BENEFITS OF INTEGRATIVE AND COMPLEMENTARY HEALTH PRACTICES IN NURSING CARE FOR ONCOLOGY PATIENTS
BENEFICIOS DE LAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EN LA SALUD EN EL CUIDADO DE ENFERMERÍA A PACIENTES ONCOLÓGICOS
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202412120833
Ângela Pereira de Jesus Machry1
Fabiano de Faveri2
RESUMO
Esse estudo tem como objetivo analisar os benefícios proporcionados pelas práticas integrativas e complementares em Saúde na melhora do conforto a pacientes em tratamento oncológico. Trata-se de uma pesquisa de campo com estudo descritivo e abordagem qualitativa. O cenário de estudo compreende uma ONG localizada na cidade de Caxias do Sul. A coleta de dados foi realizada em 2024, através de entrevistas com 17 participantes maiores de 18 anos, em vigência ou concluído o tratamento oncológico. Resultados: A pesquisa revelou que a maioria dos participantes possuíam mais de 60 anos, sendo predominantemente mulheres. Efeitos colaterais relatados com maior frequência foram: alopecia, dor, cansaço, náuseas, depressão, ansiedade e inapetência, que dificultavam a realização das atividades de vida diária. As Práticas Integrativas e Complementares foram amplamente utilizadas, todavia evidencia-se o desconhecimento do termo. As PICS trouxeram benefícios como alívio da dor, depressão e estresse, além da melhora do ânimo, convivência social e qualidade de vida. Conclusão: O estudo alcançou o objetivo de analisar os benefícios das Práticas Integrativas e Complementares no conforto de pacientes oncológicos. Os resultados mostraram que as PICS reduziram o estresse, ansiedade, depressão e dor, além de melhorar a resiliência e a compreensão da doença, promovendo bem-estar físico e emocional. No entanto, a pesquisa apontou uma lacuna na disseminação dessas práticas entre os profissionais de saúde. A enfermagem desempenha um papel fundamental na promoção dessas práticas, porém este estudo demonstra que ainda existem falhas na divulgação dessas práticas por esses profissionais o que limita sua adoção.
Palavras chave: Práticas integrativas e complementares. Conforto. Câncer. Cuidados de Enfermagem. Enfermagem oncológica.
Abstract
This study aims to analyze the benefits provided by Integrative and Complementary Health Practices in improving the comfort of patients undergoing cancer treatment. It is a field study with a descriptive approach and qualitative methodology. The study setting is an NGO, and data collection was conducted in 2024 through interviews with 17 participants over 18 years of age, either currently undergoing or having completed cancer treatment. Results: The research revealed that most participants were over 60 years old, predominantly women and individuals with fair skin. Common side effects included alopecia, pain, fatigue, nausea, depression, anxiety, and loss of appetite, all of which hindered daily activities. Integrative and Complementary Practices were widely used, although most participants were unfamiliar with the term. PICS provided benefits such as pain relief, reduced depression and stress, as well as improved mood, social interaction, and quality of life. Conclusion: The study achieved its goal of analyzing the benefits of Integrative and Complementary Practices (ICPs) in providing comfort to oncology patients. The results showed that ICPs reduced stress, anxiety, depression, and pain, while also improving resilience and understanding of the disease, promoting physical and emotional well-being. However, the research highlighted a gap in the dissemination of these practices among healthcare professionals. Nursing plays a fundamental role in promoting these practices, but this study demonstrates that there are still shortcomings in their dissemination by these professionals, which limits their adoption.
Keywords: Integrative and Complementary Practices. Comfort. Cancer. Nursing Care. Oncology Nursing.
Resumen
Este estudio tiene como objetivo analizar los beneficios que aportan las prácticas de salud integradas y complementarias en la mejora del confort de los pacientes en tratamiento oncológico. Se trata de una investigación de campo con un estudio descriptivo y un enfoque cualitativo. El escenario de estudio comprende una ONG. La recolección de datos se realizó en el año 2024, a través de entrevistas a 17 participantes mayores de 18 años, en tratamiento o habiendo completado el tratamiento contra el cáncer. Resultados: La investigación reveló que la mayoría de los participantes tenían más de 60 años y eran predominantemente mujeres. Los efectos secundarios reportados con mayor frecuencia fueron: alopecia, dolor, cansancio, náuseas, depresión, ansiedad e inapetencia, que impedían las actividades diarias. Las Prácticas Integrativas y complementarias fueron ampliamente utilizadas, sin embargo, es evidente el desconocimiento del término. PICS trajo beneficios como alivio del dolor, depresión y estrés, además de mejorar el estado de ánimo, la convivencia social y la calidad de vida. Conclusión: El estudio logró el objetivo de analizar los beneficios de las Prácticas Integrativas y complementarias en el confort de los pacientes oncológicos. Los resultados mostraron que las PICS redujeron el estrés, la ansiedad, la depresión y el dolor, además de mejorar la resiliencia y la comprensión de la enfermedad, promoviendo el bienestar físico y emocional. Sin embargo, la investigación señaló una brecha en la difusión de estas prácticas entre los profesionales de la salud. La enfermería desempeña un papel fundamental en la promoción de estas prácticas, pero este estudio demuestra que aún existen fallos en la divulgación de estas prácticas por parte de estos profesionales, lo que limita su adopción.
Palabras clave: Prácticas integradoras y complementarias. Confort. Cáncer. Cuidados de Enfermería. Enfermería Oncológica.
INTRODUÇÃO
O câncer é um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil e no mundo, com aumento de incidência devido ao envelhecimento populacional, estilo de vida, fatores genéticos e ambientais (Saúde, 2022). Segundo Pereira et al (2021) em 2018, foram registrados 18,1 milhões de novos casos no mundo resultando em 9,6 milhões de mortes, estima-se que 1 em cada 5 homens e 1 em cada 6 mulheres desenvolvem a doença. No Brasil, entre 2023 e 2025, são esperados 704 mil novos casos, sendo os tipos mais comuns: câncer de pele não melanoma, mama, próstata, cólon e reto, pulmão e estômago (Santos et al., 2023).
Pereira et al (2021), consideram que diante desse cenário o tratamento do câncer tem se tornado uma questão cada vez mais crucial envolvendo várias modalidades como cirurgia, transplante de medula óssea, quimioterapia, hormonioterapia, radioterapia, imunoterapia, moduladores da resposta biológica e cuidados paliativos. Embora esses tratamentos ofereçam benefícios, eles também possuem efeitos colaterais que afetam negativamente o conforto e a qualidade de vida dos pacientes (Corrêa et al., 2018).
De acordo com Durans et al (2024), em resposta à complexidade do tratamento do câncer existe a necessidade de uma abordagem mais humanizada e holística, em 2006 o Ministério da Saúde por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPICS), implementou o uso das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) no Sistema Único de Saúde (SUS).
As PICS são definidas como práticas de saúde baseadas em um modelo de atenção humanizada e holística, que visam estimular mecanismos naturais e tradicionais para tratamento, prevenção de agravos e cuidados paliativos, promovendo a recuperação da saúde através de tecnologias efetivas e seguras, baseadas na escuta acolhedora, no fortalecimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade (Brasil, 2024).
A normatização reflete a crescente importância das PICS no contexto do tratamento do câncer, especialmente considerando os graves efeitos colaterais causados pelos tratamentos convencionais, que impactam na qualidade de vida e no tempo de recuperação dos pacientes. As práticas oferecem métodos alternativos eficazes para minimizar esses efeitos, sendo valiosas na assistência de enfermagem e na oncologia integrativa, a área que mais utiliza essas terapias (Xavier et al., 2021).
Freitas et al (2021) e Santos et al (2022), afirmam que nesse contexto a enfermagem fundamentada em evidências científicas, desempenha um papel crucial na aplicação e divulgação das PICS Ao oferecer um cuidado humanizado, os enfermeiros podem melhorar significativamente a qualidade de vida e auxiliar na recuperação dos pacientes oncológicos, sendo essencial que esses profissionais se capacitem promovendo sua autonomia e um cuidado integral.
Ferreira et al (2021), afirmam que as PICS são tratamentos naturais, seguros e acessíveis, amplamente utilizados no Brasil em pacientes oncológicos. Elas são eficazes no tratamento da doença e na redução dos efeitos colaterais, proporcionando conforto e uma abordagem humanizada (Menin; Orso, 2020).
O conceito de conforto, nesse contexto, emerge como algo inerente e essencial ao cuidado, sendo considerado uma necessidade humana básica. Diversos autores têm estudado o conforto como parte integrante do cuidado de enfermagem, ou ainda como um dos resultados desejados dos cuidados prestados à pessoa (Sousa, 2020, Brandão et al., 2017).
Essa perspectiva é reforçada pela Teoria do Conforto de Kolcaba, que descreve o conforto em três dimensões: alívio, tranquilidade e transcendência. Essa teoria fundamenta o uso das práticas no cuidado de enfermagem a pacientes oncológicos, oferecendo um embasamento teórico robusto que justifica a aplicação dessas práticas em diferentes contextos e populações, promovendo não apenas o alívio dos sintomas físicos, mas também a tranquilidade emocional e a transcendência dos desafios enfrentados durante o tratamento (Kolcaba, 2003).
Considerando o aumento significativo das taxas de câncer no Brasil e os benefícios das práticas integrativas e complementares associadas ao tratamento convencional, é crucial investigar essa interface. A incorporação dessas práticas ao tratamento oncológico pode promover um cuidado de enfermagem holístico, melhorando a relação terapêutica e minimizando os efeitos colaterais do tratamento, proporcionando maior conforto e qualidade de vida aos pacientes. Desse modo o presente estudo tem como objetivo analisar os benefícios proporcionados pelas PICS na melhora do conforto a pacientes em tratamento oncológico.
MÉTODOS
Trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa, realizado em uma Organização não governamental (ONG) em setembro de 2024. Localizada na cidade de Caxias do Sul, a instituição oferece assistência gratuita a pessoas com câncer e suas famílias em vulnerabilidade social, atendendo pacientes de 49 municípios.
A amostra do estudo se deu por conveniência, onde foram entrevistados 17 participantes, e incluiu pacientes que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: estar cadastrado na ONG, ser maior de 18 anos e estar ou ter realizado tratamento oncológico. Foram excluídos pacientes que não se comunicavam no idioma português ou com alterações cognitivas, sinalizadas para avaliação da equipe multidisciplinar do local cenário do estudo, que os impediam de se comunicar.
O instrumento de pesquisa utilizado para coletar os dados do estudo foi um roteiro de entrevista semiestruturada, elaborado pelos autores. As entrevistas foram áudio-gravadas e tiveram uma duração média de 30 minutos por participante, realizadas de forma individual seguindo o roteiro.
Os dados coletados foram transcritos e analisados utilizando a técnica de análise temática do conteúdo, conforme a metodologia proposta por Bardin (Bardin, 2016). Essa técnica permitiu uma interpretação crítica dos dados, utilizando a comunicação como meio para identificar e corroborar indicadores, possibilitando a compreensão de uma realidade alternativa. Os tópicos foram categorizados com base nas convergências e divergências observadas nas respostas dos participantes, conforme identificadas pelo entrevistador durante a aplicação dos questionários.
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Centro Universitário da Serra Gaúcha FSG sob o número de CAAE 81863324000005668 e seguiu os processos éticos da Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, que regula pesquisas com humanos (Brasil, 2012), assim como a Resolução nº 510/16, que aborda normas para pesquisa em Ciências Humanas e Sociais, especialmente quando envolve coleta direta de dados dos participantes ou informações identificáveis que possam acarretar riscos superiores à vida cotidiana (Brasil, 2016). O estudo seguiu rigorosamente as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelecida em 14 de agosto de 2018, que protege os direitos fundamentais de liberdade, privacidade e o desenvolvimento da personalidade da pessoa natural em meios físicos ou digitais (Brasil, 2019). Foi estruturado em duas vias o termo de consentimento livre e esclarecido, (TCLE) que foi lido com cada participante que concordou em participar da pesquisa.
RESULTADOS
No total de 17 participantes entrevistados, há predominância acima dos 60 anos e pele branca (82%), sendo as mulheres relativamente mais atingidas de forma geral (59%). Os níveis de escolaridade predominantes entre os participantes foram ensino fundamental incompleto (41%) e fundamental completo (24%), que estão apresentados na Tabela 01.
Tabela 1 – Distribuição das participantes, segundo as variáveis faixas etárias, gênero, etnia, escolaridade, estado civil, ocupação. Rio Grande do Sul, Brasil, 2024.
Fonte: Pesquisa direta
A Tabela 2 descreve os 9 tipos de câncer relatados pelos participantes de acordo com suas localizações, não demonstrando diferenças expressivas na prevalência, porém colón e reto registraram 17,64% entre os homens. Em relação aos tipos de tratamentos se destacam a cirurgia e a quimioterapia, ambos com 31,43% em comparação ao somatório de todos os tratamentos aplicados aos participantes. O percentual demonstrado foi calculado pelo subtotal de cada tipo de tratamento dividido pelo somatório total de todos os tratamentos.
Tabela 2 – Distribuição dos participantes, segundo as variáveis localização do câncer, tipo de tratamento e duração. Rio Grande do Sul, Brasil, 2024
Fonte: Pesquisa direta
Após a análise dos dados oriundos das entrevistas, evidenciaram-se as seguintes categorias objetos de estudo descritas no Quadro 1. Os efeitos colaterais mais frequentemente relatados pelos participantes incluíram dor, alopecia, cansaço, náuseas, fadiga, depressão, ansiedade e inapetência, entre os menos frequentes incluíram a osteonecrose mandibular e a dormência nos pés. Em relação a categoria dos impactos na alteração do conforto, destacaram-se o cansaço, desânimo, sensação de impotência, revolta, desesperança, baixa autoestima, inapetência, isolamento social e constrangimento. Entre essas, as dores foram mencionadas como o principal fator limitante, impedindo a realização das atividades de vida diária.
Quanto à categoria de conhecimento dos participantes sobre as práticas, constatou-se que a maioria utilizava alguma dessas práticas, mas desconhecia o termo “Práticas Integrativas e Complementares em Saúde” assim como a existência de uma lei que regulamenta seu uso no SUS. Dois participantes afirmaram conhecer as PICS, definindo-as como tratamentos não medicamentosos que oferecem benefícios e suporte emocional. Os demais, apesar de não reconhecerem o termo, relataram utilizá-las após a explicação da pesquisadora. Em relação a indicação das PICS, 14 participantes relataram que obtiveram indicação das práticas durante o tratamento oncológico somente através da assistente social da ONG, 2 relataram ter obtido indicação através de amigos. Conforme algumas falas: “… quem me indicou essas terapias foi uma amiga…” (E04). “… o grupo da igreja espírita que me falou sobre essas terapias…” (E17).
As terapias utilizadas e com maior frequência sinalizadas pelos participantes da pesquisa foram: reiki (10), meditação (11), musicoterapia (8), terapia comunitária integrativa (11), reflexoterapia (10), arteterapia (4) e biodança (7), todas disponibilizadas pela ONG. E a massoterapia (9) e constelação familiar (2) relatadas por alguns participantes, foram utilizadas em outros ambientes e indicadas por amigos. Apenas 1 participante não fazia uso de nenhuma prática.
Referente a categoria benefícios e melhora do conforto dos pacientes oncológicos com o uso das PICS evidenciou-se diminuição das dores, da depressão, melhora do ânimo e disposição, melhora na convivência com as pessoas e no bem estar, alívio das tensões e stress, melhora na aceitação da doença, adaptação e mudança no estilo de vida, diminuição das náuseas e do cansaço, tranquilidade, paz interior, melhora na locomoção do corpo, no entendimento sobre a doença nas relações familiares, diminuição da dormência nos pés e a melhora na concentração, conforme alguns exemplos de falas: “… a meditação me ajudou muito na concentração, antes eu era muito esquecida, a biodança melhorou muito a minha movimentação e as dores no corpo…”(E02). “… as rodas de conversa me ajudaram a entender melhor a doença, a aceitar que isso não aconteceu só comigo…” (E06).
Já na melhora do conforto houve o equilíbrio físico e psicológico, tranquilidade, menos ansiedade, empatia, melhora na convivência e no ânimo para o enfrentamento da doença, otimismo, mais disposição para realizar atividades diárias, melhora na qualidade de vida, motivação e felicidade, conforme alguns exemplos relatados: “…melhorou a minha convivência com as pessoas e meu bem estar…” (E01). “…melhorou a minha vida pessoal e a aceitação da doença, passei a ser mais otimista” (E02). “ajudou a aliviar o meu stress, me sinto mais calma, disposta e animada para enfrentar a doença…” (E05). “…voltei a ter ânimo para trabalhar, me sinto feliz novamente com o alívio das dores” (E07).
Quadro 1 – Categorias definidas. Rio Grande do Sul, Brasil, 2024.
Fonte: Pesquisa direta
DISCUSSÕES
Segundo Franscisco et al (2020) o câncer é uma doença que acomete principalmente os idosos, nos quais novos casos da doença ocorrem em 60% em indivíduos com mais de 60 anos, as taxas de incidência e prevalência de todos os tipos de câncer são 4 vezes maiores nessa faixa etária. Dados estes semelhantes ao levantamento desse estudo, onde houve a predominância na faixa etária acima dos 60 anos (52,94%) entre os participantes da pesquisa.
O câncer afeta majoritariamente os idosos destacando a necessidade de estratégias específicas de prevenção e tratamento. Além da vulnerabilidade causada pelo envelhecimento, outros fatores como hábitos de vida e ambiente também influenciam. Assim, o combate à doença deve incluir prevenção, diagnóstico precoce e políticas de saúde voltadas à qualidade de vida dessa população.
Moura et al (2023) mostram que um estudo realizado em São Paulo aponta que existem desigualdades sociais no acesso à saúde entre idosos pretos ou pardos sendo mais vulneráveis e enfrentando maiores riscos à medida que envelhecem, outras desigualdades socioeconômicas, como escolaridade e renda, têm um impacto considerável na saúde e no acesso aos serviços de saúde dessa população. Esses dados justificam os achados desta pesquisa onde (82%) dos participantes se autodeclararam de pele branca.
O uso insuficiente dos serviços de saúde pela população negra no Brasil é um reflexo de desigualdades sociais e envolve barreiras como o acesso limitado a informações, preconceito no atendimento e dificuldades financeiras, agravadas por fatores socioeconômicos, culturais e históricos.
A pesquisa também indica que as mulheres constituem uma parcela significativamente maior dos participantes, representando 59% dos casos de câncer. No entanto, Gutman et al (2022) revelam que os homens procuram menos os serviços de saúde, sendo motivados principalmente pelo agravamento de seu estado de saúde, o que os afasta das práticas preventivas e de promoção da saúde. Assim, esses dados podem não necessariamente indicar que as mulheres são as mais acometidas pelo câncer, mas sim que elas são as que mais acessam os serviços de saúde.
Quanto aos tipos de tratamentos mais utilizados, Antunes et al (2022) estimam que 80% das pessoas com diagnóstico de câncer serão submetidas à cirurgia oncológica, seja ela para diagnóstico, tratamento, cura, paliativo ou reconstrução. A quimioterapia antineoplásica é o tratamento mais utilizado para neoplasias malignas, podendo causar efeitos tóxicos em células saudáveis e ser usada isoladamente, em combinação com radioterapia ou após cirurgia. (Gurgel et al., 2019).
Observa-se a alta prevalência da cirurgia oncológica, realizada em 80% dos casos de câncer e o uso frequente da quimioterapia que pode causar diversos efeitos colaterais. Ressalta-se a complexidade do tratamento, que geralmente combina diferentes abordagens e a importância de uma equipe multidisciplinar para otimizar o cuidado e a qualidade de vida do paciente, sendo necessário a implementação de tratamentos complementares para minimizar esses efeitos.
O tratamento do câncer afeta substancialmente as condições físicas do paciente, intensificando sintomas como dor, insônia, náuseas, fadiga, perda de apetite e alopecia. Essa situação compromete a realização de atividades diárias, impactando a independência e autonomia, além de prejudicar relacionamentos interpessoais e a autoimagem. A terapia também aumenta o risco de desequilíbrio emocional e psicológico, uma vez que o indivíduo lida com o medo das dificuldades impostas pela doença e o estigma associado ao câncer. Essas mudanças podem alterar as expectativas em relação ao futuro, prejudicando a qualidade de vida. (Katzung, 2014, Silveira et al., 2021).
O sofrimento físico e emocional causado pelo câncer é denominado como “distress” e pode ser reduzido por meio das PICS, que ajudam a promover o autocontrole e o conforto psicológico. Pesquisas revelam que mais de 75% dos pacientes com câncer utilizam as PICS para mitigar sintomas como estresse, ansiedade, dor e efeitos colaterais dos tratamentos convencionais. Quando combinadas com terapias tradicionais, as PICS podem elevar a qualidade de vida dos pacientes, proporcionando melhorias no humor, sono e apetite, além de reduzir o estresse e oferecer benefícios ao bem-estar biopsicossocial e espiritual (Xavier et al., 2021).
Jardim et al (2024), reforçam que para garantir que o uso das PICS seja eficaz e seguro, é essencial que os enfermeiros adquiram conhecimento fundamentado em evidências científicas, oferecendo orientações e monitorando sua aplicação adequada, a fim de proporcionar um cuidado completo aos pacientes oncológicos. A assistência de enfermagem no campo oncológico deve ultrapassar o modelo biomédico, atendendo às necessidades e singularidades, incorporando práticas complementares ao planejamento de um cuidado holístico.
O tratamento do câncer não só causa desconforto físico, mas também pode gerar grande instabilidade emocional, expondo os indivíduos a sentimentos de medo, ansiedade e estigmatização, o que compromete sua qualidade de vida. A enfermagem tem um papel essencial ao considerar esses aspectos, oferecendo um cuidado humanista e holístico focado na qualidade de vida e na aceitação do diagnóstico. Para isso, os enfermeiros devem proporcionar apoio emocional, utilizando estratégias como comunicação ativa, escuta e empatia, que fortalecem a confiança e aliviam o sofrimento físico e psicológico. Além disso, integrar práticas como reiki e meditação ao plano de cuidados pode aliviar o estresse e fortalecer o bem-estar dos pacientes, complementando o tratamento convencional com um cuidado acolhedor e completo (Lima et al., [S.d]
Entre as terapias mais utilizadas pelos participantes do estudo, destacam-se a meditação, o reiki e a reflexoterapia. A meditação auxilia na manutenção do foco, promovendo equilíbrio físico e mental e favorecendo o bem-estar (Menezes, 2017). Amarello et al (2021) revelam que o reiki, utiliza o posicionamento das mãos para canalizar energia universal, proporcionando alívio da dor, redução do estresse e da ansiedade, além de melhorar o humor e amenizar sintomas de depressão e insônia. A reflexoterapia aplica pressão em pontos específicos dos pés e mãos, promovendo relaxamento profundo e alívio da dor (Leite et al, [S.d]). Outras terapias, como a terapia comunitária integrativa, arteterapia e biodança, também foram valorizadas pelos participantes. De acordo com Domingues et al (2022), a terapia comunitária integrativa promove laços sociais e ajuda a reduzir ansiedade, tristeza e raiva. A arteterapia utiliza modalidades artísticas como música e desenho para auxiliar no equilíbrio emocional e espiritual, facilitando a aceitação da doença (Martins, 2022). A biodança integra dança e psicologia para promover bem-estar, melhorar a locomoção e facilitar o diálogo não verbal (Bomfin, 2021). A massoterapia consiste na manipulação de tecidos moles, realizados principalmente pelas mãos, beneficiando o sistema muscular, circulatório e linfático, auxilia na diminuição das dores, fadiga física e mental, estresse e ansiedade (Cagnassi et al., 2023).
Pesquisas de Silva et al (2022) demonstram uma falta generalizada de conhecimento sobre Práticas Integrativas e Complementares entre equipes de saúde, gestores e usuários do SUS, dificultando sua adoção, especialmente na atenção primária. Embora haja interesse em utilizar essas práticas, muitos profissionais desconhecem as diretrizes e políticas relacionadas. O ensino de PICS nas faculdades de saúde no Brasil é insuficiente, com poucas instituições oferecendo disciplinas específicas, o que deixa os profissionais inseguros e despreparados. A atual oferta de formação formal ainda é um fator que pode impedir a expansão dessas práticas, apesar da crescente demanda, e muitos profissionais obtêm conhecimento por iniciativa própria. Há necessidade de estratégias assertivas e de incentivos para integrar as PICs no SUS.
A pesquisa revela uma desconexão significativa entre a oferta das PICS pelo SUS e o conhecimento restrito que muitos profissionais de saúde têm sobre essas terapias, mesmo com seus benefícios comprovados. Embora exista grande interesse por parte dos pacientes em relação às terapias, a falta de capacitação dos profissionais de saúde para aplicá-las adequadamente destaca a necessidade urgente de reformulação dos currículos acadêmicos e dos programas de treinamento, para incluir uma educação mais ampla e contínua sobre terapias complementares
Para que os enfermeiros possam ajudar a superar essa lacuna e facilitar a implementação das PICS no SUS, é essencial que invistam em capacitação própria, aproveitando cursos e treinamentos oferecidos por faculdades e organizações especializadas em saúde. Com uma base de conhecimento sólida, o enfermeiro pode também atuar como facilitador, promovendo discussões dentro da equipe sobre a segurança e os benefícios das PICs, o que pode aumentar a aceitação e o uso dessas práticas entre outros profissionais de saúde.
Além disso, o papel do enfermeiro na divulgação ativa dos benefícios das PICs aos pacientes é crucial. Educando-os sobre como essas práticas podem complementar o tratamento convencional e contribuir para seu bem-estar físico e emocional, o enfermeiro facilita uma compreensão mais profunda e incentiva uma adesão maior.
O diagnóstico de câncer geralmente é acompanhado por diversos sentimentos negativos, que impactam diretamente no psicológico dos pacientes, afetando significativamente a qualidade de vida, o uso de PICS tem demonstrado eficácia na promoção de autocontrole e conforto psicológico. Uma pesquisa realizada na Alemanha revela que 75% dos pacientes recorrem a essas práticas para lidar com o impacto emocional, aumentar os benefícios dos tratamentos convencionais e reduzir seus efeitos colaterais (Kroker et al., 2019).
As PICS desempenham um papel essencial no tratamento de pacientes com câncer, promovendo a redução da ansiedade, do estresse e das dores, além de melhorar a aceitação da doença, a convivência social e a qualidade de vida. Essas práticas também aumentam o conforto do paciente, aliviando tensões e com isso, devolvem a vontade de realizar as atividades diárias, proporcionando uma maior sensação de bem-estar. Ao complementar os tratamentos convencionais, as Práticas Complementares potencializam seus benefícios e reduzem os efeitos colaterais.
Cabe destacar que a enfermagem exerce um papel fundamental na implementação das PICS, promovendo o conforto e o bem-estar dos pacientes, especialmente os oncológicos. Com essas práticas, os enfermeiros ajudam a reduzir efeitos colaterais dos tratamentos, melhorando o conforto, o que favorece o retorno às atividades cotidianas. No entanto, a insegurança gerada pela falta de conhecimento sobre políticas e diretrizes relacionadas às PICS impacta diretamente a sua adoção. Muitos enfermeiros, devido à limitada divulgação de informações e falta de capacitação formal, sentem-se despreparados para oferecer essas práticas, o que acaba limitando o acesso dos pacientes aos potenciais benefícios e à melhora na qualidade de vida.
CONCLUSÃO
Conclui-se que o estudo atingiu o objetivo de analisar os benefícios proporcionados pelas PICS na melhora do conforto de pacientes em tratamento oncológico. Observou-se que essas práticas foram amplamente utilizadas pelos participantes, proporcionando benefícios significativos como diminuição do estresse, ansiedade, depressão, dores e aumento da compreensão e resiliência frente à doença, resultando em uma melhora expressiva no conforto dos pacientes, restaurando sua disposição para as atividades diárias e melhorando o convívio social e familiar.
Apesar desses benefícios, a pesquisa revela uma importante lacuna na disseminação das PICS pelos profissionais de saúde, especialmente no Sistema Único de Saúde. A falta de formação e capacitação em terapias complementares limita o acesso dos pacientes a esses tratamentos, evidenciando a necessidade de reformulação dos currículos acadêmicos e maior investimento em educação continuada sobre essas práticas. A enfermagem, por sua vez, desempenha um papel crucial na promoção das práticas, mas a pouca divulgação dessas terapias impacta negativamente sua ampla adoção, restringindo o potencial de melhora na qualidade de vida dos pacientes oncológicos.
Para os enfermeiros, o conhecimento sobre as PICS é essencial e vai além do objetivo de cura, abrangendo o foco na melhora do conforto. O conforto, entendido como uma necessidade humana essencial, é frequentemente alterado durante o tratamento oncológico devido aos efeitos colaterais físicos e emocionais. Dada sua importância, o conforto se torna um foco indispensável no cuidado de enfermagem, que visa não apenas tratar a doença, mas também atender de forma integral as necessidades de bem-estar dos pacientes. Quando capacitados, esses profissionais são capazes de orientar pacientes sobre os benefícios das PICS, oferecendo suporte psicológico e promovendo um cuidado integral e humanizado.
Ao se apropriar desse conhecimento, o enfermeiro fortalece sua autonomia e capacidade de promover uma assistência holística, considerando a saúde de forma individual e coletiva. Estudos indicam que, quando aplicadas por profissionais capacitados, as PICS oferecem benefícios como controle da dor, cuidados paliativos e minimização dos efeitos adversos dos tratamentos convencionais, proporcionando ainda um cuidado acessível, eficiente e de baixo custo aos pacientes.
Apesar dos resultados positivos, este estudo apresenta algumas limitações. A pesquisa foi realizada em uma única instituição e com um grupo amostral relativamente pequeno, o que pode limitar a generalização dos achados para outras populações e contextos de tratamento oncológico. Recomenda-se, portanto, que estudos futuros incluam uma amostra mais ampla e diversa, abrangendo diferentes instituições e regiões, para verificar se os benefícios das PICS são consistentes em variados contextos e grupos demográficos. Além disso, é importante que novas pesquisas envolvem outros profissionais da saúde para explorar de maneira mais abrangente a aplicação e os potenciais benefícios das PICS em equipes multidisciplinares, possibilitando uma integração mais efetiva dessas práticas no cuidado oncológico e ampliando seu alcance e impacto na qualidade de vida dos pacientes.
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