BIOMAGNETISMO MEDICINAL NO ALÍVIO DA DOR – UM ESTUDO DE CASO

MEDICINAL BIOMAGNETISM IN PAIN RELIEF – A CASE STUDY

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/os102411271401


Paulo Sérgio Santos¹
Angela Mara Rambo Martini¹
Adriane Viapiana Bossa²
Caroline Azevedo³


RESUMO

A dor é considerada um sintoma muito comum em diversas enfermidades. A Medicina Alopática possui vários fármacos para combatê-la. Entretanto, seus efeitos colaterais podem prejudicar muito a saúde. Esta é uma pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem quantitativa, com análise do prontuário de um indivíduo tratado com a terapia do Biomagnetismo Medicinal (BM), também denominada de Par Biomagnético. Essa Técnica, criada pelo Médico Mexicano Dr. Isaac Goiz Durán, em 1988, consiste no posicionamento de imãs de média intensidade (1.000 a 7.500 Gauss) em pontos específicos do corpo, para que o campo magnético estático gerado contribua com o equilíbrio energético e bioelétrico do organismo, facilitando a homeostase e uma melhor atuação do sistema imunológico. O objetivo desta pesquisa foi verificar os efeitos de um revolucionário tratamento para alívio da dor – Par Trauma Moderno (PTM) – um dos protocolos do BM. Sua aplicação é simples, não invasiva, de baixo custo, com efeitos secundários leves, passageiros e não danosos, como sonolência e elevação da diurese. Este estudo de caso foi realizado utilizando informações do prontuário de uma participante de pesquisa, 51 anos, que apresentava esfolamento na ponta dos dedos das mãos. A dor foi classificada como nociceptiva somática superficial aguda severa, considerando na mensuração da intensidade a Escala Visual Analógica (EVA). 15 minutos após iniciar a aplicação, uma dor de intensidade 8 foi reduzida totalmente e uma dor de intensidade 10 foi reduzida para 2, indicando que o PTM apresenta resultado positivo e ação rápida, sendo uma boa opção de tratamento.

Palavras-Chave: Biomagnetismo Medicinal; Par Biomagnético; Par Trauma Moderno; Alívio da dor; Magnetoterapia, Ímãs, Campo Magnético Estático.

ABSTRACT:            

Pain is considered a very common symptom in several diseases. Allopathic Medicine has several drugs to combat it. However, its side effects can be very harmful to health. This is an exploratory, descriptive research, with a quantitative approach, with analysis of the medical record of an individual treated with Medicinal Biomagnetism (BM) therapy, also called Biomagnetic Pair. This Technique, created by the Mexican Doctor Dr. Isaac Goiz Durán, in 1988, consists of placing medium intensity magnets (1,000 to 7,500 Gauss) at specific points on the body, so that the static magnetic field generated contributes to the energy and bioelectric balance of the organism, facilitating homeostasis and better immune system performance. The objective of this research was to verify the effects of a revolutionary treatment for pain relief – Par Trauma Moderno (PTM) – one of the BM protocols. Its application is simple, non-invasive, low-cost, with mild, transient and non-harmful side effects, such as drowsiness and increased diuresis. This case study was carried out using information from the medical record of a patient, 51 years old, who had skinned fingertips. Pain was classified as severe acute superficial somatic nociceptive pain, considering the Visual Analogue Scale (VAS) when measuring its intensity. 15 minutes after starting the application, a pain of intensity 8 was totally reduced and a pain of intensity 10 was reduced to 2, indicating that the PTM presents a positive result and fast action, being a good treatment option.

Keywords: Medicinal Biomagnetism; Biomagnetic Pair; Modern Trauma Couple; Pain relief; Magnetotherapy; Static Magnetic Field; Magnets.

INTRODUÇÃO

É comum que a dor surja em algum momento no desenvolvimento de várias enfermidades (VARANDAS, 2013). Portanto, essa sensação é, a princípio, uma aliada do organismo, pois ela sinaliza que algo não está bem e que há necessidade de alguma providência (BARROS; PAULINO, 1999). Mas além de surgir como sintoma, ela também pode ser a própria doença. A dor é cada vez mais crescente na sociedade, especialmente a dor crônica. E, o aumento da longevidade e das doenças crônicas podem ser alguns dos motivos (TEIXEIRA; YENG; KAZIYAMA, 2008; VARANDAS, 2013; BARROS; PAULINO, 1999).

A Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASPInternacional Association for the Study o Pain), após revisão recente, em 2021, define a dor como sendo “uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial” (RAJA, 2021). Destaca-se dessa definição que a dor é um processo mental, uma sensação, uma emoção, uma percepção. Portanto, não é obrigatório haver uma lesão física para que ocorra a dor, bastando que o cérebro entenda uma situação como danosa (ARGOFF; DUBIN; PILITSIS, 2019). Ou seja, conforme notas do trabalho de revisão da IASP, “Dor e nocicepção são fenômenos diferentes. A dor não pode ser determinada exclusivamente pelas atividades dos neurônios sensitivos” (RAJA, 2021).

O manual sobre o controle da dor elaborado pelo Instituto Nacional do Câncer aborda a dor como uma experiência única e pessoal, havendo nela componentes emocional e social (BRASIL, 2001). Conforme Teixeira, Yeng e Kaziyama (2008), Argoff, Dubin e Pilitsis (2019) e Parker (2012), neurônios sensitivos são terminações especializadas de células nervosas e estão espalhados pelo corpo todo, sendo capazes de captar estímulos (químicos, físicos ou térmicos), e perceber a diferença entre eles. Quando um receptor neurológico ou nociceptor recebe um estímulo e percebe que ele é danoso ou nocivo aos tecidos, ele transmite mensagem, ao gerar potencial de ação que se propaga através do Sistema Nervoso Periférico (SNP) até o Sistema Nervoso Central (SNC), que passa pela medula espinal e sobe até o cérebro.

Considerando a origem fisiopatológica, a dor pode ser classificada em nociceptiva, conforme processo explicado acima (dividida em visceral e somática), e em não nociceptiva (dividida em neuropática e psicogênica).  A dor nociceptiva é a dor que tem origem num estímulo percebido por um nociceptor e corresponde ao dano a um tecido ou a um órgão. A dor nociceptiva pode ser visceral (quando a lesão é em órgãos internos), somática superficial (lesão na pele) ou somática profunda (lesão em demais estruturas: músculos, ossos, tendões e ligamentos) (TEIXEIRA; YENG; KAZIYAMA, 2008; ARGOFF; DUBIN; PILITSIS, 2019; PARKER, 2012).

A pele constitui-se de uma porção epitelial (epiderme) e uma porção conjuntiva. A derme está apoiada sobre a camada subcutânea (hipoderme), que possui adipócitos e não faz parte da pele. A epiderme é formada de epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. A derme é formada por duas camadas: a de tecido conjuntivo frouxo, de espessura fina (camada papilar), a qual está logo abaixo da epiderme, e a de tecido conjuntivo denso, mais profunda (camada reticular) (BARROS; PAULINO, 1999; PARKER, 2012).

No caso de um esfolamento, a dor é classificada como sendo nociceptiva, pois decorre de um dano tecidual, que vai gerar um estímulo que será percebido por um nociceptor. Não sendo a lesão referente a órgãos internos, a dor será considerada nociceptiva somática. Quando uma lesão atinge apenas a pele a dor nociceptiva somática será considerada superficial (TEIXEIRA; YENG; KAZIYAMA, 2008; ARGOFF; DUBIN; PILITSIS, 2019; PARKER, 2012).

Quando, no esfolamento da pele, ocorre sangramento, isso é uma evidência de que a lesão ultrapassou a epiderme e alcançou a derme, pois aí já existem vasos sanguíneos, além dos vasos linfáticos, nervos e glândulas (PARKER, 2012). Mas a dor continuará sendo classificada como nociceptiva somática superficial, se músculos, ossos, tendões e ligamentos não forem atingidos (BARROS; PAULINO, 1999)

A dor neuropática tem como origem a disfunção no sistema nervoso periférico ou central ou a ativação inadequada de nervos responsáveis em identificar e transmitir a dor (como por exemplo, compressão de um nervo por hérnia de disco ou ainda a dor em membro já amputado, denominada de dor de membro fantasma) (TEIXEIRA; YENG; KAZIYAMA, 2008; ARGOFF; DUBIN; PILITSIS, 2019; PARKER, 2012). Argoff, Dubin e Pilitsis (2019) mencionam que a dor psicogênica é a que não se enquadra como nociceptiva nem neuropática e, portanto, a origem é apenas mental, emocional ou psicológica. Entretanto, alertam que raramente alguém sofre de dor psicogênica de modo isolado e muitos dos que foram considerados como tendo tal tipo de dor, na verdade, eles tinham uma dor crônica que foi negligenciada em razão de uma avaliação equivocada. 

Outra forma de classificação da dor é quanto à sua duração, que pode ser considerada aguda ou crônica.  De acordo com a Associação Internacional para o Estudo da Dor, ela é considerada aguda se a dor for até três meses e crônica se ultrapassar esse prazo, que é o tempo padrão de cicatrização do tecido (ARGOFF; DUBIN; PILITSIS, 2019; PREUSS; KALAVA; KING, 2021). O início de uma dor aguda é súbito, havendo expectativa de que ela desapareça ao ser eliminada a causa e afastado o agente agressor, e normalmente a dor não volta a ocorrer. A dor crônica consiste num estímulo repetido aos nociceptores levando modificações ao sistema nervoso central, gerando uma adaptação a esse quadro contínuo ou recorrente de dor (BRASIL, 2001).

A intensidade da dor é também uma característica importante a ser considerada na avaliação dessa sensação. Ela pode ser leve, moderada ou grave (ARGOFF; DUBIN; PILITSIS, 2019). Contudo, não se deve esquecer os aspectos de subjetividade e emocional da dor, que podem interferir na percepção da sua intensidade, e que não é necessário haver estímulo captado por nociceptores para que se configure a mesma, tendo em vista a possibilidade de sua origem ser apenas psicológica (psicogênica). Inclusive, há que se destacar que, mesmo as dores que tiveram sua origem num estímulo captado por nociceptores, numa lesão tecidual, isso não a configura, pois a dor propriamente dita ocorre numa etapa seguinte, quando acontece a sua percepção, e isso é emocional e subjetivo (RAJA, 2021)

Normalmente, a dor é combatida pela Medicina Alopática através de analgésicos comuns e, também com opioides. Cada medicação tem sua indicação mais adequada e suas limitações e, além disso, os fármacos apresentam diversos efeitos colaterais, podendo alguns deles ser muito nocivos, conforme se constata em bulas (ANVISA, 2021a; 2021b; 2021c; 2021d; 2021e; 2021f). Os analgésicos opioides são fármacos sintéticos que possuem efeitos narcóticos similares aos produtos extraídos do ópio (opiáceos) que, ao ligarem-se a determinados receptores no sistema nervoso central, diminuem os sinais de dor para o cérebro (PREUSS; KALAVA; KING, 2021).

Os opioides interferem em muitos sistemas orgânicos e em diversas funções corporais. A depressão respiratória e a constipação são efeitos comuns decorrentes desses fármacos mais potentes, demandando cuidados e motivando inclusive a suspensão de seu uso (BENYAMIN; TRESCOT et al., 2008). Considerando que cada pessoa pode apresentar uma resposta própria e um nível diferente de tolerância à dor, a dosagem de um opioide tem que ser administrada com cautela para se obter o alívio adequado da dor, sem ultrapassar limites. Seu uso é mais apropriado quando outros fármacos não opioides são ineficazes.  Opioides são mais indicados para dor moderada a grave, e usualmente são utilizados em dor aguda intensa, embora também sejam usados em alguns casos de dor crônica (PREUSS; KALAVA; KING, 2021).

Existem controvérsias sobre o uso por um longo prazo de opioides para dor crônica não oncológica, devido ao risco de dependência e outras complicações. Os opioides interferem em muitos sistemas orgânicos e em diversas funções corporais (BENYAMIN; TRESCOT et al., 2008). A utilização de outras terapias menos agressivas que sejam eficazes em lugar da medicação alopática é uma opção que pode ser considerada quando o paciente apresentar um quadro álgico.

Alguns remédios potentes possuem efeitos colaterais agressivos, não sendo viável seu uso como primeira opção, quando houver outros menos danosos que sejam eficazes para aplicação. Entretanto, nem mesmo alguns remédios comuns, que se vendem sem receita médica e aparentemente inofensivos, estão isentos de causarem dano, conforme pode ser constatado em suas bulas (ANVISA, 2021a; 2021b; 2021c; 2021d; 2021e; 2021f). 

Cada indivíduo tem suas características, suas alergias e respostas próprias. E a dor, como resultado de uma percepção subjetiva, é uma experiência única e pessoal (BRASIL, 2001). Por exemplo, se um paciente tem problemas nos rins é necessária muita cautela para o uso de um AINES, tendo em vista seu elevado potencial de dano renal, além dos danos hepáticos e gastrointestinais desse tipo de fármaco (ARGOFF; DUBIN; PILITSIS, 2019). Torna-se recomendável a análise prévia da dor e das ferramentas de tratamento disponíveis, verificando-se o benefício versus risco, antes de se escolher uma terapia ou um fármaco, especialmente nos casos de administração de opiáceos e opioides, que possuem efeitos narcóticos (PREUSS; KALAVA; KING, 2021), sendo necessário uma anamnese adequada para identificar as características da dor que o paciente possui e a partir daí direcionar a melhor conduta (ARGOFF; DUBIN; PILITSIS, 2019).

Cada medicamento possui características farmacológicas que determinam sua eficácia para cada tipo de dor e tempo que leva para que o maior efeito analgésico seja alcançado após sua administração. A concentração de uma substância no sangue em gramas por litro é denominada de nível sérico ou nível plasmático. A princípio, à medida em que a concentração do princípio ativo de um fármaco vai aumentando no sangue, maior será sua atuação no organismo. Há um momento em que a concentração, ou nível sérico, chega ao máximo de efeito após a administração do remédio. O nível plasmático mais elevado alcançado após a administração de um fármaco em um indivíduo é chamado de Nível Plasmático Máximo ou Concentração Máxima (Cmax) (LORENZI, 2006).

O Paracetamol (acetaminofeno) e os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) são as primeiras opções para tratamento da maioria dos pacientes com dor aguda leve a moderada, enquanto que, para dor aguda grave, são mais utilizados os opioides (que são produtos sintéticos com efeitos similares aos da morfina e de outros opiáceos derivados do ópio), como o tramadol, por exemplo (AMAECHI; HUFFMAN; FEATHERSTONE, 2021). Constata-se ainda que alguns opioides são indicados especialmente para dor crônica moderada a grave, tais como a fentanila e a oxicodona, mas o início do seu efeito analgésico é demorado, inviabilizando seu uso para dor aguda, que exige uma analgesia inicial rápida (ANVISA, 2021a, 2021e, 2021f).

O paracetamol (acetaminofeno) e a dipirona (metamizol) são os analgésicos mais prescritos no Brasil e podem ser comprados até sem receita médica. Porém, os riscos à saúde são graves, a ponto terem restrição de uso nos EUA e em vários países da Europa. Por exemplo, podem causar anemia aplástica, complicações gastrointestinais, anafilaxia e agranulocitose (QUEIROZ; SANTOS et al., 2013; NORONHA; GURGEL et al., 2009). No caso do paracetamol, usado na indicação adequada, consta na bula que a redução da dor pode se iniciar 15 a 30 minutos após a utilização do fármaco, porém, o maior efeito surge depois de atingida a Cmax do princípio ativo no sangue e que, no caso do paracetamol, pode, em geral, levar até uma hora, continuando a agir por 4 a 6 horas (ANVISA, 2021b).

A dipirona (metamizol) é um anti-inflamatório não esteroidal que, além de antipirético e analgésico, atua como espasmolítico. Uma das hipóteses para explicar seu efeito analgésico é a dessensibilizacão dos nociceptores periféricos. Os efeitos analgésicos da dipirona ocorrem após 30 a 60 minutos da sua utilização. Uma pesquisa denominada “Dipirona versus paracetamol no controle da dor pós-operatória” indicou superioridade analgésica da dipirona em relação ao paracetamol (QUEIROZ, SANTOS et al., 2013).

O tramadol (Cloridrato de tramadol) é um opioide que possui ação central que inibe a recaptação da noradrenalina nos neurônios e aumenta a liberação da serotonina, de forma semelhante a alguns fármacos antidepressivos, e sua potência é 1/10 a 1/6 da potência da morfina, porém, as doses analgésicas, geralmente, não deprimem o sistema respiratório, o que difere da morfina. É indicado para dor moderada a grave. Conforme pesquisa, o tempo para que seja alcançada a Cmax do tramadol, após sua administração, é de: 45 minutos para intramuscular; 1 hora para a solução oral; 1,5 horas para comprimido; 2,2 horas para cápsulas; 4,9 h para comprimidos de liberação prolongada de 100mg (ANVISA, 2021d).

A Fentanila é um fármaco opioide indicado para dor crônica, nos casos de dor moderada a grave. Porém, dependendo de sua dosagem, se ultrapassar o limite, pode ocorrer parada respiratória, trazendo risco à vida. A dosagem é individualizada, dependendo da intensidade da dor e das características da pessoa, sendo necessário testes gradativos até que a dosagem ideal seja encontrada. Esse fármaco, usado no formato de adesivo transdérmico de absorção lenta pela pele, é contraindicado para dor aguda de elevada intensidade, pois seu pico analgésico (Cmax) corre apenas 18 a 24 horas após sua aplicação, sendo necessária analgesia suplementar inicial com outro analgésico cujo tempo para fazer efeito seja menor (ANVISA, 2021e).

Outro opioide potente e farmacodinamicamente comparada à morfina, para uso contínuo, em casos de dor crônica moderada a grave, é a oxicodona. Um estudo científico, menciona que 91% dos pacientes obtiveram controle da dor, a qual ficou reduzida para uma intensidade leve após 1,6 dias da administração desse fármaco. Por demorar cerca de 24 a 36 horas para a elevação plasmática, seu uso não é recomendado se houver necessidade imediata de alívio da dor. E, na fase inicial do tratamento com a oxicodona para a dor crônica – semelhantemente ao que ocorre com a Fentanila – é necessário utilizar previamente outro medicamento de efeito mais rápido (ANVISA, 2021f; LUGO; KERN, 2004). No Quadro 1 é apresentado a indicação de uso referente a cada fármaco e o tempo normalmente ocorrido entre a sua aplicação e o início da sua máxima analgesia (correspondente à Cmax):

Quadro 1 – Cmax e indicação de uso para cada fármaco.

Tratamento  Início da Estabilização Analgésica (Cmax)Indicação  
Dipirona45 min (+/- 15 min)dor leve a moderada
Paracetamol45 min (+/- 15 min)dor leve a moderada
Tramadol intramuscular45 mindor moderada a grave
Tramadol solução oral1 horador moderada a grave
Tramadol comprimido1,5 horador moderada a grave
Tramadol capsula2,2 horasdor moderada a grave
Tramadol liberação prolongada4,9 horasdor moderada a grave
Fentalina21 horas (+/- 3 horas)dor crônica moderada a grave
Oxicodona30 horas (+/- 6horas)dor crônica moderada a grave
Fonte: Os autores, 2021 (com base nas bulas dos medicamentos (ANVISA, 2021 a,b,c,d,e,f).

Alternativas não medicamentosas podem ser utilizadas para alívio da dor como os tratamentos biofísicos, dentre os quais temos a estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS), os lasers de baixa intensidade e as ondas de choque. O TENS pode modificar respostas anormais de nervos lesionados. Essa terapia promove a estimulação muscular e a vasodilatação, podendo favorecer alívio da dor, a redução de edema e estimular a cicatrização, sendo útil no alívio de dores musculares. Tem sido usado em dores crônicas e agudas, cujo efeito analgésico pode durar alguns minutos até duas horas. É comum seu uso para dores neurogênicas e, mais recentemente, também, tem sido aplicada no tratamento de feridas, para acelerar a cicatrização e o fechamento de lesões cutâneas (SILVA; LIMA et al., 2017).

O TENS tem sido aplicado como adjuvante no alívio da dor aguda pós-toracotomia em pacientes submetidos à cirurgia toráxica. Freynet e Falcoz (2010) constataram que, em 78 % dos artigos analisados, o TENS aplicado conjuntamente com analgésicos narcóticos gerou bom resultado. Essa associação contribuiu para a redução dos remédios. Assim, os referidos autores concluíram que, no caso de cirurgia toráxica, a associação do TENS a medicamentos pós-operatórios é eficaz no alívio da dor. Constataram ainda nesses trabalhos que o uso do TENS como único tratamento para controle da dor pós-toracotomia leve foi muito eficaz, porém, no caso de dor intensa, o uso dessa terapia isolada foi ineficaz.

Os lasers de baixa potência, também chamados de terapêuticos, alteram o processo metabólico das células atingidas e, por meio de um fenômeno de bioestimulação, promovem efeitos biológicos benéficos, de caráter analgésico, anti-inflamatório e cicatrizante. Dependendo do comprimento de onda do laser na aplicação, o resultado pode ser diferente (LINS; LUCENA et al, 2010).  Há muitas pesquisas verificando o efeito do laser para diversas situações. Rocca, Zhao et al. (2018) falam sobre o efeito do tratamento a laser em lesões aftosas, sendo utilizados aparelhos de comprimentos de ondas diferentes na pesquisa. O laser com diodo de 635nm apresentou o melhor resultado, considerando ter gerado redução da dor já durante a sua aplicação, mantendo esse alívio após o tratamento. Os lasers de diodo de 450 nm e 808 nm apresentaram redução da dor somente após a aplicação e essa redução foi aumentando gradativamente durante a semana seguinte. Porém, o laser de Er:Yag (Érbio -Ítrio – Alumínio – Granada) não teve efeito duradouro, pois houve alívio da dor somente durante o tratamento.

Num estudo de caso, Misra, Maite et al. (2013) relatam sobre um homem que estava com estomatite aftosa recorrente (EAR), com sensação de queimação, cuja dor foi percebida por ele como sendo muito intensa e classificada na posição de 80% da escala EVA. Esse quadro geralmente se repetia 3 vezes por mês. Ele recebeu o tratamento de laserterapia com utilização do diodo 940 nm. Após uma única sessão, o paciente informou que havia ocorrido o alívio da dor, não sentindo mais a queimação. Quatro dias depois, já havia ocorrido a cicatrização e dois meses após o tratamento ainda não havia nenhuma reincidência daqueles sintomas.

A terapia por ondas de choque é outro tratamento biofísico e consiste em enviar ondas de som pelo corpo, contribuindo para reduzir alguns tipos de inflamação, aliviar o inchaço e a dor local. Ela também estimula a formação de colágeno e de novos vasos sanguíneos, o que aumenta a oxigenação na região, facilitando a reparação das lesões. As tendinopatias decorrentes do uso excessivo do esporte são distúrbios musculoesqueléticos em que é usual a aplicação da terapia por ondas de choque extracorpórea (ESWT) há muitos anos. Úlceras diabéticas e não diabéticas crônicas e outras reparações teciduais são também tratadas com essa terapia e a maior parte dos artigos científicos publicados referente à ESWT apresentou efeitos positivos e benéficos (WANG, 2012).

O sistema terapêutico do Biomagnetismo Medicinal (BM) utiliza imãs com densidade de fluxo magnético a partir de 1000 Gauss até 7500 Gauss, que é condição para que ocorra o adequado equilíbrio bioelétrico e bioquímico, sendo útil no alívio da dor. O sistema difere da Magnetoterapia, a qual utiliza imãs de baixa intensidade (geralmente de 100 a 500 Gauss) (DURÁN; CASTELÁN; CASTELÁN, 2005). O desenvolvedor do BM, Dr. Isaac Goiz Durán, agrupou conhecimentos de diversas fontes para sistematizar a técnica, acrescendo a sua experiência de fisioterapeuta e de médico, bem como experiências em acupuntura, reflexodologia e várias outras terapias alternativas. Fundamental ainda foi o curso que realizou em Kentucy, EUA, com Dr. Richard Broeringmeyer, Médico da National Aeronautics and Space Administration – NASA (DURÁN, 2020; DURÁN, 2008).

Durán (2020; 2008) relata que Dr. Richard Broeringmeyer estudou na década de 30 os efeitos dos campos magnéticos em organismos vivos e, na década de 70, trabalhou para a NASA, investigando por que, ao voltar do espaço, a imunidade dos astronautas era muito baixa (o que os deixava vulneráveis a diversas enfermidades) e qual o efeito da falta de gravidade sobre eles. Uma das experiências do Dr. Broeringmeyer foi equilibrar os profissionais do espaço com campos magnéticos estáticos gerados a fim de ajudá-los a melhorar a saúde. Esse Médico Investigador descobriu que, utilizando imã de média intensidade, era possível detectar, pelo efeito do campo magnético gerado, regiões correspondentes a órgãos internos ou partes internas de um corpo que estivessem com algum desequilíbrio de pH, cuja correção poderia ser efetuada também com imãs (DURÁN, 2020; DURÁN, 2008).

O BM considera que os desequilíbrios energéticos e bioelétricos estão relacionados a desequilíbrios do potencial de Hidrogênio (pH), o qual indica o nível de acidez ou alcalinidade. É possível perceber que existe um desequilíbrio eletromagnético e de pH em um ponto ou área do corpo, colocando-se o polo norte de um imã de média intensidade no local.  Se houver um desequilíbrio ali, vai ocorrer uma reação involuntária de contração muscular em todo o hemicorpo direito do indivíduo, o que pode ser mais facilmente percebido ao se visualizar os pés do paciente, pois haverá uma variação no comprimento de sua perna direita, em decorrência da contração. Se não existir desequilíbrio, não vai ser gerada a referida reação pelo organismo, logo, não haverá variação no comprimento da perna (MARTINEZ, 2018; 2021; DURÁN; CASTELÁN; CASTELÁN, 2005; DURÁN, 2020; DURÁN, 2008).

De acordo com a teoria da magnetocepção criada pelo Dr. David Goiz Martinez, filho do Dr. Isaac Goiz Durán, essa reação muscular no hemicorpo direito se deve ao reflexo neurofisiológico de retirada após ativação de áreas específicas do cérebro (que são mais sensíveis a alterações bioelétricas e a estímulos de estresse e ansiedade) em decorrência da reação bioelétrica, ou irritabilidade, causada pelo campo magnético do imã no ponto em desequilíbrio (MARTINEZ, 2018; BEAR; CONNORS; PARADISO, 2007; BREITER; ETCOFF et al., 1996).

Martinez (2018) lembra que a área mais sensível a emoções é a amigdala cerebral e que o lóbulo parietal está relacionado à percepção dos sentidos. Diante de situação de perigo, medo, estresse, a área da amigdala cerebral é ativada e o lóbulo parietal esquerdo também, conforme constatado em ressonância magnética durante uma pesquisa. Quando as pessoas visualizavam faces com expressões de medo, a reação cerebral era de ativação nas referidas estruturas cerebrais, conforme pode ser observado na “Figura 1”, a seguir:

Figura 1 – Resposta das amigdalas cerebrais humanas (e do lóbulo parietal esquerdo) durante o processamento visual de expressões faciais de medo.

Fonte: BREITER; ETCOFF et al. (1996).

É sabido que, em geral, o lado esquerdo do cérebro comanda o lado direito do corpo e o lado direito do cérebro comanda o lado esquerdo do corpo. Portanto, considerando que foi o lóbulo parietal do lado esquerdo o ativado diante de um estímulo estressante, fica esclarecido porque é o hemicorpo direito que reage com um movimento involuntário, quando ocorre um estímulo bioelétrico decorrente do campo magnético do ímã no ponto em desequilíbrio.  Quando é colocado um imã num ponto do corpo que está em desequilíbrio energético, ocorre a ativação cerebral mencionada e, por consequência, a contração muscular involuntária no hemicorpo direito. Essa contração ocorre também no músculo iliopsoas do lado direito, fazendo com que haja um encurtamento da perna direita, o que pode ser percebido ao se observar os pés do paciente deitado na maca(MARTINEZ, 2018; BEAR; CONNORS; PARADISO, 2007; BREITER; ETCOFF et al., 1996).

O BM considera o desequilíbrio do potencial do Hidrogênio (pH), e mede a variação energética de pontos específicos do organismo onde ocorrem disfunções de acidez e alcalinidade fora dos limites fisiológicos, o que facilita o surgimento de enfermidades. A energia magnética é uma ferramenta para restabelecer o equilíbrio bioenergético e o próprio pH em benefício da saúde, incluindo o alívio da dor. É considerado também que o desequilíbrio sempre ocorre em pares e que um desequilíbrio de pH para a alcalinidade num ponto corresponde a um desequilíbrio para acidez em outro ponto, formando um Par Biomagnético (PBM), havendo um fenômeno vibracional e de ressonância entre esses dois pontos (DURÁN; CASTELÁN; CASTELÁN, 2005).

Para o equilíbrio dos pontos disfuncionais ressonantes se detecta com o polo norte (polo positivo) de um imã um ponto ou área em desequilíbrio (ponto de rastreio), é necessário então detectar com o polo sul (polo positivo) de outro imã qual o ponto ou área (ponto de impactação ou de ressonância) que gera o equilíbrio. Mantendo aplicado o imã negativo no ponto de rastreio e o imã positivo no ponto de impactação, tem-se um par de imãs (par magnético) aplicado em um Par Biomagnético no corpo. Essa aplicação exercida por um tempo adequado (que depende de algumas variáveis) contribuirá para o equilíbrio bioelétrico do PBM (MARTINEZ, 2018; 2021; DURÁN; CASTELÁN; CASTELÁN, 2005; DURÁN, 2020; DURÁN, 2008).

Se um ponto está com excesso de hidroxila (OH), correspondendo a um desequilíbrio alcalino, e for detectado um outro ponto com excesso de íons de hidrogênio (H+), correspondendo a um desequilíbrio ácido, e houver uma ressonância magnética entre eles, esses dois pontos serão partes de um PBM. O equilíbrio poderá ser feito com um par de imãs de média intensidade, colocando o polo norte de um ímã no ponto alcalino e o polo sul de outro ímã no ponto ácido. Considerando a hipótese de que os referidos íons se afastam de suas posições originais e se deslocam em direção ao ponto intermediário entre os dois pontos, poderá ocorrer uma reação química entre eles, pois H+ com OH formam H2O, que é a fórmula da água, ficando neutralizados os íons que estariam causando o desequilíbrio do pH nos dois pontos: H+ + OH = H2O (MARTINEZ, 2018; DURÁN; CASTELÁN; CASTELÁN, 2005).

Desta forma o BM possui diversos procedimentos, estratégias e protocolos para aplicação dos ímãs em diversas enfermidades. Dentre estes, o “Par Trauma Moderno” (PTM), utilizado nos diversos tipos de dor, inflamação, cicatrização e redução de edema, o qual é apresentado como uma opção de terapia para alívio da dor, com a vantagem de ser simples, não invasiva, cujos efeitos colaterais, quando eventualmente surgem, são leves e passageiros, tais como relaxamento, sonolência e aumento da diurese (MARTINEZ, 2018; 2021). O protocolo PTM consiste em aplicar um duplo imã (polo norte de um ímã ao lado do polo sul de outro ímã) no local do problema (dor ou inflamação), um duplo imã na região do fígado e um duplo imã na região próxima de cada um dos rins.

O objetivo deste estudo foi verificar os efeitos do protocolo Par Trauma Moderno (PTM) do Biomagnetismo Medicinal (BM) no alívio da dor aguda grave e qual o tempo para início da analgesia após a aplicação dos ímãs.

MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho é um estudo de caso e consiste numa pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem quantitativa, com análise do prontuário de um indivíduo que recebeu a terapia do Biomagnetismo Medicinal (BM), um tratamento não invasivo, que utiliza ímãs, para auxiliar o organismo a aliviar a dor, objetivando verificar seus efeitos. A participante da pesquisa é do sexo feminino, 51 anos de idade, da cidade de Joaçaba (SC), a qual foi atendida com o BM para tratamento de dor aguda grave de origem nociceptiva somática superficial. Critério de Inclusão: possuir sintoma de dor aguda grave e ter sido tratada previamente com o BM. Critério de exclusão: ter utilizado medicamentos conjuntamente com o tratamento de BM e não assinar o TCLE (Termo de Consentimento Livre Esclarecido).

O prontuário da participante de pesquisa contém dados sobre o tratamento e outras informações, que foram coletados e analisados após os critérios de exclusão terem sido aplicados. A Escala Visual Analógica (EVA) foi o instrumento utilizado para quantificar a intensidade da dor sentida no dia do atendimento, antes da aplicação do PTM e logo após sua aplicação, bem como da dor sentida no dia anterior ao atendimento (PIMENTA; CRUZ, 2006).

De acordo com Martinez, Grassi e Marques (2011), essa escala é constituída por uma linha de 10 cm, em que um extremo corresponde a “ausência de dor” e o outro, “dor insuportável”. O paciente indica em qual posição dessa linha se encontra sua dor. Pode-se fazer a seguinte pergunta a ele: “Em uma escala de 0 a 10, sendo que 0 significa ausência de dor e 10 significa a pior dor que você pode imaginar, como está sua dor agora?”

No prontuário foram ainda coletados os dados sobre o nível de interferência/impedimento da dor nas suas atividades corriqueiras e laborais, bem como o nível de sensibilidade dos ferimentos ao toque e à pressão (utilizando uma escala de zero a dez), antes e depois de cada atendimento.

O protocolo de BM utilizado para o tratamento foi o “Par Trauma Moderno” (PTM) descrito por (MARTINEZ, 2018), que consiste em aplicar duplo imã (um polo norte e um polo sul) de média intensidade, simultaneamente no local da dor, na região do fígado e na área de cada um dos rins. A indicação de tempo de aplicação do PTM é de meia hora a uma hora aproximadamente, não havendo necessidade de se retirar a roupa para colocação dos magnetos A quantidade de aplicação do PTM pode ser uma ou mais vezes ao dia, em dias seguidos ou alternados, dependendo da resposta do organismo.

RESULTADOS – Relato de Caso

A Voluntária, tendo manuseado centenas de blocos de concreto sem usar luvas, nos dias 12 e 13 de junho de 2021, ficou com vários de seus dedos esfolados (Figura 2), e apesar de começar a sentir dor, não tomou nenhuma providência nesses dias para solucionar o incômodo.

Figura 2 – Mãos com dedos esfolados

Fonte: Os autores, 2021.

No dia 14, a dor foi aumentando e a sensibilidade ao toque e à pressão também, a ponto de não conseguir fazer praticamente quase nada das atividades normais de seu dia a dia, pois bastava encostar o dedo em qualquer coisa que a dor aumentava. Não conseguia – sem enorme sofrimento – segurar uma caneta, um garfo ou vestir uma roupa.

 À noite do dia 14, não conseguiu dormir e passou em claro a madrugada que se seguiu. No dia 15, pela manhã, solicitou atendimento de Biomagnetismo Medicinal, pois já conhecia os efeitos benéficos dessa terapia. Relatou que tinha a sensação de que havia “um coração pulsando em cada um de seus dedos” de tanto que latejavam. Informou que não havia tomado nenhuma medicação nem procurado atendimento médico ou hospitalar, não possuindo nenhum exame de imagem a apresentar.

Antes de iniciar o tratamento, foi feita observação visual das lesões e avaliação da intensidade da dor, utilizando a Escala Visual Analógica (EVA), onde zero significa nenhuma dor e 10 equivale a uma dor muito severa, praticamente insuportável. Nos dedos mais afetados (polegar, anelar e médio), nos quais havia alguns pontos com sinais de sangramento, a dor foi classificada pela paciente como sendo de intensidade igual a 10 e nos demais dedos, menos lesionados, a intensidade foi classificada como sendo igual a 8 (dor severa ou grave).

A participante da pesquisa foi tratada com o protocolo Par Trauma Moderno (PTM) do Biomagnetismo Medicinal (BM). Ou seja, duplo imã (um polo norte e um polo sul) de média intensidade, simultaneamente no local da dor, na região do fígado e na área de cada um dos rins (Figuras 3, 4 e 5, respectivamente, da Tabela 1).

Tabela 1: Par Trauma Moderno (PTM) do Biomagnetismo Medicinal (BM)

Fonte: Os autores, 2021.

Apesar de, normalmente, o tempo de aplicação desse protocolo ser de aproximadamente 30 minutos, optou-se por manter a aplicação do mesmo pelo período de uma hora, por precaução, em decorrência da dor ser muito intensa.

10 minutos após receber a aplicação dos ímãs, a participante da pesquisa informou que a dor latejante havia cessado, sendo que a analgesia se estabilizou após 15 minutos do início da sessão. Os dedos que possuíam intensidade de dor igual a 8 cessaram totalmente de doer, enquanto aqueles, cuja dor era de intensidade igual a 10, tiveram a dor reduzida para a intensidade leve (avaliada como sendo igual a 2).

A participante da pesquisa informou posteriormente que, algumas horas após a sessão de Biomagnetismo, todos os dedos estavam sem dor, apesar de que ainda continuavam sensíveis ao toque e à pressão, porém, conseguiu fazer várias atividades já naquele mesmo dia.

Recomendou-se para ela retornar para atendimento e avaliação dois dias depois. Porém, se a dor voltasse a ocorrer, o atendimento seria antecipado para se realizar uma nova aplicação do Protocolo do BM.

A participante da pesquisa informou posteriormente que em 16 de junho de 2021 (dia seguinte à sessão) continuava sem dor nos dedos e que a sensibilidade ao toque e à pressão havia sido diminuída e que apenas cerca de 20% de suas atividades corriqueiras estavam ainda um pouco prejudicadas.

No dia 17 de junho de 2021 pela manhã, continuava sem dor e a sensibilidade dolorosa ao tato e à pressão também estava quase zerada. Animada com a excelente e rápida melhora, começou a lavar e a esfregar roupas, sem tomar os devidos cuidados, causando a queda das casquinhas, lesionando novamente os dedos, interrompendo o processo de cicatrização e gerando um novo quadro álgico. Segundo relatou, se esse fato não houvesse ocorrido, ela continuaria naquele dia totalmente sem dor e sem sensibilidade dolorosa ao toque ou pressão nos dedos e, provavelmente, no dia seguinte já poderia lavar roupa sem problemas e executar normalmente todas as suas atividades laborais sem dificuldade ou impedimento, tendo recebido apenas uma aplicação do protocolo PTM do BM.

Com a nova lesão, foi necessária uma nova aplicação do protocolo PTM no dia 17. Utilizando a Escala EVA, a dor que a sentida antes dessa aplicação foi mensurada como 4 (moderada) para alguns dedos e como 7 (grave) para outros. As atividades laborais também estavam novamente prejudicadas em cerca de 80%, estimou participante da pesquisa. Logo após a aplicação, todos os dedos estavam sem dor. Naquele mesmo dia, a sensibilidade dolorosa ao toque e à pressão também começou a diminuir, o que possibilitou executar cerca de 60% de suas atividades normais.

Retornou no dia 22 de junho de 2021, constatando-se que a lesão estava completamente cicatrizada. Informou que desde o dia 20 já estava executando suas atividades laborais normalmente sem impedimento e que não sentiu mais dor nos dedos. Portanto, não houve mais necessidade de Terapia.

A seguir, são apresentados quadros (Quadro 2 e Quadro 3) contendo informações sobre a intensidade da dor antes e depois de cada atendimento, bem como sobre o percentual das atividades laborais que foram impedidas de serem realizadas por interferência da situação álgica também antes e depois das aplicações do Biomagnetismo Medicinal.

Quadro 2 – Avaliação da intensidade da dor nos dedos esfolados antes e após aplicação do protocolo PTM, utilizando a Escala Visual Analógica (EVA)

  1° Atendimento  2° atendimento  
Dia14/06/202115/06/202116/06/202117/06/202120/06/2021
 Dia anterior à primeira aplicação  Antes da primeira aplicação  Depois da primeira aplicação (*)  Dia seguinte à primeira aplicação  Antes da aplicação (após nova lesão) (**)  Depois da aplicação  (***)  
Dedos menos feridos6800400
Dedos mais feridos8102(*)0700
Legenda: (*) A intensidade da dor classificada com nível 10 na EVA antes da aplicação foi reduzida para 2 até o final da sessão de Biomagnetismo, porém, algumas horas depois, no mesmo dia, com o efeito continuado do tratamento no organismo, a dor foi totalmente eliminada, caindo para a intensidade 0. (**) Na manhã do dia 17/06/2021 a intensidade da dor era “0”, porém, animada com a melhora, visto que não tinha mais praticamente sensibilidade dolorosa à pressão e ao tato, a participante da pesquisa informou que foi esfregar roupa e machucou os dedos novamente, caiu a casca dos ferimentos, gerou sangramento, interrompeu o processo de cicatrização e surgiu a dor com a intensidade indicada (moderada/grave). (***) no dia 22/06/2021 retornou para atendimento avaliativo, informando que já no dia 20 estava tudo cicatrizado e sem dor bem como não havia mais sensibilidade dolorosa diante de tato ou pressão nos dedos. Fonte: Os autores, 2021

Quadro 3 – Interferência da dor nas atividades corriqueiras (% de impedimento laboral)

  1° Atendimento 2º Atendimento 
Dia14/06/202115/06/202116/06/202117/06/202120/06/2021
 Dia anterior à primeira aplicaçãoAntes da aplicaçãoDepois da aplicaçãoDia seguinte à primeira aplicaçãoAntes da aplicação, (após nova lesão) (*)Depois da aplicação 
% aproximado de impedimento das atividades corriqueiras100%100%50%20%80%40%0%
Legenda: (*) Na manhã do dia 17/06/2021, animada com a melhora, visto que não sentia dor e praticamente não tinha sensibilidade dolorosa à pressão e ao tato, relata que foi esfregar roupa e machucou os dedos novamente, caindo a casca dos ferimentos, interrompendo o processo de cicatrização, o que gerou novamente sangramento e dor, voltando a ter sensibilidade dolorosa ao tato e à pressão, o que voltou a impedir 80 % de suas atividades corriqueiras nesse dia. Fonte: Os autores, 2021

3 DISCUSSÃO

Conforme consta no Quadro 1, há diversos fármacos para alívio da dor, e para cada tipo de dor há um ou mais fármacos adequados. O menor tempo para início dos efeitos analgésicos (Cmax) desses remédios ali citados são os não opioides (aplicáveis a dor leve a moderada) e é em média 45 minutos (30 minutos a 1 hora). O tempo mínimo para alcance do máximo alívio da dor para os opioides vão de 45 minutos até várias horas, conforme o fármaco e forma de administração. Uma terapia alternativa não invasiva que consiga aliviar a dor e que o faça de forma rápida, e com tempo menor que o acima mencionado, poderá gerar grande benefício, principalmente no caso de uma dor aguda grave ou insuportável, ao reduzir o tempo de sofrimento.

Há diversas terapias alternativas e complementares – e entre elas os tratamentos biofísicos, tais como o TENS, as ondas de choque extracorpóreo e a laserterapia de baixa potência – que podem ser utilizadas como opção aos medicamentos alopáticos no combate à dor. Também tem havido utilização conjunta de fármacos com algumas dessas terapias de forma complementar, para potencializar o efeito da medicação.

Alguns desses tratamentos alternativos ou complementares têm apresentado resultados positivos em determinadas situações. Por exemplo, segundo estudo de caso efetuado por Misra, Maite et al. (2013), uma única sessão utilizando laser de diodo 940 nm foi capaz de eliminar completamente uma dor severa causada por estomatite aftosa recorrente (EAR) e os sintomas e sinais que antes ocorriam cerca de 3 vezes por mês, ficaram pelo menos 2 meses sem aparecer.

Freynet e Falcoz (2010), após análise de vários artigos científicos, informaram que o TENS também foi muito eficaz como único tratamento para controle da dor pós-toracotomia leve, porém, no caso de dor grave, o uso dessa terapia isolada foi ineficaz. Já o uso do TENS conjuntamente com remédios contribuiu para a redução da quantidade desses fármacos. 

Terapia biofísica com ondas de choque extracorpórea (ESWT) também tem sido utilizada para remissão de Úlceras diabéticas e não diabéticas crônicas (que podem trazer a dor associada) e outras reparações teciduais, havendo resultados positivos e benéficos (WANG, 2012).

No presente estudo de caso, o Biomagnetismo Medicinal (BM) é apresentado como mais uma opção de terapia alternativa complementar para auxiliar o organismo a promover a saúde e o bem-estar, inclusive no alívio da dor, através do protocolo Par Trauma Moderno (PTM), utilizando campos magnéticos estáticos.

Há três artigos científicos dignos de menção em que houve a aplicação do Biomagnetismo Medicinal, encontrados na revisão bibliográfica, os quais tiveram resultados benéficos. Dois deles referem-se ao uso combinado do Biomagnetismo Medicinal com outra terapia alternativa (Potencialização de Insulina – IPT) em pacientes com câncer, cujo resultado menciona que cerca de 20 % das amostras tiveram remissão total além de grande parte obter remissão parcial (DAMYANOV; MASLEY; TODOROV, 2019a, 2019b). O terceiro artigo refere-se a 13 pacientes que estavam com febre tifoide (tifo), com exame laboratorial positivo, e que, após uma única aplicação do Biomagnetismo Medicinal de forma isolada, a maioria (10 pessoas) apresentou resultado laboratorial negativo e todos melhoraram dos sintomas, indicando, assim, o potencial dessa técnica (FRANK, 2017).

No presente estudo de Caso, foi constatado que, numa dor aguda severa (intensidade 8, na escala EVA), houve alívio total em apenas 15 minutos após iniciada a aplicação do protocolo PTM do BM e, mesmo no caso de dor extremamente severa (intensidade 10), ela foi, nesse mesmo tempo, reduzida para uma dor leve (intensidade 2) e, algumas horas depois, esses demais dedos também ficaram com alívio total da dor. 

Observou-se também que, logo após a sessão do BM, houve significativa redução da sensibilidade dolorosa ao tato e à pressão nos dedos da participante da pesquisa, reduzindo assim as dificuldades ou impedimentos que ela tinha na execução das atividades laborais do dia a dia.

Outra constatação relevante é que a aplicação do BM não apresentou efeitos colaterais danosos, mas apenas sintomas de recuperação leves, e passageiros, como sonolência e aumento da diurese, evidenciando a atuação benéfica dos campos magnéticos estáticos no organismo.

Considerando o que foi exposto, e com base nos artigos científicos citados, percebe-se que existem várias terapias alternativas e complementares apresentando resultados positivos e benéficos, e entre elas está o Biomagnetismo Medicinal e, no presente estudo de caso, em que se analisou a aplicação do protocolo PTM do BM para alívio da dor, constatou-se também a existência de resultados muito bons.

CONCLUSÃO

Este estudo de caso apresentou que a aplicação do protocolo Par Trauma Moderno (PTM) do Biomagnetismo Medicinal (BM) melhorou o quadro de dor da participante da pesquisa e que pode apresentar potencial terapêutico como uma alternativa complementar inovadora e contribuir muito, e de forma rápida, para o alívio da dor. Com uma única aplicação desse protocolo – após 15 minutos do início da aplicação – uma dor aguda grave (intensidade 8, pela escala EVA) foi aliviada totalmente e uma dor próxima do insuportável (intensidade 10) foi reduzida a uma dor leve (intensidade 2) e, horas depois, não havia mais nenhuma dor. Os efeitos secundários são leves, passageiros e não danosos, como sonolência e aumento da diurese. Assim, conclui-se que o PTM pode ser uma opção para alívio da dor, inclusive nos casos de dor aguda intensa. Porém, não seria cabível generalizar os resultados deste trabalho, sendo necessária a realização de pesquisas complementares com amostras significativas referente à aplicação do BM.

REFERÊNCIAS

AMAECHI, O.; HUFFMAN, M. M.; FEATHERSTONE, K. Terapia farmacológica para dor aguda. V. 104, n. 1, p. 63-72. 2021. PMID: 34264611. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34264611/. Acesso em: 31 out. 2021

ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Bulário eletrônico. Brasília. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/sistemas/bulario-eletronico. Acesso em: 31 out. 2021

ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA.  Bulário eletrônico; paracetamol. Brasília. 2021. Disponível em: https://consultas.anvisa.gov.br/#/bulario/q/?nomeProduto=paracetamol. Acesso em: 31 out. 2021

ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Bulário eletrônico: dipirona. Brasília. 2021. Disponível em: https://consultas.anvisa.gov.br/#/bulario/q/?nomeProduto=dipirona. Acesso em: 31 out. 2021

ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Bulário eletrônico: cloridrato de tramadol. Brasília. 2021. Disponível em: https://consultas.anvisa.gov.br/#/bulario/q/?nomeProduto=CLORIDRATO%20DE%20TRAMADOL. Acesso em: 31 out. 2021

ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Bulário eletrônico: fentanila. Brasília. 2021. Disponível em: https://consultas.anvisa.gov.br/#/bulario/q/?nomeProduto=citrato%20de%20fentanila. Acesso em: 31 out. 2021

ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Bulário eletrônico: oxicodona. Brasília. 2021. Disponível em: https://consultas.anvisa.gov.br/#/bulario/q/?nomeProduto=cloridrato%20de%20oxicodona. Acesso em: 31 out. 2021

ARGOFF, C. E.; DUBIN, A.; PILITSIS, J. G.Secrets – Tratamento da Dor. 4. ed.Rio de Janeiro RJ. Thieme. 2019. Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=-fGPDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT3&dq=vis%C3%A3o+geral+da+dor&ots=ebCPFo9Tlc&sig=VrDpj5KHVl4-wolrqFiwP51m2lQ#v=onepage&q=vis%C3%A3o%20geral%20da%20dor&f=false  Acesso em: 31 out. 2021

BARROS, C.; PAULINO, W. R. O Corpo Humano. São Paulo, SP: Ática. 1999. 232 p.

BEAR, M. F.; CONNORS, B.; PARADISO, M. Neurociencia La Exploración del Cerebro. 3 ed. Philadelphia, PA, USA: Lippincot Williams and Wilkins. 2007.

BENYAMIN, R; TRESCOT, A. M. et al. Opioid complications and side effects. Pain Physician. v. 11, n. 2, Suppl: S, p. 105-120.  2008.  PMID: 18443635. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/18443635/. Acesso em: 31 out. 2021

BREITER, H. C. M.; ETCOFF, N. L. et al. Response and Habituation of the Human Amygdala during Visual Processing of Facial Expression. Neuron, Vol. 17, p. 875–887. 1996. doi: 10.1016/s0896-6273(00)80219-6. PMID: 8938120. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/8938120/. Acesso em: 31 out. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Cuidados paliativos oncológicos: controle da dor.  Rio de Janeiro: INCA, 2001.

DAMYANOV, C.; MASLEV, I; TODOROV, A. Um Novo Método de Tratamento de Tumores Metastáticos Avançados. Anais de Relatos de Casos Clínicos. Bulgária. Remedy Publications LLC.  v. 4, art. 1647, 2019a. Disponível em: blob:https://web.telegram.org/519a520a-8c14-421e-814d-057349a6d9f7.

DAMYANOV, C.; MASLEV, I.; TODOROV, A. Clinics in Oncology Integrative Oncology at the Clinicist’s Look Chronology for the Creation and Development of the IPT & BMP Method for Treatment of Oncological Diseases. Bulgária. Remedy Publications LLC.  v. 4, art. 1671, 2019b. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/338358292_Clinics_in_Oncology_Integrative_Oncology_at_the_Clinicist%27s_Look_Chronology_for_the_Creation_and_Development_of_the_IPT_BMP_Method_for_Treatment_of_Oncological_Diseases_OPEN_ACCESS

DURÁN, I. G. El Par Biomagnético. Universidade de Nuevas Ciencias Medicas. Mexico, 2020.

DURÁN, I. G. O par biomagnético. Universidade de Nuevas Ciencias Medicas. Mexico, 2008.

DURÁN, I. G.; CASTELÁN, G. M.; CASTELÁN, P. M.  Par biomagnético, biomagnetismo médico y bioenergética, experiencias de curación, v. 1. 2005. Universidade Autónoma de Chapingo. Mexico, 2005.

FRANK, B. L. Biomagnetic Pair Therapy and Typhoid Fever: A Pilot Study. Med Acupunct. v. 29, n. 5, p. 308-312. 2017.   doi:10.1089/acu. 2017.1253 Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29067141/  e https://www.scielo.br/j/jbpml/a/Hj6QN7mmmKC4Q9SNNt7xRhf/?lang=pt. Acesso em: 08 dez. 2021.

FREYNET, A.; FALCOZ, P.E. Is transcutaneous electrical nerve stimulation effective in relieving postoperative pain after thoracotomy?Interact Cardiovasc Thorac Surg. V.10, n. 2, p. 283-288. 2010. doi:10.1510/icvts.2009.219576. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19910359/. Acesso em: 31 dez. 2021.

LINS, D.A.U.; LUCENA, K.C.R. et alEfeitos bioestimulantes do laser de baixa potência no processo de reparo. An. Bras. Dermatol. 2010. v. 85, n. 6, p. 849-55. 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abd/a/PDZDkSSQdZkL5xdjYZh4VVN/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 31 dez. 2021.

LORENZI, T. F. Manual de Hematologia: propedêutica e clínica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

LUGO, R. A.; KERN, S. E.  The pharmacokinetics of oxycodone. Journal of pain palliative care pharmacotherapy.  v. 18, n. 4, p. 17-30. 2004. doi:10.1300/j354v18n04_03. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15760805/. Acesso em: 31 out. 2021.

MARTINEZ, D. G. Manual del Biomagnetista. Ciudad de Mexico. Biomagnetism Research Institute. 168 p.  2018.

MARTINEZ, D. G. Programa de terapias, cursos y praticas 2021: par biomagnético. Ciudad de Mexico. Biomagnetism Research Institute. 2021.

MARTINEZ, J. E.; GRASSI, D. C.; MARQUES, L. G.    Análise da aplicabilidade de três instrumentos de avaliação de dor em distintas unidades de atendimento: ambulatório, enfermaria e urgência. São Paulo: Rev. Bras. Reumatol. v. 51, n.4, p. 299-308. 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbr/a/NLCV93zyjfqB6btxpNRfBzJ/abstract/?lang=pt. Acesso em: 31 out. 2021.

MISRA, N.; MAITI, D. et al. nm diode laser therapy in management of recurrent apthous ulcer. BMJ Case Rep. 17 abr. 2013. bcr2012008489. doi: 10.1136/bcr-2012-008489. PMID: 23598930; PMCID: PMC3644907. Disponível em:  https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3644907/. Acesso em: 31 dez. 2021.

NORONHA, V. R.; GURGEL, G. D. et al. Analgenic efficacy of lysine clonixinate, paracetamol and dipyrine in lower third molar extraction: a randomized controlled trial. Med Oral Patol Oral Cir Bucal.   v. 14 n.8 p. 411-425.  2009. PMid:19415056 Disponivel em: https://europepmc.org/article/MED/19415056. Acesso em: 31 out. 2021

PARKER, S. O livro do corpo humano. 4. ed. Trad. CERQUEIRA, E. P.; SILVA, A. F. da; CHAGAS, C. F. São Paulo. Ciranda Cultural. 2012.

PIMENTA, C. A. M.; CRUZ, D. A. L. M. da. Crenças em dor crônica: validação do Inventário de Atitudes frente à Dor para a língua portuguesa. Revista da Escola de Enfermagem da USP [online]. v. 40, n. 3, p. 365-373. 2006 Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0080-62342006000300008. Epub 26 Fev 2008. ISSN 1980-220X. https://doi.org/10.1590/S0080-62342006000300008. Acesso em: 08 dez 2021.

PREUSS, C. V.; KALAVA, A.; KING, K.C. Prescription of Controlled Substances:Benefits and Risks. Stat Pearls. 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30726003/. Acesso em: 31 out. 2021

QUEIROZ, T.  P.; SANTOS, P. L. et al. Dipirona versus paracetamol no controle da dor pós-operatória. Revista Odontologia da Unesp. São Paulo (SP). 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rounesp/a/HTG5ShBM3VyFnThfk65NbPb/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 31 out. 2021

RAJA, S. N.; CARR, D. B. et al. Definição revisada de dor pela Associação Internacional para o Estudo da Dor: conceitos, desafios e compromissos. Tradução: Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor. 2021.

ROCCA, J.P.; Zhao, M. et al.  Effect of laser irradiation on aphthae pain management: A four different wavelengths comparison. J Photochem Photobiol B. dez. 2018. v. 189.  p. 1-4. 2018. doi: 10.1016/j.jphotobiol.2018.09.016. Epub 2018 Sep 20. PMID: 30268950. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30268950/. Acesso em: 31 dez. 2021

SANTOS, M. S. M. dos. Avaliação da sensibilidade no trajeto do nervo intercostobraquial, em mulheres com linfadenectomia axilar, pós cirurgia por câncer de mama. Dissertação (Mestrado de Enfermagem em Saúde Pública). Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP. Ribeirão Preto. 67 p. 2008. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-06082008-143331/publico/MarinaScarulis.pdf. Acesso em: 08 dez.2021

SILVA, S.M. da; LIMA, P.R.C. de et al. Trascutaneous Electrical Nerve Stimulation (TENS) de baixa frequência no processo de cicatrização cutânea em ratos. Pará. Research Medical Journal.2017. v. 1, n.1, p. e09.  DOI: 10.4322/prmj.2017.009. Disponível em: https://prmjournal.org/article/10.4322/prmj.2017.009/pdf/prmjournal-1-1-e09.pdf. Acesso em: 08 dez. 2021.

TEIXEIRA, M. J.; YENG, L. T.; KAZIYAMA, H. H. S. (org). Dor: Síndrome dolorosa miofascial e dor músculo-esquelética. São Paulo: Rocca. 2008.

VARANDAS. C. M. B. Fisiopatologia da Dor. Dissertação apresentada à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas. Universidade Fernando Pessoa. 2013. Disponível em: http://hdl.handle.net/10284/3955. Acesso em 31 out. 2021.

WANG, C. J. Extracorporeal shockwave therapy in musculoskeletal disorders. J Orthop Surg Res. 20 mar. 2012. v. 7, p.11. 2012. doi: 10.1186/1749-799X-7-11. PMID: 22433113; PMCID: PMC3342893.  Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22433113/. Acesso em: 31 dez. 2021.


¹Alunos da Pós-graduação em Biomagnetismo e Bioenergética Aplicados à Saúde, Instituto Par Magnético – IPM, Centro Universitário de Tecnologia de Curitiba – UNIFATEC – PR, Brasil.
²Professora Coorientadora da Pós-graduação em Biomagnetismo e Bioenergética Aplicados à Saúde, Instituto Par Magnético – IPM, Centro Universitário de Tecnologia de Curitiba – UNIFATEC – PR, Brasil.
³Professora Orientadora da Pós-graduação em Biomagnetismo e Bioenergética Aplicados à Saúde, Instituto Par Magnético – IPM, Centro Universitário de Tecnologia de Curitiba – UNIFATEC – PR, Brasil.