BENEFÍCIOS DA CINESIOTERAPIA APLICADA A FADIGA ONCOLÓGICA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8082688


Daniela Aparecida Cardoso


1. RESUMO

Introdução: Câncer é um termo que abrange mais de 100 diferentes tipos de doenças malignas, é uma doença que surge a partir de mutações genéticas e tem como principal característica o crescimento celular anormal e desordenado que pode invadir tecidos adjacentes e se espalhar para outros órgãos. A taxa de sobrevida de pacientes com câncer melhorou substancialmente nas últimas décadas com o surgimento de novas terapêuticas. No entanto, os pacientes oncológicos estão mais suscetíveis aos efeitos cardiotóxicos desenvolvidos durante o tratamento, devido a exposição à agentes deletérios, entre os sintomas cardiovasculares, a fadiga é muito prevalente no paciente com câncer ela é definida como uma experiência subjetiva que se caracteriza pelo cansaço que não alivia mesmo com o sono ou repouso e é também considerada um preditor da diminuição da capacidade funcional e qualidade de vida. A cinesioterapia baseia-se no movimento, ou seja, tratamento dos sistemas neuromusculoesquelético por meio do movimento, o Fisioterapeuta faz parte da equipe multidisciplinar que atua de forma abrangente na sintomatologia dos pacientes com câncer e usa esse recurso como forma de intervenção para prevenir, tratar e minimizar os distúrbios e sequelas causados pelo tratamento oncológico. Objetivo: descrever os benefícios da cinesioterapia aplicada a pacientes portadores de câncer com fadiga oncológica. Método: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura feita com artigos indexados nas seguintes bases de dados: PubMed/MedLine, SciELO, Lilacs, Web of Science e Embase. Foram incluídos nessa revisão os ensaios clínicos e apresentação de casos publicados em língua portuguesa, espanhola e inglesa; que abordassem os efeitos da Cinesioterapia na fadiga oncológica. Como critérios de exclusão foram retirados da pesquisa os artigos que abordavam temas irrelevantes. Resultados e Discussão: A busca por artigos em todas as bases de dados pesquisadas encontrou um total de 54 artigos, sendo 36 na PubMed/MedLine, 2 na Lilacs, 0 na Embase, 15 na SciELO e nenhum nas Web of Science e PEDro, conforme Tabela 1. Os autores descrevem que a Cinesioterapia mostra efeitos positivos quanto à fadiga, capacidade funcional, qualidade de vida, sono e em processos inflamatórios desencadeados pela quimioterapia. Conclusão: A Cinesioterapia se mostra uma ferramenta terapêutica essencial para o manejo da fadiga oncológica, visto que diminui os índices de fadiga, bem como melhora a capacidade funcional e aumenta a qualidade de vida, seus efeitos são benéficos também para o sono além de reduzir a inflamação induzida pela quimioterapia.

Palavras chave: Câncer; Fisioterapia; Cinesioterapia; Fadiga Oncológica; Exercícios.

SUMMARY

Introduction: Cancer is a term that covers more than 100 different types of malignant diseases, it is a disease that arises from genetic mutations and has as its main characteristic abnormal and disordered cell growth that can invade adjacent tissues and spread to other organs. The survival rate of cancer patients has improved substantially in recent decades with the emergence of new therapies. However, cancer patients are more susceptible to cardiotoxic effects developed during treatment, due to exposure to deleterious agents, among cardiovascular symptoms, fatigue is very prevalent in cancer patients, it is defined as a subjective experience that is characterized by tiredness which does not relieve even with sleep or rest and is also considered a predictor of decreased functional capacity and quality of life. Kinesiotherapy is based on movement, that is, treatment of neuromusculoskeletal systems through movement, the physiotherapist is part of the multidisciplinary team that works comprehensively on the symptoms of cancer patients and uses this resource as a form of intervention to prevent, and minimize disturbances and sequelae caused by cancer treatment. Objective: to describe the benefits of kinesiotherapy applied to cancer patients with cancer fatigue. Method: This is a systematic literature review carried out with articles indexed in the following databases: PubMed/MedLine, SciELO, Lilacs, Web of Science and Embase. This review included clinical trials and case presentation; published in Portuguese, Spanish and English; that addressed the effects of Kinesiotherapy on cancer fatigue. As exclusion criteria, articles that addressed irrelevant topics were removed from the research. Results and Discussion: The search for articles in all searched databases found a total of 54 articles, 36 in PubMed/MedLine, 2 in Lilacs, 0 in Embase, 15 in SciELO and none in Web of Science and PEDro, according to Table 1. The authors describe that Kinesiotherapy shows positive effects regarding fatigue, functional capacity, quality of life, sleep and inflammatory processes triggered by Chemotherapy.

Keywords: Cancer; Physiotherapy; Kinesiotherapy; Oncological Fatigue; Exercises.

2. INTRODUÇÃO

 Câncer é um termo que abrange mais de 100 diferentes tipos de doenças malignas, é uma doença que surge a partir de mutações genéticas tem como principal característica o crescimento celular anormal e desordenado que pode invadir tecidos adjacentes e se espalhar para outros órgãos. O processo de formação do câncer é chamado de carcinogênese, normalmente ocorre de forma lenta, podendo levar vários anos, esse processo pode ser induzido por vários fatores, dentre eles os internos: hormônios, condições imunológicas e alterações genéticas, e externos, como a exposição à radiação, agentes químicos, tabaco, álcool, entre outros (INCA 2022). 

 Segundo o INCA o Brasil terá 625 mil novos casos de câncer a cada ano do triênio 2020-2022. Na população feminina os mais incidentes são os cânceres ginecológicos. Dentre os mais prevalentes estão o câncer de colo do útero, câncer de endométrio e o câncer de ovário. O tratamento vai variar de acordo com a idade da paciente, local acometido, grau de agressividade e estadiamento, ou seja, qual a capacidade desse tumor se proliferar e invadir tecidos e órgãos vizinhos. As formas de tratamento mais utilizadas são a Quimioterapia, Radioterapia, abordagens cirúrgicas, Imunoterapia, Braquiterapia, a depender do tipo de tumor e local de acometimento o tratamento pode ter objetivo curativo ou de controle de doença, visando manter qualidade de vida (ANTONIO APN,2022).

A taxa de sobrevida de pacientes com câncer aumentou de forma considerável nas últimas décadas com o surgimento de novas terapêuticas. Entretanto, os pacientes oncológicos estão mais suscetíveis aos efeitos cardiotóxicos desenvolvidos durante o tratamento, devido a exposição à agentes deletérios, o que pode causar o aumento da morbimortalidade. Dentre os sintomas cardiovasculares, a fadiga é muito prevalente no paciente com câncer, e a sua caracterização e seus mecanismos ainda é uma incógnita para os profissionais de saúde (BORGES JA et.al,2018).

A literatura científica, define a fadiga como “uma sensação subjetiva de cansaço físico ou exaustão desproporcional ao nível de atividade”, ou seja, uma experiência subjetiva que se caracteriza pelo cansaço que não alivia mesmo com o sono ou repouso e é também considerada um preditor da diminuição da capacidade funcional e qualidade de vida. Ela afeta cerca de 80-99% dos pacientes oncológicos e pode persistir por meses e até mesmo a anos (SALVETII MG et.al,2018).

A cronicidade da fadiga se dá por possíveis adaptações metabólicas e fisiológicas, tais como o descondicionamento e a caquexia. O diagnóstico é realizado com exclusão de causas reversíveis que podem ser tratadas e investigadas e pode ser complementado com informações da história clínica, exames físicos e laboratoriais, além da aplicação de instrumentos avaliativos pela equipe multidisciplinar (BORGES JA et.al,2018).

O fisioterapeuta faz parte da equipe multidisciplinar que atua de forma abrangente na sintomatologia dos pacientes oncológicos, tendo como metas preservar e restaurar a integridade cinético-funcional. O termo cinesioterapia tem origem no vocábulo grego kínesis (“movimento”) e “terapia”, desse modo, a cinesioterapia baseia-se no movimento, ou seja, tratamento dos sistemas neuromusculoesquelético por meio do movimento. O fisioterapeuta usa esse recurso como forma de intervenção para prevenir, tratar e minimizar os distúrbios e sequelas causados pelo tratamento oncológico (MOREIRA RPK et.al,2021).

3. JUSTIFICATIVA

O fisioterapeuta atua constantemente na reabilitação de pacientes oncológicos, pois esse público é frequentemente submetido a terapêuticas agressivas que podem impactar o paciente em diversos aspectos, sendo assim é de suma importância a identificação da fadiga, a sua correta estratificação e uma abordagem terapêutica assertiva e coesa.

4. OBJETIVOS

4.1. Objetivo geral

 Descrever os benefícios da cinesioterapia aplicada a pacientes portadores de câncer com fadiga oncológica.

4.2. Objetivos específicos

  • Descrever e definir Fadiga Oncológica e Cinesioterapia;
  • Observar dados epidemiológicos do grupo estudado;

5.  MÉTODO

Trata-se de uma revisão sistemática da literatura feita com artigos indexados nas seguintes bases de dados: PubMed/MedLine, SciELO, Lilacs, PEDro e Embase.

A estratégia de busca foi realizada na língua inglesa e portuguesa a partir dos descritores de ciências da saúde (DeCs): kinesiotherapy, cancer fatigue, physiotherapy, exercise.

O operador booleano empregado foi o “AND”. Optou-se pela busca de artigos correspondente ao período de 2015 a 2022. Foram incluídos nessa revisão os ensaios clínicos e apresentação de casos publicados em língua portuguesa, espanhola e inglesa; que abordassem o efeito da cinesioterapia em pacientes com câncer que apresentam fadiga oncológica. Como critérios de exclusão foram retirados da pesquisa os artigos que não abordaram temas específicos e revisão de literatura.

Foi realizada uma análise de títulos e resumos para obtenção de artigos potencialmente relevantes de acordo com os critérios estabelecidos que serão discutidos posteriormente.

6. RESULTADOS

A busca por artigos em todas as bases de dados pesquisadas encontrou um total de 53 artigos, sendo 36 na PubMed/MedLine, 2 na Lilacs, 0 Embase ,15 na SciELO e nenhum nas Web of Science e PEDro, conforme Tabela 1.

Nos artigos estudados a maior amostra conta com 157 participantes e a menor amostra com 11 participantes, todos os trabalhos são ensaios clínicos. 

Tabela 1 – Descrição do total de artigos encontrados por cada base de dados pesquisada.

Após a leitura dos títulos e resumos, foi possível selecionar apenas 9 artigos que preenchiam os critérios de inclusão estabelecidos e contemplavam o assunto a ser abordado (Tabela 2).

Autores / AnoObjetivoAmostraInstrumentos de AvaliaçãoConclusões
Demmelmaier et.al,2021Comparar os efeitos do exercício de intensidade alta versus baixa a moderada em pacientes submetidos a tratamento neo adjuvante de câncer577 pacientes(MFI)(FACIT-F)(EORTC) QLQ-C30,27(HADS)(WHODAS)Teste de 1 repetição máxima (RM)Não foi encontrado nenhuma diferença clinicamente importante entre os participantes randomizados para exercícios de intensidade alta versus baixa a moderada.
MAURER, T et.al,2021
Avaliar a segurança e aceitação de uma intervenção combinada de exercício e nutrição durante e após quimioterapia de primeira linha.11 pacientes(EORTC QLQ-C30)(MFI)TC6MDinamômetro Acelerômetro BIA
O estudo demonstrou a segurança e aceitação de exercício e intervenção nutricional integrada à terapia de primeira linha e cuidados de acompanhamento do câncer de ovário, com resultados positivos na qualidade de vida e redução da Fadiga.
HIENSCH,A et.al,2020Investigar os efeitos do exercício nos marcadores inflamatórios. Além disso, examinar se as alterações nos marcadores inflamatórios foram correlacionadas com mudanças nos resultados fisiológicos.240 pacientesPCR(Piper)Dinamômetro manualVo2 Pico Acelerômetro (GT3X; ActiGraph® Corp, Pensacola, FL).O exercício, incluindo treinamento aeróbico de resistência e de alta intensidade, é um tratamento eficaz para reduzir a inflamação induzida pela quimioterapia e a fadiga subsequente
Samuel, SR et.al,2019Avaliar a eficácia da reabilitação baseada em exercícios na capacidade funcional, qualidade de vida, fadiga, hemoglobina e contagem de plaquetas em pacientes com CCP recebendo Quimioterapia148 pacientesSF-36TC6MNCCN (0-10)Hemograma
(Hemoglobina e Plaquetas)

Um programa de exercícios estruturado para pacientes com CCP recebendo quimioterapia evita a deterioração dos níveis de fadiga além de melhorar a capacidade funcional e qualidade de vida.
Steindorf, K et.al,2019Avaliar qualidade de vida, fadiga e problemas de sono em Pacientes com Câncer de Pâncreas65 pacientes(EORTC) C30/PAN,26(MFI)Os resultados mostraram melhorias clinicamente relevantes na qualidade de vida após 3 meses, mas não após 6 meses. Dada a gravidade do câncer pancreático, as recomendações de exercícios devem começar no pré cirúrgico
Ammitzbøll, G et.al,2018Avaliar o efeito do treinamento de resistência progressiva na qualidade de vida e um conjunto de sintomas pré definidos de dor, sono e fadiga.158 pacientes(QLQ C-30,3)(FACIT-F)Houve melhora clinicamente relevante e significativo de dor, insônia e fadiga entre os participantes
BRYANT,A et.al,2018Avaliar os efeitos de um programa de exercícios supervisionados sobre a fadiga, cognição, ansiedade, depressão e distúrbios do sono em adultos com leucemia aguda submetidos a quimioterapia de indução.17 pacientes(PROMIS)(SF-12v2)TC6MTUG(KPS)Houve redução significativa da fadiga no grupo intervenção. Um achado preocupante foi que a cognição diminuiu para ambos os grupos durante a hospitalização. 
Pyszora, A et.al,2017Avaliar o efeito de um programa de fisioterapia na fadiga e outros sintomas em pacientes diagnosticados com Câncer.60 pacientes(BFI)(ESAS)(KPS)Os resultados do estudo sugerem que a um programa de cinesioterapia somado a liberação miofascial e facilitação neuromuscular proprioceptiva é um método seguro e eficaz de gerenciamento da fadiga oncológica.
VULPEN,J et.al,2015  Investigar os efeitos de curto e longo prazo de um programa de exercícios em pacientes com câncer de cólon durante o tratamento adjuvante.33 pacientes(MFI)(FQL)(EORTC QLQ-C30)(SF-36)(HADS) VO2 Pico Balança analógica Fita métricaUm programa de exercícios supervisionados de 18 semanas em pacientes com câncer de cólon durante a quimioterapia é seguro e viável. A intervenção reduziu a fadiga física em 18 semanas e a fadiga geral em 36 semanas.

Legenda: MFI = Escala modificada do impacto da fadiga; FQL=Fatigue Qualit List, EORTIC QLQ =European Organization for Research and Treatment of Cancer Core Quality of Life Questionnaire; SF-36 =Short Form Health Survey; HADS=Hospital Anxiety and Depression Scale; VO2=Volume de Oxigênio máximo; PROMIS= Patient-Reported Outcomes Measurement Information System; TC6M=Teste de caminhada de 6 minutos; TUG=Timed Up And Go; KPS= Performance Status de Karnofsky; BFI= Brief Fatigue Inventory; ESAS=Edmonton Symptom Assessment Systen; MFI= Multidimensional Fatigue Inventory;FACIT-F= Function Assessment of Chronic Ilness Therapy-Fatigue; PCR=Reação em cadeia da Polimerase; PIPER=The Piper Fatigue Scale; NCCN= The Distress Thermometer; WHODAS= WHO Disability Assessment Schedule; RM=Repetição Máxima; BIA= Bioelectric Impedance Analysis.

7. DISCUSSÃO 

 Samuel, SR et.al, (2019) avaliaram os efeitos de um programa de exercícios estruturado para pacientes com câncer de cabeça e pescoço, a amostra contou com 148 pacientes, com idade média de 52 anos que foram randomizados em dois grupos. O grupo controle recebeu cuidados hospitalares habituais e orientações quanto a manter mobilidade e funcionalidade, enquanto a intervenção para o grupo de exercícios foi realizada 5 dias por semana e incluiu exercícios aeróbicos e de resistência para os principais músculos do membro superior e membro inferior.

Os resultados mostraram que houve uma melhora significativa nos níveis de fadiga, qualidade de vida e capacidade funcional dos pacientes do grupo intervenção quando comparados ao grupo controle. O estudo de Ammitzbøll, G et.al, (2018) por sua vez avaliou o efeito do treinamento de resistência progressiva na qualidade de vida, dor sono e fadiga em 158 pacientes oncológicos randomizados em grupo controle e intervenção e mostrou melhora clinicamente relevante e significativa de dor, insônia e fadiga entre os participantes que realizaram o programa de exercícios resistidos com aumento gradual na intensidade.

Por outro lado, Demmelmaier et.al, (2021) ao compararem os efeitos do exercício supervisionado de intensidade alta versus baixa a moderada em 577 pacientes, não encontraram nenhuma diferença clinicamente importante entre a intensidade do treinamento e que ambos mostraram resultados positivos nos índices de fadiga entre os participantes, indicando que o exercício é seguro e benéfico independente na intensidade.

Corroborando com o estudo de Samuel,SR et.al, (2019), a pesquisa de Pyszora, A et.al (2017),concluiu que a cinesioterapia reduz significativamente a gravidade da fadiga inclusive em pacientes recebendo cuidados paliativos, bem como, Steindorf, K et.al, (2019) que ao estudarem 65 pacientes com câncer de Pâncreas observaram que o exercício com resistência possui boas evidências para alívio sintomático da fadiga bem como melhora da capacidade física, embora devido a agressividade do câncer Pancreático esses efeitos diminuem significativamente com o avanço rápido da doença.

HIENSCH,A et.al, (2020) foram além e avaliaram os efeitos do exercício nos marcadores inflamatórios, e para isso o estudo contou com uma amostra de 240 mulheres que estavam recebendo Quimioterapia, os resultados mostraram que o exercício compensou parcialmente o aumento da inflamação durante a quimioterapia, e que  pode ser apresentado como um tratamento eficaz para reduzir a inflamação induzida pela quimioterapia e a fadiga subsequente.

8. CONCLUSÃO

O presente estudo evidenciou que a Cinesioterapia é uma ferramenta essencial para o manejo da fadiga oncológica, os estudos mostram que pacientes submetidos a programas de exercícios apresentam menor índice de fadiga, bem como melhor capacidade funcional e qualidade de vida, seus efeitos são benéficos também para a qualidade do sono além de reduzir a inflamação induzida pela quimioterapia. Contudo mais pesquisas são necessárias, com maior número amostral e variadas intensidades, para assim avaliar os efeitos a longo prazo, definir intensidade adequada, além de outros possíveis benefícios. Por fim cabe a nós Fisioterapeutas usar essa ferramenta em prol do paciente, sempre mediada por uma correta avaliação de forma a traçar objetivos e condutas de forma individualizada de acordo com as demandas do paciente.

10. REFERÊNCIAS 

AMMITZBØLL, Gunn et al. Effect of progressive resistance training on health-related quality of life in the first year after breast cancer surgery – results from a randomized controlled trial.Acta Oncologica. v.58,p. 665-672 ,2018.

ANTONIO, Ana et al. Evaluation of the Clinical Profile of Patients with Gynecological Tumors undergoing Antineoplastic Treatment. Revista Brasileira de Cancerologia .v 68, n 1, p.1-6, 2022

BRYANT, Ashley Leak et al. The Effects of Exercise on Patient-Reported Outcomes and Performance-Based Physical Function in Adults With Acute Leukemia Undergoing Induction Therapy: Exercise and Quality of Life in Acute Leukemia (EQUAL).Integr Cancer Ther. v.17, n.2, p. 263–270, 2018.

BORGES,Jacqueline et al. Fatigue: A Complex Symptom and its Impact on Cancer and Heart Failure. International Journal of Cardiovascular Sciences.v.31, n.4, p.433-442, 2018.

DEMMELMAIER, Ingrid et al. Does exercise intensity matter for fatigue during (neo-) adjuvante cancer treatment? The Phys-Can randomized clinical trial. Scand J Med Sci Sports. v.31, n.1, p.1144–1159,2021.

HIENSCH, Anouk E et al. Inflammation Mediates Exercise Effects on Fatigue in Patients with Breast Cancer. Med Sci Sports Exerc.v.53,n.3,p. 496–504,2020.

INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER- INCA.O que causa o câncer. Disponível em: https://www.inca.gov.br/causas-e-prevencao/o-que-causa-cance. Acesso em 28/04/2022.

MOREIRA,Raynara et al. Cinesioterapia aplicada à fadiga oncológica. Fisioter Bras, v.22, n.4,p.609-24, 2021.

SALVETII, Marina et al.Prevalence of symptoms and quality of life of cancer patients. Rev Bras Enferm.v.73, n.2, 2020.

SAMUEL,Stephen Rajan et al. Effectiveness of exercise-based rehabilitation on functional capacity and quality of life in head and neck cancer patients receiving chemo-radiotherap. Support Care Cancer v.27, p.3913–3920, 2019.

Steindorf, Karen et al. Quality of Life, Fatigue, and Sleep Problems in Pancreatic Cancer Patients. Deutsches Ärzteblatt International | Dtsch Arztebl Int. v. 116, p. 471–478,2019.

Pyszora, Anna et al. Physiotherapy programme reduces fatigue in patients with advanced cancer receiving palliative care: randomized controlled trial. Support Care Cancer. v.25,n.9,p.2899-2908,2017.
VULPEN, Jonna K van et al. Effects of physical exercise during adjuvant breast cancer treatment on physical and psychosocial dimensions of cancer-related fatigue: A meta-analysis. Maturitas.v.85,n.104-111,2015.


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