BENEFITS OF NEUROMODULATION THROUGH MAGNETIC STIMULATION IN POST-ISCHEMIC STROKE
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202505231457
Rafaela Câmara Querino1
Roberta de Melo Roiz2
RESUMO
Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma emergência neurológica, classificado em isquêmico ou hemorrágico. A neuromodulação, técnica de eletroestimulação não invasiva, tem como objetivo reorganizar circuitos neurais, promovendo a recuperação de funções motoras e cognitivas. Nesse contexto, a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT), especialmente em sua forma Repetitiva, Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva (EMTr), destaca-se por induzir efeitos terapêuticos prolongados, modulando a excitabilidade cortical e influenciando positivamente a plasticidade sináptica e a reorganização neuronal. Investigar os benefícios da EMT no tratamento de pacientes pós-AVC isquêmico. De forma específica, analisar a contribuição da neuromodulação através da estimulação magnética no pós-AVC isquêmico para a recuperação funcional das atividades da vida diária (AVD), do equilíbrio, da habilidade motora e das funções cognitivas, como a memória. Trata-se de uma revisão integrativa, de caráter básico e natureza exploratória, fundamentada em pesquisa bibliográfica qualitativa. Foram utilizadas as bases de dados BVS, PubMed e SciELO, com um recorte temporal de 5 anos. Ao final, foram selecionados 7 artigos para compor os resultados. Estudos apontaram que a EMTr promove a melhora da função motora, especialmente dos membros superiores, além de favorecer o equilíbrio, a marcha, o tônus muscular e o desempenho nas AVD. A EMTr contribui para a reorganização cerebral ao estimular a neuroplasticidade, promovendo maior autonomia funcional. Ressalta-se a necessidade de estudos empíricos que aprofundem sua eficácia e aplicabilidade em pacientes pós-AVC.
Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral; Estimulação Magnética Transcraniana; Neuromodulação; Reabilitação Neurológica.
ABSTRACT
Introduction: Stroke is a neurological emergency, classified as ischemic or hemorrhagic. Neuromodulation, a non-invasive electrostimulation technique, aims to reorganize neural circuits, promoting the recovery of motor and cognitive functions. In this context, Transcranial Magnetic Stimulation (TMS), especially in its repetitive form, Repetitive Transcranial Magnetic Stimulation (rTMS), stands out for inducing prolonged therapeutic effects, modulating cortical excitability and positively influencing synaptic plasticity and neuronal reorganization. To investigate the benefits of TMS in the treatment of post-ischemic stroke patients. Specifically, to analyze the contribution of neuromodulation through magnetic stimulation in post-ischemic stroke for the functional recovery of daily living activities (ADL), balance, motor skills, and cognitive functions such as memory. This is an integrative review, of a basic and exploratory nature, based on qualitative bibliographic research. The databases BVS, PubMed, and SciELO were used, with a time frame of 5 years. In the end, 7 articles were selected to compose the results. Studies have shown that rTMS promotes the improvement of motor function, especially of the upper limbs, as well as favoring balance, gait, muscle tone, and performance in ADLs. rTMS contributes to brain reorganization by stimulating neuroplasticity, promoting greater functional autonomy. The need for empirical studies that deepen its efficacy and applicability in post-stroke patients is highlighted.
Keywords: Stroke; Transcranial Magnetic Stimulation; Neuromodulation; Neurological Rehabilitation.
INTRODUÇÃO
De acordo com a Sociedade Brasileira de Acidente Vascular Cerebral (SBAVC) (2024), a mortalidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC) no Brasil cresceu, superando o número de infarto, equivalente a um número de 103.769 em 2019 com 104.847 óbitos em 2020, 109,431 em 2021, 115.090 em 2022 e 112.052 em 2023. Sendo assim, o AVC que era a segunda causa de óbitos no Brasil, nos últimos 5 anos, passou para primeiro lugar no ranking em mortes. O AVC representa cerca de 11% das mortes totais no mundo, com um aumento nas taxas de prevalência entre pessoas com menos de 70 anos, destacando-se especialmente em países menos desenvolvidos. A SBAVC traz ainda dados da Global Burden of Diseases (GBD) Study, sobre os tipos de AVC mediante a sua classificação, em: AVC isquêmico 62,4%, Hemorragia intracerebral 27,9% e hemorragia subaracnóidea 9,7%.
Dentre os tipos de AVC, o que mais repercute em sequelas neurológicas e funcionais é o tipo isquêmico, no qual, na grande maioria dos casos, gera incapacidade funcional, evoluindo para uma doença crônica, afetando diretamente as atividades de vida diária (AVD) e trazendo um grande impacto emocional. Por sua vez, as sequelas de maior predominância estão atreladas à disfunção da habilidade motora, limitações físicas e aspectos cognitivos, econômicos e sociais (Vieira et al., 2020).
Diante desses dados expostos, o AVC é uma condição na qual os indivíduos comumente apresentam sequelas, as quais irão impactar na qualidade de vida, nas atividades de vida diária, no âmbito social e econômico. Por isso, o AVC tem sido foco de reabilitação, com diversos métodos e técnicas, sendo atualmente utilizada a técnica de neuromodulação para os casos de tratamento de sequelas pós-AVC do tipo isquêmico (Sá et al., 2024; Vieira et al., 2020).
A neuromodulação é um conjunto de técnicas da eletroestimulação não invasiva que altera atividades corticais com objetivo de reorganizar circuitos neurais, afim de recuperar funções motoras e cognitivas, potencializando ou inibindo tarefas cerebrais. Nesse contexto da neuromodulação e AVC, tem-se usado a técnica da Estimulação Magnética Transcraniana (EMT), a qual se apresenta como uma das práticas da neuromodulação. A EMT funciona através de pulsos magnéticos, induzindo potenciais de ação com intuito de induzir mudanças na excitabilidade neuronal em áreas afetadas pelo AVC, onde os estudos vêm mostrando bons resultados na neuroplasticidade afim de minimizar as sequelas do indivíduo (Carvalho et al., 2023; Knorst et al., 2023; Vale; Silva; Macêdo, 2024).
Dentre os tipos de pulsos magnéticos promovidos pela EMT, há a aplicação de pulsos de forma repetitiva, denominada de Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr). A EMTr vem se destacando pelo seu uso nos casos de AVC por sua capacidade de induzir efeitos terapêuticos prolongados, determinada frequência e intensidade permitindo assim, alterações na excitabilidade cortical de forma controlada, influenciando a plasticidade sináptica e a reorganização neuronal. Ao contrário da EMT de pulsos únicos ou pareados, utilizada principalmente para mapeamento funcional do cérebro (Müller et al., 2013; Sousa et al., 2023).
A EMT teve a sua aplicabilidade inicial na área da neuropsiquiatria, mas o surgimento da técnica representou um grande avanço, ganhando espaço para a estimulação cortical na prática clínica para reabilitação pós AVC. Sendo, primeiramente em casos agudos e subagudos e atualmente em casos de AVC crônico, com evidencias de melhora promissora nas sequelas do AVC crônico, como a remodelação no córtex motor primário resultando na melhora da capacidade funcional, psicossocial e nos efeitos neuromodulares da força muscular respiratória, associados a fisioterapia neurofuncional (Araújo et al., 2011; Sousa et al., 2023).
Assim, atualmente as técnicas terapêuticas, como a EMT, vêm sendo utilizadas no tratamento do AVC isquêmico com a finalidade de induzir plasticidade neural, equilíbrio inter-hemisférico e a reabilitação motora. Sendo assim, a EMT, é uma técnica promissora com intuito de agregar as terapias convencionais no tratamento do AVC isquêmico, com destaque para a EMTr (Araújo et al., 2011; Kim et al., 2020; Sousa et al., 2023).
Diante das informações apresentadas, questiona-se: é viável afirmar que há benefícios na função motora, capacidade funcional e funções cognitivas com uso da Neuromodulação através da Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva no Pós AVC Isquêmico? A partir dessa problematização, cria-se a hipótese de que a Neuromodulação através da Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva promove benefícios no tratamento no AVC isquêmico, possibilitando melhora das AVD e qualidade de vida. Em contrapartida, a Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva não promove efeitos benéficos em casos de AVC isquêmico.
Portanto, a neuromodulação através da EMTr busca melhorar os efeitos da função motora, capacidade funcional e funções cognitivas através da estimulação magnética das áreas cerebrais que foram afetadas pelo AVC. Diante desse cenário o seguinte estudo busca investigar os efeitos do uso da EMT mediante ao AVC isquêmico. Portanto, essa pesquisa tem como objetivo geral averiguar os benefícios da neuromodulação através da EMT no tratamento de paciente pós AVC isquêmico. De forma especifica objetiva-se: analisar o uso da EMT e melhora da recuperação funcional das AVD, investigar a melhora do equilíbrio e habilidade motora e ganho da função cognitiva, como a memória, com utilização da técnica EMT.
METODOLOGIA
A metodologia do presente estudo trata-se de uma revisão integrativa de caráter básico com finalidades exploratórias através de pesquisa bibliográfica qualitativa, com objetivo de averiguar os benefícios da neuromodulação através da EMT no tratamento de paciente pós AVC isquêmico. Para isso, foram consultadas as bases de dados da Scientific Electronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine (PubMed) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), entre março e abril de 2025.
A pesquisa foi realizada utilizando os descritores em ciências da saúde “Acidente Vascular Cerebral Isquêmico”, “Habilidade Motora”, “Treino Cognitivo” e “Estimulação Magnética Transcraniana”, utilizando o Operador Booleano AND, bem como suas correspondentes em inglês: Ischemic Stroke, Motor Skill, Cognitive Training and Transcranial Magnetic Stimulation, conforme o quadro 1.
Como critério de inclusão para seleção dos artigos publicados selecionamos as seguintes categorias: Artigo publicado em português ou inglês disponível em repositórios virtuais de acesso livre e sem custo com um recorte temporal de 5 anos. Por fim, foram eleitos como critérios de exclusão os seguintes aspectos: artigos que não estivessem relacionados diretamente ao uso da EMT em casos de AVC. Além disso, foram excluídos artigos que não se enquadrassem nos seguintes tipos: meta-análise, revisão sistemática e ensaio clínico randomizado.
Quadro 1: Fontes e descritores em ciências da saúde utilizados para busca dos artigos
Fontes | Descritores em Ciências da Saúde (DeSC) |
SciELO | AVC isquêmico, Habilidade Motora, Treino Cognitivo e Estimulação Magnética Transcraniana (n=0). Ischemic Stroke, Motor Skill, Cognitive Training and Transcranial Magnetic Stimulation (n=0). |
PubMed | AVC isquêmico, Habilidade Motora, Treino Cognitivo e Estimulação Magnética Transcraniana (n=0). Ischemic Stroke, Motor Skill, Cognitive Training and Transcranial Magnetic Stimulation (n=345). |
BVS | AVC isquêmico, Habilidade Motora, Treino Cognitivo e Estimulação Magnética Transcraniana (n=125). Ischemic Stroke, Motor Skill, Cognitive Training and Transcranial Magnetic Stimulation (n=328 ). |
RESULTADOS
No total de 798 estudos foram identificados. A figura 3 demonstra os processos do esquema de inclusão e exclusão utilizados.
Figura 3: Etapas do esquema de inclusão e exclusão utilizados para seleção e análise dos artigos.

Após a análise dos resultados, é apresentado o Quadro 1 em seguida, onde consta os estudos selecionados para análise e leitura completa dos resultados. Depois de aplicados os critérios de elegibilidade, inclusão e exclusão conforme definido previamente na metodologia, foram separados os artigos elegíveis que abordassem os benefícios da Neuromodulação através da Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva nos pós AVC Isquêmico. Observamos que a predominância dos descritores em língua inglesa reflete o caráter dos estudos na área de saúde, amplamente divulgados em inglês. A partir desses resultados, elaboramos um quadro contendo dados do artigo e repositório.
Quadro 2: Distribuição dos estudos mais relevantes para a pesquisa.
AUTOR/DATA | ARTIGO | OBJETIVOS | MÉTODO | RESULTADOS |
(Yang et al., 2024). | Network meta-analysis of non-pharmacological interventions for cognitive impairment after an ischemic stroke | Avaliar a eficácia de intervenções não farmacológicas na melhora da função cognitiva (especialmente na atenção, memória e funções executivas) de pacientes que sofreram acidente vascular cerebral isquêmico. | Este estudo utilizou uma abordagem de revisão sistemática e meta-análise de rede bayesiana para avaliar a eficácia de intervenções não farmacológicas na melhora da função cognitiva em pacientes que sofreram acidente vascular cerebral isquêmico. Foram pesquisadas bases de dados como PubMed, Cochrane Library, Embase e Web of Science, além de fontes chinesas como CNKI, WanFang Data e VIP Chinese Science Journals Database, para identificar ensaios clínicos randomizados. | A estimulação magnética transcraniana repetitiva foi a intervenção mais eficaz para melhorar a função cognitiva em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico, conforme demonstrado pelas pontuações mais elevadas no Mini-Exame do Estado Mental e na Avaliação Cognitiva de Montreal. |
(Lieb et al., 2023). | Brain‐oscillation-synchronized stimulation to enhance motor recovery in early subacute stroke: a randomized controlled double‐blind three‐ arm parallel‐group exploratory trial comparing personalized, non‐ personalized and sham repetitive transcranial magnetic stimulation (Acronym: BOSS-STROKE) | Investigar a eficácia da Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva sincronizada com oscilação cerebral na recuperação motora de pacientes com acidente vascular cerebral subagudo precoce. | A pesquisa foi conduzida através de um ensaio clínico randomizado, controlado e duplo-cego, envolvendo três grupos paralelos. Ele incluiu 144 pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico subagudo precoce, recrutados em diversos centros na Alemanha. A estimulação foi realizada ao longo de cinco dias consecutivos, aplicando-se 1.200 pulsos diários, totalizando 6.000 pulsos por paciente. O efeito terapêutico foi medido por meio da Avaliação Fugl-Meyer da Extremidade Superior. Além disso, foram utilizados exames de eletroencefalografia para registrar as oscilações cerebrais e identificar estados de maior excitabilidade neural, permitindo um ajuste mais preciso dos estímulos. | A Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva sincronizada com o estado de alta excitabilidade cerebral levou a uma melhora mais significativa na função motora dos membros superiores paréticos em comparação com a Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva convencional não sincronizada ou simulada. |
(Zhang et al., 2023). | The effect of repetitive transcranial magnetic stimulation combined with cognitive rehabilitation training on post-stroke cognitive impairment. | Investigar os efeitos da Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva combinada com treinamento de reabilitação cognitiva no comprometimento cognitivo pós-Acidente Vascular. O estudo busca avaliar a eficácia dessa abordagem na função cognitiva, habilidades para atividades da vida diária e biomarcadores neurotróficos. O objetivo é fornecer uma referência para médicos sobre a viabilidade dessa intervenção na reabilitação neurológica. | O estudo realizou uma análise retrospectiva com 119 pacientes internados entre dezembro de 2021 e abril de 2023. Os pacientes foram divididos em dois grupos: 58 pacientes receberam treinamento simples de reabilitação cognitiva (grupo controle) e 61 pacientes receberam a Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva combinada com reabilitação cognitiva (grupo observação). As intervenções ocorreram por 4 semanas, com sessões diárias. Foram avaliados função cognitiva, habilidades de vida diária, latência da onda P300 e biomarcadores neurotróficos. | Ambos os grupos melhoraram após a intervenção que recebeu Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva combinada com reabilitação cognitiva, apresentou melhoras mais expressivas indicando uma melhora na independência dos pacientes nas tarefas diárias e sugerindo uma melhora na velocidade de processamento do cognitivo, em comparação ao grupo controle. |
(Dai et al., 2023). | Effects of repetitive transcranial magnetic stimulation over the contralesional dorsal premotor cortex on upper limb function in severe ischaemic stroke: study protocol for a randomised controlled trial | Investigar os efeitos da estimulação magnética transcraniana repetitiva sobre o córtex pré-motor dorsal contralesional na recuperação da função motora do membro superior em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico grave. | Estudo feito por um ensaio clínico randomizado, controlado e simples-cego realizado no Centro de Medicina de Reabilitação do Primeiro Hospital Afiliado da Universidade Médica de Nanquim, China. Foram incluídos 44 pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico grave, hemiplegia e uma pontuação na Escala de Fugl-Meyer paramembrossuperiores menor ou igual a 22 pontos. O tempo de evolução da doença variou de 1 semana a 3 meses. Esses pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos de intervenção, ambos submetidos a um protocolo de reabilitação convencional aliado ao tratamento medicamentoso. | A estimulação de alta frequência no córtex pré-motor dorsal contralesional proporcionou uma recuperação motora mais significativa em comparação com a estimulação de baixa frequência no córtex motor primário contralesional. Os dados de ressonância magnética funcional e imagem por tensor de difusão indicaram melhorias na conectividade estrutural e funcional favorecendo a reorganização neural para compensação de déficits motores. Além disso, pacientes que receberam estimulação de alta frequência apresentaram melhor desempenho em atividades diárias, como evidenciado pelo Índice de Barthel Modificado. |
(Wang et al., 2023) | Effects of Low-Frequency (0.5 Hz) and High-Frequency (10 Hz) Repetitive Transcranial Magnetic Stimulation on Neurological Function, Motor Function, and Excitability of Cortex in Ischemic Stroke Patients | Explorar os efeitos da Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva de baixa frequência (0,5 Hz) e alta frequência (10 Hz) na função neurológica, função motora e excitabilidade do córtex em pacientes chineses com Acidente Vascular Cerebral isquêmico. | Pesquisa conduzida por um ensaio clínico randomizado com 240 pacientes divididos em três grupos: alta frequência (10 Hz), baixa frequência (0,5 Hz) e estimulação simulada. O tratamento incluiu reabilitação de rotina e Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva aplicada na área M1 do córtex motor. A função neurológica foi avaliada por National Institutes of Health Stroke Scale e modified Rankin Scale a função motora por Fugl-Meyer Assessment, BergBalance Scale e Modified Barthel Index. | Os resultados mostraram que ambos os tipos de Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva melhoraram a função neurológica, indicando maior conectividade neural e demonstrou uma evolução na execução de atividades diárias e controle postural. |
(Zhou et al., 2023). | Current evidence, clinical applications, and future directions of transcranial magnetic stimulation as a treatment for ischemic stroke. | Analisar as evidências atuais, as aplicações clínicas e as direções futuras da estimulação magnética transcraniana como tratamento para recuperação neurológica em pacientes que sofreram acidente vascular cerebral isquêmico que podem contribuir para a restauração funcional dos pacientes pós-Acidente Vascular Cerebral. | Estudo conduzido por meio de uma revisão sistemática nas principais bases de dados científicas, incluindo Web of Science, PubMed, Google Scholar, Science e SCI-Hub, No total, foram incluídos 136 ensaios clínicos randomizados, 23 estudos experimentais básicos e 5 meta-análises, garantindo uma análise abrangente dos efeitos da EMT na recuperação neurológica pós-Acidente Vascular Cerebral. | A Estimulação Magnética Transcraniana pode desempenhar um papel fundamental na melhora da função neurológica por meio de diversos mecanismos biológicos. O estudo observou a indução da angiogênese, com o aumento da formação de novos vasos sanguíneos, favorecendo a recuperação da microvasculatura cerebral e melhorando a perfusão sanguínea na região afetada pelo AVC. |
(Chen et al., 2022). | Effects of repetitive transcranial magnetic stimulation on sequelae in patients with chronic stroke: A systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. | Avaliar a eficácia da Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva na recuperação de pacientes com Acidente Vascular Cerebral crônico. O estudo visa determinar se a Estimulação Magnética Transcraniana pode melhorar a função motora dos membros superiores, função das mãos, tônus muscular, equilíbrio, capacidade de marcha e função cognitiva. Além disso, busca investigar o impacto da Estimulação Magnética Trancraniana na apatia e depressão pós-Acidende Vascular Cerebral, analisando se essa técnica pode ser uma estratégia eficaz na reabilitação neurológica. | Revisão Sistemática e Meta-Análise, registrado na Plataforma INPLASY. A busca foi realizada em Web of Science, Medline e Embase, incluindo 25 ensaios clínicos randomizados com 535 participantes. Foram analisados sete aspectos da disfunção pós-Acidente Vascular Cerebral, como função motora, equilíbrio, cognição e atividades da vida diária. A qualidade dos estudos foi avaliada pela escala PEDro e pelo sistema GRADE. | Foi observado uma melhora significativa na função dos membros superiores, função das mãos e tônus muscular, mas não houve impacto na força dos membros inferiores. A função cognitiva apresentou uma melhora nos aspectos de memória e atenção. Além disso, o estudo trouxe uma melhora considerável da apatia comparado com os sintomas depressivos pós-Acidente Vascular Cerebral. Além do mais, a função de equilíbrio e marcha e as atividades da vida diária foram aprimoradas. |
DISCUSSÃO
Os artigos encontrados nesta pesquisa apresentam importantes contribuições relacionadas ao uso da técnica de Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr). De maneira geral, os artigos discutem os resultados favoráveis, decorrentes do uso da EMTr, na ampliação da reabilitação funcional e cognitiva de pacientes com comprometimentos neuropsicomotores, principalmente nos pós AVC, deste modo, o uso da técnica oferece uma melhora do equilíbrio, habilidade motora e ganho da função cognitiva, como a memória (Wang et al., 2023).
Na pesquisa apresentada por Chen et al. (2022), a Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva é indicada como uma técnica promissora na reabilitação de pacientes com AVC crônico. O principal aspecto que reforça essa hipótese se relaciona, com os benefícios apresentados na recuperação das funções dos membros superiores, função das mãos e no tônus muscular. A EMTr pode a neuroplasticidade, o que permite ganhos motores e cognitivos significativos. Ainda afirmam que o uso da técnica proporciona uma melhora substantiva no equilíbrio, na capacidade de caminhar e nas atividades funcionais da vida diária, colaborando com a recuperação dos pacientes.
Nesta direção, a pesquisa de Zhang et al. (2023) demonstrou que a combinação da EMTr com o treinamento de reabilitação cognitiva favorece uma recuperação mais eficiente da função cerebral. O estudo evidenciou que os pacientes submetidos à EMTr apresentaram melhoria na recuperação neurológica e funcional dos pacientes com cognitivo pós-AVC. Nesse sentido, a EMTr pode efetivamente melhorar a negligência espacial individual, a memória, a execução e a atenção.
Lieb e colaboradores (2023) destaca a importância de uma abordagem personalizada na EMTr, especialmente quando sincronizada com estados cerebrais específicos identificados por eletroencefalografia (EEG) em tempo real. O uso da técnica pode representar uma mudança de paradigma na terapia de estimulação cerebral, otimizando a neuroplasticidade e proporcionando ganhos motores mais expressivos para pacientes com AVC subagudo precoce. Os pesquisadores relatam ainda, a melhora mais significativa na função motora dos membros superiores paréticos, em comparação com a EMTr convencional ou simulada.
Os benefícios da EMTr de baixa frequência (0,5 Hz) na reabilitação de pacientes com AVC isquêmico foram discutidos por Wang et al. (2023). O estudo apresentou que o uso da técnica foi eficaz no pós-AVC, com maior efetividade na recuperação motora dos membros superiores e inferiores, no equilíbrio e na independência funcional, além de contribuir na restauração do equilíbrio inter-hemisférico, contribuindo assim, para uma maior neuroplasticidade, e, subsequente, impulsionado o processo de reabilitação. Assim sendo, a EMTr de baixa frequência favoreceu a resposta terapêutica, ampliando os efeitos da reabilitação convencional e permitindo uma recuperação mais efetiva aos pacientes.
Em acordo com as pesquisas mencionadas acima, Dai et al. (2023) Reforçam que a EMTr, facilita a recuperação funcional dos membros superiores em pacientes com AVC isquêmico grave, promovendo a neuroplasticidade, melhorando a função motora da mão e otimizando a reabilitação pós-AVC, por meio do uso da técnica.
O estudo de Zhou et al. (2023) confirmou a EMT como um tratamento terapêutico de grande relevância para a recuperação neurológica, em pacientes acometido por um AVC isquêmico. A principal, contribuição do uso da terapia nesse estudo, é apresentada na redução do volume do infarto cerebral, melhoria da função motora, deglutição, cognição e fala, servindo ainda no alívio da dor central no pós-AVC e espasticidade. Os autores ressaltam que a EMT pode promover neurogênese, angiogênese e efeitos anti-inflamatórios, e deste modo, contribuindo para a reabilitação funcional dos pacientes.
Com o estudo de Yang et al. (2024) Fica evidente que a EMTr é considerada como uma das intervenções não farmacológicas muito eficaz na melhora da função cognitiva dos pacientes com comprometimento cognitivo pós-AVC isquêmico. Nesse sentido, os resultados apresentados pelos autores indicam que a EMTr ofereceu uma maior probabilidade de aumentar as pontuações no Mini-Exame do Estado Mental (MMSE), e, na Avaliação Cognitiva de Montreal (MoCA), esses resultados foram obtidos em um processo de comparação com outras abordagens, tais como: acupuntura, terapia cognitivo-comportamental e treinamento de reabilitação cognitiva.
Assim, baseado nos estudos referidos a EMTr é um método da neuromodulação em potencial quando se refere ao uso em AVC do tipo isquêmico. Podendo promover benefícios através da neuroplasticidade, com melhora do equilíbrio, habilidade motora e ganho da função cognitiva com ganhos nas AVD.
CONCLUSÃO
O presente estudo buscou averiguar os benefícios da neuromodulação através da EMT no tratamento de paciente pós AVC isquêmico. Os resultados encontrados na presente pesquisa sinalizam que a EMTr é uma técnica terapêutica promissora e bastante eficaz na reabilitação de paciente vítimas de AVC e em decorrentes deste com comprometimentos neurológico. Os artigos analisados apontam os seguintes benefícios com o uso da técnica: restabelecimento da função motora, principalmente dos membros superiores, bem como no equilíbrio, marcha, tônus muscular e nas atividades da vida diária. Diante deste cenário, aponta-se ainda que a EMTr contribui positivamente na reorganização cerebral, ao aumentar a neuroplasticidade, o que permite uma recuperação funcional com autonomia para os pacientes.
Por meio dos resultados da pesquisa observou-se ainda que a EMTr apresenta resultados eficazes nos seguintes aspectos: cognitivos, como memória, atenção, linguagem e habilidades executivas. A técnica associada com outras abordagens terapêuticas, demonstram que a aplicação combinada amplia os resultados na recuperação neurológica. Os protocolos personalizados para cada pacientes, apresenta maior potencial na EMTr, como uma técnica terapêutica, capaz de potencializar a reabilitação no pós-AVC, implicando assim, em uma melhor qualidade de vida dos pacientes acometidos.
É importante destacar, que mesmo com as contribuições listadas acima, existem limites e desafios a serem superados, tais como protocolos padronizados, identificação minuciosa dos pacientes que tem maior potencial de aproveitamento da técnica, e, estudos mais aprofundados acerca da duração dos efeitos da EMTr. Nesse sentido, como alvo para pesquisas futuras ressalta-se a necessidade de realização de estudos empíricos para aprofundar a eficácia e aplicabilidade da neuromodulação em pacientes vítimas de AVC.
Conclui-se que a neuromodulação por meio da Estimulação Magnética Transcraniana representa um marco esperançoso na reabilitação de paciente pós-AVC isquêmicos, por permitir novas possibilidades na melhoria da qualidade de vida e funcionalidade dos pacientes. Assim, sendo a integração entre ciência, pesquisa e tecnologia são fundamentais na consolidação da EMTr como uma abordagem terapêutica.
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1Discente do curso de Fisioterapia da Faculdade de Ilhéus, Centro de Ensino Superior, Ilhéus, Bahia. e-mail: rafaelacquerino@gmail.com
2Doutora em Ciências Médicas- Unicamp e docente do curso de Fisioterapia da Faculdade Madre Thaís, Ilhéus, Bahia. e-mail: beta_roiz@yahoo.com.br