BILDUNGSROMAN  E O JORNALISMO LITERÁRIO: UMA ANÁLISE DA PRODUÇÃO DO ROMANCE

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7908700


Lízia Adriane Freire Ferreira Gomes
Rita de Cássia Oliveira


RESUMO: O presente artigo objetiva realizar um estudo comparativo do bildungsroman, romance de formação, cuja primeira aparição se deu na Alemanha, no século XVIII, e que buscava a escrita de desenvolvimento e evolução de uma personagem, e do Jornalismo Literário – subgênero do Jornalismo, que se propõe a narrar com literariedade (literaturnost) os acontecimentos da vida real, sob o viés do New Journalism, novo modelo surgido a partir da década de 60. Dessa forma, elucida-se, nesse trabalho, a origem desses dois gêneros narrativos, inferindo as possíveis aproximações entre narrativas ficcionais e reais, respectivamente provindas do Jornalismo e da Literatura A escolha de tais missivas é explicada pela justificativa de que ambas, embora de áreas distintas de escrita, contém análises de personagens que, agregadas aos seus respectivos sistemas socioeconômicos, políticos e culturais, trazem evoluções e transformações. Como esteio, há o papel constitutivo do romance, presente nos dois tipos de escrita narrativa. 

A ESCRITA DO BILDUNGSROMAN

No início do século XVIII, o romance foi designado como epopeia da modernidade (tomando como égide o romance de Fénelon, Telêmaco, de 1699-1700), visto que foi considerado a forma épica dos tempos burgueses, passada num mundo burguês e que abordava temas burgueses. Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister, de Goethe, na Alemanha, 1796, apareceu num momento em que a história do romance moderno atingia o ponto máximo de sua trajetória desde o seu surgimento. O denominado bildungsroman foi entendido como uma narrativa de formação. Os críticos alemães Jürgen Jacobs e Markus Krause, na obra O Bildungsroman alemão, em 1989, sintetizam as características fundamentais que tornam um romance um típico Bildungsroman:

O protagonista deve ter uma consciência de certa forma explícita de que ele próprio não percorre uma sequência de aventuras mais ou menos aleatórias, mas sim um processo de autodescobrimento e de orientação no mundo. Com isso, via de regra, a imagem que o protagonista tem da meta de sua trajetória de vida é determinada por enganos e avaliações equivocadas, devendo ser corrigidas apenas no transcorrer de seu desenvolvimento. Ele tem como experiências típicas: o abandono da casa paterna, a atuação de mentores e de instituições acadêmicas, o encontro com a esfera da arte, confissões intelectuais eróticas, experiência profissional e também, eventualmente, contato com a vida política. Na plasmação e na valorização desses motivos, os romances diferem extraordinariamente. (JACOBS & KRAUSE 1989, p. 37)

Nesse espeque, dentre os estudos brasileiros voltados para a questão desse gênero narrativo, o trabalho de Wilma Patrícia Maas, em : O Cânone Mínimo: O Bildungsroman na História da Literatura (2000), ganha relevância, pois assevera as possíveis definições do gênero e alguns dos problemas aí envolvidos segundo a tradição crítica. Maas intenciona realçar o Bildungsroman não como sendo “propriamente literário”, mas sobretudo formado por “manifestações discursivas” extraliterárias (2000, 25) — e assim esbarra na indefinição do conceito, ou ao menos a retirada de uma explicação exclusiva da análise textual dos romances. 

No Brasil, tal modelagem romântica não traz os mesmos esquemas da Alemanha, porquanto a existência de condições históricas e de produção diferentes da europeia. Entretanto, no final do século XIX e século XX, dentro dos estilos literários alcunhados de Realismo-Naturalismo e Modernismo, alguns escritores interessaram-se por esse gênero, a partir da análise social, como uma tese científica dos problemas vivenciados na realidade. Não é à toa, que essa literatura foi chamada de engajar, uma vez que, partindo das dilacerações sociais, as narrativas não tinham somente o intento de ficção, mas de denúncia. Romances como O Ateneu (1888), de Raul Pompéia, e Verão no Aquário (1964), de Lygia Fagundes Telles, apontavam em suas narrativas um “processo de formação” das personagens protagonistas, numa visão mais descritiva e realista da sociedade. 

Por ser a Bildung um processo temporal e, portanto, histórico, ela se posiciona em em etapas, momentos e épocas. Com efeito, há “tempos” da humanidade, da cultura, da história, do pensamento, da linguagem, da arte e dos indivíduos. Na Alemanha, o personagem masculino era o protagonista dos romances de formação por razões históricas, por exemplo. Em outros países europeus e americanos, o modelo de Bildungsroman assume formas diversas variando, inclusive, quanto ao sexo da personagem. 

Essa indeterminação conceitual abre para a possibilidade de uma visão a ser captada e de facilmente auferir a harmonia da realidade, objeto do Jornalismo, e a tônica inicial do romance: a narrativa de uma interioridade. 

Incorpora-se assim que o ambiente real tem influência na arregimentação da  própria consciência do indivíduo em formação, da mesma forma que lhes concede institucionalidade enquanto um estágio deste desenvolvimento. 

JORNALISMO LITERÁRIO E O ROMANCE- REPORTAGEM

A função do jornalismo engaja-se com a “razão de ser” dos acontecimentos, numa espécie de fotografia da realidade. Ao humanizá-la, no sentido de trazer reflexões sobre ela, está o jornalismo literário. As questões sociais ou assuntos de interesse geral, por exemplo, nortearam, a partir da década de 60, o modo de retratar o que se passava na sociedade. Assim, usando elementos da literatura, dando razão à literariedade (literaturnost), surgiu o novo jornalismo, que atraía um público maior. Essas narrativas do real alcançaram também indivíduos, ou seja, mais do que tratar a realidade no geral, analisar-se-ia a vida das pessoas, particularmente.

O jornalismo começa a partir da primeira forma de comunicação humana. Segundo Castilho (apud PENA, 2008:23), “se a primeira grande aquisição comunicativa do Homo Sapiens é a fala, isso não exclui que tenha havido comunicação antes de sua aquisição”

Os autores americanos Bill Kovach e Tom Rosenstiel2 consideram os relatos orais como um pré-jornalismo e o historiador Peter Burke3 identifica-os como a primeira grande mídia da humanidade. Mas Marcondes (apud PENA, 2008:28) aponta a seguinte classificação para a evolução do jornalismo:

a) A Pré-História do jornalismo, cuja produção é artesanal e elementar compreende o período de 1631 a 1789;
b) O primeiro jornalismo, que compreende o período de 1789 a 1830, caracteriza-se pela ascensão de escritores, políticos e intelectuais produzindo textos literários, políticos e críticos;
c) A imprensa de massa dá início à profissionalização dos jornalistas, o aparecimento de reportagens e manchetes, da publicidade e compreende o período de 1830 a 1900. É denominado Segundo Jornalismo;
d) O Terceiro Jornalismo, de 1900 a 1960 é marcado pela imprensa monopolista. Acontecem grandes tiragens e a influência das relações públicas é notável;
e) A partir de 1960 em diante, a informação eletrônica interativa e ampla utilização da tecnologia, facilitando o avanço e velocidade na transmissão das notícias marca o chamado Quarto Jornalismo.

Em Veneza, no século XVI, a moeda utilizada era o gazzette. Daí, o nome “gazeta”, que, na verdade, é uma das primeiras manifestações dos jornais, notadamente caracterizada por ser manuscrita, periódica e acessível quanto ao preço: custavam uma moeda, ou seja, uma “gazeta”. Como Pena (2008:34): “As notícias [da gazeta] eram vinculadas ao interesse mercantil com informes sobre colheitas, chegada de navios, cotações de produtos e relatos de guerra” (grifo meu). Percebe-se que a linguagem verbal na atividade jornalística assume transparência, limpidez e clareza, já que noticiavam os acontecimentos sociais e, indubitavelmente, esta atividade estava em consonância com as exigências do capitalismo.

A identidade do jornal então parecia abdicar uma postura contrária ao da expressão literária. Em outras palavras, a linguagem literária e seus atributos davam espaço à eficácia comunicativa, que, de longe, deixavam qualquer margem de ficcionalidade. Isso dava a ideia de que Jornalismo e Literatura não ficariam distantes. Muito pelo contrário, traçaram o mesmo caminho. Os enlaces entre Jornalismo e Literatura melhor são compreendidos quando são levados em conta seus contextos de produção e difusão editoriais, sempre ligados às relações econômicas contingentes.

Como Bulhões (2007:30):

O percurso de convergência entre jornal e letras – isto é, entre jornalismo e literatura – é um território de impasses, ajustes e conflitos derivados das configurações assumidas e pelas duas expressões seguindo as demandas econômicas capitalistas peculiares de cada fase da vida ocidental.

Em sequência, a difusão informativa tem seu império reconhecido com o padrão jornalístico dos Estados Unidos, que traçou, logicamente, uma feição empresarial e comercial. Os escritores de prestígio tomaram conta dos jornais e aproveitaram a força desse novo espaço público da linguagem e do conteúdo desses. Dentro dessa esfera, na França, acende o Feuilleton, que é o termo que designa os romances periódicos, ou seja, o folhetim em estilo discursivo que fundamentalmente aponta a confluência entre Jornalismo e Literatura.

A princípio tratava-se de apenas um espaço de fim de página, com um apanhado de curiosidades, charadas, anedotas, numa espécie de espaço alternativo que continha, inclusive, um pouco de ficção narrativa. Com o passar do tempo, esse espaço tornou-se o grande atrativo das massas populares, pois passava a desenrolar uma série de histórias de amor, aventura e suspense, sob custo rentável e, portanto, acessível à maioria das pessoas. Pena (2008:29) confirma isso ao dizer que: “Publicar narrativas literárias em jornais proporciona um significativo aumento nas vendas e possibilita uma diminuição nos preços, o que aumentava o número de leitores e assim por diante”. Nessa via, a linguagem simples e utilização de recursos de homogeneização cultural, em que o leitor parece identificar-se com os personagens da trama, obtiveram grande sucesso.

Na França ainda, Alexandre Dumas publicou sob forma de romance folhetim o conhecido O Conde de Monte Cristo (no Journal des Débates, em 1844) e, assim, as influências francesas no Brasil, no século XIX impulsionaram muitos escritores, como por exemplo José de Alencar, com O Guarani, lançado em 1857, no folhetim do Diário do Rio de Janeiro.

Com esse painel, o entretenimento popular estava garantido. O chamado plot, que é a suspensão da narrativa no momento clímax para dar continuidade no dia seguinte, transformava os romances em fascículos, para que a próxima compra do leitor fosse certa. E caso não pudesse acompanhar, havia a técnica da redundância, repetindo e lembrando os fatos acontecidos, estratégia muito similar às telenovelas da atualidade.

Pena (2008:30) exemplifica que: 

“a hora do beijo, a descoberta do assassino ou o flagrante do marido (…), sempre existia um acontecimento dramático no final do capítulo, que só seria resolvido na edição seguinte do jornal, garantindo a próxima compra do leitor (…)”.

Até o começo do século XX, além de José de Alencar, outros grandes escritores brasileiros passaram por jornais, como Raul Pompéia, Manuel Antônio de Almeida e Euclides da Cunha. Embora as críticas, o folhetim possibilitou o acesso da população à cultura, uma vez que os livros eram caros e não podiam ser adquiridos pela classe assalariada.

Hauser (apud PENA, 2008:31) concorda ao dizer que:

O romance de folhetim significou uma democratização sem precedentes da Literatura e um nivelamento quase absoluto do público leitor. Nunca uma arte foi tão unanimemente reconhecida por tão diferentes estratos sociais e culturais, e recebida com sentimentos tão similares.

Para a professora da Faculdade Cásper Líbero Nanami Sato, as principais características usadas para definir se um texto é representante do New Journalism são as seguintes: 

A construção cena a cena; a reprodução do diálogo das personagens; a exploração das variadas possibilidades expressivas do foco narrativo (inclusive com o emprego do fluxo de consciência, como nos melhores romances psicológicos); o registro de gestos, cotidianos, hábitos, modos, estilo de decoração, roupas, comportamento e outros detalhes simbólicos, para reforçar a aparência da realidade. (apud Lucas Toyama, 2002) 

Sérgio Vilas Boas define um pouco melhor as técnicas usadas pelos praticantes do New Journalism no trecho a seguir, extraído de seu supracitado artigo Jornalismo Literário e o Texto em Revista: 

Inseriam diálogos – sim, com travessões e tudo. Faziam descrições minuciosas – de lugares, feições, objetos etc. Alternavam o foco narrativo: o narrador podia ser observador onipresente, testemunha e/ou participante dos acontecimentos. Além disso, podiam penetrar na mente dos seus personagens reais, reconstruir seus pensamentos, sentimentos e emoções com base em pesquisas e entrevistas verdadeiramente interativas. (2002) 

Mas é na década de 1960, mais precisamente em 1965, que Truman Capote busca ampliar o empreendimento iniciado por Hersey, o que, de certa forma, fez o primeiro evocar para si o privilégio ao marco do jornalismo literário, ao trazer o modelo de reportagem especial ainda mais próximo do romance. Aliás, é esse o nome que o próprio Capote confere à sua obra A sangue frio: romance de não-ficção. Ivan Lessa (2003), na apresentação da edição brasileira do livro, conta: Truman Capote batizou seu livro de “romance sem ficção”. Para ele, jornalismo era apenas fotografia literária. Ele ambicionava algo mais. Um gênero só para ele. Não achava que Hiroshima, de John Hersey, pudesse ser comparado com A sangue frio. Para ele, o livro de Hersey era, claro, criativo, no sentido de que não coletaria gente falando para um gravador, sofrendo depois um processo editorial. (LESSA, 2003, p. 11). 

APROXIMAÇÕES ENTRE O BILDUNGSROMAN E O JORNALISMO LITERÁRIO

Ao tratar da figura do narrador e também da relação entre narrativa e informação, Walter Benjamin explica dois pontos importantes desta pesquisa. Um que refere-se diretamente à relação entre informação e narrativa, e o outro, tocante ao Romance de Formação e sua relação com a realidade e a ficção. A informação, um dos adventos do mundo moderno, estaria segundo Benjamin diretamente relacionada ao declínio da narrativa, mais precisamente da narrativa oral. A informação se relaciona com o imediatismo comunicativo proposto por essa época, e prescinde de verificação, do mesmo modo, imediata. Segundo o autor, ela “precisa ser compreensível „em si e para si”. Este componente relaciona-se com a invenção da imprensa, que possibilita tal dinamismo. Em oposição a isso, estaria a narrativa, que remete ao relato dos antigos e possivelmente, segundo Benjamin, seria mais precisa que a informação, mesmo que nela sejam encontrados aspectos ficcionais (BENJAMIN, 1983, p. 203). Para o autor, a chegada da imprensa, que possibilita no início do mundo moderno o surgimento do livro, e, trazendo, por consequência, a difusão do romance, são fatores que acarretam no declínio da narrativa oral e assim, da epopeia (BENJAMIN, 1983, p. 201). Para ele, [a] origem do romance é o indivíduo isolado, que não pode mais falar exemplarmente sobre suas preocupações mais importantes e que não recebe conselhos nem sabe dá-los. 

Escrever um romance significa, na descrição de uma vida humana, levar o incomensurável a seus últimos limites. Na riqueza dessa vida e na descrição dessa riqueza, o romance anuncia a profunda perplexidade de quem a vive. (1983, p. 201) Aqui, Benjamin demonstra, primeiramente, a sua preocupação com o que seria o autor do romance, que exemplifica o indivíduo moderno, e, posteriormente, a relação tão próxima entre a biografia e a escrita ficcional, representada pela forma do romance. Para o autor, com o passar do tempo, existiram tentativas de se agregar conhecimento ao gênero. O Romance de Formação seria, segundo o seu ponto de vista, “[…] o melhor exemplo, talvez seja o Wilhelm Meisters Lehrjahre (Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister) −, essas tentativas resultaram sempre na transformação da própria forma romanesca” (BENJAMIN, 1983, pp. 201-202). A partir da análise benjaminiana, percebe-se o propósito dos autores de romance − desde suas primeiras acepções até o Romance de Formação − de relatar, mesmo que recorrendo à ficção, aquilo que pertencia às suas vidas. Este intento seria, mais algo que simbolizaria a escrita romanesca do século 18 e, sobretudo, de Goethe.

2Cf. PENA, 2008:25;
3Ibidem.

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