BENEFITS OF FUNCTIONAL TRAINING FOR THE ELDERLY: A LITERATURE REVIEW ON THE ROLE OF PHYSICAL THERAPY IN THE CARDIOVASCULAR SYSTEM IN OLD PEOPLE
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7390376
Adriano Paulo dos Santos Barros1
Ronaldo Correia da Silva²
RESUMO
Introdução: O envelhecimento envolve perdas funcionais, bem como a perda progressiva do músculo e da força muscular responsável pela redução de mobilidade e pelo aumento das incapacidades funcionais. O treinamento funcional melhora a flexibilidade, a agilidade e a coordenação motora. O trabalho aeróbico proporciona força, resistência cardiorrespiratória e
auxilia na manutenção de doenças do aparelho cardíaco. Nesse sentido, o exercício físico, por meio da fisioterapia, configura uma alternativa adequada para prevenir problemas cardíacos decorrentes do envelhecimento, bem como auxiliar na recuperação cardíaca. Objetivo: Avaliar os benefícios do treinamento funcional para a terceira idade, com enfoque na atuação da fisioterapia no sistema cardiovascular. Método: Revisão bibliográfica, utilizando as bases de dados da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD), Capes, Pubmed, SciELO e Google Acadêmico, por meio da abordagem explicativa, feita em estudos, artigos e teses. Ressalta-se que o corte temporal é retroativo. Resultados: Os resultados obtidos ao final da pesquisa evidenciaram que os autores, em sua maioria, entendem que o exercício funcional é capaz de auxiliar no combate aos principais efeitos decorrentes do envelhecimento e que a fisioterapia aplicada à reabilitação cardíaca se mostra satisfatória e eficaz na recuperação cardiovascular. Percebeu-se pouco acervo literário que tratasse do treinamento funcional e suas benesses relacionadas à prevenção de patologias cardíacas. Conclusão: Desse modo, o treinamento funcional se revela efetivo na melhora da qualidade de vida da pessoa idosa, contribuindo para sua autonomia funcional. O acompanhamento a longo prazo de pacientes cardiopatas em reabilitação supervisionada é eficaz no controle dos fatores de risco desse público.
Palavras-chave: envelhecimento; terceira idade; reabilitação cardíaca; fisioterapia; treinamento funcional.
Abstract
Introduction: Aging involves functional losses and, therefore, the progressive loss of muscle and muscle strength responsible for reduced mobility and increased functional disabilities. Functional training works on flexibility, agility and motor coordination, aerobic work provides strength, cardiorespiratory endurance, and helps in the maintenance of heart disease. In this sense, physical exercise through Physiotherapy has as an adequate alternative the prevention of heart problems resulting from aging, as well as helping in cardiac recovery. Objective: To evaluate the benefits of functional training for the elderly with an emphasis on the role of physical therapy in the cardiovascular system. Method: A bibliographic review, using the databases of the Digital Library of Theses and Dissertations (BDTD), Capes, Pubmed, Scielo and academic Google, through the explanatory approach, made in studies, articles and theses. It should be noted that the time cut is retroactive. Results: The results obtained at the end of the research showed that most authors understand that functional exercise is capable of helping to combat the main effects resulting from aging, and physical therapy applied to cardiac rehabilitation is satisfactory and effective in cardiovascular recovery. Little literary collection was noticed that dealt with functional training and its benefits related to the prevention of cardiac pathologies. Conclusion: In this sense, functional training is effective in improving the quality of life of the elderly, contributing to functional autonomy. Long-term follow-up of patients with heart disease undergoing supervised rehabilitation is effective in controlling risk factors in this population.
Keywords: aging; third age; cardiac rehabilitation; physiotherapy; functional training.
1. INTRODUÇÃO
É de caráter notório que o envelhecimento populacional cresce de forma expressiva no Brasil. Um fator que contribui para essa ascensão de longevidade é o avanço dos estudos tecnológicos e da medicina, o qual auxilia na busca de melhorias à qualidade de vida das pessoas, gerando aumento em sua expectativa de vida. (GARBACCIO et al.,2018)
Com o crescimento do número de pessoas idosas ao longo do último século, pode-se observar que a população está envelhecendo mais rapidamente. Por esse motivo, é de grande importância possibilitar a esses indivíduos uma vida melhor e mais longa, um mínimo de condições, estimular suas potencialidades e entender que a atividade e o movimento físico fazem com que o corpo aumente suas necessidades energéticas e faça ajustes fisiológicos, por exemplo, na função cardiovascular e cardiorrespiratória (ALMEIDA, 2021).
No entanto, para que a pessoa idosa mantenha a longevidade, é necessária a busca pela qualidade de vida, tendo em vista que o envelhecimento traz declínios físicos característicos. Estes, muitas vezes, se traduzem em prejuízos funcionais, resultando em déficits nas habilidades físicas, como perda da força muscular, do equilíbrio postural, da flexibilidade entre outros fatores que podem afetar a qualidade desses pacientes. (SOFIATTI et al.,2021) As pessoas idosas que praticam exercício físico estão mais protegidas das doenças cardíacas. Isso ocorre porque o sistema cardiovascular fica mais eficiente e o coração mais forte, bombeando mais sangue com menos esforço. Diante disso, doenças como a hipertensão costumam ser controladas por meio da prática de atividades que estimulem a coordenação motora, o que mantém o idoso protegido dos riscos cardiovasculares. (GOMES ET AL., 2016) Dessa forma, o fisioterapeuta desempenha um papel importante e fundamental nesses programas que visam melhorar a capacidade funcional desses pacientes, ou seja, melhor desempenho cardiovascular nas atividades de vida diária e no trabalho (PAEZ, 2018). Por esse motivo, as atividades e os exercícios do sistema motor em idosos, transcritos pelo fisioterapeuta, levaram a uma melhora no sistema cardiovascular. Segundo Simão et al. (2013), ao longo das últimas quatro décadas, a reabilitação cardiovascular tem sido reconhecida como uma importante ferramenta no cuidado de pacientes com doenças do coração. O treinamento funcional trabalha a flexibilidade, a agilidade e a coordenação motora. O trabalho aeróbico realizado no treinamento funcional proporciona força, resistência cardiorrespiratória e promove resistência física muscular, favorecendo a pessoa idosa com queima calórica significativa, além de afastar a obesidade e suas consequências decorrentes do resultado e da manutenção de doenças do aparelho cardíaco. (VENÂNCIO, 2013)
Nesse sentido, os autores citados propõem o exercício físico e o treinamento funcional por meio da fisioterapia como alternativa adequada para prevenir problemas cardiovasculares resultantes do envelhecimento e auxiliar na recuperação cardíaca.
Sendo assim, o presente estudo teve por objetivo avaliar os benefícios do treinamento funcional para a terceira idade com enfoque na atuação da fisioterapia no sistema cardiovascular. Para tanto, a problemática consiste no seguinte questionamento: O treinamento funcional através da fisioterapia melhora a qualidade de vida e mantém o controle dos fatores de risco das doenças cardiovasculares no processo de envelhecimento? Os objetivos específicos são: conhecer o processo de envelhecimento; conceituar a importância da fisioterapia associada ao treinamento funcional; e descrever qual a proeminência dos benefícios do treinamento no sistema cardiovascular dessa população.
A escolha do tema se deu pela necessidade de esclarecimentos que norteiam o desempenho do profissional de fisioterapia na atuação com treinamento funcional para pacientes da terceira idade, em especial os que necessitam de reabilitação cardíaca.
Portanto, a pesquisa contribuirá principalmente aos profissionais de fisioterapia, no sentido de demonstrar a importância de conhecer os benefícios do treinamento funcional como método para auxiliar no tratamento e na atenção destinados a esses pacientes.
A metodologia do presente estudo parte da exploração do conteúdo, buscando informações em livros e artigos científicos na intenção de esclarecer melhor o assunto. Abordou também a opinião de autores, visando ao entendimento acerca da problemática do estudo em questão. Para tanto, a metodologia utilizada se deu por meio de um levantamento bibliográfico a partir de estudos em artigos científicos e teses desenvolvidas de 2000 a 2022, publicados nas bases Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD), Capes e SciELO.
A seleção dos artigos ocorreu inicialmente pela leitura dos títulos e dos resumos, seguida pela leitura na íntegra apenas dos artigos selecionados, nos quais as informações mais relevantes para este estudo foram destacadas. Somente foram utilizados os artigos cujos textos completos puderam ser acessados.
2. TERCEIRA IDADE
2.1 Breve histórico do aumento da longevidade no Brasil
Considera-se idosa a pessoa com idade igual ou superior a sessenta (60) anos, conforme descrito pela Lei nº 14.423: “É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos” (BRASIL, 2022, art. 1o).
A questão de “ser velho” é um fenômeno mundial que vem se construindo nos últimos 30 anos. No Brasil, a discussão sobre envelhecer aparece como preocupação nacional a partir de 1970, dando lugar a estudos e pesquisas para a compreensão desse fenômeno. A partir disso, percebe-se a necessidade de especialização de profissionais para atuarem na área específica do atendimento ao idoso (BOUTIQUE; SANTOS, 2002, p. 82).
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU, 2019), a população idosa no mundo compreende cerca de 962 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, representando 13% da população global. Sua projeção de pessoas com 80 anos chegará a 425 milhões em 2050. Atualmente, o Brasil possui cerca de 28 milhões de idosos. Estima-se que em 2043 chegue a 60 milhões de idosos (PERISSÉ; MARLI, 2019).
O envelhecimento é entendido como um processo sujeito a influências intrínsecas e extrínsecas, representadas por problemas individuais, pela trajetória de vida coletiva, pelo acesso à educação e à saúde, bem como pelos cuidados gerais (GARBACCIO et al., 2018).
Nesse sentido, nas últimas décadas tem havido um maior interesse em investigar e compreender mais intensamente o processo de envelhecimento e seus efeitos, sejam individuais, sejam sociopolíticos. Esse fato se justifica porque, no Brasil, como no resto do mundo, o envelhecimento populacional é abrupto e rápido (FAGUNDES et al., 2017).
A longevidade humana apresenta-se, atualmente, como grande conquista histórica e social, na medida em que, no decorrer da história da velhice no Brasil e no mundo, o idoso quase sempre teve sua imagem desvalorizada e vista de forma discriminatória nas diversas esferas da vida social (LIMA-COSTA; VERAS, 2003). Ainda, para Pereira, Firmo e Giacomin (2014),
No Brasil, o envelhecimento populacional é um fenômeno que se iniciou a partir da década de sessenta do século passado, quando começaram a diminuir as taxas de fecundidade e mortalidade infantil. Embora em nosso país esse processo seja marcado por grandes desigualdades e injustiças sociais […].(PEREIRA; FIRMO; GIACOMIN, 2014, p. 3376).
O envelhecimento da população brasileira e a maior longevidade das pessoas idosas são, sem dúvida, um novo desafio que também aponta novas perspectivas de vida. Longe de ser frágil, a maioria das pessoas idosas mantêm-se em boas condições físicas, realizam as tarefas do cotidiano e contribuem com suas famílias (BRASIL, 2013).
Nessa linha, corrobora Venâncio (2013) ao explicar que o envelhecimento é definido como um processo fisiológico, caracterizado pelo declínio de todas as funções físicas, comprometendo a qualidade de vida do ser humano.
Sendo assim, a busca por uma qualidade de vida torna-se inerente ao processo de envelhecimento. Desse modo, a prática de atividades físicas ou treinamentos funcionais são necessários às pessoas da terceira idade, seja para prevenção, seja para reabilitação.
2.2 Qualidade de vida e sedentarismo
Para Nóbrega et al. (1999 apud PEREIRA, 2020), fatores indicativos de má qualidade de vida em grupos mais velhos estão relacionados ao sedentarismo.
A falta de atividades e exercícios físicos e o estilo de vida dos idosos, bem como fatores relacionados à má alimentação e a quedas hormonais – de progesterona ou testosterona – têm aumentado a incidência de problemas cardíacos. Com a idade, a modulação da função cardíaca pelo sistema nervoso autônomo (adrenérgico e vagal) diminui, reduzindo a resposta à estimulação adrenérgica do coração senescente (PEREIRA, 2020).
O idoso que pratica esporte é ativo, forte e independente, pois os benefícios que o exercício lhe traz fazem com que ele possa prevenir e perpetuar diversos problemas associados ao processo de envelhecimento (PEREIRA, 2020).
2.3 Sistema cardiovascular dos idosos
Para um correto entendimento do sistema cardiovascular e de como se dá seu funcionamento, é necessária uma abordagem acerca de sua estrutura.
De acordo com Branco et al. (2018), o sistema cardiovascular é constituído por estruturas que contêm importantes conhecimentos sobre a fisiologia e a anatomia do coração; a estrutura principal é o coração, o qual é dividido por dois átrios, o direito e o esquerdo. O átrio direito possui veia cava superior, artéria pulmonar direita, veia cava inferior e ventrículo direito.
O átrio esquerdo possui as seguintes estruturas: aorta, veia pulmonar esquerda, artérias coronárias e ventrículo esquerdo.
Oliveira et al. (2010 apud ALMEIDA, 2021) explicam que o sistema cardiovascular, com o envelhecimento, sofre uma diminuição global no desempenho e na resistência. O envelhecimento cardiovascular é caracterizado por diversas alterações, de modo que todo o sistema é impactado. Entre elas, pode-se verificar o aumento progressivo da pressão arterial sistólica e, consequentemente, da pressão de pulso; também da velocidade da onda de pulso; da massa ventricular esquerda; da incidência de doença arterial coronariana; e da fibrilação atrial.
Além disso, constata-se a diminuição da frequência cardíaca máxima e potência, bem como do enchimento diastólico inicial do ventrículo esquerdo; a redução do aumento induzido pelo exercício na fração de ejeção; a menor vasodilatação em resposta a estímulos vasodilatadores mediados por beta-adrenérgicos ou endotélio; e a perda das respostas reflexas da frequência cardíaca e da variabilidade da frequência cardíaca.
3. TREINAMENTO FUNCIONAL
De acordo com Souza e Silva (2020), o treinamento funcional foi originalmente desenvolvido por fisioterapeutas. Eles utilizavam exercícios semelhantes aos padrões de movimentos necessários para a reabilitação do paciente e possibilitaram um breve retorno às suas funções rotineiras com bom desempenho e sem dor após cirurgia ou lesão.
A prática busca transferir seus efeitos para as atividades da vida diária, com o objetivo de melhorar a capacidade funcional, por meio de exercícios que estimulam receptores proprioceptivos que produzem melhora no desenvolvimento da consciência sinestésica e controle corporal. Além de atuar no equilíbrio muscular estático e dinâmico, reduz a incidência de lesões e aumenta a eficiência dos movimentos. Também contribui para a estimulação neuromuscular e aeróbica (SANTOS, 2011).
Além disso, segundo Pereira (2020), melhora a flexibilidade, a agilidade e a coordenação motora. O trabalho aeróbico realizado no treinamento funcional proporciona força e resistência cardiorrespiratória e físico-muscular, assim como favorece a pessoa idosa com queima calórica significativa, além de afastar a obesidade e suas consequências resultantes da manutenção de doenças do aparelho cardíaco.
No entanto, cabe destacar a visão de Grigolleto, Brito e Heredia (2014). Segundo os autores, a mera seleção de exercícios não torna o treino funcional, assim como não existem exercícios com mais ou menos funcionalidade. Para que o treino funcione, as variáveis devem ser controladas e manipuladas a fim de que a receita contenha a dose adequada de treino que o indivíduo precisa realizar.
3.1 Vantagens do treinamento funcional na terceira idade
Martins, Santos e Barros (2021) explicam que, considerando todos os estudos descobertos, o treinamento funcional é eficaz na melhora da qualidade de vida da pessoa idosa, contribuindo para a autonomia funcional, fortalecendo as articulações e prevenindo possíveis lesões e acidentes domésticos. Além de proporcionar uma forma de socialização, também previne doenças mentais, como a depressão.
Na visão de Grigolleto, Brito e Heredia (2014), o exercício melhora as funções naturais das pessoas idosas praticantes, na medida em que é uma ótima ferramenta para esse público, controlando doenças crônicas. Ademais, atua na reabilitação funcional, na prevenção e manutenção do envelhecimento corporal.
Brum et al. (2004) mencionam que a atividade física se caracteriza por uma situação que retira o organismo da sua homeostase, pois implica um aumento imediato das necessidades energéticas dos músculos utilizados e, portanto, de todo o organismo. Logo, para atender às novas demandas metabólicas, diversas adaptações fisiológicas são necessárias, incluindo aquelas relacionadas à função cardiovascular durante o exercício.
Nessa linha, Generoso (2017) aponta que, dentre as principais respostas cardiovasculares ao exercício, inclui-se a melhora da frequência cardíaca, do volume sistólico, da resistência vascular periférica e da pressão arterial, por influência de exercícios dinâmicos e estáticos, cada um implicando em diferentes respostas cardiovasculares, tanto agudas quanto crônicas.
Portanto, conclui-se que o treinamento funcional em múltiplos domínios motores podem auxiliar as pessoas idosas, dando a elas resultados positivos. Além disso, é possível ser utilizado como método para obter sucesso no trabalho com esse público (MARTINS; SANTOS; BARROS, 2021).
4. A ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NO SISTEMA CARDIOVASCULAR DA TERCEIRA IDADE
A fisioterapia é a área da saúde responsável pelo tratamento de doenças em geral e tem como especialidade a fisioterapia cardiovascular, a qual cuida da promoção, da prevenção, da proteção, da educação, da intervenção terapêutica e da recuperação funcional de pessoas com doença cardiovascular (SOUZA et al., 2020).
Ferreira, Marino e Cavenaghi (2012) explicam que a fisioterapia se tornou uma ferramenta fundamental na vida de muitos pacientes e contribui significativamente para um melhor prognóstico.
É importante destacar que o fisioterapeuta em formação possui conhecimentos específicos para o cuidado da pessoa idosa, estando atento às alterações do envelhecimento nos níveis anatômico e fisiológico, auxiliando na prevenção e no tratamento, trabalhando o equilíbrio, devolvendo qualidade de vida e autonomia ao paciente (SOFIATTI et al., 2021).
4.1 Fisioterapia cardiovascular
Segundo o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO, 2019), os fisioterapeutas cardiovasculares atuam em todos os níveis de atenção à saúde, em todos os estágios do desenvolvimento ontogenético e em diversas populações, atendendo aqueles que precisam de foco na promoção, prevenção, proteção, educação, intervenção terapêutica e recuperação funcional de indivíduos com doença cardíaca.
De acordo com Vitor, Tamanini e Vianna (2017), a fisioterapia cardiovascular é um programa de treinamento físico supervisionado, que pretende melhorar a capacidade funcional e melhorar a tolerância ao exercício, quantificando a intensidade segura para essa atividade e medindo sua aptidão cardiorrespiratória (ACR) por meio da avaliação fornecida pela anamnese, pelo exame físico e pelo teste de força pulmonar.
Os grupos-alvo da fisioterapia cardiovascular são pacientes com hipertensão, diabetes, obesidade, infarto do miocárdio pós-agudo, cardiomiopatia, insuficiência cardíaca e outros. Pacientes em pós-operatório, mesmo em recuperação, participam do cuidado por meio da promoção da saúde e de outras formas de prevenção (SOUZA et al., 2020).
No entanto, a extensão das reações depende da intensidade, da duração e do tipo de exposição. Estudos mostram que o exercício é eficaz no alívio da hipertensão, da insuficiência cardíaca e da obesidade, o que contribui para o controle neurovascular dessas doenças (BRUM, 2004 apud GENEROSO, 2017).
A fisioterapia é indispensável na atenção básica à pessoa idosa, pois contribui tanto para a prevenção de doenças relacionadas à idade quanto para a promoção da independência e da qualidade de vida. Ao preservar as funções motoras, retarda a instalação de possíveis deficiências inerentes à idade e trata dificuldades, alterações e sintomas que já atingiram seus corpos (GONÇALVES, 2011).
4.2 Benefícios do treinamento funcional na reabilitação cardiovascular da terceira idade
O presente estudo analisa a fisioterapia no contexto da reabilitação cardiovascular por meio de treinamento funcional, como será disposto a seguir.
4.2.1 Reabilitação cardíaca
A reabilitação cardíaca (RC) é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como atividades realizadas com o objetivo de melhorar a condição física, mental e social de portadores de algumas cardiopatias. Dessa forma, promove uma melhora na qualidade de vida, na capacidade funcional, reduzindo os fatores de risco e os sintomas decorrentes da enfermidade, trazendo múltiplos benefícios aos pacientes com doença cardíaca e, consequentemente, reduzindo a alta taxa de mortalidade associada a esse problema (MACEDO et al., 2018).
Segundo Simão et al. (2013), ao longo das últimas quatro décadas, a RC tem sido reconhecida como uma importante ferramenta no cuidado de pacientes com doenças cardiovasculares.
Portanto, a RC pode ser concebida como um somatório de intervenções que garantem a melhora da condição física, psicológica e social de pacientes com doenças cardiovasculares pós-agudas e crônicas. No entanto, grande parte do sucesso dos programas de RC se deve à terapia baseada em exercícios, considerada a estratégia central desses programas (ARAÚJO, 2006 apud VARGAS; VIEIRA; BALBUENO, 2016).
Nesse contexto, Freitas et al. (2004) revelam que a atividade física adequadamente direcionada, tanto em idosos saudáveis quanto em cardiopatas, altera favoravelmente o metabolismo de lipídios e carboidratos, induz o aumento do nível de lipoproteína de alta densidade (HDL), tem efeito benéfico na distribuição do tecido adiposo e melhora a sensibilidade à insulina, que é importante na redução do risco cardiovascular. Apesar do número ainda reduzido de idosos trabalhando e reabilitando, a melhora no desempenho desse grupo é indiscutível e justifica uma maior disseminação dos programas de reabilitação para essa faixa etária.
Herdy et al. (2014) explicam que, no contexto da fisioterapia, os programas de RC são desenvolvidos com base no treinamento físico e na prescrição de exercícios baseados nas necessidades de cada pessoa, com ações educativas que promovam mudança no estilo de vida, como o sedentarismo.
Segundo Vargas, Vieira e Balbueno (2016) e Lopes et al. (2021), a reabilitação cardíaca é dividida em quatro fases: Fase I ou hospitalar; Fase II ou ambulatorial; Fase III ou transição e Fase IV ou não supervisionada. Estas, segundo Gomes et al. (2016), consistem em um programa de treino físico integrado por uma equipe multidisciplinar que visa garantir aos doentes as melhores condições físicas, mentais e sociais a fim de que possam recuperar a sua condição normal.
A Fase I é utilizada em doentes internados destinados à convalescença por descompensação clínica de natureza cardiovascular, pulmonar e metabólica, que inclui infarto do miocárdio ou cirurgia de revascularização do miocárdio, intervenções coronárias percutâneas com técnica de balão ou colocação de stent, cirurgias de cardiopatias valvulares cardíacas, cirurgias para cardiopatias congênitas, transplantes cardíacos, angina de peito estável e pacientes com fatores de risco para doença arterial coronariana (VARGAS; VIEIRA; BALBUENO, 2016; LOPES et al., 2021).
A Fase II é a fase de convalescença supervisionada, que dura cerca de três meses. Seus principais objetivos são: mudar os fatores de risco, melhorar a funcionalidade e a qualidade de vida, bem como recuperar a autoconfiança, prescrevendo exercícios aeróbicos, resistidos e de flexibilidade com progressão individual (HERDY, 2014).
A Fase II é a primeira etapa extra-hospitalar, iniciando-se imediatamente após a alta, com duração prevista entre três e seis meses, podendo, em algumas situações, se estender por mais tempo. Deve ser individualizada e supervisionada por uma equipe multidisciplinar.
As fases III e IV destinam-se a prestar assistência imediata aos egressos da Fase II, que são rotulados como permanentes (duração indefinida), com atividades para manter e melhorar a capacidade física (VARGAS; VIEIRA; BALBUENO, 2016).
Gomes et al. (2016), em seu estudo, fizeram um acompanhamento de três anos a partir de dados coletados de pacientes cardiopatas que participaram de programa de reabilitação cardiovascular, em especial os da Fase IV do processo de reabilitação destinado a esse público.
O estudo foi feito com uma sequência estruturada em cada sessão da seguinte forma: 1) aquecimento: 5 a 10 minutos em esteira ou bicicleta ergométrica em intensidade leve; 2) condicionamento: 20 minutos em esteira ou bicicleta ergométrica em intensidade moderada; 3) desaquecimento: 5 a 10 minutos em esteira ou bicicleta ergométrica em intensidade leve; 4) exercícios resistidos: 2 a 3 séries de 8 a 10 repetições de exercícios resistidos para os principais grupos musculares dos membros superiores, inferiores e abdominais com auxílio de elástico,halter, caneleira, bola, bastão. Um alongamento geral dos principais grupos musculares envolvidos nos exercícios foi realizado antes e após cada sessão de treinamento. Gomes et al. (2016) acompanharam aspectos cardiovasculares e funcionais por três anos consecutivos e mostraram que a continuidade do treinamento físico melhora significativamente a capacidade funcional de pacientes cardiopatas em programa de reabilitação cardiovascular supervisionado. Estes tinham a pressão arterial controlada, mas ainda estavam na condição de sobrepeso.
Segundo os autores, o treinamento físico e funcional contínuo melhorou a capacidade funcional em pacientes após três anos de acompanhamento de um programa de reabilitação cardiovascular. A supervisão, em longo prazo, de pacientes cardiopatas em reabilitação monitorada é eficaz no controle dos fatores de risco nessa população.
Além disso, um grupo de 25 pessoas idosas da comunidade que não praticavam atividade física regular foi recrutado como grupo controle e manteve suas atividades habituais ao longo do estudo. Por outro lado, o sedentarismo geralmente afeta o metabolismo muscular e a aptidão cardiorrespiratória, o que pode explicar por que o débito cardíaco por pessoa idosa sedentária foi significativamente menor do que a dos participantes do programa de fisioterapia cardiovascular nessa faixa etária (GOMES et al., 2016).
Pimentel (2021) fez uma pesquisa a partir de dois grupos de observação. Os participantes foram divididos em dois grupos: Grupo Fisioterapia (GF) e Grupo Controle (GC). O GF foi composto por 25 pessoas idosas que participavam do programa de fisioterapia cardiovascular na atenção primária há pelo menos 6 meses, sendo o programa realizado duas vezes por semana, com duração de 90 minutos; cada sessão era composta por aquecimento (10 minutos), condicionamento (60 minutos), desaquecimento (10 minutos) e educação em saúde (10 minutos).
Exercícios de alongamento, exercícios resistidos, caminhada supervisionada, exercícios de relaxamento e palestras educativas voltadas para a saúde foram realizados em cada sessão, junto à fase de condicionamento, medidas iniciais e finais de pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC), saturação periférica de oxigênio (SpO2), e a percepção de dispneia e fadiga de membros inferiores usando a escala de Borg modificada CR-10.
Pimentel (2021) constatou que a FC das pessoas idosas participantes do programa de fisioterapia cardiovascular é maior do que a das que participam da comunidade em geral, com igualdade entre homens e mulheres. Pessoas idosas fisicamente ativas apresentam melhor capacidade para realizar suas atividades da vida diária e menos dor, tornando a fisioterapia uma atenção primária efetiva e levando melhor qualidade de vida para esse grupo.
Souza e Silva (2020) destacam que os benefícios do treinamento funcional em idosos são inúmeros, pois o treinamento trabalha com movimentos básicos, os quais são responsáveis por melhorar a mobilidade no levantamento e agachamento e ter a estabilidade necessária para as tarefas do dia a dia. Especialmente para pessoas idosas, o treinamento funcional é uma ótima opção, na medida em que visa atividades rotineiras, estimula a função neuromuscular e aeróbica, além de promover a flexibilidade e a coordenação motora.
5. METODOLOGIA
Esta pesquisa se trata de uma revisão bibliográfica de natureza descritiva e exploratória. Segundo Macedo (1994), a pesquisa bibliográfica é o primeiro passo em qualquer tipo de pesquisa científica, tendo como finalidade revisar a literatura existente e não redundar no tema de estudo.
Dessarte, para a realização do trabalho, foram buscadas 28 referências a partir do ano de 2017, dentre elas artigos e dissertações, no mês de julho e agosto de 2022. Para isso, foram utilizadas plataformas online, como Google Acadêmico, fazendo o uso das seguintes palavras chaves: envelhecimento; terceira idade; reabilitação cardíaca; fisioterapia; treinamento funcional.
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
O treinamento aeróbico também deve ser implementado, pois terá influência significativa na capacidade aeróbica e funcional de pacientes pós-covid-19. O tratamento pode ser feito de duas formas: continuamente ou em intervalos. O método contínuo deve ser utilizado em pacientes que apresentam maior grau de comprometimento funcional, enquanto o método intervalado deve ser utilizado em pacientes que conseguem realizar o exercício em intensidade moderada por pelo menos 30 minutos (ÁVILA et al., 2020 apud ALMEIDA, 2021).
Para ter controle sobre a intensidade do treinamento aeróbico no paciente, é fundamental focar a frequência de reserva em vez do cálculo feito pela zona-alvo por meio da fórmula de Karvonen ou da frequência máxima (ÁVILA et al., 2020 apud ALMEIDA, 2021).
Ao iniciar, a frequência cardíaca do indivíduo deve ser mantida próxima ao limite inferior da zona de treinamento. Quando ele for capaz de realizar o exercício com maior força, recomenda-se que a frequência cardíaca seja mantida próxima ao limite superior da zona de treinamento.
Como resultado, o paciente irá se adaptar ao treino ao longo do tempo, caso não seja possível após a avaliação ergométrica da intensidade do treino, trabalhando com FCmáx de 70% a 90% ou 50% a 80% da FCreserva (ÁVILA et al., 2020 apud ALMEIDA, 2021). Esse cálculo foi apresentado por Almeida (2021), conforme a Figura 1.
Figura 1 – Equações de predição da FCTmáx para ambos os sexos
Fonte: Almeida (2021)
Entretanto, os resultados obtidos ao final da pesquisa evidenciaram que os autores estudados, em sua maioria, entendem que o exercício funcional é capaz de auxiliar no combate aos principais efeitos decorrentes do envelhecimento e que a fisioterapia aplicada à reabilitação cardíaca se mostra satisfatória e eficaz na recuperação cardiovascular. Percebeu-se pouco acervo literário que tratasse do treinamento funcional e suas benesses relacionadas à prevenção de patologias cardíacas, sugerindo-se, então, novos estudos na área.
Nessa perspectiva são elencados os dados científicos direcionados a fisioterapia no sistema cardiovascular e definidos de acordo com os tipos e características de estudos ao treinamento funcional para a terceira idade, referindo o ano de publicação e as plataformas em que os trabalhos foram selecionados pelos os autores.
Quadro: Os tipos e/ou características dos artigos apresentados acima, de acordo com seus respectivos estudos, autores, ano de publicação e plataforma científica.
Conclusão | Autor/Ano | Objetivo da pesquisa | Métodos | Conclusão |
1 | Almeida, (2021) | A pesquisa teve por objetivo de descrever as principais complicações pós covid-19 em idosos, e abordar a intervenção fisioterapêutica descrita nas bases de dados para esses pacientes. | A metodologia do trabalho trata-se de uma revisão integrativa de literatura, e as bases de dados científicas selecionadas foram: Google Acadêmico, Scientific Electronic Library Online (Scielo), Creffito, Secretaria Municipal da Saúde, Diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), FioCruz, e livros. | O artigo conclui que a Fisioterapia é de suma importância em pacientes pós-covid 19, pois a intervenção fisioterapêutica, se torna essencial na melhora da capacidade funcional, recuperação da força muscular e condicionamento cardiorrespiratório, e promove o retorno das atividades de vida diária. |
2 | Pereira et al. (2020) | De acordo com o autor, o estudo teve por objetivo, a análise da prática ao efeito reposta do treinamento funcional em idosos. | Os métodos do artigo caracterizam-se de uma revisão bibliográfica de caráter descritiva e positivista de obras literárias, em que foram coletadas as evidências de autores das áreas de Educação Física, Fisioterapia e Medicina Geriátrica, das seguintes bases de dados: Scielo, Lilacs, Portal de Periódicos da CAPES, Google Scholar e Acadêmico. | Concluiu-se que o efeito resposta da prática do treinamento funcional pela pessoa idosa, tem como retorno inúmeros benefícios na melhora da qualidade de vida, da saúde física e mental. |
3 | Ferreira et al. (2012) | A pesquisa tem como objetivo de abordar a atualização acerca dos conhecimentos em relação à atuação da fisioterapia cardiorrespiratória pré e pós-operatória da cirurgia de revascularização do miocárdio, e prevenção de complicações pulmonares. | A metodologia do artigo de revisão busca destacar a atualização do conhecimento através da literatura dos artigos nas bases de dados eletrônicas: MedLine, LILACS, Cochrane, PubMed e SciELO. E uma outra pesquisa foi efetuada por meio das análises das referências bibliográficas. | O autor concluiu que a fisioterapia cardiorrespiratória tem um papel importante em relação aos cuidados do paciente cardiopata, pois contribui de forma significativa tanto no pré e pós operatório levando a um melhor prognóstico por meio de técnicas específicas durante a intervenção fisioterapêutica. |
4 | Sofiatti et al. (2021) | O artigo teve como objetivo evidenciar a importância da fisioterapia na prevenção e no tratamento das quedas em pacientes idosos, visando uma melhor perspectiva na qualidade de vida e maior capacidade funcional. | Nesse estudo metodológico é caracterizado por ser uma pesquisa de revisão narrativa da literatura, na qual o levantamento bibliográfico foi realizado por meio das bases de dados: Medline, Scielo, Pubmed e CAPES. | O artigo concluiu que o fisioterapeuta e um profissional capacitado para e atuar tanto no tratamento e prevenção, visando a assistência no aumento da capacidade funcional, equilíbrio, suporte muscular e independência da pessoa idosa. |
6.1 Envelhecimento da população
Pereira (2020) enfatiza que, hodiernamente, a busca pela longevidade está intrinsecamente ligada à qualidade de vida – esta refere-se a um conjunto de condições em que os indivíduos podem desenvolver todo o seu potencial, seja para viver, sentir, amar, trabalhar, fornecer bens e serviços, seja para se dedicar à ciência ou às artes. Esse conceito está diretamente relacionado à ideia de viver um pouco mais do que o esperado, de acordo com os padrões da OMS.
O autor reitera, ainda, que a atividade física e o exercício físico são elementos que promovem a prevenção, a manutenção ou a reabilitação das habilidades funcionais, bem como o controle de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, obesidade e, principalmente, doenças que afetam o sistema circulatório.
Fagundes et al. (2017) afirmam que nas últimas décadas tem havido uma ênfase maior em estudar e compreender o processo de envelhecimento e suas implicações, de natureza individual ou social. Isso se justifica na medida em que, no Brasil, como no resto do mundo, o envelhecimento populacional ocorre de forma abrupta e rápida.
O processo de evolução começou nos países desenvolvidos e, desde então, se tornou um dos desafios mais significativos para a saúde pública, particularmente nos países em desenvolvimento, com pobreza persistente e desigualdade social. No Brasil, a pirâmide etária está passando por uma retangularização em decorrência do crescimento da população idosa, o que pode eventualmente levar à sua inversão.
De acordo com as projeções, o Brasil teria mais de 30 milhões de aposentados até 2020, colocando-o em sexto lugar em número de aposentados. Essa mudança demográfica brasileira pode ser atribuída aos avanços tecnológicos em diversas áreas humanas, mas principalmente à redução das taxas de fecundidade, o que leva à diminuição da população jovem e, consequentemente, ao aumento do chamado envelhecimento pela base (FAGUNDES et al., 2017).
Em 1950, havia cerca de 204 milhões de aposentados em todo o mundo; em 1998, quase cinco décadas depois, esse número havia subido para 579 milhões a cada ano. Estima-se que a população idosa chegará a 1,9 bilhão de pessoas em 2050, quase o mesmo que a população infantil de 0 a 14 anos. Uma das explicações para esse fenômeno é o aumento de 19 anos na expectativa de vida que vem sendo observado desde 1950 (VENÂNCIO, 2013).
Venâncio (2013) traz à tona que esse incremento significativo está causando grande preocupação para o ser humano, não apenas pelas implicações para as necessidades básicas da sociedade, mas também pelas mudanças econômicas que surgem no contexto do envelhecimento. Essa situação exige o desenvolvimento de políticas públicas voltadas especificamente para as pessoas idosas, a fim de promover seu bem-estar físico, social, econômico e psicológico.
6.2 Treinamento funcional e suas vantagens para a terceira idade
Venâncio (2013) reafirma que transformações ocorrem no corpo, tanto física quanto psicologicamente. Algumas dessas alterações ocorrem na massa muscular, na massa óssea, nos processos osteoarticulares, nas funções pulmonares e cardiovasculares, entre outras. Em termos de fatores psicológicos, ocorreram várias mudanças decorrentes da inatividade e das dependências funcionais, fazendo com que as pessoas idosas envelheceram prematuramente, resultando em problemas como baixa autoestima, tensão, depressão e sedentarismo.
Uma das questões mais graves é a inatividade da pessoa idosa, que é ocasionada pela incapacidade, a qual cria sérias limitações e exige cuidados que modificam o ambiente e a rotina. Por outro lado, percebe-se que atualmente há um aumento significativo no número de pessoas que praticam atividade física. Isso se deve, em grande parte, aos achados de estudos e informações que comprovam seus benefícios (VENÂNCIO, 2013).
Pereira (2020) destaca que os exercícios aeróbicos e de força, os quais podem ser agregados ao treinamento funcional, são essenciais para um envelhecimento saudável. Eles, por exemplo, melhoram e aumentam as capacidades funcional e cardíaca, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares. Já os exercícios de força melhoram a função muscular, ajudando a diminuir a frequência de quedas.
O declínio ou a perda da capacidade funcional leva à incapacidade, o que, em muitos casos, é um resultado associado ao envelhecimento. A redução da atividade física relacionada ao aumento da idade cronológica leva a danos significativos nos sistemas cardiovascular, muscular e nas condições de equilíbrio, que são, em grande parte, responsáveis pelo declínio da capacidade funcional. Outros conceitos incluem autonomia e mobilidade.
O processo de envelhecimento é dinâmico e progressivo, no qual mudanças na morfologia, na função e na bioquímica modificam gradativamente o corpo, tornando-o mais vulnerável a ataques. A capacidade funcional, particularmente a dimensão motora, é um importante preditor do envelhecimento bem-sucedido e da qualidade de vida das pessoas idosas. A perda dessa habilidade está ligada a um maior risco de fragilidade, à dependência, à institucionalização, ao aumento do risco de quedas, morte e problemas de mobilidade, resultando em complicações ao longo do tempo e em altos custos (VENÂNCIO, 2013).
A manutenção e a preservação de condições de realização das atividades cotidianas são pontos fundamentais para prolongar a independência pelo maior tempo possível. Como resultado, a pessoa idosa mantém a capacidade funcional. A musculação, hoje em dia, não é mais vista apenas como sinônimo de treinamento de força. Os mitos que a cercam caíram por terra, em parte, graças à mídia, que está iluminando e despertando a população para seus benefícios.
A grande maioria das pessoas ainda deseja uma melhor aparência estética mediante a construção muscular. No entanto, esse não deve ser o objetivo, mas, sim, o resultado natural de uma atividade física bem direcionada e segura – num sentido mais amplo, uma melhor qualidade de vida.
Venâncio (2013) fala que, apesar de as pessoas idosas poderem participar do mesmo programa como qualquer outro indivíduo, elas requerem atenção e supervisão especiais devido à sua propensão a lesões musculoesqueléticas. O levantamento de peso máximo deve ser evitado nos estágios iniciais do treinamento com pesos, com uma menor resistência usada, para permitir que o praticante realize mais repetições. Os recém-chegados devem iniciar um programa com pesos em uma intensidade que lhes permita completar 12 a 15 repetições.
O autor reitera que após algumas semanas de aprendizado do movimento, o número de repetições pode ser reduzido e uma carga mais pesada introduzida gradativamente, sempre tendo em mente o axioma geriátrico. Apesar de sua importância, a respiração adequada durante o treinamento ainda gera preocupações e é negligenciada por muitos praticantes.
Claro que não há regra para isso, mas a maioria dos autores acredita que a realização da manobra de Valsalva ou a interrupção da respiração por tempo prolongado provoca um aumento significativo da pressão arterial, muitas vezes acompanhado de tontura, desorientação e desmaio, o que é extremamente perigoso durante o exercício.
Pereira (2020) reafirma a declaração de Venâncio ao enfatizar que a capacidade operacional é limitada (exercícios a cada sessão), relatando que a escolha deve ter em conta a componente de funcionalidade dela. Nesse sentido, não existe exercício funcional ou não funcional, pois, desde que atendidos os padrões de segurança e eficiência, qualquer exercício pode ser incorporado em qualquer fase do treinamento e resultar na adaptação desejada.
Pode-se ratificar, então, que os exercícios funcionais melhoram as funções naturais da pessoa idosa. A prática é uma excelente ferramenta para o tratamento de doenças crônicas, a reabilitação funcional, a prevenção e a manutenção do envelhecimento corporal. A pessoa idosa que faz exercício é ativa, forte e independente, pois os benefícios do exercício permitem que ela previne e administre uma variedade de problemas associados ao processo de envelhecimento.
6.3 Benefícios do treinamento funcional na reabilitação cardiovascular da terceira idade
Ferreira, Marino e Cavenaghi (2012) falam que as doenças cardiovasculares (DCV) são uma das principais causas de morte nos países em desenvolvimento. Sua prevalência aumentou dramaticamente nos últimos anos. A fisioterapia respiratória é cada vez mais buscada, graças ao uso de técnicas capazes de melhorar a mecânica respiratória, a reexpansão pulmonar e a higiene brônquica.
A fisioterapia busca restabelecer e melhorar a capacidade funcional da pessoa idosa, prevenindo a deterioração. Seu foco será avaliar o indivíduo como um todo, seus sistemas musculoesquelético, neurológico, cardiovascular e respiratório, assim como o meio em que vive (SOFIATTI et al., 2021).
O fisioterapeuta organizará uma proposta de promoção da saúde ao idoso com base nos achados da observação anterior. Nessa abordagem, deve-se analisar a percepção do idoso sobre as atividades cotidianas e instrumentais, bem como tentar contextualizá-las em relação à realidade, preservando sua individualidade, subjetividade e rotina.
Dessa forma, Sofiatti et al. (2021) relata que é necessário o profissional realizar uma avaliação única e personalizada da pessoa idosa, olhando para ela de forma geral, a fim de tratar não só as consequências e os fatores de risco no envelhecimento, mas também trabalhar a capacidade neuropsicomotora do paciente e sua qualidade de vida.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo demonstrou que a fisioterapia é indispensável para a atenção básica à pessoa idosa, pois contribui tanto para a prevenção de doenças relacionadas à idade quanto para a promoção da independência e da qualidade de vida. Ao preservar as funções motoras das pessoas nessa faixa etária, a fisioterapia retarda a instalação de possíveis deficiências, como cardiopatias.
Nesse sentido, a prática se mostra eficaz na melhora da qualidade de vida do idoso, contribuindo para a autonomia funcional. O acompanhamento em longo prazo de pacientes cardiopatas em reabilitação supervisionada é eficaz no controle dos fatores de risco desse público.
Além disso, o exercício funcional melhora as funções naturais das pessoas idosas praticantes, sendo uma ótima ferramenta no controle de doenças crônicas, na reabilitação funcional, na prevenção e na manutenção do envelhecimento corporal.
Os autores estudados, em sua maioria, entendem que o exercício funcional é capaz de auxiliar no combate aos principais efeitos decorrentes do envelhecimento e que a fisioterapia aplicada à reabilitação cardíaca se mostra satisfatória e eficaz na recuperação cardiovascular.
Percebeu-se pouco acervo literário que tratasse do treinamento funcional e suas benesses relacionadas à prevenção de patologias cardíacas. Sugerem-se novos estudos sobre a temática.
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1 Pós-graduação em Fisioterapia Respiratória e Cardiovascular em UTI/Enfermaria, Centro Universitário do Pará (CESUPA). E-mail: adriano-paulo18@hotmail.com.
² Doutor em Biotecnologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA). E-mail: profronaldocorreia@gmail.com