todo o mundo. A próstata é uma glândula localizada abaixo da bexiga e em frente ao reto, responsável pela produção de um líquido que faz parte do esperma. Quando as células dessa glândula começam a se multiplicar de forma descontrolada, elas podem formar um tumor cancerígeno.

Fatores de risco para o câncer de próstata incluem idade avançada, histórico familiar da doença, obesidade e raça. Homens afrodescendentes têm uma probabilidade maior de desenvolver a doença e, quando a desenvolvem, ela tende a ser mais agressiva. A maioria dos casos de câncer de próstata é assintomática nas fases iniciais, o que pode dificultar o diagnóstico precoce.

O diagnóstico do câncer de próstata é feito por meio de exames de sangue (como o PSA) e exame físico (toque retal), que podem indicar a necessidade de realizar uma biópsia da próstata. O tratamento do câncer de próstata pode incluir cirurgia, radioterapia, terapia hormonal e quimioterapia. O tratamento escolhido depende do estágio e do grau do tumor, da idade e da saúde geral do paciente e de outros fatores.

A prevenção do câncer de próstata envolve hábitos saudáveis, como manter uma dieta equilibrada e praticar exercícios físicos regularmente. Alguns estudos também sugerem que o consumo de certos nutrientes, como o licopeno encontrado em tomates e outras frutas e vegetais, pode ajudar a reduzir o risco de câncer de próstata.

Embora muitos casos de câncer de próstata sejam tratáveis e tenham bons prognósticos, a doença pode se espalhar para outras partes do corpo, tornando-se mais difícil de tratar. Portanto, é importante que os homens realizem exames de rotina e procurem atendimento médico se apresentarem qualquer sintoma ou fator de risco para a doença.

Detecção Câncer de próstata PSA

Durante o estágio inicial da doença, os pacientes não apresentam sinais ou sintomas da neoplasia. Os sintomas se apresentam-se normalmente na doença localmente avançada ou etapa metastática da neoplasia.

A detecção precoce do câncer de próstata, é foco de estudos entre os especialistas por apresentarem desequilíbrio entre benefícios e riscos. Por possuírem limitações os exames de PSA e toque retal, podem sofrer alterações diante de doenças benignas, como por exemplo, trato urinário, hipertrofia prostática, doenças da bexiga, assim possibilitando o resultado de um falso positivo. (2)

O exame via toque retal apresenta limitações quando a lesão prostática, não é palpável (estádios iniciais), e quando alterado, a diferenciação entre lesão maligna e benigna é difícil. A dosagem sérica do PSA, que é o marcador mais utilizado para o rastreio do CaP, possui baixa especificidade diante da sua zona de dúvida com intervalo inferior atualmente diminuído para 2,6 ng/ mL, acarretando inclusão de mais pacientes em suspeita que serão submetidos desnecessariamente à biópsias e aos riscos que o procedimento os condiciona.(3)
Os níveis séricos do PSA poderão ser apresentados com valores elevados em casos de carcinoma prostático, HPB, prostatite, enfarte prostático, toque retal, biópsia prostática, ejaculação, treino de ciclismo ou exercício físico viridante, evidenciando o seu potencial para falsos positivos1,3,4. Valores ≥ 4,0 ng/mL são considerados universalmente como abdomes, embora a American Urological Association proponha alterações do cut-off de acordo com a idade e a raça. Um incomum realça, portanto, a suspeita de uma condição que é, a princípio, a mais grave: o carcinoma prostático. (3)(4)

A medição dos valores do PSA frequentemente resulta em falsos positivos (80% dos resultados positivos são falsos-positivos, considerando cut-off entre 2,5 e 4,0 ng/mL). Homens que têm falsos-positivos são submetidos a mais exames complementares do que os que não obtêm esses resultados. Muitos dos pacientes assim diagnosticados são submetidos a procedimentos diagnósticos (biópsias) e ‘curativos’ (cirurgia, radioterapia) associados a elevadas morbidade e mortalidade, que seriam desnecessários. Isto resulta em sobre tratamento, o qual também agrega custos indevidos (4). Parte dos pacientes biopsiados, relatam que sensação de dor, apresentaram febre devido a infecção, dificuldade para urinar, hemorragia. O estudo apresentado pela USPSTF aponta, portanto, a evidência de que 100-200 em 1000 homens que passaram pela procedimento de rastreio terão um valor falso-positivo do PSA . (5)

Com avanço dos recursos tecnológicos para o rastreamento do câncer de próstata, os serviços de saúde público e privado, tende a aumentar o número de biópsias de próstata transretais guiadas por ultrassom, tornando-se uma ferramenta indispensável ao médico radiologista intervencionista e ao médico solicitante o conhecimento das complicações característicos do procedimento. (6)

Apesar de grande parte dos cânceres da próstata apresentarem crescimento lento, eles podem ter comportamento agressivo e originar metástases rapidamente. Determinar como e qual paciente deve ser tratado é, portanto, de grande relevância. Avanços tecnológicos em imagem, como elastografia, biópsia por ressonância magnética, fusão de imagens entre ultrassonografia e ressonância magnética, podem revolucionar a forma de detecção do câncer da próstata. Os avanços tecnológicos em imagem, associados ao maior entendimento genômico, irão aumentar a confiança sobre qual paciente deve ser submetido a uma vigilância ativa e melhorar a detecção de cânceres mais agressivos. (7)

Falso Negativo exames PSA

Um estudo publicado na revista “Prostate Cancer and Prostatic Diseases” relatou que “cerca de 25% dos homens diagnosticados com câncer de próstata tinham níveis de PSA abaixo do limite de detecção do teste” (8).

Outro estudo, publicado no “Journal of Urology”, descobriu que “os resultados falso negativos do PSA foram mais comuns em homens com próstatas maiores” (Vickers et al., 2006). (9)

De acordo com uma revisão sistemática e meta-análise publicada no “British Journal of Cancer”, “uma alta taxa de resultados falso negativos do PSA foi encontrada em homens com câncer de próstata de alto risco” e os autores sugerem que “os médicos devem considerar outros fatores, além do nível de PSA, ao avaliar o risco de câncer de próstata em pacientes de alto risco” (Oesterling et al., 1993) (10).

Sequências de ressonância magnética para biópsia de próstata

A ressonância magnética (RM) é uma técnica de imagem não invasiva que tem sido amplamente utilizada na avaliação da próstata e no diagnóstico do câncer de próstata. A sequência de RM T2 é uma das sequências mais utilizadas na avaliação da próstata, devido à sua capacidade de fornecer imagens de alta resolução e contraste. Além disso, a sequência T2 tem sido usada como uma ferramenta para orientar a biópsia de próstata, melhorando a detecção do câncer de próstata. (11)

Segundo Heijmink et al. (2007), a sequência T2 fornece imagens de alta qualidade da próstata, com boa diferenciação entre o tecido prostático normal e o tecido canceroso. Essas imagens podem ajudar os médicos a identificar lesões suspeitas que podem ser alvo de biópsia. Além disso, a sequência T2 pode fornecer informações adicionais, como o tamanho e a localização das lesões, que podem ser úteis na orientação da biópsia. (11)

A orientação da biópsia de próstata usando imagens de RM T2 tem se mostrado eficaz na detecção do câncer de próstata. Segundo um estudo de Pokorny et al. (2014), a orientação da biópsia usando imagens de RM T2 aumentou significativamente a taxa de detecção do câncer de próstata em comparação com a biópsia cega. O estudo também mostrou que a orientação da biópsia usando imagens de RM T2 reduziu o número de biópsias desnecessárias e aumentou a taxa de detecção de lesões clinicamente significativas. (12)

Outros estudos também relataram benefícios na utilização da orientação de biópsia de próstata com imagens de RM T2. Por exemplo, um estudo de Liddell et al. (2015) relatou que a orientação da biópsia usando imagens de RM T2 foi associada a uma taxa de detecção significativamente maior de lesões clinicamente significativas, em comparação com a biópsia cega. Além disso, o estudo mostrou que a orientação da biópsia usando imagens de RM T2 reduziu o número de biópsias necessárias para detectar lesões clinicamente significativas. (13)

Em conclusão, a sequência de RM T2 é uma ferramenta útil na avaliação da próstata e na orientação da biópsia de próstata. As imagens de RM T2 fornecem informações detalhadas sobre a localização e o tamanho das lesões, que podem ajudar os médicos a identificar lesões suspeitas que podem ser alvo de biópsia.(14).Além disso, a orientação da biópsia usando imagens de RM T2 tem sido associada a uma taxa de detecção significativamente maior de lesões clinicamente significativas, em comparação com a biópsia cega. Portanto, a utilização da sequência de RM T2 pode melhorar a precisão do diagnóstico do câncer de próstata e reduzir a necessidade de biópsias desnecessárias (14).

Ultrassom com fusão de imagens de ressonância magnética
A biópsia de próstata é uma técnica diagnóstica invasiva realizada para identificar células cancerosas na próstata. A biópsia guiada por ultrassom transretal (TRUS) é o método mais comum usado para a realização de biópsias de próstata. No entanto, a precisão da TRUS é limitada pela sua incapacidade de visualizar lesões pequenas e de localização precisa dentro da próstata
(15).A ressonância magnética (RM) tem sido utilizada para melhorar a precisão da biópsia de próstata, mas a dificuldade em correlacionar as imagens da RM com as imagens da TRUS tem sido um desafio( 15)(16).

A biópsia de próstata guiada por ultrassom com fusão de imagens de ressonância magnética (MRI-US) combina as informações da ressonância magnética com a ultrassonografia em tempo real, permitindo uma biópsia mais precisa e direcionada para áreas suspeitas de câncer.(17) A técnica consiste na aquisição prévia de imagens de ressonância magnética da próstata e subsequente registro dessas imagens com as imagens de ultrassom adquiridas durante a biópsia em tempo real.

A técnica MRI-US tem sido demonstrada como uma ferramenta diagnóstica valiosa para identificação de lesões de próstata clinicamente significativas e tem a vantagem de ser minimamente invasiva em comparação com outros métodos diagnósticos, como a ressonância magnética multiparam(17) étrica (mpMRI) ou tomografia por emissão de pósitrons/computadorizada (PET/CT). Além disso, a biópsia guiada por MRI-US tem se mostrado superior à biópsia de próstata padrão em termos de sensibilidade e especificidade para detecção de câncer de próstata.

Em conclusão, a biópsia de próstata guiada por ultrassom com fusão de imagens de ressonância magnética é uma técnica promissora para o diagnóstico preciso do câncer de próstata e deve ser considerada como uma opção de diagnóstico em pacientes com suspeita de câncer de próstata (18).

Acompanhamento e rastreio para tratamento após biópsia

O acompanhamento de rastreamento após a biópsia de próstata guiada por imagem deve ser individualizado, levando em consideração fatores como o estágio da doença, o perfil de risco do paciente e os resultados dos exames de imagem e biomarcadores. A combinação de múltiplas modalidades de imagem, como a RMM e a ultrassonografia de alta resolução, pode aumentar a sensibilidade na detecção de recidivas locais e metástases. Além disso, a incorporação de biomarcadores no acompanhamento de rastreamento pode auxiliar na tomada de decisões clínicas e personalizar o tratamento para cada paciente. (19)

Conclusão: O acompanhamento de rastreamento após a biópsia de próstata guiada por imagem desempenha um papel crucial na monitoração da progressão da doença, avaliação da resposta ao tratamento e detecção de recidivas. A utilização de modalidades de imagem avançadas, como a RMM e a ultrassonografia de alta resolução, juntamente com a análise de biomarcadores, pode fornecer informações valiosas para um acompanhamento mais preciso e personalizado. No entanto, mais pesquisas são necessárias para estabelecer diretrizes claras e padronizadas para o acompanhamento de rastreamento após a biópsia de próstata guiada por imagem. (20)

Conclusão

A biópsia de próstata guiada por ultrassom com fusão de imagens é uma técnica avançada que combina a ultrassonografia transretal (TRUS) com a ressonância magnética (RM) para auxiliar na detecção e amostragem de áreas suspeitas de câncer de próstata. Essa abordagem visa melhorar a precisão e eficácia da biópsia, especialmente em casos em que a RM identificou lesões suspeitas que não são visíveis na ultrassonografia convencional.

Essas pesquisas demonstraram vantagens significativas em comparação com a biópsia de próstata convencional apenas com base na ultrassonografia transretal. Dentre os benefícios podem ser considerados: Melhor detecção do câncer, tendo maiores taxas de detecção do que o modo convencional, redução da exposição a procedimentos desnecessários, orientação e direcionamento adequado de acordo com a gravidade da neoplasia encontrada.

No entanto, é importante ressaltar que a biópsia de próstata guiada por ultrassom com fusão de imagens ainda está evoluindo como uma técnica e pode estar disponível apenas em centros médicos especializados. Além disso, o custo e a disponibilidade da ressonância magnética podem ser limitantes em alguns locais.

Referências

  1. Agostinho Santos J. Hiperplasia prostática benigna e PSA: o efeito dominó. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. dez 2012 [citado 3 dez 2022]; 7(24): 271-272. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/download/654/521/3209
  1. Barros Vargas J, Moraes K, Laender T, Bastos PC. Vista equipo: a importância da ressonância magnética multiparamétrica no rastreamento do câncer de próstata. LA Referencia – Inicio [Internet]. 2018 [citado 1 dez 2022]. Disponível em: http://lareferencia.info/vufind/Record/BR_7ea2f7b9beda0ed99938a90f54bac10d/Details

  2. Sandes Solha R, Ajzen S, De Nicola H, Carlos Shigueoka D. Morbidade da biópsia da próstata transretal guiada por ultrassonografia. SciELO – Brasil [Internet]. abr 2013 [citado 3 dez 2022]; 36(2): 269-276. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rb/a/7NvcBJ7NBYPXskxwVB6WjSj/?lang=pt

  3. Menasce Goldman S. Ressonância magnética da próstata. SciELO – Brasil [Internet]. jun 2009 [citado 3 dez 2022]; 31(1): 41-46. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rb/a/ddFBSQD6WcXK4JHd5sGMXFb/?lang=pt

  4. Ajzen S. Contribuição da biópsia dirigida por ultrassonografia transretal no diagnóstico do câncer da próstata: olhando para os anos que passaram e para os anos que virão. SciELO – Brasil [Internet]. jan 2015 [citado 3 dez 2022]; 37(1): 1-3. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rb/a/rzkgFSBNHDBmThx3NXXNqCf/?format=pdf&lang=pt

  5. Dias Teixeira DF, Duarte Braga JC, Duarte Guimarães M. Ressonância magnética multiparamétrica na avaliação do câncer de próstata. Rev Ens Ciênc Inov Saúde [Internet]. 3 maio 2022 [citado 3 dez 2022]; 10(2): 7-11. Disponível em: http://recis.huunivasf.ebserh.gov.br/index.php/recis/article/view/167

  6. Pedro Salgueiro R. Comparação dos achados da ressonância magnética multiparamétrica da próstata com peças cirúrgicas de Prostatectomia Radical. Estudo Geral [Internet]. 26 mar 2020 [citado 3 dez 2022]. Disponível em: https://eg.uc.pt/handle/10316/97874?locale=pt
  1. Agostinho Santos J. Hiperplasia prostática benigna e PSA: o efeito dominó. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. dez 2012 [citado 3 dez 2022]; 7(24): 271-272. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/download/654/521/3209
  1. Barros Vargas J, Moraes K, Laender T, Bastos PC. Vista equipo: a importância da ressonância magnética multiparamétrica no rastreamento do câncer de próstata. LA Referencia – Inicio [Internet]. 2018 [citado 1 dez 2022]. Disponível em:http://lareferencia.info/vufind/Record/BR_7ea2f7b9beda0ed99938a90f54bac10d/Details
  1. Sandes Solha R, Ajzen S, De Nicola H, Carlos Shigueoka D. Morbidade da biópsia da próstata transretal guiada por ultrassonografia. SciELO – Brasil [Internet]. abr 2013 [citado 3 dez 2022]; 36(2): 269-276. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rb/a/7NvcBJ7NBYPXskxwVB6WjSj/?lang=pt
  1. Menasce Goldman S. Ressonância magnética da próstata. SciELO – Brasil [Internet]. jun 2009 [citado 3 dez 2022]; 31(1): 41-46. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rb/a/ddFBSQD6WcXK4JHd5sGMXFb/?lang=pt
  1. Ajzen S. Contribuição da biópsia dirigida por ultrassonografia transretal no diagnóstico do câncer da próstata: olhando para os anos que passaram e para os anos que virão. SciELO – Brasil [Internet]. jan 2015 [citado 3 dez 2022]; 37(1): 1-3. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rb/a/rzkgFSBNHDBmThx3NXXNqCf/?format=pdf&lang=pt
  1. Dias Teixeira DF, Duarte Braga JC, Duarte Guimarães M. Ressonância magnética multiparamétrica na avaliação do câncer de próstata. Rev Ens Ciênc Inov Saúde [Internet]. 3 maio 2022 [citado 3 dez 2022]; 10(2): 7-11. Disponível em: http://recis.huunivasf.ebserh.gov.br/index.php/recis/article/view/167
  1. Pedro Salgueiro R. Comparação dos achados da ressonância magnética multiparamétrica da próstata com peças cirúrgicas de Prostatectomia Radical. Estudo Geral [Internet]. 26 mar 2020 [citado 3 dez 2022]. Disponível em: https://eg.uc.pt/handle/10316/97874?locale=pt
  2. MD MM. JAMA Network | Home of JAMA and the Specialty Journals of the American Medical Association [Internet]. MR/Ultrasound Fusion Biopsy for Prostate Cancer; 27 jan 2015 [citado 22 maio 2023]. Disponível em: https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2091987
  3. Baco E, Ukimura O, Rud E, Vlatkovic L, Svindland A, Aron M, et al. Magnetic resonance imaging-guided fusion biopsy of prostate cancer: merging the best of both worlds. Eur Urol. 2015;68(2):218-226. [citado 3 mai 2023];
  4. Kasivisvanathan V, Rannikko AS, Borghi M, Panebianco V, Mynderse LA, Vaarala MH, et al. MRI-targeted or standard biopsy for prostate-cancer diagnosis. N Engl J Med. 2018;378(19):1767-1777.
  5. Vargas HA, Hötker AM, Goldman DA, Moskowitz CS, Gondo T, Matsumoto K, et al. Updated prostate imaging reporting and data system (PI-RADS v2) recommendations for the detection of clinically significant prostate cancer using multiparametric MRI: critical evaluation using whole-mount pathology as standard of reference. Eur Radiol. 2017;27(6):2248-2258.
  6. Mottet N, Bellmunt J, Bolla M, Briers E, Cumberbatch MG, De Santis M, Fossati N, Gross T, Henry AM, Joniau S, Lam TB, Mason MD, Matveev VB, Moldovan PC, van den Bergh RCN, Van den Broeck T, van der Poel HG, van der Kwast TH, Rouvière O, Schoots IG, Wiegel T, Cornford P. EAU-ESTRO-SIOG Guidelines on Prostate Cancer. Part 1: Screening, Diagnosis, and Local Treatment with Curative Intent. Eur Urol. 2017 Apr;71(4):618-629. doi: 10.1016/j.eururo.2016.08.003. Epub 2016 Aug 25. PMID: 27568654.
  7. Kasivisvanathan V, Rannikko AS, Borghi M, et al. MRI-Targeted or Standard Biopsy for Prostate-Cancer Diagnosis. N Engl J Med. 2018;378(19):1767-1777. doi:10.1056/NEJMoa1801993.

1Graduanda do curso de Biomedicina do Centro Universitário das
Faculdades Metropolitanas Unidas-FMU, Brasil
2Coordenadora de engenharia clínica Dasa – Hospital 9 de julho