BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DA NATAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MOTOR EM CRIANÇAS: UM ARTIGO DE REVISÃO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.6726551


Autores:
Luciano Balarin da Silveira1
Keila Aparecida de Lima2


RESUMO

A prática da natação tem grande efeito na promoção da saúde e qualidade na vida pessoal. Durante a infância, a atividade física pode proporcionar além da importância, a capacidade de aprender é mais forte no ambiente escolar sobre o desenvolvimento de habilidades físicas. O ensino de natação sofre um golpe ao longo dos anos, o domínio da técnica de natação de quatro estilos prejudicando os benefícios motores, cognitivos e afetivos-sociais da aprendizagem por meio líquido. Intervenções de brincar na aprendizagem da natação possibilidades um aprendizado que podem ser expandidas estimulando maior interesse como diversão para as crianças, evitando a monotonia dos movimentos técnicos repetitivos ao nadar. Em resumo, este artigo tem como objetivo compreender a importância do brincar como ferramenta de ensino para o desenvolvimento infantil, demonstrando que o brincar e a forma prazerosa de aprender. Habilidades motoras para aulas de natação infantil. O estudo de referência é um estudo descritivo interpretativo. O e-banking foi analisado em sites científicos de acesso aberto (SCIELO, EFDEPORTES e ferramentas de buscas e livros). Os termos de busca foram: crianças, desenvolvimento motor; brincar; asma e nadar. Pode-se concluir que nadando, as crianças são capazes de compreender seus corpos e buscam maximizar suas habilidades movimentos, emoções e cognição.

Palavras-chave: Natação. Desenvolvimento motor. Criança. Asma. Nadar.

ABSTRACT

The practice of swimming has a great effect on promoting health and quality in personal life. During childhood, physical activity can provide, in addition to the importance, the ability to learn is stronger in the school environment on the development of physical skills. The teaching of swimming has suffered a blow over the years, the mastery of the four-style swimming technique harming the motor, cognitive and affective-social benefits of learning through liquid. Play interventions in the learning of learning possibilities one that can be expanded by stimulating greater interest as fun for children, the monotony of repetitive movements when swimming. In summary, this article aims to understand the importance of playing as a teaching tool for child development, demonstrating that playing is a pleasant way of learning. Motor skills for children’s swimming lessons. The baseline study is an interpretive descriptive study. E-banking was developed on open access scientific websites (SCIELO, EFDEPORTES and search engines and books). The search terms were: children, motor development; to play; asthma and swimming. It can be determined that nothing, as children are able to understand their bodies and pursue their movement skills, emotions and cognition.

Keywords: Swimming. Motor development. Child. Asthma. Swim.

1. INTRODUÇÃO

O desenvolvimento motor é um processo contínuo, se inicia com o nascimento do indivíduo e termina apenas com sua morte, ou seja durante toda sua vida o indivíduo está em constante desenvolvimento de suas características motoras. (GALLAHUE et. Al., 2013).

A criança ao nascer e até uma certa idade não sabe fazer praticamente nada sozinha, mas com condições necessárias para poder realizar algumas tarefas, sendo assim que ela tem um grande potencial para aprender a fazer. Estas mudanças dependem das características de empatia entre o processo pedagógico e também a maneira com que o professor domina os conteúdos ou tarefas a serem ensinados.

A natação para a primeira infância propicia a aquisição de confiança e de respostas adaptativas mais adequadas para desenvolver suas habilidades aquáticas, exercitação das destrezas motoras, conhecimento e domínio progressivo do corpo, socialização, entre outros aspectos. Por isso é necessário não pular etapas, e que o professor tenha pleno domínio da técnica utilizada com crianças, pois uma criança em desenvolvimento não irá conseguir realizar os movimentos dos nados, com a perfeição de um adulto que já tem o seu desenvolvimento aprimorado. (DAMASCENO, 1992).

De acordo com Cabral, Cristianini e Souza (1995) antes da iniciação da aprendizagem das técnicas dos nados, é necessário que haja uma adaptação ao meio líquido, que tem por objetivo principal impedir o “trauma por água” principalmente se tratante de crianças até os 10 anos de idade. Esses autores destacam a seguinte sequência pedagógica: a respiração, onde o professor irá ensinar ao aluno que na natação a respiração é ao contrário da respiração que realizamos no nosso dia a dia, ou seja, inspiramos o ar pela boca e expiramos pelo nariz dentro da água, em seguida ocorre a descontração facial, na qual o aluno terá o primeiro contato com a água, buscando uma sensação agradável, logo após é desenvolvido a visão sub-áquatica do aluno, quando acontece o primeiro contato dos olhos submersos a água, posteriormente efetua-se a aprendizagem da flutuação, que possui grande importância para que o aluno tenha domínio do seu corpo no meio aquático.

Conforme afirma Silva (2019) “a água sempre esteve presente na vida dos seres humanos, desde o seu surgimento, tendo em vista que representa cerca de 40% a 60% do seu peso corporal”. Portanto, a água se torna essencial para nós seres humanos, embora não seja nosso habitat natural, de maneira que, as pessoas ao se encontrarem em situações submersas a água se assustam, e batem os braços e pernas de forma desesperadas, buscando não se afogar. Através disto é possível notar a importância que os movimentos de braços e pernas possuem para evitar acidentes nesse meio não natural (EVANS, 2009).

Tahara e Santiago (2006) afirmam que a busca por atividades físicas no meio aquático vem crescendo cada vez mais no país, como por exemplo a natação, atividade que traz inúmeros benefícios consigo, tanto para os mais novos, quanto para os mais velhos.

Além dos benefícios proporcionados pela modalidade outro objetivo pela qual os pais colocam as crianças na prática da natação é o auto salvamento, de acordo com o boletim de 2021 da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, (SOBRASA, 2019) 15 brasileiros morrem afogados diariamente, sendo que 59% das mortes acontecem na faixa etária de 1 a 9 anos; 70% dos afogamentos acontecem em rios e represas no verão; a cada dois dias um turista morre sendo 16% turistas do estado de São Paulo e 9% são turistas do estado da Bahia.

A SOBRASA ressalta que o afogamento não é acidente, não acontece por acaso, existe prevenção e a natação e as habilidades aquáticas são as melhores formas de tratamento, tanto que houve uma redução de 50% na mortalidade depois das intervenções da SOBRASA por afogamento em 39 anos (1979- 2019) aponta caminho acertado na luta contra esta endemia.

Portando o presente estudo tem como objetivo verificar se há melhora no desenvolvimento motor em crianças de 0 a 10 anos de idades, que utilizam a natação como exercício físico, através de pesquisas sobre natação em artigos científicos relacionados ao desenvolvimento motor infantil. Tendo ainda como objetivos específicos a construção de uma contextualização sobre o tema abordado, identificar os benefícios que a natação proporciona para as crianças até os 10 anos de idade.

Diante de toda importância que essa modalidade causa na vida da criança, ao pesquisar estudos relacionados ao desenvolvimento motor da criança, surgiu um questionamento: existe uma melhoria na coordenação e em outros aspectos para a criança que pratica natação como exercício físico?

2. REVISÃO DE LITERATURA

De acordo com este capítulo, propõe uma revisão de literatura com o foco em respeito nas características das crianças, com referência nos estudos na área do desenvolvimento motor com este público e também referente as metodologias de ensino da natação lúdica. 

2.1 HISTÓRIA DA NATAÇÃO

A natação foi originada através da necessidade de o homem sobreviver no meio líquido e não é possível saber ao certo a data especifica do seu surgimento, entretanto, considera-se que a sua prática foi fundamental para a permanência da espécie, pois era utilizada pelo homem como forma de deslocamento para obtenção de alimentos e também para conseguir permanecer vivo em situações de perigo (EVANS, 2009).

Nadar é o ato de se mover em um meio líquido ou deslizar na água. O homem é independente de seu hábito de ambiente líquido desenvolvimento intrauterino, reflexo de natação e algum sucesso no nascimento levará algum tempo para aprender a nadar quando totalmente submerso ao mesmo tempo é necessária maturidade neural e emocional para dominar o ambiente não exatamente igual ao seu. (Velasco,1994).

O ensino da natação sofreu ao longo dos anos a valorização do domínio
da técnica dos quatros estilos de nado, em detrimento dos benefícios motores,
cognitivos e afetivo-sociais da aprendizagem no meio líquido. A intervenção com
jogos e brincadeiras na aprendizagem da natação pode ampliar as possibilidades
de aprendizagem por estimular um maior interesse e prazer nas crianças,
evitando a monotonia da repetição técnica dos movimentos natatórios.

A natação é considerada um dos esportes mais completos, tem conforme autores Wilkie e Kelvin (1984): “A natação é muitas vezes considerada um dos esportes mais importantes mais saudável, sendo recomendado por um médico, é considerado uma panacéia para muitas doenças.”

Araújo (1993) voltou à Federação Internacional de Natação (FINA) “(…) A natação representa o ato de autopropulsão e autossustentação na água, os humanos aprendem por instinto ou observando os animais. Este é um dos exercícios um físico mais completo”.

No entanto, a natação deve ir muito além disso e dar mais ênfase à adaptação, aprendizado, aprimoramento e treinamento; diferentes formas de atividade física que exploram as propriedades da água e os benefícios que ela oferece ao ser humano (KEBERJ, 2002). O processo de adaptação deve começar pelo ambiente, onde os alunos irão conhecer e explorar o espaço físico. O próximo passo é a adaptação multissensorial, que ocorre pela boca, nariz, olhos e ouvidos.

Em seguida, vem o processo de respiração, onde a inspiração ocorre fora da água e a expiração ocorre dentro da água. Portanto, a imersão em água pode ocorrer facilmente, podendo passar para flutuação e suporte.

O passo final é empurrar os braços e as pernas. Quando esses passos são bem absorvidos, os quatro estilos podem ser aprendidos, rastejar, costas, peito e borboleta, e não precisam necessariamente ser ensinados em ordem. Os professores devem começar com pessoas mais próximas de seus alunos
(VELASCO, 1994).

2.2 BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DA NATAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MOTOR EM CRIANÇAS

São inúmeros os benefícios que a natação pode proporcionar a seus praticantes, independente da faixa etária, seja para um bebé recém-nascido ou idoso. Esta modalidade é considerada uma das melhores atividades para as pessoas que querem melhorar a aptidão física, além de ser uma prática muito completa e recomendada por diversos profissionais, como médicos, fisioterapeutas, fisiologistas e preparadores físicos. Ela promove melhorias no condicionamento aeróbio e anaeróbio, possibilita o alongamento dos músculos, melhorando a flexibilidade e desenvolvendo a resistência e o fortalecimento muscular, além disso a respiração correta na natação, quando o aluno atinge frequência e volume próximos ao limite, possibilita uma evolução incrível no sistema cardiovascular (EVANS, 2009).

De acordo com Gallahue e Ozmun (2005), essas faixas etárias, especialistas chamam de período crítico para o aprendizado, e há um melhor propensão cognitiva do corpo para absorver influências externas, promover, adquirir e melhorar as habilidades motoras.

O desenvolvimento motor é o mesmo nesta fase, entre 0 à 10 anos, a criança está nos primeiros ano na educação infantil, onde possui uma oportunidade em adquirir e desenvolver habilidades motoras básicas, de uma perspectiva de desenvolvimento aprendizagem, ou seja, a continuidade do movimento, inteligência e desenvolvimento intelectual da criança (LANGENDORFER; BRUYA, 1995). Este estudo tem tem como objetivo compreender os benefícios da natação, a fim de compreender as possibilidades da natação o desenvolvimento de alunos da educação infantil.

Nesta fase, a natação precisa ser encarada de uma forma interessante para buscar resultados secundários. “(…) Desafios contidos em situações interessantes Estimular a função do pensamento, orientar as crianças para alcançar desempenho que só pode ser alcançado através da motivação intrínseca” (Massaud e Correia, 1999).

A natação é uma estratégia que ajuda a construir a base para as crianças, do ponto de vista moral, emocional, psicológico e motor é por isso e de extrema importância que os professores tentem garantir que suas aulas sempre tenham conteúdo produtivo para despertar esses aspectos deles estudante, pois devemos trazer objetos que chamem atenção das crianças, assim deixando as aulas chamativas e prazerosas, pode ser utilizados matérias simples, como bolinhas coloridas, brinquedos flutuantes (baleia, peixe, tartarugas e entre diversos animais.),  boia espaguete (pode ser trabalhado a imaginação das crianças como um cavalo, para que a criança possa trabalhar a pernada ou nado “cachorrinho” com esse material) e entre diversos recursos para trabalhar nas aulas infantis. As crianças devem ser incentivadas a se envolver em atividades físicas desde de pequenas. Um início precoce tem muitas vantagens, como melhorar a função cardiopulmonar, tônus, coordenação, equilíbrio, agilidade, força, velocidade, habilidades sociais e confiança.

De acordo com Segundo Ramaldes (1987), a natação é a atividade física mais completa que existe porque trabalhe a harmonia, a flexibilidade, a força, o ritmo e a coordenação, praticado desenvolver regularmente mecanismos fisiológicos, como capacidade pulmonar, sistema cardiovascular e permite o desenvolvimento da coordenação e equilíbrio. Na natação, a criança pode experimentar novos movimentos que aprendeu, nas aulas como nado crawl, borboleta, peito e entre outros.

A importância da natação na formação de sua personalidade e inteligência é algo que não pode ser negado. Juntamente com os colegas na piscina, eles aprendem a socializar melhor com outras crianças, em ambiente diversificado, fazendo assim uma estimulação para a interação social.

Mansolo, (1986. p.35) destacou que “a natação hoje não é apenas uma visão de sobreviver, mas sim algo que proporciona alegria e ajuda no desenvolvimento integral do aluno. Por essas e outras razões, o ambiente aquático e extremamente responsável por proporcionar grandes benefícios a pessoas de todas as idades, do bebê aos 0 anos de idade. Segundo Ramaldes (1997), a natação é uma forma aonde a criança se socialize, pois, facilita um melhor relacionamento consigo mesmo e com os outros.

Artigos relatam que crianças em idade pré-escolar demostrou que criança de seis anos desenvolve habilidades de natação muito boas, para a introdução de natação (Eckert, 1993). O esporte tem se tornado cada vez mais importante e aceito como quando seu filho começa seu primeiro esporte ou diante de todos os benefícios já citados neste trabalho, sendo assim sua primeira atividade. É vital que as crianças comecem a nadar desde cedo porque lhe permite a formação das reflexões que compõem a evolução psicomotora das crianças, onde conseguimos dominar melhor o ensino do que um adulto, pois o adulto e totalmente difícil em tirar as “manias” que consiste no decorrer de suas experiências aquáticas.

Portanto, este é um conhecimento do seu próprio corpo, pois ele precisa de sua plena participação, trabalho e desenvolver melhor a coordenação corporal, postura, ritmo, equilíbrio, flexibilidade, tônus ​​muscular e auto aceitação. O contato da criança com a piscina, colegas e professores permite-lhe trabalhar emoção, confiança e criatividade. Desenvolve atividades físicas, mentais, de aprendizagem e emocionais que promovam a reintegração das crianças (VELASCO, 2004).

2.3 DESENVOLVIMENTO MOTOR

As crianças devem ser incentivadas desde pequena a exercerem alguma atividade física, que traz enormes vantagens para as crianças que praticam esporte iniciadas nos primeiros anos de vida (KLEN,1994). A natação é excelente para o público infantil, pelas brincadeiras lúdicas e pelos benefícios como um melhoramento na capacidade cardiorrespiratória, na coordenação, no tônus, na força, no equilíbrio, na agilidade e na velocidade, havendo o desenvolvimento das habilidades como a lateralidade, as percepções tátil, auditiva e visual. Além proporciona da socialização e a autoconfiança. A natação é considerada a atividade física mais completa que existe, por que trabalha a coordenação, o ritmo e a flexibilidade da criança no único esporte (SELAU, 2000).

Segundo Wilkie (1984, p.12), cita que: “A natação é geralmente considerada um dos exercícios mais saudáveis. Recomendado por um médico, é considerado uma panacéia para cada doença.”

No público infantil, é difícil detectar que elas têm a intenção de aprender nadar, pois as crianças vão às aulas de natação e se divertem, como um momento de descontração, de forma divertida e bem planejada, as crianças aprendam de maneira agradável e execute métodos de maneira fácil, fornecido por mediadores de classe (KLEMN, 1994).

Neste sentido, Greco e Benda (1998, p. 157), afirma que:

Aprender é um processo essencial na vida do ser humano e constitui uma parte indissociável na formação de sua personalidade, através do qual este se expressa, se adapta e interage com o ambiente que o rodeia. Em cada nível de performance do indivíduo deve existir uma inter-relação harmônica do desenvolvimento das capacidades inerentes do rendimento motor. Por este motivo, é importante que o processo de ensino-aprendizagem-treinamento do aspecto motor 14 ocorra em concordância com o desenvolvimento cognitivo e afetivo do indivíduo.

Deve haver uma duração durante a fase de adaptação da criança ao meio líquido 30 a 40 minutos com caráter muito espontâneo e uso de atividades, jogos e brincadeiras para estimular as crianças nesta fase inicial aprendizagem (MANOEL, 1994). Enquanto o professor faz jogos e atividades com as crianças, ele desenvolvendo habilidades como elementos importantes, o desenvolvimento dos alunos visa transmitir confiança entre eles. Isso só é possível quando as crianças conhecem sua capacidade de expressão (DAMASCO, 1997).

Os professores já sabem sobre o desenvolvimento infantil características que as crianças terão, importantes para que pratica natação. Para o trabalho docente que será feito pelo mediador que é o professor, pois assim, é possível estimular de forma adequada e eficaz, a obtenção de melhores desempenho dos alunos (GALLAHUE, 2001).

Na natação, as crianças desenvolvem mais ou menos esforço na prática, as várias partes do corpo, funcionando como um todo, proporcionar um desenvolvimento eficaz e saudável para sua vida (DAMASCENO, 1997). Durante a fase de adaptação da criança, deve haver contato com o ambiente líquido, onde é algo completamente diferente para ela, onde o mesmo irá se acostumar e perceber a resistência da água, a pressão que seu corpo ocupa naquele espaço, o impulso, a água entra no buraco na cabeça (BUENO, 1998).

A adaptação ao ambiente líquido, a importância da familiaridade com este novo meio é essencial, os alunos podem conhecer, sentir e encontrar alegria em mover-se livremente com maior segurança, depois da confiança na execução das tarefas realizadas (DEPELSENEER, 1989). O domínio físico que uma criança precisa aprender para realizar, existem basicamente dois tipos de reflexos: O primeiro é o reflexo do olho fechado, onde a criança mergulhe o rosto na água, a mudança de posição da segunda reflexão é reduzida pela metade líquidos para que as crianças possam aprender a se equilibrar na água, promovendo o controle do desenvolvimento físico-motor (BUENO, 1998).

Nos estágios iniciais do desenvolvimento de uma criança, Piaget dizia que a criança passou por várias transições, pois seu desenvolvimento físico exige o tempo é um processo contínuo. Este é um longo processo, desde o início da vida. Para Piaget, o desenvolvimento infantil, vem se caracterizado pelas diferentes formas como os indivíduos interagem com a realidade, se adaptam ao conhecimento que vão dividir na fase pré-operacional com período de 2 a 7 anos, esse período é caracterizado por descobertas, potencial e resolução de conflitos (PIAGET, 1978).

FIGURA 1 – FASE DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE JEAN PIAGET

Fonte: GALLAHUE, David, 1943.

Segundo Piaget, o desenvolvimento cognitivo ocorre por meio desses processos de: adaptação, acomodação e assimilação. Adapte-se aos requisitos do processo Indivíduos fazem ajustes às condições ambientais e fazem esses ajustes inteligentes por processos complementares de adaptação, acomodação e assimilação. A acomodação é quando novas informações estão disponíveis, a criança deve se adaptar ao ambiente às suas possíveis respostas. O último processo de Jean Piaget retratará a assimilação como uma resposta a novas informações e incorporar as mesmas estruturas cognitivas existentes (PIAJET, 1978).

A natação infantil não deve ser considerada um fenômeno, sua finalidade é a preparação para o alto desempenho, cuja verdadeira função é a educação, visa o desenvolvimento humano, usando jogos como ferramenta de facilitação as principais características deste processo de aprendizagem são a imprevisibilidade e constante resolução conjunta de problemas incluindo físico, motor e emocional-social (NETIO, 1995).

A importância da natação na formação da personalidade das crianças é essencial, e também haverá trabalho cognitivo de natação bem-estar infantil (MALUF, 2003). Crianças socializando na sala de aula com seus colegas na piscina e apenas a ênfase pessoal de cada aluno, todos são importantes na aula. Os pais não devem matricular suas crianças nas aulas de natação com o objetivo de formarem campeões ou até mesmo atletas, mas sim pela formação de um hábito que lhe renderão boa saúde para sempre, que evitará várias doenças futuras para as suas crianças (BROUGÈRE, 1992).

Durante as aulas de natação, os componentes de adaptação devem ser contínuos e podem aplicar no comportamento em diferentes situações. No entanto, para atingir os objetivos esperados são os ajustes constantes necessários e aprenda de acordo com as habilidades e experiências de cada pessoa, assimilação em ambientes aquáticos (SHAW, 2001). A natação deve proporcionar uma relação entre diversão e técnica, através do processo de ensino do professor, estimular a criatividade, pode ser na forma de jogos, brincadeiras, desde que sempre visando o desenvolvimento infantil.

O desenvolvimento motor pode ser dividido basicamente em quatro fases: fase motora reflexa – do nascimento até cerca de 1 ano de idade; fase motora primária – de 1 ano a cerca de 2 anos; fase motora básica – dos 2 aos 7 anos e fases motoras especializadas – desde a partir dos 7 anos, cada etapa depende do pleno desenvolvimento da etapa anterior, para que a criança possa utilizar seus movimentos com desempenho satisfatório, para realizar tarefas motoras da vida diária, atividades recreativas e atividades físicas. (GALAHUE, OZMUN, 2005)

           Assim como a natação, é considerada uma atividade completa, pois permite que a criança tenha um melhor desenvolvimento psicomotor fora da comunicação e socialização. Portanto, a água facilita a possibilidade de aprender novos movimentos e desafios, fortalecendo a musculatura e as relações comportamentais do aluno, tornando-o mais independente, autônomo e sociável.

As estratégias para ensinar as crianças a nadar baseiam-se nas três habilidades básicas de equilíbrio, estático ou dinâmico, em diferentes posições, alterações respiratórias no ambiente aquático, respiração pela boca, expiração pelo nariz ou boca, propulsão de braços e pernas.

O desenvolvimento motor pode ser estudado por meio de modelos teóricos, mesmo como não são muitos os modelos que compreendem completamente esse desenvolvimento, é possível que o desenvolvimento motor é dividido em estágios (GALLAHUE, OZMUN, 2005).

O modelo teórico mais comum para estudar o desenvolvimento motor foi encontrado forma de ampulheta, aqui dividida em quatro estágios de desenvolvimento motor (GALLAHUE, OZMUN, 2005). O criador desta ampulheta é David Gallahue, Ph.D. em desenvolvimento humano e educação especial. Gallahue criou esta ampulheta com a idade como referência em ordem cronológica.

De acordo com o modelo de desenvolvimento de Gallahue, Ozmun (2005), o desenvolvimento motor é dividido em quatro etapas: motor reflexivo, motor primário; Motor básico; motor de propósito especial.

FIGURA 2 – AMPULHETA DO DESENVOLVIMENTO MOTOR

Fonte: Gallahue e Ozmun (2005).

Conforme mostrado na Figura 2, de acordo com Gallahue e Ozmun (2005), a primeira etapa é chamada de movimento reflexo e é dividida em duas etapas, Etapas de codificação e decodificação da informação. Esta etapa começa no útero até um ano de idade.

O segundo estágio é o motor primário, que também é dividido em dois estágios, onde a primeira é a fase de inibição reflexa e a segunda é chamada de pré-controle. Isso é fases do nascimento ao segundo ano de idade.

O terceiro estágio é chamado de motor básico, no qual emerge vários movimentos, como correr, chutar, arremessar, receber, pular, etc. ela esta dividida em três fases: a fase inicial, que ocorre em 2 a 3 anos, e a fase primária, que ocorre em 4 a 5 anos e 6 a 7 anos, estágio maduro.

O estágio motor dedicado é o quarto e último estágio no qual melhorar o movimento básico. Esta etapa é dividida em três etapas, fase de transição, dos 7 aos 10 anos, fase de candidatura, dos 11 aos 13 anos uso permanente a partir dos 14 anos.

De acordo com esta ampulheta, a maioria das habilidades se desenvolve distúrbios do movimento, que ocorrem na idade em que as crianças entram no ambiente escolar. Portanto, o esporte escolar desempenha um papel muito importante no desenvolvimento submotor.

Segundo Gallahue, Ozmun (2002) apud Balbé, Dias e Souza (2009), não deve ser menosprezado ou colocado em segundo lugar quando se fala em desenvolvimento, pois isso representa desenvolvimento em várias áreas, com influência de vários fatores.

Gallahue, Ozmun (2002) apud Balbé, Dias e Souza (2009) também apontaram Desenvolvimento motor manifestado como mudanças no comportamento motor Infância, adolescência, vida adulta e velhice, ou seja, ocorre de acordo com a maturidade da criança. O indivíduo é o resultado que enfrentamos todos os dias.

2.4 A NATAÇÃO NA INFÂNCIA

Segundo Piaget (1998), entre os 02 e os 07 anos, o desenvolvimento humano é marcado pela transição do período sensório-motor para o pré-operatório, o aparecimento símbolo ou função simbólica. Numa fase posterior de desenvolvimento, brincar com regras que são socialmente transmitidas de criança para criança e determinadas por a importância dos resultados aumenta à medida que progridem aprender. 

Os indivíduos tendem a se envolver em atividades solitárias, manipuladoras e repetitivas, no entanto, a atividade física pode promover seu movimento e aptidão física e redução do comportamento antissocial (LOURENÇO et al., 2015). Dadas as características apresentadas pelos indivíduos com autismo, é necessário desenvolvimento contribui para a sua socialização, imaginação e comunicação, como natação.

Este esporte pode conter quatro tempos, que são ferramentas de desenvolvimento, sendo assim a sobrevivem em ambiente de mobilidade e socialização. Sabe-se que algumas crianças podem conter dificuldades, com atenção e interação nas aulas em grupo, principalmente natação, onde ocorre uma ação repetitiva. Portanto, é necessário desenvolver estratégias para resolver essas dificuldades, por exemplo, jogos com o desenvolvimento da sociedade contemporânea, com o progresso das grandes cidades e a correria do dia a dia, atividades que atrai a atenção desse aluno, para que se desenvolva melhor nas ala de natação.

Uma doença típica da sociedade pós-moderna, podendo ser física (sobrecarga de trabalho), mental, neurofisiológica, sistema respiratório, e entre outras. Uma das doenças respiratórias mais comuns hoje é a “asma”, à medida que a poluição aumenta, altas concentrações de fumaça, poeira, poeira química, sendo assim, substâncias que irritam o trato respiratório.

A asma é uma doença respiratória mais comum em crianças, é uma patologia complexa que requer cuidados extensivos para não alterar qualidade de vida. Associação médica (farmacêutica), higiene ambiental (remoção de alérgenos), apoio psicológico, exercícios regulares e principalmente exercícios respiratórios podem melhorar os sintomas clínicos pacientes com asma. A natação é um exercício saudável que é bem tolerado pelos asmáticos porque causa broncoconstrição menos grave do que outras formas de atividade física. Esse efeito protetor da natação pode ser devido à alta umidade do ar aspirado pelo nível da água, o que reduz a perda de água pela respiração e pode reduzir a pressão osmótica do muco das vias aéreas.

A posição horizontal do corpo ao nadar também pode alterar a rota respiratória, criando assim menos resistência nas vias aéreas do que outros movimentos. Entretanto, a natação é frequentemente recomendada aos asmáticos como uma maneira segura e agradável de manter a função pulmonar, aumentar a capacidade aeróbica e melhorar a qualidade de vida.

3. METODOLOGIA

Este é um estudo de crítica narrativa, pois busca respostas em artigo relacionados ao tema. O produto final é um artigo de revisão. Os artigos foram pesquisados ​​em duas bases de dados eletrônicas relevantes. (SCIELO, EFDEPORTES e ferramentas de busca e livros), que apresentaram temas importantes sobre o desenvolvimento motor em crianças praticantes de natação. O período correspondente a pesquisa foi de junho de 2021 até maio de 2022. Os critérios de inclusão dos artigos foram: (a) estudos publicados em português; (b) artigos originais; (c) relatórios de pesquisa em formato completo; e (d) Definição de Pesquisa de Desenvolvimento Motor Infantil natação.

Após a leitura dos artigos selecionados com base nos critérios de inclusão, observando os resultados e conclusões mais importantes encontrados no estudo, foram anotados os resultados e conclusões mais importantes encontrados nos estudos, para que se possa promover a discussão do estudo em questão. O estudo teve como método a pesquisa bibliográfica, que é análise das teorias que abordam a questão da natação no desempenho motor, publicadas em obras atuais e antigas, relevantes na área da Educação Física. Os dados coletados foram analisados de modo crítico, pontuando quais são as principais contribuições da natação do desempenho motor.

4. DISCUSSÃO

Após um processo de busca, foram selecionados 14 artigos. Portanto 5 foram diretamente excluídos, pois os mesmos, fugiam totalmente do assunto abordado. Esta seleção veio realizado por meio do título, resumo e, em seguida a leitura dos artigos na íntegra, incluindo 9, com análise final.

No estudo de FIALHO (2013) constatou-se que para contemplar as  primícias e exigências de uma modalidade esportiva não é o bastante para garantir que a intervenção seja positiva. Concluindo então que os princípios da Iniciação Esportiva Universal podem e devem ser adaptados e aplicados ao ensino na natação infantil, de forma que a técnica posta em segundo plano, não descaracterize a modalidade esportiva. Na fase inicial da natação, tais princípios são admitidos como norteadores dos planos de ensino, tendo como chave, o processo de desenvolvimento motor da criança. O ensino da natação infantil deve encontrar nesta proposta meios para sustentar teoricamente a didática.

De acordo com CHAVES, OLIVEIRA, J. LIMA, FILHO e E. LIMA (2017)   segundo dados obtidos, todas as crianças que contem uma idade motor geral, superior a idade em ordem cronológica, no entanto, aqueles que executam a natação tiveram médias mais elevadas para, um resultado motor, classificando como movimento global (160,4) no “muito superior”, equilíbrio (125,53) em “superior” e programa corporal/agilidade, (108,3) em “normal moderado”. Já outro o grupo fica classificado como movimento global (112.93) “Normal alto”, o equilíbrio (110,86) “normal alta” e esquemas corporal/agilidade (121) “Superior”.

Dados expostos demostraram opiniões dos pais depois do treino natação em grupo, onde essas crianças melhoram a socialização respeito aos professores e colega, melhoram o comprometimento com a disciplina, além do controle agressivo. Desde então todos eles foram por unanimidade os benefícios de nadar, que desenvolve sociais e emocionais, após a atividade físicas. Desenvolvimento de ambos motores grupos 1 e 2, obtiveram idade Motora Geral (IMG) acima dessa idade em ordem cronológica (IC). No entanto, notou-se aquele praticante de natação obteve resultados maiores, com relação ao desenvolvimento motor, principalmente em movimento global do que as crianças na mesma idade quem não praticam natação. Natação nos primeiros anos de vida é um esporte mais indicado, onde se estimula o repertorio motor e apreciar relacionamento social entre as crianças habilitar total respeito valores de atitude e como um meio melhorará interativo e socialização, como uma maneira lúdica e conhecendo  seu corpo de maneira harmoniosa.

SILVA, DIAS, CAETANO, MARTELLI, FREZZATO E DELBIM  (2016),    houve um melhor aparecimento em equilíbrio e motricidade global, onde pode explicar o porque o equilíbrio é baseado em dentro da coordenação global. Amaro e outros (2009) constataram em seu estudo que as idades motoras referentes à motricidade   global e equilíbrio apresentaram valores estatisticamente iguais. Essa pesquisa exposição desenvolvimento motor infantil praticante e não praticantes de atividades recreativas aquáticas presente diferenças relevantes dos quais, talvez pela redução dos números reduzido de participantes, o que implica na necessidade de mais estudo sobre o assunto.

TOMAZELI  e GOURLANT (2019)  cita que após de realizar 2 (duas) semanas de teste, as crianças obtiveram um resultado distintos com uma relação às seguintes atividades de deslizamento horizontal, onde as crianças praticam natação obtêm um melhor resultado, do que uma criança não praticante. Sendo assim os mesmos também contém uma interferência nos resultados. Esta pesquisa traz a conscientização para a natação como um recurso valioso para o desenvolvimento de estímulos motores, que existem diferenças significativas entre as atividades realizadas em terra e na água, e que crianças que não consideram fatores como idade, ambiente e estado emocional podem interferir no desempenho motor do indivíduo.

SILVA, MARTINS, MORAIS e GOMES (2009), O desenvolvimento global foi avaliado pelo teste de Denver II e Aims foram aplicados objetivos para validar, mais especificamente, o desenvolvimento motor grosso em crianças. Antes do início das aulas, as crianças pontuam em uma escala de 2 a 6 no Teste de Denver (1 a 6) 6 em todos os domínios, e nos testes alvo (de 1 a 7), de 3 a 6. Após o procedimento, os resultados foram alterados de 4 a 6 e 3 a 7.

Quando comparado estatisticamente, não estabelecido os valores antes e depois do programa de estímulo aquático foram significativamente diferentes: os valores de p foram, no Aims, p=0,299; e, nos domínios do Denver II pessoal- social p=0,157, motor fino adaptativo p=0,705, motor grosso p=0,317 e linguagem, p=0,914). O ambiente aquático traz muitos benefícios para as crianças, mas não se pode dizer que a estimulação precoce neste ambiente seja benéfica para o desenvolvimento infantil em todos os aspectos. Neste estudo, não foram observadas alterações nos domínios de desenvolvimento avaliados de 4 a 8 semanas do programa de estimulação aquática em crianças típicas.

MARTINS, SILVA e COSTA (2015), Os resultados revelaram a existência de diferenças significativas (p.05) entre  os grupos de crianças no que se refere ao desenvolvimento motor global e à mestria em diversas habilidades motoras globais em todos os anos de escolaridade. A influência da prática da natação parece maior nas habilidades de controle de objetos. Os resultados revelam a presença diferença significativo desenvolve motor global, e resultado da padronização relacionado subconjunto entre crianças com ou sem experiência, em esportes aquáticos, em cada ano vai para a escola. Esta prática acumulada da natação levar a um mudança positiva e obviamente desenvolve entre todos as habilidades motora, mas especialmente em controle de objetos (deslizar, bater em bola parada, driblar estático, chutar, lançar superior e lançar inferior).

GEAMONOND (2017), Os resultados obtidos nesta pesquisa nos leva a concluir que o desenvolvimento psicomotor aquático na esfera manipulação se encontra deficitário, devemos intervir precocemente nas alterações bem como estimular o desenvolvimento normal.  De acordo com a metodologia adotada e os resultados encontrados podemos concluir que o desenvolvimento das ações manipulativas em crianças da  primeira infância praticantes de natação avaliadas pela escala (HOEPA), “Hoja de Observación para la Evolución de la Psicomotricidad Acuática” foi registrado em baixo desenvolvimento, pois apenas 30,5% do total de avaliados as vezes recolhiam os objetos na piscina   e 20,5% não encontraram problemas em deslocar com objetos nas mãos. O que nos leva a concluir que   na   primeira infância o desenvolvimento psicomotor aquático deve ser bastante estimulado, antes que inicie a prática dos estilos.

Para diagnóstico, além dos sete artigos incluídos na tabela, dois artigos foram separados para análise e comparação com outros artigos selecionados. Assim, abrange mais informações como aprendizado e agrega mais conhecimento. Em uma análise dos estágios motores básicos (2 a 6 anos), observou-se que as crianças apresentavam dificuldade de adaptação a novos estímulos aquáticos, bem como de interação com outras crianças, segundo os métodos de Bruno Ribeiro Machado e Roberto Ruffeil.

A partir da pesquisa realizada, aliada a essa experiência, pode-se observar e validar a importância desse esporte para o crescimento e desenvolvimento das crianças. Os autores também definem que, por meio da natação, as crianças podem aprender sobre seus corpos e buscar maximizar suas habilidades motoras, emocionais e cognitivas. Dentre os testes realizados pelos autores, Helena A. Rocha, Daniel A. Marinho, Boris Jidovtseff, Antonio J. Silva e Aldo M. Costa discutem o Gross Motor Development Test (TGMD-2) em seu artigo publicado em inglês. (2000) para avaliar as habilidades de crianças em habilidades motoras básicas.

Este estudo buscou descrever as mudanças longitudinais no desenvolvimento motor decorrentes da prática de natação ou futebol durante a infância. Depois de analisar os resultados, pesquisas mostram que a atividade física na infância parece contribuir para um maior desenvolvimento motor.

Enquanto o desempenho atlético dos praticantes de futebol melhorou tanto no curto quanto no longo prazo, os nadadores mostraram um desenvolvimento motor contínuo, principalmente nas habilidades de controle de objetos.

Em uma análise de Jaqueline, Júlia Caetano, Rosane Luzia e Wellington Fabiano Gomes (2009), 12 pessoas avaliadas como crianças que participaram de um programa de pesquisa que estimulou a natação por quatro a oito semanas concluíram que o ambiente aquático oferece muitos benefícios. criança, mas não se pode dizer que a estimulação precoce neste ambiente seja benéfica para o desenvolvimento da criança vários aspectos.

Fialho (2013) comenta em seu artigo que os princípios da iniciação universal do movimento podem e devem ser aplicados ao ensino de natação infantil, contextualizados de forma técnica sem desvirtuar o esporte. Nos estágios iniciais da natação, esses princípios são aceitos como planos instrucionais norteadores, tendo como chave o processo de desenvolvimento motor da criança. O ensino da natação para crianças deve ser encontrado nesta proposta, fundamentando teoricamente os métodos de ensino aplicados em sala de aula.

No estudo realizado pelos autores CHAVES (2001) podemos constatar que se trata de um estudo transversal e observacional , a métodos quantitativos, realizados entre agosto e outubro de 2016.

Este artigo avaliou 20 crianças e concluiu que o estado psicomotor das crianças que praticavam natação estava dentro dos limites normais e tendia a ser mais avançado.

Segundo os pesquisadores SILVA, et al. (2016) em seu artigo de destaque, foi utilizado um desenho transversal de uma amostra de 16 crianças. O equilíbrio e movimento global têm melhor desempenho, o que pode ser explicado porque o equilíbrio é a base de toda coordenação global. Este estudo não mostrou diferenças relevantes no desenvolvimento motor de crianças que praticavam e não praticavam atividades recreativas aquáticas, possivelmente devido ao número reduzido de participantes, sugerindo a necessidade de mais pesquisas sobre esse tema.

No estudo de TOMAZELI e GOURLART (2019), após duas semanas de testes, as crianças apresentaram resultados diferentes nas seguintes atividades: deslizamento e salto horizontal. Crianças que praticam natação têm notas melhores do que aquelas que não praticam.

Esta pesquisa permite reconhecer que a natação é um recurso valioso para o desenvolvimento da estimulação motora. Reconhece-se que existem diferenças significativas entre as atividades realizadas em terra e na água, sem desconsiderar fatores como idade, ambiente e estado emocional das crianças que podem afetar o desempenho atlético de um indivíduo.

Em estudo piloto realizado por SILVA (2019), demontra como foi composta por crianças de 0 a 18 meses para verificar os efeitos da estimulação aquática. Os autores definem que o ambiente aquático oferece muitos benefícios às crianças, porém, não se pode afirmar que a estimulação precoce em tal ambiente seja benéfica ao desenvolvimento infantil em todos os aspectos.

Segundo os autores MARTINS et al. (2015), o estudo teve como objetivo caracterizar o nível global de desenvolvimento motor de crianças do primeiro ciclo do ensino fundamental, com ou sem experiência prévia. Programa de ensino de natação. A amostra incluiu 140 crianças portuguesas do 1º ao 4º ano.

Os autores observaram: “Nossas descobertas demonstram diferenças significativas nos resultados padronizados para o desenvolvimento motor global e subconjuntos individuais (controle motor e de objetos) entre crianças com e sem experiência em esportes aquáticos escolares e dentro de cada ano escolar.

A prática cumulativa da natação parece resultar em resultados positivos e mudanças significativas no desenvolvimento de diversas habilidades motoras, principalmente no controle de objetos (deslizamento, rebatidas, dribles estáticos, chutes, arremessos superiores e inferiores).

De acordo com Leonardo Geamonond (2017), com base nos dados fornecidos, podemos perceber que, em termos de movimentos manipulativos, 30,5% das crianças nadadoras às vezes coletam objetos de vários tamanhos e os trazem para a beira da piscina. Essa dificuldade é esclarecida por ser muito jovem e não ter domínio de qualquer estilo bem definido.

Dos 30,5% que conseguiram pegar objetos de forma diferente, 20,5% descobriram que os objetos em suas mãos não tinham problemas para se mover. Isto é porque O desenvolvimento pessoal de cada criança. Apesar de serem aulas em grupo, algumas crianças irão desencadear o processo de retenção da habilidade motora mais rapidamente do que outras. Este fator é completamente normal no processo de ensino.

O estudo concluiu então que o desenvolvimento de esportes aquáticos psicomotores deve ser fortemente estimulado na primeira infância antes de praticar esses estilos.

5. CONCLUSÃO

A partir dos resultados deste estudo, podemos dizer que os nadadores superaram os não praticantes.

A natação é um componente importante para o desenvolvimento motor e deve ser estimulado o quanto antes a iniciação na prática infantil. A partir do presente estudo, foi possível chegar à conclusão de que através da natação, a criança é capaz de conhecer seu corpo e buscar desenvolver ao máximo sua capacidade motora, afetiva e cognitiva. O estímulo da natação infantil tem como chave um melhor desenvolvimento motor nesta importante fase da vida da criança, bem como no auxilio de tratamento de algumas doenças como por exemplo a asma e o autismo.

A partir da pesquisa , pode-se concluir que, por meio da natação, a criança é capaz de conhecer seu corpo e buscar maximizar suas habilidades motoras, emocionais e cognitivas. A estimulação da natação infantil é a chave para um melhor desenvolvimento motor nesta importante fase da vida da criança.

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1Graduando do curso de Bacharelado em Educação Física da Faculdade Cristo Rei. E-mail: lucianobalarin@hotmail.com

2Docente do curso de Bacharelado em Educação Física da Faculdade Cristo Rei.
E-mail: keila@faccrei.edu.br