BENEFITS OF HYDROCOLON THERAPY ON INTESTINAL HEALTH
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202502092118
Aniely Nóbrega D’ Agostino Sales
Resumo:
A hidrocolonterapia refere-se a um tipo de tratamento natural e alternativo de limpeza do intestino, permitindo a eliminação das fezes acumuladas e com isso desintoxicando o corpo, bem como trazendo benefícios ao sistema imunológico e alívio a sintomas de doenças inflamatórias intestinais. A hidrocolonterapia tem indicação para a desintoxicação do corpo, ao ponto em que promove a eliminação de fezes do intestino. Esse tipo de desintoxicação baseia-se no fato de que a exposição prolongada do corpo às fezes presentes no intestino poderia causar danos a saúde gastrointestinal, além de afetar o sistema imunológico. Frente a isso, o presente estudo busca investigar os benefícios da hidrocolonterapia na saúde intestinal. Para tanto, será utilizada como metodologia a pesquisa bibliográfica baseada na literatura científica sobre o tema. Pelo exposto no presente estudo nota-se que não há evidência cientificamente comprovada de que a hidrocolonterapia tenha qualquer efeito terapêutico positivo na saúde do paciente. Por outro lado, ainda são apontados riscos do procedimento para a saúde do paciente. O equipamento, até então utilizado, não possui aprovação da ANVISA, além disso seu mau uso pode provocar sérios danos à saúde do paciente. Reforça-se assim a necessidade de que o procedimento seja realizado por profissional competente e especializado.
Palavras- chaves: disbiose intestinal; hidrocolonterapia; saúde intestinal.
Abstract:
Hydrocolon therapy refers to a type of natural and alternative bowel cleansing treatment, allowing the elimination of accumulated feces and thereby detoxifying the body, as well as bringing benefits to the immune system and relief from symptoms of inflammatory bowel diseases. Hydrocolon therapy is indicated for detoxifying the body, to the point where it promotes the elimination of feces from the intestine. This type of detoxification is based on the fact that prolonged exposure of the body to feces present in the intestine could cause damage to gastrointestinal health, in addition to affecting the immune system. Given this, the present study seeks to investigate the benefits of hydrocolon therapy on intestinal health. To this end, bibliographical research based on scientific literature on the topic will be used as a methodology. From what has been stated in this study, it is clear that there is no scientifically proven evidence that hydrocolon therapy has any positive therapeutic effect on the patient’s health. On the other hand, risks of the procedure for the patient’s health are still highlighted. The equipment, previously used, is not approved by ANVISA, and its misuse can cause serious damage to the patient’s health. This reinforces the need for the procedure to be carried out by a competent and specialized professional.
Keywords: intestinal dysbiosis; hydrocolontherapy; gut health.
1 INTRODUÇÃO
O trato intestinal é formado por trilhões de microrganismos diversificados e possuem uma relação simbiótica com o seu hospedeiro. O ecossistema possui relação com as alterações na morfologia intestinal, fisiológica e bioquímica. Quando se tem uma microbiota intestinal saudável se tem uma contribuição efetiva para o auxilia na maturação do sistema imune e das células epiteliais e na absorção de nutrientes, agindo ainda como um órgão endócrino (MACH, FUSTER- BOTELLA, 2017).
As modificações na microbiota, com a redução e alteração de sua composição podem levar a efeitos negativos à saúde do indivíduo. Já com o aumento da diversidade dos microrganismos na microbiota se tem efeitos positivos com a melhora em funções metabólicas e imunológicas. Com o aumento da diversidade dos microrganismos na microbiota se tem uma melhora nas funções metabólicas e imunológicas.
A hidrocolonterapia refere-se a um tipo de tratamento natural e alternativo de limpeza do intestino, permitindo a eliminação das fezes acumuladas e com isso desintoxicando o corpo, bem como trazendo benefícios ao sistema imunológico e alívio a sintomas de doenças inflamatórias intestinais (COSTA, 2023).
A hidrocolonterapia tem indicação para a desintoxicação do corpo, ao ponto em que promove a eliminação de fezes do intestino. Esse tipo de desintoxicação baseia- se no fato de que a exposição prolongada do corpo às fezes presentes no intestino poderia causar danos a saúde gastrointestinal, além de afetar o sistema imunológico (COSTA, 2023).
Por outro lado, a hidrocolonterapia pode apresentar riscos, tais como perfuração do intestino e do reto; desequilíbrio da flora intestinal ou disbiose; peritonite; desidratação; desequilíbrio de eletrólitos no corpo, remoção de bactérias boas do intestino, diminuição dos níveis de sódio (hiponatremia) e potássio (hipocalemia) e infecção intestinal por bactérias ou ameba (COSTA, 2023).
Frente a isso, o presente estudo busca investigar os benefícios da hidrocolonterapia na saúde intestinal. Para tanto, será utilizada como metodologia a pesquisa bibliográfica baseada na literatura científica sobre o tema.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Na sequência serão apresentados os principais aspectos referentes a microbiota intestinal e a hidrocolonterapia.
2.1 MICROBIOTA INTESTINAL
O intestino tem a função de atuar como um canal entre os nutrientes e a circulação sistêmica, além de ser uma barreira contra toxinas. Para que se tenha uma alimentação e nutrição saudáveis, são necessários fatores extrínsecos e intrínsecos que envolvem o sistema gastrintestinal.
Quando se tem o comprometimento da integridade da parede intestinal se tem a alteração na capacidade de permeabilidade e intestina, que atuam como barreira aos antígenos e patógenos, de acordo com Almeida et al. (2009).
A integridade da parede intestinal é determinada pela população bacteriana no intestino e pela saúde da mucosa. Ao desequilíbrio na microbiota intestinal se chama disbiose intestinal, que interfere na integridade intestinal.
Monda et. al. (2017) define a microbiota intestinal como sendo a população de microorganismos que habita o trato gastroinstestinal, sendo a responsável pela manutenção da integridade da mucosa e o controle de proliferação de bactérias patogênicas.
A microbiota intestinal refere-se a um conjunto de comunidades de micróbios, bactérias, fungos, vírus e outras espécies microbianas e eucarióticas, que colonizam um nicho (PITCHUMONI et al., 2020). A microbiota intestinal atua nas funções vitais de digestão dos alimentos, modulação do sistema imune, produção de AGCC, produção de nutrientes e proteção contra patógenos (PUTIGNANI et al, 2014).
A microbiota intestinal trata-se de uma “atividade metabólica combinada igual a um bem formado órgão, e assim é considerado um “esquecido órgão” dentro do corpo humano ou um “superorganismo” fundamental para a saúde e a doença” (PITCHUMONI et al.,2020, p.3).
Elie Metchnikoff que recebeu o Prêmio Nobel de Medicina em 1908, e é considerado o pai da imunidade baixa, descobriu a microbiota intestinal, em sua teoria que associava a longevidade ao consumo regular de leite fermentado. Rene Dubos em 1992 discutiu a composição da microbiota intestinal, pressupondo que a mesma poderia sofrer alterações de fatores como o envelhecimento, medicamentos, estado imunológico, doenças, dieta e estresse.
A microbiota intestinal possui variações interindividuais e contém mais de 1000 diferentes espécies em sua composição, cerca de 33% da microbiota de cada indivíduo é semelhante entre si porém por meio de variáveis diversas distinguem-se, dentre elas podem ser citadas obesidade, modo de nascimento, dieta, hábitos culturais, amamentação e desmame, localidade e exposição a outros tipos de bactérias (CAMPBELL; WISNIEWSKI, 2017).
Na microbiota intestinal se tem milhares de espécies, sendo prevalentes os filos Bacteroidetes e Firmicutes, na Figura a seguir é apresentada a composição geral da microbiota.
Dentre as funções da microbota estão as antibacterianas, imunomoduladoras e metabólico-nutricionais, formando uma barreira contra os microrganismos invasores, melhorando a imunidade, auxiliando na digestão, formando nutrientes como as vitaminas K, B12, B1 e B2.
Para o equilíbrio da microbiota intestinal devem ser observadas características como idade, sexo, questões genéticas e ambientais como o estresse, uso de medicamentos, agentes infecciosos e tóxicos, padrões alimentares, dentre outros. Para que se tenha um bom funcionamento do intestino deve haver um equilíbrio entre as bactérias benéficas e as patogênicas.
Pode-se dizer que a formação da microbiota se dá ao longo da vida, se estendendo pela idade adulta e entrando em declínio na velhice. Ao se comparar o bebê e o idoso se tem uma variabilidade da microbiota intestinal.
A influência da microbita em muitas Doenças Crônicas Não Transmissíveis- DCNT vem sendo objeto de diversos estudos. Dentre as bactérias presentes na microbiotica e que possuem bom resultados esta a Bifidobacterium, considerada a protetora da microbiota de indivíduos que possuem iabetes mellitus tipo 2, associada à Lactobacillus, na manutenção da resistência insulínica (GURUNG et al, 2020).
As bactérias que colonizam o trato gastrointestinal exercem papel na deflagração, controle ou exacerbação de condições como câncer, risco cardiometabólico, obesidade e esteatose hepática não alcoólica, retocolite ulcerativa, hipertensão arterial, Alzheimer, dentre outros (VOGT et al, 2017).
Os metabólitos que são produzidos pelas bactérias da microbiota intestinal possuem resultados a nível local e sistémico. A nível local podem provocar alteração no funcionamento da barreira intestinal e nas populações de células do sistema imunológico influenciando os processos metabólicos em outros órgãos do corpo. Os metabólitos atravessam o epitélio intestinal e influencam a função dos órgãos e tecidos, podendo com isso, inclusive, induzir a doenças. Alguns microorganismos podem podem produzir metabólitos capazes de influenciar outros membros da microbiota ou mesmo patógenos e com isso alteração a composição e função de membros (McCARVILLE et al, 2020).
Os microrganismos intestinais afetam a nutrição do indivíduo, a função metabólica e o sistema imunológico. A microbiota sofre variação das condições ambientais, atividade física, exercícios, entre outros. Enquanto órgão endócrino oscila de acordo com as mudanças homeostáticas e fisiológicas, como os exercícios fisícos.
Durante muito tempo a microbiota foi subestimada, entretanto ao longo do tempo nota-se que vem ganhando cada vez mais relevância haja vista sua função antibacteriana, nutricional/metabólica e imunomoduladora (KNOOP et al., 2017).
- Função antibacteriana se tem a presença das bactérias autóctones que concedem a proteção e impedem a fixação de microrganismos não benéficos, de forma a criar barreira ativa contra o estabelecimento da flora patogênica (ANDRADE, 2010).
- Função nutricional/metabólica se tem a produção de enzimas e secreções advindas do trato gastrointestinal, a quebra de ingredientes complexos das dietas que não são digeridos por enzimas humanas.
- Função imunomoduladora refere-se ao sistema imune, reconhecendo espécies e antígenos que causam benefícios ao hospedeiro, fazendo o papel de barreira fisiológica contra agentes infeciosos (ANDRADE, 2010).
Para Guarner et al. (2020) a microbiota tem suas funções divididas em 03 categorias: funções metabólicas, defensivas e trófica.
- Pela função metabólica se tem a fermentação de substratos alimentares indigestos visando a recuperação de energia e nutrientes e a inda a digestão dos alimentos não processados pelas enzimas.
- Pela função defensiva se tem a proteção da barreira no intestino à invasão de agentes patógenos ou crescimento microbiano indesejado.
- Pela função trófica se tem a proliferação, diferenciação das células epiteliais, regulação homeostática dos órgãos, dentre outros (GUARNER et. al., 2020).
A microbiota intestinal saudável contribui para uma efetiva absorção dos nutrientes, auxilia na modulação do sistema imune, formação das células epiteliais, no desenvolvimento do tecido linfóide e consequentemente na estimulação da secreção de IgA e redução da colonização de patógenos (BRESSA et al., 2017).
Ainda, pela microbiota intestinal saudável se tem a composição corporal, influencia comportamentos emocionais, no estresse, agindo ainda como um órgão endócrino e contribuindo para variações positivas no sistema imune (MONDA et al., 2017).
São fatores capazes de provocar mudanças na composição microbiológica o uso antibióticos, infecções, alteração nos padrões alimentares como com o alto consumo de gorduras saturadas, dieta rica em açúcar e pobre em fibras (DALTON; MERMIER; ZUHL, 2019).
O padrão alimentar tem impacto na composição da microbiota intestinal, pois por meio dele se pode ou inibir o crescimento de diferentes bactérias. As bactérias intestinais sintetizam aminoácidos, vitamina B12 e vitamina K, folato, biotina, tiamina, além de fermentar fibras insolúveis (MACH; FUSTER-BOTELLA, 2017).
No que se refere a alimentação, nota-se que ela é afetada por fatores externo como é o caso da falta de acesso a renda, a desnutrição ou a obesidade devido ao consumo excessivo de alimentos industrializados e/ou pobres em nutrientes.
Além disse, os fatores são correlacionadas a qualidade de vida da mãe no período gestacional e ocorrência de pré eclampsia e diabetes. Estes fatores podem tornar-se condição para a saúde das mães depois da gestação ou serem transferidos aos fetos, consequentemente interferindo na qualidade da microbiota (SOUZA et al., 2019).
A microbiota no que se refera a longetivida associa-se a fatores genéticos, epigenéticos eambientais. Com o envelhecimento se tem a queda de muitas funções, tornando as pessoas mais suscetíveis a doenças (PITCHUMONI et al., 2020).
A microbiota atua na manutenção da saúde e prevenção de muitas doenças que inclusivem limitam o tempod e vida, como é o caso de doenças como doenças inflamatórias, obesidade, diabetes, doença vascular coronariana, problemas neurológicos, dentre outros (PITCHUMONI et al., 2020).
No indivíduo idoso a microbiota é diversificada por bactérias oportunistas e redução de AGCC, com altos níveis de marcadores pró inflamatórios, apresentando também marcadores anti-inflamatórios que auxiliam no retardo ao envelhevimento, permitindo a modulação.
Para Pitchumoni et al. (2020, p.8) “a chave para um envelhecimento bem- sucedido e longevidade, é diminuir a inflamação crônica sem comprometer uma resposta aguda quando expostos a patógenos
As bactérias intestinais atuam como fermentadoras de substratos e são capazes de gerar produtos finais a partir de seus metabolismos, além disso diminuem a permeabilidade intestinal, servem como fonte de energia para diversos tecidos, inibem citocinas inflamatórias, contribuem para uma melhora na sensibilidade à insulina e alteram a morfologia do sistema nervoso central (GRAF et al., 2015).
Hábitos alimentares, como por exemplo o baixo consumo das fibras, estão associados a padrões da constituição da microbiota intestinal, como a perda da variedade da microbiana ao longo das gerações das sociedades industrializadas e consequentemente levando a um aumento de doenças crônicas não transmissíveis como por exemplo síndrome metabólica, doenças inflamatórias intestinais, obesidade, desnutrição, dentre outras, conforme cita Calatayud et al. (2020).
Por outro lado, alimentação saudável, aumento de fibra alimentar, consumo de prebióticos e probióticos podem apresentam benefícios a reconstituição da microbiota intestinal e da diversidade de bactérias benéficas, possibilitando, inclusive, a prevenção de doenças (CALATAYUD et al., 2020).
A um desequilíbrio na microbiota intestinal se da o nome de disbiose, ambiente que favorece a proliferação de microorganismos patogênicos e com isso se tem um comprometimento da função da barreira epitelial e afeta-se a ativação de linfócitos e com isso pode levar ao desenvolvimento de doenças autoimunes, inflamatórias e infecciosas (CAMPBELL; WISNIEWSKI, 2017).
A disbiose intestinal esta associada a muitas doenças humanas, tais como a obesidade. Para a prevenção e tratamento de transtornos gastricos esta a necessidade de se ter uma correção na microbiota intestinal. Moreira et. al. (2019) verificou a presença de um ou mais sintomas sugestivos da presença de disbiose em praticantes de musculação, entretanto de acordo com os autores a musculação é uma prática preventiva e corretiva da presença da disbiose.
Para Lima et. al. (2020) a alimentação inadequada, alimentação fora do horário ou a exclusão de algumas refeições, uso abusivo de álcool e sedentarismo, é fator de crescimento de bactérias patogênicas em detrimento das benéficas o que leva ao desenvolvimento de problemas gastrointestinais. Sugere o autor que para a prevenção de sintomas relacionados à disbiose a necessidade de que se tenha uma alimentação balanceada e a prática regular de atividade física.
Compõem a regulação imunológica os sais biliares que sofrem variações metabólicas nas paredes intestinais transformando-se em substâncias que possuem propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras, como é o caso dos linfócitos intra-hepáticos e células de kupffer (CERDÁ et al., 2016).
Evidencias apontam que há influência da microbiota intestinal no desenvolvimento do cérebro, com a interação com o sistema nervoso entérico e o sistema nervoso central o que se dá por meio do eixo cérebro-intestino. O nervo vago regula a passagem do material digestivo pelo intestino e faz a comunicação entre o tronco cerebral e o trato digestivo.
2.2 PERTURBAÇÕES DA MICROBIOTA INTESTINAL
Conforme tratado anteriormente, a microbiota intestinal é um ecossitema que possui funções vitais e estabelece interrelações importantes na saúde do indivíduo. Por outro lado, quando se tem uma queda no equilibrio da microbiota se tem a disbiose e com isso o aumento do risco de incidência de doenças, taus como a doença inflamatória intestinal, diarreia associada a antibioterapia, síndrome do intestino irritável, doenças gastrointestinais, obedidade, diabetes, doenças atópicas, dentre outras.
A diarreia associada a antibioterapia- DAA refere-se a uma inflamação intestinal que caracteriza-se pela diarreia, colite pseudomembranosa e colite fulminante. O dano na microbiota e a diminuição da diversidade de bacterias são os principais fatores da doença e alteração na composição da microbiota, permite que haja o desenvolvimento do patogeno, conforme Konturek et. al., (2015)
Além do uso de antibiótico são fatores de risco a idade elevada, comorbidade, o uso de inibidores de bomba de protões, dentre outros elementos que diminuem a diversidade da microbiota.
A Síndrome do intestino irritável- SII trata-se de uma das doenças intestinais funcionais mais comuns, seus sintomas incluem obstipação e/ou diarreia, inchaço e sensação de evacuação incompleta após defecação, dor abdominal, cólicas, dentre outros, de acordo com Fan et. al. (2017).
Indivíduos com SII apresentam alterações importantes na microbiota e na mucosa intestinal, redução da diversidade microbiana, elevada prevalência de sobrecrescimento de bactériasintestinais, conforme Fan et. al. (2017).
Doença inflamatória intestinal – doença de Crohn e coliteulcerosa- DII referem- se a doenças inflamatórias crónicas que atingem o trato gastrointestinal. Dentre os sintomas principais estão a abdominal,diarreia, sangramento retal, mal estar geral e perda de peso.
O cancro colorretal- CCR inicia-se por mutações em certos genes, porém microbiota intestinal e fatores ambientais, como a dieta e estilo de vida auxiliam no seu desenvolvimento. Há um aumento da libertação das toxinas que são produzidas pelas bactérias, a diminuição dos metabolitos benéficos e demais alterações da microbiota intestinal, conforme Passos e Moraes-Filho (2017).
A obesidade refere-se a excesso de tecido adiposo e um desequilíbrio entre o aporte e gasto de energia, envolve fatores genéticos e ambientais e esta atrelada ao desenvolvimento de sérias complicações como é o caso da hipertensão e da hiperglicemia. O consumo de uma dieta rica em gordura promove alterações na microbiota intestinal causando aumento da permeabilidade intestinal e com isso permite que se tenha a passagem de produtos bacterianos como é o caso dos lipopolissacáridos.
A Doença hepática do fígado gordo não-alcoólico- DFGNA é caracterizada pela acumulação excessiva de triglicéridos nos hepatócitos. A microbiota alterada e em virtude disso as alterações das funções de barreira do intestino promovem a deposição lipídica no fígado e com isso geram a doença inflamatória no fígado.
A disbiose ou desequilíbrio das bactérias intestinais trata-se de uma desordem gastrointestinal, que é influenciada por hábitos de vida como má digestão, dieta desequilibrada, uso de antibióticos, estresse, fatores que afetam o equilíbrio da flora, preponderância de bactérias nocivas em relação às benéficas. Afeta, dentre outros fatores, na aquisição e regulação da energia.
A disbiose acontece quando se tem um desequilíbrio na microbiota intestinal em que as bactérias patogênicas como por exemplo a Escherichia coli, causadora de gastroenterite com diarreia intensa e presença de muco ou sangue, são superiores as bactérias benéficas, causando danos ao trato gastrointestinal, no que se refere a digestão, absorção de nutrientes, ao sistema imunológico e a qualidade de vida como um todo (GRAVATO et al, 2022).
A disbiose se dá entre outros fatores pelo uso de medicamentos como os uso de antibióticos, uso de anti-inflamatórios, alimentos industrializados e processados em grande quantidade, baixo consumo de legumes, frutas e grãos integrais, alto consumo de carne vermelha e gordura animal e exposição a toxinas. Provoca sintomas, gases, diarreia, cólicas, desconforto abdominal, constipação intestinal, irritabilidade, diarreia infeciosa, gripes frequentes, dores articulares, síndrome do cólon irritável, dentre outros.
A diosbiose intestinal é caracteriza por disfunções colônicas que podem pôr em risco a saúde do indivíduo, levando ao desenvolvimento de patologias locais e sistêmicas. A diosbiose intestinal envolve má digestão por deficiência de ácido clorídrico, proliferação de microrganismos patogênicos, absorção de toxinas, rompimento da mucosa intestinal com translocação bacteriana, dentre outras (ALMEIDA et al., 2009).
Para o tratamento da disbiose intestinal, podem ser utilizadas duas abordagens, a primeira dietética por meio da ingestão de alimentos que contenham probióticos e/ou prebióticos e a segunda por meio de uma terapia medicamentosa. Em casos mais graves, pode ser indicada a hidrocolonterapia para a conteúdos putrefativos do intestino e permitir a drenagem linfática do cólon.
2.3 PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE E HIDROCOLONTERAPIA
Em uma abordagem das práticas integrativas e complementares em saúde, as toxinas são consideradas como sendo presentes desde a vida intra-uterina do indivíduo e acompanhando o indivíduo ao longo de sua visa, com, por exemplo, acidulantes, corantes, alimentação da criança e do adolescente rica em agrotóxicos, desnaturação com os produtos refinados, carnes com hormônios em excesso, estabilizantes, gorduras, parasitoses, estimulantes em excesso como o café, dentre outros (PEDALINO, 2004).
A área da absorção intestinal de nutrientes pode ficar menos disponível, o que se deve a fatores como oxidação potencializada pela alimentação moderna, envelhecimento das células intestinais, microvilosidades intestinais e acúmulo de material tóxico nas vilosidades. A Hidrocolonterapia refere-se a um procedimento de limpeza mecânica do intestino grosso por meio de lavagens retrógradas, valendo-se do emprego de um equipamento com o objetivo de controlar o fluxo, pureza, temperatura da água administrada e volume pré-estabelecido, não podendo ser autoadministrada (BAHIA, 2016).
A colonoterapia é uma terapêutica invasiva intestinal onde utilizamos elementos nutricionais administrados em um programa de alimentação associado à lavagens intestinais com elementos, também nutricionais. Existem vários esquemas de colonoterapia, desde programas rápidos aos mais longos. São baseados em administrar em nossos pacientes um programa nutricional que force a contração da musculatura de todo o aparelho digestivo e que também promova a limpeza das vilosidades e microvilosidades. Além disso, é aplicada uma limpeza intestinal via retal com elementos que também tem a mesma ação e vão lavando o cólon com elementos próprios do cólon e os vindos da parte alta do aparelho digestivo. Este método foi criado e utilizado por primeira vez por Bernard Jensen, nutricionista norte-americano (HODICK, 2006, p. 60).
A Hidrocolonterapia é realizada por meio da lavagem do intestino grosso que liquidifica as fezes e faz a sua eliminação por uma sonda que é introduzida pelo reto e a posterior infusão do liquido realizado pelo equipamento previamente programado (BAHIA, 2016).
É um método de limpeza dos intestinos realizado por intermédio de um sistema fechado de lavagem. Por ser um sistema fechado com monitorização de temperatura, pressão e volume, a hidrocolonterapia oferece maior comodidade, segurança e eficácia do que os métodos tradicionais de lavagem. O paciente é colocado deitado confortavelmente numa maca e recebe, através de um tubo plástico, a água na temperatura indicada, que dissolve os conteúdos intestinais, drenados por um sistema tubular também fechado para o sistema de esgoto. Com uma leve massagem na parede abdominal, o terapeuta pode sentir as zonas problemáticas, mais retidas, e conduzir o tratamento. A possibilidade de regulação da temperatura da água e de alternância frio-quente estimula o intestino a exercer sua atividade, transportando os conteúdos estagnados para o meio externo, promovendo assim a limpeza e revitalização dos intestinos (MARQUES; NETO, 2010).
A prática da colonoterapia hídrica ou hidrocolonterapia deriva da teoria da “auto-intoxicação” que é relacionada a presença de fezes no cólon com a formação de toxinas, que quando absorvidas causariam um envenenamento ao organismo. Oliveira (2007) cita que a constipação poderia levar a um maior contato das fezes com a parede do cólon e ali aderidas impediriam a absorção ou eliminação dos alimentos.
Nota-se que há uma perda no equilíbrio entre o homem e os microorganismos em virtude de fatores como má nutrição e hábitos de vida inadequados, comida esterilizada e desnaturada, abuso de tóxicos e de medicamentos, dentre outros fatores. Frente a isso, passam a fazer parte do organismo bactérias intestinais que provocam doenças, prejudicando a capacidade defensiva do organismo.
A membrana mucosa do intestino grosso é a primeira linha de defesa contra as toxinas, sendo que 80% do sistema imune está localizado nas paredes dos intestinos delgado e grosso. O material tóxico que é acumulado no intestino passa a ser reabsorvido gerando um processo de auto-intoxicação do organismo, que é capaz de provocar o aparecimento de várias doenças e acelerando o processo de envelhecimento, conforme cita o Arzt – Instituto de Medicina Integral (s.d).
O processo de auto-intoxicação do organismo é marcado por sintomas como fadiga, depressão, falta de concentração, perda de vitalidade, agressividade, medo excessivo, envelhecimento precoce, além de doenças inflamatórias, musculares e articulares, infecciosas, de pele, hipertensão arterial, alergias, entre outras, de acordo com o Arzt – Instituto de Medicina Integral (s.d).
A hidrocolonterapia promove uma limpeza mecânica do intestino, revitalizando os intestinos, devolvendo-lhes o tônus e o ritmo; previne e trata a constipação intestinal e as doenças degenerativas do intestino; desintoxica os intestinos e com isso recupera a permeabilidade de sua mucosa; revitalização e anti-aging e promove a desintoxicação de todo o organismo.
A Hidrocolonterapia tornou-se popular a partir de Século XVIII, tendo sido mais utilizada no início do Século XX. Há milênios, em locais como Egito Antigo, Índia, Grécia Antiga, dentre outros, a lavagem intestinal era utilizada como instrumento terapêutico. Na medicina ocidental a lavagem intestinal perdeu espaço para remédios químicos, sendo utilizada como preparo intestinal para cirurgia e exames.
Para além do preparo intestinal para cirurgia e exames a Hidrocolonterapia tem disso utilizada na abordagem de inúmeras doenças, ganhando a aceitação de muitos profissionais e usuários. Por outro lado, não apresenta valor científico evidenciado, não possuindo respaldo médico. No ano de 2006 o Dr. Sérgio Eduardo Alonso Araújo, da Sociedade Brasileira de Coloproctologia emitiu parecer nesse sentido: “A busca em base de dados não evidencia desfechos clínicos favoráveis ao procedimento, mas aponta infecção intestinal, perfuração de reto, hiponatremia clinicamente detectada por confusão mental e perda de memória (intoxicação hídrica)” (BAHIA, 2016).
Pode ainda, apresentar as seguintes complicações translocação bacteriana com infecção e sepses e distúrbio hidroeletrolítico, sendo assim sendo contraindicada e um procedimento sem embasamento científico pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (BAHIA, 2016).
A Hidrocolonterapia esta inserida na chamada Medicina Alternativa, mas não possui recomendação médica, ainda o aparelho utilizado não possui registro na Agência Nacional de vigilância Sanitária, para esta finalidade. O uso do equipamento é na finalidade de limpeza mecânica dos cólons para o preparo cirúrgico do cólon e preparo para exames endoscópicos ou radiológicos, desde que previamente prescritos pelo médico (BAHIA, 2016).
No Brasil as Práticas Integrativas e Complementares- PICs foram regulamentadas no ano de 2006 pelo Ministério da Saúde, quando foi aprovada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares- PNPIC no Sistema Único de Saúde. As PICs abrangem as abordagens da Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa.
No procedimento da Hidrocolonterapia se tem a irrigação do cólon que é realizada através da introdução de um tubo de borracha pelo reto e posterior infusão de aproximadamente 60 litros (ou mais) de água filtrada, associada ou não a extratos de ervas e minerais, sendo bombeada em ciclos de cerca de meio litro cada (ERNST, 2010).
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
De acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (2023) a hidrocolonterapia é utilizada sob a justificativa de que o método auxiliaria no processo de desintoxicação, gerado pelo acúmulo de fezes antigas no intestino. No ano de 1920 a teoria foi cientificamente desmentida, demonstrando não se ter relação entre a presença de fezes no cólon e algum tipo de intoxicação no organismo.
Oliveira (2007) cita que o uso da hidrocolonterapia como método de tratamento apresenta um crescente interesse, no sentido da importância dada ao limpeza, lavagem ou hidroterapia do cólon e desintoxicação do organismo, no intuito de liberação de toxinas e parasitas.
Estudos realizados em procedimento cirúrgicos e autópsias não evidenciaram a presença de fezes firmemente aderidas à parede do intestino grosso, de forma que a tese de que fezes poderiam ficar presas à parede do intestino por vários anos é descabida.
Ainda conforme a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (2023), a limpeza sistemática do intestino pode acarretar riscos à saúde das pessoas; tais como: desequilíbrio da flora intestinal, desidratação, desequilíbrio hidroeletrolítico, distensão abdominal, cólicas, perfuração do intestino e sangramento por lesão da parede intestinal durante a colocação da sonda.
Há também casos descritos de insuficiência cardíaca e transmissão de doenças como a amebíase quando o equipamento utilizado não foi adequadamente esterelizado. Estas complicações aumentam muito quando o indivíduo é portador de uma patologia inflamatória ou de um tumor, que não foi previamente diagnosticado. Muitos pacientes procuram estas clínicas sem passar por nenhuma avaliação médica prévia. Além dos riscos mecânicos, os pacientes também são expostos ao risco de desidratação, alterações eletrolíticas, síncope e distensão abdominal. Mais ainda, não existem na literatura, trabalhos científicos adequadamente desenhados demonstrando a eficácia deste método para o tratamento da constipação. Muito menos pode ser, este método, considerado eficaz para a desintoxicação de nosso organismo (OLIVEIRA, 2007, p. 107).
Não havendo assim qualquer comprovação científica que justifique a utilização de hidrocolonterapia para o tratamento de qualquer moléstia intestinal ou extraintestinal.
Nota-se as principais indicações da hidroterapia do cólon são os casos de prisão de ventre, flatulência; em processos de desintoxicação; estresse, cansaço, irritabilidade; prevenção do câncer do intestino; auxiliar no tratamento da pele, enxaquecas, dentre outros, amaior parte deles relativo ao processo de auto- intoxicação.
Muito embora se fale do processo de auto-intoxicação, Rezende (2009) cita que existem muitas inverdades nas razões alegadas para a prática da chamada colonterapia ou hidroterapia do cólon.
O organismo humano possui mecanismos fisiológicos próprios de neutralização e eliminação de possíveis toxinas endógenas, não sendo função da mucosa intestinal a absorção de nutriente, já a a digestão de proteínas e a absorção de peptídios e aminoácidos se dá no intestino delgado e não no cólon, além disso fezes não permanecem aderidas à mucosa intestinal, como é defendido pelos adeptos da hidrocolonterapia.
Rezende (2009) cita como sendo inconvenientes da hidroterapia do cólon a possiblidade de introdução de micro-organismos patogênicos, desconforto, eventual absorção excessiva de água com desequilíbrio hidroeletrolítico e envetualmente traumatismos.
O profissional enfermeiro deve ser capacitado, e tem o condão de monitorar as respostas do paciente frente ao cuidado implementado e atentar para possíveis alterações hidroeletrolíticas, podendo ainda ser realizada pelos membros da equipe, auxiliares e técnicos de enfermagem, desde que sob supervisão do enfermeiro.
4 CONCLUSÃO
Pelo exposto no presente estudo nota-se que não há evidência cientificamente comprovada de que a hidrocolonterapia tenha qualquer efeito terapêutico positivo na saúde do paciente. Por outro lado, ainda são apontados riscos do procedimento para a saúde do paciente.
O equipamento, até então utilizado, não possui aprovação da ANVISA, além disso seu mau uso pode provocar sérios danos à saúde do paciente. Reforça-se assim a necessidade de que o procedimento seja realizado por profissional competente e especializado.
REFERÊNCIAS
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