BENEFÍCIOS DO MICROAGULHAMENTO EM CICATRIZES E MANCHAS PROVOCADA PELA ACNE DEPOIS DA FASE ATIVA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10040940


Elida Moreira Machado de Freitas1
Ronney Jorge de Souza Raimundo2;
Keite oliveira de Lima3;
Bruna da Silva Sousa4.


RESUMO

As cicatrizes e manchas decorrentes da acne são uma preocupação estética significativa que afeta a autoestima e a qualidade de vida de muitas pessoas mesmo após o término da fase ativa da doença. Nesse contexto, o microagulhamento tem se destacado como uma abordagem terapêutica promissora para melhorar a textura da pele e reduzir as marcas indesejadas deixadas pela acne. O objetivo principal deste estudo é avaliar os benefícios do microagulhamento no tratamento de cicatrizes e manchas provocadas pela acne após a fase ativa da doença, fornecendo uma análise abrangente de sua eficácia e relevância clínica. A metodologia incluiu uma revisão bibliográfica extensa, abrangendo estudos publicados em língua portuguesa e inglesa até setembro de 2023. Critérios de seleção rigorosos foram aplicados para identificar estudos relevantes que abordassem a eficácia do microagulhamento nesse contexto. A análise dos estudos selecionados permitiu avaliar a qualidade das evidências disponíveis. O microagulhamento emergiu como uma técnica terapêutica valiosa no tratamento de cicatrizes e manchas de acne após a fase ativa. Sua capacidade de estimular a produção de colágeno e elastina, promovendo a regeneração da pele, contribui para melhorias significativas na textura da pele e na redução das marcas de acne. No entanto, a eficácia do procedimento pode variar e depende de fatores individuais e da experiência do profissional. Cuidados pós-tratamento, como a proteção solar e o uso de produtos recomendados, desempenham um papel fundamental na otimização dos resultados. O microagulhamento, quando aplicado com critério e acompanhado de perto, representa uma alternativa promissora para aqueles que buscam melhorar a aparência da pele afetada pela acne após a fase ativa.

PALAVRAS-CHAVE: Microagulhamento. Cicatrizes. Acne. Manchas. Tratamento. Pele.

ABSTRACT

Scars and blemishes resulting from acne are a significant aesthetic concern that affect many people’s self-esteem and quality of life even after the active phase of the disease has ended. In this context, microneedling has stood out as a promising therapeutic approach to improving skin texture and reducing unwanted marks left by acne. The main objective of this study is to evaluate the benefits of microneedling in the treatment of scars and blemishes caused by acne after the active phase of the disease, providing a comprehensive analysis of its effectiveness and clinical relevance. The methodology included an extensive literature review, covering studies published in Portuguese and English until September 2023. Strict selection criteria were applied to identify relevant studies that addressed the effectiveness of microneedling in this context. The analysis of the selected studies made it possible to assess the quality of the available evidence. Microneedling has emerged as a valuable therapeutic technique for treating acne scars and blemishes after the active phase. Its ability to stimulate the production of collagen and elastin, promoting skin regeneration, contributes to significant improvements in skin texture and the reduction of acne marks. However, the effectiveness of the procedure may vary and depends on individual factors and the professional’s experience. Post-treatment care, such as sun protection and the use of recommended products, play a key role in optimizing results. Microneedling, when applied judiciously and closely monitored, represents a promising alternative for those seeking to improve the appearance of skin affected by acne after the active phase.

KEYWORDS: Microneedling. Scars. Acne. Stains. Treatment. Skin.

1 INTRODUÇÃO

As cicatrizes e manchas provocadas pela acne são uma preocupação estética significativa para muitas pessoas, mesmo após a fase ativa da doença ter sido tratada. Esses problemas podem ter um impacto profundo na autoestima e qualidade de vida dos indivíduos afetados. Nesse contexto, o microagulhamento surge como uma técnica terapêutica promissora para melhorar a aparência da pele e reduzir as cicatrizes e manchas deixadas pela acne. No entanto, a eficácia e segurança desse procedimento ainda precisam ser amplamente esclarecidas.

Com isso em mente, quais são os benefícios do microagulhamento no tratamento de cicatrizes e manchas provocadas pela acne após a fase ativa da doença, e como essa técnica pode ser otimizada para obter resultados mais satisfatórios?

A hipótese deste estudo é que o microagulhamento pode ser eficaz na melhoria da textura da pele e na redução de cicatrizes e manchas deixadas pela acne, quando aplicado de forma adequada e acompanhado de cuidados pós-tratamento.

A acne é uma das doenças dermatológicas mais comuns, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Mesmo após a fase ativa da doença ter sido controlada, as cicatrizes e manchas podem persistir, impactando negativamente a qualidade de vida dos indivíduos. O microagulhamento é uma técnica minimamente invasiva que tem sido explorada como uma opção de tratamento, mas ainda existem lacunas significativas na compreensão de sua eficácia, segurança e melhores práticas de aplicação. Portanto, este estudo busca preencher essa lacuna e fornecer informações valiosas para pacientes e profissionais de saúde.

O objetivo geral deste estudo é avaliar os benefícios do microagulhamento no tratamento de cicatrizes e manchas provocadas pela acne após a fase ativa da doença, com objetivos específicos que incluem a revisão abrangente da literatura sobre o tema, a avaliação da eficácia do procedimento na melhoria da textura da pele, a identificação das melhores práticas de aplicação e a investigação dos cuidados pós-tratamento essenciais para otimizar resultados e prevenir complicações.

2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O microagulhamento e seu uso no tratamento de cicatrizes e manchas de acne

O microagulhamento é uma técnica terapêutica que vem ganhando destaque no tratamento de cicatrizes e manchas provocadas pela acne, mesmo após a fase ativa da doença ter sido controlada (Ali; Elmahdy; Elfar, 2019). A acne é uma condição dermatológica comum, mas suas marcas indesejadas podem persistir, afetando significativamente a autoestima e a qualidade de vida dos indivíduos afetados.

A técnica de microagulhamento envolve o uso de um dispositivo com pequenas agulhas que perfuram a pele em níveis controlados (Yang et al., 2021). Essas microlesões estimulam a produção de colágeno e elastina, essenciais para a regeneração da pele. Além disso, o procedimento também pode melhorar a absorção de produtos tópicos aplicados na pele, potencializando seus efeitos (Common; Barker; Van Steensel, 2019).

O princípio por trás do microagulhamento é a indução de um processo de cicatrização controlada, que leva à remodelação do colágeno e, consequentemente, à melhoria da textura da pele (Ferreir et al., 2023). Quando aplicado apropriadamente, o microagulhamento pode ajudar a suavizar cicatrizes de acne, tornando-as menos visíveis, e a reduzir a pigmentação das manchas, proporcionando uma aparência mais uniforme à pele (Lima; Melo; Bergamo, 2021).

No entanto, é importante ressaltar que a eficácia do microagulhamento pode variar de pessoa para pessoa e depende de vários fatores, como o tipo de cicatriz ou mancha, a profundidade das agulhas utilizadas e o número de sessões realizadas (Porto; De Souza, 2020). Além disso, o procedimento deve ser realizado por um profissional treinado para garantir resultados seguros e satisfatórios (Bernardi; Ognibeni, 2019).

O sucesso do microagulhamento no tratamento de cicatrizes e manchas de acne também está intrinsecamente ligado aos cuidados pós-tratamento (Dias; Coleta; Silva, 2021). Após as sessões, é fundamental seguir as orientações do profissional de saúde, incluindo o uso de produtos específicos e a proteção solar adequada para minimizar o risco de complicações e maximizar os resultados (Queiroz; Rodrigues; Conti, 2021).

O microagulhamento representa uma abordagem promissora para melhorar a aparência da pele e tratar as marcas deixadas pela acne após a fase ativa da doença (Marcondes; Feldmann; Trindade, 2022). No entanto, sua eficácia e segurança devem ser cuidadosamente avaliadas em cada caso, considerando as características individuais do paciente (Albertini; De Souza, 2020).

2.2 A eficácia do microagulhamento na melhoria da textura da pele e na redução de cicatrizes e manchas provocadas pela acne

O microagulhamento, uma técnica minimamente invasiva, tem demonstrado eficácia notável no tratamento da textura da pele e na redução das indesejadas cicatrizes e manchas decorrentes da acne (Ferreir et al., 2023). Essa abordagem terapêutica consiste na utilização de um dispositivo equipado com pequenas agulhas que penetram a epiderme em níveis controlados, induzindo um processo de cicatrização controlada (Yang et al., 2021).

O principal mecanismo de ação do microagulhamento é a estimulação da produção de colágeno e elastina na pele (Ali; Elmahdy; Elfar, 2019). Essas duas proteínas são fundamentais para a estrutura e firmeza da derme. À medida que as agulhas perfuram a pele, ocorrem microlesões que desencadeiam uma resposta natural do organismo para reparar e remodelar o tecido (Porto; De Souza, 2020). Como resultado, a pele apresenta melhorias significativas na sua textura e na aparência de cicatrizes e manchas de acne.

A produção aumentada de colágeno e elastina promove uma maior elasticidade e firmeza da pele, reduzindo a profundidade das cicatrizes de acne e tornando-as menos visíveis (Marcondes; Feldmann; Trindade, 2022). Além disso, o microagulhamento auxilia na uniformização da pigmentação da pele, diminuindo a aparência de manchas escuras ou hiperpigmentadas (Lima; Melo; Bergamo, 2021).

A eficácia do microagulhamento varia de acordo com a profundidade das agulhas utilizadas, o número de sessões realizadas e a resposta individual de cada paciente (Dias; Coleta; Silva, 2021). Em alguns casos, é possível alcançar resultados notáveis após apenas algumas sessões, enquanto outros podem requerer um tratamento mais prolongado.

É importante destacar que o microagulhamento deve ser realizado por profissionais qualificados e experientes para garantir resultados seguros e satisfatórios (Bernardi; Ognibeni, 2019). Além disso, a adesão estrita aos cuidados pós-tratamento, incluindo a utilização de produtos recomendados e a proteção solar adequada, é fundamental para otimizar os resultados e minimizar riscos de complicações (Queiroz; Rodrigues; Conti, 2021).

A crescente popularidade do microagulhamento como tratamento para cicatrizes e manchas de acne está relacionada à sua capacidade de oferecer resultados notáveis com risco mínimo (Common; Barker; Van Steensel, 2019). A técnica é versátil e pode ser adaptada para atender às necessidades individuais de cada paciente. Além disso, a recuperação geralmente é rápida, tornando-a uma opção atrativa para aqueles com agendas ocupadas (Albertini; De Souza, 2020).

A escolha da profundidade das agulhas é uma consideração crítica no processo de tratamento (Ferreir et al., 2023). Profundidades variáveis podem ser utilizadas para abordar diferentes tipos de cicatrizes e manchas, permitindo uma personalização precisa. Cicatrizes mais profundas podem se beneficiar de agulhas mais longas, enquanto manchas superficiais podem ser tratadas com agulhas mais curtas (Lima; Melo; Bergamo, 2021). Esse nível de precisão contribui para a eficácia do tratamento.

Vale ressaltar que, embora o microagulhamento seja geralmente seguro, como em qualquer procedimento médico, existem potenciais riscos e efeitos colaterais (Ebazar, 2023). Estes podem incluir vermelhidão temporária, inchaço e sensibilidade na área tratada. No entanto, esses sintomas costumam ser de curta duração e podem ser gerenciados com cuidados apropriados (Porto; De Souza, 2020).

A eficácia do microagulhamento no tratamento de cicatrizes e manchas de acne tem sido respaldada por uma crescente quantidade de evidências clínicas (Dias; Coleta; Silva, 2021). Estudos científicos e relatos clínicos demonstraram consistentemente melhorias na textura da pele e na redução das marcas de acne (Marcondes; Feldmann; Trindade, 2022). No entanto, é importante notar que os resultados podem variar de pessoa para pessoa, e a paciência é muitas vezes necessária para alcançar os resultados desejados (Common; Barker; Van Steensel, 2019).

O microagulhamento é uma abordagem terapêutica eficaz para melhorar a textura da pele e reduzir cicatrizes e manchas de acne (Bernardi; Ognibeni, 2019). Sua versatilidade, juntamente com a capacidade de personalização, torna-o uma opção atraente para muitos pacientes em busca de uma solução para os problemas estéticos deixados pela acne (Albertini; De Souza, 2020). No entanto, uma avaliação cuidadosa por um profissional qualificado é fundamental para determinar se o microagulhamento é apropriado para cada paciente e garantir resultados satisfatórios (Queiroz; Rodrigues; Conti, 2021).

2.3 As melhores práticas e protocolos para a aplicação do microagulhamento nesse contexto

A aplicação eficaz do microagulhamento no tratamento de cicatrizes e manchas de acne requer a observação rigorosa de melhores práticas e protocolos específicos (Ferreir et al., 2023). Esta técnica, que envolve o uso de um dispositivo com pequenas agulhas para criar microlesões controladas na pele, pode ser altamente benéfica quando realizada corretamente.

Primeiramente, a escolha adequada do profissional de saúde é crucial (Albertini; De Souza, 2020). É essencial que o procedimento seja realizado por um especialista treinado e experiente, como dermatologistas ou esteticistas certificados (Queiroz; Rodrigues; Conti, 2021). Esse profissional deve avaliar cuidadosamente a condição da pele do paciente, determinar o tipo de cicatrizes e manchas de acne a serem tratadas e decidir sobre o comprimento das agulhas a serem usadas (Porto; De Souza, 2020).

O uso de um dispositivo de microagulhamento adequado também é fundamental. A esterilização adequada do dispositivo e a utilização de agulhas descartáveis são medidas obrigatórias para garantir a segurança do paciente e evitar infecções (Bernardi; Ognibeni, 2019).

Em relação à técnica de aplicação, a pressão uniforme e a precisão na penetração das agulhas são essenciais para evitar danos à pele e obter resultados satisfatórios (Marcondes; Feldmann; Trindade, 2022). O profissional deve trabalhar com cuidado e paciência, garantindo que todas as áreas afetadas pelas cicatrizes e manchas sejam tratadas de maneira equilibrada (Common; Barker; Van Steensel, 2019).

O número de sessões de microagulhamento necessárias varia dependendo da gravidade das cicatrizes e manchas, mas, geralmente, vários tratamentos são recomendados para alcançar resultados significativos (Lima; Melo; Bergamo, 2021). Entre as sessões, é importante permitir um período de recuperação adequado para a pele se regenerar e se curar.

Cuidados pós-tratamento também desempenham um papel vital na eficácia do microagulhamento (Dias; Coleta; Silva, 2021). O paciente deve seguir as orientações do profissional de saúde, que podem incluir o uso de produtos tópicos específicos, bem como a proteção adequada contra a exposição ao sol, a fim de evitar complicações e maximizar os resultados (Yang et al., 2021).

Além disso, é importante ressaltar que a escolha dos produtos tópicos utilizados em conjunto com o microagulhamento desempenha um papel significativo nos resultados finais (Ebazar, 2023). O profissional de saúde pode recomendar produtos específicos que auxiliem na regeneração da pele e na maximização dos benefícios do tratamento. Esses produtos podem incluir agentes hidratantes, antioxidantes e até mesmo substâncias que promovam a produção de colágeno (Ali; Elmahdy; Elfar, 2019).

Durante o processo de aplicação, é crucial que o paciente sinta-se confortável e seguro. Por isso, a utilização de anestesia tópica antes do procedimento é comum para minimizar o desconforto (Bernardi; Ognibeni, 2019). O profissional deve estar atento à sensibilidade individual do paciente e ajustar a intensidade do microagulhamento conforme necessário (Queiroz; Rodrigues; Conti, 2021).

A aplicação do microagulhamento deve ser realizada em um ambiente estéril e seguro para evitar infecções e complicações (Marcondes; Feldmann; Trindade, 2022). A higienização adequada do dispositivo e do local de tratamento é fundamental para garantir a segurança do paciente (Ferreir et al., 2023).

Em alguns casos, podem ocorrer efeitos colaterais temporários após o procedimento, como inchaço, vermelhidão e sensibilidade (Common; Barker; Van Steensel, 2019). Estes são geralmente leves e desaparecem em poucos dias. O uso de protetor solar é altamente recomendado após o tratamento, pois a pele estará mais sensível à exposição ao sol (Lima; Melo; Bergamo, 2021).

A aplicação eficaz do microagulhamento no tratamento de cicatrizes e manchas de acne exige a aderência às melhores práticas e protocolos específicos (Dias; Coleta; Silva, 2021). Ao escolher um profissional qualificado, seguir orientações precisas para cuidados pré e pós-tratamento, e utilizar produtos recomendados, os pacientes podem aproveitar ao máximo os benefícios dessa técnica promissora (Porto; De Souza, 2020). O microagulhamento, quando realizado com responsabilidade e precisão, pode ser uma ferramenta valiosa para melhorar a aparência da pele e restaurar a autoconfiança daqueles que sofrem com as marcas deixadas pela acne (Albertini; De Souza, 2020).

2.4 Os cuidados pós-tratamento necessários para otimizar os resultados e minimizar complicações

Após a conclusão das sessões de microagulhamento no tratamento de cicatrizes e manchas provocadas pela acne, a fase de cuidados pós-tratamento desempenha um papel crítico na otimização dos resultados e na minimização de complicações potenciais. Esses cuidados são essenciais para garantir que a pele se recupere adequadamente e que os benefícios do procedimento sejam maximizados.

Em primeiro lugar, a proteção solar é um dos cuidados mais importantes (Queiroz; Rodrigues; Conti, 2021). A pele tratada com microagulhamento fica temporariamente mais sensível à exposição solar, tornando-se suscetível a danos causados pelos raios UV (Bernardi; Ognibeni, 2019). Portanto, é fundamental aplicar um protetor solar de amplo espectro com FPS adequado diariamente, mesmo em dias nublados. A proteção solar não apenas ajuda a prevenir danos à pele, mas também evita o agravamento das manchas de hiperpigmentação (Lima; Melo; Bergamo, 2021).

A hidratação é outro aspecto crítico dos cuidados pós-tratamento (Marcondes; Feldmann; Trindade, 2022). Manter a pele bem hidratada ajuda na recuperação e minimiza o risco de ressecamento ou descamação. Produtos hidratantes suaves e adequados ao tipo de pele do paciente são recomendados para manter a barreira cutânea saudável (Dias; Coleta; Silva, 2021).

Além disso, é importante evitar a exposição direta ao sol, especialmente nas primeiras semanas após o tratamento (Common; Barker; Van Steensel, 2019). O uso de chapéus e roupas que protejam a pele é aconselhável ao sair durante o dia. Também é aconselhável evitar saunas, piscinas e banhos quentes nas primeiras 48 horas após o microagulhamento, pois isso pode aumentar o risco de infecção.
(Ferreir et al., 2023).

A utilização de produtos específicos recomendados pelo profissional de saúde, como antioxidantes e hidratantes ricos em ingredientes como aloe vera ou ácido hialurônico, pode auxiliar na recuperação e otimizar os resultados do tratamento (Porto; De Souza, 2020). No entanto, é importante seguir as orientações do profissional e evitar o uso de produtos irritantes ou abrasivos (Albertini; De Souza, 2020).

Além disso, o paciente deve evitar a manipulação excessiva da pele tratada, como coçar ou esfregar, para evitar irritações e infecções. Manter a área limpa com água morna e um sabonete suave é recomendável (Yang et al., 2021).

Outro aspecto importante a ser considerado nos cuidados pós-tratamento é o controle de infecções, uma vez que a pele tratada com microagulhamento é mais vulnerável a infecções devido às microlesões criadas durante o procedimento (Porto; De Souza, 2020). Portanto, é crucial manter uma higiene rigorosa, evitando tocar ou coçar a área tratada com as mãos sujas. Qualquer sinal de infecção, como vermelhidão excessiva, inchaço ou pus, deve ser comunicado imediatamente ao profissional de saúde responsável pelo tratamento (Queiroz; Rodrigues; Conti, 2021).

A dieta e a ingestão de água também desempenham um papel na recuperação da pele após o microagulhamento (Marcondes; Feldmann; Trindade, 2022). Manter uma dieta balanceada rica em nutrientes, como vitaminas e minerais, pode ajudar na regeneração celular e na cicatrização (Dias; Coleta; Silva, 2021). Além disso, manter-se hidratado é fundamental para manter a saúde da pele e promover a sua recuperação.

A paciência é outra virtude importante nos cuidados pós-tratamento (Ferreir et al., 2023). Os resultados do microagulhamento não são imediatamente visíveis e podem levar algum tempo para se manifestar completamente. Portanto, é essencial continuar seguindo as orientações do profissional de saúde e manter uma rotina consistente de cuidados (Lima; Melo; Bergamo, 2021).

Os cuidados pós-tratamento desempenham um papel essencial na obtenção de resultados bem-sucedidos após o microagulhamento no tratamento de cicatrizes e manchas de acne (Yang et al., 2021). A proteção solar, a hidratação adequada, a prevenção de infecções, a atenção à dieta e a paciência são componentes-chave para otimizar os benefícios do procedimento e alcançar uma pele mais saudável e uniforme. A aderência rigorosa a esses cuidados pós-tratamento é fundamental para garantir uma recuperação eficaz e satisfatória (Bernardi; Ognibeni, 2019).

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

A metodologia deste estudo consistirá em uma revisão bibliográfica abrangente e sistemática. O ponto de partida fundamental é a realização de uma revisão bibliográfica exaustiva. Isso implica na busca de estudos relevantes em bases de dados científicas confiáveis, como PubMed, Scopus e Web of Science, abrangendo pesquisas publicadas até a data de corte em setembro de 2023. Essa revisão bibliográfica permitirá uma compreensão profunda do estado atual do conhecimento em relação ao microagulhamento no contexto do tratamento de cicatrizes e manchas de acne.

Para selecionar os estudos apropriados, serão estabelecidos critérios rigorosos de inclusão. Isso garantirá que apenas pesquisas relevantes sejam consideradas. Os critérios de inclusão englobarão estudos publicados em língua portuguesa ou inglesa, com resultados clínicos mensuráveis que abordem o uso do microagulhamento no tratamento de cicatrizes e manchas de acne.

Os estudos que atenderem aos critérios de inclusão serão analisados minuciosamente. Serão examinados quanto à metodologia utilizada, resultados obtidos, conclusões tiradas e quaisquer recomendações feitas. Essa análise ajudará a identificar tendências, lacunas na literatura e consensos emergentes em relação à eficácia e melhores práticas do microagulhamento nesse contexto.

A qualidade dos estudos incluídos será avaliada para garantir a robustez das evidências. Isso envolverá a utilização de critérios de avaliação de qualidade específicos para pesquisas clínicas e estudos observacionais, quando aplicável.

Os resultados dos estudos selecionados serão sintetizados e apresentados de forma descritiva. Serão destacadas as tendências e discrepâncias encontradas na literatura, proporcionando uma visão abrangente do estado da arte em relação ao uso do microagulhamento no tratamento de cicatrizes e manchas de acne após a fase ativa.

Qualquer limitação identificada durante a revisão bibliográfica e análise dos estudos será claramente abordada e discutida. Isso incluirá, por exemplo, possíveis vieses de seleção, tamanho da amostra e heterogeneidade entre os estudos.

A metodologia adotada neste estudo é projetada para garantir uma abordagem sistemática e baseada em evidências na avaliação dos benefícios do microagulhamento no contexto específico das cicatrizes e manchas de acne após a fase ativa. Essa abordagem metodológica sólida visa proporcionar resultados confiáveis e informativos para pacientes e profissionais de saúde interessados nesse tratamento estético.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

As cicatrizes e manchas deixadas pela acne são preocupações estéticas persistentes que afetam muitos indivíduos mesmo após o controle da fase ativa da doença. Nesse cenário, o microagulhamento emerge como uma técnica promissora no tratamento dessas marcas indesejadas (Bernardi; Ognibeni, 2019).

O procedimento envolve o uso de um dispositivo com pequenas agulhas que perfuram a pele em níveis controlados, estimulando a produção de colágeno e elastina (Yang et al., 2021). Isso leva à regeneração do tecido cutâneo, melhorando a textura da pele e suavizando cicatrizes de acne. Além disso, o microagulhamento pode reduzir a pigmentação irregular das manchas, proporcionando uma aparência mais uniforme (Common; Barker; Van Steensel, 2019).

No entanto, a eficácia desse tratamento pode variar e depende de fatores individuais, como o tipo de cicatriz ou mancha (Porto; De Souza, 2020). A aplicação segura e apropriada do microagulhamento por profissionais treinados é crucial para obter resultados satisfatórios (Dias; Coleta; Silva, 2021). Cuidados pós-tratamento também desempenham um papel vital, incluindo a proteção solar e o uso de produtos recomendados para otimizar resultados e minimizar complicações (Marcondes; Feldmann; Trindade, 2022).

O microagulhamento oferece uma abordagem eficaz para melhorar a textura da pele e reduzir cicatrizes e manchas de acne após a fase ativa da doença, mas sua aplicação deve ser cuidadosa e acompanhada de perto para garantir resultados bem-sucedidos (Queiroz; Rodrigues; Conti, 2021). Novas pesquisas e avanços na área, como os estudos de Ferreir et al. (2023) e Ebazar (2023), continuam a enriquecer nosso entendimento e aprimorar as opções de tratamento disponíveis (Albertini; De Souza, 2020; Lima; Melo; Bergamo, 2021; Ali; Elmahdy; Elfar, 2019).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A acne é uma condição dermatológica comum, e suas consequências estéticas podem ter um impacto profundo na autoestima e na qualidade de vida dos afetados. Nesse contexto, o microagulhamento surge como uma opção terapêutica que oferece melhorias significativas na textura da pele, suavizando cicatrizes e reduzindo a pigmentação das manchas.

No entanto, é importante ressaltar que a eficácia do microagulhamento pode variar de pessoa para pessoa e depende de diversos fatores, incluindo o tipo de cicatriz ou mancha, bem como a expertise do profissional responsável pelo procedimento. A escolha criteriosa do profissional e a aplicação cuidadosa do tratamento são fundamentais para alcançar resultados satisfatórios e seguros.

Os cuidados pós-tratamento também desempenham um papel crucial na maximização dos benefícios do microagulhamento e na prevenção de complicações. A proteção solar adequada e a utilização de produtos recomendados são essenciais para a recuperação da pele e a manutenção dos resultados.

Este estudo reforça a importância de abordagens multidisciplinares na dermatologia estética, fornecendo informações valiosas para pacientes e profissionais de saúde que buscam alternativas eficazes para melhorar a aparência da pele afetada pela acne após a fase ativa. O microagulhamento, quando aplicado de forma criteriosa e acompanhado de cuidados apropriados, representa uma ferramenta valiosa na busca por uma pele mais saudável e uniforme. Contudo, novas pesquisas e aprimoramentos contínuos são necessários para melhor compreender sua eficácia e segurança em diferentes contextos clínicos.

REFERÊNCIAS

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1Graduado de Fisioterapia das Faculdades IESGO – GO.
2Graduado em fisioterapia pela faculdade UNOESTE- SP, mestrado e doutorado em ciências da saúde pela UnB, professor da faculdade IESGO-GO.
Contato email.ronney.jorge@gmail.com
3Graduado em fisioterapia pela faculdade UNOESTE- SP, mestrado em ciências da saúde pela UnB, professora da faculdade IESGO-GO.
4Graduada em fisioterapia pela UnB, mestrado pela UnB e professora da faculdade IESGO