BENEFITS AND LIMITATIONS IN THE USE OF PLASMA IN FACIAL AND BODY AESTHETICS: INTEGRATIVE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202410100824
Andressa do Nascimento Diniz¹; Rayane dos Santos Ferreira²; Mayara Mota³; Gabriel de Oliveira Rezende4.
Resumo
Introdução: o uso do plasma na estética é uma abordagem relativamente inovadora que utiliza a energia gerada por um dispositivo de plasma para estimular a regeneração celular, melhorar a textura da pele, reduzir rugas, manchas e promover o rejuvenescimento geral da pele. Há resultados cada vez mais satisfatórios para os pacientes, entretanto é imperioso explorar, além dos benefícios, as limitações do uso dessa abordagem. Objetivo: identificar os benefícios e as limitações do uso do plasma na estética facial e corporal. Metodologia: pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, por meio de uma revisão integrativa da literatura, desenvolvida em seis etapas. A questão problematizadora “quais são os benefícios e as limitações na utilização do plasma sanguíneo na estética facial e corporal?” conduziu o estudo. Os artigos foram buscados nas bases de dados SCIELO, BVS e PubMed, utilizando os descritores e palavras chaves cadastrados no DECS e MESH para composição da estratégia de busca. Os resultados foram interpretados por meio da Análise de Conteúdo. Resultados: Foram identificados 431 artigos, sendo 307 na PubMed, 98 na BVS e 26 na SciELO. Após critérios de elegibilidade, 12 estudos compuseram a amostra da revisão. Os principais benefícios encontrados foram regeneração tecidual, melhora da textura e tônus da pele e elasticidade, enquanto as limitações foram falta de padronização na preparação e durabilidade dos efeitos. Conclusão: o plasma oferece um grande potencial no campo da estética, mas a investigação contínua e a padronização são essenciais para otimizar seus resultados e minimizar suas limitações.
Palavras-chave: Plasma Rico em Plaquetas. Biomedicina Estética. Benefícios. Limitações.
1 INTRODUÇÃO
Na contemporaneidade, a busca pela estética tornou-se um fenômeno global, refletindo não apenas um ideal de beleza, mas também uma preocupação crescente com o bem-estar e autoestima. Com o avanço da tecnologia e a disseminação das redes sociais, a estética tornou-se mais acessível e visível, influenciando não só a indústria da moda e cosméticos, mas também os padrões de beleza e comportamento culturais ao redor do mundo (FRANCO; NOVAES, 2018).
Nesse cenário, o plasma ganhou destaque devido aos seus potenciais benefícios no tratamento de várias condições dermatológicas e estéticas. É uma abordagem inovadora que utiliza a energia gerada por um dispositivo de plasma para estimular a regeneração celular, melhorar a textura da pele, reduzir rugas, manchas e promover o rejuvenescimento geral da pele. O seu uso na estética tem se expandido e oferecendo resultados cada vez mais satisfatórios para os pacientes (ALECRIM; OLIVEIRA; LEITE, 2023).
O plasma é um estado da matéria composto por íons e elétrons altamente energizados, criado quando um gás é ionizado por uma corrente elétrica. Na aplicação estética, um dispositivo de plasma gera uma pequena descarga elétrica que cria um feixe de plasma controlado. Sua ação se dá através de um processo conhecido como sublimação, no qual a energia é aplicada diretamente na pele, evaporando-a instantaneamente. Isso cria uma microlesão controlada na camada superficial da pele, estimulando a regeneração celular e a produção de colágeno e elastina. Como resultado, a pele é rejuvenescida, ficando mais firme, tonificada e com uma textura melhorada (MEIRA et al., 2019; RUSSELL et al., 2017).
Há diversas indicações para o uso de plasma na estética, como em rugas e linhas finas – ao redor dos olhos, boca e testa, estimulando a produção de colágeno e suavizando as rugas; flacidez da pele – para melhorar a firmeza e a elasticidade, reduzindo a flacidez em áreas como o pescoço, queixo e bochechas; cicatrizes – eficaz na redução da aparência de cicatrizes de acne, cirurgia ou lesões traumáticas, estimulando a regeneração celular e suavizando a textura da pele; manchas e hiperpigmentação – ajuda a clarear, promovendo uma pele mais uniforme e radiante; lesões de pele – para remoção de verrugas, fibromas e queratoses seborreicas, sem a necessidade de cirurgia (CALHEIROS; CAHLI, 2019; DANTAS, 2022).
O procedimento de aplicação é realizado por um profissional qualificado e experiente, incluindo biomédico. Antes do procedimento, a pele é limpa e preparada, e pode ser aplicado um anestésico tópico para minimizar o desconforto. O dispositivo de plasma é então utilizado para realizar o tratamento, com movimentos precisos sobre a área a ser tratada. O tempo de recuperação varia dependendo da extensão do tratamento e da sensibilidade individual da pele, mas geralmente é de alguns dias a uma semana (RODRIGUES et al., 2019).
Apesar do plasma na estética ser considerado um procedimento seguro e eficaz, bem como uma técnica promissora e não invasiva para melhorar a saúde e a aparência da pele, podem ter limitações em seu uso e, em alguns casos, intercorrências. Estas são oriundas de diversos fatores, desde a técnica utilizada até as características individuais do paciente (CALHEIROS; CAHLI, 2019). Entre as limitações mais comuns, pode-se destacar a des(preparação) profissional, e as intercorrências são queimaduras, hiperpigmentação, hipopigmentação, edema/inchaço, infecções e cicatrizes (EMELY et al., 2020; RUSSELL et al., 2017).
Diante do exposto, é essencial seguir cuidados pós-tratamento adequados, como evitar a exposição solar direta, usar protetor solar, evitar atividades intensas, respeitar o repouso, hidratação adequada, evitar substâncias irritantes e, se necessário, medicações. Seguir essas instruções fornecidas pelo profissional minimiza o risco de complicações (DANTAS, 2022).
Considerando que o uso do plasma é uma técnica relativamente nova na área da estética, a abordagem dessa temática é de fundamental importância, uma vez que se faz necessário a compreensão dos profissionais da saúde, especialmente os biomédicos estetas. Apesar dos benefícios relatados, há uma necessidade urgente de revisar e sintetizar as evidências disponíveis para avaliar de forma crítica as reais vantagens e as possíveis limitações associadas a esse método. O presente trabalho, portanto, é importante para embasar a prática clínica com dados científicos robustos, garantindo segurança e eficácia no uso do plasma, além de orientar profissionais e pacientes sobre as expectativas reais dos resultados desse tratamento.
Assim, este estudo tem como objetivo geral identificar os benefícios e as limitações do uso do plasma na estética facial e corporal. Os objetivos específicos são: caracterizar o perfil básico dos pacientes e dos profissionais que utilizam o plasma na estética; Comparar se os benefícios e as limitações acontecem mais na estética facial ou na corporal; e Identificar as estratégias utilizadas pelos profissionais para potencializar os benefícios e minimizar as limitações.
2 METODOLOGIA
2.1 Tipo de estudo
Trata-se uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, por meio de uma revisão integrativa da literatura, que foi desenvolvida por meio das seguintes etapas: delineamento do problema (quais são os desafios e as limitações na utilização do plasma sanguíneo na estética facial e corporal?) e objetivos de pesquisa; busca nas plataformas/bases de dados; definição de critérios de inclusão e exclusão; análise dos artigos; extração dos dados de interesse; apresentação e discussão dos resultados (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).
2.2 Coleta de dados
A coleta de dados foi realizada de agosto a setembro de 2024, nas seguintes plataformas, bases de dados e biblioteca virtual: Cientific Electronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PubMed (central). Foram utilizados os cruzamentos dos Descritores em Ciência da Saúde (DECS) e Medical Subject Headings da U.S. National Library of Medicine (MESH) e os operadores booleanos “AND” e “OR” (Quadro 1).
Quadro 1 – Estratégia de busca dos estudos, de acordo com o idioma. Manaus, AM, 2024
| Idiomas | Estratégia de busca |
| Português | Plasma Sanguíneo AND Estética AND Desafios OR Limitações |
| Inglês | Blood Plasma AND Aesthetics AND Challenges OR Limitations |
| Espanhol | Plasma Sanguíneo AND Estética AND Desafíos OR Limitaciones |
Quanto aos critérios de inclusão, foram selecionados artigos originais, disponíveis online e na íntegra, nos idiomas inglês, português e espanhol, publicados nos últimos 10 anos (2014 – 2024). Os critérios de exclusão foram estudos que não atendem a perguntas de pesquisa e estudos duplicados.
2.3 Análise de dados
Foram feitas leituras de títulos e resumos para seleção e avaliação na íntegra dos estudos selecionados. Estes foram organizados para análise final de maneira concisa em uma planilha de dados contendo as variáveis: autor/ano, objetivo e principais resultados. Os resultados foram interpretados por meio de Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011).
2.4 Aspectos Éticos
Por se tratar de um estudo de revisão, não houve necessidade de encaminhá-lo ao Comitê de Ética em Pesquisa. Ainda assim, destaca-se que foram respeitados os preceitos éticos e a garantia dos direitos autorais dos autores citados.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foram identificados 431 artigos, sendo 307 na PubMed, 98 na BVS e 26 na SciELO. Foram excluídos 29 por duplicidade e 61 por não atenderem os critérios, restando 341 para leitura de títulos e resumos. Após essa etapa, 276 estudos foram excluídos, sobrando 66 para análise completa. Após a leitura na íntegra, 53 artigos foram excluídos por não responderem a pergunta de pesquisa. Compuseram a amostra da revisão, portanto, 12 estudos. Todo esse processo seguiu as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) (TRICCO et al., 2018).
Quadro 2 – Síntese dos artigos incluídos na revisão integrativa. Manaus, AM, 2024
| Autor(es) / Ano | Objetivo(s) | Principais Resultados |
| Nanda et al., 2021 | Fornecer um protocolo padrão para o uso de PRP em estética, para clínicos e acadêmicos, levando a excelentes resultados com esta modalidade de tratamento promissora. | Benefícios: O P-PRP é o tipo preferido de PRP para rejuvenescimento facial, enquanto o L-PRP é o preferido para cicatrizes de acne. Pacientes jovens com sinais precoces de envelhecimento e aqueles que buscam uma melhora na textura e no tônus por meio de um tratamento natural e autólogo são os pacientes ideais. Limitações: a falta de padronização do PRP é o principal problema na avaliação de sua eficácia. |
| Lin et al., 2020 | Destacar a eficácia e os benefícios potenciais do PRP com foco em suas aplicações no rejuvenescimento da pele, alopecia androgênica, alopecia areata, vitiligo crônico, melasma, distúrbios inflamatórios das unhas e psoríase. | Benefícios: o PRP parece ser uma modalidade terapêutica promissora no campo da dermatologia. O PRP, usado sozinho ou em combinação com outras terapias, mostrou efeitos benéficos em termos de melhorias cosméticas e para algumas doenças de pele. Limitações: efeitos colaterais transitórios ou de curto prazo foram observados em alguns casos. |
| Masoumeh et al., 2024 | Avaliar a eficácia e a segurança da fração vascular estromal (SVF), PRP e laser NdYAG Q-switched de 1064 nm na redução de olheiras e rugas tratadas com nanogordura sob os olhos. | Benefícios: em termos da extensão da redução na intensidade da escuridão sob os olhos , o tratamento combinado de injeção de nanofat junto com SVF, PRP e laser NdYAG teve um efeito terapêutico muito maior do que a injeção de nanofat sozinha. Em todos os três grupos de tratamentos combinados, os pacientes ficaram 100% satisfeitos. Não foram relatadas limitações. |
| Phoebe et al., 2024 | Avaliar a eficácia dos tratamentos com PRP para o rejuvenescimento da pele. | Benefícios: melhorias foram notadas no tamanho dos poros da pele , textura, redução de rugas, manchas pigmentadas, densidade de colágeno, níveis de ácido hialurônico e proteção contra danos ultravioleta. A combinação de PRP com ácido hialurônico demonstrou um efeito sinérgico, particularmente melhorando a elasticidade da pele em pacientes com menor índice de massa corporal e firmeza em indivíduos com idades entre 50 e 60 anos. Não foram relatadas limitações. |
| Huang et al., 2023 | Investigar os efeitos preliminares do PRP para o rejuvenescimento labial. | Benefícios: a melhoria mais óbvia foi a cor dos lábios que se tornou mais viva. Não houve inchaço, hematomas, hiperplasia de cicatriz e outras complicações. Limitações: dor leve ou desconforto durante o processo de injeção. |
| Hernández e Pinto (2023) | Avaliar a eficácia e a segurança do PRP bioativado fototérmico para reduzir a flacidez no rejuvenescimento facial em pacientes não elegíveis para outros tratamentos estéticos devido a diversas comorbidades. | Benefícios: mostra-se um tratamento seguro e eficaz para flacidez facial em pacientes não elegíveis para outros procedimentos, proporcionando boa satisfação. Não foram relatadas limitações. |
| Kabakci et al., 2022 | Avaliar a eficácia da injeção de PRP para o rejuvenescimento do pescoço em mulheres de 40 a 55 anos | Benefícios: Diferenças significativas foram encontradas na elasticidade , ângulo da linha da mandíbula, ângulo cervicomental, enrugamento, elasticidade G e pontuações de satisfação do paciente antes e depois do tratamento . Quando os resultados dos parâmetros anatômicos e escalas são comparados, foi revelado que o PRP é eficaz no rejuvenescimento do pescoço . Limitações: saber quanto tempo o benefício do tratamento pode durar e até que ponto sessões repetidas de administração de PRP podem maximizar a extensão e/ou persistência do efeito. |
| Baroni, 2020 | Avaliar a eficácia da ablação por radiofrequência de plasma em blefaroplastia não cirúrgica realizada com o dispositivo DAS Medical (Technolux), uma ferramenta que trabalha com princípios de radiofrequência de plasma de onda longa. | Benefícios: os tratamentos foram bem tolerados por todos os pacientes , sem efeitos adversos e com ótimos resultados estéticos. Não foram relatadas limitações. |
| Mercader-Ruiz et al., 2024 | Abranger diferentes métodos novos de obtenção de PRP que tentam modificar a composição molecular do plasma. | Benefícios: grande capacidade de regeneração tecidual, sua fácil preparação e seu baixo custo. Limitações: aumentar a concentração de plaquetas, negligenciando o efeito de uma proporção desequilibrada entre plaquetas e fatores extraplaquetários solúveis. |
| Willemsen, N. et al., 2014 | Possível efeito do plasma rico em plaquetas (PRP) no tempo de recuperação e no resultado estético após o rejuvenescimento facial. | Benefícios: adicionar PRP ao lipofilling facial reduz o tempo de recuperação e melhora o resultado estético geral de um lifting craniano de acesso mínimo. Não foram relatadas limitações. |
| White et al., 2021 | Identificar e resumir as aplicações dermatológicas emergentes para PRP conduzindo uma busca abrangente no PubMed de estudos publicados entre 2000 e 2020 | Benefícios: Amplamente, a terapia foi bem tolerada e adequada para todos os fototipos relatados. Não foram relatadas limitações. |
| Dongen; Stevens; Berend, 2022 | Refletir potenciais e limitações do uso de Plasma Rico em Plaquetas (PRP) em combinação com Lipofilling. | Benefícios: a adição de PRP ao lipofilling pode ser ainda mais eficaz para regenerar tecidos danificados. Limitações: não estímulo da capacidade de angiogênese. |
A utilização de plasma na estética facial e corporal tem se mostrado uma alternativa promissora, com diversos benefícios e algumas limitações apontadas na literatura recente.
Nanda et al. (2021) destacam que o PRP (plasma rico em plaquetas) é uma modalidade eficaz, sendo o P-PRP preferido para rejuvenescimento facial e o L-PRP para cicatrizes de acne. Pacientes jovens com sinais precoces de envelhecimento são o público ideal para esse tipo de tratamento, porém, a falta de padronização no PRP é uma limitação significativa que dificulta a avaliação precisa de sua eficácia.
Por outro lado, Lin et al. (2020) evidenciam que o PRP pode ser benéfico em várias aplicações dermatológicas, como rejuvenescimento da pele e tratamentos de alopecia, com efeitos colaterais mínimos e transitórios. Essa modalidade terapêutica oferece melhorias cosméticas significativas, principalmente quando combinada com outras terapias. No estudo de Masoumeh et al. (2024), o uso combinado de PRP com fração vascular estromal (SVF) e laser NdYAG demonstrou ser altamente eficaz na redução de olheiras e rugas, sem limitações relatadas, sugerindo um alto grau de satisfação dos pacientes.
Phoebe et al. (2024) relatam resultados positivos no rejuvenescimento da pele, com melhorias notáveis na textura, tamanho dos poros e densidade de colágeno, especialmente quando combinado com ácido hialurônico. Esse efeito sinérgico é particularmente vantajoso para pacientes de idade mais avançada, destacando o potencial do PRP em otimizar a elasticidade e firmeza da pele. O estudo de Huang et al. (2023) foca no rejuvenescimento labial, mostrando resultados promissores na revitalização da cor dos lábios, sem efeitos adversos significativos. No entanto, alguns pacientes relataram desconforto durante a injeção, o que pode ser considerado uma limitação menor.
Hernández e Pinto (2023) avaliam a eficácia do PRP bioativado fototérmico em pacientes com comorbidades, demonstrando que o tratamento é seguro e eficaz, proporcionando alto nível de satisfação sem efeitos adversos relatados. Outro aspecto interessante é o estudo de Kabakci et al. (2022), que avalia o PRP para rejuvenescimento do pescoço em mulheres de 40 a 55 anos, destacando melhorias significativas na elasticidade e aparência geral. No entanto, a durabilidade do efeito e a necessidade de sessões repetidas permanecem questões em aberto.
Baroni (2020) traz uma perspectiva sobre o uso de plasma em blefaroplastia não cirúrgica, com resultados estéticos positivos e sem efeitos adversos. A radiofrequência de plasma oferece uma abordagem minimamente invasiva e altamente tolerada. Já Mercader-Ruiz et al. (2024) exploram novos métodos de obtenção de PRP, ressaltando a regeneração tecidual e o baixo custo como principais vantagens. No entanto, o aumento desproporcional na concentração de plaquetas pode comprometer o equilíbrio entre os fatores solúveis no plasma, o que representa uma limitação importante.
Willemsen et al. (2014) observam que a adição de PRP ao lipofilling facial acelera a recuperação e melhora os resultados estéticos, enquanto White et al. (2021) relatam que o PRP é bem tolerado em diferentes fototipos de pele, com ampla aplicabilidade dermatológica. Por fim, Dongen, Stevens e Berend (2022) reforçam o potencial regenerativo do PRP, especialmente quando combinado com lipofilling, embora a capacidade de angiogênese não seja estimulada por essa técnica, representando uma limitação que ainda necessita de estudos adicionais.
4 CONCLUSÃO
A utilização do plasma, em especial o PRP, em procedimentos estéticos faciais e corporais demonstra inúmeros benefícios, como a regeneração tecidual, melhora da textura e tônus da pele, além de sua eficácia no rejuvenescimento e tratamento de diversas condições dermatológicas. O uso do PRP em combinação com outras terapias, como o ácido hialurônico e o laser, mostrou efeitos sinérgicos que aumentam a elasticidade da pele e a satisfação do paciente.
Contudo, a falta de padronização na preparação do PRP e a necessidade de estudos mais robustos sobre a durabilidade dos efeitos ainda são questões que precisam ser resolvidas. Em suma, o PRP oferece um grande potencial no campo da estética, mas a investigação contínua e a padronização são essenciais para otimizar seus resultados e minimizar suas limitações.
REFERÊNCIAS
ALECRIM, A. M. L.; OLIVEIRA, R. S.; LEITE, A. R. S. S. Benefício do plasma sanguíneo na estética: revisão da literatura. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 9, n. 10, p. 1366–1381, 2023. Disponível em: https://doi.org/10.51891/rease.v9i10.11536. Acesso em: 7 mar. 2024.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. 70. ed. São Paulo: Persona, 2011.
CALHEIROS, A. S. M.; CAHLI, G. M. Papel do plasma rico em plaquetas como ferramenta de desenvolvimento local através de promoção de efeitos estéticos e de controle do processo de envelhecimento. 1ed. Rio de Janeiro: Epitaya, 2019. Disponível em: https://portal.epitaya.com.br/index.php/ebooks/article/view/32/124. Acesso em: 7 mar. 2024.
RODRIGUES, P. L. N. et al. O uso do plasma rico em plaquetas no rejuvenescimento facial: uma revisão integrativa. ID on-line Revista de Psicologia, v. 13 n. 47, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.14295/idonline.v13i47.2035. Acesso em: 7 mar. 2024.
DANTAS, J. M. C. Uso de PRF na área de harmonização orofacial. Monografia Faculdade Sete Lagoas, 2022. Disponível em: https://faculdadefacsete.edu.br/monografia/files/original/ab31b7230e1938d468848c60462b15cd.pdf. Acesso em: 6 mar. 2024.
DONGEN, VAN; STEVENS, H. P.; VAN. Potentials and Limitations of the Use of Platelet-Rich Plasma (PRP) in Combination with Lipofilling. An Evidence-Based Approach. Springer eBooks, p. 285–300, 1 jan. 2022. Disponível em: https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-030-77455-4_23
EMELY, Z. K. et al. Visual Loss after Platelet-rich Plasma Injection into the Face. Neuro-Ophthalmology, v. 44, n. 6, 371-378, 2020. Disponível em:https://doi.org/10.1080/01658107.2020.1740936. Acesso em: 6 mar. 2024.
FRANCO, V. H. P.; NOVAES, J. S. Estética e Imagem Corporal na Sociedade Atual. Cadernos Camilliani, v. 6, n. 2, p. 111-118, 2018. Disponível em: https://www.saocamilo-es.br/revista/index.php/cadernoscamilliani/article/view/132. Acesso em: 9 mar. 2024.
MEIRA, V. C. et al. Aplicação do plasma rico em plaquetas para fins estéticos. Revista da Universidade Ibirapuera, n. 18, p. 15-25, 2019. Disponível em: https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/11536/5311. Acesso em: 8 mar. 2024.
MERCADER-RUIZ, J. et al. Current Challenges in the Development of Platelet‐Rich Plasma‐Based Therapies. BioMed Research International, v. 2024, n. 1, 1 jan. 2024. https://doi.org/10.1155/2024/6444120
RUSSELL, S. et al. Current Evidence for Clinical Efficacy of Platelet Rich Plasma in Aesthetic Surgery: A Systematic Review. Aesthetic Surgery Journal, v. 37, v. 3, p. 353–362, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1093/asj/sjw178. Acesso em: 7 mar. 2024.
SOUZA, M. T.; SILVA, M. D.; CARVALHO, R.. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein, v. 8, n. 1, p. 102-106, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/eins/a/ZQTBkVJZqcWrTT34cXLjtBx/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 5 mar. 2024.
WILLEMSEN, N. et al. The Effects of Platelet-Rich Plasma on Recovery Time and Aesthetic Outcome in Facial Rejuvenation: Preliminary Retrospective Observations. Aesthetic Plastic Surgery, v. 38, n. 5, p. 1057–1063, 2 jul. 2014. https://link.springer.com/article/10.1007/s00266-014-0361-z
WHITE, C. et al. Platelet-Rich Plasma: A Comprehensive Review of Emerging Applications in Medical and Aesthetic Dermatology. The Journal of clinical and aesthetic dermatology, v. 14, n. 11, p. 44–57, 2021. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8675348/
¹Discentes do Curso Superior de Biomedicina do Centro Universitário Fametro. E-mails: cnandressadiniz2001@gmail.com.
²Discentes do Curso Superior de Biomedicina do Centro Universitário Fametro. E-mails: rayannesantosferreira2@gmail.com.
³Discentes do Curso Superior de Biomedicina do Centro Universitário Fametro. E-mails: maymotaa.21@gmail.com.
4Docente do Curso Superior de Biomedicina do Centro Universitário Fametro. Mestre em Biotecnologia. E-mail: gabriel.rezende@fametro.edu.br