Dra. Márcia Oliveira
Doutora em Ciências da Saúde (UFRN); Fisioterapeuta Especialista em Saúde da Mulher (COFFITO); Especialista em Aspectos Diagnósticos e Terapêuticas das Disfunções Sexuais (Unyleia); Fundadora do Espaço Íntimo Fisioterapia.
Comissão Organizadora do 5º COBRAFISM
Contextualização: As disfunções sexuais (DS) são causas de dor e desconforto em muitas mulheres. Distúrbios da dor gênito-pélvica aparecem na forma de contrações ou alterações pélvicas com tensão muscular do assoalho pélvico (AP), que impossibilita qualquer tipo de penetração (sexual, tampões, ferramentas de exame ginecológico).
Desenvolvimento: A avaliação em fisioterapia para DS inclui: anamnese, com coleta de informações sobre estilo de vida, dados sobre a história natural e evolução da queixa, informações sobre o sistema urológico, gastrointestinal, ginecológico, sexual e informações de rastreio de sensibilização central. No exame físico deve incluir a avaliação postural e muscular, marcha e observação de padrões de movimento, avaliação da força e resistência muscular e avaliação da articulação e mobilidade de tecidos moles. A avaliação do AP é baseada na funcionalidade, equilíbrio tensão muscular, mobilidade e integridade dos componentes dos músculos e tecidos conjuntivos além de testes neurológicos e musculares.
Considerações finais: A avaliação em DS é fundamental para auxiliar na elaboração da conduta clínica, e todas as etapas e testes diagnósticos devem ser previamente explicados para as pacientes, a fim de evitar constrangimento.
Leitura complementar:
Rochera, M. (2016) Fisioterapia no tratamento de distúrbios da dor sexual em mulheres: uma revisão sistemática. Advances in Sexual Medicine. 6, 26-32.
Driusso, P. Avaliação Fisioterapeutica doa Assoalho Pélvico Feminino. Manole, 2018.
Jacobs, D. Dermo Neuro Modulating: Tratamento Manual para Nervos Periféricos e Nervos Especialmente Cutâneos. Diane Jacobs, 2016.