BENEFÍCIOS DO ÁCIDO ASCÓRBICO PARA O ORGANISMO E PARA A ESTÉTICA: PREVENÇÃO DO ENVELHECIMENTO CUTÂNEO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8010256


Carlos Eduardo Marinho Carreiro 1
Aline Nogueira Marinho Maciel ²
Leonardo da Silva Gonçalves ³
Larissa Beatriz Silva Simielli


Resumo: O ácido L-ascórbico, também conhecido como vitamina C, oferece uma variedade de benefícios ao organismo humano, sendo amplamente reconhecido por seu papel na melhoria da imunidade e na promoção da saúde da pele. O objetivo geral da pesquisa visa avaliar os benefícios do ácido L-ascórbico para o organismo e para finalidades estéticas. A presente pesquisa trata-se de uma revisão literária exploratória e descritiva onde objetivou-se relatar os benefícios da vitamina C no organismo e na pele, bem como seus efeito antioxidante e a sua atuação no envelhecimento cutâneo. Os efeitos da vitamina C têm sido comprovados, apresentando importante efeito antioxidante e altas contribuições para o sistema imunológico dos seres humanos. Em resumo, os achados da pesquisa destacam os benefícios da combinação de radiofrequência e vitamina C pura no rejuvenescimento facial, com redução significativa de rugas, linhas de expressão e melhora na qualidade da pele. A suplementação de vitaminas A, C e E demonstrou melhorias na função imunológica, com redução na incidência de infecções respiratórias em idosos. O consumo adequado de vitaminas C, A e D, ferro e zinco fortalece o sistema imunológico e está associado a uma melhor qualidade de vida. A vitamina C desempenha um papel crucial no crescimento e saúde celular, além de ser essencial na defesa contra infecções, absorção de ferro e redução dos níveis de triglicerídeos e LDL.

Palavras-chave: Ácido L-ascórbico, Vitamina c, Antioxidante, Envelhecimento cutâneo.

Abstract: L-ascorbic acid, also known as vitamin C, offers a variety of benefits to the human body, being widely recognized for its role in improving immunity and promoting skin health. The overall objective of the research is to evaluate the benefits of L-ascorbic acid for the body and for aesthetic purposes. This present research is an exploratory and descriptive literature review aiming to report the benefits of vitamin C in the body and skin, as well as its antioxidant effects and its role in skin aging. The effects of vitamin C have been proven, showing important antioxidant effects and significant contributions to the human immune system. In summary, the research findings highlight the benefits of combining radiofrequency and pure vitamin C in facial rejuvenation, with a significant reduction in wrinkles, fine lines, and improvement in skin quality.

Supplementation of vitamins A, C, and E has shown improvements in immune function, with a reduction in the incidence of respiratory infections in the elderly. Adequate consumption of vitamins C, A, and D, iron, and zinc strengthens the immune system and is associated with a better quality of life. Vitamin C plays a crucial role in cellular growth and health, as well as being essential in defense against infections, iron absorption, and reduction of triglyceride and LDL levels.

Keywords: L-ascorbic acid. Vitamin c. Antioxidant. Skin agin

1 INTRODUÇÃO

O ácido L-ascórbico, também conhecido como vitamina C, oferece uma variedade de benefícios ao organismo humano, sendo amplamente reconhecido por seu papel na melhoria da imunidade e na promoção da saúde da pele. Como o organismo não produz esse ativo, é necessário consumi-lo através da alimentação ou aplicá-lo topicamente na pele para desfrutar de seus benefícios. Uma das principais características da vitamina C é sua poderosa ação antioxidante (MANGELA; MARTINS, 2021).

Esta substância corresponde a uma forma oxidada da glicose, composta necessariamente de seis átomos de carbono, seis átomos de oxigênio e oito átomos de hidrogênio, constitui uma molécula de vitamina C (C6H8O6). Porém, é essencial que os átomos estejam dispostos em um determinado arranjo molecular, com inclusão de átomos de carbono específicos, os chamados quirais (CAVALARI; SANCHES, 2018).

Os humanos e outros primatas são os únicos da classe mamífera que não são capazes de sintetizar o ácido ascórbico devido à deficiência de gulonolactona oxidase, geneticamente determinada, que impede a síntese do ácido L-ascórbico a partir da glicose (MANELA-AZULAY, et. al., 2003).

Por não conseguir produzir o ácido ascórbico os seres humanos precisam ingeri-la ou aplicá- la topicamente na pele para adquirir seus benefícios. Uma das principais características dessa vitamina é a ação antioxidante, sendo por isso muito estudada e investida na estética. Uma alimentação rica em vitamina C se dá pela ingestão de alimentos cítrico- ácidas ou o suco de determinadas frutas (acerola, limão, laranja, abacaxi, caju, goiaba, manga, maracujá), pimentões vermelhos e verdes, tomates, brócolis e vegetais folhosos (QUADROS; BARROS, 2016).

A carência de vitamina C promove o quadro de escorbuto, doença considerada rara nos dias atuais. Também está relacionada as doenças com associação ao estresse oxidativo. No entanto, o impacto da suplementação nessa situação é moderado porque a vitamina tem limitada biodisponibilidade oral e rápida depuração. (WANNMACHER, 2006).

Neste contexto, o objetivo geral desta pesquisa é avaliar os benefícios do ácido L-ascórbico para o organismo e para finalidades estéticas. Dentre os objetivos específicos o trabalho busca abordar a importância da vitamina C para o organismo; verificar sua ação antioxidante e verificar a utilização da vitamina C para o envelhecimento cutâneo.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 O PAPEL DA VITAMINA C NO SISTEMA IMUNOLÓGICO

A função da vitamina C no sistema imunológico tem sido alvo de várias pesquisas, sendo um dos primordiais propulsores desse interesse, a característica, de que certos leucócitos (neutrófilos e monócitos) armazenam esta vitamina a elevadas concentrações intracelulares (50- 100 vezes superior às concentrações plasmáticas), por meio da absorção da sua forma oxidada, via transportadores de glicose. De acordo com à pesquisa, este aumento da concentração proporciona consideráveis funções nestas células, como por exemplo, na diminuição da gravidade da cascata inflamatória através do controle sobre o balanço dos sinalizadores pró e anti-inflamatório (RIBEIRO, 2019).

A forma oral da vitamina C está relacionada à diminuição do índice de risco para determinados tipos de câncer, doenças cardiovasculares e cataratas, além de auxiliar no processo de cicatrização de feridas e modulação imune. Auxilia, também, no processo de crescimento das células do organismo, ajudando estas a permanecerem sadias, como ocorre nas células dos ossos, gengivas, dentes e dos vasos sanguíneos. O AA é de fundamental necessidade para o combate de infecções, atuando na absorção do ferro, reduzindo o nível de triglicerídeos e de colesterol, e ainda fortalecendo o sistema imunológico (CAVALARI; SANCHES, 2018).

A vitamina C é encontrada em grande proporção nas células imunes, mas na presença de infecções e, alterações que elevam o nível de estresse, essa proporção pode diminuir rapidamente. Pela sua propriedade antioxidante esta evita o dano oxidativo das células imunes. O ácido ascórbico auxilia nas funções dos fagócitos, a produção de citocinas, proliferação de linfócitos T e a expressão gênica das moléculas de adesão dos monócitos (BIASEBETTI; RODRIGUES; MAZUR, 2018).

2.2 PROPRIEDADES ANTIOXIDANTES DA VITAMINA C

A vitamina C é considerada um antioxidante potente, sendo capaz de eliminar classes reativas de oxigênio e nitrogênio (LIRA, et. al, 2012).

A produção excessiva de radicais livres acarreta danos irreversíveis as células, desta maneira, sobrevêm a necessidade de substâncias que delonguem a atividade de estresse por oxidação, minimizando desta maneira a constituição de radicais livres (GATTO; OBARA; AVILA, 2019).

As substâncias que refreiam a oxidação celular são denominadas de agentes antioxidantes. Estes auxiliam na diminuição dos efeitos do estresse oxidativo e a falta de oxigênio. Desta maneira os antioxidantes são agentes que inibem e diminuem as lesões celulares provocadas pelos radicais livres (GATTO; OBARA; AVILA, 2019).

Em proporções fisiológicas, a vitamina C é um captador potente de radicais livres no plasma, defendendo as células contra o dano oxidativo causado por estes. As características antioxidantes do AA são atribuídas à sua aptidão de diminuir o stress oxidativo potencialmente prejudicial, relacionando-se com tipos reativos de oxigênio e construindo radicais de ascorbato estável, que auxiliam como doadores de elétrons também servem como agentes antioxidantes. Este mecanismo pode elucidar diversas funcionalidades citoprotetoras do ácido ascórbico, com inclusão da prevenção de modificação no DNA instigada por oxidação, defesa de lipídios contra danos peroxidativos e arranjo de resíduos de aminoácidos, mantendo a inteireza proteica (RIBEIRO, 2019).

O corpo humano defende-se de maneira natural com a utilização de antioxidantes com finalidade de neutralização dos efeitos nocivos dos radicais livres. A vitamina C constitui-se como antioxidante mais abundante no organismo, em especial na pele (MANELA-AZULAY, et. al., 2003).

3 UTILIZAÇÃO DA VITAMINA C PARA FINALIDADES ESTÉTICAS

O envelhecimento da pele é um processo progressivo e inevitável, causado por fatores internos e externos, que resultam em alterações estruturais e funcionais na pele. Atualmente, há uma variedade de tratamentos estéticos disponíveis, especialmente para o rosto, que visam eliminar ou minimizar as manifestações do envelhecimento. Alguns desses tratamentos incluem a microdermoabrasão com peeling de diamante e a aplicação tópica de vitamina C, os quais têm como objetivo reduzir as alterações associadas ao envelhecimento (CAMPOS; CALEGARI; SILVA, 2017)

A vitamina C, um antioxidante, é uma forma de tratamento utilizada no combate aos sinais de envelhecimento da pele. Essa substância favorece a síntese de colágeno, uma proteína essencial para a saúde e firmeza da pele. A aplicação tópica da vitamina C ajuda a restaurar parcialmente a estrutura anatômica da junção dermoepidérmica, além de aumentar o número de capilares nutritivos na derme, melhorando a nutrição da epiderme e sua textura. Isso contribui para o combate às rugas e torna a vitamina C eficaz como um agente clareador da pele devido ao seu efeito antimelanogênico (CAMPOS; CALEGARI; SILVA, 2017).

O ácido L-ascórbico é imprescindível para o desenvolvimento do colágeno e da elastina. É um ativo fortemente tolerável, com capacidade de induzir a proliferação celular, como também elevar a síntese de colágeno pelos fibroblastos, independentemente da idade. O dado informa que a aplicação tópica de AA, repara a estrutura anatômica da junção derme epidérmica na pele jovem, além de tudo também aumenta a quantidade de anéis capilares nutritivos na derme papilar, na pele envelhecida de mulheres no período pós-menopausa. (SANDOVAL; CAIXETA; RIBEIRO, 2015).

Outra característica importante desta vitamina é sua forte atuação despigmentante, pois a mesma pode inibir a ação da enzima tirosinase. Esta enzima é encarregada da síntese de melanina, um pigmento que tem como função dar cor à pele. Seu aumento provoca manchas conhecidas como melanose ou melasma, um grande lamento de várias mulheres em distintas idades. Ao inibir a enzima que estimula melanócitos, a vitamina C causa um efeito clareador ou despigmentante, aumentando a luminosidade da pele consequentemente (SCIENTIA, 2014).

O estudo aponta os efeitos da técnica de Radiofrequência quando em associação ao uso tópico de um dermocosmético manipulado contendo vitamina C pura a 10%. Esta associação revelou resultados de rejuvenescimento facial de mulheres com sinais visíveis de envelhecimento. Ademais, a referida técnica é um procedimento não invasivo e indolor que apresenta riscos mínimos (ANDREATA; SILVA, 2017).

O ácido ascórbico tópico tem capacidade de atuação como um protetor biológico, minimizando substancialmente os danos provocados pelos raios ultravioletas (RUV). Desta maneira, é exponencialmente utilizada como ativo em formulações cosméticas, já que consiste em uma substância que apresenta diversas funções e promove ótimos resultados no tratamento das mudanças da pele provocadas pelo envelhecimento. Quando em utilização de forma correta, esta exerce atividades que previne e promove o tratamento dessas mudanças através de três mecanismos primordiais: estimulação da produção de colágeno, ação de despigmentação e atividade antioxidante (GUIRRO; GUIRRO, 2004).

3 METODOLOGIA

Esta pesquisa baseou-se em revisão de literatura em livros, monografias e revistas pesquisados na base de dados Scientific Eletronic Library Online (Scielo, Google Acadêmico, CAPES e, empregando os termos “ação antioxidante do ácido ascórbico”, “vitamina C” e “vitamina C na estética”. Esta é uma pesquisa de caráter, exploratório e descritivo. Da pesquisa da base de dados, foram coletados dezesseis dados de fontes diferentes. Como critério de inclusão foram selecionados trabalhos dos anos 2003 a 2021, e artigos com informações acerca das propriedades da vitamina C no organismo e seus benefícios na estética.

4 RESULTADOS

Dos dezesseis artigos inicialmente escolhidos, apenas oito foram considerados adequados para serem incluídos na amostra deste estudo, pois estes apresentaram resultados mais condizentes aos objetivos do trabalho em questão, seguindo os critérios de seleção; estudo de caso, revisão de literatura e revisão bibliográfica. As informações dos artigos foram selecionadas organizadas em: nome do autor e ano, título, objetivos, design do estudo e resultados, conforme mostrado no Quadro 1.

Quadro 1 – Artigos segundo Autor/ano, título, desenho do estudo, objetivos e resultados.

AUTOR ANOTÍTULOMETEDOLOGIAOBJETIVO
ANDREATA; SILVA, 2017Rejuvenescimento facial: a eficácia da radiofrequência associada à vitamina CEstudo de casoAnalisar a eficácia da radiofrequência Associada à vitamina C no rejuvenescimento facial
MANGELA; MARTINS 2021Benefícios da vitamina c na peleRevisão de LiteraturaIdentificar os vários benefícios oferecidos pela vitamina C, descrever a atuação nas alterações decorrentes do envelhecimento cutâneo e pesquisar a ação antioxidante desta vitamina.
BIASEBETTI; RODRIGUES; MAZUR, 2018Relação do consumo de vitaminas e minerais com o sistema imunitário: uma breve revisão.Revisão de LiteraturaTem como objetivo colocar em destaque os principais nutrientes que agem em benefício do sistema imunitário: ferro, vitamina A, vitamina C, vitamina E, vitamina D e zinco, e destaca sua relação com o Sistema imunológico. Estético Nutrição. Alimentação. Imunidade. Nutrientes.
CAVALARI; SANCHES, 2018Os efeitos da vitamina CRevisão de LiteraturaNeste trabalho, o objetivo foi pesquisar a importância da vitamina C para o organismo coletados e a vitamina C tem sua relação direta com a síntese de colágeno, sendo o colágeno uma das proteínas que mais sofre deterioração no processo de envelhecimento.
GUIRRO; GUIRRO, 2004Fisioterapia Dermato-funcional.Revisão de LiteraturaO presente trabalho tem o objetivo de informar ao leitor sobre a maneira utilizada pela fisioterapia Dermato-funcional de prevenir as disfunções estéticas durante a gestação, e o modo de tratar essas disfunções.
GATTO, OBARA E AVILA, 2019Uma análise da utilização de vitamina c no combate do envelhecimento humanoRevisão BibliográficaEste artigo tem o objetivo apresentar quais são os benefícios sobre a utilização da vitamina C (Ácido Ascórbico) no combate do envelhecimento humano
RIBEIRO; 2019Influência da vitamina C no Sistema Imunitário HumanoRevisão BibliográficaTeve como objetivo realizar uma revisão sobre os mecanismos fisiológicos envolvidos na interação da vitamina C com o sistema imunitário, através da análise de investigações realizadas, in vitro e in vivo, em modelos animais e em humanos.
MANELA-AZULAY, et. al., 2003Vitamina CRevisão de LiteraturaOs autores apresentam revisão sobre o assunto, discorrendo sobre o histórico da vitamina C, seus efeitos no metabolismo do tecido conjuntivo, no processo de cicatrização, sobre sua atividade antioxidante e dermatológico retardando o processo de envelhecimento da pele.

Fonte: Elaborado pelo autor.

5 DISCUSSÃO

Envelhecer é um processo natural e inevitável, porém, nos dias de hoje, há uma forte ênfase em retardar o envelhecimento, ou seja, encontrar maneiras de rejuvenescer e preservar a beleza. Os primeiros sinais do envelhecimento começam a aparecer ao longo dos anos e ocorrem gradualmente com o passar do tempo, principalmente afetando a aparência da pele. Nesse contexto, os cosméticos com propriedades antioxidantes são amplamente reconhecidos na literatura como os produtos mais utilizados no combate ao envelhecimento.

A pesquisa de Andreata (2017) revelou resultados significativos no estudo da aplicação da técnica de radiofrequência combinada com o uso tópico de vitamina C pura a 10% no rejuvenescimento facial de mulheres entre 45 e 60 anos de idade. A análise dos dados coletados permitiu observar benefícios na redução de rugas e linhas de expressão, assim como uma melhora geral na qualidade da pele. Além disso, a aplicação dessa técnica foi considerada segura, uma vez que nenhum efeito colateral foi identificado durante o estudo. Entre as principais preocupações relatadas pelas participantes antes do tratamento, destacaram-se a presença de rugas e linhas de expressão (80% e 100%, respectivamente), hiperpigmentação facial (60%) e falta de brilho e luminosidade na pele (100%).

A pesquisa de Mangela e Martins (2021) demonstra que a aplicação tópica da vitamina C tem propriedades antioxidantes com potencial de prevenir e tratar o envelhecimento da pele. Quando essas substâncias ativas são concentradas e aplicadas diretamente na pele, elas têm a capacidade de fortalecer o epitélio e proporcionar uma ação farmacodinâmica por meio de seus mecanismos de ação e propriedades terapêuticas, resultando em eficácia no tratamento proposto.

O estudo de Biasebetti, Rodrigues, Mazur (2018) indica a contribuição do ferro, vitamina C e zinco no auxílio ao sistema imunológico para a proliferação das células T. Além disso, há evidências de correlação entre as vitaminas A e D e a regulação dos mediadores de interleucina 1 e 2. Com base nessas descobertas, é possível concluir que a relação entre o sistema imunológico e a nutrição está relacionada à adequada ingestão de alimentos que contenham esses nutrientes específicos, como as vitaminas e minerais mencionados. Essa ingestão adequada tem um impacto direto nas funções das células de defesa do organismo, promovendo uma melhor qualidade de vida para os indivíduos

De acordo com os estudos encontrados na pesquisa de Cavalari e Sanches (2018, p. 753) foi possível observar que o AA auxilia as células do corpo a crescerem e continuarem sadias, sobretuto as células ósseas, dentes, vasos sanguíneos e gengivas. A vitamina C é imprescindível para de defender o organismo de infecções, agir no absorvimento do ferro, diminuir o nível de triglicerídeos e de LDL, além de reforçar o sistema imune contra situações como gripes e resfriados, por exemplo.

Os resultados obtidos neste estudo revelaram que a suplementação oral de 500 mg de vitamina C por um período de 45 dias pode restaurar a regulação autonômica cardíaca em crianças obesas, tanto em repouso quanto durante o exercício isométrico, aproximando-se dos valores considerados normais. No entanto, os mecanismos exatos envolvidos nesse restabelecimento ainda não foram determinados, não foi possível mensurar a quantidade de LDL oxidada, que é um indicador de estresse oxidativo. Além disso, a atividade autonômica cardíaca foi avaliada apenas no domínio da frequência (LIRA et. al, 2012)

Segundo os resultados de Gatto; Obara e Avila (2019, p. 7) o uso tópico de emulsões ou cremes incluindo vitamina c no seu conteúdo evidenciou eficácia na defesa cutânea contra prejuizos nas células epiteliais. Os resultados mostraram que o ácido ascórbico (AA) defendeu a pele contra radicais livres advindos da exposição solar, constituindo uma camada fotoprotetora na epiderme.

Outra análise realizada de Ribeiro; (2019, p. 9) A vitamina C atua como um agente enérgico redutor em concentrações regulatórias, desempenhando um papel fundamental no equilíbrio antioxidante do nosso organismo. Ela possui a capacidade de mitigar os efeitos prejudiciais dos radicais livres gerados pelas reações metabólicas corporais. Ao agir como um poderoso captador de radicais livres no plasma, a vitamina C protege as células contra o dano oxidativo causado por essas espécies reativas de oxigênio. A sua função antioxidante é atribuída à capacidade de reduzir o estresse oxidativo potencialmente prejudicial, interagindo com as espécies reativas de oxigênio e formando radicais de ascorbato estáveis. Esses radicais de ascorbato funcionam como doadores de elétrons e, consequentemente, envelhecem como agentes antioxidantes.

Para Manela-Zulay (2003) além de seus efeitos antioxidantes, a vitamina C desempenha um papel importante na cicatrização de feridas, sendo essencial na síntese de colágeno. Ela atua como co-fator para as enzimas lisil e propil hidroxilases, estimulando a transcrição dos genes relacionados ao colágeno. Além disso, a vitamina C tem sido utilizada como clareador cutâneo, inibindo a ação da tirosinase. A vitamina C também oferece um suplemento seguro e eficaz para o armazenamento nos tecidos, melhorando a fotoproteção e fortalecendo as defesas antioxidantes do organismo.

6 CONCLUSÃO

Com base no que foi pesquisado os efeitos da vitamina C têm sido comprovados, apresentando importante efeito antioxidante e altas contribuições para o sistema imunológico dos seres humanos, por isso o consumo diário de alimentos ricos dessa substância é essencial. Contudo, quando utilizada para prevenir e retardar os sinais do envelhecimento cutâneo é importante evitar exposições excessivas ao sol, ter uma alimentação balanceada, horas adequadas de sono e a realização de exercícios físicos.

Ressalta-se ainda que a ação do ácido L-ascórbico é potencializada dependendo da concentração e a via de administração, sendo melhor aproveitada topicamente, quando comparada com a utilização oral. Quando utilizada corretamente desempenha propriedade benéfica como a função despigmentante e função estimulante a colagênese. Atua como protetor biológico diminuindo os danos provocados pelos raios ultravioletas (RUV), por este motivo o mercado de cosméticos tem investido bastante em produtos contendo este ativo nas formulações.

REFERÊNCIAS

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II Simpósio Brasileiro de Cuidados Interdisciplinares em Saúde Revista Saúde e Desenvolvimento | v. 14, n. 20 – 2020 | Edição Especial “II Simpósio Brasileiro de Cuidados Interdisciplinares em Saúde” 56 MICRONUTRIENTES E SEU IMPACTO NA IMUNIDADE Ana Carolina Carvalho Rosan1 Alisson David Silva2 Thais Regina Mezzomo3


Acadêmicos do 8 8° período do curso de Biomedicina da Faculdade de Imperatriz – FACIMP WYDEN, aliine_20@outlook.com, carloseduardo20550@gmail.com e leodasilvagonsalves@hotmail.com.

2 Larissa Beatriz Silva Simielli, Doutorado, Professor do Biomedicina da Faculdade de Imperatriz – FACIMP WYDEN, larissa_beatriz_silva@hotmail.com.